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TÉCNICO(A) DE OURIVESARIA
CURSO 1 / ACÇÃO 1
2013/2014
MATERIAL TÉCNICO PEDAGÓGICO:
MÓDULO: Técnica da Filigrana
SUBMÓDULO: Reconhecer a Filigrana enquanto técnica de ourivesaria
FORMADOR: Ana Mafalda da Silva Santos
CONTACTO DO FORMADOR: mafaldasantos.design@gmail.com
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ÍNDICE
1. Introdução
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2. Objectivos do Sub-Módulo
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3. Relevância dos objectivos do Sub-Módulo
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4. A Filigrana
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5. Identificar os polos de onde provem a Filigrana
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6. Identificar a técnica da Filigrana
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7. Conclusão
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8. Bibliografia
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1. Intodução
No presente manual são identificados os objectivos do sub-módulo, é também
identificada a Filigrana e também identificada a técnica da Filigrana,
contextualizando e explorando o seu processo de fabrico.
2. Objectivos do Sub-Módulo
Pretende-se que no final desta sessão, cada formando esteja apto a:
.Reconhecer a Filigrana enquanto técnica de Ourivesaria : identificando os
polos de onde provem a Filigrana e identificando a sua técnica.
3. Relevância dos objectivos
A concepção desta formação surge no momento em que é necessário combater
necessidades no âmbito profissional e empoderar pessoas , desenvolvendo
competências para que estas sejam profissionalmente bem sucedidas.
É nesse sentido que surge esta formação de forma a que o Técnico de
Ourivesaria seja capaz de executar com clarividência qualquer tipo de processo
técnico e criativo que lhe seja proposto.
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4. A Filigrana
A Filigrana consiste numa técnica ornamental de trabalhar metais tipicamente
utilizada na nossa Joalharia/Ourivesaria, mas que também é utilizada para
objectos decorativos.
Embora tenha surgido na Antiguidada Greco-Romana, em Portugal existem
vestígios que nos remetem para a Idade Média.
Hoje em dia a Filigrana é vulgarmente executada em outros materiais que não
os nobres passando também a ser produzida em bronze, papel, plásticos etc.
5. Identificar os polos de onde provem a Filigrana
Com uma enorme visibilidade na Região Norte mais particularmente no Minho,
devido ao seu forte teor histórico e cultural, a Filigrana é frequentemente vista
como sendo peça integratória dos trajes tradicionais minhotos e também do
traje das Mordomas da Romaria da Sra da Agonia em Viana do Castelo, levando
a que muitas pessoas pensem que a Filigrana vem de Viana do Castelo.
Embora possamos encontrar peças como o Coração de Viana, as contas de
Viana e as arcadas de Viana, na verdade quase todas as peças são fabricadas
em Gondomar-Porto e na Povoa do Lanhoso-Braga, mais particularmente na tão
famigerada Aldeia do Ouro - Travassos.
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6. Identificar a técnica da Filigrana
Materiais:
Geralmente feita a partir do ouro e da prata é também possível vermos a
Filigrana ser produzida de bronze ou outros materiais invulgares, como o papel
plástico e outros metais.
Prata
Ouro
Processo de fabricação da peça:
A Filigrana consiste na combinação de dois fios finíssimos previamente
passados na Fieira para obtermos a espessura pretendida. Depois da junção dos
dois fios efectua-se a sua torção, obtendo assim um único fio passando-o pelo
cilindro de modo a proceder ao seu achatamento.
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O fio de filigrana é previamente enrolado em “SS” ou em pequenas espirais para
que depois da armação da peça pronta, se preencha a mesma, com esses
desenhos feitos anteriormente.
Depois de montada e soldada a teia de fios na armação, a peça é branqueada
na máquina de esferas, passando seguidamente ao seu areamento e à sua
brunição para que a peça fique concluída.
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7. Conclusão
Podemos concluir que a Técnica da Filigrana é uma técnica ornamental de
metais bastante utilizada na Ourivesaria Portuguesa e cada vez mais tem sido
um recurso a utilizar para inovar não só no sentido estético mas também na
maneira de apresentar as peças.
Assim podemos verificar que embora seja vista como propriedade cultural de
Viana do Castelo, a Filigrana é fabricada no Grande Porto, mais propriamente
em Gondomar e em Travassos, na Povoa do Lanhoso.
A técnica passa por um processo muito delicado que é feito por técnicos
especializados. Assim sendo, começa pela torção de dois fios de ouro ou prata,
seguindo a execução dos desenhos em “SS” ou em espiral e pelo preenchimento
das armações com os desenhos, termina com o branqueamento, areamento e a
brunição da peça, ficando assim pronta para venda.
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