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Durante o últimoséculo,doiserroscardeaisforamcometidosarespeitode muitacoisa
contidanosEvangelhos – errosque têmprevalecidomuitoentre cristãosprofessose que têm
produzidogrande destruição.Cadaumdesseserrosdizem respeitoàquelainterpretaçãoe
aplicaçãodo conteúdodosquatroEvangelistasquantoaoque pertence e oque não pertence
ao povodo Senhorhoje.Oprimeirodesseserrosfoi dispensacional.Foi erroneamente
adotadaa opiniãode que,comoo ministériode nossoSenhorlimitou-seàPalestina,enquanto
o Temploaindaestavade pé emJerusalém, este foi,portanto,de caráterexclusivamente
“judaico”,e os santosde nossa eradevemvoltar-se apenasparaasEpístolasdo Apóstolodos
gentiosembuscade suas ordensde marcha. Tal erroé refutadopelosversosiniciaisde
Hebreus(onde oministériode Cristoé contrastadocomo dos Profetas),e pelofatode que a
grande divisãode tempoentre a.C.e d.C.é datadaa partirdo nascimentode Cristo,e nãoda
Sua morte ou mesmodaSua ascensão.
O segundoerroé prático.Aqui o pêndulobalançouparao extremooposto.Noprimeirocaso,
uma tentativainsidiosae persistente foi feitaparaprivaros santosde uma parte valiosada sua
legítimaherança,tirandodelespreceitos necessáriose promessaspreciosassobopretextode
que eram propriedade exclusivadosjudeus.Mas,noúltimocaso,que agora deve ocuparmais
completamenteanossaatenção,promessasque foramfeitasauma classe particularforam
distribuídasuniversalmente,promessasque pertenciamapenasaosapóstolose aoscristãos
primitivostêmsidoerroneamente aplicadasatodososcrentesemgeral.O resultadofoi que
falsasexpectativasforamgeradas,vãsesperançasdespertadas,selvagemfanatismo
encorajado – e aquelesque entraramemcontatocomesta perversãodaVerdade têmvisto
que efeitostrágicosse seguiram –milharesfazendocompletonaufrágiodafé.
Semdúvidapareceráa algunsde nossosamigosque estamospisandoagoraemsolodelicado,
poisassegurar-lhesde que algumadaspromessafeitasporCristoaosSeusdiscípulos,
promessasque váriosde nossosleitorespodemteraprendidoque sãobaseslegítimaspara
apoiarema suafé,não pertencem –em seusentidoprimário –de modoalguma eles,devese
mostrar inquietante e desapontador.Portanto,prosseguiremoscuidadosae lentamente,e
pediremosque ponderemcomespecial diligênciaoque se segue.“E estessinaisseguirãoaos
que crerem:Em Meu nome expulsarãoosdemônios;falarãonovaslínguas;pegarãonas
serpentes;e,se beberemalgumacoisamortífera,nãolhesfarádanoalgum;e porãoas mãos
sobre os enfermos,e oscurarão” (Mc 16:17, 18). Ora, estassão as palavrasdo SenhorJesus,
mas serápodemosnosapropriardelashoje e esperarumcumprimentoliteraldasmesmas?Há
aquelesque respondemcomumenfáticoSim, emboraduvidemosmuitode que muitos
leitoresregularesdestaspáginasfaçamisso.
Ora, os versosque acabamosde citar dizemrespeitoaosmilagresque acompanharama
pregaçãodo Evangelhonosprimeirosdiasdestadispensaçãocristã,e é precisonotar
devidamente que essesmilagresresultaramdoexercíciodafé.Istoacreditamosque serátão
evidente paraosnossosleitoresque nãoocasionaránenhumadificuldade.Masexistemoutras
passagensnos Evangelhosque tratamdomesmoassunto – promessassimilaresdoslábiosdo
Salvadorque podemnãoparecertão simples –e é a elasque nosvoltamosagora.“E, tudo o
que pedirdesemoração,crendo,orecebereis”(Mt21:22). Esta mesmapromessa,
ligeiramente diferente,encontra-senovamente em:“Porissovosdigoque todasas coisasque
pedirdes,orando,crede receber,e tê-las-eis”(Mc11:24). Quantas vezesestapromessatem
sidoapropriadapor cristãose sinceramente pleiteadadiante de Deus,apenasparanão
recebernenhumaresposta.Ostaistêmatribuídoestafaltade respostaao fracassoda sua fé
(ousão informadosde que estaé a causa),ao invésde perceberemque estavamapoiandoa
sua fé emum fundamentoilegítimo.
“E, tudo o que pedirdesemoração, crendo,orecebereis”(Mt21:22). Nossaprimeira
preocupaçãodeve seraveriguaraquemessaspalavrasforamprimeiramentedirigidas,e a
circunstânciaque as ocasionou – consideraçõesque geralmente sãode primeiraimportância
como auxíliosauma verdadeiraaplicaçãode umverso,pois,se ocontextoé ignorado,
equívocoscertamente se seguirão.Osversosimediatamente precedentesregistrama
maldiçãode nossoSenhorsobre a figueirae oefeitoque istocausousobre aquelesque O
assistiam.Overso20 diz:“E os discípulos,vendoisto,maravilharam-se,dizendo:Comosecou
imediatamente afigueira?”.Marcosnosdiz: “E Pedro(oporta-vozdosapóstolos),lembrando-
se,disse-Lhe:Mestre,eisque afigueira,que Tuamaldiçoaste,se secou”(11:21).Foi entãoque
Cristorespondeu:“Emverdade vosdigoque,se tiverdesfé e nãoduvidardes,nãosófareiso
que foi feitoàfigueira,masaté se a este monte disserdes:Ergue-te,e precipita-tenomar,
assimseráfeito;e,tudoo que pedirdesemoração,crendo,orecebereis”(Mt21:21, 22).
Deve serlembradoque,emumadata anterior,Cristohaviadesignado12de Seusdiscípulos
para pregaremo Evangelhoe realizaremmilagresemconfirmaçãoàsua comissão.“E,
chamandoos Seusdoze discípulos,deu-lhespodersobre osespíritosimundos,paraos
expulsarem,e paracurarem todaa enfermidade”(Mt10:1) – essespoderesmiraculososeram
primariamente aquiloaque Paulose referiaquandofalouque “ossinaisdoSeuapostolado
forammanifestadosentre vós”(2Co 12:12). Lucas nos informaque,“depoisdistodesignouo
Senhoraindaoutrossetenta,e mandou-osadiante daSuaface,de doisemdois,a todas as
cidadese lugaresaonde Ele haviade ir” (10:1), mandandoque “curassemosenfermos”(v.9).
Os mesmosdevidamente voltarame declararam:“PeloTeunome,até osdemôniosse nos
sujeitam”(v.17).Assim,ficabastante claroque a promessade Mt 21:22 foi feitaàquelesque
estavamna posse de poderesmiraculosos,e eradesignadaparaoseu encorajamentopessoal.
Antesde avançarmos,assinale-se que oque estamosapresentandoneste artigonãoé
novidade de nossaprópriainvenção,masantesumalinhade interpretação(ah,desconhecida
de muitosnestaépocasuperficial)expostapormuitoseminentesservosde Deusdopassado.
Por exemplo,emsuasnotassobre Mt 21:21, 22, ThomasScott escreveu:“QuandoJesus
observouasurpresados discípulos,Ele novamente lhesmostrouaenergiadafé,comuma
referênciaespecial aopoderde operarmilagresemSeunome.Sempre que umaocasião
apropriadapara realizarummilagre emapoioà sua doutrinase oferecesse,e fossem
confiandonoSeupodere não duvidandodaSua cooperação,elesnãoapenasseriam
capacitadosa realizarobrastão maravilhosascomoa de secar a figueirainfrutífera,masaté o
Monte dasOliveiras,peloqual estavamentãopassando,poderia,àsuapalavra,serremovidoe
lançadono mar! Ou seja,nadaque empreendessemseriaimpossível paraeles”.Domesmo
modo,MatthewHenrytambémdisse sobre Mc 11:22, 23, “Istodeve seraplicadoprimeiro
àquelafé de milagrescomque os apóstolose osprimeirospregadoresdoEvangelhoforam
dotados,osquaisfizerammaravilhasemcoisasnaturais”.
Indaguemos,aseguir,quantoàextensãodestapromessa:“Tudooque pedirdesemoração,
crendo,o recebereis”.Emboraestalinguagemsejaindefinidae nãolimitada,nãoestamos
autorizadosa tirara conclusãode que devasertomada semqualquerlimitação.A partirdo
contextoimediato,ficabastante claroque estapromessadiziarespeitoexclusivamente à
operaçãode milagres.Oobjetivode CristoeraassegurarosSeusapóstolosde que,se eles
orassemcom fé por qualquerdomoupodersobrenatural emparticular,esse domoupoder
seriaconcedidoaeles.Mas nãotemosbase para crer que,se aquelesapóstolosorassempor
algodiferente,nãoimportaquãofirme asuaexpectativa,elesreceberiamomesmo.Elesnão
tinhamjustificativaparaestenderostermosdapromessaalémdoque eraautorizadopelo
propósitoóbviode seuMestre naquelaocasiãoespecial.
Embora os Doze tenhamsidodotadosde poderessobrenaturais,se tivessemoradopela
concessãosobre si mesmosde qualquerbençãotemporal ouespiritual,nãohaveria
absolutamente nadanestapromessaparticularque garantisse umarespostaaqualquerdesses
pedidos. Assimcomonós,osapóstolose oscristãosprimitivosestavamsujeitosàpobreza,
doença,e todas as provaçõese afliçõescomunsdestavidapresente.Nãotemosmotivopara
duvidarde que eles – poiseramhomenssujeitosàsmesmasfraquezasque nós – orassempela
sua remoçãoou mitigação,contudo,sabemos,apartirde outrasEscrituras, que suasoraçõesa
respeitodestascoisasnemsempre eramatendidas.Istomostrade umasó vezque a promessa
de Mt 21:22 não era universal,pois,nestecaso,elespoderiam terbuscadoquaisquerfavores
temporaiscoma mesmafé e certezade seremouvidosque quandoorassemparaque milagres
fossemoperadospelassuasmãos.
Mas consideremosagoraa condiçãoque nossoSenhorestabeleceu:“Tudooque pedirdesem
oração, crendo, o recebereis”.A mesmaestipulaçãoencontra-se novamentenapassagem
paralela:“Todasas coisasque pedirdes,orando,crede receber,e tê-las-eis”(Mc11:24). Esta
promessafeitaporCristocom respeitoàoperaçãode milagresestavaassimcondicionadaao
exercíciode umcerto tipode fé.Se aquelesaosquaiselafoi feitarealmente expressassemafé
exigida,entãoasuafé assegurariaabsolutamenteocumprimentodapromessa.Poroutro
lado,se falhassememexpressarafé especificada,entãoasua petiçãonãoseriaconcedida.
Assimcomoa maioriadas promessasdaEscritura,esta tambémeracondicional.
Mateus 17 fornece-nosumailustraçãodosapóstolossendoincapazesde realizarummilagre
desejadoporcausado seufracassoem satisfazeràcondiçãovinculadaàpromessaque
estamosaqui considerando.Alilemosacercade um certohomemvindoaté Cristoemfavor de
seufilhoextremamente aflito,implorandoaoSalvadorparaque tivesse misericórdiadele,e
dizendo:“Trouxe-oaosTeusdiscípulos;e nãopuderamcurá-lo”(v.16). Apóso Senhorter
curado o jovempossessopelodemônio,Seusdiscípulosperguntaramporque foramincapazes
de realizareste milagre.Suarespostaé instrutiva,poisconfirmadefinitivamenteoque
dissemosantes:“EJesuslhesdisse:Porcausade vossaincredulidade;porque emverdadevos
digoque,se tiverdesfé comoumgrão de mostarda,direisa este monte:Passadaqui para
acolá,e há de passar; e nadavos seráimpossível”(v.20).A seguir,devemosindagaremque
estafé para operarmilagresdiferiade qualqueroutrotipode fé.A resposta:elase apoiavaem
um fundamentocompletamentediferente.Emprimeirolugar,elasópoderiaserexercidapor
aquelesque haviamsidoespecialmentedotadosde podersobrenaturalparaoperarmilagres,
o que pertenciaapenasaosservosde Cristonocomeço destaeracristã. E, emsegundolugar,
tal fé deveriase apoiarimplicitamentenaspromessasespecíficasque Cristohaviafeitoaos
tais,a saber,que,contandoelescoma Sua assistênciaparacapacitá-losparaisto,Ele
infalivelmente confirmariaaSuapalavraa respeitodomesmo.A mesmacoisapode servista,
conforme assinaladoemumparágrafoanterior,naspromessasregistradasemMc 16:17, 18.
Estas erambemdistintasdaquelafé que asseguraavidaeterna,apoiando-se emumtipo
completamentediferente de promessa.Emprovado que foi ditopor último,reportamosaAt
3. Ali lemosacercado mendigoque eracoxodesde oseunascimentopedindoesmolasdos
apóstolosenquantoestavamentrandonoTemplo.A ele Pedrodisse:“Nãotenhopratanem
ouro; maso que tenhoissote dou.Em nome de JesusCristo,oNazareno,levanta-tee anda”
(v.6, e cf. “emMeu nome”emMc 16:17). Mais tarde,explicandoaosespectadores
maravilhadosoque haviaacontecido,Pedro,apósacusá-losde terementregadooSenhor
Jesusa Pilatos,declarouque DeusglorificouaSeuFilho,acrescentando,“e pelafé noSeu
nome fezo Seunome fortaleceraeste”(At3:16). Pedro,então,haviadefinitivamente tidofé
nas promessasque haviamsido feitasaosapóstolosemMt21:21, 22 e Mc 16:17, 18, etc.
A fé salvíficaconsiste naapropriaçãodoEvangelhopelocoração;é apegar-se aoPróprioCristo
tal comoé oferecidoneleaospobrespecadores;é confiarnamisericórdiade Deusno
Redentor.Masa fé para realizarmilagressópoderiasereficazmenteexercidaporaquelesa
quempromessasespeciaisparaa operaçãode taiscoisas tivessemsidofeitas.Cristohavia
dotadoos apóstoloscompoderessobrenaturaise haviadadoa certezade que Ele os assistiria
na realizaçãode sinaismaravilhososparaa glóriadoSeunome e a extensãodoSeureino.E
essapromessadEle deviaserofundamentodasuafé.Assim, a fé delestinhaumfundamento
tão definidoe seguroparase apoiarcomo a nossahoje emconexãocom a vidaeterna.Apesar
disso,a primeiraeraimensamente inferioraestaúltima.Judastinhauma,masnão a outra.
Por issoPaulodeclaraque erapossível naquelesdiasterfé para“removermontanhas”e,
contudo,serdestituídode umsantoamor (1 Co13:2).
Depoisde tudoo que foi assinaladoacima,deveriaseróbvioque oscristãoshoje estão
totalmente desautorizadosaaplicartal promessaa si mesmosemqualquercasoa que se
sintaminclinados,e que osministrosdoEvangelhoestãoseriamenteiludindo osseusouvintes
quandolhesdizem:“Tudooque pedirdesemoração,crendo,o recebereis”.Estamos
plenamentecientesde que algunspregadorespiedosos,masmal orientados,aplicaramtão
erroneamente estetextoque algunscrentesdevotostomaramestapromessaparasi mesmos.
Contudo,istonãoé provade que qualquerdelesestivesse certoemfazeristo.Temos
pessoalmente assistidoamaisde um “culto de cura pelafé”,onde tal promessaera
“reivindicada”peloque estavaencarregado,e testemunhamosopatéticodesapontamentodo
doente indoemboramancandoemsuasmuletasnofinal.Quantaspessoasde pensamento
moderadoforamlevadasadeclaradainfidelidade portal fiascoapenasaquele Diarevelará.
Talvezalgunsde nossosleitoresestejacomeçandoacompreendermelhoronossosentido
quandodizemos,de vezemquando:Muitosque nãoentendemosentidode umversosão
frequentemente enganadospeloseusom.
“E tudoo que pedirdesemoração,crendo,orecebereis”(Mt21:22). Já temosvistoque esta
promessafoi feitaàquelesque haviamsidodotadosde poderessobrenaturais,e que foi dada
com o propósitode encorajá-losaexerceremfé emque Cristocontinuariaaassisti-losemsua
operaçãode milagres,paraa glóriadoSeunome e o bemda Sua causa.Tambémtemos
demonstradoque osprópriosapóstolosnãotinhamabsolutamentenenhumaautorizaçãopara
aplicarestapromessaparticulara bençãosordinárias,querde naturezatemporal ouespiritual.
Deveria,portanto,ficarbemevidente que oscristãoshoje nãotêmnenhumdireitode se
apropriaremdestapromessaparasi mesmose esperaremumcumprimentoliteral damesma.
Para deixaristoaindamaisclaro,que as seguintesconsideraçõessejamcuidadosamente
ponderadas.Nemmesmooscristãosprimitivosforamtodosdotadoscomdonssobrenaturais.
Provadistoencontra-se naqueladeclaraçãodoApóstolo:“Porventurasãotodosapóstolos?
são todosprofetas?sãotodosdoutores?sãotodosoperadoresde milagres?Têmtodosos
domde curar? falamtodosdiversaslínguas?interpretamtodos?”(1Co 12:29-30). Isto é ainda
maissurpreendentepelofatode que essesdonsextraordináriosabundavammais
copiosamente emCorintodoque emqualqueroutradasigrejasapostólicas;contudo,estas
questões,comsuaforte ênfase,claramentedenotamque nãohaviaumaigualdade de dons.O
propósitoóbviode Pauloaqui erasuprimir,porumlado,todoo descontentamentoe inveja,e,
por outro,todoo orgulhoe arrogância,poisele oshavialembradoexpressamente de que o
Espíritoreparte Seusdons“particularmente acada um comoquer” (v.11).
A manifestalimitaçãodapromessaque estamosaqui considerandoproíbe que oscristãoshoje
lhe deemumaaplicaçãogeral e universal:“Etudo o que pedirdesemoração,crendo,o
recebereis”.Hámuitopoucaspassagensna Escrituraonde a expressão“todasascoisas” deve
serentendidasemrestrição,e certamente estanãoé umadessaspoucas.O “e” precedente
claramente se conectaao que é ditonoverso21, e,portanto,deve significartodasas coisas
que ali estãoemvista,a saber,a operaçãode milagres.Conforme temosanteriormente
assinalado,estapromessanãodavanemaos própriosapóstoloscartabranca,de modoque,se
orassempor qualquercoisa(desdeque ofizessemcomfé inabalável),seriacertoque
infalivelmente receberiamamesma.Quantomenos,então,oscristãosordinárioshoje podem
dar tal escopoa estapromessa!
A própriaEscritura registramaisde um caso de almaspiedosassinceramente suplicandoa
Deuspor certas coisas,e o Espírito Santonão comunicounenhumasugestãode que foi porque
oraram incredulamente que seuspedidosnãoforamconcedidos.Moisés(Dt3:23-26) é um
caso emquestão.Do mesmomodotambémDavi jejuoue orouemfavorde seu filhodoente
para que se recuperasse,contudoelemorreu(2Sm12:16-19). Do mesmomodotambém,
nestaera do NovoTestamento,vemosque oamadoApóstolosuplicouaoSenhor trêsvezes
para que o seuespinhonacarne fosse removido(2Co12:7-9), contudonão foi;emboraele
recebesse segurançadoSenhor –“A Minha graça te basta” – para suportara aflição.Nãohá
dúvidade que Pauloestavafamiliarizadocomestapromessade Mt 21:22! Certamente,então,
os cristãosagora não têmnenhumdireitode exercerfé nelaquandoestiveremorandopor
algumacoisa.Se oscristãos de hoje decidiremse apropriarde Mt 21:22 para si, entãoeles
devemfazeristosobre oprincípiode que,crendo que uma coisaé verdadeira,elase tornará
verdadeira.A linguagemusadaporCristonaquelaocasiãoé clara demaisparaser confundida:
“E tudoo que pedirdesemoração,crendo,orecebereis” –no mesmosentidoé:“Todasas
coisasque pedirdes,orando,crede receber,e tê-las-eis”(Mc11:24). Mas este princípiode que
crer que uma coisaé verdadeiranecessariamenteatornaverdadeiraé manifestamente
insustentável e errôneo.Se euorasse pelasalvaçãode alguémque Deusnãohaviaescolhido
eternamente emCristo,nenhumacrençade minhaparte efetuariaasuasalvação;e insistir
que Deusdeveriasalvá-laseriapresunção,e nãofé.Se euestivesseseriamente doente e
cresse que Deusme curaria, nenhumacrençadessanaturezarealizariaaminhacura; e,se essa
não fosse avontade do Senhorparamim, entãotal “crença” seriafanatismo,e nãofé.
Comoos cristãosde nossotemponãotêmdireitode se apropriaremdestapromessaespecial
para si,elesnãotêmnenhumaautorizaçãopara pediremqualquerfavor,sejatemporalou
espiritual,privadooupúblico,absolutae insubmissamente.A verdadeiraoraçãonãoé um
esforçode trazer a vontade divinaemsujeiçãoànossa,mas de procurar submeterasnossas
vontadesàsde Deus.O que o Senhorpredestinounãopode sermudadoporqualquerapelo
nosso,poisnEle nãohá “mudança,nem sombrade variação” (Tg 1:17). Os decretoseternosde
Deusforammoldadosporbondade perfeitae sabedoriainerrante,e,portanto,Ele nãotem
necessidadede abandonaraexecuçãode qualquerparte deles:“Mas,se Ele resolveualguma
coisa,quementãoO desviará?Oque a Sua alma quiser,issofará”(Jó23:13). É uma idéia
extremamente grotescae desonrosaparaDeussuporque a oração foi designadacomo
propósitode a criatura exercerosseuspoderes persuasivosde modoainduziroTodo-
poderosoadar algumacoisaque Ele não queiraconceder.
“Esta é a confiançaque temosnEle,que,se pedirmosalgumacoisa,segundoaSua vontade,
Ele nos ouve”(1 Jo5:14). Ah,é nistoque precisamosnosapegare de acordocom isto
precisamosagirnestaerabarulhentae presunçosa.ChegamosaoTronoda Graça não como
ditadores,mascomosuplicantes.Aproximamo-nosdaquEleque estáassentadonele nãocomo
iguais,mascomo mendigos.Vamosali nãoparaexigirosnossosdireitos,masparasuplicar
favores.Nãoficamosde pé emnossadignidade,masdobramososjoelhosemconsciente
indignidade.Apresentamosnãoultimatos,masfazemos“petições”.Eessaspetiçõesnão
fazemosemumespíritode auto-afirmação,masemhumilde submissão.Se nosaproximamos
do Trono da Graça de uma formacorreta,vamos aí conscientesdanossaignorânciae
insensatez,plenamente segurosde que oSenhorconhece muitomelhordoque nósoque
seriabomnos concedere o que seriamelhornosrecusar.
Deuspropôsinfalivelmente quandoe onde e sobre quemEle concederáoSeufavor,e os
cristãosnão têmnenhumdireito,e,quandoemseusãojuízo,nenhumdesejode pedirque Ele
altere algumadasSuas determinaçõesarespeitosejadelesmesmosoude outros.
Consequentemente,comoelesnãotêmmeiosde saberde antemãooque Ele decretou
concernente àconcessãode algumfavorespecífico,elesnãotêmjustificativaparaLhe pedir
absolutamente qualquercoisa,masantesdevemproferircadapedidocomfranca submissãoà
Sua boa vontade.Elespodemdesejargrandemente verasalvaçãode algumapessoa
particular,mas,como não sabemse elaé um dos eleitosde Deus,elesnãodevempediristo
incondicionalmente,massujeitosaoSeupropósitodivino.Elespodemteralgumamado
gravemente doente,e,emborasejatantooseudevercomoprivilégiopedirpelasua
recuperação,elesnãodevemorarporissoabsolutamente,masemsujeiçãoàvontade de
Deus.
Cristonos deixouumexemploperfeitode submissãoemoração,assimcomoemtudo o mais.
Contemple-OnojardimdoGetsêmane –a antecâmarado Calvário – entrandoemSeus
sofrimentosinconcebíveis.Note aSuapostura:Ele não está ereto,massobre osSeusjoelhos,
e depoissobre aSua face.Ouça a Sua linguagem:“Pai,se queres,passade Mimeste cálice;
todavianão se faça a Minha vontade,masa Tua” (Lc 22:42). Era o Seu santodesejoque oPai
removesse aquele cáliceterrível dEle,se graciosamenteLhe aprouvesse fazeristo;mas,se não,
Ele pediaque a Sua petiçãofosse negadae a vontade de SeuPai cumprida.Seráque podemos,
emface disto,meuleitor,chegarperante Deuse insistirque algumpedidonossoseja
concedido,independente de estarounãode acordo com a vontade divina?Decertoque não;
antes,devemossinceramente buscargraçapara emularmosoexemplodeixadoparanóspelo
Redentor.
De fato,é triste testemunhare leracercade muitacoisaque está sucedendonomundo
religiosoatual.Nãoé tambémque oespíritoilegal daépocatenhatidoumainfluênciamaligna
sobre as igrejas;antes,omal começounas igrejase depoisinfestouasociedade emgeral.A Lei
de Deusfoi banidados púlpitosantesque ailegalidadese tornasse tãopredominante no
estado.A irreverênciacaracterizouosbancosantesque a infidelidadeandasse àespreitapelas
ruas. O Altíssimofoi insultadonaoraçãopúblicaantesque se tornasse coisacomumtomar o
Seunome emvão no palcoe nosprogramas de rádio.Aoinvésde se curvaremperante o
Trono da Graça, muitosconduziramsuas“devoções”públicascomose elesmesmos
ocupassemesse Trono.Submissãogenuínae semreservasàvontade divinaagoraé umacoisa
do passado,excetoentre aquele insignificanteremanescenteaoqual foi dado,pelaSuagraça,
coraçõesquebrantadose contritos.
Comoos cristãosnão têmnenhumdireito,nestaépoca,de exerceremfé napromessade Mt
21:22, então,claramente elesnãotêmnenhumdireitode exercerfé emseuspróprios
sentimentospeculiares.Osprópriosapóstolosque possuíampoderessobrenaturaisnãocriam
que absolutamente todasascoisasque pedissemseriamconcedidasaelesporque tinham
sentimentospeculiaresarespeitodaquiloque pediam;maselescriamque,quandopedissem
que um milagre fosse operadoporeles,Cristooscapacitariapara isto,porque elesbaseavama
sua fé na Sua promessaparaesse fim.Elessabiamque a promessaforafeitaàsua fé,e não
aos seussentimentos.Este sendoocasodosprópriosapóstolos,quantomenosocristão
ordináriopode agorareivindicarumcumprimentode Mt21:22 por causa de algumforte
sentimentoaque ele estejasujeito!
Mas, emboraos cristãoshoje não tenhamumapromessapara se apoiartal como a de Mt
21:22, algunsdelestêmumprofundosentimentode que aquilopeloque oramseráconcedido.
Istoé absolutamente erradoe repreensível.Nãotemosabsolutamentenenhumagarantia
escriturísticapara baseara nossaconfiançade sermosouvidosemalgumsentimento,pormais
profundoe persistente,e nãodevemosesperarque Deusnosrespondaamenosque
possamosalegaralgumapromessaSua.Nãohá promessasnaPalavrafeitasa quaisquer
sentimentos.TodasaspromessasdoEvangelhosãofeitasasantosexercíciosouafeições,e a
nada a que os homenssejamtotalmente passivos.Nossoscoraçõessãoenganososmaisdo
que todasas coisas,e aquelesque se apoiamemimpulsosinteriorese sentimentossecretos
estãoemgrande perigode incorrernos errosmaisgrosseirose nasilusõesmaisbrutais.Tanto
espíritosmauscomo o EspíritoSantopodemimpressionarnossasmentes.
Muitostêm oradopor favoresparticularescoma certezaequivocadade que,se ospedirem
com fé resoluta,essesfavorescertamentelhesserãoconcedidos.Estaidéia“levouGeorge
Whitefieldaesperarconfiantemente aquiloque elenãotinhadireitode esperar
confiantemente.Ele tinhaumfilhinhoamável e promissor,que eleardentemente desejavae
orava para que pudesse serumministroeminentementeútil;e ele tevesentimentostãofortes
e favoráveisaseurespeitoque esperavaconfiantemente que omesmoseriaaquiloque ele
desejavae oravaardentementeque fosse.Masseufilhomorreuquandotinhaporvoltade
quatro anos,e o eventonãoapenaso desapontou,mascurou-ode seuerro”(N.Emmons,a
quemsomosendividadosporváriospensamentosnestadiscussão).Podemosacrescentarque,
quandoC. H. Spurgeonestavamorrendo,dezenasde milharesjejuarame ofereceramoração
especial paraque suavidafosse poupada;mas,como a sequênciamostrou,issonãoestavade
acordo com a vontade de Deus.
Ao procurar corrigirum erro,devemosnosesforçarpornosguardarmosde outro.Embora a
promessade Mt 21:22 nãodiga respeitoanóshoje,existe grande númerode promessastanto
no Antigocomono NovoTestamentoque oscristãospodemlegitimamentetomarparasi
mesmose pleiteardiante de Deus.Nessaspromessaselestêmtodooencorajamentopara
orar com fé por aquiloque podemsensatamente desejar.Deusnuncadisse àsemente de Jacó:
“Buscai-Me emvão”, masassegurou-osde que,se oraremcorretamente,elesserãoouvidos,e
ou receberão oque pedemoualgomelhorpara a Sua glóriae para o seubem.A fimde orar
corretamente,elesdevemorarcom umdesejoreal pelascoisasque pedem, e comuma
submissãogenuínaàvontade de Deus,querEle concedaou negue suaspetições.Quandoum
crente apresentapetiçõesapropriadasaDeus,de ummodo correto,fundamentadonas
promessasdivinas,entãoele nãodeve duvidarnemdaSua prontidãonemdacapacidade de
concedê-las,querporconta da sua própriaindignidade ouporcausa de algumadificuldadeno
caminho.“Se pedirmosalgumacoisa,segundoaSuavontade,Ele nosouve”(1 Jo 5:14).

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Os limites da promessa de milagres

  • 1. Durante o últimoséculo,doiserroscardeaisforamcometidosarespeitode muitacoisa contidanosEvangelhos – errosque têmprevalecidomuitoentre cristãosprofessose que têm produzidogrande destruição.Cadaumdesseserrosdizem respeitoàquelainterpretaçãoe aplicaçãodo conteúdodosquatroEvangelistasquantoaoque pertence e oque não pertence ao povodo Senhorhoje.Oprimeirodesseserrosfoi dispensacional.Foi erroneamente adotadaa opiniãode que,comoo ministériode nossoSenhorlimitou-seàPalestina,enquanto o Temploaindaestavade pé emJerusalém, este foi,portanto,de caráterexclusivamente “judaico”,e os santosde nossa eradevemvoltar-se apenasparaasEpístolasdo Apóstolodos gentiosembuscade suas ordensde marcha. Tal erroé refutadopelosversosiniciaisde Hebreus(onde oministériode Cristoé contrastadocomo dos Profetas),e pelofatode que a grande divisãode tempoentre a.C.e d.C.é datadaa partirdo nascimentode Cristo,e nãoda Sua morte ou mesmodaSua ascensão. O segundoerroé prático.Aqui o pêndulobalançouparao extremooposto.Noprimeirocaso, uma tentativainsidiosae persistente foi feitaparaprivaros santosde uma parte valiosada sua legítimaherança,tirandodelespreceitos necessáriose promessaspreciosassobopretextode que eram propriedade exclusivadosjudeus.Mas,noúltimocaso,que agora deve ocuparmais completamenteanossaatenção,promessasque foramfeitasauma classe particularforam distribuídasuniversalmente,promessasque pertenciamapenasaosapóstolose aoscristãos primitivostêmsidoerroneamente aplicadasatodososcrentesemgeral.O resultadofoi que falsasexpectativasforamgeradas,vãsesperançasdespertadas,selvagemfanatismo encorajado – e aquelesque entraramemcontatocomesta perversãodaVerdade têmvisto que efeitostrágicosse seguiram –milharesfazendocompletonaufrágiodafé. Semdúvidapareceráa algunsde nossosamigosque estamospisandoagoraemsolodelicado, poisassegurar-lhesde que algumadaspromessafeitasporCristoaosSeusdiscípulos, promessasque váriosde nossosleitorespodemteraprendidoque sãobaseslegítimaspara apoiarema suafé,não pertencem –em seusentidoprimário –de modoalguma eles,devese mostrar inquietante e desapontador.Portanto,prosseguiremoscuidadosae lentamente,e pediremosque ponderemcomespecial diligênciaoque se segue.“E estessinaisseguirãoaos que crerem:Em Meu nome expulsarãoosdemônios;falarãonovaslínguas;pegarãonas serpentes;e,se beberemalgumacoisamortífera,nãolhesfarádanoalgum;e porãoas mãos sobre os enfermos,e oscurarão” (Mc 16:17, 18). Ora, estassão as palavrasdo SenhorJesus, mas serápodemosnosapropriardelashoje e esperarumcumprimentoliteraldasmesmas?Há aquelesque respondemcomumenfáticoSim, emboraduvidemosmuitode que muitos leitoresregularesdestaspáginasfaçamisso. Ora, os versosque acabamosde citar dizemrespeitoaosmilagresque acompanharama pregaçãodo Evangelhonosprimeirosdiasdestadispensaçãocristã,e é precisonotar devidamente que essesmilagresresultaramdoexercíciodafé.Istoacreditamosque serátão evidente paraosnossosleitoresque nãoocasionaránenhumadificuldade.Masexistemoutras
  • 2. passagensnos Evangelhosque tratamdomesmoassunto – promessassimilaresdoslábiosdo Salvadorque podemnãoparecertão simples –e é a elasque nosvoltamosagora.“E, tudo o que pedirdesemoração,crendo,orecebereis”(Mt21:22). Esta mesmapromessa, ligeiramente diferente,encontra-senovamente em:“Porissovosdigoque todasas coisasque pedirdes,orando,crede receber,e tê-las-eis”(Mc11:24). Quantas vezesestapromessatem sidoapropriadapor cristãose sinceramente pleiteadadiante de Deus,apenasparanão recebernenhumaresposta.Ostaistêmatribuídoestafaltade respostaao fracassoda sua fé (ousão informadosde que estaé a causa),ao invésde perceberemque estavamapoiandoa sua fé emum fundamentoilegítimo. “E, tudo o que pedirdesemoração, crendo,orecebereis”(Mt21:22). Nossaprimeira preocupaçãodeve seraveriguaraquemessaspalavrasforamprimeiramentedirigidas,e a circunstânciaque as ocasionou – consideraçõesque geralmente sãode primeiraimportância como auxíliosauma verdadeiraaplicaçãode umverso,pois,se ocontextoé ignorado, equívocoscertamente se seguirão.Osversosimediatamente precedentesregistrama maldiçãode nossoSenhorsobre a figueirae oefeitoque istocausousobre aquelesque O assistiam.Overso20 diz:“E os discípulos,vendoisto,maravilharam-se,dizendo:Comosecou imediatamente afigueira?”.Marcosnosdiz: “E Pedro(oporta-vozdosapóstolos),lembrando- se,disse-Lhe:Mestre,eisque afigueira,que Tuamaldiçoaste,se secou”(11:21).Foi entãoque Cristorespondeu:“Emverdade vosdigoque,se tiverdesfé e nãoduvidardes,nãosófareiso que foi feitoàfigueira,masaté se a este monte disserdes:Ergue-te,e precipita-tenomar, assimseráfeito;e,tudoo que pedirdesemoração,crendo,orecebereis”(Mt21:21, 22). Deve serlembradoque,emumadata anterior,Cristohaviadesignado12de Seusdiscípulos para pregaremo Evangelhoe realizaremmilagresemconfirmaçãoàsua comissão.“E, chamandoos Seusdoze discípulos,deu-lhespodersobre osespíritosimundos,paraos expulsarem,e paracurarem todaa enfermidade”(Mt10:1) – essespoderesmiraculososeram primariamente aquiloaque Paulose referiaquandofalouque “ossinaisdoSeuapostolado forammanifestadosentre vós”(2Co 12:12). Lucas nos informaque,“depoisdistodesignouo Senhoraindaoutrossetenta,e mandou-osadiante daSuaface,de doisemdois,a todas as cidadese lugaresaonde Ele haviade ir” (10:1), mandandoque “curassemosenfermos”(v.9). Os mesmosdevidamente voltarame declararam:“PeloTeunome,até osdemôniosse nos sujeitam”(v.17).Assim,ficabastante claroque a promessade Mt 21:22 foi feitaàquelesque estavamna posse de poderesmiraculosos,e eradesignadaparaoseu encorajamentopessoal. Antesde avançarmos,assinale-se que oque estamosapresentandoneste artigonãoé novidade de nossaprópriainvenção,masantesumalinhade interpretação(ah,desconhecida de muitosnestaépocasuperficial)expostapormuitoseminentesservosde Deusdopassado. Por exemplo,emsuasnotassobre Mt 21:21, 22, ThomasScott escreveu:“QuandoJesus observouasurpresados discípulos,Ele novamente lhesmostrouaenergiadafé,comuma referênciaespecial aopoderde operarmilagresemSeunome.Sempre que umaocasião
  • 3. apropriadapara realizarummilagre emapoioà sua doutrinase oferecesse,e fossem confiandonoSeupodere não duvidandodaSua cooperação,elesnãoapenasseriam capacitadosa realizarobrastão maravilhosascomoa de secar a figueirainfrutífera,masaté o Monte dasOliveiras,peloqual estavamentãopassando,poderia,àsuapalavra,serremovidoe lançadono mar! Ou seja,nadaque empreendessemseriaimpossível paraeles”.Domesmo modo,MatthewHenrytambémdisse sobre Mc 11:22, 23, “Istodeve seraplicadoprimeiro àquelafé de milagrescomque os apóstolose osprimeirospregadoresdoEvangelhoforam dotados,osquaisfizerammaravilhasemcoisasnaturais”. Indaguemos,aseguir,quantoàextensãodestapromessa:“Tudooque pedirdesemoração, crendo,o recebereis”.Emboraestalinguagemsejaindefinidae nãolimitada,nãoestamos autorizadosa tirara conclusãode que devasertomada semqualquerlimitação.A partirdo contextoimediato,ficabastante claroque estapromessadiziarespeitoexclusivamente à operaçãode milagres.Oobjetivode CristoeraassegurarosSeusapóstolosde que,se eles orassemcom fé por qualquerdomoupodersobrenatural emparticular,esse domoupoder seriaconcedidoaeles.Mas nãotemosbase para crer que,se aquelesapóstolosorassempor algodiferente,nãoimportaquãofirme asuaexpectativa,elesreceberiamomesmo.Elesnão tinhamjustificativaparaestenderostermosdapromessaalémdoque eraautorizadopelo propósitoóbviode seuMestre naquelaocasiãoespecial. Embora os Doze tenhamsidodotadosde poderessobrenaturais,se tivessemoradopela concessãosobre si mesmosde qualquerbençãotemporal ouespiritual,nãohaveria absolutamente nadanestapromessaparticularque garantisse umarespostaaqualquerdesses pedidos. Assimcomonós,osapóstolose oscristãosprimitivosestavamsujeitosàpobreza, doença,e todas as provaçõese afliçõescomunsdestavidapresente.Nãotemosmotivopara duvidarde que eles – poiseramhomenssujeitosàsmesmasfraquezasque nós – orassempela sua remoçãoou mitigação,contudo,sabemos,apartirde outrasEscrituras, que suasoraçõesa respeitodestascoisasnemsempre eramatendidas.Istomostrade umasó vezque a promessa de Mt 21:22 não era universal,pois,nestecaso,elespoderiam terbuscadoquaisquerfavores temporaiscoma mesmafé e certezade seremouvidosque quandoorassemparaque milagres fossemoperadospelassuasmãos. Mas consideremosagoraa condiçãoque nossoSenhorestabeleceu:“Tudooque pedirdesem oração, crendo, o recebereis”.A mesmaestipulaçãoencontra-se novamentenapassagem paralela:“Todasas coisasque pedirdes,orando,crede receber,e tê-las-eis”(Mc11:24). Esta promessafeitaporCristocom respeitoàoperaçãode milagresestavaassimcondicionadaao exercíciode umcerto tipode fé.Se aquelesaosquaiselafoi feitarealmente expressassemafé exigida,entãoasuafé assegurariaabsolutamenteocumprimentodapromessa.Poroutro lado,se falhassememexpressarafé especificada,entãoasua petiçãonãoseriaconcedida. Assimcomoa maioriadas promessasdaEscritura,esta tambémeracondicional.
  • 4. Mateus 17 fornece-nosumailustraçãodosapóstolossendoincapazesde realizarummilagre desejadoporcausado seufracassoem satisfazeràcondiçãovinculadaàpromessaque estamosaqui considerando.Alilemosacercade um certohomemvindoaté Cristoemfavor de seufilhoextremamente aflito,implorandoaoSalvadorparaque tivesse misericórdiadele,e dizendo:“Trouxe-oaosTeusdiscípulos;e nãopuderamcurá-lo”(v.16). Apóso Senhorter curado o jovempossessopelodemônio,Seusdiscípulosperguntaramporque foramincapazes de realizareste milagre.Suarespostaé instrutiva,poisconfirmadefinitivamenteoque dissemosantes:“EJesuslhesdisse:Porcausade vossaincredulidade;porque emverdadevos digoque,se tiverdesfé comoumgrão de mostarda,direisa este monte:Passadaqui para acolá,e há de passar; e nadavos seráimpossível”(v.20).A seguir,devemosindagaremque estafé para operarmilagresdiferiade qualqueroutrotipode fé.A resposta:elase apoiavaem um fundamentocompletamentediferente.Emprimeirolugar,elasópoderiaserexercidapor aquelesque haviamsidoespecialmentedotadosde podersobrenaturalparaoperarmilagres, o que pertenciaapenasaosservosde Cristonocomeço destaeracristã. E, emsegundolugar, tal fé deveriase apoiarimplicitamentenaspromessasespecíficasque Cristohaviafeitoaos tais,a saber,que,contandoelescoma Sua assistênciaparacapacitá-losparaisto,Ele infalivelmente confirmariaaSuapalavraa respeitodomesmo.A mesmacoisapode servista, conforme assinaladoemumparágrafoanterior,naspromessasregistradasemMc 16:17, 18. Estas erambemdistintasdaquelafé que asseguraavidaeterna,apoiando-se emumtipo completamentediferente de promessa.Emprovado que foi ditopor último,reportamosaAt 3. Ali lemosacercado mendigoque eracoxodesde oseunascimentopedindoesmolasdos apóstolosenquantoestavamentrandonoTemplo.A ele Pedrodisse:“Nãotenhopratanem ouro; maso que tenhoissote dou.Em nome de JesusCristo,oNazareno,levanta-tee anda” (v.6, e cf. “emMeu nome”emMc 16:17). Mais tarde,explicandoaosespectadores maravilhadosoque haviaacontecido,Pedro,apósacusá-losde terementregadooSenhor Jesusa Pilatos,declarouque DeusglorificouaSeuFilho,acrescentando,“e pelafé noSeu nome fezo Seunome fortaleceraeste”(At3:16). Pedro,então,haviadefinitivamente tidofé nas promessasque haviamsido feitasaosapóstolosemMt21:21, 22 e Mc 16:17, 18, etc. A fé salvíficaconsiste naapropriaçãodoEvangelhopelocoração;é apegar-se aoPróprioCristo tal comoé oferecidoneleaospobrespecadores;é confiarnamisericórdiade Deusno Redentor.Masa fé para realizarmilagressópoderiasereficazmenteexercidaporaquelesa quempromessasespeciaisparaa operaçãode taiscoisas tivessemsidofeitas.Cristohavia dotadoos apóstoloscompoderessobrenaturaise haviadadoa certezade que Ele os assistiria na realizaçãode sinaismaravilhososparaa glóriadoSeunome e a extensãodoSeureino.E essapromessadEle deviaserofundamentodasuafé.Assim, a fé delestinhaumfundamento tão definidoe seguroparase apoiarcomo a nossahoje emconexãocom a vidaeterna.Apesar disso,a primeiraeraimensamente inferioraestaúltima.Judastinhauma,masnão a outra. Por issoPaulodeclaraque erapossível naquelesdiasterfé para“removermontanhas”e, contudo,serdestituídode umsantoamor (1 Co13:2).
  • 5. Depoisde tudoo que foi assinaladoacima,deveriaseróbvioque oscristãoshoje estão totalmente desautorizadosaaplicartal promessaa si mesmosemqualquercasoa que se sintaminclinados,e que osministrosdoEvangelhoestãoseriamenteiludindo osseusouvintes quandolhesdizem:“Tudooque pedirdesemoração,crendo,o recebereis”.Estamos plenamentecientesde que algunspregadorespiedosos,masmal orientados,aplicaramtão erroneamente estetextoque algunscrentesdevotostomaramestapromessaparasi mesmos. Contudo,istonãoé provade que qualquerdelesestivesse certoemfazeristo.Temos pessoalmente assistidoamaisde um “culto de cura pelafé”,onde tal promessaera “reivindicada”peloque estavaencarregado,e testemunhamosopatéticodesapontamentodo doente indoemboramancandoemsuasmuletasnofinal.Quantaspessoasde pensamento moderadoforamlevadasadeclaradainfidelidade portal fiascoapenasaquele Diarevelará. Talvezalgunsde nossosleitoresestejacomeçandoacompreendermelhoronossosentido quandodizemos,de vezemquando:Muitosque nãoentendemosentidode umversosão frequentemente enganadospeloseusom. “E tudoo que pedirdesemoração,crendo,orecebereis”(Mt21:22). Já temosvistoque esta promessafoi feitaàquelesque haviamsidodotadosde poderessobrenaturais,e que foi dada com o propósitode encorajá-losaexerceremfé emque Cristocontinuariaaassisti-losemsua operaçãode milagres,paraa glóriadoSeunome e o bemda Sua causa.Tambémtemos demonstradoque osprópriosapóstolosnãotinhamabsolutamentenenhumaautorizaçãopara aplicarestapromessaparticulara bençãosordinárias,querde naturezatemporal ouespiritual. Deveria,portanto,ficarbemevidente que oscristãoshoje nãotêmnenhumdireitode se apropriaremdestapromessaparasi mesmose esperaremumcumprimentoliteral damesma. Para deixaristoaindamaisclaro,que as seguintesconsideraçõessejamcuidadosamente ponderadas.Nemmesmooscristãosprimitivosforamtodosdotadoscomdonssobrenaturais. Provadistoencontra-se naqueladeclaraçãodoApóstolo:“Porventurasãotodosapóstolos? são todosprofetas?sãotodosdoutores?sãotodosoperadoresde milagres?Têmtodosos domde curar? falamtodosdiversaslínguas?interpretamtodos?”(1Co 12:29-30). Isto é ainda maissurpreendentepelofatode que essesdonsextraordináriosabundavammais copiosamente emCorintodoque emqualqueroutradasigrejasapostólicas;contudo,estas questões,comsuaforte ênfase,claramentedenotamque nãohaviaumaigualdade de dons.O propósitoóbviode Pauloaqui erasuprimir,porumlado,todoo descontentamentoe inveja,e, por outro,todoo orgulhoe arrogância,poisele oshavialembradoexpressamente de que o Espíritoreparte Seusdons“particularmente acada um comoquer” (v.11). A manifestalimitaçãodapromessaque estamosaqui considerandoproíbe que oscristãoshoje lhe deemumaaplicaçãogeral e universal:“Etudo o que pedirdesemoração,crendo,o recebereis”.Hámuitopoucaspassagensna Escrituraonde a expressão“todasascoisas” deve serentendidasemrestrição,e certamente estanãoé umadessaspoucas.O “e” precedente claramente se conectaao que é ditonoverso21, e,portanto,deve significartodasas coisas que ali estãoemvista,a saber,a operaçãode milagres.Conforme temosanteriormente assinalado,estapromessanãodavanemaos própriosapóstoloscartabranca,de modoque,se
  • 6. orassempor qualquercoisa(desdeque ofizessemcomfé inabalável),seriacertoque infalivelmente receberiamamesma.Quantomenos,então,oscristãosordinárioshoje podem dar tal escopoa estapromessa! A própriaEscritura registramaisde um caso de almaspiedosassinceramente suplicandoa Deuspor certas coisas,e o Espírito Santonão comunicounenhumasugestãode que foi porque oraram incredulamente que seuspedidosnãoforamconcedidos.Moisés(Dt3:23-26) é um caso emquestão.Do mesmomodotambémDavi jejuoue orouemfavorde seu filhodoente para que se recuperasse,contudoelemorreu(2Sm12:16-19). Do mesmomodotambém, nestaera do NovoTestamento,vemosque oamadoApóstolosuplicouaoSenhor trêsvezes para que o seuespinhonacarne fosse removido(2Co12:7-9), contudonão foi;emboraele recebesse segurançadoSenhor –“A Minha graça te basta” – para suportara aflição.Nãohá dúvidade que Pauloestavafamiliarizadocomestapromessade Mt 21:22! Certamente,então, os cristãosagora não têmnenhumdireitode exercerfé nelaquandoestiveremorandopor algumacoisa.Se oscristãos de hoje decidiremse apropriarde Mt 21:22 para si, entãoeles devemfazeristosobre oprincípiode que,crendo que uma coisaé verdadeira,elase tornará verdadeira.A linguagemusadaporCristonaquelaocasiãoé clara demaisparaser confundida: “E tudoo que pedirdesemoração,crendo,orecebereis” –no mesmosentidoé:“Todasas coisasque pedirdes,orando,crede receber,e tê-las-eis”(Mc11:24). Mas este princípiode que crer que uma coisaé verdadeiranecessariamenteatornaverdadeiraé manifestamente insustentável e errôneo.Se euorasse pelasalvaçãode alguémque Deusnãohaviaescolhido eternamente emCristo,nenhumacrençade minhaparte efetuariaasuasalvação;e insistir que Deusdeveriasalvá-laseriapresunção,e nãofé.Se euestivesseseriamente doente e cresse que Deusme curaria, nenhumacrençadessanaturezarealizariaaminhacura; e,se essa não fosse avontade do Senhorparamim, entãotal “crença” seriafanatismo,e nãofé. Comoos cristãosde nossotemponãotêmdireitode se apropriaremdestapromessaespecial para si,elesnãotêmnenhumaautorizaçãopara pediremqualquerfavor,sejatemporalou espiritual,privadooupúblico,absolutae insubmissamente.A verdadeiraoraçãonãoé um esforçode trazer a vontade divinaemsujeiçãoànossa,mas de procurar submeterasnossas vontadesàsde Deus.O que o Senhorpredestinounãopode sermudadoporqualquerapelo nosso,poisnEle nãohá “mudança,nem sombrade variação” (Tg 1:17). Os decretoseternosde Deusforammoldadosporbondade perfeitae sabedoriainerrante,e,portanto,Ele nãotem necessidadede abandonaraexecuçãode qualquerparte deles:“Mas,se Ele resolveualguma coisa,quementãoO desviará?Oque a Sua alma quiser,issofará”(Jó23:13). É uma idéia extremamente grotescae desonrosaparaDeussuporque a oração foi designadacomo propósitode a criatura exercerosseuspoderes persuasivosde modoainduziroTodo- poderosoadar algumacoisaque Ele não queiraconceder. “Esta é a confiançaque temosnEle,que,se pedirmosalgumacoisa,segundoaSua vontade, Ele nos ouve”(1 Jo5:14). Ah,é nistoque precisamosnosapegare de acordocom isto
  • 7. precisamosagirnestaerabarulhentae presunçosa.ChegamosaoTronoda Graça não como ditadores,mascomosuplicantes.Aproximamo-nosdaquEleque estáassentadonele nãocomo iguais,mascomo mendigos.Vamosali nãoparaexigirosnossosdireitos,masparasuplicar favores.Nãoficamosde pé emnossadignidade,masdobramososjoelhosemconsciente indignidade.Apresentamosnãoultimatos,masfazemos“petições”.Eessaspetiçõesnão fazemosemumespíritode auto-afirmação,masemhumilde submissão.Se nosaproximamos do Trono da Graça de uma formacorreta,vamos aí conscientesdanossaignorânciae insensatez,plenamente segurosde que oSenhorconhece muitomelhordoque nósoque seriabomnos concedere o que seriamelhornosrecusar. Deuspropôsinfalivelmente quandoe onde e sobre quemEle concederáoSeufavor,e os cristãosnão têmnenhumdireito,e,quandoemseusãojuízo,nenhumdesejode pedirque Ele altere algumadasSuas determinaçõesarespeitosejadelesmesmosoude outros. Consequentemente,comoelesnãotêmmeiosde saberde antemãooque Ele decretou concernente àconcessãode algumfavorespecífico,elesnãotêmjustificativaparaLhe pedir absolutamente qualquercoisa,masantesdevemproferircadapedidocomfranca submissãoà Sua boa vontade.Elespodemdesejargrandemente verasalvaçãode algumapessoa particular,mas,como não sabemse elaé um dos eleitosde Deus,elesnãodevempediristo incondicionalmente,massujeitosaoSeupropósitodivino.Elespodemteralgumamado gravemente doente,e,emborasejatantooseudevercomoprivilégiopedirpelasua recuperação,elesnãodevemorarporissoabsolutamente,masemsujeiçãoàvontade de Deus. Cristonos deixouumexemploperfeitode submissãoemoração,assimcomoemtudo o mais. Contemple-OnojardimdoGetsêmane –a antecâmarado Calvário – entrandoemSeus sofrimentosinconcebíveis.Note aSuapostura:Ele não está ereto,massobre osSeusjoelhos, e depoissobre aSua face.Ouça a Sua linguagem:“Pai,se queres,passade Mimeste cálice; todavianão se faça a Minha vontade,masa Tua” (Lc 22:42). Era o Seu santodesejoque oPai removesse aquele cáliceterrível dEle,se graciosamenteLhe aprouvesse fazeristo;mas,se não, Ele pediaque a Sua petiçãofosse negadae a vontade de SeuPai cumprida.Seráque podemos, emface disto,meuleitor,chegarperante Deuse insistirque algumpedidonossoseja concedido,independente de estarounãode acordo com a vontade divina?Decertoque não; antes,devemossinceramente buscargraçapara emularmosoexemplodeixadoparanóspelo Redentor. De fato,é triste testemunhare leracercade muitacoisaque está sucedendonomundo religiosoatual.Nãoé tambémque oespíritoilegal daépocatenhatidoumainfluênciamaligna sobre as igrejas;antes,omal começounas igrejase depoisinfestouasociedade emgeral.A Lei de Deusfoi banidados púlpitosantesque ailegalidadese tornasse tãopredominante no estado.A irreverênciacaracterizouosbancosantesque a infidelidadeandasse àespreitapelas ruas. O Altíssimofoi insultadonaoraçãopúblicaantesque se tornasse coisacomumtomar o
  • 8. Seunome emvão no palcoe nosprogramas de rádio.Aoinvésde se curvaremperante o Trono da Graça, muitosconduziramsuas“devoções”públicascomose elesmesmos ocupassemesse Trono.Submissãogenuínae semreservasàvontade divinaagoraé umacoisa do passado,excetoentre aquele insignificanteremanescenteaoqual foi dado,pelaSuagraça, coraçõesquebrantadose contritos. Comoos cristãosnão têmnenhumdireito,nestaépoca,de exerceremfé napromessade Mt 21:22, então,claramente elesnãotêmnenhumdireitode exercerfé emseuspróprios sentimentospeculiares.Osprópriosapóstolosque possuíampoderessobrenaturaisnãocriam que absolutamente todasascoisasque pedissemseriamconcedidasaelesporque tinham sentimentospeculiaresarespeitodaquiloque pediam;maselescriamque,quandopedissem que um milagre fosse operadoporeles,Cristooscapacitariapara isto,porque elesbaseavama sua fé na Sua promessaparaesse fim.Elessabiamque a promessaforafeitaàsua fé,e não aos seussentimentos.Este sendoocasodosprópriosapóstolos,quantomenosocristão ordináriopode agorareivindicarumcumprimentode Mt21:22 por causa de algumforte sentimentoaque ele estejasujeito! Mas, emboraos cristãoshoje não tenhamumapromessapara se apoiartal como a de Mt 21:22, algunsdelestêmumprofundosentimentode que aquilopeloque oramseráconcedido. Istoé absolutamente erradoe repreensível.Nãotemosabsolutamentenenhumagarantia escriturísticapara baseara nossaconfiançade sermosouvidosemalgumsentimento,pormais profundoe persistente,e nãodevemosesperarque Deusnosrespondaamenosque possamosalegaralgumapromessaSua.Nãohá promessasnaPalavrafeitasa quaisquer sentimentos.TodasaspromessasdoEvangelhosãofeitasasantosexercíciosouafeições,e a nada a que os homenssejamtotalmente passivos.Nossoscoraçõessãoenganososmaisdo que todasas coisas,e aquelesque se apoiamemimpulsosinteriorese sentimentossecretos estãoemgrande perigode incorrernos errosmaisgrosseirose nasilusõesmaisbrutais.Tanto espíritosmauscomo o EspíritoSantopodemimpressionarnossasmentes. Muitostêm oradopor favoresparticularescoma certezaequivocadade que,se ospedirem com fé resoluta,essesfavorescertamentelhesserãoconcedidos.Estaidéia“levouGeorge Whitefieldaesperarconfiantemente aquiloque elenãotinhadireitode esperar confiantemente.Ele tinhaumfilhinhoamável e promissor,que eleardentemente desejavae orava para que pudesse serumministroeminentementeútil;e ele tevesentimentostãofortes e favoráveisaseurespeitoque esperavaconfiantemente que omesmoseriaaquiloque ele desejavae oravaardentementeque fosse.Masseufilhomorreuquandotinhaporvoltade quatro anos,e o eventonãoapenaso desapontou,mascurou-ode seuerro”(N.Emmons,a quemsomosendividadosporváriospensamentosnestadiscussão).Podemosacrescentarque, quandoC. H. Spurgeonestavamorrendo,dezenasde milharesjejuarame ofereceramoração especial paraque suavidafosse poupada;mas,como a sequênciamostrou,issonãoestavade acordo com a vontade de Deus.
  • 9. Ao procurar corrigirum erro,devemosnosesforçarpornosguardarmosde outro.Embora a promessade Mt 21:22 nãodiga respeitoanóshoje,existe grande númerode promessastanto no Antigocomono NovoTestamentoque oscristãospodemlegitimamentetomarparasi mesmose pleiteardiante de Deus.Nessaspromessaselestêmtodooencorajamentopara orar com fé por aquiloque podemsensatamente desejar.Deusnuncadisse àsemente de Jacó: “Buscai-Me emvão”, masassegurou-osde que,se oraremcorretamente,elesserãoouvidos,e ou receberão oque pedemoualgomelhorpara a Sua glóriae para o seubem.A fimde orar corretamente,elesdevemorarcom umdesejoreal pelascoisasque pedem, e comuma submissãogenuínaàvontade de Deus,querEle concedaou negue suaspetições.Quandoum crente apresentapetiçõesapropriadasaDeus,de ummodo correto,fundamentadonas promessasdivinas,entãoele nãodeve duvidarnemdaSua prontidãonemdacapacidade de concedê-las,querporconta da sua própriaindignidade ouporcausa de algumadificuldadeno caminho.“Se pedirmosalgumacoisa,segundoaSuavontade,Ele nosouve”(1 Jo 5:14).