Théo Gomes é um artista brasileiro que questiona e desconstrói a arte através de trabalhos que misturam diferentes técnicas e espaços. Sua arte aborda temas políticos e sociais de forma abstrata e acessível ao público, popularizando a arte. Ele usa desenhos, pinturas e objetos em exposições internas e externas para transmitir conceitos de liberdade e reconstrução pessoal através da arte.
2. Dizem que a arte tem o tênue papel de amenizar a
vida. Nas mãos de Théo Gomes ela vai além:
questiona, explica, confunde, desterritorializa,
mistura, desmistifica.
Théo encarna a contracultura dentro de um meio
ainda bastante elitizado e restrito à galerias de arte.
Mesclando trabalhos entre um recorte intimista e
outro mais abrangente, aposta na tomada de espaços
públicos como forma de popularização. Mesmo
quando é abstrato, faz seu pincel ou caneta nanquim
ou o que que quer que seja gritar o grito daqueles
cujas vozes acabam por serem caladas. No silêncio de
um desenho, ao som de um bom jazz, Théo transmite
terno conceito de liberdade: a introspecção. Suas
palavras não formam frases. Prefere desenhá-las dar-
lhes contornos, silhuetas que nem o mais belo
alfabeto poderia imaginar. Incansável na busca por
superar aquilo que desconhece, procura leitos de
papel por onde possa escoar seus excessos. Junta
recortes de si mesmo para reconstruir-se em traços
eternamente em construção. Afinal a vida sempre
tem seu fim. Pintada, ela se torna alma.
Daniel Cóssio
3. O Percurso do Desenho
Desenhar é um relato pessoal do mundo para o mundo.
O desenho nasce do interior e precisa de tempo para
florescer, esse processo de reconhecer a espacialidade,
descobrir as necessidades da imagem para que seja
melhor transmitida requer envolvimento e concentração,
como num processo meditativo. É preciso submergir no
oceano de nanquim e nadar até a margem.
Théo Gomes