Breve referência à relação entre as otites médias com derrame e as perturbações dos sons da fala. (apresentação realizada no âmbito da unidade curricular de Diagnóstico da Pós-graduação de Perturbações dos Sons da Fala.(https://ess.ualg.pt/pt/curso/1837)
2. Otites médias com derrame
A otite média com derrame (OMD) é definida como a presença de fluido no
ouvido média sem sinais e sintomas de infeção aguda. É acompanhada por perdas
auditivas condutivas, episódicas e variáveis, que podem variar de grau leve a
moderado, não ultrapassando 50 dB.
Cerca de 80% das crianças têm pelo menos um episódio de OMD até aos oito
anos de idade.
(Pereira & Ramos, 1998; Bluestone & Klein, 2001; Alaerts & Wouters, 2007)
3. Otites médias com derrame
A perda auditiva pode comprometer o desenvolvimento fonológico em
determinados períodos críticos do desenvolvimento infantil (Jusczyk, 1997; Schwartz, Mody
& Petinou, 1997; Kuhl et al., 2005; Gervain & Mehler, 2010, entre outros);
O período de instalação dos episódios de OMD tem demonstrado ser uma
variável relevante na avaliação de crianças com esta patologia (Hall & Hill, 1986; Roberts,
Rosenfeld & Zeisel, 2004; Andreeva, 2010).
6. Otites médias e desenvolvimento
linguístico: algumas evidências
• Otites médias consideradas como fatores de risco de
perturbações fonológicas ( ngram, 1976; Stoel-Gammon & Dunn, 1985;
Paden, Novak & Beiter, 1987; Shriberg et al, 2000; Bauman-Waengler, 2004; Dodd,
2005)
• Estudos sobre marcadores clínicos para as perturbações
fonológicas associadas às otites médias (Shriberg, Flipsen ,
Kwiatkowski & McSweeny, 2003; Wertzner, Pagan, Galea & Papp, 2007)
• Menor perceção dos sons da fala que contenham
consoantes fricativas vozeadas (Petinou et al, 1996, Schochat, 1996;
Mody Schwartz , Gravel & Ruben, 1999; Wertzner, Pagan & Gurgueira, 2009)
Para mais informações sobre este tema consulte-se:
Baptista, A.C. (2015). O desenvolvimento fonológico de crianças com OMD.