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4 de setembro de 2013
ARGENTINA
3 e 4 de setembro: com testemunhas sob torturas e tormentos para acusar os companheiros
Volta a secionar o tribunal das petroleiras e da Chevron para
castigar os petroleiros de Las Heras e escarmentar à classe
operária
O povo de Las Heras perdeu o medo. Falta uma luta decidida da classe operária e de todos os que
lutam EMDEFESA própria para defender os companheiros.
Não temos tempo a perder! Só resta uma alternativa:Temos que acampar e cercar o tribunal! ESSE É
O ÚNICO CAMINHO QUE SALVARÁ OS COMPANHEIROS.
O estado, sua polícia e seus juízes, com torturas, centros clandestinos de detenção, grupos
parapoliciais e tormentos, arrancaram falsos testemunhos contra os acusados. Estes caíram como um
castelo de cartas perante um povo que já tem perdido o medo em Las Heras. Não há prova que
convença o tribunal, este já condenou os companheiros antes que começasse este julgamento. É o
tribunal da vingança que quer escarmentar o povo!
Então, para vencer, temos que multiplicar por mil a luta da classe operária e a solidariedade
internacional. LIBERDADE A TODOS OS PROCESSADOS! NENHUM COMPANHEIRO DETIDO! Abaixo
o julgamento da Chevron e das petroleiras! Aqui se joga a sorte dos companheiros de Borda, dos
processados da Terra do Fogo, dos companheiros da Kraft e de milhares de processados pela justiça
patronal.
A FIT já tirou seus votos. Agora, que ponha suas forças para a luta dos trabalhadores. Isto é o que
querem, sentem e necessitam centenas de milhares de trabalhadores que buscam um caminho para
lutar.
A Mãe da Praça de Maio, Elia Espen, dirigentes operários do frigorífico Paty, filhos de desaparecidos,
já estão no tribunal.
Em suas alegações a querela (acusação, NdeT) e a fiscalía (o equivalente ao
Ministério Público, NdeT), pedem perpétua para os companheiros. Não podemos
permiti-lo!
Absolvição de todos os petroleiros de Las Heras!
Dissolução do tribunal videlista da Chevron e das transnacionais!
Julgamento e castigo à polícia, aos juízes e aos políticos patronais que reprimiram,
torturaram aos trabalhadores e ao povo de Las Heras, sustentados em grupos parapoliciais,
com a cobertura dos políticos patronais do governo nacional e provincial, e com a traição
aberta da burocracia sindical!
REUNIÃO DE EMERGÊNCIA DE TODAS AS ORGANIZAÇÕES QUE SE REIVINDICAM DA
CLASSE OPERÁRIA E SUA LUTA!
CARAVANA JÁ, A CALETA OLIVIA, PARA RODEAR O TRIBUNAL E LIBERTAR AOS
COMPANHEIROS!
O combate contra a Chevron, a patronal e o ataque do governo contra
os trabalhadores, hoje se decide em uma luta contra o tribunal
videlista das petroleiras em Las Heras
Caleta Olivia
No dia 3 de setembro, se reabriram as
seções do tribunal, um verdadeiro
patíbulo dos juízes das petroleiras para
escarmentar o movimento operário
argentino.
O tribunal se cuidou muito bem, depois
de fazer dezenas de testemunhas
declararem, entre os meses de junho e
julho, por não secionar durante as
últimas semanas de campanha eleitoral.
Desde o dia 21 de julho, houve apenas
duas seções intranscendentes com
testemunhas que não se apresentaram,
e recentemente no dia 3 de setembro se
reabriu a seção do tribunal e continua
hoje no dia 4 com as alegações da
querela e da fiscalía. Os juízes, com
seus fiscais, garantiram (enquanto durou
o intervalo) levar duas das testemunhas
a incriminar os companheiros, com
declarações fraudulentas, no caso de um
parente do chefe da polícia que dirigiu a
repressão, e com tormentos, no caso de
Martínez, um jovem de 24 anos. No
início do julgamento e depois de uma
intensa campanha internacional e
nacional, encabeçada por dezenas de
organizações operárias, o tribunal da
vingança não encontrava fundamentos
para culpar os companheiros.
O povo de Las Heras perdeu o medo.
Dezenas de testemunhas denunciavam
como, com torturas, em centros de
detenção clandestinos, se arrancavam
as confissões e os testemunhos contra
os companheiros acusados.
Durante esses últimos trinta dias, os
juízes videlistas, empregados das
petroleiras fizeram como se tribunal não
existisse. Deixaram passar
silenciosamente as eleições. O
lamentável é que as correntes que se reivindicam da classe operária silenciaram, em sua campanha eleitoral,
a tragédia dos 13 operários prestes a serem condenados à prisão perpétua por lutar pelo salário. O tribunal
da vingança fazia de conta que dormia. Todas as organizações da esquerda que falam em nome da classe
operária, ou sua grande maioria, apostavam que com uma boa defesa e com as alegações dos advogados
que defendem os companheiros, a questão estava resolvida.
Apenas nós, os trotskistas da LOI-CI, da Democracia Obrera, colocamos que nesse julgamento da vingança
se desejava escarmentar o conjunto da classe operária e que por isso a sentença já estava dada de antemão.
Por que, como podia fazer um “julgamento justo” quando os companheiros já tinham sido levados à prisão e
torturados durante anos?
Não se realizou nenhuma ação contundente, nem na Casa da Província de Santa Cruz em Buenos Aires,
nem em Santa Cruz, nem em Caleta Olivia, nem em frente ao tribunal enquanto este secionava. Apenas se
realizaram ações e pronunciamentos testemunhais. O PTS (partido mãe da LER, NdeT) mandou um
Paula Medrano, filha de desaparecidos junto a Democracia Obrera; Elia
Espen, Mãe da Praça de Maio; Villacorta, delegado da fábrica Paty,
romperam o cerco e chegaram no tribunal.
companheiro, o PO durante um ou dois dias com uma pequena delegação de seu partido. Mas, em nenhum
dos atos da campanha eleitoral dos partidos da FIT, o combate pela liberdade dos presos e o
desprocessamento dos lutadores operários não ocupou o papel central.
Basta ver as centenas de propagandas políticas da FIT na televisão e as intervenções dos dirigentes em seus
atos ou em dezenas de programas de televisão onde participaram, para corroborar que isto que aqui falamos
é uma realidade contundente. Correntes como o Partido Obrero chegaram a dizer que a luta pelos presos
dividia a classe operária da luta pelo salário. Dellacarbonara, candidato do PTS em Buenos Aires, se atreveu
à “audácia” de tirar uma foto ao lado de um dos cartazes pela Absolvição dos Companheiros de Las Heras.
Pequenas delegações de 5, 10, ou 20 militantes da FIT e da esquerda tinham acompanhado pequenas ações
testemunhais em frente à Casa da Província de Santa Cruz em Buenos Aires. O candidato Pitrola anunciava
pomposamente em uma plenária do SUTNA, da Zona Norte que a homenagem aos companheiros de Las
Heras eram os 12% que o PO tinha obtido nas últimas eleições nessa cidade... esse discurso poderia
despertar apenas o aplauso de um auditório embriagado pelas eleições burguesas.
Valentes comissões internas como a de Paty, lutaram com todas as suas forças perante toda reunião operária
de organizações de luta para que a questão dos presos e dos companheiros de Las Heras fosse parte das
demandas imediatas de todo o combate da classe operária. Porque, com reféns nas prisões, não se poderia
lutar e muito menos vencer.
Sob o manejo do PRS (La Causa
Obrera), uma pequena seita,
tampão da FIT, se obstruiu toda
ação decisiva do Comitê pela
Absolvição dos petroleiros de Las
Heras. Justificou a cada passo às
organizações que olhavam para o
outro lado. Para eles tudo passava
por colocar à disposição dos
advogados e não por organizar uma
grande luta para libertar os
companheiros.
Os companheiros da CORREPI
colocaram valentemente todas suas
forças para libertar os operários
petroleiros e toda sua
predisposição. Mas para nós, os
trotskistas da LOI-CI, nunca
faremos o suficiente enquanto os
companheiros não estejam em
liberdade.
Como vimos, em plena embriaguês
eleitoral a burguesia não perdeu
tempo. Enquanto passavam as propagandas eleitorais pela televisão e contavam os votos, e enquanto
vendiam cortinas de fumaça e fogos de artifício na campanha eleitoral, as justiças dos capitalistas e dos
banqueiros Wall Street trabalhavam intensamente. Em Las Heras, o tribunal da vingança jogou sua carta
decisiva para inventar, extorquir, corromper e aterrorizar testemunhas no ultimo momento para imputar os
companheiros, como aconteceu no dia 3 e 4 antes que se iniciassem os testemunhos.
A nível nacional, enquanto se festejava pelo milhão de votos da esquerda...foram processados em Buenos
Aires 5 trabalhadoras do Borda por resistir e lutar em defesa do hospital público contra a brutal repressão
organizada por Macri e o Kirchnerismo contra os trabalhadores do Borda.
Entretanto, na Terra do Fogo, depois de uma heroica e enorme luta dos professores e caminhoneiros
apoiados por toda a população, onde se pulverizou o teto salarial das campanhas salariais em uma luta que
conquistou 42% de aumento... 39 professores e caminhoneiros foram processados e já passaram por
interrogatórios frente aos juízes corruptos dos capitalistas.
Como vimos o FIT e a esquerda nadam em um milhão de votos, mas o que decide a vida, a sorte, as
conquistas e as derrotas da classe operária são suas lutas, o resultado de seus combates. Uma avalanche de
votos não param os juízes que vieram para escarmentar os trabalhadores. E mais, enquanto a esquerda
festejava alegremente seus 5% de votos a nível nacional, as grandes forças políticas das burguesias lacaias
de Wall Street colocavam as massas na armadilha eleitoral tirando-as do combate nas ruas. Os traidores da
burocracia sindical submetiam os trabalhadores às distintas frações da burguesia.
Bandeira da JRCL-RMF e dos estudantes Zengakuren do Japão rodeando os
tribunais, um exemplo de solidariedade internacional.
Os que se fortaleceram nessas eleições foram os partidos burgueses e seus juízes, sua Suprema Corte da
justiça, que por cima de todas as rações dos patrões e sob as ordens da embaixada yankee, se eleva como
arbitro das disputas interburguesas pelos negócios, enquanto estala o chicote sob as costas dos
trabalhadores que tentam lutar atacando os lucros dos capitalistas e o saque imperialista da nação. E, a
esquerda festeja, enquanto o juiz sob o mando da Corte de Nova Iorque, estão prestes a deter, encarcerar e
processar milhares de trabalhadores...
A brutal repressão aos trabalhadores de Neuquén por parte da legislação e da polícia da Chevron apenas
antecipa o feroz ataque que se aproxima dos
trabalhadores.
A Argentina maquila, sob as ordens de Wall Street,
enquanto dá para as massas seu “doce eleitoral”...
encobre chicote com o qual pensa em escravizar a
classe operária argentina e submeter a nação.
No dia 3 de Setembro o tribunal reinicia as sessões. O
12% desses votos do PO, com o qual esse
“homenageava” os petroleiros de Las Heras, não
estavam cercando o tribunal. O enorme esforço de sua
advogada que colabora na defesa dos presos não é
suficiente. Aos companheiros não os liberta nem um,
nem dois advogados por mais predisposição e
perspicácia que ponha em sua defesa. A embriaguês
eleitoral não se dissipa e os operários estão apenas
frente ao patíbulo reaberto com juízes, agora sim,
dispostos a escarmentá-los.
No dia 3 e 4 de Setembro com não mais de 12 pessoas
na sala acompanhando-os voltou a funcionar o tribunal.
Alguns familiares e companheiros, que como os de
Paty, ou uma valente Mãe da Praça de Maio, chegaram junto com os militantes da Democracia Obrera para
acompanhar o julgamento no tribunal.
No dia 4 de Setembro realizou-se a segunda sessão. Entre um punhado de familiares, tensos pela situação
dramática, a chegada de uma Mãe da Praça de Maio os tranquilizou. Ela chegou exatamente no momento de
maior tensão deste julgamento falacioso, inventado, montado contra os trabalhadores petroleiros. Ela teve
ontem a valentia de estar junto aos operários da Kraft quando estes foram brutalmente reprimidos pelas
ordens de Warren Buffet, a alguns anos atrás.
Lamentavelmente perderam 30 dias valiosíssimos para organizar uma ação contundente em defesa dos
companheiros e para transformar a tribuna eleitoral, ainda que seja uma pequena porção, em uma barricada
de luta pela liberdade e pelo desprocessamento de todos os lutadores operários.
Enquanto isso o tribunal trabalhou à full. Já
tinham preparado sua sentença muito antes do
começo do julgamento. Trabalhou para tentar
comprar, extorquir, aterrorizar e conseguir
testemunhas que acusem os companheiros.
Um deles é um parente do Inigo, o chefe da
polícia quem encabeçou o operativo da
repressão e tortura contra os trabalhadores de
Las Heras em 2006, que no dia 3 manifesta ter
visto um dos companheiros golpear a Sayago.
O chefe da polícia mandou seu parente que
naquele momento trabalhava como mecânico
da polícia.
No dia 3 de Setembro fazem declarar a
Martinéz, que quando tinha 17 anos trabalhava
com Padilla, ainda adolescente, na mesma
remisería (serviço de taxi, Ndet.). Seis anos
atrás o fizeram declarar sob tortura. Martinéz se
contradiz. Disse que não lembra nada do que
declarou. Os juízes dizem que deve se lembrar.
Predem-no. O mandam a um psiquiatra. O
13-08 Festival na Faculdade de Filosofia e Letras
(Universidade de Buenos Aires) em apoio aos
petroleiros de Las Heras.
A solidão dos operários de Las Heras perante o patíbulo do
tribunal da vingança.
ameaçam com 10 anos de prisão...
No dia 4 de Setembro, depois da sessão de torturas, Martinéz reconhece a declaração que fez a 6 anos atrás.
Se contradiz. Sob os olhos... Cara a cara com Padilla que diz “... mais se estávamos juntos todo o tempo”.
“Olha pra mim”. “Como me viu golpear Sayago?”. “Diz a verdade”. “O que te fizeram para que fale isso?”.
Martinéz se contradiz. Duvida. “Já declarei”, afirma com pânico. Padilla chora, “olha pra mim”, diz, “te
torturaram?” “o que te fizeram?”. Martinéz se contradiz...
Na sala, o silêncio é cortante e nesse momento decisivo apenas uma Mãe da Praça de Maio, uma filha de
desaparecidos e um operário de Paty para pressionar contra todo terror do estado burguês contra um
testemunho. Vamos falar claramente. Por sua confiança na justiça burguesa, a esquerda do sistema deixou
sozinhos os companheiros ante o tribunal contrarrevolucionário das petroleiras que estão os julga e castiga
de antemão. Confiam que só com bons advogados se pode parar o ataque contra a classe operária. Isso não
é assim. Nem com a justiça burguesa, nem com o parlamento da burguesia e com nenhuma das instituições
dos exploradores se pode conseguir nada para os trabalhadores.
Temos visto nesta campanha eleitoral como mil vezes tem dito que lutando e votando neles para conseguir
bancadas no parlamento, a classe operária liberta-se a si mesma, sem luta revolucionária e sem que esta
conquiste organismos de democracia direta e luta, sem avançar a ações de combate para demolir as
instituições de domínio da burguesia. Têm chegado ao extremo de colocar que uma bancada da FIT no
parlamento e a luta dos trabalhadores é uma arma de destruição em massa, como dize Altamira poderá essa
fusão destruir este tribunal da Chevron? Bancadas já têm, por exemplo a de Neuquén. Se dão prisão
perpétua aos companheiros o que farão? Jogamos desde um avião as cédulas eleitorais sobre a prisão? Que
longe está essa esquerda da heroica vanguarda operária e juvenil da década de 70 que libertou os presos
marchando sobre os cárceres! Se vangloriam que seus deputados, como em Neuquén, fazem luta
extraparlamentar... mas, todo deputado pode lutar fora do parlamento. Inclusive valentemente. A questão é se
utilizamos as eleições e as bancadas para dizer às massas que tem que destruir o parlamento burguês, a
justiça da burguesia e sua polícia assassina, e que a mais mínima de suas demandas só se consegue lutando
todos os dias pela revolução.
A FIT tem ficado muito longe de Las Heras, embora ali tenha alcançado 12% dos votos, por que está muito
longe de Caleta Olivia aonde vão ser condenados os companheiros.
A esquerda do regime olha perigosamente para outro lado. Tem atado a sorte dos companheiros a um
“martelo justo” da justiça burguesa. Mas ao fazê-lo não percebem que se um só dos companheiros vai preso
com prisão perpétua, com centenas de seus militantes operários acontecerá o mesmo.
No tribunal da Chevron e da vingança não está em questão um problema de leis e nem de códigos.
Nenhuma prova de que os companheiros são inocentes pode convencer este tribunal que os têm condenado
de antemão e que deve escarmentar todos os trabalhadores e suas lutas.
Isto se resolve com as massas nas ruas. Nem com bons advogados, nem fazendo-se de distraídos. O PTS se
vangloria de que seus deputados impulsionam duras lutas extraparlamentares. Pois aqui tem que realizar em
Santa Cruz, em Borda, na Terra do Fogo... a classe operária deve se colocar de pé contra os juízes, contra o
estado assassino, contra seus carrascos; deve derrotar nas ruas aos Pedraza, reabrir o caminho à greve
geral, voltar a passar a ofensiva, colocar o pé no peito dos capitalistas, as seus juízes, milicos e políticos
repressores e assassinos de operários.
... O tribunal fazia de conta que dormia... Preparava seu golpe final... Qualquer observador sério sabe que,
embora 100 testemunhas se declarassem a favor dos inocentes, enquanto haja um só que declare contra
eles e os juízes “acreditem nele”, os companheiros vão presos. Disso se trata a farsa do tribunal.
A última palavra não está dita. Temos tempo. A presença da companheira Mãe da Praça de Maio, Elia Espen,
demonstra que se pode romper o isolamento. A presença de delegados operários da fábrica Paty, demonstra
que se pode unir a luta do Borda com a de Terra do Fogo, que se pode romper o isolamento.
É preciso convocar já todas as organizações operárias a derrotar o tribunal da Chevron que quer castigar os
companheiros, para escarmentar toda a classe operária.
É preciso unir em uma só luta os que lutam pelo salário, contra o desemprego, contra os traidores da
burocracia sindical e aqueles que, como nós, estão pela liberdade de todos os companheiros perseguidos e
pelo seu direito a reclamar sem serem processados ou levados presos nas masmorras do regime. Nós, que
queremos impedir que sejamos assassinados e ainda desaparecidos como Solano em Rio Negro ou Julio
López em La Plata.
Este tribunal deve ser dissolvido. É preciso impor com luta a liberdade dos companheiros e a dissolução
imediata do tribunal das petroleiras e da Chevron.
Os companheiros de Paty, Elia Espen Mãe da Praça de Maio, demonstram que o cerco pode ser rompido.
Centenas de organizações operárias podem chegar até Caleta Olivia. É preciso mudar o curso dos
acontecimentos. A população de Las Heras perdeu o medo. Falta uma luta decisiva da classe operária e de
todos os que lutam EM DEFESA PRÓPRIA para defender os companheiros.
Não há tempo a perder. Só resta uma alternativa: é preciso acampar e cercar o tribunal! ESSE É A ÚNICA
ALEGAÇÃO QUE SALVARÁ OS COMPANHEIROS. Se a FIT tem alcançado muitos votos entre os
trabalhadores de Santa Cruz tem a autoridade para chamar desde já os companheiros petroleiros de Las
Heras, onde fizeram uma grande eleição, a conquistar um plano de luta, paralisar e ganhar as ruas para
libertar os companheiros. Possuir muitos votos entre a vanguarda operária lhes dá não apenas o direito a
ocupar a bancada senão também a obrigação de estar à altura daqueles que votaram neles.
O estado, sua polícia e seus juízes com torturas, centros clandestinos de detenção, grupos parapoliciais e
tormentos tiraram falsos testemunhos contra os imputados. Isto caiu como um castelo de cartas perante um
povo que perdeu o medo em Las Heras. Então para vencer é preciso multiplicar por mil a luta da classe
operária e a solidariedade internacional. TODOS OS PROCESSADOS EM LIBERDADE. NENHUM
COMPANHEIRO DETIDO. Abaixo o julgamento da Chevron e das petroleiras. Aqui se joga a sorte dos
companheiros do Hospital Borda, dos processados da Terra do Fogo, dos companheiros da Kraft e dos
milhares de processados pela justiça patronal.
A FIT já alcançou seus votos, agora, que coloque suas forças para a luta dos trabalhadores. Isto é o que
querem, sentem e necessitam as centenas de milhares de trabalhadores que buscam um caminho para lutar.
ÚLTIMO MOMENTO
A querela e a fiscalía, os assessores dos juízes, pedem prisão perpétua para González, Rosales, Bilbao,
Padilla, Cortez e, cinco anos para Darío Catrihuala.
Amanhã serão as alegações dos defensores...
Aqui mandam e decidem os gerentes das petroleiras, os torturadores, repressores e chefes da polícia. Eles
têm que escarmentar à classe operária. Não podemos permitir!
ABSOLVIÇÃO DE TODOS OS OPERÁRIOS PETROLEIROS DE LAS HERAS
DISSOLUÇÃO DO TRIBUNAL VIDELISTA DA CHEVRON E DAS TRANSNACIONAIS
JULGAMENTO E CASTIGO À POLÍCIA, AOS JUÍZES E AOS POLÍTICOS QUE
REPRIMIRAM E TORTURARAM OS TRABALHADORES DE LAS HERAS, COM
GRUPOS PARAPOLICIAIS, COM A COBERTURA DOS POLÍTICOS PATRONAIS E
DA BUROCRACIA SINDICAL
REUNIÃO DE EMERGÊNCIA DE TODAS AS ORGANIZAÇÕES QUE SE
REIVINDICAM DA CLASSE OPERÁRIA E A SUA LUTA
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Luta dos petroleiros de Las Heras contra a Chevron e o tribunal videlista

  • 1. 4 de setembro de 2013 ARGENTINA 3 e 4 de setembro: com testemunhas sob torturas e tormentos para acusar os companheiros Volta a secionar o tribunal das petroleiras e da Chevron para castigar os petroleiros de Las Heras e escarmentar à classe operária O povo de Las Heras perdeu o medo. Falta uma luta decidida da classe operária e de todos os que lutam EMDEFESA própria para defender os companheiros. Não temos tempo a perder! Só resta uma alternativa:Temos que acampar e cercar o tribunal! ESSE É O ÚNICO CAMINHO QUE SALVARÁ OS COMPANHEIROS. O estado, sua polícia e seus juízes, com torturas, centros clandestinos de detenção, grupos parapoliciais e tormentos, arrancaram falsos testemunhos contra os acusados. Estes caíram como um castelo de cartas perante um povo que já tem perdido o medo em Las Heras. Não há prova que convença o tribunal, este já condenou os companheiros antes que começasse este julgamento. É o tribunal da vingança que quer escarmentar o povo! Então, para vencer, temos que multiplicar por mil a luta da classe operária e a solidariedade internacional. LIBERDADE A TODOS OS PROCESSADOS! NENHUM COMPANHEIRO DETIDO! Abaixo o julgamento da Chevron e das petroleiras! Aqui se joga a sorte dos companheiros de Borda, dos processados da Terra do Fogo, dos companheiros da Kraft e de milhares de processados pela justiça patronal. A FIT já tirou seus votos. Agora, que ponha suas forças para a luta dos trabalhadores. Isto é o que querem, sentem e necessitam centenas de milhares de trabalhadores que buscam um caminho para lutar. A Mãe da Praça de Maio, Elia Espen, dirigentes operários do frigorífico Paty, filhos de desaparecidos, já estão no tribunal.
  • 2. Em suas alegações a querela (acusação, NdeT) e a fiscalía (o equivalente ao Ministério Público, NdeT), pedem perpétua para os companheiros. Não podemos permiti-lo! Absolvição de todos os petroleiros de Las Heras! Dissolução do tribunal videlista da Chevron e das transnacionais! Julgamento e castigo à polícia, aos juízes e aos políticos patronais que reprimiram, torturaram aos trabalhadores e ao povo de Las Heras, sustentados em grupos parapoliciais, com a cobertura dos políticos patronais do governo nacional e provincial, e com a traição aberta da burocracia sindical! REUNIÃO DE EMERGÊNCIA DE TODAS AS ORGANIZAÇÕES QUE SE REIVINDICAM DA CLASSE OPERÁRIA E SUA LUTA! CARAVANA JÁ, A CALETA OLIVIA, PARA RODEAR O TRIBUNAL E LIBERTAR AOS COMPANHEIROS!
  • 3. O combate contra a Chevron, a patronal e o ataque do governo contra os trabalhadores, hoje se decide em uma luta contra o tribunal videlista das petroleiras em Las Heras Caleta Olivia No dia 3 de setembro, se reabriram as seções do tribunal, um verdadeiro patíbulo dos juízes das petroleiras para escarmentar o movimento operário argentino. O tribunal se cuidou muito bem, depois de fazer dezenas de testemunhas declararem, entre os meses de junho e julho, por não secionar durante as últimas semanas de campanha eleitoral. Desde o dia 21 de julho, houve apenas duas seções intranscendentes com testemunhas que não se apresentaram, e recentemente no dia 3 de setembro se reabriu a seção do tribunal e continua hoje no dia 4 com as alegações da querela e da fiscalía. Os juízes, com seus fiscais, garantiram (enquanto durou o intervalo) levar duas das testemunhas a incriminar os companheiros, com declarações fraudulentas, no caso de um parente do chefe da polícia que dirigiu a repressão, e com tormentos, no caso de Martínez, um jovem de 24 anos. No início do julgamento e depois de uma intensa campanha internacional e nacional, encabeçada por dezenas de organizações operárias, o tribunal da vingança não encontrava fundamentos para culpar os companheiros. O povo de Las Heras perdeu o medo. Dezenas de testemunhas denunciavam como, com torturas, em centros de detenção clandestinos, se arrancavam as confissões e os testemunhos contra os companheiros acusados. Durante esses últimos trinta dias, os juízes videlistas, empregados das petroleiras fizeram como se tribunal não existisse. Deixaram passar silenciosamente as eleições. O lamentável é que as correntes que se reivindicam da classe operária silenciaram, em sua campanha eleitoral, a tragédia dos 13 operários prestes a serem condenados à prisão perpétua por lutar pelo salário. O tribunal da vingança fazia de conta que dormia. Todas as organizações da esquerda que falam em nome da classe operária, ou sua grande maioria, apostavam que com uma boa defesa e com as alegações dos advogados que defendem os companheiros, a questão estava resolvida. Apenas nós, os trotskistas da LOI-CI, da Democracia Obrera, colocamos que nesse julgamento da vingança se desejava escarmentar o conjunto da classe operária e que por isso a sentença já estava dada de antemão. Por que, como podia fazer um “julgamento justo” quando os companheiros já tinham sido levados à prisão e torturados durante anos? Não se realizou nenhuma ação contundente, nem na Casa da Província de Santa Cruz em Buenos Aires, nem em Santa Cruz, nem em Caleta Olivia, nem em frente ao tribunal enquanto este secionava. Apenas se realizaram ações e pronunciamentos testemunhais. O PTS (partido mãe da LER, NdeT) mandou um Paula Medrano, filha de desaparecidos junto a Democracia Obrera; Elia Espen, Mãe da Praça de Maio; Villacorta, delegado da fábrica Paty, romperam o cerco e chegaram no tribunal.
  • 4. companheiro, o PO durante um ou dois dias com uma pequena delegação de seu partido. Mas, em nenhum dos atos da campanha eleitoral dos partidos da FIT, o combate pela liberdade dos presos e o desprocessamento dos lutadores operários não ocupou o papel central. Basta ver as centenas de propagandas políticas da FIT na televisão e as intervenções dos dirigentes em seus atos ou em dezenas de programas de televisão onde participaram, para corroborar que isto que aqui falamos é uma realidade contundente. Correntes como o Partido Obrero chegaram a dizer que a luta pelos presos dividia a classe operária da luta pelo salário. Dellacarbonara, candidato do PTS em Buenos Aires, se atreveu à “audácia” de tirar uma foto ao lado de um dos cartazes pela Absolvição dos Companheiros de Las Heras. Pequenas delegações de 5, 10, ou 20 militantes da FIT e da esquerda tinham acompanhado pequenas ações testemunhais em frente à Casa da Província de Santa Cruz em Buenos Aires. O candidato Pitrola anunciava pomposamente em uma plenária do SUTNA, da Zona Norte que a homenagem aos companheiros de Las Heras eram os 12% que o PO tinha obtido nas últimas eleições nessa cidade... esse discurso poderia despertar apenas o aplauso de um auditório embriagado pelas eleições burguesas. Valentes comissões internas como a de Paty, lutaram com todas as suas forças perante toda reunião operária de organizações de luta para que a questão dos presos e dos companheiros de Las Heras fosse parte das demandas imediatas de todo o combate da classe operária. Porque, com reféns nas prisões, não se poderia lutar e muito menos vencer. Sob o manejo do PRS (La Causa Obrera), uma pequena seita, tampão da FIT, se obstruiu toda ação decisiva do Comitê pela Absolvição dos petroleiros de Las Heras. Justificou a cada passo às organizações que olhavam para o outro lado. Para eles tudo passava por colocar à disposição dos advogados e não por organizar uma grande luta para libertar os companheiros. Os companheiros da CORREPI colocaram valentemente todas suas forças para libertar os operários petroleiros e toda sua predisposição. Mas para nós, os trotskistas da LOI-CI, nunca faremos o suficiente enquanto os companheiros não estejam em liberdade. Como vimos, em plena embriaguês eleitoral a burguesia não perdeu tempo. Enquanto passavam as propagandas eleitorais pela televisão e contavam os votos, e enquanto vendiam cortinas de fumaça e fogos de artifício na campanha eleitoral, as justiças dos capitalistas e dos banqueiros Wall Street trabalhavam intensamente. Em Las Heras, o tribunal da vingança jogou sua carta decisiva para inventar, extorquir, corromper e aterrorizar testemunhas no ultimo momento para imputar os companheiros, como aconteceu no dia 3 e 4 antes que se iniciassem os testemunhos. A nível nacional, enquanto se festejava pelo milhão de votos da esquerda...foram processados em Buenos Aires 5 trabalhadoras do Borda por resistir e lutar em defesa do hospital público contra a brutal repressão organizada por Macri e o Kirchnerismo contra os trabalhadores do Borda. Entretanto, na Terra do Fogo, depois de uma heroica e enorme luta dos professores e caminhoneiros apoiados por toda a população, onde se pulverizou o teto salarial das campanhas salariais em uma luta que conquistou 42% de aumento... 39 professores e caminhoneiros foram processados e já passaram por interrogatórios frente aos juízes corruptos dos capitalistas. Como vimos o FIT e a esquerda nadam em um milhão de votos, mas o que decide a vida, a sorte, as conquistas e as derrotas da classe operária são suas lutas, o resultado de seus combates. Uma avalanche de votos não param os juízes que vieram para escarmentar os trabalhadores. E mais, enquanto a esquerda festejava alegremente seus 5% de votos a nível nacional, as grandes forças políticas das burguesias lacaias de Wall Street colocavam as massas na armadilha eleitoral tirando-as do combate nas ruas. Os traidores da burocracia sindical submetiam os trabalhadores às distintas frações da burguesia. Bandeira da JRCL-RMF e dos estudantes Zengakuren do Japão rodeando os tribunais, um exemplo de solidariedade internacional.
  • 5. Os que se fortaleceram nessas eleições foram os partidos burgueses e seus juízes, sua Suprema Corte da justiça, que por cima de todas as rações dos patrões e sob as ordens da embaixada yankee, se eleva como arbitro das disputas interburguesas pelos negócios, enquanto estala o chicote sob as costas dos trabalhadores que tentam lutar atacando os lucros dos capitalistas e o saque imperialista da nação. E, a esquerda festeja, enquanto o juiz sob o mando da Corte de Nova Iorque, estão prestes a deter, encarcerar e processar milhares de trabalhadores... A brutal repressão aos trabalhadores de Neuquén por parte da legislação e da polícia da Chevron apenas antecipa o feroz ataque que se aproxima dos trabalhadores. A Argentina maquila, sob as ordens de Wall Street, enquanto dá para as massas seu “doce eleitoral”... encobre chicote com o qual pensa em escravizar a classe operária argentina e submeter a nação. No dia 3 de Setembro o tribunal reinicia as sessões. O 12% desses votos do PO, com o qual esse “homenageava” os petroleiros de Las Heras, não estavam cercando o tribunal. O enorme esforço de sua advogada que colabora na defesa dos presos não é suficiente. Aos companheiros não os liberta nem um, nem dois advogados por mais predisposição e perspicácia que ponha em sua defesa. A embriaguês eleitoral não se dissipa e os operários estão apenas frente ao patíbulo reaberto com juízes, agora sim, dispostos a escarmentá-los. No dia 3 e 4 de Setembro com não mais de 12 pessoas na sala acompanhando-os voltou a funcionar o tribunal. Alguns familiares e companheiros, que como os de Paty, ou uma valente Mãe da Praça de Maio, chegaram junto com os militantes da Democracia Obrera para acompanhar o julgamento no tribunal. No dia 4 de Setembro realizou-se a segunda sessão. Entre um punhado de familiares, tensos pela situação dramática, a chegada de uma Mãe da Praça de Maio os tranquilizou. Ela chegou exatamente no momento de maior tensão deste julgamento falacioso, inventado, montado contra os trabalhadores petroleiros. Ela teve ontem a valentia de estar junto aos operários da Kraft quando estes foram brutalmente reprimidos pelas ordens de Warren Buffet, a alguns anos atrás. Lamentavelmente perderam 30 dias valiosíssimos para organizar uma ação contundente em defesa dos companheiros e para transformar a tribuna eleitoral, ainda que seja uma pequena porção, em uma barricada de luta pela liberdade e pelo desprocessamento de todos os lutadores operários. Enquanto isso o tribunal trabalhou à full. Já tinham preparado sua sentença muito antes do começo do julgamento. Trabalhou para tentar comprar, extorquir, aterrorizar e conseguir testemunhas que acusem os companheiros. Um deles é um parente do Inigo, o chefe da polícia quem encabeçou o operativo da repressão e tortura contra os trabalhadores de Las Heras em 2006, que no dia 3 manifesta ter visto um dos companheiros golpear a Sayago. O chefe da polícia mandou seu parente que naquele momento trabalhava como mecânico da polícia. No dia 3 de Setembro fazem declarar a Martinéz, que quando tinha 17 anos trabalhava com Padilla, ainda adolescente, na mesma remisería (serviço de taxi, Ndet.). Seis anos atrás o fizeram declarar sob tortura. Martinéz se contradiz. Disse que não lembra nada do que declarou. Os juízes dizem que deve se lembrar. Predem-no. O mandam a um psiquiatra. O 13-08 Festival na Faculdade de Filosofia e Letras (Universidade de Buenos Aires) em apoio aos petroleiros de Las Heras. A solidão dos operários de Las Heras perante o patíbulo do tribunal da vingança.
  • 6. ameaçam com 10 anos de prisão... No dia 4 de Setembro, depois da sessão de torturas, Martinéz reconhece a declaração que fez a 6 anos atrás. Se contradiz. Sob os olhos... Cara a cara com Padilla que diz “... mais se estávamos juntos todo o tempo”. “Olha pra mim”. “Como me viu golpear Sayago?”. “Diz a verdade”. “O que te fizeram para que fale isso?”. Martinéz se contradiz. Duvida. “Já declarei”, afirma com pânico. Padilla chora, “olha pra mim”, diz, “te torturaram?” “o que te fizeram?”. Martinéz se contradiz... Na sala, o silêncio é cortante e nesse momento decisivo apenas uma Mãe da Praça de Maio, uma filha de desaparecidos e um operário de Paty para pressionar contra todo terror do estado burguês contra um testemunho. Vamos falar claramente. Por sua confiança na justiça burguesa, a esquerda do sistema deixou sozinhos os companheiros ante o tribunal contrarrevolucionário das petroleiras que estão os julga e castiga de antemão. Confiam que só com bons advogados se pode parar o ataque contra a classe operária. Isso não é assim. Nem com a justiça burguesa, nem com o parlamento da burguesia e com nenhuma das instituições dos exploradores se pode conseguir nada para os trabalhadores. Temos visto nesta campanha eleitoral como mil vezes tem dito que lutando e votando neles para conseguir bancadas no parlamento, a classe operária liberta-se a si mesma, sem luta revolucionária e sem que esta conquiste organismos de democracia direta e luta, sem avançar a ações de combate para demolir as instituições de domínio da burguesia. Têm chegado ao extremo de colocar que uma bancada da FIT no parlamento e a luta dos trabalhadores é uma arma de destruição em massa, como dize Altamira poderá essa fusão destruir este tribunal da Chevron? Bancadas já têm, por exemplo a de Neuquén. Se dão prisão perpétua aos companheiros o que farão? Jogamos desde um avião as cédulas eleitorais sobre a prisão? Que longe está essa esquerda da heroica vanguarda operária e juvenil da década de 70 que libertou os presos marchando sobre os cárceres! Se vangloriam que seus deputados, como em Neuquén, fazem luta extraparlamentar... mas, todo deputado pode lutar fora do parlamento. Inclusive valentemente. A questão é se utilizamos as eleições e as bancadas para dizer às massas que tem que destruir o parlamento burguês, a justiça da burguesia e sua polícia assassina, e que a mais mínima de suas demandas só se consegue lutando todos os dias pela revolução. A FIT tem ficado muito longe de Las Heras, embora ali tenha alcançado 12% dos votos, por que está muito longe de Caleta Olivia aonde vão ser condenados os companheiros. A esquerda do regime olha perigosamente para outro lado. Tem atado a sorte dos companheiros a um “martelo justo” da justiça burguesa. Mas ao fazê-lo não percebem que se um só dos companheiros vai preso com prisão perpétua, com centenas de seus militantes operários acontecerá o mesmo. No tribunal da Chevron e da vingança não está em questão um problema de leis e nem de códigos. Nenhuma prova de que os companheiros são inocentes pode convencer este tribunal que os têm condenado de antemão e que deve escarmentar todos os trabalhadores e suas lutas. Isto se resolve com as massas nas ruas. Nem com bons advogados, nem fazendo-se de distraídos. O PTS se vangloria de que seus deputados impulsionam duras lutas extraparlamentares. Pois aqui tem que realizar em Santa Cruz, em Borda, na Terra do Fogo... a classe operária deve se colocar de pé contra os juízes, contra o estado assassino, contra seus carrascos; deve derrotar nas ruas aos Pedraza, reabrir o caminho à greve geral, voltar a passar a ofensiva, colocar o pé no peito dos capitalistas, as seus juízes, milicos e políticos repressores e assassinos de operários. ... O tribunal fazia de conta que dormia... Preparava seu golpe final... Qualquer observador sério sabe que, embora 100 testemunhas se declarassem a favor dos inocentes, enquanto haja um só que declare contra eles e os juízes “acreditem nele”, os companheiros vão presos. Disso se trata a farsa do tribunal. A última palavra não está dita. Temos tempo. A presença da companheira Mãe da Praça de Maio, Elia Espen, demonstra que se pode romper o isolamento. A presença de delegados operários da fábrica Paty, demonstra que se pode unir a luta do Borda com a de Terra do Fogo, que se pode romper o isolamento. É preciso convocar já todas as organizações operárias a derrotar o tribunal da Chevron que quer castigar os companheiros, para escarmentar toda a classe operária. É preciso unir em uma só luta os que lutam pelo salário, contra o desemprego, contra os traidores da burocracia sindical e aqueles que, como nós, estão pela liberdade de todos os companheiros perseguidos e pelo seu direito a reclamar sem serem processados ou levados presos nas masmorras do regime. Nós, que queremos impedir que sejamos assassinados e ainda desaparecidos como Solano em Rio Negro ou Julio López em La Plata. Este tribunal deve ser dissolvido. É preciso impor com luta a liberdade dos companheiros e a dissolução imediata do tribunal das petroleiras e da Chevron. Os companheiros de Paty, Elia Espen Mãe da Praça de Maio, demonstram que o cerco pode ser rompido. Centenas de organizações operárias podem chegar até Caleta Olivia. É preciso mudar o curso dos
  • 7. acontecimentos. A população de Las Heras perdeu o medo. Falta uma luta decisiva da classe operária e de todos os que lutam EM DEFESA PRÓPRIA para defender os companheiros. Não há tempo a perder. Só resta uma alternativa: é preciso acampar e cercar o tribunal! ESSE É A ÚNICA ALEGAÇÃO QUE SALVARÁ OS COMPANHEIROS. Se a FIT tem alcançado muitos votos entre os trabalhadores de Santa Cruz tem a autoridade para chamar desde já os companheiros petroleiros de Las Heras, onde fizeram uma grande eleição, a conquistar um plano de luta, paralisar e ganhar as ruas para libertar os companheiros. Possuir muitos votos entre a vanguarda operária lhes dá não apenas o direito a ocupar a bancada senão também a obrigação de estar à altura daqueles que votaram neles. O estado, sua polícia e seus juízes com torturas, centros clandestinos de detenção, grupos parapoliciais e tormentos tiraram falsos testemunhos contra os imputados. Isto caiu como um castelo de cartas perante um povo que perdeu o medo em Las Heras. Então para vencer é preciso multiplicar por mil a luta da classe operária e a solidariedade internacional. TODOS OS PROCESSADOS EM LIBERDADE. NENHUM COMPANHEIRO DETIDO. Abaixo o julgamento da Chevron e das petroleiras. Aqui se joga a sorte dos companheiros do Hospital Borda, dos processados da Terra do Fogo, dos companheiros da Kraft e dos milhares de processados pela justiça patronal. A FIT já alcançou seus votos, agora, que coloque suas forças para a luta dos trabalhadores. Isto é o que querem, sentem e necessitam as centenas de milhares de trabalhadores que buscam um caminho para lutar. ÚLTIMO MOMENTO A querela e a fiscalía, os assessores dos juízes, pedem prisão perpétua para González, Rosales, Bilbao, Padilla, Cortez e, cinco anos para Darío Catrihuala. Amanhã serão as alegações dos defensores... Aqui mandam e decidem os gerentes das petroleiras, os torturadores, repressores e chefes da polícia. Eles têm que escarmentar à classe operária. Não podemos permitir! ABSOLVIÇÃO DE TODOS OS OPERÁRIOS PETROLEIROS DE LAS HERAS DISSOLUÇÃO DO TRIBUNAL VIDELISTA DA CHEVRON E DAS TRANSNACIONAIS JULGAMENTO E CASTIGO À POLÍCIA, AOS JUÍZES E AOS POLÍTICOS QUE REPRIMIRAM E TORTURARAM OS TRABALHADORES DE LAS HERAS, COM GRUPOS PARAPOLICIAIS, COM A COBERTURA DOS POLÍTICOS PATRONAIS E DA BUROCRACIA SINDICAL REUNIÃO DE EMERGÊNCIA DE TODAS AS ORGANIZAÇÕES QUE SE REIVINDICAM DA CLASSE OPERÁRIA E A SUA LUTA CARAVANA JÁ PARA CALETA OLIVIA PARA RODEAR O TRIBUNAL E LIBERTAR TODOS OS COMPANHEIROS