1. João Maria Diniz 11º M
Queria escrever-te algo especial e apesar de não dominar as palavras irei tentar.
Era de noite e estava frio, tínhamos passado umas boas horas a divertir-nos com o
pessoal sempre nosso amigo. Estava o sol ainda a dormir, mas as horas já iam largas,
um e outro os nossos companheiros foram indo, além de nós mais cinco ficaram.
Tínhamos planos de dormir na rua, planos que para nós já não faziam sentido. Enquanto
que aninhados, deitados nos degraus da igreja, uns dormiam e outros o fingiam fazer, na
nossa mente havia outras ideias. Numa tentativa de combater a noite gelada, pelo menos
foi essa a desculpa, aproximávamo-nos cada vez mais, as nossas mãos, agora juntas,
continuavam frias mas o desejo aquecia-nos.
(A minha tentativa de escrever algo digno de ti parece-me cada vez mais distante. Ao
ver o entusiasmo e os comentários da professora a outros trabalhos, o meu parece-me
cada vez pior. Enfim, continuando…)
Não sabia o que te ia nas ideias, mas eu estava a gostar, falávamos, riamo-nos baixinho,
tínhamos momentos de silêncio em que parávamos e eu ficava a pensar no quanto te
queria beijar. Lá voltávamos à conversa, deste-me um beijo rápido na face. Fiquei a
pensar, queria-te agora mais, perdido nos pensamentos, fui acordado por algo doce e
suave que tocava os meus lábios, abri os olhos e vi-te, voltei a fechá-los e senti-te.
A noite foi passando, continuámos na nossa troca de beijinhos envergonhados. Estava já
na altura do sol vir quando tiveste de te ir embora. Levei-te até ao metro, disseste para
eu ir até ao quentinho. No cimo das escadas rolantes despedimo-nos pela primeira vez,
nenhum de nós queria largar o outro. Voltei para junto do resto do grupo, um pouco
triste por te ter deixado. Passámos o fim-de-semana todo a falar por mensagens…
Chegou segunda-feira, estava um pouco nervoso e envergonhado. Quando te vi percebi
que também estavas, já toda a gente sabia, todos diziam para falarmos mas não havia
coragem. À hora de almoço lá nos decidimos, tu disseste que não querias nada sério e
perguntaste-me o que eu queria, o que eu sentia, eu disse que tinha gostado bastante e
que tu me divertias e gostava de estar contigo. Decidimos deixar ir e ver o que
acontecia. Os dias foram passando, o que sentia por ti foi crescendo, estava a ficar um
pouco sem saber que fazer, estava a gostar cada vez mais de ti e tu dizias que não
querias nada de sério…. Eu pensei por que não arriscar, não me custava nada esperar, tu
fazias-me feliz e eu gostava de estar contigo, porque não?...
Os dias foram passando, fomo-nos aproximando cada vez mais, o sentimento ia
crescendo mutuamente. Estávamos quase a fazer um mês quando finalmente, íamos nós
a subir a Rua Do Carmo começamos a namorar. Sou super feliz a teu lado, e temos
agora uma relação que venha o que vier não se irá perder. Espero que ela continue a
crescer e que venhamos a ter uma grande história. Amo-te até ao fim.
João Maria Diniz