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Tele-Processamento e Redes
(Redes de Computadores)
Prof. Fábio Moreira Costa
Capítulo 1
Introdução
 Usos de redes de computadores e suas implicações
 Hardware de redes: visão geral
 LANs, MANs, WANs, PANs, SANs
 Tecnologias de interconexão (com fio, sem fio, broadcast)
 Software de redes: visão geral
 Protocolos de rede: hierarquias, camadas
 Serviços: interfaces, primitivas, com e sem conexão
 Modelos de referência: OSI, TCP/IP
 Exemplos de redes e serviços de comunicação
 Capítulo 1, Tanenbaum
2
Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG
Comentários Iniciais
 No princípio: computadores isolados, sem
comunicação
 Cenário intermediário: computadores
(mainframes) com terminais conectados a eles
através de linhas telefônicas ou canais
dedicados
 Relação mestre-escravo
 Atualmente: convergência das tecnologias de
computação e comunicações
 Conectividade em rede tornou-se a regra
3
Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG
Rede de Computadores
 Uma coleção interconectada de computadores
autônomos.
 Interconectividade: computadores capazes de
trocar informações
 Cabo de cobre, fibra ótica, micro-ondas, satélite, etc.
 Autonomia: computadores são independentes
entre si
 Nenhuma relação do tipo mestre-escravo: em geral, um
computadore não pode controlar outros na rede
4
Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG
Rede de Computadores (2)
5
[Coulouris,Dolimore&Kindberg, 2001]
Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG
intranet
ISP
desktop computer:
backbone
satellite link
server:

network link:



Redes vs. Sistemas Distribuídos
 Sistema Distribuído: mascara a existência de
múltiplos computadores autônomos
 Transparência: a rede se passa por um sistema
computacional unificado - um uniprocessador virtual
 O sistema operacional distribuído (ou middleware) se
encarrega dos problemas relativos à distribuição
 Rede de computadores: uso explícito dos recursos
na rede
 Ex.: login, acesso a arquivos remotos, disparo de
processos remotos, aspectos de localização
 Uma questão de software
6
Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG
Usos de Redes de
Computadores
 Em empresas
 compartilhamento de recursos
 elevada confiabilidade e disponibilidade
 economia - fator custo/desempenho
 meio de comunicação
 Indivíduos
 acesso a informações remotas
 meio de comunicação
 entretenimento
7
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Implicações Sociais
 Privacidade
 Segurança
 Sobrecarga de informações
 ex.: e-mail spams
 Facilidade de se publicar idéias
 mais quantidade do que qualidade
 Questões éticas
8
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Algumas Novas Aplicações
 Correio eletrônico
 Multimídia e Hipermídia distribuída
 Grupos de discussão
 Teleconferência
 Ensino à distância
 Comércio eletrônico
 Jogos interativos à distância
 TV interativa
9
Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG
Hardware de Redes
 Classificações de redes
 Redes de broadcast vs. ponto-a-ponto
 Área de cobertura da rede
 Redes locais (LAN)
 Redes metropolitanas (MAN)
 Redes de longa distância (WAN)
 Redes de área pessoa (PAN)
 Redes de área de sistema (SAN)
 Redes sem-fio vs. redes com fio
 Inter-redes (internetworks)
10
Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG
Redes de Broadcast (difusão)
 Todas as estações conectadas a um meio físico
compartilhado
 Mensagens (pacotes) enviados por uma
estação são vistas por todas as demais
 Endereçamento:
 para destinos específicos: unicasting
 Mensagens endereçadas para outras máquinas são
ignoradas
 para todas as estações: broadcasting
 para grupos de estações: multicasting
11
Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG
Redes ponto-a-ponto
 Conexões dedicadas interconectam pares de
estações
 Mensagens precisam passar por estações
intermediárias até chegar ao destino
 roteamento
 caminhos alternativos
 Em geral: unicasting
 Broadcasting/Multicasting: requer o envio de
múltiplas mensagens
12
Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG
Área de Cobertura de uma Rede
13
 0.1m: multiprocessadores, máquinas data flow
 1m: multicomputadores
 1-10m: redes de área de sistema (SAN), cluster,
redes de área pessoal (PAN)
 10-1000m: redes locais (LAN)
 10Km: redes metropolitanas (MAN)
 > 100Km: redes de longa distância (WAN),
redes globais (ex.: Internet)
Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG
Redes Locais (LAN)
 Área de cobertura limitada
 Dentro de uma área física
 Dentro de uma instituição
 Permite suposições sobre:
 atrasos de transmissão, padrões de uso
 Simplifica o projeto e gerenciamento
 Meios de transmissão
 Meios compartilhados (broadcast)
 Cabos de cobre, fibra ótica, rádio
14
Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG
Redes Locais (2)
 Desempenhos típicos
 Taxas de transmissão: 10Mbps – 1Gbps
 1 megabit = 1.000.000 bits (não 220 bits!)
 Atrasos de transmissão: da ordem de dezenas de
microssegundos
 Taxa de erros: 10-6 – 10-9
 Topologias
 Barramento
 Anel
15
Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG
Redes Locais (3)
16
Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG
Redes Locais (4)
 Controle de acesso ao meio
 Estático
 Reservar fatias de tempo fixas para cada estação
transmitir
 Dinâmico
 Centralizado: um nó central da rede dertermina qual
estação será a próxima a transmitir, com base em algum
algoritmo de alocação
 Descentralizado: cada estação decide quando transmitir ou
não
 Algoritmos (distribuídos) de controle de contenção
Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG 17
Redes Metropolitanas
 Versão ampliada de uma rede local
 Meio compartilhado, controle de acesso ao meio, etc
 Protocolos e estruturas especiais para lidar
com distâncias maiores
 Tipicamente sem elementos de chaveamento
 Uma única rede física (ex. um par de cabos)
 Atualmente:
 Tecnologias LAN / WAN têm ganhado terreno no
contexto de redes metropolitanas
Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG 18
Redes Metropolitanas (2)
 Exemplo clássico
 DQDB (Distributed Queue Dual Bus) – IEEE 802.6 MAN
Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG 19
Redes de Longa Distância (WAN)
 Extensão geográfica
 Dois tipos de hardware:
 Hosts: processamento de aplicação
 Estações de trabalho, sistemas terminais (end systems)
 Sub-Rede de comunicação (subnet): dedicada à condução
de mensagens entre hosts
 Linhas de comunicação (canais, circuitos, troncos)
 Elementos de comutação (chaveamento): computadores
especializados usados para interconectar duas ou mais linhas de
transmissão
 Ponto-a-ponto
Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG 20
WANs – Elementos de
Comutação
 Designações alternativas:
 nós de comutação de pacotes
 sistemas intermediários
 centrais de comutação de dados
 roteadores
 Recebem dados (pacotes) por meio de uma linha de
transmissão e os re-transmitem por meio de outra
 Roteamento de pacotes
 Host de origem  nós intermediários  host de destino
 Store-and-forward, comutação de pacotes
Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG 21
WANs – configuração típica
Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG 22
WANs – Topologias
Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG 23
Redes Sem Fio (wireless)
 Mobilidade + Conectividade
 Dispositivos móveis
 PDAs, notebooks, telefones celulares
 Aplicações móveis
 Escritório portátil, serviços de emergência, etc...
 Alternativa a redes com cabeamento
 Em edifícios antigos/históricos
 Distâncias variadas (tecnologias diferentes)
 poucos metros: LANs (802.11), PANs (Bluetooth)
 a alguns kilômetros: WANs (sitema móvel celular)
Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG 24
Redes Sem Fio (2)
 Taxas de transmissão mais baixas que em
redes com cabeamento
 2Mbps a 11Mbps tipicamente (até 54Mbps)
 Taxas de erros mais altas
 Interferência de sinal, caminhos múltiplos
 Problemas de segurança
Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG 25
Inter-Redes (Internetworking)
 Conectando redes independentes e
possivelmente incompatíveis para formar uma
teia de redes
 Gateways: resolvem as incompatibilidades (de
hardware e software) entre as redes
interconectadas
 Conversão de protocolos, tipos de serviço,
endereçamento, etc.
Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG 26
Interconexão de Redes
Gateway
Rede de
Interconexão
Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG 27
Software de Redes
 Hierarquias de protocolos e camadas
 Interfaces (entre camadas ajacentes) e
serviços
 Serviços orientados a conexão e sem conexão
 Primitivas de serviço
 Serviços Vs. Protocolos
Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG 28
Hierarquias de Protocolos
Objetivo: Estratificar
a rede em camadas,
de forma a simplificar
o
projeto/implementação
Uma camada utiliza
serviços da camada
inferior e oferece
serviços para a
camada superior
Camada n
Camada n-1
Requisita
serviço
Fornece
serviço
Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG 29
Hierarquias de Protocolos (2)
 Em cada máquina, o hardware/software de
redes é estruturado em camadas
 A camada n em uma máquina “conversa” com
a camada n em outra máquina
 Protocolo da camada n: acordo mútuo sobre como
a comunicação deve proceder (na camada n)
 Regras de formatação e tipos de pacotes, ordem dos
pacotes, etc.
 Detalhes de camadas inferiores são abstraídos
Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG 30
Hierarquias de Protocolos (3)
Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG 31
Hierarquias de Protocolos (4)
 Camadas adjacentes interagem
através de interfaces bem
definidas
 Operações e serviços que a camada
inferior oferece à camada superior
 Contribui para a independência entre
as implementações das camadas
 A implementação de uma camada pode
ser substituída por outra implementação
sem afetar as camadas adjacentes
 Desde que a interface seja preservada!
Camada n
Camada n-1
( )
Interface
Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG 32
Hierarquias de Protocolos (5)
 Arquitetura de rede:
 Conjunto de camadas e protocolos
 Pilha de protocolos
 Especificação completa para garantir a
interoperabilidade de implementações diferentes
com respeito ao protocolo de cada camada
 Não são parte da arquitetura:
 Detalhes de implementação
 Especificação das interfaces entre camadas
Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG 33
Hierarquias de Protocolos:
Uma Analogia
Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG 34
Hierarquia de Protocolos:
Fluxo de Informações
Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG 35
Camadas de Protocolos:
Aspectos de Projeto
 Identificação e endereçamento
 Transmissores e receptores
 Regras de transferência de dados
 Simplex
 Half-duplex
 Full-duplex
 Controle de erros de transmissão
 Protocolos para detecção e correção de erros
Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG 36
t1 t2
Camadas de Protocolos:
Aspectos de Projeto (2)
 Ordem das mensagens
 Numeração seqüencial
 Re-ordenação
 Controle de fluxo
 Protocolo de acknowledgement
 Fixar um limite à taxa de transmissão
 Tamanho das mensagens aceitas pela camada
 Quebra e re-montagem de mensagens longas
 Combinação e desmembramento de msgs. curtas
Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG 37
Camadas de Protocolos:
Aspectos de Projeto (3)
 Multiplexação
 Uso de uma mesma conexão para transmitir
múltiplas “conversações” entre processos diferentes
 Roteamento
 Definir o caminho pelo qual mensagens trafegarão
para atingir o destino
Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG 38
Interfaces e Serviços:
Terminologia
Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG 39
Interfaces e Serviços:
Terminologia
Entidade
da camada
n+1
Entidades
pares
n+1-PDU
IDU
ICI SDU
SDU’
n-PDU
SDU”
n-PDU
SDU
Interface
ICI
IDU
Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG 40
A camada n oferece um serviço à camada n+1
Serviços Orientados a Conexão
 Uma conexão precisa ser estabelecida antes
que mensagens individuais sejam transmitidas
 A conexão permanece aberta enquanto durar a
transmissão das mensagens (sessão)
 A conexão é fechada quando a sessão terminar
 Todas as mensagens transmitidas por uma
conexão estão sujeitas ao mesmo tratamento
 Propriedades da conexão, rota associada, etc.
 A ordem das mensagens é preservada
Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG 41
Serviços sem Conexão
 Cada mensagem individual
 é independente das demais
 contém o endereço completo do destino
 pode ser roteada por um caminho diferente
 A ordem das mensagens pode ser alterada
(incidentalmente)
 Às vezes chamado de serviço de datagrama
Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG 42
Qualidade de Serviço
 Confiabilidade
 nível de perda e/ou “embaralhamento” de
mensagens
 Serviços orientados a conexão são tipicamente
confiáveis neste sentido
 baseados em seqüências de mensagens
 baseados em fluxo de bytes
 overhead adicional para estabelecer a conexão
 garantia de alta confiabilidade: acknowledgement
 Embora nem toda aplicação possa aceitar o overhead
Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG 43
Qualidade de Serviço (2)
 Em serviços de datagrama (sem conexão)
 Tipicamente não confiáveis
 As mensagens têm uma boa probabilidade de serem
entregues ao destino, mas sem garantias
 Serviço de datagrama confiável: acknowledgement
 Em um nível mais elevado: request-reply
 Típico em sistemas cliente/servidor
Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG 44
A B
Tipos de Serviço: Resumo
Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG 45
Primitivas de Serviço
 Usadas pela entidade da camada n+1 para
determinar a ação de serviço a ser executada
pela entidade da camada provedora (n)
 Classificação das primitivas comuns
Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG 46
Primitiva Significado
Requisição Uma entidade requer que o serviço realize alguma tarefa
Indicação Uma entidade é informada sobre a ocorrência de um evento
Resposta Uma entidade quer responder a um evento (ou requisição)
Confirmação A resposta a uma requisição anterior foi recebida
Primitivas de Serviço - Exemplo
Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG 47
CONNECT.response
CONNECT.confirm
DATA.request
DATA.indication
DATA.request
DATA.indication
...
DATA.request
DATA.indication
DISCONNECT.request
DISCONNECT.indication
Computador 1 Computador 2
CONNECT.indication
CONNECT.request
Primitivas de Serviço: Visualização
em Camadas
CONNECT.response
CONNECT.confirm
DATA.request
DATA.indication
DATA.request
DATA.indication
...
DATA.request
DATA.indication
Computador 1 Computador 2
CONNECT.indication
CONNECT.request
camada n+1 camada n
DISCONNECT.request
DISCONNECT.indicatio
camada n
camada n+1
Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG 48
Primitivas de Serviços
1- CONNECT.request
2- CONNECT.indication
3- CONNECT.response
4- CONNECT.confirm
5- DATA.request
6- DATA.indication
3- DISCONNECT.request
4- DISCONNECT.indication
Legenda:
Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG 49
Serviços vs. Protocolos
 Serviço:
 Conjunto de primitivas que uma camada provê para a
camada imediatamente superior
 Definido pela interface entre as duas camadas
 Protocolo:
 Conjunto de regras governando o formato e o significado das
mensagens (ou quadros, ou pacotes) trocadas entre
entidades pares em uma mesma camada
 Relacionado com a implementação do serviço
 Dois conceitos distintos/independentes
Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG 50
Modelos de Referência
 OSI-RM
 TCP/IP
Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG 51
O Modelo de Referência OSI
 Padrão ISO (International Organization for
Standardization)
 Conexão de sistemas abertos
 Sistemas capazes de se comunicar utilizando
protocolos e serviços padrão (não-proprietários)
 Divide uma arquitetura de redes em camadas
 Sete camadas no total
 Valor histórico-didático atualmente
 Implementações não atingiram o mercado
Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG 52
O Modelo de Referência OSI
53
OSI: Princípios para definição
das camadas
 Cada camada define um nível de abstração diferente
 Cada camada realiza uma função bem definida
 Protocolos padronizados internacionalmente em cada camada
 Minimizar o fluxo de informações entre camadas
 Número de camadas
 Grande o suficiente para não misturar funções diferentes
 Pequeno o suficiente para não dificultar o projeto e implementação de
uma arquitetura de redes
 OSI-RM não define uma arquitetura de redes em si
 Apenas a funcionalidade associada a cada camada
 Padrões complementares da ISO: protocolos e serviços para as camadas
Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG 54
OSI: Camada Física
 Transmissão de bits “crus” em um canal de
comunicação
 Um bit transmitido como 1 deve ser recebido como 1 (e não
0) do outro lado do canal
 Níveis de voltagem para representar 1s e 0s
 Duração do sinal correspondente a cada bit
 Direcionalidade da transmissão   
 Estabelecimento e término de conexões
 Interface física
 Aspectos mecânicos, elétricos e procedurais
 Meio físico de transmissão
Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG 55
OSI: Camada de Enlace
 Prover um canal lógico de comunicação
 Livre de erros não detectados
 Estruturado
 Fluxo de dados é segmentado em quadros (frames) transmitidos
seqüencialmente
 Delimitadores de início e fim de quadros
 Padrões de bits especiais
 Com reconhecimento de quadros transmitidos/recebidos
 Quadros especiais de acknowledgement (ACK)
 Evitar a perda de quadros
Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG 56
Camada de Enlace: Problemas a
serem resolvidos
 Delimitação de quadros
 Perda e adulteração de quadros
 Detecção e correção de erros
 Retransmissão
 Duplicação de quadros retransmitidos
 Ex.: se o reconhecimento de um quadro for perdido
 Controle de fluxo
 Transmissão eficiente de quadros de ACK
 Piggybacking: ACKs pegam carona em quadros transmitidos no sentido
oposto ao dos quadros sendo reconhecidos
 Controle de acesso ao meio: Sub-camada MAC
Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG 57
OSI: Camada de Redes
 Controle da operação da sub-rede
 Roteamento
 Controle de congestionamento
 Contabilização de uso da rede (para efeitos de custo)
 Conexão de redes heterogêneas
 conversão de protocolos, endereços, etc.
Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG 58
OSI: Camada de Transporte
 Segmentação de mensagens
 Em unidades (pacotes) menores que possam ser
tratadas pela camada de redes
 Se necessário
Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG 59
Camada de
Transporte
Camada de
Redes
Mensagem
Pacotes
Camada de Transporte (2)
 Multiplexação de várias conexões de transporte
em uma única conexão da camada de redes (a)
 Uso de várias conexões em nível de rede para
transmitir uma única conexão de transporte (b)
Camada de Transporte
Camada de Redes
Camada de Transporte
Camada de Redes
(a) (b)
Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG 60
Camada de Transporte (3)
 Tipo de serviço provido à camada superior
 Conexão ponto-a-ponto confiável (livre de erros)
 Datagrama (mensagens isoladas), sem garantias de
ordenação
 Broadcast de mensagens para múltiplos destinos
 Controle de fluxo
Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG 61
Camada de Transporte (4)
 Comunicação fim-a-fim
 Entre processos localizados em máquinas diferentes
 Um nível adicional de endereçamento
Host A
Host B
Conexão de rede
Conexão de transporte
Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG 62

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Teleprocessamento de redes

  • 1. Tele-Processamento e Redes (Redes de Computadores) Prof. Fábio Moreira Costa Capítulo 1
  • 2. Introdução  Usos de redes de computadores e suas implicações  Hardware de redes: visão geral  LANs, MANs, WANs, PANs, SANs  Tecnologias de interconexão (com fio, sem fio, broadcast)  Software de redes: visão geral  Protocolos de rede: hierarquias, camadas  Serviços: interfaces, primitivas, com e sem conexão  Modelos de referência: OSI, TCP/IP  Exemplos de redes e serviços de comunicação  Capítulo 1, Tanenbaum 2 Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG
  • 3. Comentários Iniciais  No princípio: computadores isolados, sem comunicação  Cenário intermediário: computadores (mainframes) com terminais conectados a eles através de linhas telefônicas ou canais dedicados  Relação mestre-escravo  Atualmente: convergência das tecnologias de computação e comunicações  Conectividade em rede tornou-se a regra 3 Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG
  • 4. Rede de Computadores  Uma coleção interconectada de computadores autônomos.  Interconectividade: computadores capazes de trocar informações  Cabo de cobre, fibra ótica, micro-ondas, satélite, etc.  Autonomia: computadores são independentes entre si  Nenhuma relação do tipo mestre-escravo: em geral, um computadore não pode controlar outros na rede 4 Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG
  • 5. Rede de Computadores (2) 5 [Coulouris,Dolimore&Kindberg, 2001] Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG intranet ISP desktop computer: backbone satellite link server:  network link:   
  • 6. Redes vs. Sistemas Distribuídos  Sistema Distribuído: mascara a existência de múltiplos computadores autônomos  Transparência: a rede se passa por um sistema computacional unificado - um uniprocessador virtual  O sistema operacional distribuído (ou middleware) se encarrega dos problemas relativos à distribuição  Rede de computadores: uso explícito dos recursos na rede  Ex.: login, acesso a arquivos remotos, disparo de processos remotos, aspectos de localização  Uma questão de software 6 Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG
  • 7. Usos de Redes de Computadores  Em empresas  compartilhamento de recursos  elevada confiabilidade e disponibilidade  economia - fator custo/desempenho  meio de comunicação  Indivíduos  acesso a informações remotas  meio de comunicação  entretenimento 7 Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG
  • 8. Implicações Sociais  Privacidade  Segurança  Sobrecarga de informações  ex.: e-mail spams  Facilidade de se publicar idéias  mais quantidade do que qualidade  Questões éticas 8 Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG
  • 9. Algumas Novas Aplicações  Correio eletrônico  Multimídia e Hipermídia distribuída  Grupos de discussão  Teleconferência  Ensino à distância  Comércio eletrônico  Jogos interativos à distância  TV interativa 9 Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG
  • 10. Hardware de Redes  Classificações de redes  Redes de broadcast vs. ponto-a-ponto  Área de cobertura da rede  Redes locais (LAN)  Redes metropolitanas (MAN)  Redes de longa distância (WAN)  Redes de área pessoa (PAN)  Redes de área de sistema (SAN)  Redes sem-fio vs. redes com fio  Inter-redes (internetworks) 10 Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG
  • 11. Redes de Broadcast (difusão)  Todas as estações conectadas a um meio físico compartilhado  Mensagens (pacotes) enviados por uma estação são vistas por todas as demais  Endereçamento:  para destinos específicos: unicasting  Mensagens endereçadas para outras máquinas são ignoradas  para todas as estações: broadcasting  para grupos de estações: multicasting 11 Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG
  • 12. Redes ponto-a-ponto  Conexões dedicadas interconectam pares de estações  Mensagens precisam passar por estações intermediárias até chegar ao destino  roteamento  caminhos alternativos  Em geral: unicasting  Broadcasting/Multicasting: requer o envio de múltiplas mensagens 12 Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG
  • 13. Área de Cobertura de uma Rede 13  0.1m: multiprocessadores, máquinas data flow  1m: multicomputadores  1-10m: redes de área de sistema (SAN), cluster, redes de área pessoal (PAN)  10-1000m: redes locais (LAN)  10Km: redes metropolitanas (MAN)  > 100Km: redes de longa distância (WAN), redes globais (ex.: Internet) Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG
  • 14. Redes Locais (LAN)  Área de cobertura limitada  Dentro de uma área física  Dentro de uma instituição  Permite suposições sobre:  atrasos de transmissão, padrões de uso  Simplifica o projeto e gerenciamento  Meios de transmissão  Meios compartilhados (broadcast)  Cabos de cobre, fibra ótica, rádio 14 Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG
  • 15. Redes Locais (2)  Desempenhos típicos  Taxas de transmissão: 10Mbps – 1Gbps  1 megabit = 1.000.000 bits (não 220 bits!)  Atrasos de transmissão: da ordem de dezenas de microssegundos  Taxa de erros: 10-6 – 10-9  Topologias  Barramento  Anel 15 Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG
  • 16. Redes Locais (3) 16 Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG
  • 17. Redes Locais (4)  Controle de acesso ao meio  Estático  Reservar fatias de tempo fixas para cada estação transmitir  Dinâmico  Centralizado: um nó central da rede dertermina qual estação será a próxima a transmitir, com base em algum algoritmo de alocação  Descentralizado: cada estação decide quando transmitir ou não  Algoritmos (distribuídos) de controle de contenção Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG 17
  • 18. Redes Metropolitanas  Versão ampliada de uma rede local  Meio compartilhado, controle de acesso ao meio, etc  Protocolos e estruturas especiais para lidar com distâncias maiores  Tipicamente sem elementos de chaveamento  Uma única rede física (ex. um par de cabos)  Atualmente:  Tecnologias LAN / WAN têm ganhado terreno no contexto de redes metropolitanas Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG 18
  • 19. Redes Metropolitanas (2)  Exemplo clássico  DQDB (Distributed Queue Dual Bus) – IEEE 802.6 MAN Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG 19
  • 20. Redes de Longa Distância (WAN)  Extensão geográfica  Dois tipos de hardware:  Hosts: processamento de aplicação  Estações de trabalho, sistemas terminais (end systems)  Sub-Rede de comunicação (subnet): dedicada à condução de mensagens entre hosts  Linhas de comunicação (canais, circuitos, troncos)  Elementos de comutação (chaveamento): computadores especializados usados para interconectar duas ou mais linhas de transmissão  Ponto-a-ponto Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG 20
  • 21. WANs – Elementos de Comutação  Designações alternativas:  nós de comutação de pacotes  sistemas intermediários  centrais de comutação de dados  roteadores  Recebem dados (pacotes) por meio de uma linha de transmissão e os re-transmitem por meio de outra  Roteamento de pacotes  Host de origem  nós intermediários  host de destino  Store-and-forward, comutação de pacotes Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG 21
  • 22. WANs – configuração típica Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG 22
  • 23. WANs – Topologias Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG 23
  • 24. Redes Sem Fio (wireless)  Mobilidade + Conectividade  Dispositivos móveis  PDAs, notebooks, telefones celulares  Aplicações móveis  Escritório portátil, serviços de emergência, etc...  Alternativa a redes com cabeamento  Em edifícios antigos/históricos  Distâncias variadas (tecnologias diferentes)  poucos metros: LANs (802.11), PANs (Bluetooth)  a alguns kilômetros: WANs (sitema móvel celular) Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG 24
  • 25. Redes Sem Fio (2)  Taxas de transmissão mais baixas que em redes com cabeamento  2Mbps a 11Mbps tipicamente (até 54Mbps)  Taxas de erros mais altas  Interferência de sinal, caminhos múltiplos  Problemas de segurança Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG 25
  • 26. Inter-Redes (Internetworking)  Conectando redes independentes e possivelmente incompatíveis para formar uma teia de redes  Gateways: resolvem as incompatibilidades (de hardware e software) entre as redes interconectadas  Conversão de protocolos, tipos de serviço, endereçamento, etc. Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG 26
  • 27. Interconexão de Redes Gateway Rede de Interconexão Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG 27
  • 28. Software de Redes  Hierarquias de protocolos e camadas  Interfaces (entre camadas ajacentes) e serviços  Serviços orientados a conexão e sem conexão  Primitivas de serviço  Serviços Vs. Protocolos Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG 28
  • 29. Hierarquias de Protocolos Objetivo: Estratificar a rede em camadas, de forma a simplificar o projeto/implementação Uma camada utiliza serviços da camada inferior e oferece serviços para a camada superior Camada n Camada n-1 Requisita serviço Fornece serviço Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG 29
  • 30. Hierarquias de Protocolos (2)  Em cada máquina, o hardware/software de redes é estruturado em camadas  A camada n em uma máquina “conversa” com a camada n em outra máquina  Protocolo da camada n: acordo mútuo sobre como a comunicação deve proceder (na camada n)  Regras de formatação e tipos de pacotes, ordem dos pacotes, etc.  Detalhes de camadas inferiores são abstraídos Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG 30
  • 31. Hierarquias de Protocolos (3) Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG 31
  • 32. Hierarquias de Protocolos (4)  Camadas adjacentes interagem através de interfaces bem definidas  Operações e serviços que a camada inferior oferece à camada superior  Contribui para a independência entre as implementações das camadas  A implementação de uma camada pode ser substituída por outra implementação sem afetar as camadas adjacentes  Desde que a interface seja preservada! Camada n Camada n-1 ( ) Interface Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG 32
  • 33. Hierarquias de Protocolos (5)  Arquitetura de rede:  Conjunto de camadas e protocolos  Pilha de protocolos  Especificação completa para garantir a interoperabilidade de implementações diferentes com respeito ao protocolo de cada camada  Não são parte da arquitetura:  Detalhes de implementação  Especificação das interfaces entre camadas Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG 33
  • 34. Hierarquias de Protocolos: Uma Analogia Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG 34
  • 35. Hierarquia de Protocolos: Fluxo de Informações Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG 35
  • 36. Camadas de Protocolos: Aspectos de Projeto  Identificação e endereçamento  Transmissores e receptores  Regras de transferência de dados  Simplex  Half-duplex  Full-duplex  Controle de erros de transmissão  Protocolos para detecção e correção de erros Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG 36 t1 t2
  • 37. Camadas de Protocolos: Aspectos de Projeto (2)  Ordem das mensagens  Numeração seqüencial  Re-ordenação  Controle de fluxo  Protocolo de acknowledgement  Fixar um limite à taxa de transmissão  Tamanho das mensagens aceitas pela camada  Quebra e re-montagem de mensagens longas  Combinação e desmembramento de msgs. curtas Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG 37
  • 38. Camadas de Protocolos: Aspectos de Projeto (3)  Multiplexação  Uso de uma mesma conexão para transmitir múltiplas “conversações” entre processos diferentes  Roteamento  Definir o caminho pelo qual mensagens trafegarão para atingir o destino Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG 38
  • 39. Interfaces e Serviços: Terminologia Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG 39
  • 40. Interfaces e Serviços: Terminologia Entidade da camada n+1 Entidades pares n+1-PDU IDU ICI SDU SDU’ n-PDU SDU” n-PDU SDU Interface ICI IDU Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG 40 A camada n oferece um serviço à camada n+1
  • 41. Serviços Orientados a Conexão  Uma conexão precisa ser estabelecida antes que mensagens individuais sejam transmitidas  A conexão permanece aberta enquanto durar a transmissão das mensagens (sessão)  A conexão é fechada quando a sessão terminar  Todas as mensagens transmitidas por uma conexão estão sujeitas ao mesmo tratamento  Propriedades da conexão, rota associada, etc.  A ordem das mensagens é preservada Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG 41
  • 42. Serviços sem Conexão  Cada mensagem individual  é independente das demais  contém o endereço completo do destino  pode ser roteada por um caminho diferente  A ordem das mensagens pode ser alterada (incidentalmente)  Às vezes chamado de serviço de datagrama Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG 42
  • 43. Qualidade de Serviço  Confiabilidade  nível de perda e/ou “embaralhamento” de mensagens  Serviços orientados a conexão são tipicamente confiáveis neste sentido  baseados em seqüências de mensagens  baseados em fluxo de bytes  overhead adicional para estabelecer a conexão  garantia de alta confiabilidade: acknowledgement  Embora nem toda aplicação possa aceitar o overhead Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG 43
  • 44. Qualidade de Serviço (2)  Em serviços de datagrama (sem conexão)  Tipicamente não confiáveis  As mensagens têm uma boa probabilidade de serem entregues ao destino, mas sem garantias  Serviço de datagrama confiável: acknowledgement  Em um nível mais elevado: request-reply  Típico em sistemas cliente/servidor Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG 44 A B
  • 45. Tipos de Serviço: Resumo Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG 45
  • 46. Primitivas de Serviço  Usadas pela entidade da camada n+1 para determinar a ação de serviço a ser executada pela entidade da camada provedora (n)  Classificação das primitivas comuns Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG 46 Primitiva Significado Requisição Uma entidade requer que o serviço realize alguma tarefa Indicação Uma entidade é informada sobre a ocorrência de um evento Resposta Uma entidade quer responder a um evento (ou requisição) Confirmação A resposta a uma requisição anterior foi recebida
  • 47. Primitivas de Serviço - Exemplo Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG 47 CONNECT.response CONNECT.confirm DATA.request DATA.indication DATA.request DATA.indication ... DATA.request DATA.indication DISCONNECT.request DISCONNECT.indication Computador 1 Computador 2 CONNECT.indication CONNECT.request
  • 48. Primitivas de Serviço: Visualização em Camadas CONNECT.response CONNECT.confirm DATA.request DATA.indication DATA.request DATA.indication ... DATA.request DATA.indication Computador 1 Computador 2 CONNECT.indication CONNECT.request camada n+1 camada n DISCONNECT.request DISCONNECT.indicatio camada n camada n+1 Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG 48
  • 49. Primitivas de Serviços 1- CONNECT.request 2- CONNECT.indication 3- CONNECT.response 4- CONNECT.confirm 5- DATA.request 6- DATA.indication 3- DISCONNECT.request 4- DISCONNECT.indication Legenda: Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG 49
  • 50. Serviços vs. Protocolos  Serviço:  Conjunto de primitivas que uma camada provê para a camada imediatamente superior  Definido pela interface entre as duas camadas  Protocolo:  Conjunto de regras governando o formato e o significado das mensagens (ou quadros, ou pacotes) trocadas entre entidades pares em uma mesma camada  Relacionado com a implementação do serviço  Dois conceitos distintos/independentes Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG 50
  • 51. Modelos de Referência  OSI-RM  TCP/IP Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG 51
  • 52. O Modelo de Referência OSI  Padrão ISO (International Organization for Standardization)  Conexão de sistemas abertos  Sistemas capazes de se comunicar utilizando protocolos e serviços padrão (não-proprietários)  Divide uma arquitetura de redes em camadas  Sete camadas no total  Valor histórico-didático atualmente  Implementações não atingiram o mercado Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG 52
  • 53. O Modelo de Referência OSI 53
  • 54. OSI: Princípios para definição das camadas  Cada camada define um nível de abstração diferente  Cada camada realiza uma função bem definida  Protocolos padronizados internacionalmente em cada camada  Minimizar o fluxo de informações entre camadas  Número de camadas  Grande o suficiente para não misturar funções diferentes  Pequeno o suficiente para não dificultar o projeto e implementação de uma arquitetura de redes  OSI-RM não define uma arquitetura de redes em si  Apenas a funcionalidade associada a cada camada  Padrões complementares da ISO: protocolos e serviços para as camadas Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG 54
  • 55. OSI: Camada Física  Transmissão de bits “crus” em um canal de comunicação  Um bit transmitido como 1 deve ser recebido como 1 (e não 0) do outro lado do canal  Níveis de voltagem para representar 1s e 0s  Duração do sinal correspondente a cada bit  Direcionalidade da transmissão     Estabelecimento e término de conexões  Interface física  Aspectos mecânicos, elétricos e procedurais  Meio físico de transmissão Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG 55
  • 56. OSI: Camada de Enlace  Prover um canal lógico de comunicação  Livre de erros não detectados  Estruturado  Fluxo de dados é segmentado em quadros (frames) transmitidos seqüencialmente  Delimitadores de início e fim de quadros  Padrões de bits especiais  Com reconhecimento de quadros transmitidos/recebidos  Quadros especiais de acknowledgement (ACK)  Evitar a perda de quadros Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG 56
  • 57. Camada de Enlace: Problemas a serem resolvidos  Delimitação de quadros  Perda e adulteração de quadros  Detecção e correção de erros  Retransmissão  Duplicação de quadros retransmitidos  Ex.: se o reconhecimento de um quadro for perdido  Controle de fluxo  Transmissão eficiente de quadros de ACK  Piggybacking: ACKs pegam carona em quadros transmitidos no sentido oposto ao dos quadros sendo reconhecidos  Controle de acesso ao meio: Sub-camada MAC Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG 57
  • 58. OSI: Camada de Redes  Controle da operação da sub-rede  Roteamento  Controle de congestionamento  Contabilização de uso da rede (para efeitos de custo)  Conexão de redes heterogêneas  conversão de protocolos, endereços, etc. Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG 58
  • 59. OSI: Camada de Transporte  Segmentação de mensagens  Em unidades (pacotes) menores que possam ser tratadas pela camada de redes  Se necessário Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG 59 Camada de Transporte Camada de Redes Mensagem Pacotes
  • 60. Camada de Transporte (2)  Multiplexação de várias conexões de transporte em uma única conexão da camada de redes (a)  Uso de várias conexões em nível de rede para transmitir uma única conexão de transporte (b) Camada de Transporte Camada de Redes Camada de Transporte Camada de Redes (a) (b) Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG 60
  • 61. Camada de Transporte (3)  Tipo de serviço provido à camada superior  Conexão ponto-a-ponto confiável (livre de erros)  Datagrama (mensagens isoladas), sem garantias de ordenação  Broadcast de mensagens para múltiplos destinos  Controle de fluxo Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG 61
  • 62. Camada de Transporte (4)  Comunicação fim-a-fim  Entre processos localizados em máquinas diferentes  Um nível adicional de endereçamento Host A Host B Conexão de rede Conexão de transporte Teleprocessamento e Redes – Prof. Fábio M. Costa – Instituto de Informática – UFG 62