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Faculdade de Agronomia e Engenharia Florestal
Departamento de Engenharia Florestal
Licenciatura em Engenharia Florestal
Projecto Final
Estimativa de emissões de gases de efeito estufa por incêndios florestais
em Moçambique
Autor: Pedro António Janota
Supervisor: Eng. Ivan Abdul Dulá Remane (M.Sc.)
Co-supervisora: Romana Rombe Bandeira (Ph.D)
Estrutura da Apresentação
1. Introdução
2. Materiais e Métodos
3. Resultados e Discussão
4. Conclusões e
5. Recomendações
Em África as queimadas descontroladas são responsáveis pela queima de 30 a 50% da vegetação
(Robert et al., 2009).
Os incêndios florestais tem efeito na degradação florestal e emissões de gases de efeitos estufa
(GEE’s) que também são responsáveis pelas mudanças climáticas.
Em Moçambique, a ocorrência de queimadas é uma das principais causas de degradação florestal e
fonte de emissões de 𝐶𝑂2 (CEAGRE e Winrock International, 2016).
Para o controle, combate, atenuação e uma boa gestão dos ecossistemas florestais é necessário uma
maior eficiência na detenção e monitoramento.
1. INTRODUÇÃO
1. 1. Contextualização
1.2. Problema e justificação do estudo
Moçambique é um país da África austral que anualmente destaca-se com incêndios florestais,
registou-se um aumento de número de ocorrência de queimadas de 2001 a 2007 (28.855 a
150.239 eventos por ano) (FRA, 2010 citado por Sitoe et al., 2012).
Incêndios florestais contribuem na perda da cobertura florestal e emissões de GEE’s. A
dinâmica espacial e temporal de emissão desses gases no país, é pouco conhecida.
Informação actual servirá como subsídio, que poderá ser usado como ponto de apoio aos
programas de reflorestamento, em prol da conservação das florestas e na implementação do
mecanismo REDD+.
1.3. Objectivos
1.3.1 Geral
➢ Estimar os níveis de emissões de gases de efeitos estufa por incêndios florestais
em Moçambique.
1.3.2 Específicos
➢ Caracterizar o regime de queimadas em termos de dinâmica espácio-temporal no
período de 2008 a 2018;
➢ Estimar os gases de efeitos estufa (CO2, N2O e NH4) emitidos a partir de incêndios
florestais em Moçambique.
2. MATERIAIS E MÉTODOS
2.1. Descrição da área de estudo
Moçambique
Localização geográfica
Latitude: 10º 20’ e 26º 50’
Longetude: 35º 00’
TMA = 25ºC a 27ºC no verão e
20ºC a 23ºC no inverno
PMA = 800 a 1200 mm/ano no
Centro e Norte
PMA = 300 a 800 mm/ano no Sul
2.2. Método
MODIS
NASA
FNDS
(MRV)
DINAF
TRMM
(3B43)
Processamento
Aquisição
Pré
–
processamento
1
2
3
▪ ArcGIS 10.2.1
Cont.
2.3. ANÁLISE DE DADOS
▪ Microsoft Excel 2013
• Tabelas;
• Gráficos.
Nível de significância (Alfa) = 0.05
▪ R statistics 3.3.2
• Estatística descritiva;
Testes
• Kruskal-Wallis;
• Wilcoxon.
3. Resultados e Discussão
3.1. Extensão e Sazonalidade de Área Queimada e número de ocorrência de
incêndios
224096.14
197226.89
228330.71
197322.41
205165.82
209923.95
209859.33
203284.12
184762.73
177763.36
198052.46
0
50000
100000
150000
200000
250000
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Área
queimada
em
km
2
Área queimada (km²)
Figura 2. Área queimada por ano em km2 de 2008 a
2018.
25.75 % (203.253,45 km²) da área total
do pais queima anualmente.
(P < 0.9989 ; P < 0.9984)
Não houve diferenças significativas.
49289
34858
42007
35740
38597 38621 40309 40144
35751
33906
36865
0
10000
20000
30000
40000
50000
60000
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Número
de
ocorrência
de
incêndios
Número de focos activos
Figura 3. Número de ocorrência de incêndios por ano (de 2008
a 2018).
Cont.
25.75
44.50
49.14
6.36
0.00 10.00 20.00 30.00 40.00 50.00 60.00
Nacional
Zona Norte
Zona Centro
Zona Sul
Percentagem (%)
Área queimada (%) por ano
Média
Região
(Zona)
Nr. de ocorrência de incêndios
Total % Média
Centro 234.641 55 21.331 a
Norte 157.634 37 14.330 b
Sul 33.812 8 3.074 c
Total 426.087 100
Teste de Wilcoxon (α = 0.05)
Figura 3. Área queimada média por ano em cada região
(de 2008 – 2018).
Tabela 1. Número de ocorrência de incêndios por
região
Houve diferenças significativas entre regiões (P >
4.684e-06, P > 6.572e-07, respectivamente)
o Zambézia (21% de focos) com Niassa (17% de focos);
o Inhambane (3%), Gaza (3%) e Maputo (2%),
Essa diferença em termos médios não é significativa
o Arone (2002), 36.6% do país queimou
no período de 1996 a 2000;
o DNTF citado por MICOA (2007), 40%
do país queima anualmente.
Cont.
Figura 4: Relação entre a variação intra-anual de área queimada e a variação intra-anual de focos de queimadas (de 2008 a
2018).
(P > 2.2e-16 , P > 2.2e-16) Houve diferenças significativas
(r = 0.98 ; P >2.2e-16)
correlação positiva forte
Cont.
Figura 5: Relação entre a variação intra-anual de focos de queimadas e a variação intra-anual de precipitação média mensal
(de 2008 a 2018).
o Altos registos de queimadas nos meses de Agosto, Setembro e Outubro variação da precipitação (Baixo índices).
Cont…
A área queimada disponibilidade de material para queimar;
• Argñaraz et al. (2015) temperaturas de Julho não favorecem a propagação em relação as de
Setembro (relactivamente altas), também ocorrem ventos fortes;
• Archibald et al. (2010) Julho, Agosto e Setembro são os meses de pico de ocorrência de
queimadas;
• Ribeiro (2007) Agosto – Outubro (época seca) são os meses de pico de ocorrência de
queimadas;
• Maunze (2016) Setembro: é o mês com pico de ocorrência de queimadas.
Cont.
Figura 6: intensidade de queimadas (FRP)
Intensidade de Queimadas
• Intensidade média 67.08 MegaWatts, máxima 2041.1
MegaWatts registado ano 2010 na região centro do país;
• Intensidades média mais elevadas foram observados nos
meses de Setembro (70.28 Megawatts), Outubro (69.01
Megawatts) e Novembro (66.46 Megawatts);
• 98% da intensidade de queimada depende da frequência de
queimada, as áreas que queimam com mais frequência
tendem a ter queimadas mais intensas;
• Zolho (2005) a capacidade destrutiva tendem aumentar no
final da época seca (Abril a Julho) e início da época
chuvosa (a partir de Agosto a Novembro);
Cont.
Figura 6: Distribuição intra-anual da Intensidade média de Queimadas (FRP) em Moçambique durante o período entre 2008
a 2018.
o Giglio et al. (2006) baixas intensidades (15 MW): áreas com cobertura florestal densa (alta humidade), altas intensidades
(40 MW): zonas de pastagem;.
P < 0.456 e P > 2.2e-16
Entre anos e meses
Cont.
Figura 7: Frequência de queimadas
Frequência de queimadas
Frequência Área (Km²) Área (%)
0 (Área não queimada) 271.032,12 34,41
1 103.278,94 13,11
2 76.782,98 9,75
3 63.952,61 8,12
4 55.494,85 7,05
5 48.827,76 6,2
6 43.058,17 5,47
7 37.402,34 4,75
8 32.045,32 4,07
9 25.553,4 3,24
10 18.861,2 2,39
11 11.267,22 1,43
Total 787.556,91 100,0
Tabela 2. Área ocupada por frequência de queimadas em km²
Ribeiro et al. (2009) chuva abundante reduzem a frequência das queimadas
devido à baixa inflamabilidade da biomassa lenhosa.
Cont.
Figura 9: Intervalo de Retorno de Queimadas (IRQ)
Intervalo de Retorno de Queimadas (IRQ)
Figura 8. Intervalo Médio de Retorno de Queimada (IMRQ)
o Archibald et al. (2010) → Nas savanas e pradaria varia entre 1.7 a 10 anos ;
Furley et al., 2008 → IMRQ pode estender até 4.5 anos em áreas de menor
actividades.
o Cangela (2014) → na RNN o IMRQ = 3.29 anos; Maunze (2016) → na RNG
o IMRQ = 3.9 anos; Farão (2017) → na RNN o IMRQ = 3.61 anos.
3.2 3.8 3.9 4.4 4.6 4.7 5.1
5.8
6.9
7.6
4.5
0.0
1.0
2.0
3.0
4.0
5.0
6.0
7.0
8.0
Zambezia
Nampula
Niassa
Manica
Sofala
Cabo
Delgado
Tete
Maputo
Gaza
Inhambane
Moçambique
Províncias Nacional
Intervalo
médio
de
Retorno
de
Queimada
(Anos)
IMRQ (Anos)
Cont.
Figura 10: Densidade de queimadas (Focos/Km²)
Densidade de queimadas
• No geral o número de focos por unidade de área no
período em análise variou de 0 a 463.12 focos/km²;
• A região central é a que apresentou maior
concentração de queimadas, em torno de 150 a
463.12 queimadas por km²;
• Govender et al. (2006), a existência de pontos de
elevada carga de combustíveis, nos locais de
queimadas infrequentes influencia na ocorrência de
queimadas de alta densidade.
3.2. Emissões de gases de efeito estufa por incêndios florestais
Figura 11: Emisões de gases de efeito estufa por
incêndios florestais por ano.
❑ Ano 2013:
• 51% de incêndio ocorreu nas áreas
de florestas e a biomassa média
queimada foi de 64 kg/s.
❑Ano 2016:
• 42% de incêndio ocorreu nas áreas
de florestas e a biomassa média
queimada foi de 62 kg/s.
• Nhamussua (2015) → Na província
de Manica:
99% 99% 100% 100% 100%
Ano 2013
Ano 2016
101.20
97.64
0.44
0.42
0.01
0.01
Emissões de gases de efeito estufa
Y (CO2) [Ton] Y (CH4) [Ton] Y (N2O) [Ton]
o Gondola: CO2 (0.51 ton), CH4 (0.002 ton), N2O (0.0006 ton)
o Manica: CO2 (1.1 ton), CH4 (0.005 ton), N2O (0.00014 ton)
o Tambara: CO2 (1.09 ton), CH4 (0.005 ton), N2O (0.001 ton)
4. Conclusões
• O regime de queimadas em Moçambique é caracterizado por elevada frequência de queimadas até
11 vezes, intervalo de retorno médio de 4.5 anos;
• Em média 25.75% da extensão total de Moçambique queima anualmente, correspontendo em
média a 203.253,45 quilómetros quadrados (km²);
• O maior registo de incêndio foi verificado no fim da época seca nos meses de agosto e setembro e
as maiores áreas queimadas nos meses de Setembro e Outubro;
Cont…
• Cerca de 95% de queimadas em Moçambique ocorrem de dia no período das (06:56 - 12:31)
e 5% no período da noite das (19:21 - 23: 56).
• As queimadas registadas em Moçambique são de alta intensidade, registando uma
intensidade média de 67,08 MegaWatts.
• No ano 2013 foram emitidas em média 101,20 toneladas de CO2, 0,44 toneladas de CH4 e
0,01 toneladas de N2O. No ano 2016 foram emitidos 97,64 toneladas de CO2, 0,42 toneladas
de CH4 e 0,01 toneladas de N2O.
5. Recomendações
A comunidade académica:
✓ Recomenda-se a realização de outros estudos complementares para avaliar níveis de emissões em
escala temporal e estimar factores de emissões e coeficientes de combustão de diferentes tipos de
uso de terra a nível de Moçambique;
✓Avaliar o efeito das queimadas na degradação florestal, bem como a investigação minuciosa das
emissões nas áreas degradadas pelo incêndio florestal.
Obrigado pela atenção

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Estimativa de emissões de gases de efeitos estufa por incendios florestais em Moçambique.pdf

  • 1. Faculdade de Agronomia e Engenharia Florestal Departamento de Engenharia Florestal Licenciatura em Engenharia Florestal Projecto Final Estimativa de emissões de gases de efeito estufa por incêndios florestais em Moçambique Autor: Pedro António Janota Supervisor: Eng. Ivan Abdul Dulá Remane (M.Sc.) Co-supervisora: Romana Rombe Bandeira (Ph.D)
  • 2. Estrutura da Apresentação 1. Introdução 2. Materiais e Métodos 3. Resultados e Discussão 4. Conclusões e 5. Recomendações
  • 3. Em África as queimadas descontroladas são responsáveis pela queima de 30 a 50% da vegetação (Robert et al., 2009). Os incêndios florestais tem efeito na degradação florestal e emissões de gases de efeitos estufa (GEE’s) que também são responsáveis pelas mudanças climáticas. Em Moçambique, a ocorrência de queimadas é uma das principais causas de degradação florestal e fonte de emissões de 𝐶𝑂2 (CEAGRE e Winrock International, 2016). Para o controle, combate, atenuação e uma boa gestão dos ecossistemas florestais é necessário uma maior eficiência na detenção e monitoramento. 1. INTRODUÇÃO 1. 1. Contextualização
  • 4. 1.2. Problema e justificação do estudo Moçambique é um país da África austral que anualmente destaca-se com incêndios florestais, registou-se um aumento de número de ocorrência de queimadas de 2001 a 2007 (28.855 a 150.239 eventos por ano) (FRA, 2010 citado por Sitoe et al., 2012). Incêndios florestais contribuem na perda da cobertura florestal e emissões de GEE’s. A dinâmica espacial e temporal de emissão desses gases no país, é pouco conhecida. Informação actual servirá como subsídio, que poderá ser usado como ponto de apoio aos programas de reflorestamento, em prol da conservação das florestas e na implementação do mecanismo REDD+.
  • 5. 1.3. Objectivos 1.3.1 Geral ➢ Estimar os níveis de emissões de gases de efeitos estufa por incêndios florestais em Moçambique. 1.3.2 Específicos ➢ Caracterizar o regime de queimadas em termos de dinâmica espácio-temporal no período de 2008 a 2018; ➢ Estimar os gases de efeitos estufa (CO2, N2O e NH4) emitidos a partir de incêndios florestais em Moçambique.
  • 6. 2. MATERIAIS E MÉTODOS 2.1. Descrição da área de estudo Moçambique Localização geográfica Latitude: 10º 20’ e 26º 50’ Longetude: 35º 00’ TMA = 25ºC a 27ºC no verão e 20ºC a 23ºC no inverno PMA = 800 a 1200 mm/ano no Centro e Norte PMA = 300 a 800 mm/ano no Sul
  • 8. Cont. 2.3. ANÁLISE DE DADOS ▪ Microsoft Excel 2013 • Tabelas; • Gráficos. Nível de significância (Alfa) = 0.05 ▪ R statistics 3.3.2 • Estatística descritiva; Testes • Kruskal-Wallis; • Wilcoxon.
  • 9. 3. Resultados e Discussão 3.1. Extensão e Sazonalidade de Área Queimada e número de ocorrência de incêndios 224096.14 197226.89 228330.71 197322.41 205165.82 209923.95 209859.33 203284.12 184762.73 177763.36 198052.46 0 50000 100000 150000 200000 250000 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 Área queimada em km 2 Área queimada (km²) Figura 2. Área queimada por ano em km2 de 2008 a 2018. 25.75 % (203.253,45 km²) da área total do pais queima anualmente. (P < 0.9989 ; P < 0.9984) Não houve diferenças significativas. 49289 34858 42007 35740 38597 38621 40309 40144 35751 33906 36865 0 10000 20000 30000 40000 50000 60000 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 Número de ocorrência de incêndios Número de focos activos Figura 3. Número de ocorrência de incêndios por ano (de 2008 a 2018).
  • 10. Cont. 25.75 44.50 49.14 6.36 0.00 10.00 20.00 30.00 40.00 50.00 60.00 Nacional Zona Norte Zona Centro Zona Sul Percentagem (%) Área queimada (%) por ano Média Região (Zona) Nr. de ocorrência de incêndios Total % Média Centro 234.641 55 21.331 a Norte 157.634 37 14.330 b Sul 33.812 8 3.074 c Total 426.087 100 Teste de Wilcoxon (α = 0.05) Figura 3. Área queimada média por ano em cada região (de 2008 – 2018). Tabela 1. Número de ocorrência de incêndios por região Houve diferenças significativas entre regiões (P > 4.684e-06, P > 6.572e-07, respectivamente) o Zambézia (21% de focos) com Niassa (17% de focos); o Inhambane (3%), Gaza (3%) e Maputo (2%), Essa diferença em termos médios não é significativa o Arone (2002), 36.6% do país queimou no período de 1996 a 2000; o DNTF citado por MICOA (2007), 40% do país queima anualmente.
  • 11. Cont. Figura 4: Relação entre a variação intra-anual de área queimada e a variação intra-anual de focos de queimadas (de 2008 a 2018). (P > 2.2e-16 , P > 2.2e-16) Houve diferenças significativas (r = 0.98 ; P >2.2e-16) correlação positiva forte
  • 12. Cont. Figura 5: Relação entre a variação intra-anual de focos de queimadas e a variação intra-anual de precipitação média mensal (de 2008 a 2018). o Altos registos de queimadas nos meses de Agosto, Setembro e Outubro variação da precipitação (Baixo índices).
  • 13. Cont… A área queimada disponibilidade de material para queimar; • Argñaraz et al. (2015) temperaturas de Julho não favorecem a propagação em relação as de Setembro (relactivamente altas), também ocorrem ventos fortes; • Archibald et al. (2010) Julho, Agosto e Setembro são os meses de pico de ocorrência de queimadas; • Ribeiro (2007) Agosto – Outubro (época seca) são os meses de pico de ocorrência de queimadas; • Maunze (2016) Setembro: é o mês com pico de ocorrência de queimadas.
  • 14. Cont. Figura 6: intensidade de queimadas (FRP) Intensidade de Queimadas • Intensidade média 67.08 MegaWatts, máxima 2041.1 MegaWatts registado ano 2010 na região centro do país; • Intensidades média mais elevadas foram observados nos meses de Setembro (70.28 Megawatts), Outubro (69.01 Megawatts) e Novembro (66.46 Megawatts); • 98% da intensidade de queimada depende da frequência de queimada, as áreas que queimam com mais frequência tendem a ter queimadas mais intensas; • Zolho (2005) a capacidade destrutiva tendem aumentar no final da época seca (Abril a Julho) e início da época chuvosa (a partir de Agosto a Novembro);
  • 15. Cont. Figura 6: Distribuição intra-anual da Intensidade média de Queimadas (FRP) em Moçambique durante o período entre 2008 a 2018. o Giglio et al. (2006) baixas intensidades (15 MW): áreas com cobertura florestal densa (alta humidade), altas intensidades (40 MW): zonas de pastagem;. P < 0.456 e P > 2.2e-16 Entre anos e meses
  • 16. Cont. Figura 7: Frequência de queimadas Frequência de queimadas Frequência Área (Km²) Área (%) 0 (Área não queimada) 271.032,12 34,41 1 103.278,94 13,11 2 76.782,98 9,75 3 63.952,61 8,12 4 55.494,85 7,05 5 48.827,76 6,2 6 43.058,17 5,47 7 37.402,34 4,75 8 32.045,32 4,07 9 25.553,4 3,24 10 18.861,2 2,39 11 11.267,22 1,43 Total 787.556,91 100,0 Tabela 2. Área ocupada por frequência de queimadas em km² Ribeiro et al. (2009) chuva abundante reduzem a frequência das queimadas devido à baixa inflamabilidade da biomassa lenhosa.
  • 17. Cont. Figura 9: Intervalo de Retorno de Queimadas (IRQ) Intervalo de Retorno de Queimadas (IRQ) Figura 8. Intervalo Médio de Retorno de Queimada (IMRQ) o Archibald et al. (2010) → Nas savanas e pradaria varia entre 1.7 a 10 anos ; Furley et al., 2008 → IMRQ pode estender até 4.5 anos em áreas de menor actividades. o Cangela (2014) → na RNN o IMRQ = 3.29 anos; Maunze (2016) → na RNG o IMRQ = 3.9 anos; Farão (2017) → na RNN o IMRQ = 3.61 anos. 3.2 3.8 3.9 4.4 4.6 4.7 5.1 5.8 6.9 7.6 4.5 0.0 1.0 2.0 3.0 4.0 5.0 6.0 7.0 8.0 Zambezia Nampula Niassa Manica Sofala Cabo Delgado Tete Maputo Gaza Inhambane Moçambique Províncias Nacional Intervalo médio de Retorno de Queimada (Anos) IMRQ (Anos)
  • 18. Cont. Figura 10: Densidade de queimadas (Focos/Km²) Densidade de queimadas • No geral o número de focos por unidade de área no período em análise variou de 0 a 463.12 focos/km²; • A região central é a que apresentou maior concentração de queimadas, em torno de 150 a 463.12 queimadas por km²; • Govender et al. (2006), a existência de pontos de elevada carga de combustíveis, nos locais de queimadas infrequentes influencia na ocorrência de queimadas de alta densidade.
  • 19. 3.2. Emissões de gases de efeito estufa por incêndios florestais Figura 11: Emisões de gases de efeito estufa por incêndios florestais por ano. ❑ Ano 2013: • 51% de incêndio ocorreu nas áreas de florestas e a biomassa média queimada foi de 64 kg/s. ❑Ano 2016: • 42% de incêndio ocorreu nas áreas de florestas e a biomassa média queimada foi de 62 kg/s. • Nhamussua (2015) → Na província de Manica: 99% 99% 100% 100% 100% Ano 2013 Ano 2016 101.20 97.64 0.44 0.42 0.01 0.01 Emissões de gases de efeito estufa Y (CO2) [Ton] Y (CH4) [Ton] Y (N2O) [Ton] o Gondola: CO2 (0.51 ton), CH4 (0.002 ton), N2O (0.0006 ton) o Manica: CO2 (1.1 ton), CH4 (0.005 ton), N2O (0.00014 ton) o Tambara: CO2 (1.09 ton), CH4 (0.005 ton), N2O (0.001 ton)
  • 20. 4. Conclusões • O regime de queimadas em Moçambique é caracterizado por elevada frequência de queimadas até 11 vezes, intervalo de retorno médio de 4.5 anos; • Em média 25.75% da extensão total de Moçambique queima anualmente, correspontendo em média a 203.253,45 quilómetros quadrados (km²); • O maior registo de incêndio foi verificado no fim da época seca nos meses de agosto e setembro e as maiores áreas queimadas nos meses de Setembro e Outubro;
  • 21. Cont… • Cerca de 95% de queimadas em Moçambique ocorrem de dia no período das (06:56 - 12:31) e 5% no período da noite das (19:21 - 23: 56). • As queimadas registadas em Moçambique são de alta intensidade, registando uma intensidade média de 67,08 MegaWatts. • No ano 2013 foram emitidas em média 101,20 toneladas de CO2, 0,44 toneladas de CH4 e 0,01 toneladas de N2O. No ano 2016 foram emitidos 97,64 toneladas de CO2, 0,42 toneladas de CH4 e 0,01 toneladas de N2O.
  • 22. 5. Recomendações A comunidade académica: ✓ Recomenda-se a realização de outros estudos complementares para avaliar níveis de emissões em escala temporal e estimar factores de emissões e coeficientes de combustão de diferentes tipos de uso de terra a nível de Moçambique; ✓Avaliar o efeito das queimadas na degradação florestal, bem como a investigação minuciosa das emissões nas áreas degradadas pelo incêndio florestal.