SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 24
Baixar para ler offline
Ab Origine – Cesut em Revista. V. 2, N. 25, jul/dez 2017 ISSN 2595-928X (on-line) 304
ADMINISTRAÇÃO RURAL E GESTÃO DO AGRONEGÓCIO: UM ESTUDO DE CASO
EM UMA PROPRIEDADE RURAL EM SERRANÓPOLIS - GO
Aline Eduarda Ferreira Rodrigues1
Valcesa Gusatti Rosa2
Data da submissão
02.10.2017
Data da aprovação
22.11.2017
RESUMO
A produção da soja e milho é uma atividade de grande expressão no ramo do agronegócio
do estado de Goiás. Esta pesquisa é um estudo de caso que analisou a safra/soja e
safrinha/milho em uma propriedade rural no município de Serranópolis – GO. Neste
trabalho buscou-se verificar a importância do processo de apuração de resultados na
agricultura da propriedade, com o intuito de demonstrar a viabilidade econômica e a
rentabilidade da cultura da soja e milho. A análise envolve aspectos em relação aos custos
do ciclo produtivo das culturas, destacando-se a relevância da gestão de custos e a
importância de suas informações para a tomada de decisão, pois a contabilidade, com
seus conceitos e definições, é fator indispensável na estruturação dos custos de produção
para mensuração, análise e controle. Foi implantado um sistema de controle através de
planilhas fornecidas pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) - Projeto
Campo Futuro - Gestão de custos e riscos para produtores rurais para auxílio na análise
dos dados coletados.
Palavras-chaves: Produtividade; Diagnóstico; Custos; Agricultura, lucratividade.
SUMMARY
The production of soybean and corn is an activity of great expression in the agribusiness
sector of the State of Goiás. This research is a case study that analyzed the crop / soybean
and safrinha / maize in a rural property in the municipality of Serranópolis - GO. The
objective of this work was to verify the importance of the results verification process in the
agriculture of the property, with the purpose of demonstrating the economic feasibility and
profitability of the soybean and corn crop. The analysis involves aspects related to the
costs of the crop production cycle, highlighting the relevance of cost management and the
importance of its information for decision making, since accounting, with its concepts and
definitions, is an indispensable factor in structuring of production costs for measurement,
analysis and control. A control system was implemented through spreadsheets provided by
the National Rural Apprenticeship Service (SENAR) - Future Field Project - Cost and risk
management for rural producers to assist in the analysis of collected data.
Keywords: Productivity; Diagnosis; Costs; Agriculture, profitability.
1
Graduada em Administração de Empresas pelo Centro de Ensino Superior de Jataí, Jataí-GO.
2
Pós-graduada em Administração de Empresas, professora do Centro de Ensino Superior de Jataí, Jataí-GO.
Ab Origine – Cesut em Revista. V. 2, N. 25, jul/dez 2017 ISSN 2595-928X (on-line) 305
INTRODUÇÃO
O agronegócio é um dos setores que mais vem se destacando nos últimos anos. A
expansão do agronegócio vem ocorrendo principalmente pela globalização e pela
alavancagem da economia. Com o crescimento do setor de agronegócios, surge um
desafio para o proprietário quanto à competitividade econômica de mercado e gestão dos
custos desenvolvida em suas propriedades e a apuração dos resultados através de
diagnóstico do levantamento de dados. A administração rural apoia esse processo e
contribui no avanço e organização estratégica do ambiente, viabilizando o conhecimento
das atividades desenvolvidas, assim como os processos dos custos de produção, gerando
uma estrutura de acompanhamento acessível ao proprietário. Além disso, também se faz
necessário a liderança e controle do desenvolvimento das atividades, o que vem exigindo
do empresário rural um melhor gerenciamento da propriedade, uma vez que este precisa
conhecer sua empresa em todos os aspectos. Inclusive, não basta só produzir e vender
seu produto; o produtor deve acompanhar como, quando e quanto produzir, e também
como e para quem vender, além do seu custo de produção.
Nos últimos trinta anos houve um desenvolvimento do estado de Goiás,
principalmente da região Sudoeste, que tem a agricultura como o seu principal setor
econômico. Goiás tinha a maior produção na pecuária extensiva; com a chegada da soja,
houve uma grande ampliação da produção agrícola. Esse processo teve início na região
sul do estado e se desenvolveu para o sudoeste de Goiás, onde a prática de rotação de
safra de soja com milho safrinha é muito comum.
1 Contextualização da pesquisa
Para a realização desse trabalho, houve uma pesquisa exploratória, utilizando
materiais impressos como livros, artigos, revistas, além de levantamento de dados em
uma propriedade rural para análise e apresentação de resultados.
1.1 Problema da pesquisa
O gerenciamento da empresa Rural é um processo contínuo e interativo, indo além
do sistema interno, passando pela integração no seu ambiente externo. A fazenda deixou
de ser apenas uma propriedade rural genérica para se transformar em empresa rural
especializada. Assim, sua gestão precisa ser adequada a seu produto final. Há questões
econômicas e produtivas que deverão estrategicamente ser indagadas no planejamento
da empresa. Diante dessa perspectiva, questiona-se:
A empresa rural está se adequando às necessidades do mercado e usando
adequadamente os recursos gerenciais disponíveis para fazer a apuração de seus
resultados e avaliação da sua lucratividade?
1.2 Justificativa
Devido à competitividade econômica e de mercado, a gestão, juntamente com um bom
Ab Origine – Cesut em Revista. V. 2, N. 25, jul/dez 2017 ISSN 2595-928X (on-line) 306
planejamento administrativo de eficiência, é, atualmente, de suma importância para o
desenvolvimento e lucratividades das propriedades. O agricultor precisa encarar que não
deve ser apenas o dono da propriedade, mas entender que é necessário ter visão
empresarial, visando lucros, controlando custos, planejando e gerenciando a sua atividade
juntamente com os técnicos responsáveis pela produção. Sobretudo, com intuito de
adquirir inovações para maximizar sua receita e gerenciar o uso dos recursos disponíveis
na propriedade (terra, trabalho e capital). A escolha deste tema para elaboração do estudo
foi enfatizar a importância da administração nas propriedades rurais.
1.3 Objetivos
1.3.1 Geral
Avaliar a gestão de uma propriedade rural quanto à apuração dos resultados,
através do levantamento de custos de produção e o resultado final da atividade rural.
1.3.2 Específicos
- A importância da administração de empresas rurais;
- Identificar os produtos que são produzidos na propriedade;
- Levantar contabilidade de custos e receita de cada produção;
- Identificar demais gastos inerentes à propriedade;
- Apuração dos resultados finais de cada produção a partir de análises de viabilidade
econômica.
1.4 Metodologia
Esta monografia tem por base a pesquisa bibliográfica e de estudo de caso. De
acordo com Fonseca (2002, p. 32)
“A pesquisa bibliográfica é feita a partir do levantamento de referências teóricas
já analisadas, e publicadas por meios escritos e eletrônicos, como livros, artigos
científicos, páginas de web sites. Qualquer trabalho científico inicia-se com uma
pesquisa bibliográfica, que permite ao pesquisador conhecer o que já se
estudou sobre o assunto. Existem, porém pesquisas científicas que se baseiam
unicamente na pesquisa bibliográfica, procurando referências teóricas
publicadas com o objetivo de recolher informações ou conhecimentos prévios
sobre o problema a respeito do qual se procura a resposta”.
Segundo LAKATOS e MARCONI (2003, p. 183)
“A pesquisa bibliográfica, ou de fontes secundárias, abrange toda bibliografia já
tornada pública em relação ao tema de estudo, desde publicações avulsas,
boletins, jornais, revistas, livros, pesquisas, monografias, teses, material
cartográfico etc., até meios de comunicação orais: rádio, gravações em fita
magnética e audiovisuais: filmes e televisão. Sua finalidade é colocar o
pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito, dito ou filmado sobre
determinado assunto, inclusive conferencias seguidas de debates que tenham
sido transcritos por alguma forma, quer publicadas, quer gravadas”.
Estudo de caso é uma inquirição empírica que investiga um fenômeno
contemporâneo dentro de um contexto da vida real, quando a fronteira entre o fenômeno e
o contexto não é claramente evidente e onde múltiplas fontes de evidência são utilizadas
(Yin, 1989, p. 23).
Segundo Yin (2005) trata-se de uma forma de se fazer pesquisa investigativa de
Ab Origine – Cesut em Revista. V. 2, N. 25, jul/dez 2017 ISSN 2595-928X (on-line) 307
fenômenos atuais dentro de seu contexto real, em situações em que as fronteiras entre o
fenômeno e o contexto não estão claramente estabelecidos.
De acordo com Gil (1991), o estudo de caso é caracterizado pelo estudo exaustivo
e em profundidade de poucos objetos, de forma a permitir conhecimento amplo e
específico do mesmo; tarefa praticamente impossível mediante os outros delineamentos
considerados.
2.0 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 Agricultura da soja e do milho safrinha em Goiás
O início da agricultura no estado era de tipo familiar e de subsistência como
segmento produtivo gerador de renda e emprego vendendo o excedente para as cidades e
comunidades urbanas. Mas foi a partir dos anos 80 que a agricultura passa a ser a
principal atividade econômica do estado com a chegada do plantio de soja. Goiás possuía
a maior produção na pecuária extensiva, mas houve uma grande ampliação da produção
agrícola. A soja constitui a principal cultura de verão que antecede outras culturas, dentre
elas, o milho safrinha. O cultivo do milho safrinha tem por objetivo não deixar a área
agrícola ociosa e o solo sem cobertura vegetal na entressafra, além de proporcionar renda
extra para o produtor rural.
Nos últimos anos, o milho safrinha tornou-se uma atividade rentável, com adoção
de alta tecnologia nas propriedades rurais do estado, resultando assim em altos
rendimentos produtivos e econômicos. Segundo Couto e Monteiro (1999),
A microrregião tem na agricultura a sua crescente base de sustentação
econômica, sendo a produção de grãos e de gado de corte os itens de maior
destaque e a soja o principal produto cultivado com a finalidade apenas
comercial em função da sua grande participação nas transações comerciais,
onde geralmente é negociada a um preço melhor, acabando por constituir o
produto mais importante na renda do agricultor.
2.2 A administração da empresa rural
Para Silva (2013), empresa rural é uma unidade de produção que possui elevado
nível de capital de exploração e alto grau de comercialização tendo como objetivo técnico
e sobrevivência, o crescimento e busca de lucro.
Segundo Callado (2007), “a maior parte das atividades rurais desenvolve-se
geralmente de forma irregular durante o exercício anual, e a administração enfrenta o
desafio de atenuar ou remediar a irregularidade natural do curso dos trabalhos,
intensificando outras atividades conexas” (beneficiamento e industrialização dos produtos
colhidos) ou reparando as benfeitorias.
Segundo Santos, Marion e Segatti (2002), o principal papel do administrador rural é
planejar, controlar, decidir e avaliar os resultados, visando à maximização dos lucros, a
permanente motivação e bem estar de seus empregados.
A administração rural visa adaptar os fatores de produção, aperfeiçoando os
Ab Origine – Cesut em Revista. V. 2, N. 25, jul/dez 2017 ISSN 2595-928X (on-line) 308
resultados do empresário rural; administrar com eficácia, aplicando fatores de produção
Ab Origine – Cesut em Revista. V. 2, N. 25, jul/dez 2017 ISSN 2595-928X (on-line) 309
disponíveis (solo, benfeitorias, maquinários, insumos e mão de obra), utilizando técnicas
adequadas conforme as condições da propriedade e recursos do produtor, administrando
os custos de produção da empresa rural, diminuir riscos de produção e mercado
econômico, criar um bom ambiente de trabalho, onde haja harmonia entre patrão e
empregados, garantindo qualidade de vida a todos aqueles que auxiliam no trabalho da
propriedade, levando ao aumento da produtividade e lucratividade do mesmo.
De acordo com Hoffmann (1987), a “Administração Rural é o estudo que considera
a organização e operação agrícola, visando ao uso mais eficiente dos recursos para obter
resultados compensadores contínuos”.
O conceito geral de administração rural se relaciona à necessidade de controlar e
gerenciar um número cada vez maior de atividades, que podem ser envolvidas dentro de
uma propriedade do setor agropecuário (ANTUNES, 1999).
Corroborando com os autores acima, Guimarães e Brisola (2001) enfatizam que:
“Este novo cenário está demandando dos empreendimentos rurais à
necessidade de serem competitivos e de buscar retornos econômicos
crescentes. Para que isto seja alcançado, a redução de custos e o aumento da
produção em escala, como métodos básicos para atingir alta produtividade,
principalmente se tratando da produção de commodities, têm sido bastante
enfatizados.”
Estas práticas, no entanto, embora modernas, e já aplicadas nas empresas
industriais, confrontam com as peculiaridades encontradas no setor rural: trabalhadores
com pouco tempo de educação formal e reduzida sintonia com práticas tecnologicamente
avançadas. Apesar destas necessidades, inserir-se neste novo contexto com uma visão
mais empresarial e estratégica não tem sido fácil para o conjunto dos agricultores. Salazar
(1999, p. 188) afirma ainda que na área rural esta concepção está mais fortemente
arraigada, pois os proprietários rurais sempre estiveram exageradamente preocupados
com as necessidades e valores pessoais de terceiros: os gerentes de bancos, de
empresas fornecedoras de insumo, de cooperativas e com os próprios trabalhadores. Eles
não privilegiam as necessidades e valores empresariais e/ou empreendedores. Ou seja,
atendem aos requisitos para adequação legal da propriedade para atenderem exigências
para concessão de crédito, assim como atender exigências do Ministério do Trabalho, mas
preocupa-se pouco com a gestão financeira da atividade.
Lacki (2000) tem a mesma opinião: pare ele, neste novo cenário só obterão êxito
aqueles agricultores que estiverem capacitados e organizados com propósitos
empresariais. Sugere ser necessário, para que a agricultura brasileira seja eficiente e
competitiva, sair da posição de dependência do estado. Segundo Lacki,
“os agricultores deveriam exigir do estado, instrumentos que
possibilitem sua emancipação - estímulo à organização, tecnologias, formação
e capacitação - e não sua dependência, como tem ocorrido: Só através de um
forte componente educativo os governos poderão promover um modelo mais
endógeno, mais auto gestionário, mais autossustentado, de maneira que os
agricultores possam desenvolver-se com menos dependência dos recursos e
Ab Origine – Cesut em Revista. V. 2, N. 25, jul/dez 2017 ISSN 2595-928X (on-line) 310
serviços oficiais, os quais devido à sua flagrante insuficiência o estado não está
em condições de proporcionar-lhes; isto é, através de uma estratégica
essencialmente educativa, o poder público deveria adotar um modelo
emancipado de dependências em substituição ao obsoleto e esgotado modelo
perpetuador de dependências.” (LACKI, 2000, p. 174).
A competitividade imposta ao homem do campo demanda práticas administrativas
modernas e inovações tecnológicas. Neste novo paradigma, a busca do comprometimento
do “empreendedor rural” e seu grupo de trabalho (trabalhadores rurais e/ou familiares)
com os objetivos organizacionais torna-se fundamental. Portanto, ao buscar uma maior
eficiência organizacional, é necessário que os “empresários rurais” estejam atentos aos
comportamentos das pessoas envolvidas nos processos de produção.
Ao conhecer os sentimentos e percepções dos empregados em relação ao
ambiente de trabalho, por exemplo, torna-se possível a adoção de práticas de gestão de
pessoal que gerem satisfação e atendam às expectativas, tanto dos trabalhadores, quanto
da empresa.
Tais práticas promovem um ambiente de trabalho mais saudável e permitem maior
comprometimento e lealdade, aspectos considerados de suma importância para o
desempenho organizacional e para a competitividade.
A administração rural passa por várias modificações estruturais e comportamentais
frente à nova ordem mundial de globalização, consumindo conceitos antigos e
reconhecendo suas teorias na busca do aperfeiçoamento organizacional para a empresa
rural.
A nova ordem da administração rural vem mostrar aos administradores uma
quebra de paradigma, onde os conceitos de propriedade rural familiar deram
lugar à empresa rural administrada por profissionais detentores do
conhecimento científico, adaptando de forma flexível os conceitos
administrativos à realidade das empresas agrícolas brasileiras. (AZER, 2009)
Conforme Santos, Marion e Segatti (2002), o administrador rural deve estar muito
atento aos fatores externos e internos referentes à empresa. Por mais que o administrador
não tenha controle sobre os fatores externos (preço de produtos, clima, política de crédito
e financiamento etc.), deve conhecê-los para tomar as decisões que lhe permitam ajustar-
se a eles, aproveitando assim ao máximo as condições favoráveis.
2.3 A gestão na contabilidade de custos
A gestão contábil é um método que tem por meta controlar, observando todo
procedimento de custo da empresa; é necessária para prover os administradores com
orientações na tomada de decisão. Atualmente, a gestão é fundamental para a base
produtiva na empresa rural. Com a evolução da tecnologia e a busca por adquirir produtos
de melhores qualidades, a gestão leva o produtor rural a desenvolver técnicas apuradas
tanto na área de produção, como também no gerenciamento financeiro de sua
propriedade, assim como buscar um assessoramento para gestão das suas atividades e
para tomada de decisões rápidas e eficientes, conseguindo, assim, mais espaço no
Ab Origine – Cesut em Revista. V. 2, N. 25, jul/dez 2017 ISSN 2595-928X (on-line) 311
mercado e o aprimoramento dos produtos agrícolas (MIRANDA, 2007).
Segundo Callado (2007), “a contabilidade rural é uma das ferramentas menos
utilizadas pelos produtores rurais brasileiros, pois é vista como uma técnica complexa e
que apresenta um baixo retorno prático.”
Para Miranda (2007,),
A contabilidade pode desempenhar um importante papel como ferramenta
gerencial, através de informações que permitam o planejamento, o controle e a
tomada de decisão acompanhando assim a evolução do setor quanto à
administração financeira, controle de custos e comparação de resultados.
Segundo Iribarrem (2007), as propriedades rurais que não têm controle dos seus
custos e orçamentos apresentam certos riscos, dentre eles: desconhecimento do resultado
do negócio, aumento ou diminuição das atividades exploradas, investimentos
desnecessários, facilidade de endividar-se e perda de ganhos obtidos por produtividade.
Entre os elementos que criam a necessidade de reestruturação na gestão da propriedade,
há o alto endividamento, descapitalização, aumento do custo financeiro, margens de
lucros declinantes, escassez ou aumento dos custos dos insumos e serviços e falta de
crédito.
Crepaldi (2004), descreve a finalidade da contabilidade rural como a de:
Orientar as operações agrícolas e pecuárias; medir e controlar o desempenho
econômico financeiro da empresa e de cada atividade produtiva; apoiar as tomadas
de decisões no planejamento da produção, das vendas e investimentos; auxiliar
nas projeções de fluxos de caixas; permitir comparações à performance da
empresa com outras; conduzir as despesas pessoais do proprietário e de sua
família; justificar a liquidez e a capacidade de pagamento junto aos credores; servir
de base para seguros, arrendamentos e outros contratos e gerar informações para
a Declaração do Imposto de Renda.
Para Ludícibus (1980),
Dentre as várias aplicações, a contabilidade de custos fornece informações
contábeis e financeiras para a decisão entre cursos de ação alternativos onde
afirma que este tipo de decisão requer informações contábeis que não são
facilmente encontradas nos registros da contabilidade financeira. Na melhor das
hipóteses, para obter tais informações é necessário que um esforço extra de 4
classificação, agregação e refinamento seja aplicado para que elas possam ser
utilizadas em tais decisões.
Segundo Leone (1987), a contabilidade de custos pode ser conceituada como o
ramo da função financeira que acumula, organiza, analisa e interpreta os custos dos
produtos, dos estoques, dos componentes da organização, dos planos operacionais e das
atividades de distribuição para determinar o lucro, para controlar as operações e para
auxiliar o administrador no processo de tomada de decisões e de planejamento.
Para Lawrence (1975), contabilidade de custos é o processo de usar os princípios da
contabilidade geral para registrar os custos de operação de um negócio de tal maneira
que, com os dados de produção e das vendas, torne-se possível à administração utilizar
as contas para estabelecer os custos de produção e distribuição, tanto por unidade como
pelo total, para um ou para todos os produtos fabricados ou serviços prestados e os cinco
custos das outras diversas funções do negócio com a finalidade de obter operação
Ab Origine – Cesut em Revista. V. 2, N. 25, jul/dez 2017 ISSN 2595-928X (on-line) 312
eficiente, econômica e lucrativa.
2.4 Planejamento do diagnóstico na empresa rural
O planejamento oportuniza que as empresas adotem um comportamento pró-ativo
em relação ao futuro, contribuindo para a melhoria da produtividade, da qualidade e dos
resultados financeiros.
Segundo Oliveira (1995), o planejamento tem influência direta na qualidade das
decisões tomadas pelas empresas; é um processo de estabelecimento de um estado
futuro almejado e um delineamento dos meios efetivos de torná-lo realidade.
Para Tiffany (1999), planejar é uma estratégia para sobreviver, é uma forma de se
adiantar e enfrentar os fatos desconhecidos e incertos, é uma estratégia para aumentar as
chances de sucesso em um mundo de negócios que muda constantemente.
O produtor rural também observa o monitoramento da complexidade que a área
rural traz, procurando ter uma visão sistêmica da atividade desenvolvida, tomando cuidado
com a elaboração de estratégias para defenderem-se das ameaças e saber aproveitar as
oportunidades. Trata-se de uma análise do ambiente externo à empresa, ou seja, das
condições externas que rodeiam a empresa e que lhe impõem desafios e oportunidades.
A análise externa envolve os mercados abrangidos pela empresa, características
atuais e tendências futuras, oportunidades e perspectivas; a concorrência ou competição,
isto é, empresas que atuam no mercado, disputando os mesmos clientes, consumidores
ou recursos; a conjuntura econômica, tendências políticas, sociais, culturais, legais etc.,
que afetam a sociedade e todas as demais empresas.
2.5 Sistemas de gestão de custos
Uma boa gestão de custos tem o objetivo de maximizar os lucros, obtendo assim
uma conquista e uma estratégia competitiva para levar uma empresa ou propriedade rural
a crescer cada vez mais.
A gestão de custos pode ser utilizada como um importante instrumento gerencial na
condução dos negócios para uma melhor compreensão. Ela é de extrema importância no
processo de tomada de decisão através de dados obtidos em uma produção.
Para obter a renda agrícola, utilizaram-se os dados da receita de cada um dos
produtos, a análise de produtividade do solo, o cálculo de fatores de produção como: custo
operacional efetivo (COE), custo operacional total (COT), e custo total (CT), análise dos
indicadores de resultados de cada produção mostrando a receita líquida (RL) e receita
bruta (RB), margem bruta e líquida (RB – COE) , resultando o lucro total (LT), (RB – CT).
3.0 Estudo de caso: O uso do sistema de gestão na propriedade
A propriedade analisada caracteriza-se como pertencente à agricultura comercial.
Nela, os proprietários, pai e filho, juntamente com seus colaboradores, são responsáveis
pelas atividades agrícolas.
Ab Origine – Cesut em Revista. V. 2, N. 25, jul/dez 2017 ISSN 2595-928X (on-line) 313
A propriedade localiza-se no município de Serranópolis (GO). Sua área total é de
1109 há; a área agricultável é de 1000 ha, sendo a área de reserva legal é de 109 ha, e
500 hectares arrendados de terceiros.
As principais atividades agropecuárias desenvolvidas, por grau de importância
econômica, são: produção de soja (safra de verão) do período de planta e colheita entre
outubro a março, e milho (safrinha de inverno) período de planta e colheita entre fevereiro
a julho, e produção de subsistência como suinocultura e avicultura.
O desenvolvimento de todos os processos na propriedade de agricultores é
complexo devido à interação das necessidades dos funcionários que fazem parte do
desenvolvimento da produção (estilo de vida dos colaboradores), com os requisitos e
exigências do negócio (objetivos comerciais).
Além disso, trata-se de um ambiente permeado de mudanças e incertezas de
mercado e de fatores climáticos, em que são necessárias informações precisas e
prontamente disponíveis para a realização dos processos de decisão.
Quando questionado quanto ao desenvolvimento de suas atividades, pode-se dizer
que o “dentro da porteira” o agricultor conhece muito bem, pois vive isso em sua prática e
cultura diária, porém as relações “antes e depois da porteira” são mais complexas e de
difícil desenvolvimento por parte do agricultor.
No “Antes da porteira” da propriedade, neste segmento, evidencia-se a grande
necessidade de insumos, como contratação de mão de obra, serviços de mecanização
terceirizados, compra de sementes, adubos, medicamentos e agrotóxicos.
Além disso, necessita-se de assistência técnica para o acompanhamento da
produção. Quanto à assistência técnica, o proprietário busca comunicação de
conhecimentos próprios e/ou com amigos e conhecidos, em busca de novas tecnologias
que o ajudem nas suas atividades. Também recebe informações da empresa fornecedora
dos insumos.
O produtor estabelece metas evidentes. Elabora projetos para execução das
atividades a serem desempenhadas. E em tomada de decisões evidencia seus projetos a
partir de seus próprios conhecimentos.
O “Dentro da porteira” da propriedade possui dois produtos para a comercialização,
e também dois produtos para a subsistência, citados anteriormente. Verificou-se que não
possui escala variável de produção, ficando, portanto, à mercê dos preços de seus
produtos pagos pelo mercado.
Apesar do controle da produção ser estável, mesmo assim há necessidade de
avaliar com precisão a oscilação de preços de mercado que ocorre ao longo de cada
época de comercialização do ano, impactando diretamente sua receita média.
O produtor tem controle sobre a média do que é vendido a cada safra, mas precisa
Ab Origine – Cesut em Revista. V. 2, N. 25, jul/dez 2017 ISSN 2595-928X (on-line) 314
analisar com eficiência o custo de produção, despesas e depreciação, evitando perdas
significativas, pois há um grande risco de oscilação na comercialização dos produtos.
3.1 Planos de coleta de dados
A coleta de dados do estudo foi necessária para a elaboração do Trabalho de
Conclusão de Curso. As informações foram coletadas por meio de entrevistas
estruturadas com os proprietários, com o contador responsável, e com o setor financeiro
da Cooperativa Agroindustrial dos Produtores Rurais do Sudoeste Goiano – COMIGO,
buscando dados necessários para o diagnóstico da propriedade. Essas informações foram
bastante significativas, dando estrutura para a realização do estudo. Informações também
foram levantadas a partir da observação dos participantes.
3.2 Análise de rentabilidade da propriedade
Segundo um dos produtores, apesar das dificuldades de organização, eles estão
bem satisfeitos com o resultado das produções. Eles pretendem, a cada safra, organizar
através desse sistema de planilhas o passo a passo do que é necessário para a
produtividade e a lucratividade do produto. Um dos proprietários mencionou que o próximo
projeto é fazer a integração lavoura-pecuária na propriedade. Com essa implementação,
qualquer problema que surgir com a agricultura ou pecuária, uma produção pode ser
equilibrada à outra.
Diante disso, pode-se dizer que a técnica de gestão empregada pelos agricultores é
viável, porém necessita de uma gestão administrativa eficiente para o acompanhamento
mensal dos dados. Quanto à tomada de decisão da propriedade, observa-se que o
agricultor procura realizar de forma mais precisa possível, utilizando-se do maior número
de informações, as quais tem acesso.
3.3 Fluxogramas de produção
A seguir, pode-se verificar como ocorre a produção da soja e do milho na propriedade em
estudo, através dos fluxogramas.
3.3.1 Processo de produção da cultura da soja
Ab Origine – Cesut em Revista. V. 2, N. 25, jul/dez 2017 ISSN 2595-928X (on-line) 315
Figura 1: Fluxograma da Produção da Soja
3.3.2 Processo de produção da cultura do milho
Figura 2: Fluxograma da Produção do Milho.
3.4 TABELAS REFERENTES AOS DADOS PARA O DIAGNÓSTICO
TABELA 1 - Informações gerais da propriedade
Ab Origine – Cesut em Revista. V. 2, N. 25, jul/dez 2017 ISSN 2595-928X (on-line) 316
TABELA 2- Construções e benfeitorias
TABELA 3 - Máquinas Agrícolas
Ab Origine – Cesut em Revista. V. 2, N. 25, jul/dez 2017 ISSN 2595-928X (on-line) 317
TABELA 4- Implementos e equipamentos
Tabela 4.1- Implementos e equipamentos TABELA 5 – Insumos soja PRÉ-PLANTIO
Ab Origine – Cesut em Revista. V. 2, N. 25, jul/dez 2017 ISSN 2595-928X (on-line) 318
TABELA 6 - Insumos soja- PLANTIO
TABELA 7 - Insumos milho safrinha- PRÉ PLANTIO
TABELA 8- Insumos milho safrinha- PLANTIO
Ab Origine – Cesut em Revista. V. 2, N. 25, jul/dez 2017 ISSN 2595-928X (on-line) 319
TABELA 9 - Mão de obra permanente
TABELA 10 - Mão de obra temporária
Ab Origine – Cesut em Revista. V. 2, N. 25, jul/dez 2017 ISSN 2595-928X (on-line) 320
TABELA 11- Renumeração dos produtores rurais
Tabela 12 - Custos gerais
Ab Origine – Cesut em Revista. V. 2, N. 25, jul/dez 2017 ISSN 2595-928X (on-line) 321
Tabela 13- Síntese dos custos e análise de rentabilidade
TABELA 14- Produtividade
TABELA 15- Custo operacional total
Ab Origine – Cesut em Revista. V. 2, N. 25, jul/dez 2017 ISSN 2595-928X (on-line) 322
TABELA 16- Custo total
TABELA 17- Indicadores de resultados
TABELA 18- Análise soja
Ab Origine – Cesut em Revista. V. 2, N. 25, jul/dez 2017 ISSN 2595-928X (on-line) 323
TABELA 19- Análise milho safrinha
3.5 Técnicas de viabilidade econômica utilizadas para a conclusão de resultados
De acordo com Kuhen e Bauer (2001):
O conceito de análise de investimento pode hoje ser um conjunto de técnicas
que permitem a comparação entre resultados de tomada de decisões referentes
a alternativas diferentes de uma maneira científica.
3.5.1 Taxa interna de retorno (TIR)
O indicador obtido com o cálculo da TIR serve para analisar a alternativa de risco e
retorno. Segundo Souza e Clemente (2009), na dimensão retorno ela pode ser
interpretada como um limite superior para a rentabilidade de um projeto de investimento.
3.5.2 Valor presente líquido (VPL)
Para Souza e Clemente (2009), o valor presente líquido é a concentração de todos
os valores esperados de um fluxo de caixa na data zero. O autor afirma ainda que o VPL,
com certeza, é a técnica robusta de análise de investimento mais conhecida e mais
utilizada.
Quanto aos ganhos e retornos do projeto, Gitman (1992), afirma que os ganhos de
um projeto podem ser representados tanto por entradas de caixa, quanto por economia
obtida em função da implantação, por isso vale avaliar o custo benefício do projeto de
investimento.
3.6 Tabelas referentes às técnicas de análises de viabilidade econômicas
Ab Origine – Cesut em Revista. V. 2, N. 25, jul/dez 2017 ISSN 2595-928X (on-line) 324
TABELA 20- PROJETO EM 10 ANOS DE CULTURA NA PROPRIEDADE
Item  Ano Ano 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Entradas: 6490000 6490000 6490000 6490000 6490000 6490000 6490000 6490000 6490000 6490000
Venda de milho 2640000 2640000 2640000 2640000 2640000 2640000 2640000 2640000 2640000 2640000
Venda de soja 3850000 3850000 3850000 3850000 3850000 3850000 3850000 3850000 3850000 3850000
Saídas: 16240220 4899454 4342371 4342371 4342371 4342371 4342371 4342371 4342371 4342371 4342371
Investimentos 16240220 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Benfeitorias 310000
Maquin.& Equipamentos 395220
Terra 15225000
Casa Funcionário 120000
Casa sede 60000
Galpão 52000
Galpão de máquinas 78000
Gastos operacionais 4899454 4342371 4342371 4342371 4342371 4342371 4342371 4342371 4342371 4342371
Mão de obra temporária 6000 6000 6000 6000 6000 6000 6000 6000 6000 6000
Mao-de-obra permanente 339119 339119 339119 339119 339119 339119 339119 339119 339119 339119
Remuneração dos produtores 201.192 201.192 201.192 201.192 201.192 201.192 201.192 201.192 201.192 201.192
Insumos soja pré-plantio 205082 205082 205082 205082 205082 205082 205082 205082 205082 205082
Insumos soja plantio 1772025 1772025 1772025 1772025 1772025 1772025 1772025 1772025 1772025 1772025
Insumos milho pré-plantio 5586 5586 5586 5586 5586 5586 5586 5586 5586 5586
Insumos milho plantio 792622 792622 792622 792622 792622 792622 792622 792622 792622 792622
Impostos 4132 4132 4132 4132 4132 4132 4132 4132 4132 4132
Analise de solo e foliar 157 157 157 157 157 157 157 157 157 157
custos gerais 55549 55549 55549 55549 55549 55549 55549 55549 55549 55549
Custo hora/máquina 594920 37837 37837 37837 37837 37837 37837 37837 37837 37837
Custo total hora-equip./implem. 246690 246690 246690 246690 246690 246690 246690 246690 246690 246690
Arrendamento 270000 270000 270000 270000 270000 270000 270000 270000 270000 270000
Depreciação 406380 406380 406380 406380 406380 406380 406380 406380 406380 406380
Receitas Líquidas -16240220 1590546 2147629 2147629 2147629 2147629 2147629 2147629 2147629 2147629 2147629
V.P.L.= (R$ 4.603.033,86)
T.I.R.= 4,77%
Ab Origine – Cesut em Revista. V. 2, N. 25, jul/dez 2017 ISSN 2595-928X (on-line) 325
TABELA 21- PROJETO EM 20 ANOS DE CULTURA NA PROPRIEDADE
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
6490000 6490000 6490000 6490000 6490000 6490000 6490000 6490000 6490000 6490000
2640000 2640000 2640000 2640000 2640000 2640000 2640000 2640000 2640000 2640000
3850000 3850000 3850000 3850000 3850000 3850000 3850000 3850000 3850000 3850000
4342371 4342371 4342371 4342371 4342371 4342371 4342371 4342371 4342371 4342371
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
4342371 4342371 4342371 4342371 4342371 4342371 4342371 4342371 4342371 4342371
6000 6000 6000 6000 6000 6000 6000 6000 6000 6000
339119 339119 339119 339119 339119 339119 339119 339119 339119 339119
201.192,00 201.192,00 201.192,00 201.192,00 201.192,00 201.192,00 201.192,00 201.192,00 201.192,00 201.192,00
205082 205082 205082 205082 205082 205082 205082 205082 205082 205082
1772025 1772025 1772025 1772025 1772025 1772025 1772025 1772025 1772025 1772025
5586 5586 5586 5586 5586 5586 5586 5586 5586 5586
792622 792622 792622 792622 792622 792622 792622 792622 792622 792622
4132 4132 4132 4132 4132 4132 4132 4132 4132 4132
157 157 157 157 157 157 157 157 157 157
55549 55549 55549 55549 55549 55549 55549 55549 55549 55549
37837 37837 37837 37837 37837 37837 37837 37837 37837 37837
246690 246690 246690 246690 246690 246690 246690 246690 246690 246690
270000 270000 270000 270000 270000 270000 270000 270000 270000 270000
406380 406380 406380 406380 406380 406380 406380 406380 406380 406380
2147629 2147629 2147629 2147629 2147629 2147629 2147629 2147629 2147629 2147629
V.P.L. = -R$ 696.023,39
T.I.R= 11,33%
TABELA 22- PROJETO EM 30 ANOS DE CULTURA NA PROPRIEDADE
21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
6490000 6490000 6490000 6490000 6490000 6490000 6490000 6490000 6490000 6490000
2640000 2640000 2640000 2640000 2640000 2640000 2640000 2640000 2640000 2640000
3850000 3850000 3850000 3850000 3850000 3850000 3850000 3850000 3850000 3850000
4342371 4342371 4342371 4342371 4342371 4342371 4342371 4342371 4342371 4342371
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
4342371 4342371 4342371 4342371 4342371 4342371 4342371 4342371 4342371 4342371
6000 6000 6000 6000 6000 6000 6000 6000 6000 6000
339119 339119 339119 339119 339119 339119 339119 339119 339119 339119
201.192,00 201.192,00 201.192,00 201.192,00 201.192,00 201.192,00 201.192,00 201.192,00 201.192,00 201.192,00
205082 205082 205082 205082 205082 205082 205082 205082 205082 205082
1772025 1772025 1772025 1772025 1772025 1772025 1772025 1772025 1772025 1772025
5586 5586 5586 5586 5586 5586 5586 5586 5586 5586
792622 792622 792622 792622 792622 792622 792622 792622 792622 792622
4132 4132 4132 4132 4132 4132 4132 4132 4132 4132
157 157 157 157 157 157 157 157 157 157
55549 55549 55549 55549 55549 55549 55549 55549 55549 55549
37837 37837 37837 37837 37837 37837 37837 37837 37837 37837
246690 246690 246690 246690 246690 246690 246690 246690 246690 246690
270000 270000 270000 270000 270000 270000 270000 270000 270000 270000
406380 406380 406380 406380 406380 406380 406380 406380 406380 406380
2147629 2147629 2147629 2147629 2147629 2147629 2147629 2147629 2147629 2147629
V.P.L.= R$ 561.929,42
T.I.R.= 12,45%
Ab Origine – Cesut em Revista. V. 2, N. 25, jul/dez 2017 ISSN 2595-928X (on-line) 326
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este trabalho foi desenvolvido em uma propriedade rural - Fazenda São Jorge,
município de Serranópolis – GO, realizando-se um estudo de caso, observando os dados
financeiros e a viabilidade econômica da atividade de produção soja/safra e milho/safrinha
do ano 2016/2017, com dados atualizados.
Esse trabalho foi constituído por base teórica, buscando confrontar teoria e prática,
também um estudo por meio de dados de análise utilizando uma planilha - Projeto Campo
Futuro - Gestão de custos e riscos para produtores rurais, fornecida pelo SENAR.
Através do estudo e dos resultados encontrados, percebe-se que a propriedade
rural tem uma atividade lucrativa. Com o produto soja/safra apurou-se um total de
R$5,31/SC/ha, evidenciando um lucro total de R$ 371.700, 00 e no produto milho/safrinha
foi apurado um lucro total de R$ 4,59/SC/ha, com o lucro total de R$ 550.800.
A partir dos resultados das análises de viabilidade econômica, percebe-se que o
retorno de investimento começou a ser viável a partir do vigésimo ano de cultura na
propriedade, concluindo assim que a agricultura é uma atividade de grande risco como
uma situação em que há probabilidade mais ou menos previsível de perda ou ganho, ou
seja, o risco é um evento incerto, mas esperável.
Observa-se que, embora o produtor não utilizasse sistema de planilhas para o
controle de custos, mantinha as contas em dia; a utilização das planilhas, entretanto,
facilitou a apuração dos resultados, possibilitando agilidade nos processos e maior
embasamento para a tomada de decisão quanto à manutenção da produção e também
para investimentos futuros.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANTUNES, Luciano Médici. Manual de administração rural: custos de produção.
Guaíba: agropecuária, 1999.
AZER, Adriano Marques. Tempos Modernos da Administração Rural. Disponível em:
<http://www.fucamp.com.br/nova/revista/revista0609.pdf>. Acesso em: 12 maio. 2009.
CALLADO, Aldo Leonardo Cunha. Custos no processo de tomada de decisão em
empresas rurais. Disponível em: http://www.sebrae.gov.br/ . Acesso em: 02 jun. 2007.
COUTO, F.A.A. e MONTEIRO, J. A de. O cluster de grãos na região de Rio Verde no
Sudoeste de Goiás. In HADDAD, P.R. (Org.). A competitividade do agronegócio e o
desenvolvimento regional no Brasil – Estudos de clusters. Brasília, CNPq/Embrapa, 1999.
CREPALDI, Silvio Aparecido. Contabilidade Gerencial. Teoria e Prática. 3. ed. São
Paulo: Atlas, 2007.
. Contabilidade rural: uma abordagem decisorial. São Paulo: Atlas,
2005.
. Auditoria contábil: Teoria e prática. São Paulo: Atlas, 2004.
FONSECA, João José Saraiva. Metodologia da pesquisa científica. Fortaleza: UEC,
2002. .
Ab Origine – Cesut em Revista. V. 2, N. 25, jul/dez 2017 ISSN 2595-928X (on-line) 327
FUNDAÇÃO Instituto Brasileiro de Geografia Estatística. Indicadores da Produção
Agroindustrial 1990/2001. Rio de Janeiro: IBGE, 2000.
GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projeto de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas 2008.
GUIMARÃES, M. C.; BRISOLA, M. V. Teoria motivacional de Maslow e sua aplicação à
empresa rural. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ADMINISTRAÇÃO RURAL, 4.,
GITMAN, LAWRENCE. Princípios da administração financeira. São Paulo: Qualitymark,
1992.
Goiânia, 2001. Anais. Goiânia: ABAR, 2001. CDROM.
HOFFMANN, Rodolfo. Administração da Empresa Agrícola. São Paulo: Pioneira, 1987.
IRIBARREM, Cilotér Clovis. Gestão da propriedade rural.. Disponível em:
http://www.safrasecifras.com.br/ Acesso em: 20 abr. 2007.
IUDÍCIBUS, Sérgio. Contabilidade Gerencial. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1980.
KUHEN, Osmar Leonardo, BAUER, Udibert Reinoldo. Matemática financeira aplicada e
análise de investimentos. 3. ed. – São Paulo: Atlas, 2001.
LACKI, P. Rentabilidade na agricultura: com mais subsídios ou com mais
profissionalismo? In: CONGRESSO BRASILEIRO DAS RAÇAS ZEBUÍNAS, 4.,
Uberaba, 2000. Anais... Uberaba: ABCZ, 2000. p. 167-174.
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos da metodologia
científica. São Paulo: Atlas, 2003.
LAWRENCE, W. B. Contabilidade de Custos. 4. ed. São Paulo: IBRASA, 1975.
LEONE, George S. Guerra. Custos: Um enfoque administrativo. Rio de Janeiro: FGV,
1987.
MINTZBERG, H.; AHLSTRAND, B.; LAMPEL, J. Safári de Estratégia: um roteiro pela
selva do planejamento estratégico. Porto Alegre: Bookman, 2000.
MIRANDA, Patrícia. Contabilidade: fator de desenvolvimento do Agronegócio. Disponível
em: http://www.paginarural.com.br/ .Acesso em: 20 abr. 2007.
OLIVEIRA, D. de P. R. de. Excelência na administração estratégica: a competitividade
para administrar o futuro das empresas. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1995.
PROJETO CAMPO FUTURO- Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e Serviço
Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) em parceria com universidades e centros de pesquisas
SALAZAR, G. T. Administração geral: teorias da gerência e teoria das organizações.
Lavras: UFLA/FAEP, 1999.
TIFFANY, Paul; PETERSON, Steven D. Planejamento Estratégico. 6. ed. Rio de Janeiro:
Campus, 1999.
SILVA, Roni Antônio Garcia Da. Administração Rural: teoria e prática. Curitiba: Juruá,
2013.
SOUZA, A.; CLEMENTE, A. Decisões Financeiras e Análise de Investimentos:
Fundamentos, técnicas e aplicações. 6 ed. 186 p. São Paulo: Atlas, 2009
YIN, Robert K. Estudo de caso - design e métodos. Sage Publications Inc., USA, 1989.
SANTOS, G. J; MARION, J. C.; SEGATTI, S. Administração de custos na agropecuária. -
3. ed.- São Paulo: Atlas: 2002.

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a Gestão de custos e análise de lucratividade na produção de soja e milho em propriedade rural de Goiás

Agricultura familiar na economia: Brasil e Rio Grande do Sul
Agricultura familiar na economia: Brasil e Rio Grande do SulAgricultura familiar na economia: Brasil e Rio Grande do Sul
Agricultura familiar na economia: Brasil e Rio Grande do Suliicabrasil
 
Análise-de-custos-na-produção-de-grãos-em-uma-propriedade-rural-de-Tapeja...
Análise-de-custos-na-produção-de-grãos-em-uma-propriedade-rural-de-Tapeja...Análise-de-custos-na-produção-de-grãos-em-uma-propriedade-rural-de-Tapeja...
Análise-de-custos-na-produção-de-grãos-em-uma-propriedade-rural-de-Tapeja...Luciana Pieniz
 
2011 - Redin- Potencialidades agricolas - Arroio do tigre em cena
2011 - Redin- Potencialidades agricolas - Arroio do tigre em cena2011 - Redin- Potencialidades agricolas - Arroio do tigre em cena
2011 - Redin- Potencialidades agricolas - Arroio do tigre em cenaEzequiel Redin
 
Estudo de caso: Sojas convencionais e transgênicas no planalto do Rio Grande ...
Estudo de caso: Sojas convencionais e transgênicas no planalto do Rio Grande ...Estudo de caso: Sojas convencionais e transgênicas no planalto do Rio Grande ...
Estudo de caso: Sojas convencionais e transgênicas no planalto do Rio Grande ...iicabrasil
 
A cp de flores no rs
A cp de flores no rsA cp de flores no rs
A cp de flores no rsGlauber Melo
 
Pub 20140530170956 mapeamento_quantificacao_safra2013-14
Pub 20140530170956 mapeamento_quantificacao_safra2013-14Pub 20140530170956 mapeamento_quantificacao_safra2013-14
Pub 20140530170956 mapeamento_quantificacao_safra2013-14Fellippe Antonelle
 
Cadeia produtiva de_frutas_série_agronegócios_mapa
Cadeia produtiva de_frutas_série_agronegócios_mapaCadeia produtiva de_frutas_série_agronegócios_mapa
Cadeia produtiva de_frutas_série_agronegócios_mapaWilian Ferreira
 
Agroneg cios - as oportunidades continuam
Agroneg cios - as oportunidades continuamAgroneg cios - as oportunidades continuam
Agroneg cios - as oportunidades continuamPhabio Okaji
 
Projecto de investigação luís cary cordovil
Projecto de investigação   luís cary cordovilProjecto de investigação   luís cary cordovil
Projecto de investigação luís cary cordovilLuís Cary Cordovil
 
_Informe Agronordeste 3 - maio 22 .pdf
_Informe Agronordeste 3 - maio 22 .pdf_Informe Agronordeste 3 - maio 22 .pdf
_Informe Agronordeste 3 - maio 22 .pdfjoaoitalo7
 
Tecnologia e relações produção setor sisaleiro
Tecnologia e relações produção setor sisaleiroTecnologia e relações produção setor sisaleiro
Tecnologia e relações produção setor sisaleiroMARIA ODETE ALVES
 
1.2.dias oep as
1.2.dias oep as1.2.dias oep as
1.2.dias oep assmtpinov
 
Divulgação dia de campo Tucaninha 2010
Divulgação dia de campo  Tucaninha 2010Divulgação dia de campo  Tucaninha 2010
Divulgação dia de campo Tucaninha 2010ABS Pecplan
 
Agronegócio familiarmg artigo_sãom_iguelantapronaf
Agronegócio familiarmg artigo_sãom_iguelantapronafAgronegócio familiarmg artigo_sãom_iguelantapronaf
Agronegócio familiarmg artigo_sãom_iguelantapronafequipeagroplus
 

Semelhante a Gestão de custos e análise de lucratividade na produção de soja e milho em propriedade rural de Goiás (20)

Agricultura familiar na economia: Brasil e Rio Grande do Sul
Agricultura familiar na economia: Brasil e Rio Grande do SulAgricultura familiar na economia: Brasil e Rio Grande do Sul
Agricultura familiar na economia: Brasil e Rio Grande do Sul
 
Análise-de-custos-na-produção-de-grãos-em-uma-propriedade-rural-de-Tapeja...
Análise-de-custos-na-produção-de-grãos-em-uma-propriedade-rural-de-Tapeja...Análise-de-custos-na-produção-de-grãos-em-uma-propriedade-rural-de-Tapeja...
Análise-de-custos-na-produção-de-grãos-em-uma-propriedade-rural-de-Tapeja...
 
Artigo bioterra v20_n2_04
Artigo bioterra v20_n2_04Artigo bioterra v20_n2_04
Artigo bioterra v20_n2_04
 
2011 - Redin- Potencialidades agricolas - Arroio do tigre em cena
2011 - Redin- Potencialidades agricolas - Arroio do tigre em cena2011 - Redin- Potencialidades agricolas - Arroio do tigre em cena
2011 - Redin- Potencialidades agricolas - Arroio do tigre em cena
 
Estudo de caso: Sojas convencionais e transgênicas no planalto do Rio Grande ...
Estudo de caso: Sojas convencionais e transgênicas no planalto do Rio Grande ...Estudo de caso: Sojas convencionais e transgênicas no planalto do Rio Grande ...
Estudo de caso: Sojas convencionais e transgênicas no planalto do Rio Grande ...
 
Agroecologia.pdf
Agroecologia.pdfAgroecologia.pdf
Agroecologia.pdf
 
A cp de flores no rs
A cp de flores no rsA cp de flores no rs
A cp de flores no rs
 
Pub 20140530170956 mapeamento_quantificacao_safra2013-14
Pub 20140530170956 mapeamento_quantificacao_safra2013-14Pub 20140530170956 mapeamento_quantificacao_safra2013-14
Pub 20140530170956 mapeamento_quantificacao_safra2013-14
 
Cadeia produtiva de_frutas_série_agronegócios_mapa
Cadeia produtiva de_frutas_série_agronegócios_mapaCadeia produtiva de_frutas_série_agronegócios_mapa
Cadeia produtiva de_frutas_série_agronegócios_mapa
 
Agroneg cios - as oportunidades continuam
Agroneg cios - as oportunidades continuamAgroneg cios - as oportunidades continuam
Agroneg cios - as oportunidades continuam
 
Cadeia
Cadeia Cadeia
Cadeia
 
Projecto de investigação luís cary cordovil
Projecto de investigação   luís cary cordovilProjecto de investigação   luís cary cordovil
Projecto de investigação luís cary cordovil
 
_Informe Agronordeste 3 - maio 22 .pdf
_Informe Agronordeste 3 - maio 22 .pdf_Informe Agronordeste 3 - maio 22 .pdf
_Informe Agronordeste 3 - maio 22 .pdf
 
Tecnologia e relações produção setor sisaleiro
Tecnologia e relações produção setor sisaleiroTecnologia e relações produção setor sisaleiro
Tecnologia e relações produção setor sisaleiro
 
Agronegocio -texto
Agronegocio  -textoAgronegocio  -texto
Agronegocio -texto
 
Analise de risco
Analise de riscoAnalise de risco
Analise de risco
 
1.2.dias oep as
1.2.dias oep as1.2.dias oep as
1.2.dias oep as
 
Divulgação dia de campo Tucaninha 2010
Divulgação dia de campo  Tucaninha 2010Divulgação dia de campo  Tucaninha 2010
Divulgação dia de campo Tucaninha 2010
 
Artigo bioterra v21_n1_03
Artigo bioterra v21_n1_03Artigo bioterra v21_n1_03
Artigo bioterra v21_n1_03
 
Agronegócio familiarmg artigo_sãom_iguelantapronaf
Agronegócio familiarmg artigo_sãom_iguelantapronafAgronegócio familiarmg artigo_sãom_iguelantapronaf
Agronegócio familiarmg artigo_sãom_iguelantapronaf
 

Gestão de custos e análise de lucratividade na produção de soja e milho em propriedade rural de Goiás

  • 1. Ab Origine – Cesut em Revista. V. 2, N. 25, jul/dez 2017 ISSN 2595-928X (on-line) 304 ADMINISTRAÇÃO RURAL E GESTÃO DO AGRONEGÓCIO: UM ESTUDO DE CASO EM UMA PROPRIEDADE RURAL EM SERRANÓPOLIS - GO Aline Eduarda Ferreira Rodrigues1 Valcesa Gusatti Rosa2 Data da submissão 02.10.2017 Data da aprovação 22.11.2017 RESUMO A produção da soja e milho é uma atividade de grande expressão no ramo do agronegócio do estado de Goiás. Esta pesquisa é um estudo de caso que analisou a safra/soja e safrinha/milho em uma propriedade rural no município de Serranópolis – GO. Neste trabalho buscou-se verificar a importância do processo de apuração de resultados na agricultura da propriedade, com o intuito de demonstrar a viabilidade econômica e a rentabilidade da cultura da soja e milho. A análise envolve aspectos em relação aos custos do ciclo produtivo das culturas, destacando-se a relevância da gestão de custos e a importância de suas informações para a tomada de decisão, pois a contabilidade, com seus conceitos e definições, é fator indispensável na estruturação dos custos de produção para mensuração, análise e controle. Foi implantado um sistema de controle através de planilhas fornecidas pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) - Projeto Campo Futuro - Gestão de custos e riscos para produtores rurais para auxílio na análise dos dados coletados. Palavras-chaves: Produtividade; Diagnóstico; Custos; Agricultura, lucratividade. SUMMARY The production of soybean and corn is an activity of great expression in the agribusiness sector of the State of Goiás. This research is a case study that analyzed the crop / soybean and safrinha / maize in a rural property in the municipality of Serranópolis - GO. The objective of this work was to verify the importance of the results verification process in the agriculture of the property, with the purpose of demonstrating the economic feasibility and profitability of the soybean and corn crop. The analysis involves aspects related to the costs of the crop production cycle, highlighting the relevance of cost management and the importance of its information for decision making, since accounting, with its concepts and definitions, is an indispensable factor in structuring of production costs for measurement, analysis and control. A control system was implemented through spreadsheets provided by the National Rural Apprenticeship Service (SENAR) - Future Field Project - Cost and risk management for rural producers to assist in the analysis of collected data. Keywords: Productivity; Diagnosis; Costs; Agriculture, profitability. 1 Graduada em Administração de Empresas pelo Centro de Ensino Superior de Jataí, Jataí-GO. 2 Pós-graduada em Administração de Empresas, professora do Centro de Ensino Superior de Jataí, Jataí-GO.
  • 2. Ab Origine – Cesut em Revista. V. 2, N. 25, jul/dez 2017 ISSN 2595-928X (on-line) 305 INTRODUÇÃO O agronegócio é um dos setores que mais vem se destacando nos últimos anos. A expansão do agronegócio vem ocorrendo principalmente pela globalização e pela alavancagem da economia. Com o crescimento do setor de agronegócios, surge um desafio para o proprietário quanto à competitividade econômica de mercado e gestão dos custos desenvolvida em suas propriedades e a apuração dos resultados através de diagnóstico do levantamento de dados. A administração rural apoia esse processo e contribui no avanço e organização estratégica do ambiente, viabilizando o conhecimento das atividades desenvolvidas, assim como os processos dos custos de produção, gerando uma estrutura de acompanhamento acessível ao proprietário. Além disso, também se faz necessário a liderança e controle do desenvolvimento das atividades, o que vem exigindo do empresário rural um melhor gerenciamento da propriedade, uma vez que este precisa conhecer sua empresa em todos os aspectos. Inclusive, não basta só produzir e vender seu produto; o produtor deve acompanhar como, quando e quanto produzir, e também como e para quem vender, além do seu custo de produção. Nos últimos trinta anos houve um desenvolvimento do estado de Goiás, principalmente da região Sudoeste, que tem a agricultura como o seu principal setor econômico. Goiás tinha a maior produção na pecuária extensiva; com a chegada da soja, houve uma grande ampliação da produção agrícola. Esse processo teve início na região sul do estado e se desenvolveu para o sudoeste de Goiás, onde a prática de rotação de safra de soja com milho safrinha é muito comum. 1 Contextualização da pesquisa Para a realização desse trabalho, houve uma pesquisa exploratória, utilizando materiais impressos como livros, artigos, revistas, além de levantamento de dados em uma propriedade rural para análise e apresentação de resultados. 1.1 Problema da pesquisa O gerenciamento da empresa Rural é um processo contínuo e interativo, indo além do sistema interno, passando pela integração no seu ambiente externo. A fazenda deixou de ser apenas uma propriedade rural genérica para se transformar em empresa rural especializada. Assim, sua gestão precisa ser adequada a seu produto final. Há questões econômicas e produtivas que deverão estrategicamente ser indagadas no planejamento da empresa. Diante dessa perspectiva, questiona-se: A empresa rural está se adequando às necessidades do mercado e usando adequadamente os recursos gerenciais disponíveis para fazer a apuração de seus resultados e avaliação da sua lucratividade? 1.2 Justificativa Devido à competitividade econômica e de mercado, a gestão, juntamente com um bom
  • 3. Ab Origine – Cesut em Revista. V. 2, N. 25, jul/dez 2017 ISSN 2595-928X (on-line) 306 planejamento administrativo de eficiência, é, atualmente, de suma importância para o desenvolvimento e lucratividades das propriedades. O agricultor precisa encarar que não deve ser apenas o dono da propriedade, mas entender que é necessário ter visão empresarial, visando lucros, controlando custos, planejando e gerenciando a sua atividade juntamente com os técnicos responsáveis pela produção. Sobretudo, com intuito de adquirir inovações para maximizar sua receita e gerenciar o uso dos recursos disponíveis na propriedade (terra, trabalho e capital). A escolha deste tema para elaboração do estudo foi enfatizar a importância da administração nas propriedades rurais. 1.3 Objetivos 1.3.1 Geral Avaliar a gestão de uma propriedade rural quanto à apuração dos resultados, através do levantamento de custos de produção e o resultado final da atividade rural. 1.3.2 Específicos - A importância da administração de empresas rurais; - Identificar os produtos que são produzidos na propriedade; - Levantar contabilidade de custos e receita de cada produção; - Identificar demais gastos inerentes à propriedade; - Apuração dos resultados finais de cada produção a partir de análises de viabilidade econômica. 1.4 Metodologia Esta monografia tem por base a pesquisa bibliográfica e de estudo de caso. De acordo com Fonseca (2002, p. 32) “A pesquisa bibliográfica é feita a partir do levantamento de referências teóricas já analisadas, e publicadas por meios escritos e eletrônicos, como livros, artigos científicos, páginas de web sites. Qualquer trabalho científico inicia-se com uma pesquisa bibliográfica, que permite ao pesquisador conhecer o que já se estudou sobre o assunto. Existem, porém pesquisas científicas que se baseiam unicamente na pesquisa bibliográfica, procurando referências teóricas publicadas com o objetivo de recolher informações ou conhecimentos prévios sobre o problema a respeito do qual se procura a resposta”. Segundo LAKATOS e MARCONI (2003, p. 183) “A pesquisa bibliográfica, ou de fontes secundárias, abrange toda bibliografia já tornada pública em relação ao tema de estudo, desde publicações avulsas, boletins, jornais, revistas, livros, pesquisas, monografias, teses, material cartográfico etc., até meios de comunicação orais: rádio, gravações em fita magnética e audiovisuais: filmes e televisão. Sua finalidade é colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito, dito ou filmado sobre determinado assunto, inclusive conferencias seguidas de debates que tenham sido transcritos por alguma forma, quer publicadas, quer gravadas”. Estudo de caso é uma inquirição empírica que investiga um fenômeno contemporâneo dentro de um contexto da vida real, quando a fronteira entre o fenômeno e o contexto não é claramente evidente e onde múltiplas fontes de evidência são utilizadas (Yin, 1989, p. 23). Segundo Yin (2005) trata-se de uma forma de se fazer pesquisa investigativa de
  • 4. Ab Origine – Cesut em Revista. V. 2, N. 25, jul/dez 2017 ISSN 2595-928X (on-line) 307 fenômenos atuais dentro de seu contexto real, em situações em que as fronteiras entre o fenômeno e o contexto não estão claramente estabelecidos. De acordo com Gil (1991), o estudo de caso é caracterizado pelo estudo exaustivo e em profundidade de poucos objetos, de forma a permitir conhecimento amplo e específico do mesmo; tarefa praticamente impossível mediante os outros delineamentos considerados. 2.0 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1 Agricultura da soja e do milho safrinha em Goiás O início da agricultura no estado era de tipo familiar e de subsistência como segmento produtivo gerador de renda e emprego vendendo o excedente para as cidades e comunidades urbanas. Mas foi a partir dos anos 80 que a agricultura passa a ser a principal atividade econômica do estado com a chegada do plantio de soja. Goiás possuía a maior produção na pecuária extensiva, mas houve uma grande ampliação da produção agrícola. A soja constitui a principal cultura de verão que antecede outras culturas, dentre elas, o milho safrinha. O cultivo do milho safrinha tem por objetivo não deixar a área agrícola ociosa e o solo sem cobertura vegetal na entressafra, além de proporcionar renda extra para o produtor rural. Nos últimos anos, o milho safrinha tornou-se uma atividade rentável, com adoção de alta tecnologia nas propriedades rurais do estado, resultando assim em altos rendimentos produtivos e econômicos. Segundo Couto e Monteiro (1999), A microrregião tem na agricultura a sua crescente base de sustentação econômica, sendo a produção de grãos e de gado de corte os itens de maior destaque e a soja o principal produto cultivado com a finalidade apenas comercial em função da sua grande participação nas transações comerciais, onde geralmente é negociada a um preço melhor, acabando por constituir o produto mais importante na renda do agricultor. 2.2 A administração da empresa rural Para Silva (2013), empresa rural é uma unidade de produção que possui elevado nível de capital de exploração e alto grau de comercialização tendo como objetivo técnico e sobrevivência, o crescimento e busca de lucro. Segundo Callado (2007), “a maior parte das atividades rurais desenvolve-se geralmente de forma irregular durante o exercício anual, e a administração enfrenta o desafio de atenuar ou remediar a irregularidade natural do curso dos trabalhos, intensificando outras atividades conexas” (beneficiamento e industrialização dos produtos colhidos) ou reparando as benfeitorias. Segundo Santos, Marion e Segatti (2002), o principal papel do administrador rural é planejar, controlar, decidir e avaliar os resultados, visando à maximização dos lucros, a permanente motivação e bem estar de seus empregados. A administração rural visa adaptar os fatores de produção, aperfeiçoando os
  • 5. Ab Origine – Cesut em Revista. V. 2, N. 25, jul/dez 2017 ISSN 2595-928X (on-line) 308 resultados do empresário rural; administrar com eficácia, aplicando fatores de produção
  • 6. Ab Origine – Cesut em Revista. V. 2, N. 25, jul/dez 2017 ISSN 2595-928X (on-line) 309 disponíveis (solo, benfeitorias, maquinários, insumos e mão de obra), utilizando técnicas adequadas conforme as condições da propriedade e recursos do produtor, administrando os custos de produção da empresa rural, diminuir riscos de produção e mercado econômico, criar um bom ambiente de trabalho, onde haja harmonia entre patrão e empregados, garantindo qualidade de vida a todos aqueles que auxiliam no trabalho da propriedade, levando ao aumento da produtividade e lucratividade do mesmo. De acordo com Hoffmann (1987), a “Administração Rural é o estudo que considera a organização e operação agrícola, visando ao uso mais eficiente dos recursos para obter resultados compensadores contínuos”. O conceito geral de administração rural se relaciona à necessidade de controlar e gerenciar um número cada vez maior de atividades, que podem ser envolvidas dentro de uma propriedade do setor agropecuário (ANTUNES, 1999). Corroborando com os autores acima, Guimarães e Brisola (2001) enfatizam que: “Este novo cenário está demandando dos empreendimentos rurais à necessidade de serem competitivos e de buscar retornos econômicos crescentes. Para que isto seja alcançado, a redução de custos e o aumento da produção em escala, como métodos básicos para atingir alta produtividade, principalmente se tratando da produção de commodities, têm sido bastante enfatizados.” Estas práticas, no entanto, embora modernas, e já aplicadas nas empresas industriais, confrontam com as peculiaridades encontradas no setor rural: trabalhadores com pouco tempo de educação formal e reduzida sintonia com práticas tecnologicamente avançadas. Apesar destas necessidades, inserir-se neste novo contexto com uma visão mais empresarial e estratégica não tem sido fácil para o conjunto dos agricultores. Salazar (1999, p. 188) afirma ainda que na área rural esta concepção está mais fortemente arraigada, pois os proprietários rurais sempre estiveram exageradamente preocupados com as necessidades e valores pessoais de terceiros: os gerentes de bancos, de empresas fornecedoras de insumo, de cooperativas e com os próprios trabalhadores. Eles não privilegiam as necessidades e valores empresariais e/ou empreendedores. Ou seja, atendem aos requisitos para adequação legal da propriedade para atenderem exigências para concessão de crédito, assim como atender exigências do Ministério do Trabalho, mas preocupa-se pouco com a gestão financeira da atividade. Lacki (2000) tem a mesma opinião: pare ele, neste novo cenário só obterão êxito aqueles agricultores que estiverem capacitados e organizados com propósitos empresariais. Sugere ser necessário, para que a agricultura brasileira seja eficiente e competitiva, sair da posição de dependência do estado. Segundo Lacki, “os agricultores deveriam exigir do estado, instrumentos que possibilitem sua emancipação - estímulo à organização, tecnologias, formação e capacitação - e não sua dependência, como tem ocorrido: Só através de um forte componente educativo os governos poderão promover um modelo mais endógeno, mais auto gestionário, mais autossustentado, de maneira que os agricultores possam desenvolver-se com menos dependência dos recursos e
  • 7. Ab Origine – Cesut em Revista. V. 2, N. 25, jul/dez 2017 ISSN 2595-928X (on-line) 310 serviços oficiais, os quais devido à sua flagrante insuficiência o estado não está em condições de proporcionar-lhes; isto é, através de uma estratégica essencialmente educativa, o poder público deveria adotar um modelo emancipado de dependências em substituição ao obsoleto e esgotado modelo perpetuador de dependências.” (LACKI, 2000, p. 174). A competitividade imposta ao homem do campo demanda práticas administrativas modernas e inovações tecnológicas. Neste novo paradigma, a busca do comprometimento do “empreendedor rural” e seu grupo de trabalho (trabalhadores rurais e/ou familiares) com os objetivos organizacionais torna-se fundamental. Portanto, ao buscar uma maior eficiência organizacional, é necessário que os “empresários rurais” estejam atentos aos comportamentos das pessoas envolvidas nos processos de produção. Ao conhecer os sentimentos e percepções dos empregados em relação ao ambiente de trabalho, por exemplo, torna-se possível a adoção de práticas de gestão de pessoal que gerem satisfação e atendam às expectativas, tanto dos trabalhadores, quanto da empresa. Tais práticas promovem um ambiente de trabalho mais saudável e permitem maior comprometimento e lealdade, aspectos considerados de suma importância para o desempenho organizacional e para a competitividade. A administração rural passa por várias modificações estruturais e comportamentais frente à nova ordem mundial de globalização, consumindo conceitos antigos e reconhecendo suas teorias na busca do aperfeiçoamento organizacional para a empresa rural. A nova ordem da administração rural vem mostrar aos administradores uma quebra de paradigma, onde os conceitos de propriedade rural familiar deram lugar à empresa rural administrada por profissionais detentores do conhecimento científico, adaptando de forma flexível os conceitos administrativos à realidade das empresas agrícolas brasileiras. (AZER, 2009) Conforme Santos, Marion e Segatti (2002), o administrador rural deve estar muito atento aos fatores externos e internos referentes à empresa. Por mais que o administrador não tenha controle sobre os fatores externos (preço de produtos, clima, política de crédito e financiamento etc.), deve conhecê-los para tomar as decisões que lhe permitam ajustar- se a eles, aproveitando assim ao máximo as condições favoráveis. 2.3 A gestão na contabilidade de custos A gestão contábil é um método que tem por meta controlar, observando todo procedimento de custo da empresa; é necessária para prover os administradores com orientações na tomada de decisão. Atualmente, a gestão é fundamental para a base produtiva na empresa rural. Com a evolução da tecnologia e a busca por adquirir produtos de melhores qualidades, a gestão leva o produtor rural a desenvolver técnicas apuradas tanto na área de produção, como também no gerenciamento financeiro de sua propriedade, assim como buscar um assessoramento para gestão das suas atividades e para tomada de decisões rápidas e eficientes, conseguindo, assim, mais espaço no
  • 8. Ab Origine – Cesut em Revista. V. 2, N. 25, jul/dez 2017 ISSN 2595-928X (on-line) 311 mercado e o aprimoramento dos produtos agrícolas (MIRANDA, 2007). Segundo Callado (2007), “a contabilidade rural é uma das ferramentas menos utilizadas pelos produtores rurais brasileiros, pois é vista como uma técnica complexa e que apresenta um baixo retorno prático.” Para Miranda (2007,), A contabilidade pode desempenhar um importante papel como ferramenta gerencial, através de informações que permitam o planejamento, o controle e a tomada de decisão acompanhando assim a evolução do setor quanto à administração financeira, controle de custos e comparação de resultados. Segundo Iribarrem (2007), as propriedades rurais que não têm controle dos seus custos e orçamentos apresentam certos riscos, dentre eles: desconhecimento do resultado do negócio, aumento ou diminuição das atividades exploradas, investimentos desnecessários, facilidade de endividar-se e perda de ganhos obtidos por produtividade. Entre os elementos que criam a necessidade de reestruturação na gestão da propriedade, há o alto endividamento, descapitalização, aumento do custo financeiro, margens de lucros declinantes, escassez ou aumento dos custos dos insumos e serviços e falta de crédito. Crepaldi (2004), descreve a finalidade da contabilidade rural como a de: Orientar as operações agrícolas e pecuárias; medir e controlar o desempenho econômico financeiro da empresa e de cada atividade produtiva; apoiar as tomadas de decisões no planejamento da produção, das vendas e investimentos; auxiliar nas projeções de fluxos de caixas; permitir comparações à performance da empresa com outras; conduzir as despesas pessoais do proprietário e de sua família; justificar a liquidez e a capacidade de pagamento junto aos credores; servir de base para seguros, arrendamentos e outros contratos e gerar informações para a Declaração do Imposto de Renda. Para Ludícibus (1980), Dentre as várias aplicações, a contabilidade de custos fornece informações contábeis e financeiras para a decisão entre cursos de ação alternativos onde afirma que este tipo de decisão requer informações contábeis que não são facilmente encontradas nos registros da contabilidade financeira. Na melhor das hipóteses, para obter tais informações é necessário que um esforço extra de 4 classificação, agregação e refinamento seja aplicado para que elas possam ser utilizadas em tais decisões. Segundo Leone (1987), a contabilidade de custos pode ser conceituada como o ramo da função financeira que acumula, organiza, analisa e interpreta os custos dos produtos, dos estoques, dos componentes da organização, dos planos operacionais e das atividades de distribuição para determinar o lucro, para controlar as operações e para auxiliar o administrador no processo de tomada de decisões e de planejamento. Para Lawrence (1975), contabilidade de custos é o processo de usar os princípios da contabilidade geral para registrar os custos de operação de um negócio de tal maneira que, com os dados de produção e das vendas, torne-se possível à administração utilizar as contas para estabelecer os custos de produção e distribuição, tanto por unidade como pelo total, para um ou para todos os produtos fabricados ou serviços prestados e os cinco custos das outras diversas funções do negócio com a finalidade de obter operação
  • 9. Ab Origine – Cesut em Revista. V. 2, N. 25, jul/dez 2017 ISSN 2595-928X (on-line) 312 eficiente, econômica e lucrativa. 2.4 Planejamento do diagnóstico na empresa rural O planejamento oportuniza que as empresas adotem um comportamento pró-ativo em relação ao futuro, contribuindo para a melhoria da produtividade, da qualidade e dos resultados financeiros. Segundo Oliveira (1995), o planejamento tem influência direta na qualidade das decisões tomadas pelas empresas; é um processo de estabelecimento de um estado futuro almejado e um delineamento dos meios efetivos de torná-lo realidade. Para Tiffany (1999), planejar é uma estratégia para sobreviver, é uma forma de se adiantar e enfrentar os fatos desconhecidos e incertos, é uma estratégia para aumentar as chances de sucesso em um mundo de negócios que muda constantemente. O produtor rural também observa o monitoramento da complexidade que a área rural traz, procurando ter uma visão sistêmica da atividade desenvolvida, tomando cuidado com a elaboração de estratégias para defenderem-se das ameaças e saber aproveitar as oportunidades. Trata-se de uma análise do ambiente externo à empresa, ou seja, das condições externas que rodeiam a empresa e que lhe impõem desafios e oportunidades. A análise externa envolve os mercados abrangidos pela empresa, características atuais e tendências futuras, oportunidades e perspectivas; a concorrência ou competição, isto é, empresas que atuam no mercado, disputando os mesmos clientes, consumidores ou recursos; a conjuntura econômica, tendências políticas, sociais, culturais, legais etc., que afetam a sociedade e todas as demais empresas. 2.5 Sistemas de gestão de custos Uma boa gestão de custos tem o objetivo de maximizar os lucros, obtendo assim uma conquista e uma estratégia competitiva para levar uma empresa ou propriedade rural a crescer cada vez mais. A gestão de custos pode ser utilizada como um importante instrumento gerencial na condução dos negócios para uma melhor compreensão. Ela é de extrema importância no processo de tomada de decisão através de dados obtidos em uma produção. Para obter a renda agrícola, utilizaram-se os dados da receita de cada um dos produtos, a análise de produtividade do solo, o cálculo de fatores de produção como: custo operacional efetivo (COE), custo operacional total (COT), e custo total (CT), análise dos indicadores de resultados de cada produção mostrando a receita líquida (RL) e receita bruta (RB), margem bruta e líquida (RB – COE) , resultando o lucro total (LT), (RB – CT). 3.0 Estudo de caso: O uso do sistema de gestão na propriedade A propriedade analisada caracteriza-se como pertencente à agricultura comercial. Nela, os proprietários, pai e filho, juntamente com seus colaboradores, são responsáveis pelas atividades agrícolas.
  • 10. Ab Origine – Cesut em Revista. V. 2, N. 25, jul/dez 2017 ISSN 2595-928X (on-line) 313 A propriedade localiza-se no município de Serranópolis (GO). Sua área total é de 1109 há; a área agricultável é de 1000 ha, sendo a área de reserva legal é de 109 ha, e 500 hectares arrendados de terceiros. As principais atividades agropecuárias desenvolvidas, por grau de importância econômica, são: produção de soja (safra de verão) do período de planta e colheita entre outubro a março, e milho (safrinha de inverno) período de planta e colheita entre fevereiro a julho, e produção de subsistência como suinocultura e avicultura. O desenvolvimento de todos os processos na propriedade de agricultores é complexo devido à interação das necessidades dos funcionários que fazem parte do desenvolvimento da produção (estilo de vida dos colaboradores), com os requisitos e exigências do negócio (objetivos comerciais). Além disso, trata-se de um ambiente permeado de mudanças e incertezas de mercado e de fatores climáticos, em que são necessárias informações precisas e prontamente disponíveis para a realização dos processos de decisão. Quando questionado quanto ao desenvolvimento de suas atividades, pode-se dizer que o “dentro da porteira” o agricultor conhece muito bem, pois vive isso em sua prática e cultura diária, porém as relações “antes e depois da porteira” são mais complexas e de difícil desenvolvimento por parte do agricultor. No “Antes da porteira” da propriedade, neste segmento, evidencia-se a grande necessidade de insumos, como contratação de mão de obra, serviços de mecanização terceirizados, compra de sementes, adubos, medicamentos e agrotóxicos. Além disso, necessita-se de assistência técnica para o acompanhamento da produção. Quanto à assistência técnica, o proprietário busca comunicação de conhecimentos próprios e/ou com amigos e conhecidos, em busca de novas tecnologias que o ajudem nas suas atividades. Também recebe informações da empresa fornecedora dos insumos. O produtor estabelece metas evidentes. Elabora projetos para execução das atividades a serem desempenhadas. E em tomada de decisões evidencia seus projetos a partir de seus próprios conhecimentos. O “Dentro da porteira” da propriedade possui dois produtos para a comercialização, e também dois produtos para a subsistência, citados anteriormente. Verificou-se que não possui escala variável de produção, ficando, portanto, à mercê dos preços de seus produtos pagos pelo mercado. Apesar do controle da produção ser estável, mesmo assim há necessidade de avaliar com precisão a oscilação de preços de mercado que ocorre ao longo de cada época de comercialização do ano, impactando diretamente sua receita média. O produtor tem controle sobre a média do que é vendido a cada safra, mas precisa
  • 11. Ab Origine – Cesut em Revista. V. 2, N. 25, jul/dez 2017 ISSN 2595-928X (on-line) 314 analisar com eficiência o custo de produção, despesas e depreciação, evitando perdas significativas, pois há um grande risco de oscilação na comercialização dos produtos. 3.1 Planos de coleta de dados A coleta de dados do estudo foi necessária para a elaboração do Trabalho de Conclusão de Curso. As informações foram coletadas por meio de entrevistas estruturadas com os proprietários, com o contador responsável, e com o setor financeiro da Cooperativa Agroindustrial dos Produtores Rurais do Sudoeste Goiano – COMIGO, buscando dados necessários para o diagnóstico da propriedade. Essas informações foram bastante significativas, dando estrutura para a realização do estudo. Informações também foram levantadas a partir da observação dos participantes. 3.2 Análise de rentabilidade da propriedade Segundo um dos produtores, apesar das dificuldades de organização, eles estão bem satisfeitos com o resultado das produções. Eles pretendem, a cada safra, organizar através desse sistema de planilhas o passo a passo do que é necessário para a produtividade e a lucratividade do produto. Um dos proprietários mencionou que o próximo projeto é fazer a integração lavoura-pecuária na propriedade. Com essa implementação, qualquer problema que surgir com a agricultura ou pecuária, uma produção pode ser equilibrada à outra. Diante disso, pode-se dizer que a técnica de gestão empregada pelos agricultores é viável, porém necessita de uma gestão administrativa eficiente para o acompanhamento mensal dos dados. Quanto à tomada de decisão da propriedade, observa-se que o agricultor procura realizar de forma mais precisa possível, utilizando-se do maior número de informações, as quais tem acesso. 3.3 Fluxogramas de produção A seguir, pode-se verificar como ocorre a produção da soja e do milho na propriedade em estudo, através dos fluxogramas. 3.3.1 Processo de produção da cultura da soja
  • 12. Ab Origine – Cesut em Revista. V. 2, N. 25, jul/dez 2017 ISSN 2595-928X (on-line) 315 Figura 1: Fluxograma da Produção da Soja 3.3.2 Processo de produção da cultura do milho Figura 2: Fluxograma da Produção do Milho. 3.4 TABELAS REFERENTES AOS DADOS PARA O DIAGNÓSTICO TABELA 1 - Informações gerais da propriedade
  • 13. Ab Origine – Cesut em Revista. V. 2, N. 25, jul/dez 2017 ISSN 2595-928X (on-line) 316 TABELA 2- Construções e benfeitorias TABELA 3 - Máquinas Agrícolas
  • 14. Ab Origine – Cesut em Revista. V. 2, N. 25, jul/dez 2017 ISSN 2595-928X (on-line) 317 TABELA 4- Implementos e equipamentos Tabela 4.1- Implementos e equipamentos TABELA 5 – Insumos soja PRÉ-PLANTIO
  • 15. Ab Origine – Cesut em Revista. V. 2, N. 25, jul/dez 2017 ISSN 2595-928X (on-line) 318 TABELA 6 - Insumos soja- PLANTIO TABELA 7 - Insumos milho safrinha- PRÉ PLANTIO TABELA 8- Insumos milho safrinha- PLANTIO
  • 16. Ab Origine – Cesut em Revista. V. 2, N. 25, jul/dez 2017 ISSN 2595-928X (on-line) 319 TABELA 9 - Mão de obra permanente TABELA 10 - Mão de obra temporária
  • 17. Ab Origine – Cesut em Revista. V. 2, N. 25, jul/dez 2017 ISSN 2595-928X (on-line) 320 TABELA 11- Renumeração dos produtores rurais Tabela 12 - Custos gerais
  • 18. Ab Origine – Cesut em Revista. V. 2, N. 25, jul/dez 2017 ISSN 2595-928X (on-line) 321 Tabela 13- Síntese dos custos e análise de rentabilidade TABELA 14- Produtividade TABELA 15- Custo operacional total
  • 19. Ab Origine – Cesut em Revista. V. 2, N. 25, jul/dez 2017 ISSN 2595-928X (on-line) 322 TABELA 16- Custo total TABELA 17- Indicadores de resultados TABELA 18- Análise soja
  • 20. Ab Origine – Cesut em Revista. V. 2, N. 25, jul/dez 2017 ISSN 2595-928X (on-line) 323 TABELA 19- Análise milho safrinha 3.5 Técnicas de viabilidade econômica utilizadas para a conclusão de resultados De acordo com Kuhen e Bauer (2001): O conceito de análise de investimento pode hoje ser um conjunto de técnicas que permitem a comparação entre resultados de tomada de decisões referentes a alternativas diferentes de uma maneira científica. 3.5.1 Taxa interna de retorno (TIR) O indicador obtido com o cálculo da TIR serve para analisar a alternativa de risco e retorno. Segundo Souza e Clemente (2009), na dimensão retorno ela pode ser interpretada como um limite superior para a rentabilidade de um projeto de investimento. 3.5.2 Valor presente líquido (VPL) Para Souza e Clemente (2009), o valor presente líquido é a concentração de todos os valores esperados de um fluxo de caixa na data zero. O autor afirma ainda que o VPL, com certeza, é a técnica robusta de análise de investimento mais conhecida e mais utilizada. Quanto aos ganhos e retornos do projeto, Gitman (1992), afirma que os ganhos de um projeto podem ser representados tanto por entradas de caixa, quanto por economia obtida em função da implantação, por isso vale avaliar o custo benefício do projeto de investimento. 3.6 Tabelas referentes às técnicas de análises de viabilidade econômicas
  • 21. Ab Origine – Cesut em Revista. V. 2, N. 25, jul/dez 2017 ISSN 2595-928X (on-line) 324 TABELA 20- PROJETO EM 10 ANOS DE CULTURA NA PROPRIEDADE Item Ano Ano 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Entradas: 6490000 6490000 6490000 6490000 6490000 6490000 6490000 6490000 6490000 6490000 Venda de milho 2640000 2640000 2640000 2640000 2640000 2640000 2640000 2640000 2640000 2640000 Venda de soja 3850000 3850000 3850000 3850000 3850000 3850000 3850000 3850000 3850000 3850000 Saídas: 16240220 4899454 4342371 4342371 4342371 4342371 4342371 4342371 4342371 4342371 4342371 Investimentos 16240220 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Benfeitorias 310000 Maquin.& Equipamentos 395220 Terra 15225000 Casa Funcionário 120000 Casa sede 60000 Galpão 52000 Galpão de máquinas 78000 Gastos operacionais 4899454 4342371 4342371 4342371 4342371 4342371 4342371 4342371 4342371 4342371 Mão de obra temporária 6000 6000 6000 6000 6000 6000 6000 6000 6000 6000 Mao-de-obra permanente 339119 339119 339119 339119 339119 339119 339119 339119 339119 339119 Remuneração dos produtores 201.192 201.192 201.192 201.192 201.192 201.192 201.192 201.192 201.192 201.192 Insumos soja pré-plantio 205082 205082 205082 205082 205082 205082 205082 205082 205082 205082 Insumos soja plantio 1772025 1772025 1772025 1772025 1772025 1772025 1772025 1772025 1772025 1772025 Insumos milho pré-plantio 5586 5586 5586 5586 5586 5586 5586 5586 5586 5586 Insumos milho plantio 792622 792622 792622 792622 792622 792622 792622 792622 792622 792622 Impostos 4132 4132 4132 4132 4132 4132 4132 4132 4132 4132 Analise de solo e foliar 157 157 157 157 157 157 157 157 157 157 custos gerais 55549 55549 55549 55549 55549 55549 55549 55549 55549 55549 Custo hora/máquina 594920 37837 37837 37837 37837 37837 37837 37837 37837 37837 Custo total hora-equip./implem. 246690 246690 246690 246690 246690 246690 246690 246690 246690 246690 Arrendamento 270000 270000 270000 270000 270000 270000 270000 270000 270000 270000 Depreciação 406380 406380 406380 406380 406380 406380 406380 406380 406380 406380 Receitas Líquidas -16240220 1590546 2147629 2147629 2147629 2147629 2147629 2147629 2147629 2147629 2147629 V.P.L.= (R$ 4.603.033,86) T.I.R.= 4,77%
  • 22. Ab Origine – Cesut em Revista. V. 2, N. 25, jul/dez 2017 ISSN 2595-928X (on-line) 325 TABELA 21- PROJETO EM 20 ANOS DE CULTURA NA PROPRIEDADE 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 6490000 6490000 6490000 6490000 6490000 6490000 6490000 6490000 6490000 6490000 2640000 2640000 2640000 2640000 2640000 2640000 2640000 2640000 2640000 2640000 3850000 3850000 3850000 3850000 3850000 3850000 3850000 3850000 3850000 3850000 4342371 4342371 4342371 4342371 4342371 4342371 4342371 4342371 4342371 4342371 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4342371 4342371 4342371 4342371 4342371 4342371 4342371 4342371 4342371 4342371 6000 6000 6000 6000 6000 6000 6000 6000 6000 6000 339119 339119 339119 339119 339119 339119 339119 339119 339119 339119 201.192,00 201.192,00 201.192,00 201.192,00 201.192,00 201.192,00 201.192,00 201.192,00 201.192,00 201.192,00 205082 205082 205082 205082 205082 205082 205082 205082 205082 205082 1772025 1772025 1772025 1772025 1772025 1772025 1772025 1772025 1772025 1772025 5586 5586 5586 5586 5586 5586 5586 5586 5586 5586 792622 792622 792622 792622 792622 792622 792622 792622 792622 792622 4132 4132 4132 4132 4132 4132 4132 4132 4132 4132 157 157 157 157 157 157 157 157 157 157 55549 55549 55549 55549 55549 55549 55549 55549 55549 55549 37837 37837 37837 37837 37837 37837 37837 37837 37837 37837 246690 246690 246690 246690 246690 246690 246690 246690 246690 246690 270000 270000 270000 270000 270000 270000 270000 270000 270000 270000 406380 406380 406380 406380 406380 406380 406380 406380 406380 406380 2147629 2147629 2147629 2147629 2147629 2147629 2147629 2147629 2147629 2147629 V.P.L. = -R$ 696.023,39 T.I.R= 11,33% TABELA 22- PROJETO EM 30 ANOS DE CULTURA NA PROPRIEDADE 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 6490000 6490000 6490000 6490000 6490000 6490000 6490000 6490000 6490000 6490000 2640000 2640000 2640000 2640000 2640000 2640000 2640000 2640000 2640000 2640000 3850000 3850000 3850000 3850000 3850000 3850000 3850000 3850000 3850000 3850000 4342371 4342371 4342371 4342371 4342371 4342371 4342371 4342371 4342371 4342371 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4342371 4342371 4342371 4342371 4342371 4342371 4342371 4342371 4342371 4342371 6000 6000 6000 6000 6000 6000 6000 6000 6000 6000 339119 339119 339119 339119 339119 339119 339119 339119 339119 339119 201.192,00 201.192,00 201.192,00 201.192,00 201.192,00 201.192,00 201.192,00 201.192,00 201.192,00 201.192,00 205082 205082 205082 205082 205082 205082 205082 205082 205082 205082 1772025 1772025 1772025 1772025 1772025 1772025 1772025 1772025 1772025 1772025 5586 5586 5586 5586 5586 5586 5586 5586 5586 5586 792622 792622 792622 792622 792622 792622 792622 792622 792622 792622 4132 4132 4132 4132 4132 4132 4132 4132 4132 4132 157 157 157 157 157 157 157 157 157 157 55549 55549 55549 55549 55549 55549 55549 55549 55549 55549 37837 37837 37837 37837 37837 37837 37837 37837 37837 37837 246690 246690 246690 246690 246690 246690 246690 246690 246690 246690 270000 270000 270000 270000 270000 270000 270000 270000 270000 270000 406380 406380 406380 406380 406380 406380 406380 406380 406380 406380 2147629 2147629 2147629 2147629 2147629 2147629 2147629 2147629 2147629 2147629 V.P.L.= R$ 561.929,42 T.I.R.= 12,45%
  • 23. Ab Origine – Cesut em Revista. V. 2, N. 25, jul/dez 2017 ISSN 2595-928X (on-line) 326 CONSIDERAÇÕES FINAIS Este trabalho foi desenvolvido em uma propriedade rural - Fazenda São Jorge, município de Serranópolis – GO, realizando-se um estudo de caso, observando os dados financeiros e a viabilidade econômica da atividade de produção soja/safra e milho/safrinha do ano 2016/2017, com dados atualizados. Esse trabalho foi constituído por base teórica, buscando confrontar teoria e prática, também um estudo por meio de dados de análise utilizando uma planilha - Projeto Campo Futuro - Gestão de custos e riscos para produtores rurais, fornecida pelo SENAR. Através do estudo e dos resultados encontrados, percebe-se que a propriedade rural tem uma atividade lucrativa. Com o produto soja/safra apurou-se um total de R$5,31/SC/ha, evidenciando um lucro total de R$ 371.700, 00 e no produto milho/safrinha foi apurado um lucro total de R$ 4,59/SC/ha, com o lucro total de R$ 550.800. A partir dos resultados das análises de viabilidade econômica, percebe-se que o retorno de investimento começou a ser viável a partir do vigésimo ano de cultura na propriedade, concluindo assim que a agricultura é uma atividade de grande risco como uma situação em que há probabilidade mais ou menos previsível de perda ou ganho, ou seja, o risco é um evento incerto, mas esperável. Observa-se que, embora o produtor não utilizasse sistema de planilhas para o controle de custos, mantinha as contas em dia; a utilização das planilhas, entretanto, facilitou a apuração dos resultados, possibilitando agilidade nos processos e maior embasamento para a tomada de decisão quanto à manutenção da produção e também para investimentos futuros. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANTUNES, Luciano Médici. Manual de administração rural: custos de produção. Guaíba: agropecuária, 1999. AZER, Adriano Marques. Tempos Modernos da Administração Rural. Disponível em: <http://www.fucamp.com.br/nova/revista/revista0609.pdf>. Acesso em: 12 maio. 2009. CALLADO, Aldo Leonardo Cunha. Custos no processo de tomada de decisão em empresas rurais. Disponível em: http://www.sebrae.gov.br/ . Acesso em: 02 jun. 2007. COUTO, F.A.A. e MONTEIRO, J. A de. O cluster de grãos na região de Rio Verde no Sudoeste de Goiás. In HADDAD, P.R. (Org.). A competitividade do agronegócio e o desenvolvimento regional no Brasil – Estudos de clusters. Brasília, CNPq/Embrapa, 1999. CREPALDI, Silvio Aparecido. Contabilidade Gerencial. Teoria e Prática. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2007. . Contabilidade rural: uma abordagem decisorial. São Paulo: Atlas, 2005. . Auditoria contábil: Teoria e prática. São Paulo: Atlas, 2004. FONSECA, João José Saraiva. Metodologia da pesquisa científica. Fortaleza: UEC, 2002. .
  • 24. Ab Origine – Cesut em Revista. V. 2, N. 25, jul/dez 2017 ISSN 2595-928X (on-line) 327 FUNDAÇÃO Instituto Brasileiro de Geografia Estatística. Indicadores da Produção Agroindustrial 1990/2001. Rio de Janeiro: IBGE, 2000. GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projeto de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas 2008. GUIMARÃES, M. C.; BRISOLA, M. V. Teoria motivacional de Maslow e sua aplicação à empresa rural. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ADMINISTRAÇÃO RURAL, 4., GITMAN, LAWRENCE. Princípios da administração financeira. São Paulo: Qualitymark, 1992. Goiânia, 2001. Anais. Goiânia: ABAR, 2001. CDROM. HOFFMANN, Rodolfo. Administração da Empresa Agrícola. São Paulo: Pioneira, 1987. IRIBARREM, Cilotér Clovis. Gestão da propriedade rural.. Disponível em: http://www.safrasecifras.com.br/ Acesso em: 20 abr. 2007. IUDÍCIBUS, Sérgio. Contabilidade Gerencial. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1980. KUHEN, Osmar Leonardo, BAUER, Udibert Reinoldo. Matemática financeira aplicada e análise de investimentos. 3. ed. – São Paulo: Atlas, 2001. LACKI, P. Rentabilidade na agricultura: com mais subsídios ou com mais profissionalismo? In: CONGRESSO BRASILEIRO DAS RAÇAS ZEBUÍNAS, 4., Uberaba, 2000. Anais... Uberaba: ABCZ, 2000. p. 167-174. LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos da metodologia científica. São Paulo: Atlas, 2003. LAWRENCE, W. B. Contabilidade de Custos. 4. ed. São Paulo: IBRASA, 1975. LEONE, George S. Guerra. Custos: Um enfoque administrativo. Rio de Janeiro: FGV, 1987. MINTZBERG, H.; AHLSTRAND, B.; LAMPEL, J. Safári de Estratégia: um roteiro pela selva do planejamento estratégico. Porto Alegre: Bookman, 2000. MIRANDA, Patrícia. Contabilidade: fator de desenvolvimento do Agronegócio. Disponível em: http://www.paginarural.com.br/ .Acesso em: 20 abr. 2007. OLIVEIRA, D. de P. R. de. Excelência na administração estratégica: a competitividade para administrar o futuro das empresas. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1995. PROJETO CAMPO FUTURO- Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) em parceria com universidades e centros de pesquisas SALAZAR, G. T. Administração geral: teorias da gerência e teoria das organizações. Lavras: UFLA/FAEP, 1999. TIFFANY, Paul; PETERSON, Steven D. Planejamento Estratégico. 6. ed. Rio de Janeiro: Campus, 1999. SILVA, Roni Antônio Garcia Da. Administração Rural: teoria e prática. Curitiba: Juruá, 2013. SOUZA, A.; CLEMENTE, A. Decisões Financeiras e Análise de Investimentos: Fundamentos, técnicas e aplicações. 6 ed. 186 p. São Paulo: Atlas, 2009 YIN, Robert K. Estudo de caso - design e métodos. Sage Publications Inc., USA, 1989. SANTOS, G. J; MARION, J. C.; SEGATTI, S. Administração de custos na agropecuária. - 3. ed.- São Paulo: Atlas: 2002.