Existe somente um – soberano: Jesus Cristo, o Rei dos reis, e Senhor dos senhores. Nem tudo é o que parece. Por isso, não pense de modo antecipado que esses reis, e senhores – são os líderes dos grandes conglomerados, das grandes potências econômicas, das grandes denominações religiosas, ou então os astros dos esportes ou da sétima arte. Não, mais de uma vez não!....
2. HERÓIS BUSCADORES
Juarez Fragata
Existe somente um – soberano: Jesus Cristo, o Rei dos reis, e Senhor
dos senhores. Nem tudo é o que parece. Por isso, não pense de modo
antecipado que esses reis, e senhores – são os líderes dos grandes
conglomerados, das grandes potências econômicas, das grandes
denominações religiosas, ou então os astros dos esportes ou da sétima
arte. Não, mais de uma vez não. Não são estes – os reis, e senhores dos
quais a Bíblia faz menção. Negros e brancos, ricos e pobres, jovens e
idosos: o ponto crucial é – aceitar Jesus como Senhor e Salvador. O
requisito para receber as credenciais de rei, e senhor, e como bônus o
título de sacerdote está contido neste ato de submissão, onde um mero
ser humano caído, morto em ofensas e pecados, rende-se ao Verbo da
Vida, e empreende uma nova caminhada rumo a um Reino, onde
reinará, e também acumulará as funções de senhor e sacerdote.
Vladimir I. Propp em “Morfologia do Conto Maravilhoso”: “Os
heróis do conto maravilhoso podem ser de dois tipos: Se a jovem foi
raptada, e desapareceu assim das vistas de seu pai (bem como do
horizonte do leitor), e Ivan parte à procura da jovem, então o herói do
conto é Ivan, e não a jovem raptada. Podemos denominar buscadores a
este tipo de heróis. Se uma jovem ou um menino são raptados ou
expulsos, e o conto é centrado em quem foi raptado ou expulso, não se
interessando pelos que ficaram então o herói do conto é a jovem (ou o
menino) raptada (-o) ou expulsa (-o). Nestes contos não há buscador, e
o personagem principal pode ser denominado herói-vítima.”
Aqueles que partem rumo ao interior de si mesmo a procura do
Reino de Deus se encaixam perfeitamente na primeira categoria de
heróis, por isso, nada mais justo do que inseri-los neste mesmo
contexto, acrescentando iniciais maiúsculas ao título. Depois de
explicado a regra a narrativa poderá ignorar a possibilidade de
interrupção.
3. OS GUARDIÕES DE LIMIARES
O problema do herói consiste em penetrar em si mesmo (e, por
conseguinte, penetrar no seu mundo) precisamente através desse
ponto, em abalar e aniquilar esse nó essencial de sua limitada
existência (Joseph Campell em Herói de Mil Faces).
Heróis Buscadores a procura de um Reino que não pode ser abalado.
Não é tangível, não se pode tocar ou apalpar. É um Reino interno!
Os Buscadores terão que empreender uma viagem ao próprio âmago.
O objetivo é encontrar um Reino que não consiste em palavras, mas sim
em poder. Não é comida nem bebida, mas justiça, paz, e alegria no
Espírito Santo. A mudança de atitude deslocará os heróis do universo
prosaico, e os introduzirá numa trilha especial, com um propósito
específico: chegar ao centro do núcleo espiritual e tomar posse do Reino
que o Altíssimo lhes dera. Muito além da mente de Júlio Verne. Muito
além da “Viagem ao Centro da Terra”. Nada se compara a realidade
embebida na graça de Deus.
Uma vez tomado posse daquilo que lhes pertence os heróis saem da
condição de “Buscadores”, e passam a reinar em vida, e a viver em
contato com sua própria bem aventurança, de acordo com a vontade do
Criador. A missão, agora, não é buscar, mas sim expandir os limites do
Reino arraigando-se, nos frutos do Espírito: amor, gozo, paz,
longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, e temperança, mas
um antagonista tentará brecar a expansão.
No “Conto Maravilhoso” cabe aos dragões, bruxas, e ao diabo o
papel de antagonista, sendo que o último fora tomado emprestado das
narrativas bíblicas, no entanto, a luta dos reis, senhores e sacerdotes,
não são com dragões e bruxas, mas sim com as obras da carne.
Christopher Vogler em “A Jornada do Escritor”: “Geralmente os
Guardiões de Limiares não são os principais vilões ou antagonistas nas
histórias. Na maioria das vezes, são capatazes do vilão, asseclas
4. menores ou mercenários contratados para guardar o acesso ao quartel
general do chefe.”
As obras da carne podem ser inseridas dentro do contexto
“Guardiões de Limiares”, uma vez que o diabo exerce uma ação direta
sobre as mesmas. No transcurso da narrativa essa afirmativa iluminar-
se-á.
Um núcleo de dezessete ações malignas corpórea constituem as
obras da carne. O poder de destruição é impressionante, e este poder
tenta, incessantemente, suplantar as boas virtudes produzidas pelo
Espírito. Uma vitória definitiva está fora de questão. Em todo o tempo,
em toda a hora “os Guardiões de Limiares” ressurgem das cinzas como
a fênix, obstinados a fazer suas más virtudes – prevalecer sobre as
virtudes do Espírito, contudo, isso não fará os heróis retroceder. Sim.
Todos eles reinaram e expandiram os limites do Reino, e ainda farão às
vezes de senhores e sacerdotes.
BIBLIOGRAFIA
PÁGINA I
1 Timóteo 6/15
Apocalipse 1/5-6
Efésios 2/1
PÁGINA II
Hebreus 12/28
Lucas 17/20-21
1 Coríntios 4/20
Romanos 14/17
Gálatas 5/22
PÁGINA III
Gálatas 5/19-21
Josué 1/ 1-5
PÁGINA IV
2 Timóteo 2/26-26