Exame De Suficiencia Para Obtencao Do Titulo De Especialista Em Medicina De F...
Sexo na floresta: nova tendência de conservação ambiental
1. A volta
das bolachas
Fuck For Forest
Fazer sexo na floresta é
uma nova maneira de
salvá-la
Silent Disco
No silêncio das pistas de dança
o que reinam são os fones
Andy Warhol
A maior exposição pop
chegou ao Brasil
R$ 9,90
1a edição
Junho 2010
Junho/2010 1
2.
3.
4. C arta do editor
Vintage.
Para os conhecedores do mundo da moda, esse
termo é utilizado para as tendências dos anos
1920 até 1960 que estão de volta. Para os apaix-
onados pela bebida preferida de Baco, Vintage
denomina os especiais vinhos do porto, que
naturalmente envelhecem na garrafa sem perder
o sabor. Pois é. Esse título resume a proposta da Trabalhamos muito durante pouco mais de
nossa revista, mas vai muito além. cinco meses para chegarmos ao projeto final
As principais tendências que motivam as pes- que você confere nesta edição (escrevo no
soas a fazer determinado tipo de coisa, frequen- plural por que esta é uma produção coletiva
tar algum lugar ou agir de alguma maneira, em que ninguém mediu esforços). Cada as-
curiosa ou não, merecem destaque. Para esta sunto, imagem, frase e desenhos foram pen-
edição, nossa equipe teve um enorme cuidado sados com carinho e são resultado de longas
em debater, pesquisar e ir atrás desses assuntos reuniões, noites mal dormidas, debates e
que fazem parte da vida de nossos leitores. discussões mal compreendidas, porém muito
Neste número zero, trouxemos movimentos cul- gratificantes e estimulantes para o aprendi-
turais que já passaram, mas estão voltando com zado de toda a equipe. O resultado está nas
cara nova - como é o caso do disco de vinil - ou próximas páginas. Para arrematar escolhe-
que são atuais e presentes no nosso cotidiano mos uma linguagem leve e descontraída,
- como a tecnologia 3D, a ração humana e sexo envolvida em um projeto gráfico que tam-
para a floresta. Também arriscamos algumas bém segue as principais tendências de cores
práticas que podem virar tendências no futuro e e formas.
outras que ainda estão sendo descobertas pelas Assim como o vintage dos vinhos do porto,
pessoas. que transcendem o tempo sem perder a
qualidade, a nossa Vintage espera também
alcançar a tradução do conceito: perecer e se
renovar a cada edição, sem perder sua quali-
dade e, além disso, seu espaço e importância
na vida das pessoas.
Desejo a você uma ótima leitura.
Talyson Rodrigues, editor-chefe e equipe.
Arte sobre foto de AdrianMiaranda
4 Vintage
5. Expediente Vintage
Editor-Chefe: Talyson Rodrigues
Chefe de Reportagem: Thiago Souza
Editora de Arte: Yumi Novais
Diretora de Planejamento e Controle: Thais Napoli
Diretora de Assinaturas: Liliane Gallio
Diretoral Geral de Publicidade: Daniela Sant’ana
Orientadora de Planejamento Editorial: Lilian Crepaldi
Orientador de Técnicas de Edição em Revista: Wagner Belmonte
Orientador de Arte: Maurício Gasparotto
Editores Executivos: Marina Vecchione, Alisson Mattos, João Guilherme Cantarella Editores: João Gabriel Botto, Karina Soares Peron, Natália Brandão
Editor Especial: Mário de Oliveira Filho Subeditores: Josilene Rodrigues, Igor Rodrigues Editores Assistentes: Kaio César de Deus, Luis Eduardo Mendes
Repórteres:Ana Carolina Lima, Thácia Luisa Rabêlo, Raphael Cortezi, Bethânia Brito, Julian Cássio Ribeiro, Italo Gapsar, Eden Robson, Murillo Chaves, Marco
Antônio Mendes, Valéria Salgado, Mayara Luz, Tadeu Pacífico, Mirian Pimentel, Emília Reis, Camila Guazzelli, Nathan Morais, Josiane Rodrigues, Mayne Luz,
Breno Rodrigues, Lucas Balbino, Jussara Reis, Clayton Ferreira, Kássio Ribeiro, Ricardo Alves, Taynara Incert, Nayara Peloso, Karina Silveira, Wilma Oliveira,
Deise Miarelli, Norton Juarez, Raquel Teixeira, Maria Luisa Sorshtuman, Diogo Carniato. Preparadores Digitais: Giovanni Pattela, Odair José da Silva, Joaquim
José Xavier, Madeinusa Louisanna, Rita Jones, Arnaldo Pereira Antunes, Antonio Nunes, Silvio dos Santos, Vanusa Brasil, Paula Tejan do Carmo, Fausta
Silvo, Maria das Graças Meneghelli, Zacarias Renato Santana, Melis Mansurs, Tales Aquiles, Lady Gaspar, Michel Jaques, Jaqueline Pereira. Colaboradores:
Angélica Pietra, Samuel Vimer, Maria Terra, Chico Bento, Mônica Casca, Carlos Marx, Quico Flor, Francisca Madruga, Clotilde Setembrina, Luciano Verde,
Ney Matoso, Maria Camões, Lázaro Ramosi, Edson Nascimento, Ronaldo Fentomen, Fabricia Cristina, Lais Rosário, Julia Capraar, Alice Trincheira, Roberto
Trabucco, Kaite Perla, Jasmin Rosa, Jposé Maria, Alberto dos Caieira, Álvaro dos Campos, Juliana Pretto, Karla Vazques, José Silva, Lenine Guarani, Karolina
Oliveira, Breno Luz, Alfredo Ruiz, Tabata Ronero, Jabel Maria, Karise Maltez, Francisco Tantra, Emilio Lezman, Alfredo Augusta, Leonardo Oliveira, Maria José
Oliveira, Tereza Matos, Jack Philip, Adriana Canhotto, Marisa Montes, John Lenny, Marta Scorceze, Luana Juris,
Para o expediente fizemos uma clássica brincadeira que
era feita com os vinis: a “cara de vinil”. É só pegar uma
capa de disco que tenha o rosto do artista estampada
nela, encaixar no lugar do seu rosto e pronto, só fotogra-
far!
Nós então resolvemos testar essa possibilidade que as ca-
pas de Lps proporcionam, mas trocando as nossas faces.
Da esquerda para a direita: Liliane, nossa repórter, Yumi,
editora de arte, eu, Talyson, editor-chefe, Dani e Thaís,
repórteres e Thiago chefe de reportagem.
Arte sobre foto de AdrianMiaranda
Junho/2010 5
6. FUCK FOR FOREST
9 Fazer sexo na floresta é
uma nova maneira de
salvá-la
SLOW FOOD
10 Comer devagar é uma tendência
que faz bem e ajuda a preservar a
INDI
diversidade no Planeta
RAÇÃO HUMANA
11 Um novo modismo alimentar.
Qualidade de vida ou tendência
arriscada?
VITRINE TECH
12 Os pincipais lançamentos
tecnológicos
APLICATIVOS INUTEIS
13 As inutilidades que apenas
ocupam espaço no seu Iphone
MOCHILÃO
14 Viajar pelo Brasil também é uma
opção para quem quer gastar
pouco e se divertir muito
FLASH MOB
22 Tirando as calças no metrô ou
milhares de pessoas fazendo
passinhos ensaiados. Isso é Flash
Mob
3D
23 A invasão tridimensional nas salas
de cinema e, agora, na sua casa
6 Vintage
7. Foto: Divulgação
COUCH SURFING
Viajar e conhecer outras culturas
dormindo no sofá 24
ANDY WARHOL
A maior exposição pop
chegou ao Brasil 25
CULTURA DE QUINTA
A grande mistura de sons
e movimentos artísticos
26
DICE
MY POD
O que você anda ouvindo?
29
SILENT DISCO
No silêncio das pistas de dança
os que reinam são os fones 30
DE HAPPY HOUR A
FIM DE NOITE
Três bares para animar seu 31
final de semana
MENU
Dicas de livro, filme, DVD, CD
teatro 32
17CAPA
EDITORIAL DE MODA
A volta das Graffite e moda. Anexo especial
mostra fotos do
bolachas
ensaio que mistura duas tendências
Na era do mp3, o disco de vinil,
que embalou festas e romances há
alguns anos volta com força total e,
ao que tudo indica, para ficar
Junho/2010 7
9. M meio ambiente
F uck
for
Por Yumi Novais
Forest
Traduzido para o português, algo como
sexo pela floresta. O Fuck For Forest se
funde entre ambientalismo e pornografia.
O novo Eco-Porn encontrou uma forma
inusitada de lutar pela natureza
N a página de abertura do site, o tradicional aviso sobre
conteúdo para adultos vira frase de campanha, com bom hu-
mor e uma dose de provocação:“Aviso: É hora de darmos at-
enção a como os humanos destroem diariamente a natureza.
Esta página contém naturismo puro, incluindo grafismo
sexual, imagens eróticas e linguagem sexual explícita. Tam-
bém contém informação de como os humanos exploram
o planeta. Você deve ter 18 anos e em alguns lugares, 21,
para entrar nesta página e ver o material. Se for menor ou
simplesmente se ofender com o amor e a verdade, é melhor
fechar a janela.”
Foto: Divulgação
A ONG, conhecida como FFF, não é nenhuma grande
organização, mas já arrecadou mais de 300 mil euros desde
sua criação, em 2005. Fundada por um grupo de ativistas
noruegueses, tem como missão o“ativismo erótico e o por-
noidealismo”para quem quer ter “uma experiência ecológica
excitante, viva” Durante os primeiros meses de existência, o
.
grupo chegou a receber fundos do governo da Noruega.
A organização promete preservar as florestas tropicais, se
você topar o corpo-a-corpo militante.Basta postar no site
oficial a filmagem ou fotos de momentos de intimidade e
autorizar a exibição. Existem também vídeos produzidos
escpecialmente para a entidade, com a participação de atores
e atrizes profissionais que doam seu cachê para a causa
defendida pelo grupo.
Mas se você é apenas um consumidor consciente, paga-se
15 dólares por mês e assiste a produções nem sempre negati-
vamente amadoras e todas ecologicamente corretas.
Em 2009, o grupo esteve em terras tupiniquins. A organização
montou seu estande no Universo Paralello, festival de arte e
cultura alternativa que acontece na Bahia todos os anos. Fuck
For Forest deu o que falar com a bandeira de sexo livre a favor
da natureza.
A soteropolitana Aline Soares, conhecida como Bob, par-
ticipou. “ Prazer e ativismo ambiental, por que não juntar?
Acho que qualquer forma de ajudar nosso planeta é válida” ,
acredita.
Segundo Bob, não há regras. Não precisa estar acom-
panhado e pode transar com quem quiser: homens,
mulheres ou até mesmo um menage. “Você entra e
rola, com quem quiser e como quiser”, explica.
Se a luxúria queima a chama do pecado, em Fuck For
Forest o pecado é verde.
Junho/2010 9
10. S aúde
Devagar
e sempre
Foto: Divulgação
Comer devagar e comidas gostosas
é, agora, uma alternativa para salvar
o planeta. Parece não fazer muito
sentido, mas em 1969, o Slow Food
surgiu com esse objetivo e hoje ganha
mais espaço nas mesas das casas e de
refinados restaurantes
Por Talyson Rodrigues
É da comida que vêm os
nutrientes necessários para “O conceito não é apenas
Mesmo com o surgimento há
mais de quarenta anos, essa
Pará, cambuci, araçá e açaí
são alguns entre os muitos
comer devagar, mas também filosofia ecogastronomica sabores aqui encontrados e
a sobrevivência. A falta de
prezar pelo alimento bom, começa a engordar somente explorados pelos chefes de
tempo faz da alimentação
ou seja, de boa qualidade agora. Restaurantes já estão cozinha Slow Food. comer-
uma coadjuvante no dia-
e procedência, limpo, sem adaptando seu menu e co- ciais e financeiros para que
-a-dia corrido e isso pode
qualquer tipo de agrotóxi- locando na mesa o assunto não parassem sua produção
contribuir com a degradação
cos ou produtos químicos e comida sustentável. ”Somen- orgânica com a expansão da
do Planeta. O que parece
justo, que preserva e recom- te agora se trata do assunto indústria do alimento.
mais uma lorota apocalíptica
pensa com justiça o produ- com a seriedade merecida,
pode ser verdade, pelo me-
tor.”, afirma Petrini, que já foi antes éramos considerados
nos para um grupo conside-
considerado um dos cin- os ecochatos, agora voltaram
rável de pessoas que militam
quenta homens que podem os olhos para essa tendên-
em prol do alimento e da
salvar o planeta. cia”, diz Anayde Lima, dona
natureza: os Slow Food.
Além da rapidez de no pre- do restaurante Julia que
Fabiana Sanchez é uma
paro, a indústria do alimento prepara pratos baseados
paulistana que conheceu o
desencadeia muitos fatores na filosofia Slow Food, mas
Slow Food há dois anos. Filha
que a torna inimiga número encontra ainda
de empresários do ramo do
um do movimento “slow”. dificuldades para
fast food – principal inimigo
Ela abocanha as pequenas trazer até a metró-
do movimeno slow – ela
produções e contribui para a pole os produtos
procurou então mudar seus
extinção da biodiversidade de pequenos agri-
hábitos alimentares, e conse-
no planeta. Segundo eles cultores.
guiu.Tornou-se militante do
gosto e abraçou a causa. os produtos e as receitas da
vovó preparadas com “amor”
O Slow Food surgiu na Itália
(não aquele que vem em pó
Brasil Slow
em 1969. Fundado pelo jor- Em terras tupini-
nalista italiano Carlo Petrini, dentro de saquinhos) estão
quins esse conceito
o movimento veio como um perdendo espaço para a pa-
ecogastronomico
conceito de ecogastronomia dronização da comida. Para
encontrou uma
e uma possibilidade de dimi- que isso não ocorra, ou seus
rica diversidade
nuir os efeitos do fast food. efeitos sejam amenizados,
alimentar. Umbu,
a filosofia criada por Petrini
cupuaçu, arroz ver-
ajuda na preservação dessa
melho, castanha do
diversidade de cada lugar.
10 Vintage
11. Qualidade de vida
modismo arriscado ?
ou
Foto: Divulgação
Por Thaís Napoli
O personal trainer André Altarejo Cara-
vieri, 30, conta que conheceu pessoas na academia onde
Quem não deseja um corpo perfeito, à la Gisele? Ou
disposição de sobra, para aguentar a correria do
trabalha que deixaram de comer o trivial arroz com feijão dia-a-dia? É possível conseguir tudo isso de maneira
e utilizam uma nova receita como alimento principal. “A
ração humana nunca deve ser usada para substituir as re- saudável? Um novo composto, a ração humana, pro-
feições. Ela deve ser um complemento no café da manhã mete que sim
ou no lanche da tarde. O emagrecimento não é restrição
e diminuição brusca de alimento. É um controle e um
equilíbrio alimentar ao longo do dia”, afirma. Modo de preparo
Desenvolvida pela terapeuta natural Lica Taka-
Ingredientes:
gui com o nutricionista Daniel Boarim, este novo suple-
mento é composto por 10 ingredientes ricos em fibras, - 250 ml de leite de soja;
que trazem benefícios importantes para o bom funcio- - 50 gramas de cada fibra (linhaça, colágeno, fibra de trigo, aveia, açú-
namento do corpo e ainda, se usado corretamente e car mascavo, castanha, amêndoa, gergelim e gérmen de trigo);
com o auxílio de exercícios físicos, inibe o apetite e reduz - 01 fruta de sua preferência.
medidas. Mas é preciso ir com calma. Profissionais reco- Como fazer:
Foto: Divulgação
mendam cautela e afirmam ser necessário visitar um nu- - Bata no liquidificador os ingredientes que não sejam em pó, e
tricionista para esclarecer possíveis dúvidas. Segundo es- depois os misture. Quando o composto estiver pronto, adicione 02
pecialistas, a mistura deve ser feita em casa e beber muito colheres (sopa) ao leite de soja e a fruta escolhida, e bata tudo no
líquido passa ser obrigação.
liquidificador. Se preferir, adoce com mel ou melado de cana.
Ana Cristina Magalhães, 44, utilizou a ração de
forma inadequada e ganhou peso. “Ingeria grande quan- - Guarde o composto em recipiente escuro. Conservar na geladeira,
tidade e não bebia água. Meu intestino passou a funcio- por no máximo 10 dias.
nar mal e acabei engordando”, lembra. Segundo a nutri-
cionista Fabiana Cusin, a ausência de líquidos quando se
decide aderir ao composto causa inchaço abdominal e
um grande desconforto, que pode ser refletido também
no mau regulamento do intestino e aumento de peso,
dando efeito contrário ao esperado.
Sobre a perda de peso após o consumo, a profis-
sional afirma: “A ração humana auxilia no emagrecimento,
pois tem a função de estabilização do sistema digestivo e
diminui a absorção da gordura, porém são necessárias a
prática de exercícios físicos e o acompanhamento de um
especialista”.
Esta nova receita “mágica” está bastante pre-
sente no mundo fitness. Professores de academias, atle-
tas e até lutadores incluíram a mistura destes cereais
integrais nas dietas, pois eles aceleram o metabolismo e
proporcionam mais energia. Aline Fontes, instrutora de
Pilates, conta: “Há dois meses ouvi falar bem da ração e
resolvi experimentar. Senti que houve um aumento na
minha disposição, minha flora intestinal está mais regu-
lada, meus cabelos e unhas fortificados. Considero este
produto ricamente nutritivo, e tomo todos os dias no
café-da-manhã, batido com uma fruta”.
O importante é respeitar os conselhos dos es-
pecialistas e comprar ingredientes de boa qualidade.
Seguir corretamente as instruções ajuda a evitar que
o sonho do corpo perfeito e saudável não se torne um
grande pesadelo.
Junho/2010 11
12. T ech
Por Daniela Sant’ana
Um trabalho a menos
Vitrine
Tecnologia
em Tablete
Foto: Divulgação
A Câmera Digital Samsung
ST1000 tira fotos de quali-
dade e é capaz de enviá-las
automaticamente para a in-
ternet utilizando a rede Wi-Fi
que estiver disponível, basta
informar a chave e a máquina
já está on-line. Com alguns
toques, é possível mandar
imagens para o Picasa ou Fa-
cebook e vídeos para o You-
Tube. A conexão também
pode ser usada para enviar
as informações diretamente
A
para TVs e outros aparelhos.
A câmera pode ser adquiri- Caindo na real
da por R$1999 no mercado. mais nova cri-
ação da Aplle, o Ipad,
é uma versão Apple,
o Ipad, é uma versão
melhorada do Iphone
Para dividir as favoritas e, em breve, estará
disponível no mer-
cado brasileiro. O
aparelho fino e com
design inovador é
um pouco menor que
uma revista e dis-
A tecnologia 3D não está mais ponibiliza acesso à
disponível apenas nos cinemas. internet e muito mais
A TV em terceira dimensão com alta velocidade
começa a chegar ao Brasil. e memória, tudo isso
Fabricantes como Toshiba e Pa- com tecnologia mul-
Aparentemente, mais ti-touch, que possibil-
parece um copo térmico nasonic já anunciam linhas de
produtos. Algumas empresas ita percorrer um mun-
para café, mas é um alto-fa- do de novidades com
lante para tocador de MP3 já trabalham no desenvolvi-
mento de aparelhos que dis- os dedos. O produto
adaptável ao porta-copo custa em média R$3
dos automóveis. Lançado pensem óculos. Os televisores
não devem se popularizar rapi- Mil, valor que varia de
pela Sony, o aparelho RDP- acordo com a capaci-
NWv500 será vendido nas damente em função do alto
preço, que varia entre R$7 Mil e dade de armazena-
cores laranja e preto. O val- mento.
or é de aproximadamente R$15 Mil.
R$250.
12 Vintage
13. Aplicativos
Inúteis
Jogos, curiosidades, utilidades e inutilidades:
tudo na palma da mão
Por Daniela Sant’ana
É cada vez maior a variedade de aplicati-
vos para celulares. Pagos ou gratuitos, eles vi- Um repelente em forma de
raram mania, divertem, e às vezes até ajudam aplicativo, o AntiGnat, pro-
as pessoas. O que espanta é a quantidade de duz um som quase imper-
funções inúteis, com necessidades duvidosas, ceptível ao ouvido humano,
ou aqueles que até servem para alguma coisa, mas que teoricamente
mas não para o usuário que o baixou. poderia ajudar a espantar
Os maiores exemplos são os próprios para o mosquitos e outros insetos.
Iphone. Há programas para quem tem medo Os usuários simplesmente
de avião; outro“traduz”o choro dos bebês e baixam os programas e não
até um que“finge”tirar a roupa das pessoas. usam, ficam só ocupando
Os preços variam de alguns centavos de dólar o espaço na memória do
até mais de U$ 1.000. celular. Mesmo que um dia
Rodrigo Toledo, um aficionado por tecnologia eles foram utilizados, com o
e internet que hoje trabalha como editor e passar do tempo, as pessoas
consultor em mobilidade e mídias sociais, faz percebem que não eram tão
uma lista em seu blog das inutilidades que úteis quanto pensavam.
tem em seu celular, e não são poucos os que
ele baixou e nem sequer usou. Segundo ele,
“Um programa inútil não é necessariamente
um software ruim, e certamente pode ser de
grande utilidade para outro usuário, entre-
tanto, para você ele pode não ser uma boa
solução” .
Alguns são tão inúteis que chegam a ser
bizarros, como o YouDo VooDoo, que permite
que você dê um nome para o boneco e o
espete com agulhas digitais à vontade. O
sofrimento do boneco, batizado carinhosa-
mente com o nome daquele“amigo” pode ser
,
escutado por meio das caixas de som do seu
celular.
Existem até aqueles que fazem seu organis-
mo funcionar melhor, como o Shybladder,
que reproduz sons de água que, segundo
seus desenvolvedores, mesmo que não haja
comprovação cientifica, estimulam as pessoas
a fazerem xixi.
Eles até ajudam a encontrar companhia. É o
caso da Amamiya Momo, uma namorada vir-
tual que interage com o usuário e fica irritada
quando não lhe dão atenção.
Para quem não se controla depois de beber
um pouco a mais, existe o Drunk Dialer, que
dificulta que você realize aquela ligação
proibida e irresistível para o ex, com um
dispositivo que só aceita a discagem se ela
for feita rapidamente, o que é difícil depois
da balada.
Junho/2010 13
14. P é na estrada
Viagem, mochila
e descobertas
Por Liliane Gallio
Viajar com pouco
U m destino, pou- dinheiro, conhecer
Foto: Divulgação
co dinheiro e uma mochila
nas costas impulsionam o
lugares e pessoas
sonho de estudantes, turis-
tas e tribos no mundo in-
teiro, que saem por aí afins
de descobrir costumes, situ-
ações e histórias diferentes.
Carolina Campos, 23 anos,
jornalista e fotógrafa, sabe
bem como é a vida de um Carolina diz que as coisas
mochileiro. Sua primeira acontecem naturalmente,
viagem para fora do país pois não há mordomias e
ocorreu aos 16 anos, quando nem datas marcadas, o que
fez um intercâmbio na Aus- se encontra no percurso
trália. Depois da experiência, é que cria as ocasiões. “O
a vontade de conhecer out- que nunca pode deixar de
ros lugares não parou mais: levar é o espírito aventurei-
já percorreu todos os esta- ro, o otimismo e a entrega,
dos brasileiros e mais de 10 de corpo, mente e alma” ,
países, entre eles Alemanha, viajar é uma forma de en-
Portugal e Estados Unidos. tender que as pessoas e
Para muitos, essa é lugares são diferentes e
a única maneira de con- respeitar estas diferenças.
hecer o mundo e ter a pos- “Viajar é tudo isso e mais
sibilidade de vivenciar ex- um pouco... E o que real-
periências, diferenciadas e mente me motiva é saber
aprender com as surpresas que irei conhecer novos
que aparecem no camin- cheiros, sentidos, sabores,
ho. Ao decidir os lugares cores e amores. Viajar é
que irá percorrer, o mochile- preciso” diz Carolina.
,
iro carrega “nas costas” tudo
o que precisa para enfren-
tar aventuras e descobertas.
14 Vintage
15. O Brasil, por ser um
país rico em belezas
naturais e que possui
um povo acolhedor,
é uma das principais
rotas dos adeptos do
mochilão. De acordo
com São Paulo Tu-
rismo, a responsável
pelo turismo e even-
tos na cidade de São
Paulo, os estrangeiros
representam 75% do
público dos albergues
paulistanos.
Junho/2010 15
16.
17. A Volta das
Foto: Divulgação
VINIL
BolachasPor Talyson Rodrigues
Junho/2010 17
18. C apa
Foto: Divulgação
Seus ruídos já embalolaram
romances e festinhas dos anos
1950 até o final da década 1980.
Agora ele reaparece com regrava-
ções e bandas novas para agradar
os mais jovens. Na era do mp3
quem está de volta é o vinil.
O charme do barulho ruido-
so da agulha da vitrola, em contato com
com, que fala de música e principalmen-
te sobre os vinis. Hoje sua coleção soma
mais de 200 títulos e ele mesmo afirma
que são em maior número do que ele
Sua estante abriga hoje mais
de cinco mil exemplares bem con-
servados e, alguns raríssimos. Pra-
teleiras bem freqüentadas, lá estão
os sulcos da superfície preta do vinil, há tem de amigos. 95% desses álbuns ele
muito tempo, estava apenas na memória os principais nomes da Mpb, toda
também tem em seu mp3, “Mais pela
saudosista de muitos trintões e quaren- a coleção de Frank Sinatra, muitos
portabilidade. Não dá pra levar meus
tões. A maioria das pessoas entre 18 e 25 discos de Elvis e vinis raríssimos
vinis para uma viagem ou escutá-los no
anos tem apenas uma vaga lembrança que contém musicais e programas
carro por exemplo”.
dele. Mas, depois de seu quase desapare- de rádio. “Alguns discos não saem
O jornalista Marino Maradei é tam-
cimento, por causa do surgimento do CD e da minha casa por nada, até o dia
bém um homem fascinado pela magia
depois do mp3, o velho LP voltou para as em que alguém herdá-los” diz Ma-
dos vinis, mas com um diferencial: ele
prateleiras, não as de sebos, mas de gran- rino.
acompanhou o momento em que as bo-
des lojas, com figuras novas para as cole- Com tantos discos é necessá-
lachas embalavam as festas e os namo-
ções dos apaixonados por música que já o rio cuidado dobrado para que não
ros das pessoas da época, viu o seu qua-
conheciam e dos que nem sequer viveram estraguem. Zelo que se repete na
se desaparecimento e presencia hoje a
o período de reinado das bolachas. hora ouvir as musicas contidas no
sua volta.
O estudante de engenharia da com- LP.
“Sessentão” e colecionador por con-
putação Tony Aiex, 26, é um desses jovens seqüência, Marino começou a juntar
apaixonados. Comprou seu primeiro LP seus discos quando trabalhava como
aos 19 anos de idade, o “London Calling” produtor de rádio. “Cheguei a ter mais
do Clash. “Na época nem vitrola eu tinha, de vinte mil LPs, doei a maioria e fiquei
mas achei a capa de mais, De uns dois só com as raridades” afirma.
anos pra cá a coisa foi ficando mais séria”
diz Tony. Há pouco menos de um ano ele
criou o site tenhomaisdiscosqueamigos.
18 Vintage
Revista Vintage
19. Para Marino, Tony e todos os apaixonados
pelo vinil, é um acontecimento ritualístico colo-
car o LP pra tocar. “É uma nostalgia que não tem
preço” diz Marino. Para Tony é muito mais praze-
roso esperar para ver o disco que chegou do cor-
reio, abrir o pacote, ver sua capa, sua cor e ouvir
cada música.
Uma das perdas que trouxeram os arquivos
em mp3 foi visual. Não tem a imagem que resu-
me toda a ópera. Em um tamanho avantajado, as
capas de vinil traziam verdadeiras obras de arte
estampadas, além da possibilidade de brincar
com os rostos dos artistas e fazer a foto cara de
vinil. Os Cds já diminuíram significativamente
esse recurso visual em seu encarte e o mp3 en-
tão, nem se fala.
Fato é que o vinil voltou. Com gravações de
novas bandas e como uma alternativa que pode
até solucionar um sério problema criado por seus
sucessores: a pirataria. Nos Estados Unidos e na
Europa, no ano passado, foram vendidos mais de
2,8 milhões de vinis, o melhor desempenho em
onze anos. As gravadoras se atentaram para esse
novo mercado e estão lançando e relançando
discos, e isso conquista fãs mais jovens.
78 Rotações - Goma-laca
Antes do surgimento do LP, em
1890, eram os discos de 78 rpm que
tocavam nos gramofones. Eles eram
feitos de goma-laca, material duro e
fácil de quebrar.
LP - Long Play
Mais leves e maleáveis os dis-
cos de vinil substituem os de 78
rpm em 1948. Suas capas marca-
ram época.
MP3
Uma imensa capacidade de ar-
FIta cassete mazenamento de músicas foi resul-
tado de anos de pesquisa. Em 1998
Essa mídia se destacou por
surgiram os primeiros players de
difundir a capacidade de gravar e mp3
emitir som. Surgiu em 1963, lan-
çada pela empresa Philips. LP - O Retorno
No final de 2008 a gravado-
Compact Disc - CD ra Deckdisc comprou e reabriu
Prometendo maior durabilida-
de, capacidade e clareza sonora o
a última gravadora da América
CD apareceu no final da década de Latina. Um ano depois Europa e
80 e foi, aos poucos, substituindo os EUA registraram 2,8 milhões de
LPs. LPs vendidos
Junho/2010 19
Junho 2010
20. Além dos recursos visuais perdidos, alguns
Arte na capa
entusiastas insistem na teoria de que o CD
perde em qualidade sonora para o vinil, e
os arquivos em mp3 para os Cds. Uma velha
discussão que, para muitos não passa de
conversa fiada. Para o engenheiro de áudio As capas de disco que fizeram história assinadas
José Augusto Soares o CD tem um som mais por renomados artistas plásticos e ilustradores
metálico e perde alguns agudos e graves.
“Quanto mais compacto mais a qualidade so-
nora piora, seria também o caso dos arquivos
em mp3”. Essa é uma discussão sem fim entre
especialistas e amantes. Diamond Dogs - David Bowie
O que não se discute é que os Lps são, com
grande vantagem,mais difíceis de piratear do A fantástica ilustração é de Guy Pe-
qualquer um de seus concorrentes. As grava- ellaert, que é responsável por outros
Foto: Divulgação
doras apostam nisso e agora estão olhando desenhos de personalidades do mun-
para esse mercado que antes estava jogado do da música.
às traças.
Há quem diga que o futuro são os vinis.
O cantor Lenine aposta nessa teoria. Em
2006 ele lançou seu álbum “Labiata” em três
formatos: em CD, um mp3 estilizado com seu
nome e um vinil. E ainda afirmou que isso
simboliza o passado o presente e o futuro,
respectivamente. Legal - Gal Costa
Seu material é mais caro e sua forma de
produção torna inviável qualquer tipo de
O artista brasileiro e tropicalista Hélio
reprodução clandestina. Por esse motivo não
tem na barraquinha do camelô um legítimo
Oiticica assina uma oba no disco da
“piratão” de um disco do Nirvana, Green Day cantora Gal Costa.
ou Radiohead, por exemplo.
Esse alto custo não implica somente na
impossibilidade de lucro dos camelôs, mas
também no bolso dos consumidores. A maio-
ria das bandas que lança vinis atualmente é
do cenário internacional. Nas grandes livrarias
do Brasil já existem esses mesmos álbuns mas
por preços assustadores acima de três digitos. Love You Live - The Rolling Stones
Fica mais fácil pedir pelo correio das próprias
gravadoras lá fora, o que encarece é o frete Andy Warhol assina a capa do disco
que sai por dez dólares por unidade. dos Rolling Stones. Andy é responsá-
Mas por aqui o mercado está começando a vel por outras obras em estampadas
caminhar novamente. A gravadora Deckdisc
em capas de vinil, como a famosa ba-
comprou a última fábrica da América Latina -
que agora se tornou a única desse formato - e
nana do Velvet Underground & Nico.
está relançando alguns álbuns: “Chiaroescuro”
da cantora Pitty, “Fome de tudo” do Nação
Zumbi, “Cinema” do Cachorro Grande e “Onde
Brilhem os Olhos Seus” de Fernanda Takai .
Revolver - Beatles
O artista plástico Klaus Voorman fez
história ao realizar a fabulosa capa
do Revolver (1966). Os Beatles têm
várias capas históricas, como Sgt.
Pepper’s Lonely Hearts Club Band e
Abbey Road.
20 Vintage
22. C omportamento
Um, dois, três e...
Flash
Mob
Uma nova forma de manifestação ou uma
Por Liliane Gallio
“Mariavaicomasoutras.com”?
A s manifestações organizadas pelos adep-
tos do Flash Mob percorrem o mundo com algu-
Foto: Divulgação
Pants” (sem calças), que aconteceu na últi-
ma quinta-feira (13) nas estações do metrô de
mas mensagens de cunho político e ideias pelas
São Paulo. Cerca de 500 jovens se reuniram
quais o inusitado é a principal razão do encontro.
e partiram em direção á estação Paraíso, embarcaram
Os Flash Mobs são reunião rápidas que ocorrem
com roupas e no percurso até a estação Consolação,
em lugares públicos. Os participantes se organizam
os participantes tiravam suas calças. É a segunda
através de blogs e email, e as informações são divulga-
vez que este tipo de even
das em outros meios de comunicação como o Orkut.
to ocorre no metrô.
O maior Flash Mob do mundo, com mais de
Um dos organizadores de Flash Mob no Bras-
21mil participantes, ocorreu no dia 10 de setem-
il é Caio Komatsu, 20 anos, que mobilizou os
bro de 2009, durante um show do Black Eyed
adeptos da ideia no último dia 13 e definiu ao
Peas na abertura da nova temporada da Op-
portal G1 que “tem gente de todas as tribos”.
rah Winfrey, um programa norte-americano.
Os encontros do Flash Mob causam curiosidade e
A popularização dos encontros ocorreu devido à fa-
mudam a rotina dos lugares onde ocorrem, pois
cilidade de interação de um grande número de pes-
da mesma forma que rapidamente uma multi-
soas, que nem sequer se conhecem e a proposta de
dão aparece, ela se dispersa, deixando as pessoas
fazer algo novo em lugares diferentes, como o “No
sem entender o que realmente está acontecendo.
Pillow Fight é um
flash mob que acon-
tece em vários países
do mundo, inclusive
em São Paulo. Uma
guerra de travessei-
ros instantânea.
22 Vintage
23. P é na estrada
Invasão 3D
Foto: Divulgação
Investimentos em tecnologia crescem para atrair o
Por Thiago Souza consumidor
o
A técnica 3D é responsável
por um crescimento promissor no
to da retina ao olhar objetos do
cotidiano, mas também gerada por
programas de computador, como é
da Unifesp: “Para quem possui labi-
rintite, as reações são mais fortes”,
explica.
mercado de entretenimento. Seu o caso de Avatar e Alice no País das No futuro, empresas estudam
uso, principalmente no cinema, é Maravilhas, dois grandes sucessos projetos para lançar a tecnologia
uma alternativa para combater a recentes do cinema. em mídias moveis, como celulares,
pirataria, os downloads de filmes Outras mídias, como a televisão, players e iPods. O sucesso da téc-
e para trazer de volta o publico às também apostam em um futuro de nica pode aumentar o seu fatura-
bilheterias, que vende cada vez sucesso com a tecnologia. Empre- mento, e é possível afirmar que a
menos entradas. Segundo pes- sas como a sul-coreana Samsung técnica mudará o modo como são
quisas do portal Terra, as maiores lançaram, no início deste ano, vistos os programas.
bilheterias do ano de 2009 vieram televisores que permitem a imersão
de filmes em três dimensões, caso do espectador nas três dimensões.
de Up – Altas Aventuras e Monstros Como no cinema, o espectador
vs. Alienígenas. precisa utilizar óculos especiais, que
O cinema, inventado em 1895 podem trazer desconforto. Segun-
pelos irmãos franceses August e do Karen Grapea, estilista, o filme
Louis Lumière, causou furor ao ser assistido em três dimensões provo-
apresentado à sociedade da época. ca mal-estar e desconforto visual:
O filme “L’Arrivé du Train”, de 1900, “Depois de assistir Alice no País das
foi a primeira experiência com as Maravilhas, fiquei com os olhos ar-
três dimensões para o público. As dendo e com náusea. Provavelmen-
imagens de um trem que saía de te não assistirei mais filmes assim”.
um túnel e chegava a uma estação No exterior, as empresas que uti-
provocaram estardalhaço na platéia lizam esta tecnologia
que, eufórica, pensou que o trem para a venda de seus
sairia do projetor e invadiria a sala produtos advertem
onde o filme estava sendo exibido. sobre possíveis pro-
A técnica utilizada para captar o blemas ao espectador,
fenômeno tridimensional é deno- como dores de cabeça,
minada estereoscopia, que procura náuseas e cansaço visu-
uma simulação de duas imagens al. Alguns espectadores
da mesma cena que são projetadas ressaltam que uma
nos olhos, de pontos distintos, o sensação de flutuação
que faz o cérebro processar as ima- é nitidamente perce-
gens, causando o efeito. bida ao término de
Segundo oftalmologistas, as três cada sessão, conforme
dimensões podem ser vistas natu- Fernando Ganança,
ralmente, a partir do deslocamen- otorrinolaringologista
Junho/2010 23
24. P é na estrada
C
Na onda do
ouch
Surfing
Por Talyson Rodrigues
É só ter um sofá e disposição. O Couch surfing abre
portas para o relacionamento e a troca de culturas entre
todo o mundo.
A internet facilita e muito
a aproximação de culturas
Para participar, basta ter um sofá e dis-
posição para trocar cultura. O CS surgiu
Entre as experiências, há que pas-
sou pelas positivas mas alguns
completamente distintas e em 1999, na cabeça de Casey Fenton, apontam situações inesperadas nas
distantes. E é através dessa fer- que faria então uma viagem à Islândia. viagens.
ramenta que um grupo de mil- Ele não queria ficar em albergue ou O alemão Mika Straka ficou sem
hões de pessoas encontrou a hotel, sem ninguém para conversar ou dormir uma noite sem dormir em
oportunidade de potencializar alguém que apresentasse o país, então Barcelona a espera de seu anfitrião
essa troca de costumes, abrindo mandou uma mensagem para uma que foi para a balada e se esqueceu
a oportunidade de conhecer lista de estudantes “ Estou indo para a do hóspede.
pessoalmente uns aos outros Islândia, posso dormir na sua casa?” A Os usuários garantem que há segu-
e ainda uma brecha no sofá de surpresa foi que muitos responderam rança e que são poucos os proble-
casa para hospedar o mundo que sim. mas ocorridos. Existe uma grau de
todo. Dessa brilhante idéia nasceu o couch recomendação de cada usuário do
O couch surfing é uma rede so- surfing, que hoje hospeda – não em site, que é dado por pessoas que
cial que liga pessoas de Tóquio um sofá, mas em uma página na inter- já se conheceram. Para os descon-
ao Rio de Janeiro, do Oiapoque net – mais de 60 milhões de usuários fiados, não é obrigatório hospedar
ao Chuí, do Irã aos EUA, os sete de todos os cantos do mundo. ninguém, e nem dormir na casa de
mares e os cinco continentes, Philip Carthy, irladês de 26 anos veio desconhecidos. O intuito do site é
enfim, conecta todo o globo para o Brasil pela primeira vez pelo CS. a troca de culturas, portanto um
terrestre. Hoje ele mora e trabalha aqui. “Vim cafezinho ou uma cerveja podem
Carol Mesquita é jornalista e já pela primeira vez ao Brasil para ficar ser de bom tamanho.
utilizou de alguns sofás de pes- na casa de uma amiga que conheci no
soas até então desconhecidas. couch, um tempo depois eu me mudei
“Já viajei muito e sempre tive para cá. Hoje não namoramos mais,
boas experiências no Couch mas eu não quero deixar o Brasil” diz
Surfing, acho que é um resgate Philip.
da confiança nas pessoas.”
Foto: Divulgação
24 Vintage
25. N ovidade
Andy Warhol Por Thiago Souza
Pinacoteca do Estado reúne 170 obras
do inventor da pop art, na mais completa
mostra realizada sobre o artista.
A ndy Warhol, nascido em
No Brasil
Pittsburgh nos Estados Unidos,
é referência quando se fala em
artes plásticas e artes em geral e
seu currículo é invejável. Trabal-
hou em revistas como Vogue e
E Andy não parou por aí. Isso é
The New Yorker, fazendo também
visível porque suas exposições
anúncios publicitários e displays
causam furor por onde passa. A
para vitrines de lojas, além de ser
maior mostra já realizada sobre o
nada mais do que o pai de um
artista está disponível na Pina-
movimento artístico que revolu-
coteca do Estado de São Paulo,
cionou o mundo visual.
A pop art surgiu que reúne 44 filmes, 26 pinturas,
durante a década de 58 gravuras, 39 fotos e duas ilus-
Andy é o inventor do fenômeno
trações.
chamado pop art que se caracter- 1950, mas sua ascensão veio dez
iza pelas cores fortes, vibrantes, anos depois. Andy, nome mais forte
A mostra Andy Warhol, Mr. Amer-
além de utilizar materiais diversos do movimento, fugiu dos padrões de
ica, organizada pelo The Andy
como gesso, tinta acrílica, látex e arte de seu tempo.
Prova disso é o isso é o uso de Estados Unidos atraiu milhares de
poliéster Mas esta arte veio, sobr-
pessoas, curiosas, para ver suas
etudo, para criticar os hábitos de serigrafias para representar a forma
obras. Marilyn Monroe, Ronald
consumo da sociedade capitalista de consumo impessoal dos objetos
destinados à massa, como as gar- Reagan, ator e 40º presidente dos
da época e seu intuito era de
rafas de Coca-Cola e as latas de sopa EUA, Mao Tsé-Tung e o boxeador
transformar o real em hiper-real.
Campbell. Muhammad Ali estão lá, não pes-
soalmente, mas estampados em
cores vibrantes e vivas pensadas
pelo artista americano.
Junho/2010 25
26. N ovidade
Cultura de Quinta
Por Yumi Novais
Sem programa para uma quinta à
noite? Que tal uma exposição, músi-
ca ou um curta? O projeto Cultura
de Quinta não é isso, nem aquilo. É
tudo junto e misturado!
A
tora Cibele Appes (Cole- Bangla e Bocato, este
tivo Literatura Subsolo) e último, com forte presença
pluralidade da noite
Salvador Bocutto, dono do na cena musical. Bocato já
paulistana é indiscutível.
Espaço Cultural Kaverna atuou ao lado de grandes
De segunda a segunda, é
na Vila Madalena, onde músicos brasileiros como
possível encontrar na ci-
acontece o Cultura. A visão Rita Lee, Ney Matogrosso,
dade um universo cultural
desta proposta é a imersão Roberto Carlos, Elis Regina,
para todos os estilos e gos-
no universo artístico alter- Itamar Assumpção e Carlin-
tos. De peças teatrais com
nativo de diferentes locais hos Brown.
inspiração nas obras de Ni-
da cidade, que mistura as Nas artes visuais, o auge
etzsche a shows fervorosos
vertentes e recria os ambi- foi a Galeria Grafite, pro-
do Wando com calcinhas
entes. duzida durante o evento.
atiradas ao palco. A cultura
A miscelânea cultural é Enquanto os corpos
pulsa em todo lugar!
de tirar o fôlego. Há mani- sassaricavam na pista, o
Com tanta diversi-
festações artísticas diver- artista simultaneamente
dade, é difícil achar algum
sas, como artes visuais e grafitava. Um dos convida-
projeto que se destaque
cênicas, literatura, grafite, dos da Galeria foi o mineiro
e chame a atenção dos
circo, dança, apresentação Gabriel Nast e suas latas de
paulistanos, acostumados
de bandas independentes, spray. Além do grafite, ele
a uma variedade extensa
projetos audiovisuais, entre se apresenta em múltiplas
de opções. O Cultura de
outros. vertentes, como a Collage,
Quinta ganhou espaço e,
O pontapé inicial do Cultu- expressão que utiliza de
mesmo com pouco tempo
ra aconteceu em 11 de vários recortes e colagens
de existência, é assunto
março. A escolha da pro- para formar uma obra. Ga-
constante nas rodas de
gramação musical foi de briel possui exposições em
estudantes, blogs espalha-
alto nível. Como destaques, outras galerias de projetos
dos pela internet e redes
Degusta Groove, Marco conhecidos, como o Jazz
sociais.
Vilane, Alex Antunes e nos Fundos.
A idéia nasceu a partir
participação especial de
da parceria entre a produ-
26 Vintage
27. Cultura de Subsolo
O Coletivo surgiu do encontro entre Cibele Appes
(irmã de Isis), Didi Monteiro e Fernando Dourado, no
curso de audiovisual, na UNIP. ”O intercâmbio cul-
tural teve início entre Uberlândia (MG) e São Paulo,
com a vinda do mineiro Didi Monteiro para a Capital,
afim de promover encontros e difundir diferentes
vertentes de manifestações artísticas”, explica Isis.
O Subsolo se propõe a trabalhar na produção lit-
erária junto a outras expressões artísticas com mote
à no fomento da arte contemporânea no contexto das
úsi- cenas alternativas/independentes, além do incentivo
às artes contemporâneas e à projeção de novos
ra artistas para a cena artística.
.É
Aos que procuram relaxar,
o Cine Kaverna é a pedida. Com
exibição de curtas independentes
e isolamento acústico, que permite O Cultura de Quinta deu uma
aos que assistem o filme, tranquili- guinada e a próxima etapa será
dade. No pós-balada, na calma do itinerante. A idéia é levar para out-
amor de uma noite só ou na in- ros bairros e cidades, como Santos
quietude da curiosidade de boas (SP), Votuporanga (SP) e Uberlândia
produções artísticas. (MG). Novidade também é uma
A escolha dos artistas ocorre, revista independente e gratuita, que
atualmente, de duas maneiras. “Uma será produzida pelo Coletivo. Uma
é o programa de seleção, que é espécie de Cultura de Quinta de
aberto no início de cada temporada bolsa.
do Coletivo. Também acontecem
pesquisas de campo da equipe, que
‘garimpa’ novos artistas, através de
indicações e informações em cen-
tros culturais onde atuamos”, explica
Didi Monteiro, coordenador do
Coletivo Cultura Subsolo. Ele faz um
balanço positivo da primeira etapa
do Cultura. “Todos os participantes
gostaram muito da proposta e da at-
mosfera do evento. Sempre querem
saber quando será a próxima data,
e os artistas, se há espaço para uma
nova apresentação”.
Foto: Divulgação
Junho/2010 27
28.
29. V ocê
MyPod
O que você anda ouvindo?
Cássio Ribeiro:
MY POD
“Existe uma bagunça no meu
mp3.
Tem de tudo, são músicas que eu
gosto de ouvir também quan-
do estou na balada ou em um
boteco.
A que mais escuto ultimamente é
Take me out, do Fraz Ferdinand”
Flávio Lima:
“Gosto de ouvir músicas boas.
Não me prendo a um estilo
musical. Agora por exemplo es-
tou ouvindo bastante Lenine.”
Carla Brandão:
“Eu carreguei meu mp3 com
músicas nacionais.
Prefiro ouvir Chico Buarque
quando estou indo para
algum lugar.”
Junho/2010 29
30. N a noite
No
s ilêncio
Foto Divulgação
Foto: Divulgação
da pista
Por Thaís Napoli
Casas noturnas e festas
tentam cada vez mais ofe-
recer ao seu público novos
A gora outro aparelho
também tem grande importân-
e excitantes eventos. Ba-
ladas temáticas, bebidas
cia nas pistas. Além das pickups exóticas e ritmos alucinan-
dos DJs, fones de ouvido sem
fio com um transmissor FM dão tes já são considerados
acesso às músicas. São várias atrações ultrapassadas. Patrícia Gilioli, 26 anos,
freqüências de sons, os parti- estudante de moda, afirma
cipantes escolhem o que ouvir que desde 2008 comparece a
conforme seu gosto e dançam todos os “silent eventos” que
de acordo com a música. Quem acontecem na Virada Cultural.
vê de fora demora a entender. “Quem vai pela primeira vez
Já pra quem entra nesse mun- estranha, mas só no começo.
do silencioso pode dançar o Quando percebe que pode
que quiser, na hora que bem escolher entre três sons de di-
entender e até mesmo tirar o ferentes DJs, entende o por-
fone um pouquinho se estiver quê do sucesso. Não precisa
a fim de bater um papo. Isto é ser só em balada, seria legal
Silent Disco, tendência importa- para festas em apartamento
da da Inglaterra, direto dos pal- também”, brinca Patrícia. Cada
cos do festival de Glastonbury. um com seu jeito de dançar, a
Discotecas silenciosas todo o momento utilizam lin-
surgem em todos os lugares do guagens corporais e, involun-
mundo. No Brasil, a onda apare- tariamente, cantam as músicas
ceu pela primeira vez na Virada escolhidas. “É uma maneira di-
Cultural de São Paulo em 2008. ferente de curtir, e é isso que o
Quem desembarcou no público procura, sair da rotina”.
metrô São Bento pôde conferir Em Porto Alegre, duas
cerca de 500 pessoas com fones casas noturnas aderiram à idéia.
de ouvido, curtindo uma música MyCool e Beco 203 abrem às
que ninguém, além deles, ouvia. portas uma vez por mês com
Valeu a experiência e a aprova- festa silenciosas e o interesse
ção foi imediata. O projeto se é impressionante. Sempre com
repete todo ano desde então, filas enormes e lotação máxima
e começou a migrar para vários das casas, o público não quer
cantos do país. mais trocar o f o n e
por nada.
31. De Happy Hour a fim de noite Por Yumi Novais
Foto: Divulgação
Vintage traz a você uma seleção de bares em São Paulo. Começando pelo Happy
Hour sagrado de todo o paulistano ao fim de noite embreagado da cidade
Wall Street
A partir da venda de bebidas, o bar simula a oscilação
das ações em uma bolsa de valores. Um software ex-
clusivo faz o preço das cervejas e caipirinhas subir ou
Happy Hour
descer conforme a demanda. Há 26 mesas equipadas
com tela touch screen. Com um simples toque, pode-se
consultar o cardápio, fazer o pedido ou acompanhar a
cotação das bebidas.
Wall Street. Rua Jerônimo da Veiga, 149, Itaim Bibi,
Tel:3873-6922. 18h/1h (sex. e sáb. até 2h; fecha dom.).
Noite
Ó do Borogodó
O bar pode ser considerado uma encarnação da Lapa cari-
oca em São Paulo. Lembra em muitos aspectos certos bo-
tequins daquele pedaço boêmio do Rio: do público jovem
de jeitão desencanado, passando pela programação ao vivo
do crème de la crème do samba e chorinho. A cerveja é de
garrafa e o caldinho de feijão de lamber o beiço.
Ó do Borogodó. Rua Horácio Lane, 21, Pinheiros, Tel 3814-
4087. 21h/3h (sáb. 13h/20h e 21h/3h; dom. 19h/0h).
Fim de noite
Charme da Paulista
Quem conhece esse boteco de esquina da Avenida Paulista sabe
que ele não tem charme algum, porém, vive lotado e há dias que é
praticamente impossível arranjar uma mesa. A cerveja é de gar-
rafa e as porções generosas. A miscelânea de pessoas e tipos que
encontramos na avenida, se apresenta também no bar. O que o
difere, é que funciona 24 horas. Ótimo para os baladeiros que que-
rem continuar a noite e nao sabem para onde correr.
Charme da Paulista. Avenida Paulista, 1499 (ao lado do Parque
Trianon). Funciona 24 horas.
Junho/2010 31
32. Por Thiago Souza
Teatro
O Rei e eu
Anna Leonowens (26 de
novembro de 1831–19
de janeiro de 1915)
foi uma escritora de
viagens, educadora e
ativista social britânica,
INDICA
conhecida por ter sido a
professora das esposas
e dos filhos de Mongkut,
rei do Sião, e por ter sido
co-fundadora do Nova
Scotia College of Art and
Design. As experiências
de Leonowens no Sião
foram romanceadas
no livro de Margaret
Landon, publicado em
1944, Anna e o Rei do
Sião, e em vários filmes e
mini-séries de televisão
baseados no livro, e
mais notavelmente no
musical de sucesso de
Rodgers e Hammerstein,
menu
O Rei e Eu, de 1951.
Música
Em cartaz no Teatro Alfa Álbum: Volume Two
Intérprete: She and Him
Investida da atriz Zooey
Deschanel, famosa por
sucessos como 500 dias
com ela, com o músico
de country-folk M.
Ward, que alcançou o
sucesso e o reconheci-
mento do publico em
2009, durante o festival
South by Southwest, em
Austin, Texas. O hit Why
do you let me stay there
uma das musicas mais
baixadas e curtidas pelo
publico alternativo.
32 Vintage
33. Locação Em cartaz
Sherlock Holmes
O filme
Sherlock Holmes é
um investigador do
final do século XIX e A hora do pesadelo
Ficha Técnica:
CAMOS
início do século XX
A Nightmare on Elm
que ficou famoso por Street, EUA, 2010
utilizar, na resolução Direção: Samuel Bayer
dos seus mistérios, o Elenco: Jackie Earle Ha-
método científico e a ley, Kyle Gallner, Rooney
lógica dedutiva. Rachel Mara, Kellan Lutz.
McAdams (‘Diários Enredo: Remake da obra
de uma Paixão’) será original de 1984 de Wes
a intérprete de Irene Craven, que conta a
Adler, uma enigmática historia de jovens que
começam a sonhar com
mulher que atrai o
uma figura misteriosa
detetive, interpretado com o rosto deformado
por Robert Downey Jr.
Livro
que são assassinadas
(‘Homem de Ferro’). enquanto dormem
Jude Law será Dr. Juliet Nua e Crua, Editora
Watson. Rocco, 272 páginas.
Autor: Nick Honrby
Sinopse: Ultimo lançamen-
to do autor de sucessos
como Alta fidelidade e
Um grande garoto (ambos
transpostos para o cin-
ema). Conta a história de
Tucker Crowe, que há 20
anos abandonou a carreira
de músico em plena turnê
de Juliet, seu álbum mais
famoso, sem dar expli-
cação. Especulações são
dadas até hoje, por fãs e
seguidores do astro, sem
sucesso. Ao mesmo tempo
em que é contada ao lei-
tor a história de Crowe, é
apresentada também a
vida de Duncan, fã que ob-
cecado pelo popstar, tem o
casamento em ruínas. Tudo
muda quando o sumido
Crowe entra em contato
com a mulher de Dun-
can, através de um e-mail
enviado por ela, dando
origem a um novo e estra-
nho triângulo amoroso.
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