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Resenha do texto: ”Jornalistas Americanos” de Luis Fernando Veríssimo.
                            (O Globo on line, 20-05-04)


Veríssimo inicia o texto enfatizando que o Brasil é constantemente descrito de maneira
preconceituosa e reduzido a temas como fé religiosa, miscigenação racial, injustiças sociais e
futebol nas reportagens dos jornais.Enfatiza também, a desproporcionalidade da reação do
governo à matéria do “New York Times”, dizendo que, embora a matéria do correspondente do
“Times” tenha sido, sem dúvida, maldosa e com intenção de desmoralização, ela também é
costumeira, considerando que este não foi o primeiro nem será o último jornalista americano a
sucumbir aos esteriótipos latinos.
O autor também expõe o fato de que tal matéria, pela sua insignificância, deveria ter sido ignorada
e não disseminada internacionalmente como foi, desencadeando uma péssima repercussão na
mídia. E que a tentativa de expulsão do jornalista do País, apenas agravou ainda mais a situação.
O jornalista encerra o texto felicitando Seymour Hersh (jornalista americano) pela seriedade e
competência de seu trabalho elucidativo sobre alguns desastres americanos ( e nem por isso
corre o risco de ser expulso de lugar nenhum) . Reforçando, que este sim, realmente merece a
atenção de todos.
Em suma, este texto nos mostra, que a notícia foi maldosa e a reação estúpida, uma vez que o
estrago à imagem do presidente foi ainda maior diante da incapacidade do governo lidar com
crises e de antever as conseqüências das decisões que toma. Logo, o que era apenas leviandade
jornalística, transformou-se em um desastroso incidente internacional. O presidente de vítima
passou a ser tachado como intolerante e autoritário.Portanto, podemos dizer que nessa história de
confrontos, nós brasileiros fomos mais prejudicados do que causamos problemas para o New York
Times.

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Análise crítica da reação do governo brasileiro à matéria do New York Times sobre o Brasil

  • 1. Resenha do texto: ”Jornalistas Americanos” de Luis Fernando Veríssimo. (O Globo on line, 20-05-04) Veríssimo inicia o texto enfatizando que o Brasil é constantemente descrito de maneira preconceituosa e reduzido a temas como fé religiosa, miscigenação racial, injustiças sociais e futebol nas reportagens dos jornais.Enfatiza também, a desproporcionalidade da reação do governo à matéria do “New York Times”, dizendo que, embora a matéria do correspondente do “Times” tenha sido, sem dúvida, maldosa e com intenção de desmoralização, ela também é costumeira, considerando que este não foi o primeiro nem será o último jornalista americano a sucumbir aos esteriótipos latinos. O autor também expõe o fato de que tal matéria, pela sua insignificância, deveria ter sido ignorada e não disseminada internacionalmente como foi, desencadeando uma péssima repercussão na mídia. E que a tentativa de expulsão do jornalista do País, apenas agravou ainda mais a situação. O jornalista encerra o texto felicitando Seymour Hersh (jornalista americano) pela seriedade e competência de seu trabalho elucidativo sobre alguns desastres americanos ( e nem por isso corre o risco de ser expulso de lugar nenhum) . Reforçando, que este sim, realmente merece a atenção de todos. Em suma, este texto nos mostra, que a notícia foi maldosa e a reação estúpida, uma vez que o estrago à imagem do presidente foi ainda maior diante da incapacidade do governo lidar com crises e de antever as conseqüências das decisões que toma. Logo, o que era apenas leviandade jornalística, transformou-se em um desastroso incidente internacional. O presidente de vítima passou a ser tachado como intolerante e autoritário.Portanto, podemos dizer que nessa história de confrontos, nós brasileiros fomos mais prejudicados do que causamos problemas para o New York Times.