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Fragmentos de “Uma Lógica Chamada Joe” de Murray Leinster (1946)
Se parece com um receptor de imagens antigo, só que tem teclas em vez de diais, que a gente aperta para obter o que quer (p. 21).
A matriz do receptor é um enorme prédio que contém todos os fatos desde a criação do mundo e qualquer programa de televisão que já foi gravado até hoje – e está ligado a tudo quanto é receptor do país inteiro – e qualquer coisa que você queira saber, ver ou ouvir, é só apertar a tecla e lá está (p. 22).
Não existe nenhum fato, digno desse nome, que não conste de um determinado dado nalgum banco de memória por aí... (p. 23).
O seu aparelho agora está equipado não só para lhe dar respostas a consultas como também diretrizes (p. 24).
Joe neutralizou todos os circuitos de censura que, a seu ver, atrapalhavam o serviço que, a seu ver, as lógicas deveriam prestar à humanidade (p. 28).
Se são capazes de dizer tudo o que sabem de mim – reclama, pronta para explodir - vão passar a informação para qualquer pessoa que perguntar! (p. 30).
As lógicas modificaram o nosso sistema de vida. São a  própria  civilização! Tirando esse troço de circulação, vamos voltar a uma espécie de mundo que nem se sabe como funciona (p. 33).
A nossa civilização é muito simples. Lá por 1900 e tanto, o cara tinha que usar máquina de escrever, rádio, telefone, telex, jornal, biblioteca pública, enciclopédias, arquivos comerciais, catálogos, sem falar nos serviços de recados, advogados de consulta (...). A gente, em compensação, só precisa das lógicas. Tudo o que se quiser saber, ver, ouvir ou conversar com alguém, basta apertar o teclado (p. 33).
Imaginar uma forma segura de envenenar a própria esposa pouco diferenciava de um cálculo de raiz cúbica ou do saldo bancário de uma pessoa qualquer (p. 33-34).
A quadrilha da Raça Superior, que nos trata com tanto desprezo, podia perfeitamente andar fazendo perguntas sobre o tipo de arma que lhe possibilitasse a conquista e o controle do mundo... (p. 37).
A gente vivia contente com os nossos brinquedos, feito criancinhas inocentes, quando de repente tudo mudou, e um cara chamado Joe apareceu pra derrubar todos os castelos de areia (37-38).
Sei muito bem que não vou correr o risco de reativar o Joe. (...) Com todos os birutas que andam soltos por aí, querendo mudar o mundo como lhes convém, sem falar nos que não vêem a hora de se descartar de uma porção de gente, na ilusão de que isso solucione seus problemas... (p. 40).
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Fragamentos de Uma Lógica Chamada Joe

  • 1. Fragmentos de “Uma Lógica Chamada Joe” de Murray Leinster (1946)
  • 2. Se parece com um receptor de imagens antigo, só que tem teclas em vez de diais, que a gente aperta para obter o que quer (p. 21).
  • 3. A matriz do receptor é um enorme prédio que contém todos os fatos desde a criação do mundo e qualquer programa de televisão que já foi gravado até hoje – e está ligado a tudo quanto é receptor do país inteiro – e qualquer coisa que você queira saber, ver ou ouvir, é só apertar a tecla e lá está (p. 22).
  • 4. Não existe nenhum fato, digno desse nome, que não conste de um determinado dado nalgum banco de memória por aí... (p. 23).
  • 5. O seu aparelho agora está equipado não só para lhe dar respostas a consultas como também diretrizes (p. 24).
  • 6. Joe neutralizou todos os circuitos de censura que, a seu ver, atrapalhavam o serviço que, a seu ver, as lógicas deveriam prestar à humanidade (p. 28).
  • 7. Se são capazes de dizer tudo o que sabem de mim – reclama, pronta para explodir - vão passar a informação para qualquer pessoa que perguntar! (p. 30).
  • 8. As lógicas modificaram o nosso sistema de vida. São a própria civilização! Tirando esse troço de circulação, vamos voltar a uma espécie de mundo que nem se sabe como funciona (p. 33).
  • 9. A nossa civilização é muito simples. Lá por 1900 e tanto, o cara tinha que usar máquina de escrever, rádio, telefone, telex, jornal, biblioteca pública, enciclopédias, arquivos comerciais, catálogos, sem falar nos serviços de recados, advogados de consulta (...). A gente, em compensação, só precisa das lógicas. Tudo o que se quiser saber, ver, ouvir ou conversar com alguém, basta apertar o teclado (p. 33).
  • 10. Imaginar uma forma segura de envenenar a própria esposa pouco diferenciava de um cálculo de raiz cúbica ou do saldo bancário de uma pessoa qualquer (p. 33-34).
  • 11. A quadrilha da Raça Superior, que nos trata com tanto desprezo, podia perfeitamente andar fazendo perguntas sobre o tipo de arma que lhe possibilitasse a conquista e o controle do mundo... (p. 37).
  • 12. A gente vivia contente com os nossos brinquedos, feito criancinhas inocentes, quando de repente tudo mudou, e um cara chamado Joe apareceu pra derrubar todos os castelos de areia (37-38).
  • 13. Sei muito bem que não vou correr o risco de reativar o Joe. (...) Com todos os birutas que andam soltos por aí, querendo mudar o mundo como lhes convém, sem falar nos que não vêem a hora de se descartar de uma porção de gente, na ilusão de que isso solucione seus problemas... (p. 40).