Este documento é um jornal da Filarmónica Recreativa Cortense que inclui artigos sobre o Dia da Espiga, uma tradição portuguesa, notícias da banda e informações sobre assinaturas do jornal.
1. Jornal da Filarmónica Recreativa Cortense
Ano V ♫ número 61 ♫ maio 2013 ♫ 0,50 pautas
Editorial
Pág.2
Publicidade
Pág.5
Reportagem
Dia da
Espiga
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Correio dos Leitores
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Notícias
F.R.C.
As notícias da
Banda.
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“A Clave”
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2. m
aio, é o mês em que se comemora,
entre outros, o dia do trabalhador,
dia da Ascensão, dia da Espiga, de Nª
Srª de Fátima e é o mês dedicado ao
coração.
Quanto ao Dia da Espiga damos-lhe a conhecer o
significado desta tradição e qual a simbologia de cada
elemento que compõe o ramo.
Confira tudo isto na nossa Reportagem.
Descontraiam, com os nossos Passatempos e enviem-nos
comentários, eventos, histórias, artigos, etc., que
gostassem de ver publicados para a secção do Correio
dos Leitores.
Nas Notícias da F.R.C., fique com um resumo das
atividades desenvolvidas e a desenvolver pela Filarmónica
Recreativa Cortense.
Boa leitura e… até junho!
Ficha Técnica:
Diretor: Alexandre Barata
Redação: Alexandre Barata, Adriano Esteves
Colaboradores: Samuel Barata, Carolina Pontífice,
Mafalda Santos, Rute Esteves, Flávio Inácio
Edição: Filarmónica Recreativa Cortense
Tiragem: 75 exemplares
Distribuição: Filarmónica Recreativa Cortense
Apoio: IPDJ – Instituto Português do Desporto e da Juventude, I.P.
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3. Dia da espiga
O Dia da espiga ou Quinta-feira da espiga é uma celebração portuguesa que ocorre no dia da
Quinta-feira da Ascensão.
Mas, se atualmente poucas são as pessoas que
ainda vão ao campo nessa quinta-feira,
abandonando as suas obrigações, para apanhar
a espiga, ou que se deslocam às igrejas para
participar nos preceitos religiosos próprios da
data, tempos houve em que, de norte a sul do
país, esta foi uma data faustosa, das mais
festivas do ano, repleta de cerimónias sagradas
e profanas, que em muitas zonas implicava
mesmo a paragem laboral. A antiga expressão
“no Dia da Ascensão nem os passarinhos bolem
nos ninhos” deriva dessa tradição.
A origem gaudiosa deste dia é, contudo, muito
anterior à era cristã. Este dia é um herdeiro
direto de rituais gentios, realizados durante
séculos, por todo o mundo mediterrâneo, em que grandiosos festivais, de intensos cantares e
danças, celebravam a Primavera e consagravam a natureza.
Para os povos arcaicos, esta data, tal como todos os momentos de transição, era mágica e de
sublime importância. Nela se exortava o eclodir da vida vegetal e animal, após a letargia dos
meses frios, e a esperança nas novas colheitas.
A Igreja de Roma, à semelhança do que fez com outras festas ancestrais pagãs, cristianiza depois
a data e esta atravessa os tempos com uma dupla interpretação: como Quinta-feira de Ascensão,
para os cristãos, assinalando, como o nome indica, a ascensão de Jesus ao Céu, ao fim de 40
dias; e como Dia da Espiga, ou Quinta-feira da Espiga, esta traduzindo aspetos e crenças não
religiosos, mas exclusivos da esfera agrícola e familiar.
O Dia da Espiga é então o dia em que as pessoas vão ao campo apanhar a espiga, a qual não é
apenas um viçoso ramo de várias plantas - cuja composição, número e significado de cada uma,
varia de região para região –, guardado durante um ano, mas é também um poderoso e
multifacetado amuleto, que é pendurado, por norma, na parede da cozinha ou da sala, para
trazer a abundância, a alegria, a saúde e a sorte. Em muitas terras, quando faz trovoada, por
exemplo, arde-se à lareira um dos pés do ramo da espiga para afastar a tormenta.
Não obstante as variações locais, de um modo geral, o ramo de espiga é composto por pés de
trigo e de outros cereais, como centeio, cevada ou aveia, de oliveira, videira, papoilas,
malmequeres ou outras flores campestres.
Cada elemento simboliza um desejo:
- A espiga = que haja pão (isto é, que nunca falte comida, que haja
abundância em cada lar)
- O ramo de folhas de oliveira = que haja paz (lembra-te que a pomba
da paz traz no bico um ramo de oliveira) e que nunca falte a luz (divina).
(Dantes as pessoas alumiavam-se com lamparinas de azeite, e o azeite
faz-se com as azeitonas, que são o fruto da oliveira.)
- Flores (malmequeres, papoilas, etc.) = que haja alegria (simbolizada
pela cor das flores - o malmequer ainda «traz» ouro e prata, a papoila
«traz» amor e vida e o alecrim «traz» saúde e força)
Além destas associações basilares ao pão e ao azeite, a espiga surge também conotada com o
leite, com as proibições do trabalho e ainda com o poder da Hora, isto é, com o período de tempo
que decorre entre o meio-dia e a uma hora da tarde, tomando mesmo, nalguns sítios do país a
designação de Dia da Hora. Nas localidades em que assim é entendida esta quinta-feira, acreditase que neste período do dia se manifestam os mais sagrados e encantatórios poderes da data e
nas igrejas realiza-se um serviço religioso de Adoração, após o qual toca o sino. Diz a voz popular
que nessa hora “as águas dos ribeiros não correm, o leite não coalha, o pão não leveda e até as
folhas se cruzam”. Nalgumas povoações era também do meio-dia à uma que se colhia a espiga.
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4. Noutras regiões ainda, esta data é dedicada ao cerimonial do leite. Na aldeia da Esperança, no
concelho de Arronches, este é aliás o “Dia do Leite” e os produtores de queijo ordenham o seu
gado e oferecem o leite a quem o quiser. Também em Guimarães, e em muitas freguesias do
concelho de Pinhel, o leite ordenhado neste dia é oferecido ao pároco. Em Santa Eulália, no
concelho de Elvas, esse leite é dado aos pobres, acreditando-se assim que a sarna não atingirá as
cabras.
Nas zonas onde esta data é associada à abstenção laboral, cessam-se muitas atividades como a
cozedura do pão ou a realização de negócios. Na Lousada, em Penafiel, não se cose nem se
remenda e há quem deixe comida feita de véspera para não ter de cozinhar neste dia.
No que diz respeito ao sul do país, e sobretudo na atualidade, a maioria das tradições do Dia de
Espiga resume-se à apanha do ramo da espiga, ao qual, em muitos sítios, se adiciona também
uma fatia de pão, para que durante todo o ano não falte este alimento em casa.
A Quinta-feira da Ascensão é uma festa religiosa católica. Há
locais onde é mesmo um dia feriado.
Celebra a ascensão de Jesus ao Céu, depois de ter sido
crucificado e de ter ressuscitado (A Ressurreição é o que a
Páscoa celebra).
A história é esta:
Quarenta dias depois da Ressurreição, Jesus apareceu pela
última vez aos seus discípulos, em Jerusalém, e levou-os ao
Monte das Oliveiras.
Depois de lhes ter renovado a promessa do Espírito Santo,
ergueu as mãos ao céu e abençoou-os. Nesse instante começou
a elevar-se no ar e não tardou que uma nuvem o escondesse
dos olhos deles. Como estes continuaram a olhar o céu,
apareceram-lhes dois anjos a anunciar que Jesus voltaria do
mesmo modo que o viram subir.
Então os discípulos deixaram o Monte das Oliveiras e
regressaram a Jerusalém.
Este dia (a Ascensão) ocorre cerca de quarenta dias depois da Páscoa, e é sempre a uma
quinta-feira.
Este pequeno jornal é elaborado todos os meses no
intuito da “abertura” da FRC à comunidade
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são do Vosso agrado ou se gostavam que fossem
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propostas para temas que desejem ver abordados por este jornal, façam-no para
o correio eletrónico filarmonicacortense@iol.pt ou entreguem, a qualquer
elemento da Filarmónica Recreativa Cortense.
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6. Escola de Música FRC
Continua em funcionamento a Escola de Música
FRC.
Os alunos estão prestes a entrar numa nova fase
da sua aprendizagem.
Força e continuação de boa aprendizagem para
todos os alunos, é o que deseja a FRC.
Atuações efetuadas em maio:
1º de Maio (Dia do Trabalhador) - Tortosendo, 1 de maio
Festa de Nª Sr.ª Fátima - Cortes do Meio, 12 de maio.
Festa ao Santíssimo Sacramento - Peraboa, 19 de maio.
Atividades realizadas em maio:
Caminhada Noturna - Cortes do Meio, 24 maio (coorganização com o Grupo
D. R. C. Estrela de Cortes)
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