Princípios para Diagnóstico de Cardiopatias Congênitas
1. PRINCÍPIOS PARA O DIAGNÓSTICO
DAS CARDIOPATIAS CONGÊNITAS
Anderson Dietrich (R5) InCor-FMUSP
2. INTRODUÇÃO
A análise segmentar seqüencial permite a
descrição das malformações cardíacas
congênitas complexas de maneira direta e
simples
Atlas Colorido de Cardopatias Congênitas, Correlações Clínico-Morfológicas, 1995.
Robert H. Anderson. Tradução: Vera Demarchi Aiello
3. INTRODUÇÃO
Todos os corações normais e anormais são constituídos
por três segmentos: átrios, massa ventricular e os troncos
arteriais
Podem também ocorrer anormalidades na entrada das
grandes veias ou na saída das artérias do coração
Atlas Colorido de Cardopatias Congênitas, Correlações Clínico-Morfológicas, 1995.
Robert H. Anderson. Tradução: Vera Demarchi Aiello
4. ACHADOS USUAIS
Os termos “morfologicamente esquerdo”
e “morfologicamente direito” devem ser
usados para descrever as estruturas
Dessa forma, as descrições terão sentido
mesmo quando as estruturas estiverem
localizadas anormalmente
Atlas Colorido de Cardopatias Congênitas, Correlações Clínico-Morfológicas, 1995.
Robert H. Anderson. Tradução: Vera Demarchi Aiello
5. ÁTRIOS
Para os átrios, o componente
mais constante é o apêndice atrial
A forma do direito é um triângulo
de base larga, enquanto o
esquerdo é tubular e encurvado
Atlas Colorido de Cardopatias Congênitas, Correlações Clínico-Morfológicas, 1995.
Robert H. Anderson. Tradução: Vera Demarchi Aiello
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7. ÁTRIOS
Ainda mais diferente é a junção
entre o apêndice e o componente
atrial de parede lisa
No apêndice morfologicamente
direito, tal junção é ampla e marcada
por uma extensa crista com músculos
pectíneos, enquanto no esquerdo ela
é estreita, sem cristas e com poucos
músculos pectíneos
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9. MASSA VENTRICULAR
Quase sempre com dois
ventrículos, raramente apresenta
um ventrículo único de morfologia
indeterminada
Atlas Colorido de Cardopatias Congênitas, Correlações Clínico-Morfológicas, 1995.
Robert H. Anderson. Tradução: Vera Demarchi Aiello
10. MASSA VENTRICULAR
A morfologia é melhor
determinada através do
componente trabecular apical
Trabeculações grosseiras são
características do ventrículo
morfologicamente direito, e
trabeculações finas do ventrículo
morfologicamente esquerdo
11.
12. MASSA VENTRICULAR
Todos os ventrículos podem possuir
componentes de entrada e/ou de
saída, normais possuem um de cada
O melhor guia para distinguir o
ventrículo direito que só tem uma via
de entrada é a presença de cordas
tendíneas, fixando o aparelho valvar
tricuspídeo ao septo; situação não
observada no ventrículo
morfologicamente esquerdo
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Robert H. Anderson. Tradução: Vera Demarchi Aiello
14. TRONCOS ARTERIAIS
São sempre identificados por
seu padrão de ramificação
Em corações normais a aorta da
origem a ramos sistêmicos e
coronarianos; enquanto o tronco
pulmonar dividi-se em artérias
pulmonar esquerda e direita
15. TRONCOS ARTERIAIS
Outras duas formas de arranjo dos
arteriais podem ser encontradas: a
primeira o tronco arterial é comum,
suprindo diretamente ramos
sistêmicos e pulmonares; o segunda
ocorre sem a presença de artérias
pulmonares centrais intrapericárdicas,
sendo melhor descrita como tronco
arterial solitário
16. Atlas Colorido de Cardopatias Congênitas, Correlações Clínico-Morfológicas, 1995.
Robert H. Anderson. Tradução: Vera Demarchi Aiello
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18. ARRANJO ATRIAL
Quatro formas possíveis: o usual
ou solitus, em espelho ou inverso
e os isomerismos atriais, esquerdo
e direito, onde ambos os átrios
apresentam a mesma morfologia
Atlas Colorido de Cardopatias Congênitas, Correlações Clínico-Morfológicas, 1995.
Robert H. Anderson. Tradução: Vera Demarchi Aiello
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21. ARRANJO ATRIAL
O arranjo atrial tipo solitus e tipo em
espelho, normalmente acompanham o
arranjo dos demais órgão torácicos e
abdominais
Entretanto os padrões tipo
isomerismo, geralmente estão
associados a um padrão irregular dos
outros órgãos, chamado do
heterotaxia
22.
23.
24. ARRANJO ATRIAL
O isomerismo dos brônquios
quase sempre se correlaciona com
o isomerismo atrial
Já os órgão abdominais a
variabilidade é bem maior
Atlas Colorido de Cardopatias Congênitas, Correlações Clínico-Morfológicas, 1995.
Robert H. Anderson. Tradução: Vera Demarchi Aiello
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26. VARIAÇÃO NA JUNÇÃO
ATRIOVENTRICULAR
Existem dois grupos de
conexões atrioventriculares: as
biventriculares, cada átrio está
conectado ao seu próprio
ventrículo; e as conexões
univentriculares
Atlas Colorido de Cardopatias Congênitas, Correlações Clínico-Morfológicas, 1995.
Robert H. Anderson. Tradução: Vera Demarchi Aiello
27. VARIAÇÃO NA JUNÇÃO
ATRIOVENTRICULAR
As conexões biventriculares podem
ser ainda classificadas em
concordantes, onde AD está
conectado ao VD e AE ao VE ou
discordantes, onde AD para VE e AE
para VD
Quando os apêndices atriais são
isoméricos as conexões
biventriculares são classificadas como
ambíguas
28.
29. VARIAÇÃO NA JUNÇÃO
ATRIOVENTRICULAR
As conexões univentriculares são
encontradas sempre que um
ventrículo tem uma dupla via de
entrada, ou então quando a conexão à
direita ou à esquerda está ausente
Podem ainda ser subclassificadas
em: morfologicamente de ventrículo
esquerdo, morfologicamente de
ventrículo direito, ou ainda de
morfologia indeterminada
30. VARIAÇÃO NA JUNÇÃO
ATRIOVENTRICULAR
Ainda nas conexões
univentriculares pode haver duas
valvas atrioventriculares ou então
uma valva única
Atlas Colorido de Cardopatias Congênitas, Correlações Clínico-Morfológicas, 1995.
Robert H. Anderson. Tradução: Vera Demarchi Aiello
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32. VARIAÇÃO NA JUNÇÃO
ATRIOVENTRICULAR
Quando há duas valvas
atrioventriculares, uma pode ser estenótica,
regurgitante, imperfurada, apresentar
inserção de seu aparelho valvar em ambos
os lados do septo, ou ainda apresentar
cavalgamento no septo
Quando existe uma valva AV cavalgando,
a morfologia do coração será intermediária
entre a conexão AV biventricular e a
univentricular
33.
34. VARIAÇÃO NA JUNÇÃO
ATRIOVENTRICULAR
Se menos de 50% da valva
cavalga o septo, então a conexão
é descrita como biventricular
A conexão será univentricular
apenas se mais de 50% de ambas
as valvas se abrem dentro de um
mesmo ventrículo
35. VARIAÇÃO NA JUNÇÃO
VENTRICULOARTERIAL
Quando há dois troncos arteriais
presentes, eles podem estar
conectados a massa ventricular de
forma concordante ou discordante
Alternativamente, ambas as artérias
podem emergir de um mesmo
ventrículo, que poderá ser o direito,
esquerdo, ou de morfologia
indeterminada
36.
37. VARIAÇÃO NA JUNÇÃO
VENTRICULOARTERIAL
Quando apenas um tronco
arterial está conectado à massa
ventricular, então existe via de
saída única do coração
Tronco comum ou tronco
solitário, guarnecido por uma valva
arterial comum