O documento relata sobre a falta de água em alguns bairros de Porto Alegre e Cachoeirinha no fim de semana para manutenção. Também descreve como camelôs irregulares continuam vendendo mercadorias piratas na Praça XV escondendo os produtos em prédios e usando celulares para avisos sobre fiscalização.
Terreno à venda, Comunidade Boa Vista, S.A.JESUS, 11.03.17
dg022009
1. 4 PORTO ALEGRE, SÁBADO, 14/2/2009, E DOMINGO, 15/2/2009
CAIXINHAS NO CENTRO
Pirataria segue à solta
Falta de
água na
Capital...
Dezoito bairros de
Porto Alegre vão ficar
sem água na tarde
deste sábado, para a
realização de uma obra
do Dmae.
A previsão é de que o
abastecimento seja
normalizado no
domingo, podendo
demorar mais nas
partes altas. Em caso
de mau tempo, o
serviço será adiado.
...e em cinco
bairros de
Cachoeirinha
Cerca de 15 mil
moradores de cinco
bairros de Cachoeirinha
irão ficar sem água
neste domingo. A
interrupção no
abastecimento
acontece para a
manutenção na rede
de energia, o que
deixará uma estação
de tratamento sem
operar.
O corte de água
acontece das 7h45min
às 12h15min nos
bairros Monte Belo, São
Luiz, Vila Cruzeiro,
Parque Olinda I e II. O
sistema deverá se
normalizar por completo
em torno das 15h. O
serviço de manutenção
só será realizado com
tempo bom.
– Olha o CD e o
DVD! Vai um aí
amigo?
Assim anunciavam
tranquilamente, nas
manhãs de quinta e
sexta-feira, dois
“caixinhas” – como
são identificados os
ambulantes
irregulares – em plena
Praça XV, antigo
endereço dos
camelôs regulares.
A frase que parecia
ter sumido do
ambiente dominado
até a semana
passada pelo
comércio popular a
céu aberto voltou a
ser ouvida no mesmo
cenário.
Desta vez, com
uma vantagem: o
território está livre da
concorrência dos
ambulantes
autorizados pela
prefeitura e da
presença de fiscais e
PMs que não estão
permanentemente no
local.
G Comunicação por
celular faz alerta
Grupos de
“caixinhas” tomaram
conta de parte do
asfalto. Os vendedores
mantêm fones de
ouvido ligados a um
celular para serem
informados sobre a
aparição surpresa de
policiais e agentes da
Smic.
Em outro ponto, na
esquina das ruas
Marechal Floriano e
José Montaury, um
rapaz de camiseta
regata, bermuda e
chinelos anunciava
para quem quisesse
ouvir:
– Programa de
computador, olha o
programa de
computador.
G Mercadorias
ficam em edifícios
Antes da
transferência dos
regulares para o
Camelódromo, no
começo da semana
passada, os caixinhas
mantinham as
estantes e sacolas
com CDs e DVDs
piratas nas calçadas e
escadarias da praça.
Agora, deixam as
mercadorias
escondidas em algum
dos prédios da região.
Temendo
represálias,
comerciantes do
entorno preferem não
se manifestar sobre a
presença deles.
Para os pedestres que
pensavam ter se
livrado do assédio dos
vendedores, a folga
terminou.
DIÁRIO GAÚCHO
RESUMODANOTÍCIA
Camelôs irregulares mudaram de
estratégia para continuar oferecendo
mercadoriasilegaisnaPraçaXV.Sacolas
comprodutosficamescondidas.
Materiais de Construção
DERRUBA OS PREÇOS
PARA LEVANTAR A SUA OBRA.
O comandante
interino do 9º BPM,
responsável pelo
policiamento no
Centro, major Alceu
Freitas de Moreira,
afirmou que irá
identificar os
vendedores e localizar
o depósito onde são
guardados os produtos
piratas. Para isto, irá
solicitar mandados de
busca e apreensão à
Justiça. Alceu admite,
porém, que os PMs
não podem estar em
todos os lugares:
– Não tenho como
manter um PM fixo ali.
O titular da Smic,
Idenir Cecchim,
explica que os fiscais
não têm autoridade
para revistar os
vendedores, até
porque não há sacolas
com mercadorias.
Entre domingo e sexta-
feira passados, a
fiscalização efetuou
165 ações de
apreensão de
mercadorias
vendidas ilegalmente
na área central da
cidade. A multa,
conforme a nova
legislação municipal, é
de R$ 1.260.
“Não tenho como manter um PM fixo”
Não precisa muita procura para
achar um dos vendedores de CDs e
DVDs piratas na esquina das ruas
Otávio Rocha e Marechal Floriano. Na
verdade, são eles que encontram o
cliente. Fazia menos de cinco
minutos que uma Kombi da
fiscalização da Smic havia passado
pelo local, no começo da tarde de
sexta-feira, e isso não pareceu
preocupá-los.
– Aí, meu, vai o quê? Tem CD,
DVD, jogo. O que tu quiser –
pergunta um dos cerca de 20 guris
que se aglomeram naquele ponto.
Mas o comprador não para, como
em uma banca de camelô. É levado
em direção à Otávio Rocha.
– Um DVD do Victor e Leo, tem?
– Claro. Vem comigo.
– Quanto é?
– Sete pila.
G Mulher busca “encomenda”
em prédio na Otávio Rocha
A “encomenda” é repassada para
uma mulher na Otávio Rocha. É ela
quem entra em um dos prédios para
trazer o DVD. Como ela demora, o
rapaz também entra no edifício
Passam-se menos de dez minutos,
e o vendedor volta com o DVD
debaixo da camiseta. Com uma mão,
repassa o produto e, com outra, já
pega os R$ 7. Se despede e volta à
Marechal Floriano.
UM DVD POR
“SETE PILA”
EDUARDO TORRES
Especial
EDUARDO RODRIGUES
eduardo.rodrigues@diariogaucho.com.br
Onde vai faltar
G Auxiliadora, Bela
Vista, Bom Fim,
Centro, Farroupilha,
Independência,
Moinhos de Vento,
Mont’Serrat,
Petrópolis, Rio Branco
e Santa Cecília
G Também serão
afetados moradores
de partes dos bairros
Azenha, Cidade Baixa,
Floresta, Higienópolis,
Menino Deus,
Santana e São João
... recebe o
DVD, que foi
buscado em
um edifício
... depois de
uma conversa
enquanto
caminham,...
Repórter é
abordado por
camelô e...
FOTOS ANDRÉA GRAIZ