O documento descreve os padrões de avaliação e classificação para um trabalho de campo sobre hidrogeografia. Apresenta informações sobre reservatórios aquáticos, hidrografia de rios e lagos, e poluição das águas.
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Hidrogeografia.docx
1. Universidade Católica de Moçambique
Instituto de Educação à Distância
Tema: Trabalho de Campo
Amina João Matembedje – 708192959
Docente: dr. Momede Abílio Vaz Filiminio Mesa
Licenciatura em Ensino de Geografia
2º Ano
Hidrogeografia
Milange, Junho, 2020
2. Folha de Feedback
Categorias Indicadores Padrões
Classificação
Pontuação
máxima
Nota do
tutor
Subtotal
Estrutura
Aspectos
organizacionais
Capa 0.5
Índice 0.5
Introdução 0.5
Discussão 0.5
Conclusão 0.5
Bibliografia 0.5
Conteúdo
Introdução
Contextualização
(Indicação clara do
problema)
1.0
Descrição dos
objectivos
1.0
Metodologia
adequada ao objecto
do trabalho
2.0
Análise e
discussão
Articulação e
domínio do discurso
académico
(expressão escrita
cuidada, coerência /
coesão textual)
2.0
Revisão
bibliográfica
nacional e
internacionais
relevantes na área de
estudo
2.
Exploração dos
dados
2.0
Conclusão
Contributos teóricos
práticos
2.0
Aspectos
gerais
Formatação
Paginação, tipo e
tamanho de letra,
paragrafo,
espaçamento entre
linhas
1.0
Referências
Bibliográficas
Normas APA 6ª
edição em
citações e
bibliografia
Rigor e coerência
das
citações/referências
bibliográficas
4.0
5. Índice
Introdução ...............................................................................................................................1
1. Reservatórios Aquáticos .....................................................................................................2
1.1 Balanço dos Reservatórios Aquáticos...............................................................................2
1.2 Movimento das águas dos reservatórios aquáticos...........................................................3
2. Hidrografia dos Rios...........................................................................................................3
2.1 Tipos de rios......................................................................................................................4
2.1.1 Tipos de rios quanto à forma de escoamento da água ...................................................4
2.1.2 Tipos de rios quanto à forma de relevo..........................................................................5
2.1.3 Tipos de rios quanto à água ...........................................................................................5
2.1.4 Balanço hídrico dos rios ................................................................................................6
2.1.5 Regime dos rios .............................................................................................................6
a) Regime Permanente (Perenes ou Constante)......................................................................6
b) Regime Periódico (Intermitente, Cíclico ou Temporário)..................................................7
c) Regime irregular (efémeros)...............................................................................................7
2.1.6 Fases de um Rio.............................................................................................................7
3. Hidrografia dos lagos..........................................................................................................8
3.1 Origem dos lagos e sua distribuição sobre o globo terrestre ............................................8
3.2 Balanço aquático dos lagos...............................................................................................9
4. Poluição das águas..............................................................................................................9
Conclusão..............................................................................................................................11
Referências Bibliográficas....................................................................................................12
6. 1
Introdução
Hidrogeografia é a ciência que estuda as águas e a sua descrição (a origem, ocorrência e
distribuição dos fenómenos aquáticos na superfície da terra).
Com base nessa visão, elaborou se o presente trabalho com o tema hidrografia dos rios, lagos
e reservatórios aquáticos, a elaboração do presente trabalho, visa evidenciar a pertinência e
aplicabilidade da cadeira de hidrogeografia no âmbito académico e social.
O trabalho conta o seguinte objectivo geral: compreender sobre a hidrografia dos rios, lagos e
reservatórios aquáticos, e conta com os seguintes objectivos específicos: explicar o balanço e
movimentos dos reservatórios aquáticos, definir os rios e lagos, caracterizar a poluição das
águas.
7. 2
1. Reservatórios Aquáticos
Uma das leis que determinam a formação dos reservatórios aquáticos é a lei da gravitação
universal, que determina que os corpos sejam atraído (se precipitem) para a terra. Neste
sentido a agua na atmosfera é também atraído por esta força, determinando a formação dos
cursos de água (Húo, 2016, p. 54).
Ao fazermos o balanço hídrico pretende-se tomar-se conhecimentos sobre os índices de
ganhos e perdas. Para o cálculo do balanço é preciso ter em conta, a precipitação sobre a
bacia; o escoamento na sessão da jusante da bacia; a evapotranspiração na bacia; a detenção,
superficial e do armazenamento dos leitos; variação da quantidade da humidade do solo;
variação da quantidade de água das reservas subterrâneas; e quantidade de água extraída pela
acção do homem (Húo, 2016).
O balanço hídrico das águas oceânicas é negativa, o que quer dizer que há um excesso de
evaporação relativamente a precipitação. Sobre o balanço térmico da terra, salientar que,
tende a ser positivo nas zonas intertropicais e negativo em zonas polares mas em nenhum
momento nos deparamos com uma situação de extremo calor e frio nestas duas zonas devido
aos balaços existentes. Este facto tem acontecido devido a acção dos ventos e das correntes
oceânicas que transportam o ar/água quente para as regiões polares/frias e o ar/água fria para
as regiões quentes (Húo, 2016, p. 54).
Para o cálculo do balanço hidrológico de uma bacia hidrográfica tem que se ter em conta a
precipitação sobre a bacia; o escoamento na sessão da jusante da bacia; a evapotranspiração na
bacia; variação da quantidade de água da intercepção, da detenção, superficial e do
armazenamento dos leitos; variação da quantidade da humidade do solo; variação da
quantidade de água das reservas subterrâneas; quantidade de água extraída pela acção do
homem e quantidade de água lançada na bacia pela acção humana (Húo, 2016, p. 54).
1.1 Balanço dos Reservatórios Aquáticos
A terra emite tanta energia radiante, sob a forma de calor, como aquela que recebe, pois caso
contrario a sua temperatura não se teria mantido constante ao longo dos tempos. Apesar do
balanço positivo da radiação nas baixas latitudes e negativo nas altas latitudes, não há
evidências que as baixas latitudes estejam a aquecer e as altas a resfriar (Húo, 2016, p. 55).
Segundo Húo (2016) deve então existir um mecanismo de transferência de energia interna,
sob forma de fluxos de calor, entre as baixas e as altas latitudes. Esses mecanismos
correspondem ao sistema de ventos da atmosfera e as correntes oceânicas. Acredita-se que a
8. 3
contribuição dos oceanos para esse transporte de calor para os pólos é maior nas regiões
tropicais enquanto a atmosfera contribui mais nas regiões das altitudes altas (p. 55).
1.2 Movimento das águas dos reservatórios aquáticos
Para Húo (2016) as águas naturais estão em movimento constante, com escalas que vão desde
as grandes correntes até aos pequenos vórtices. Para a explicação deste fenómeno a 2ª lei de
Newton diz que a taxa de variação do movimento de um corpo é directamente proporcional à
resultante das forças que actuam no corpo, isto é, a intensidade dos movimentos depende do
nível de força empregue no corpo. Por exemplo quanto maior for a intensidade dos ventos
maior será o tamanho das ondas; quanto maior for a declividade maior é a intensidade dos
cursos de agua (p. 61).
E finalmente a lei da gravitação universal é comprovada na medida em que vemos as águas
das chuvas, neves, gelo a precipitarem em direcção a superfície terrestre e as aguas dos
oceanos, rios, lagos, pântanos e glaciares fixas numa região determinada motivada pela
atracção que a terra exerce sobre os corpos (Húo, 2016, p. 55).
2. Hidrografia dos Rios
Os Rios são correntes de água que circulam pelos continentes. Podem se originar de fontes ou
nascentes, água das chuvas, fusão da neve etc. (Nakata e Coelho, 1986, p. 103).
Os rios são costumeiramente definidos como cursos de água ou redes de drenagem compostos
por correntes de água doce formadas a partir da obtenção de recursos hídricos das chuvas, do
derretimento da neve ou, principalmente, das nascentes onde a água brota do subsolo.
Geralmente, um rio é abastecido por uma bacia hidrográfica, ou seja, a área geográfica que
capta toda a água da superfície ou do subsolo e direcciona-a para um leito principal e seus
afluentes (Pena, 2020, p. 2).
A respeito dos rios, cabe sublinhar que:
Nascente ou cabeceira – é o local onde nasce o rio;
Foz ou desembocadura – é o local onde o rio desemboca. Pode ser no mar, num lago ou
num outro rio. Os tipos de foz são: estuário, delta e misto;
Alto curso ou curso superior – é a parte do rio próximo à nascente ou cabeceira;
Curso médio – é a porção intermediária do rio;
Baixo curso ou curso inferior – é a porção do rio próximo a foz;
9. 4
Montante – é a porção do rio em direcção a nascente a partir de um determinado ponto;
Jusante – é a parte de um rio em direcção a foz a partir de um determinado ponto;
Leito – é a superfície banhada pelas águas;
Talvegue – é a parte mais profunda do leito fluvial;
Debito, descarga ou vazão – e o volume de água que passa pela sessão transversal de um
determinado ponto de rio;
Margem – é a faixa de terra marginal as aguas de um rio;
Bacia fluvial – é o conjunto de terras drenadas por um rio principal e seus afluentes;
Drenagem exorréica – é os rios que directa ou indirectamente (caso dos afluentes)
desaguam no mar (Nakata e Coelho, 1986);
2.1 Tipos de rios
Os tipos de rios são definidos a partir de diferentes classificações, das quais se destacam: o
escoamento, o relevo e a composição das águas. Com o objectivo de compreender melhor a
dinâmica de funcionamento e evolução dos cursos de águas em áreas continentais, foi
elaborada a classificação dos rios, designando-os aos mais diferentes tipos. Desse modo,
assim como ocorre em qualquer outra tipologia, a definição dos tipos de rios depende do
critério utilizado para classificá-los (Pena, 2020, p. 2).
2.1.1 Tipos de rios quanto à forma de escoamento da água
Rios intermitentes ou temporários – são aqueles que correm em apenas um período do ano,
ou seja, secam nas épocas de estiagem. Existem casos em que essa dinâmica é natural,
sobretudo em regiões de grande variação climática anual. Todavia, há outros casos em que a
manifestação desse tipo de rio é fruto da acção humana. Vale lembrar que os rios que
congelam durante uma parte do ano e, por isso, deixam de apresentar os movimentos de suas
águas também são classificados como intermitentes (Pena, 2020, p. 3).
Rios perenes – são aqueles que correm o ano inteiro, ou seja, não apresentam interrupção no
fluxo de suas águas sobre nenhum período, seja ele de seca, seja de cheia. Esses rios são
alimentados por uma fonte contínua que faz com que o nível de suas águas nunca fique abaixo
da superfície terrestre (Pena, 2020, p. 3).
Rios efémeros – são aqueles que se manifestam apenas em ocasiões de grandes chuvas, sendo
do tipo pouco comum e de previsão pouco efectiva. Em alguns casos, eles levam décadas para
10. 5
manifestar-se e podem acarretar enchentes, principalmente quando há ocupação humana das
áreas de ocorrência desses rios em seu período de seca (Pena, 2020, p. 3).
2.1.2 Tipos de rios quanto à forma de relevo
Quanto à forma de relevo, existem dois tipos de rios: os de planalto e os de planície.
Rios de planalto – são rios que costumam apresentar-se em áreas de relevo mais acentuado,
possuindo um fluxo mais forte em razão dos muitos acidentes geográficos ao longo de seu
percurso. Por apresentarem uma grande diferença de nível altimétrico entre sua nascente e a
sua foz, esses rios são considerados ideais para a geração de electricidade, porém pouco
recomendados para a navegação na maior parte de suas áreas (Pena, 2020, p. 4).
Rios de planície – são rios que apresentam um curso mais regular, haja vista o relevo menos
acentuado. Por isso, o fluxo de suas áreas não é rápido e a instalação de hidroeléctricas,
embora seja possível, é pouco recomendada, pois demanda a construção de barragens muito
grandes para um baixo aproveitamento energético, o que gera duros impactos ambientais. Os
rios de planície mais antigos costumam apresentar canais cheios de meandros, ou seja, com
“curvas” muito frequentes e acentuadas, a exemplo do Rio Amazonas (Pena, 2020, p. 4).
2.1.3 Tipos de rios quanto à água
Pena (2020) “em relação à composição da água – geralmente observada pela sua coloração, há
três principais tipos de rios” (p. 4).
Rios de águas claras – são o tipo considerado mais puro e com um maior potencial turístico.
São também chamados de rios azuis e possuem pouca quantidade de sedimentos e outros
sólidos em suspensão (Pena, 2020, p. 4).
Rios de águas brancas – são aqueles que apresentam uma grande quantidade de sedimentos,
estes oriundos de rochas como o calcário, além de apresentar minerais, como o magnésio, em
abundância, o que confere um tom natural esbranquiçado às suas águas (Pena, 2020, p. 5).
Rios de águas pretas – tendo como exemplo mais comum o Rio Negro, na região amazónica,
são rios que apresentam sedimentos mais antigos ou pigmentações oriundas de reacções
químicas e influência da vegetação. São rios de águas um pouco mais ácidas e com uma maior
presença de material orgânico (Pena, 2020, p. 5).
11. 6
2.1.4 Balanço hídrico dos rios
Em hidrologia, balanço hídrico é o resultado da quantidade de água que entra e sai de uma
certa porção do solo em um determinado intervalo de tempo. Quando se consideram as
condições disponíveis no meio ambiente, torna-se evidente que a humanidade, a civilização e
a tecnologia estão sendo rapidamente ameaçadas em seus limites de desenvolvimento. Os
limites resultam das reservas naturais de matérias-primas, produção de alimentos e energia e o
suprimento de água potável. Em um planeamento sistemático para o futuro, o suprimento e a
demanda de água devem ser consideradas conjuntamente de forma a se equilibrar esse
balanço, com a ajuda do qual será possível o desenvolvimento do homem e do mundo
(wikipédia, a enciclopédia livre, 2020, p. 2).
O balanço hídrico representa este equilíbrio de forma matemática, para que ele possa ser
considerado em obras de engenharia, planeamento de áreas de uso agrícola, florestal, vias
fluviais, entre tantos outros exemplos (wikipédia, a enciclopedia livre, 2020, p. 2).
2.1.5 Regime dos rios
Regime dos Rios é a variação do nível de caudal dum rio durante um certo período, pode ser
semana, mês ou mesmo ano. Em Moçambique os rios tem anualmente um período de
estiagem, onde os caudais dos rios reduz se e até alguns rios secam e um período que
apresentam maiores caudais isto é, na época chuvosa (wikipédia, a enciclopedia livre, 2020, p.
2).
O regime de um rio ou variação do seu caudal depende de vários factores que são:
O tipo de clima;
O tipo do solo (sua permeabilidade);
O relevo (inclinação do seu leito);
A existência de vegetação;
A extensão da bacia hidrografia.
a) Regime Permanente (Perenes ou Constante)
Rios regime constante ou permanente, é quando o rio mantém sempre o mesmo caudal ao
longo de todo o ano. Exemplo: Os rios da região equatorial em África rio Congo e Amazónia
na América do Sul (wikipédia, a enciclopedia livre, 2020, p. 3).
No regime Permanente ou Constante os rios mantém uma característica deste tipo, devido a
regularidade das chuvas, o que permite um caudal constante de água por outra, são rios que
contêm água em todo o tempo, durante o ano inteiro. Eles são alimentados por escoamento
superficial e subsuperficial. Este último proporciona a alimentação contínua, fazendo com que
o nível do lençol subterrâneo nunca fique abaixo do nível do canal (Húo, 2016, p. 139).
12. 7
b) Regime Periódico (Intermitente, Cíclico ou Temporário)
Regime Periódico: é quando na época chuvosa o caudal dos rios aumentam e originam cheias
e inundações. Exemplo: Rios que circulam em regiões do clima tropical como o caso do rio
Nilo, do rio Níger (Wikipédia, a enciclopedia livre, 2020, p. 3).
Regime Periódico (Intermitente, Cíclico ou Temporário) é o comportamento do caudal dos
rios das zonas tropicais (o Nilo), ou sob influência das monções. Estes rios observam uma
cheia única devido ao facto de serem alimentados por chuvas periódicas concentradas na
época de maior calor por outra, são rios por onde escorre água por ocasião da estação chuvosa,
porém, no período de estiagem, esses rios podem desaparecer. Os rios intermitentes, também
chamados de temporários, são alimentados por escoamento superficial e subsuperficial (por
aguas subterrâneas). Eles desaparecem temporariamente no período de seca porque o lençol
freático se torna mais baixo do que o nível do canal, cessando sua alimentação (Húo, 2016, p.
139).
c) Regime irregular (efémeros)
Regime irregular (efémeros) registam este regime os rios das regiões com distinto grau de
aridez. Nos casos dos rios das regiões desérticas (Ouedes de Sahara, Creks da Austrália), as
águas escorrem apenas quando caem chuvas, as quais se esgotam quase de imediato ou secam
por evaporação ou por infiltração (Húo, 2016, p. 139).
2.1.6 Fases de um Rio
Segundo Húo (2016) “a primeira (fase jovem, característica do curso superior), o fluxo de
água é rápido, cavando profundamente seu leito. Neste estágio os vales têm forma de
garganta, originados pela acção da erosão de seu leito por fragmentos de rocha arrastados pelo
movimento da água” (p. 140).
No segundo estágio (fase adulta, característico do curso médio), o fluxo é menor,
transportando e depositando sedimento ao mesmo tempo que continua a erosão. Nesta etapa
origina-se uma pequena planície de inundação, formada pelo depósito de sedimentos trazidos
no primeiro estágio. A maioria dos depósitos ocorre na época das enchentes e os vales são ais
abertos, formando um V (Húo, 2016, p. 140).
No terceiro estágio (fase senil, característico do curso inferior), o fluxo torna-se ainda menor
mas o transporte aumenta, principalmente das partículas finas em suspensão e produtos
solúveis. Forma-se extensas planícies de inundação com meandros bem desenvolvido, bem
como na parte fina há o desenvolvimento de um delta (Húo, 2016, p. 140).
13. 8
3. Hidrografia dos lagos
Os Lagos, são massas de águas continentais resultantes da acumulação de água em depressões
topográficas, por existência de obstáculos a sua fluxão, ou são extensões de massa permanente
de água, relativamente ampla, e mais ou menos profunda, depositada numa depressão de
terreno e sem comunicação imediata com o mar (Húo, 2016, p. 143).
Segundo Húo (2016)
Os lagos são alimentados por chuvas, águas de degelo e do solo por via de fontes, cursos de
rios. Os lagos podem desaparecer ou assumir novas formas. Eles evaporam quando o clima se
torna mais árido, ou enchem-se de sedimentos, formando pântanos ou manguezais. Em regiões
árduas, os lagos aumentam e diminuem com as estações e às vezes secam por longos períodos.
Nos lagos que não recebem descarga fluvial, as substâncias dissolvidas na água se
concentram. Esses lagos de sal ou soda por vezes são ricos em sais, sulfatos e carbonatos. Se
houver muita evaporação de água, os minerais formam depósitos sólidos (p. 144).
3.1 Origem dos lagos e sua distribuição sobre o globo terrestre
De acordo com Húo (2016) a geodinâmica é o estudo da composição, estrutura e fenómenos
genéticos formadores da crusta terrestre, bem como o conjunto de fenómenos que actuam não
só a superfície como no interior do globo (p. 144). Há duas energias que actuam sobre o
globo, agindo independentemente mas havendo efeitos recíprocos entre ambas:
A energia solar que age directa ou indirectamente esculpindo a superfície, a qual é
constantemente modificada pela acção do ar e da água – geodinâmica externa;
A energia do interior da terra, provocando modificações químicas, físicas e estruturais dos
constituintes rochosos – geodinâmica interna; refere-se, portanto, aos processos que
ocorrem na crusta por acção da energia proveniente do interior da terra. Vários fenómenos
estão relacionados com a geodinâmica interna, tais como, o magmatismo/vulcanismo,
metamorfismo, sismos e deformação das rochas (Húo, 2016, p. 145).
Afirma Húo (2016) que “de acordo com as premissas que ilustram os processos de modelação
da terra, pode se agrupar a origem dos lagos em: interno e externo” (p. 145).
Lagos de origem interna, podem ser tectónicos, originados por movimentos cristais
(dobramento e falhas) ou por desabamento de terra nos locais ocos (lagos cársicos); e
vulcânicos, localizados em crateras vulcânicas ou nos afundamentos provocados por
explosões vulcânicas (Húo, 2016, p. 145).
14. 9
Lagos de origem externa, destacam-se os de erosão, quando preenchem depressões resultantes
da erosão; costeiros, resultam de um recuo do nível do mar ou da deposição de bancos de área
ao longo da costa. É o caso das lagoas de Bilene, Quissico, Chidenguele e Poolela
(Inharrime); de barragem (albufeiras), resultam de obstáculos de retenção de água e por acção
de um acidente natural, sendo, a intersecção de um vale de rio por uma torrente de lava ou por
material resultante de um deslizamento de terra; e artificiais, resultante da construção de
diques e barragens. Por exemplo o Lago de Canora Bassa, de Massinha, de Pequenos Li
bombos e de Chicamba Real (Húo, 2016).
3.2 Balanço aquático dos lagos
Importa referir que os lagos que são alimentos fundamentalmente por afluentes ou por
nascentes são iguais aos cursos de água; tem o aumento de nível das águas no momento de
degelo ou como consequência de chuvas.
Podem transbordar e provocar inundações sobre as margens. A partir do lago origina-se um
curso de água, o emissário, que evacua regularmente as águas em excesso. Durante a estação
seca o nível baixa. Nos países secos, estas variações do nível são muito consideráveis. Por
exemplo a superfície do lago Tchad, em África, reduz a metade na estação seca devido a
evaporação. Os aluviões dos afluentes acumulam-se lentamente no fundo do lago, provocando
um levantamento do nível das águas que desta maneira se escoam rapidamente, podendo
originar o seu desaparecimento. O lago vazio ou seco é substituído por uma lama aluvial
(Húo, 2016, p. 145).
O desaparecimento dos lagos é rápido quando os seus afluentes são capturados pelos rios. Em
África, por exemplo, os afluentes do lago Tchad correm o risco de ser capturados pelos
afluentes de Níger ou do Congo. Assim o lago Tchad poderá vir a desaparecer em breve (Húo,
2016, p. 145).
4. Poluição das águas
De acordo com Armindo (2016) “a poluição das águas se processa num ritmo muito mais
assustador que a poluição da atmosfera. O número de compostos nocivos lançados nas águas é
muito maior que o número de poluentes encontrados no ar” (p. 66).
15. 10
Conhecidas estas possibilidades de comparar o comprometimento das águas por poluentes de
diversas origens, permanece, como questão a esclarecer, a necessidade de saber quais as
fontes principais de poluição.
Afirma Armindo (2016) que:
No Oceano Índico, onde esta localizado o litoral moçambicano, portanto a fronteira este é feita
através do oceano Índico. E é importante saber que através dele, se fazem as ligações
marítimas entre o Norte, Centro e Sul, com o exterior, realiza – se actividade pescatória
artesanal, semi – industrial, gerando divisas, com exportação do pescado e também alimenta as
comunidades locais. Permite a extracção de sal, desenvolvimento das actividades turísticas,
etc. (p. 66).
Nos últimos tempos ela tem sido objecto de uma utilização incorrecta, através da poluição. As
actividades industriais são grandes responsáveis pela poluição aquática, quando lançam
poluentes para os mares e outras formas líquidas. E outras formas de poluição das águas do
litoral moçambicano manifesta – se através de produtos expelidos pelos esgotos (águas
residuais), derrames de petróleo, de produtos radioactivos, lavagem de petroleiros no alto mar,
que fazem perigar o ecossistema aquático (Armindo, 2016, p. 66).
A indústria é sem dúvida o sector das actividades mais poluidor das águas. Nos circuitos de
produção a água é usada como dissolvente ou reagente químicos, na lavagem, na tinturaria e
no arrefecimento, terminando por se poluir, de tal forma que se torna impróprio para o uso.
Está água concentra elevado índice de cargas químicas e substâncias tóxicas, e por isso,
adopta o carácter venenoso, sendo posteriormente lançado directa ou indirectamente nos rios,
ribeiros e lagos, e deste modo atingem os oceanos como ante referimos (Húo, 2016).
Alguns litorais encontram-se ligados com as redes de drenagem de esgotos e águas residuais
provenientes do sector residencial. Estas substâncias nocivas são canalizadas para as zonas
litorráneas e posteriormente arrastadas para o mar adentro (Húo, 2016, p. 187).
Importa referir que também o petróleo é comummente responsável por desastres ecológicos,
motivado por derrames. A emissão deste elemento é causada por acidente de navios
petroleiros, contribuindo em 10% para poluição global dos oceanos.
16. 11
Conclusão
O presente trabalho abordou conteúdos relacionados a hidrografia, concretamente no que diz
respeito aos rios, lagos e águas subterrâneas.
Os rios são, de forma geral definidos como cursos de água ou redes de drenagem compostos
por correntes de água doce formadas a partir da obtenção de recursos hídricos das chuvas, do
derretimento da neve ou, principalmente, das nascentes onde a água brota do subsolo.
No que diz respeito aos lagos, são definidos como massas de águas continentais resultantes da
acumulação de água em depressões topográficas, por existência de obstáculos a sua fluxão, ou
são extensões de massa permanente de água, relativamente ampla, e mais ou menos profunda,
depositada numa depressão de terreno e sem comunicação imediata com o mar.
17. 12
Referências Bibliográficas
Armindo, A. (2016). Geografia de Moçambique I. Sofala, Moçambique: UCM
Húo, E.F.J. (2016). Hidrogeografia. Beira, Moçambique: Universidade Católica de
Moçambique – Centro de Ensino a Distancia.
Nakata, H. & Coelho, M. A. (1986). Geografia Geral. (2ª). São Paulo: Ed. Moderna.
Pena, R. F.A. (2020). Hidrografia dos Rios. Disponível em:
http://m.mundoeducacao.bol.uol.com.br acessado aos 12/05/2020.
Wikipédia, a enciclopédia livre. (2020). Disponível em:
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Balanço_hídrico&oldid=55123593