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© Elbem César 
Todos os direitos reservados ao autor 
CÉSAR, Elbem. 
As três virtudes: fé, esperança e 
amor. Brasília: Edição do autor, 2011. 
Coleção Devocionais. v. 1. 
125p.
1. Cristianismo. 2. Pensamento 
cristão. 3. Bíblia sagrada. 4. Devocionais. 
ISBN n. 978-85-88401-75-4 
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Em memória do meu querido irmão, Gesley 
Nogueira Amaral, cujo exemplo de autenti-cidade, 
coerência, integridade e lealdade in-spirou 
cada parte deste livro.
Prefácio 
Em agosto de 2010, minha vida 
mudou completamente. Naquela data, eu fui 
abalado por um grande terremoto interior: 
Deus ceifou a vida de meu amado irmão, 
com 42 anos. A morte dele foi uma tragédia 
enorme. Chegou a comover a imprensa e boa 
parte da sociedade brasiliense. 
Ele foi cruelmente assassinado por 
um assaltante dentro de sua própria casa, no 
momento em que estava só, sem poder con-tar 
com nenhuma ajuda humana. Ele deixou 
órfãos três filhos menores: o Lucas, o Tiago e 
o Davi. Minha cunhada Esther, heroica-mente 
e com a grande assistência do bom 
Deus, mantém o lar devidamente estru-turado. 
O Lucas, 17 anos, assumiu as funções 
do pai e ainda teve a proeza de continuar os 
estudos e lograr êxito no teste de vestibular 
da UnB.
6/171 
Para Deus, esse episódio é insignific-ante. 
É insignificante porque a morte física, 
para Ele, significa a chamada do espírito 
para mais perto de Si. Ele tem até prazer na 
morte do justo. O que importa bastante para 
o Soberano – e isso O entristece demais – é 
saber que algum ser humano, seja ele quem 
for, escolheu passar pela segunda morte – a 
morte da alma. Esta sim significa separação 
eterna da Sua presença. E, pela segunda 
morte, meu irmão não passará, pois ele era 
um homem temente a Deus, seguidor de Je-sus 
Cristo, íntegro, honesto e trabalhador! 
Porém, isso trouxe a mim e aos meus 
familiares grande e momentânea tristeza. Os 
gregos diziam que a tristeza servia para puri-ficar 
e edificar, e trazia à luz os verdadeiros 
motivos e os verdadeiros valores. Graças a 
Deus, que nos faz passar por algumas provas 
e sofrimentos, para fazer brotar a doçura e o 
que há de melhor em nós.
É como se uma mão gigantesca es-premesse 
um favo fazendo o mel sair. Como 
Moisés, quando bateu na rocha: isso feriu a 
rocha; mas, dela, brotou água! Como uma 
linda flor apertada e esmagada; mas, dela, 
sai o perfume! Como a linda música que sai 
da garganta do pássaro: quase parece que ele 
está sofrendo, mas o que sai é uma canção. 
Nós aprendemos muito por meio da tristeza, 
e algumas das lições mais preciosas que o 
Senhor nos ensina vêm de experiências di-fíceis 
e penosas. 
Ele me dá alegria para a minha tristeza. 
Dá-me amor que afasta o temor. 
Ele me dá o sol na escuridão e beleza por 
cinzas, 
meu irmão! 
Oh! Alegria que me buscas no sofrimento, 
abro a Ti o meu coração. 
Vejo o arco-íris na chuva e, no vento, 
e na promessa, encontro alento, 
que amanhã as lágrimas cessarão. 
7/171
8/171 
Apesar de todo esse acontecimento, 
fora, ao meu redor, eu posso ter paz aqui 
dentro, no meu coração, com o Príncipe da 
Paz: Jesus. 
Jesus nunca dorme! Ele está sempre 
vigiando. Ele sabe quantos (poucos) fios de 
cabelo eu tenho! Tudo está nas mãos d’Ele. 
Ele guarda a minha alma na fenda da 
Rocha, 
que dá sombra a uma terra de sequidão. 
Ele me guarda nas profundezas do Seu 
amor e, 
ali, me protege com a Sua mão! 
O Senhor pode me proteger, não im-porta 
onde eu esteja! E, se Ele decidir que 
acha melhor me levar para Casa, para o Céu, 
em vez de cuidar de mim, então, de um jeito 
ou de outro, eu saio ganhando! “Porque a 
nossa vida está escondida com Cristo, em
Deus, e Tu conservarás em perfeita paz 
aquele cuja mente está firme em Ti porque 
ele confia em Ti.” (Col.3:3; Is. 26:3) 
É Ele quem me dá paz nesse mo-mento 
tão difícil pelo qual ainda estou pas-sando. 
É Ele que me ajuda. N’Ele está a 
minha confiança. Eu preciso confiar n’Ele, 
em Jesus, que é o alicerce mais firme no 
mundo! 
Seguro nos braços de Jesus, 
Seguro no Seu peito manso! 
Ali sinto feliz! 
Ali encontro descanso! 
Algumas das páginas seguintes, 
quando estavam sendo escritas, receberam o 
toque de algumas gotículas de lágrimas. 
Nelas, foram talhadas algumas das minhas 
reflexões sobre o poderio de Deus, criador 
dos céus e da Terra, que está no controle de 
todas as coisas, apesar de o mundo dissolver-se 
sob a regência do maligno. 
9/171
10/171 
Esses escritos são frutos de uma 
mudança radical que vem ocorrendo paulati-namente 
em meu ser. Sob a inspiração de 
Deus, o verdadeiro autor de cada parágrafo, 
eu os escrevi pensando que eu mesmo os 
devo ler e reler, todos os dias, não somente 
eu, mas principalmente minha esposa, meus 
filhos, minha mãe, meu pai e meus irmãos e, 
claro, os meus amigos leitores, aos quais eu 
desejo que sejam também grandemente 
abençoados por Deus. 
Acordo para a verdadeira vida. Per-cebo 
que nada de material nesse mundo faz 
sentido se não tivermos em mente o ver-dadeiro 
propósito da vida, escrito claramente 
na Bíblia Sagrada, a Palavra de Deus. Agora, 
quando se aproximam os meus cinquenta 
anos, noto que, se o meu objetivo enquanto 
aqui no meio dos viventes não for glorificar o 
nome de Jesus Cristo, para que sirvo eu? 
Portanto, querido leitor, desejo a vo-cê 
uma excelente leitura e que o Espírito
11/171 
Santo possa iluminá-lo com cada palavra, 
frase e parágrafo desse livro. Que Deus o 
abençoe!
Introdução 
“Agora, pois, permanecem as virtudes da fé, 
da esperança e do amor. Estas três, mas a 
maior destas é o amor.” 
(1 Coríntios 13:13) 
As virtudes básicas de um ser 
humano bem preparado espiritualmente são 
claramente identificadas pelo mais atuante 
Apóstolo evangélico que a era cristã já 
presenciou. 
Em sua carta dirigida aos coríntios, 
Paulo desafiou os seus leitores a entenderem 
como funcionam as virtudes espirituais. No 
primeiro século, Corinto era a capital da 
Acaia, situada no sul da Grécia. Por causa da 
sua posição perto do istmo que ligava duas 
partes da Grécia, era uma cidade de im-portância 
comercial, cultural e religiosa.
13/171 
Os coríntios não haviam entendido 
ainda como deveriam funcionar essas vir-tudes. 
Por isso, Paulo escreveu-lhes para cor-rigir 
os equívocos. 
Em Cristo, o teste de cada virtude é a 
mensagem que ela inspira seu possuidor a 
afirmar. Uma vez que todas as diversas vir-tudes 
espirituais têm uma mesma fonte – o 
Espírito Santo –, não deveria haver rivalid-ade, 
ciúme ou comparação jactanciosa entre 
as pessoas. Uma virtude, em uma pessoa, 
completa a virtude de outrem. Assim, as 
pessoas se complementam, formando um 
corpo virtuoso. 
Espiritualmente, cada grupo de pess-oas, 
e suas virtudes, representa uma parte do 
corpo de Cristo. Todas as pessoas são igual-mente 
necessárias para o perfeito funciona-mento 
desse corpo. Assim, os membros não 
deveriam sentir-se inferiores ou superiores a 
outros membros porque Deus pôs cada um
14/171 
no corpo onde lhe agradou e deu a cada um 
as capacidades que Ele quis. 
A Carta de Paulo nos ensina hoje que 
todas as virtudes espirituais vêm de Deus. 
Assim, não devemos ser arrogantes ao 
possuí-las. Não fomos nós que as adquiri-mos. 
Também ensina a Carta que cada mem-bro 
deve ser valorizado e todos devem 
pensar, não de maneiras iguais, mas como 
um só corpo. Afinal, um só é a cabeça: Jesus 
Cristo. 
Não obstante o ser humano possa 
possuir várias virtudes, Paulo, ao terminar 
seu capítulo clássico sobre o amor, concluiu 
que três delas são básicas: a fé, a esperança e 
o amor. 
Disse Paulo: “Eu poderia falar todas 
as línguas que são faladas na terra e até no 
céu, mas, se não tivesse amor, as minhas pa-lavras 
seriam como o som de um gongo ou 
como o barulho de um sino. Poderia ter o
15/171 
dom de anunciar mensagens de Deus, ter to-do 
o conhecimento, entender todos os segre-dos 
e ter tanta fé, que até poderia tirar as 
montanhas do seu lugar, mas, se não tivesse 
amor, eu não seria nada. Poderia dar tudo o 
que tenho e até mesmo entregar o meu corpo 
para ser queimado, mas, se eu não tivesse 
amor, isso não me adiantaria nada... Agora, o 
meu conhecimento é imperfeito, mas depois 
conhecerei perfeitamente [esse mistério], as-sim 
como sou conhecido por Deus. Portanto, 
agora existem estas três coisas: a fé, a esper-ança 
e o amor. Porém a maior delas é o 
amor.” 
O amor, além de básico, é a 
maior de todas as virtudes. É básico porque 
vivifica. E, se vivifica, então ele é tudo, 
porque sem vida o corpo não pode existir 
para abrigar outras virtudes. A virtude do 
amor afirma vida porque, quando uma pess-oa 
se sente amada, mesmo que esteja quase 
morta, ela se rejuvenesce. O amor é capaz de
ressuscitar qualquer indivíduo da morte 
mental, afetiva e espiritual. 
A esperança é básica porque renova a 
vida. Se o amor dá vida ao corpo, que, por 
sua vez, abriga a esperança, então o corpo 
cheio do amor tem suas forças renovadas 
pela esperança. 
O ferido é renovado pela esperança, 
mesmo que esteja no chão, cortado como 
uma árvore e com sua raiz envelhecida. 
Vindo o tempo das águas, ele brota nova-mente 
e floresce como uma nova árvore, 
tendo seus ramos reforçados para segurar os 
frutos que certamente se formarão. 
A fé é básica porque, com ela, se 
rompem barreiras. Sem fé, ninguém pode 
agradar a Deus; mas, com fé, n’Ele, o corpo 
vivificado pelo amor e renovado pela esper-ança, 
tudo pode. Com fé, se ora; a oração es-traçalha 
as cadeias que impedem o corpo de 
colocar em prática a virtude do amor. 
16/171
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Com fé, se ama; com fé, se espera; 
com fé, o ser humano avança para alcançar o 
alvo, que é Jesus Cristo, a expressão exata de 
Deus. Deus é amor! 
Portanto, existem estas três coisas 
que são básicas para a boa vitalidade de um 
ser humano: a fé, a esperança e o amor. 
Porém, a maior delas é o amor. 
O amor é, e sempre dever ser, a mo-tivação, 
a mola mestra que impulsiona a ap-licação 
das demais virtudes.
O amor vivifica 
“Porque Deus amou o mundo tanto, que deu 
o seu único Filho, para que todo aquele que 
nele crer não morra, mas tenha a vida 
eterna.” (João 3:16) 
“Nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a 
sua vida por nós; e devemos dar nossa vida 
pelos irmãos.” 
(1 João 3:16)
O amor é lindo! 
“Vocês são filhos queridos de Deus e, por 
isso, devem ser como Ele. Que a vida de vo-cês 
seja dominada pelo amor, assim como 
Cristo nos amou e deu a Sua vida por nós, 
como uma oferta de perfume agradável e 
como um sacrifício que agrada a Deus!” 
(Efésios 5:1-2) 
O amor romântico é uma coisa linda, 
não é? É o sonho de meninas com seus prín-cipes 
encantados. É o sonho de meninos em 
amarrarem seus corações orgulhosamente 
numa linda mulher. Ambos querem 
prosseguir na vida com esperanças de viver-em 
felizes para sempre! 
Embora o amor romântico – a paixão 
– seja um presente de Deus – um pedaço do 
céu na terra –, vamos ser honestos: a paixão 
é também a arma que os demônios podem
20/171 
usar para brincar com nossos corações. Afi-nal, 
quantos de nós já experimentamos tam-bém 
os pontos fracos de uma paixão? Nos 
corações de muitos homens e mulheres, a 
paixão manifestou somente seus pontos fra-cos, 
mesmo quando as intenções eram as 
mais belas. 
É só pelo milagre de Deus que 
casamentos duram a vida inteira, dada a 
grande possibilidade de dor que os cônjuges 
estão propensos em infligir um ao outro. Po-etas 
e escritores têm se referido à paixão 
como uma forma de insanidade. Eu mesmo, 
recentemente, brinquei com um amigo, 
dizendo que, sem Deus, a paixão é uma 
insanidade. 
Mas, para o cristão, o amor é muito 
mais do que paixão. Se olharmos para Cristo 
na cruz, veremos que o amor verdadeira-mente 
sangra... O verdadeiro amor é vulner-ável 
e tudo sofre.
21/171 
Em seu livro The Four Loves, C.S. 
Lewis observou: 
“Amar a qualquer pessoa é ser vul-nerável... 
Se você quer manter seu coração 
intacto, você não deve dar o seu coração 
para qualquer um... Guarde-o com segur-ança 
no caixão do seu egoísmo. Mas esse 
caixão – seguro, escuro, imóvel, sufocante – 
um dia poderá se abrir. Ou será que não? 
Será que sempre ficará inquebrável, impen-etrável, 
irredimível... O único lugar onde 
você pode estar perfeitamente seguro e livre 
do amor é no inferno...” 
Todos nós gostaríamos de acabar com 
os pontos fracos do amor; mas, quando nos 
lembramos do sacrifício de Jesus Cristo na 
cruz, percebemos que isso é impossível. A 
Bíblia descreve a dura verdade sobre a 
natureza humana: quase ninguém seria 
capaz de morrer sequer por um grande 
amigo, mas Cristo morreu por todos, inclus-ive 
pelos Seus inimigos. Isso é o verdadeiro
22/171 
amor expresso de maneira muito mais elo-quente 
do que qualquer ser humano possa 
imaginar. 
O exemplo de Cristo, por si só, é o su-ficiente 
para justificar os riscos advindos do 
amor. Felizmente, amor não é apenas sofri-mento. 
Se fosse, então o amor seria real-mente 
uma insanidade. 
Pelo contrário, Deus – de um modo 
que só Ele sabe – usa o sofrimento para 
trazer a vida... e vida muito melhor do que se 
tivéssemos evitado os riscos do amor. A res-surreição 
do amor está à disposição de 
qualquer casal que queira colocar Cristo 
entre seu casamento e o sofrimento do amor. 
É essa mediação de Cristo que faz com que o 
sacrifício do amor seja agradavelmente per-fumado, 
como diz a Bíblia. 
Eu e minha esposa podemos atestar a 
obra redentora de Deus. Nós nos con-hecemos 
há 34 anos. Já passamos por todos
os momentos complicados que um casal 
possa passar, mas também já experi-mentamos 
as doces recompensas ao transpor 
esses momentos. Entretanto, somente pelo 
milagre do amor – Deus é amor – é que nós 
estamos juntos para glória de Deus. 
É muito bom ouvir as grandes históri-as 
de paixão, em que um rapaz conhece uma 
moça e, após seis meses sussurrando palav-ras 
doces, ficam noivos e planejam um 
casamento de conto de fadas. 
É também maravilhoso saber que o 
verdadeiro amor custa caro; é uma joia pre-ciosa; 
é conquistado aos poucos com lágrim-as 
e algumas feridas. Entretanto, estar aberto 
ao amor e, com Cristo, disposto a enfrentar 
os seus riscos, demonstra maturidade espir-itual 
em quem quer viver uma vida a dois, 
pra sempre. 
Agora, pratique! 
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Você conhece alguém que se queimou 
no amor e prometeu nunca mais dar o seu 
coração para ninguém? Talvez essa pessoa 
seja você! Então, passe agora um tempo em 
oração pedindo a Deus para derrubar todas 
as muralhas construídas em torno do seu 
coração. Assim, você poderá amar e ser 
amado(a) novamente, sentindo que o amor é 
lindo!
Amor é uma ação 
“Quem ouve esses meus ensinamentos e vive 
de acordo com eles é como um homem sábio 
que construiu a sua casa na rocha. Caiu a 
chuva, vieram as enchentes, e o vento 
soprou com força contra aquela casa. 
Porém, ela não caiu porque havia sido con-struída 
na rocha.” 
(Mateus 7: 24-25) 
Parece que as cerimônias de 
casamento estão se multiplicando ultima-mente, 
pelo menos dentro do meu círculo de 
amizade. Nos últimos três anos, eu tenho as-sistido 
a tantos que acho que perdi as contas. 
Nessas belíssimas cerimônias, que 
mais parecem contos de fadas, eu concentro 
a minha atenção nos votos matrimoniais, 
mais do que nos enfeites da festa. As 
promessas feitas um ao outro, pelos jovens
26/171 
casais, de alguma forma, parecem transcend-er 
o romance do dia do casamento. A união 
de duas vidas até a morte é muito sublime! 
Mas, às vezes, questiono se esse amor, 
demonstrado na alegria de terem encontrado 
a alma gêmea, permanecerá após o término 
da lua de mel. 
Embora os sentimentos de paixão 
possam ter alimentado a decisão de se casar-em, 
o sucesso da vida conjugal não depende 
do capricho dos sentimentos ou das circun-stâncias 
da vida, mas da vontade de con-struírem 
um relacionamento duradouro. 
Os votos matrimoniais são feitos em 
livre e espontânea vontade, e não podem se 
limitar à cerimônia, mas devem ser renova-dos 
todos os dias. Essa ação diária de amar 
um ao outro, que nem sempre é fácil, com-binada 
com a graça de Deus, permite que 
duas pessoas construam sua casa na rocha e 
experimentem uma intimidade que não se 
acaba com o tempo. Você já deve ter
27/171 
percebido o brilho nos olhos de alguns casais 
mais velhos quando dizem os anos que estão 
juntos. Pois é, isso é real! 
Espiritualmente falando, o casamento 
é um dos símbolos mais importantes da 
nossa fé cristã. Assim como os nubentes se 
entregam um ao outro em livre e espontânea 
vontade, Cristo livremente se entregou, so-freu 
e morreu por nós. A nossa caminhada 
na fé começa com uma livre e espontânea de-cisão 
de aceitar o sacrifício de Cristo. A aceit-ação 
inicial de Cristo, complementada com 
as decisões diárias de amar a Deus e à Sua 
Palavra, faz com que a caminhada na fé 
prospere. 
Agora, pratique! 
Talvez possamos estar passando por 
um momento difícil e Deus pareça estar dis-tante, 
mas a boa notícia é que não importa o 
quanto a nossa casa está sendo maltratada 
pelas intempéries da vida, Cristo continua ao
28/171 
nosso lado como um cônjuge fiel. Sua graça e 
seu amor inabaláveis estão sempre disponí-veis 
para nós, pois é n’Ele, a Rocha, que es-tamos 
construindo nossa casa.
As melhores coisas 
“O que eu peço a Deus é que o amor de vocês 
cresça cada vez mais e que tenham 
sabedoria e um entendimento completo, a 
fim de que saibam escolher o melhor.” 
(Filipenses 1:9) 
Muitas vezes nos entregamos à tira-nia 
da frase: “Isso é urgente”! E, então, saí-mos 
por aí fazendo as coisas de qualquer 
maneira! 
Lembremos a história de Marta e 
Maria... (Lucas 10:38-42) Muitos andam 
como Marta, na correria, preocupados em 
trabalhar para Deus, em vez de se acalmar 
aos pés de Jesus, como fez Maria. 
Uma dona-de-casa, quando prepara 
um jantar delicioso, pode ter a sensação de 
estar servindo a sua família, sem saber que 
seus filhos podem estar querendo que ela
30/171 
faça outra coisa, além de ficar em cima do fo-gão. 
Por exemplo, quando uma criança pede 
à mãe para fazer cafuné, isso, naquele mo-mento, 
poder ser mais importante do que o 
jantar. Ao cuidar do jantar, a mãe pode estar 
perdendo uma oportunidade de demonstrar 
o amor para com seu filho. 
Marta estava cheia de boas intenções; 
porém, ela inverteu a ordem: o ato de servir, 
que deveria ser o meio para demonstrar o 
amor, tornou-se o fim em si mesmo. Naquele 
momento, o que interessava ao Senhor era a 
companhia, tanto de Marta, quanto de 
Maria. Foi por isso que Jesus disse: “mas 
apenas uma [coisa] é necessária! Maria 
escolheu a melhor de todas, e esta ninguém 
vai tomar dela.” 
Sentar e ouvir Jesus ou meditar nas 
Suas Palavras não é a mesma coisa que não 
fazer nada. Satanás sussurra nos ouvidos 
dizendo que esse tempo poderia ser mais 
bem empregado fazendo outras coisas. Aí a
31/171 
“tirania do urgente” assume. Mas os nossos 
atos, por mais sublimes que sejam, não 
valem nada se não forem feitos com amor (1 
Coríntios 13). Para aprendermos isso, só 
gastando tempo aos pés de Jesus. 
O amor leva às obras, e não o con-trário. 
Eu não posso discernir o que é melhor 
se não tiver a orientação de Jesus. Minha or-ação 
diária deve ser para que eu sempre me 
concentre em Jesus e demonstre o meu amor 
por Ele. Em seguida, Ele me mostra o que 
fazer. Então, sempre caminharei seguro, pois 
estarei focado no amor. 
Agora, pratique! 
Reavalie seus compromissos e 
certifique-se de que você está reservando um 
tempo para se sentar aos pés de Jesus e ouvir 
o seu comando, antes de iniciar qualquer 
atividade.
O misericordioso 
“Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os 
pecadores, dos quais eu sou o pior. Mas foi 
por esse mesmo motivo que Deus teve 
misericórdia de mim, para que Cristo Jesus 
pudesse mostrar toda a sua paciência 
comigo. E isso ficará como exemplo para to-dos 
os que, no futuro, vão crer n’Ele e rece-ber 
a vida eterna.” 
(1 Timóteo 1:15-16) 
Paulo, autor do texto acima, é um dos 
discípulos de Jesus mais queridos em todos 
os tempos. Seu amor pelo Senhor inspira a 
muitos até hoje. No entanto, esse homem ex-traordinário 
também era um pecador – se-gundo 
suas próprias palavras, “o pior”. Como 
pode ser isso? 
Antes de se converter ao cristianismo, 
esse homem perseguiu os cristãos. Ele fez
33/171 
coisas horríveis em nome da justiça. Certa-mente, 
ele sabia dos seus pecados íntimos 
melhor do que nós. E, como ele disse, 
mesmo sendo o pior dos pecadores, Deus 
não poupou a sua misericórdia para com ele. 
Existe outra história muito emocion-ante 
na Bíblia – a da mulher pecadora com o 
vaso de alabastro. Interrompendo um jantar 
na casa de um fariseu, essa mulher – em um 
momento inoportuno –, chorou aos pés de 
Jesus, enxugou-os com os seus cabelos e 
derramou o perfume valiosíssimo que estava 
no vaso. 
Simão, o fariseu anfitrião, ficou re-voltado 
com essa demonstração pública de 
humildade, especialmente por uma mulher 
conhecida por ser uma pecadora. Jesus re-spondeu 
à sua indignação com a seguinte 
história: 
“Dois homens tinham uma dívida 
com um homem que costumava emprestar
34/171 
dinheiro. Um deles devia quinhentas moedas 
de prata e, o outro, cinquenta, mas nenhum 
dos dois podia pagar ao homem que havia 
emprestado. Então ele perdoou a dívida de 
cada um. Qual deles vai estimá-lo mais? 
– Eu acho que é aquele que foi mais 
perdoado! –respondeu Simão. 
– Você está certo! – disse Jesus. Eu 
afirmo a você, então, que o grande amor que 
essa mulher mostrou prova que os seus mui-tos 
pecados já foram perdoados. Mas onde 
pouco é perdoado, pouco amor é mostrado.” 
Muitas vezes, quando pensamos em 
nossos pecados e falhas, sentimo-nos enver-gonhados. 
Nós queremos nos esconder de 
Deus como fez Adão e Eva depois de comer o 
fruto proibido. Nós pensamos que Deus, em 
Sua perfeição divina, nunca poderia olhar 
para nós com o mesmo amor de antes. 
Talvez você até já experimentou esse 
tipo de rejeição, mediante o abandono de um
35/171 
familiar ou de um ente querido. Mas não é 
dessa maneira que Deus atua. 
A coisa surpreendente sobre a miser-icórdia 
de Deus é a sua acessibilidade. 
Quanto maior o pecado, mais Deus quer 
derramar a Sua misericórdia e o seu perdão, 
ao primeiro sinal de arrependimento. A 
Bíblia nos diz que, quando um pecador se ar-repende, 
há festa no céu. Mediante o 
testemunho de Paulo, podemos crer, sem 
dúvida, na paciência ilimitada de Cristo e no 
seu amor inesgotável. 
Agora, pratique! 
Deus também quer ser amado pelos 
pecadores, como fez aquela mulher. Não im-porta 
quantas vezes você pecou ou quão 
grave é o seu pecado, Ele deseja lavá-lo com 
a Sua misericórdia, se você estiver disposto a 
isso. Então, demonstre agora o seu carinho 
por Ele.
O amante zeloso 
“Portanto, vão a todos os povos do mundo e 
façam com que sejam meus seguidores, 
ensinando-os a obedecer a tudo o que tenho 
ordenado a vocês.” 
(Mateus 28:19-20) 
“Desse modo todos nós chegaremos a 
ser um na nossa fé e no nosso conhecimento 
do Filho de Deus. E assim seremos pessoas 
maduras e alcançaremos a altura espiritual 
de Cristo. Então não seremos mais como 
crianças, arrastados pelas ondas e empur-rados 
por qualquer vento de ensinamentos 
de pessoas falsas. Essas pessoas inventam 
mentiras e, por meio delas, levam outros 
para caminhos errados. Pelo contrário, 
falando a verdade com espírito de amor, 
cresçamos em tudo até alcançarmos a al-tura 
espiritual de Cristo, que é a cabeça.” 
(Efésios 4:13-15)
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Certo dia eu li uma frase no Twitter 
mais ou menos assim: “Se você quer ser pop-ular, 
fale de liberalidade. Caso contrário, fale 
de santidade.” Você já notou que a maioria 
das pessoas, inclusive líderes religiosos, pref-ere 
esquecer a palavra santidade? É muito 
penoso falar nessa palavra hoje em dia... Mas 
vamos lá... 
Considere os conjuntos de atributos e 
personalidades a seguir. 
Conjunto “A”: amoroso, comunicat-ivo, 
gentil, longânime, paciente, acessível, 
compreensivo, misericordioso, tolerante, 
sensível. 
Conjunto “B”: santo, honesto, reser-vado, 
ouvinte, coerente, dedicado, maduro, 
firme, correto, justo, racional. 
Qual conjunto melhor descreve a sua 
personalidade? De modo geral, as pessoas se 
dividem entre esses dois conjuntos. O pess-oal 
que se encaixa melhor no Conjunto “A”
38/171 
lembra mais fortemente que Deus é amor e 
de grande liberalidade. O ponto forte das 
pessoas desse grupo é que elas não de-sprezam 
ninguém, procuram conhecer e 
ajudar a todos quantos encontram pela 
frente, mostrando o grande amor de Deus 
pela humanidade. O ponto fraco é que o lado 
amoroso e sensível pode facilmente torná-las 
vítimas de indivíduos mal-intencionados. 
Por outro lado, o pessoal do Conjunto 
“B” tem a forte tendência de lembrar que 
Deus é santo e justo. O ponto forte é que são 
pessoas mais racionais, mais corretas, justas 
e zelosas, mostrando o lado intolerante de 
Deus para com o pecado. O ponto fraco do 
grupo se revela na falta de popularidade dos 
seus componentes. 
Eu conheci um professor que minis-trou 
aulas no ensino fundamental durante 
muitos anos. Nas suas aulas, ele enfocava 
mais o lado disciplinador, moral e ético. Uma 
vez, ele foi convocado para uma reunião com
39/171 
os pais dos alunos e a crítica que recebeu da 
maioria dos presentes é que os alunos não 
estavam sendo bem preparados para en-frentar 
o mundo, porque as pessoas que bus-cam 
ser corretas costumam ser muito im-populares 
e têm pouco espaço na comunid-ade. 
A maioria dos pais não queria que seus 
filhos fossem impopulares, pois já bastavam 
as dificuldades naturais que eles haveriam de 
enfrentar na busca por posições de liderança 
no mercado de trabalho. 
Não será por causa disso que temos 
tantos políticos muito populares, mas nada 
éticos, não é? 
Agora, pense com bastante honestid-ade 
no conjunto de palavras que melhor 
descreve o nosso Pai Celestial. Será que Deus 
tende para um lado ou para o outro? Será 
que o Criador é mais justo do que amoroso, 
ou vice-versa?
40/171 
O nosso Pai tem os atributos dos dois 
conjuntos. A Bíblia diz assim: “Porque Deus 
amou o mundo tanto, que deu o seu único 
Filho, para que todo aquele que nele crer não 
morra, mas tenha a vida eterna.” (João 3:16) 
e “O Senhor é a nossa rocha; ele é perfeito e 
justo em tudo o que faz. Ele é fiel e correto e 
julga com justiça e honestidade.” (Deuter-onômio 
32:4) 
Então, o nosso Pai Celestial é um 
Amante Zeloso! Amante, porque Ele ama a 
todos. Zeloso, porque zela pela Sua própria 
justiça. Nós, se quisermos ser seus seguid-ores, 
devemos procurar agir como Ele. Mas, 
para isso, precisamos aprender as respostas 
para algumas perguntas: como ser justo e ser 
amante ao mesmo tempo? Como mostrar 
para as pessoas que Deus ama o pecador, 
mas detesta o pecado? Como mostrar que o 
amor é ilimitado, mas o pecado tem limite? 
Qual é o equilíbrio entre o amor e a justiça? 
Com o nosso exemplo de vida, estamos
fazendo bons seguidores de Jesus Cristo? 
Estamos sendo amorosos tanto quanto zelo-sos, 
e vice-versa? Amamos o suficiente para 
dizer a verdade, mesmo que doa? 
A Bíblia Sagrada tem todas as respos-tas 
que você precisa. 
Agora, pratique! 
Como você está formando seguidores 
de Jesus Cristo? Você procura mostrar a eles 
todos os atributos de Deus? Ou você mostra 
um Deus só amante? Ou um Deus só zeloso? 
Procure, na Palavra de Deus, o 
equilíbrio, e Ele lhe galardoará pela con-quista 
de verdadeiros seguidores! 
41/171
Bom dia! 
“Quando alguém acorda um amigo de man-hã 
bem cedo com um grito de ‘bom dia!’, o 
seu cumprimento soa como uma maldição.” 
(Provérbios 27:14) 
“Portanto, não digam palavras que fazem 
mal aos outros, mas usem apenas palavras 
boas, que ajudam os outros a crescer na fé e 
a conseguir o que necessitam, para que as 
coisas que vocês dizem façam bem aos que 
ouvem.” 
(Efésios 4:29) 
Eu não gosto de levantar cedo, pois 
sempre vou dormir tarde e isso acaba por me 
segurar um pouco mais na cama. Certa vez, 
eu estava em um retiro espiritual e um irmão 
brincalhão resolveu me despertar em uma 
madrugada. Então ele chegou perto dos 
meus ouvidos e bradou: “Bom dia, irmão El-bem!” 
Eu não me lembro de qual foi a minha
43/171 
resposta, mas tenho certeza de que não foi 
boa. 
Eu respeito os que levam ao pé da le-tra 
o provérbio popular: “Deus ajuda a quem 
cedo madruga”. Mas fiquei encantado, al-guns 
meses depois, quando descobri essa 
passagem de Provérbios 27:14. Eu, imediata-mente, 
compartilhei com meu amigo brincal-hão 
a descoberta, e nós dois chegamos à con-clusão 
de que Deus entende muito bem as 
pessoas que não gostam de levantar bem 
cedo. 
Evidentemente, esse texto bíblico diz 
respeito à sabedoria no falar. Provérbios traz 
mais uma vez o foco de volta para o poder 
que há em nossas palavras, quando nos rela-cionamos 
com as pessoas. A ilustração en-graçada 
demonstra que precisamos de 
sabedoria para falar o que precisa ser falado, 
mas na hora certa.
44/171 
Nós devemos falar a verdade com es-pírito 
de amor; mas, ainda assim, temos que 
escolher a hora certa. Mesmo a promessa 
confortante de Romanos 8:28 de que todas 
as coisas trabalham juntas para o bem 
daqueles que amam a Deus, às vezes, deve 
dar lugar à preocupação, quando o dia-gnóstico 
de uma doença incurável é anun-ciado, 
ou ao luto, quando um ente querido 
morre. Esses são exemplos óbvios, mas as 
situações mais sutis são inumeráveis. 
Nós devemos considerar o impacto de 
nossas palavras, sempre. A pessoa sábia en-tende 
que há momentos em que as palavras 
não resolvem, mas um simples gesto demon-stra 
muito mais amor. Portanto, temos que 
reconhecer que uma palavra certa, dita na 
hora errada, pode muito bem ser maldição 
em vez de bênção. 
Agora, pratique!
45/171 
O que você tem falado? Você é um 
vizinho que grita: “Bom dia?” Vamos encora-jar 
um ao outro com palavras saudáveis, 
ditas na hora certa. Não fale alto. Nosso ob-jetivo 
não é impor nosso ponto de vista ou a 
nossa sabedoria, mas edificar uns aos outros 
com o amor de Cristo.
Pessoas eficazes 
“Os bons florescem como as palmeiras; eles 
crescem como os cedros dos montes líbanos. 
Eles são como árvores plantadas na casa do 
Senhor, que florescem nos pátios do Templo 
do nosso Deus. Na velhice, eles ainda 
produzem frutos; são sempre fortes e cheios 
de vida.” 
(Salmo 92:12-14) 
A frase “começar com o final em 
mente” pode soar familiar para quem já leu o 
livro: “Os Sete Hábitos das Pessoas Alta-mente 
Eficazes”. Segundo o livro, a frase é 
uma ótima resposta para a pergunta: “Onde 
eu quero chegar?” 
Antes de se começar qualquer pro-jeto, 
é razoável que essa pergunta seja feita 
para que o foco seja ajustado, o caminho cor-reto 
seja trilhado, e se produza uma ação
47/171 
efetiva para o alcance do alvo. O que está 
faltando no livro, no entanto, é a perspectiva 
de Deus, expressa no Salmo 92. 
Se o seu alvo é somente material, o 
seu resultado pode ser a frustração, mesmo 
que você tenha trilhado corretamente o cam-inho 
traçado. As pessoas geralmente traçam 
seus objetivos de vida assim: eu quero ser 
bonito(a), eu quero ter coisas valiosas, eu 
quero ser um grande homem ou uma grande 
mulher. Todos querem ter muito tempo livre 
para lazer e cuidado da saúde. 
Nada de errado em buscar a felicid-ade, 
mas ocorre que, sem Deus, a vida é re-tratada 
nas Escrituras como vazia, en-ganadora 
e sem sentido, porque os nossos 
sonhos brotam de um coração contaminado 
pelo pecado. Se quisermos ser espiritual-mente 
eficazes na vida, temos que sonhar e 
começar a realizar nossos planos debaixo dos 
propósitos de Deus. Só assim podemos 
chegar à velhice produzindo bons frutos.
48/171 
No Salmo 92, Deus mostra qual é a fi-nalidade 
da vida e o que faz o homem feliz: 
“Ó Senhor Deus, os teus feitos poderosos me 
tornam feliz! Eu canto de alegria pelas 
coisas que fazes.” “Os bons florescem como 
as palmeiras”, ou seja, eles estão cheios de 
vitalidade espiritual, mesmo no final da vida, 
quando a tentação de reclamar e de expres-sar 
o egoísmo é mais forte. Em vez de re-clamar, 
os seus lábios estão cheios de louvor, 
declarando que Deus não foi injusto para 
com eles. 
As raízes de tal vigor da alma são teci-das 
ao longo dos versos anteriores desse 
Salmo, no qual lemos sete hábitos de vida es-piritualmente 
eficaz. São eles: 
1. dar graças a Deus – “Ó Senhor Deus, 
como é bom dar-te graças! Como é 
bom cantar hinos em tua honra, ó 
Altíssimo!” (v.1);
49/171 
2. falar do amor de Deus – “Como é 
bom anunciar de manhã o teu amor e 
de noite, a tua fidelidade.” (v.2) Para 
o homem justo, cada dia começa e 
termina com Deus, o que implica que 
Deus é o centro dos seus pensamen-tos 
durante todo o dia. O amor de 
Deus é expresso na Sua promessa de 
salvação para todo homem. A fidelid-ade 
é o cumprimento da Sua 
promessa expressa na morte do Seu 
único filho, Jesus Cristo; 
3. cantar com alegria a Deus – “Ó Sen-hor 
Deus, os teus feitos poderosos me 
tornam feliz! Eu canto de alegria 
pelas coisas que fazes.” (v.4); 
4. procurar saber mais de Deus – “Que 
grandes coisas tens feito, ó Senhor! 
Como é difícil entender os teus 
pensamentos!” (v.5). Significa não ter 
uma visão superficial e pragmática de
50/171 
Deus. Não O ver apenas como um 
meio para conseguir outras coisas; 
5. reconhecer a transcendência de Deus 
– “Pois tu, ó Senhor, estás para 
sempre acima de tudo e de todos.” 
(v.8). Deus está acima de todas as 
Suas criaturas. O justo percebe que o 
homem não é igual a Deus; 
6. descansar em Deus – “Nós sabemos 
que os Teus inimigos morrerão e que 
todos os maus serão derrotados.” 
(v.9). Deus terá a palavra final sobre 
todos os males e as injustiças. Ele 
tratará com justiça os inimigos da 
justiça; e 
7. depender continuamente de Deus – 
“Tu me tens tornado forte como um 
touro selvagem e me tens abençoado 
com a felicidade.” (v.10).
51/171 
Talvez você conheça um crente idoso 
que incorpora esses sete hábitos. Eu conheci 
o diácono João Sabino, um homem de Deus. 
Antes da sua morte, já de idade avançada, eu 
o visitei. Ele estava em uma cama de hospital 
e com graves problemas de saúde. Mas, dur-ante 
a nossa visita, ele falou não sobre a sua 
dor, mas sobre seu prazer em ler as verdades 
da Bíblia. Ele me perguntou sobre minha 
família, meu trabalho, e sobre o que eu 
venho lendo e aprendendo. Ele falou de di-versos 
hinos e canções que sempre cantava 
ao longo do dia. 
Lembramos-nos das suas gargalha-das. 
Sua oração no final de nossa conversa 
foi cheia de gratidão e louvor ao Senhor, 
evidenciando um conhecimento pessoal e 
uma profunda confiança em Deus. 
Enquanto eu o escutava, eu pensei 
comigo mesmo: esse homem é o Salmo 92 
em pessoa. Em vez de abençoá-lo, eu é que 
saí abençoado, pois ali estava uma pessoa
52/171 
que, pela graça de Deus, aprendeu a praticar 
os hábitos de uma vida espiritualmente 
eficaz e, ainda na velhice, produzia frutos. 
Agora, pratique! 
Reflita comigo: estamos praticando 
regularmente os sete hábitos do Salmo 92? 
Como vivo hoje, eu vou conseguir passar o 
restante da minha vida nesta terra com vital-idade 
espiritual, florescendo como as pal-meiras? 
Se não, onde está o problema?
Felizes os mansos 
“Felizes os mansos, pois receberão o que 
Deus tem prometido.” 
(Mateus 5:5) 
Eu tinha uma aversão à palavra 
“manso”. Ela me fazia lembrar da época do 
meu último ano no ensino fundamental. 
Devido à má dicção, eu era um adolescente 
tímido, pois tinha dificuldade em pronunciar 
corretamente algumas palavras. Os colegas 
não deixavam de me zoar, principalmente 
quando estávamos em rodinha. Eles 
achavam engraçada a minha voz. 
Certo dia, na aula de educação sexual, 
o professor me pediu para fazer uma ap-resentação 
sobre a lição aprendida. Eu es-tava 
indo mais ou menos bem, na frente da 
sala, até que chegou a hora de dizer a palavra 
"homossexual”. Simplesmente, eu não
54/171 
conseguia pronunciar essa palavra. Depois 
de tanto gaguejar, enfim pronunciei 
“homoxexel”. Para quê! Foi motivo de gar-galhada 
da sala inteira, inclusive do profess-or. 
A partir daquele dia, os colegas 
começaram a me chamar de “homoxexel”. 
Essa atitude me irritava tanto que, certa vez, 
perdi a esportiva e comecei a esbravejar. 
Mas, a cada vez que esbravejava, mais eles 
me chamavam de “homoxexel”. 
Chegava em casa chorando e contava 
isso para minha avó. Ela, com toda paciên-cia, 
sempre dizia que eu deveria ser manso, 
porque Jesus disse que os mansos são felizes. 
Mas eu pensava comigo: como posso ser 
manso diante de tanta azucrinação que me 
deixa extremamente irritado? 
Numa manhã, minha avó leu esse 
trecho bíblico para mim e trouxe algumas re-flexões 
que me ajudaram a olhar o mundo 
sob outra perspectiva. No Sermão da 
Montanha, vemos Jesus explicar o seu
55/171 
verdadeiro propósito na Terra. Para a de-cepção 
de muitos, ele não iria ser um rei ter-reno, 
conferindo poder e prestígio ao seu 
povo. Em vez disso, Jesus mostra que o pla-no 
de Deus para a humanidade inclui uma 
transformação interior, visando um reino 
eterno. Para preparar adequadamente a to-dos 
nós para esse reino eterno, Jesus ensina 
que os valores terrenos devem ser substituí-dos 
pelos valores celestiais, e estes baseiam-se 
no amor e na misericórdia. 
É a misericórdia de Deus que trans-forma 
o nosso coração de pedra em coração 
de carne, tirando todo orgulho e presunção. 
É a humildade de Cristo que nos chama para 
um relacionamento saudável com o próximo 
e com Ele. Para isso se tornar real, Jesus nos 
pede para aprendermos com Ele o que é ser 
manso e humilde de coração. Só assim en-contraremos 
descanso para nossas almas. 
Isso não quer dizer que devemos jog-ar 
fora as virtudes como a coragem e
56/171 
intrepidez. Eu, particularmente, acho muito 
mais complicado aprender a ser manso e hu-milde 
do que aprender a ser ousado e cora-joso, 
mas temos que colocar todas essas vir-tudes 
na balança e buscar um equilíbrio. É 
um equilíbrio difícil – mas necessário – se 
quisermos refletir Cristo a este mundo 
ferido. 
Agora, pratique! 
Existe alguma área na qual você pre-cisa 
ser mais humilde e manso? Peça a Deus 
para lhe dar um coração como o de Jesus! 
Que sua alma seja restaurada sem que você 
perca a dignidade que Deus lhe deu. Seja 
feliz!
O irmão mais velho 
“Faz tantos anos que trabalho como um es-cravo 
para o senhor e nunca desobedeci a 
uma ordem sua. Mesmo assim, o senhor 
nunca me deu nem ao menos um cabrito 
para eu fazer uma festa com os meus ami-gos. 
Porém, esse seu filho desperdiçou tudo 
o que era do senhor, gastando dinheiro com 
prostitutas. E agora ele volta, e o senhor 
manda matar o bezerro gordo! Então o pai 
respondeu: ‘Meu filho, você está sempre 
comigo, e tudo o que é meu é seu.” 
(Lucas 15: 29-31) 
Recentemente, um jovem abriu seu 
coração para mim. Ele tem 30 anos, é 
solteiro, não namora e não teve ainda a sua 
primeira experiência sexual. Ele me disse: 
“Eu gostaria muito de casar. Sei que essa 
escolha é séria, por isso, estou nesses anos 
todos esperando por uma princesa idônea,
58/171 
com a qual eu realmente possa ter um futuro 
feliz. Entretanto, quando vejo rapazes da 
minha idade viverem uma vida libertina, 
penso que deveria estar fazendo o mesmo! O 
que me dói é ver que todas essas pessoas 
comprometem a sua pureza, e mais rapida-mente 
‘casam e dão-se em casamento’, en-quanto 
eu vivo uma vida de castidade, per-manecendo 
solteiro. Isso não é justo!” 
Alguma vez você já se sentiu assim? É 
natural sentir-se frustrado quando se dá mal 
fazendo boas escolhas, enquanto aqueles que 
fazem más escolhas parecem ganhar a vida 
de forma mais fácil. 
Muitos conhecem a história do filho 
pródigo citada no início. A maioria de nós, 
em algum momento, tem empatia com o 
irmão mais velho do filho pródigo. Afinal, ele 
é o filho que fez tudo certo. Mas, sincera-mente, 
o irmão mais velho não era muito 
diferente do mais jovem. Ambos acreditavam
59/171 
em uma falácia: “Se eu fizer as coisas do meu 
jeito, eu vou conseguir.” 
As consequências das ações do filho 
pródigo são óbvias – a vida realmente se des-faz, 
quando vivida de forma imprudente e 
desregrada. Mas o que acontece exatamente 
quando abraçamos a atitude do irmão mais 
velho? 
Podemos e devemos procurar ter uma 
vida de pureza, tomar decisões corretas e 
manter uma aparência de bem-estar, mas 
tudo isso começa a apodrecer dentro de nós, 
quando negligenciamos o amor do Pai. Eu 
vejo três perigos sutis para a alma daquele 
que opta pela atitude do irmão mais velho: 
1. perda de clareza espiritual – quando 
nós assumimos a postura do irmão 
mais velho, a nossa visão espiritual é 
escurecida, porque esquecemos o 
sacrifício de Cristo. O irmão mais 
velho também percorre um caminho
60/171 
ímpio, porque ele não consegue ver 
as coisas da perspectiva de seu pai 
misericordioso. Ele não consegue ver 
que seu irmão pródigo sofreu – e 
muito – por causa das suas trans-gressões, 
mas arrependeu-se com 
profunda tristeza. Ele fica com inveja 
por causa da festa na chegada do seu 
irmão e interpreta o perdão do pai 
como um ato pessoal. O irmão mais 
velho, com o coração amargo e in-grato, 
só aumenta a dor de seu pai ao 
tentar justificar a sua raiva em fun-ção 
do aborrecimento que seu irmão 
mais novo o havia infligido; 
2. orgulho espiritual – quando com-paramos 
a nossa bondade com as fal-has 
dos outros, nós praticamos o or-gulho 
espiritual. Esse tipo de orgulho 
é mortal para a alma. Ele nos faz per-der 
a gratidão para com o nosso 
Deus, obscurece a nossa própria
61/171 
necessidade de misericórdia, e nos 
engana em pensar que Deus nos deve 
alguma coisa. Com esse orgulho nós 
anulamos o sacrifício de Cristo; e 
3. mesquinhez – a miséria sai do filho 
pródigo e se instala no filho mais 
velho. O irmão mais velho tinha 
acesso ao amor do pai o tempo todo, 
mas a sua atitude ao ver a alegria do 
pai não revela um coração alegre. 
Mesquinhez, orgulho, inveja, atitudes 
preconceituosas e perfeccionistas im-pedem 
a felicidade em nossas vidas. 
Então, o que podemos fazer para en-contrar 
a paz quando sentimos que a vida é 
injusta? Bom, além de reconhecermos os 
sentimentos de tristeza, de frustração e até 
mesmo de confusão, devemos parar de olhar 
para os outros e começar a olhar para Cristo. 
Lembremos o que Deus falou a Caim: “Por
62/171 
que você está com raiva? Por que anda 
carrancudo?” 
Agora, pratique! 
Existe alguma mágoa que você está 
guardando e que está lhe deixando pensar 
como “o irmão mais velho”? Peça a Deus 
para removê-la do seu coração para que você 
possa reconhecer o amor do Pai Celeste.
Mais um conto da 
carochinha... 
“Disse Jesus: quem ouve a minha palavra e 
crê naquele que me enviou tem a vida 
eterna, não entra em juízo, mas passou da 
morte para a vida...’ (João 5:24) 
“E se alguém guardar a minha palavra, não 
verá a morte, eternamente.” 
(João 8:51) 
Uma das minhas leitoras me escreveu 
dizendo que não podia acreditar em Deus, 
porque um Deus amoroso não seria tão cruel 
a ponto de mandar pessoas para o inferno. O 
meu falecido irmão passou boa parte de sua 
vida pensando assim. Ele chegava a afirmar 
que a Bíblia é um conto da corochinha. Feliz-mente, 
ele mudou de ideia a tempo. 
Certa vez, eu ministrei uma palestra 
sobre “A Graça de Deus” e disse que o Deus
64/171 
de amor e misericórdia é o mesmo que envia 
pessoas para o inferno. Evidentemente, sob o 
ponto de vista humano, assassinos e crim-inosos 
merecem mesmo ser punidos. Mas o 
que diremos de pessoas que são boas e igual-mente 
condenadas por toda a eternidade? Só 
porque elas não aceitaram Jesus Cristo como 
único Salvador? Isso parece mesmo muito 
cruel. 
Bem, acho que podemos fazer um 
paralelo com a Declaração de Imposto de 
Renda. Confesso que não existe nada tão 
desnecessariamente complicado, dol-orosamente 
frustrante e sensivelmente es-tressante 
como prestar contas para o fisco e, 
depois, ainda ter que pagar os impostos. 
Não sei qual é a sua experiência; mas, 
ao prestar contas para o fisco, eu encontro 
uma resposta para a minha incerteza espir-itual. 
Pagar imposto pode ser frustrante, mas 
é lei. E aqueles que criaram e aprovaram os 
impostos e seus regulamentos sabem muito
65/171 
bem por que fizeram isso. Nós podemos ar-ranjar 
desculpas diversas: dizer que a carga 
tributária é injusta, que ela é alta, que o im-posto 
arrecadado é mal administrado, etc.; 
mas, no final, somos mesmos obrigados a 
cumprir a lei ou sofrer as consequências de 
nossas ações e omissões. 
Em vista disso, “será que a pena de 
morte para o pecado é injusta? De maneira 
nenhuma. Lembre-se que Deus voluntaria-mente 
nos criou. Ele nos deu o privilégio de 
sermos portadores de sua imagem. Ele nos 
fez um pouco inferior aos anjos. Ele livre-mente 
nos deu o domínio sobre toda a terra. 
Nós não somos tartarugas. Nós não somos 
vagalumes. Nós não somos lagartas ou 
coiotes. Somos pessoas. Nós somos a im-agem 
e semelhança do Majestoso Rei do 
Universo. O problema, é que nós não usam-os 
o dom da vida com a finalidade que Deus 
planejou. A vida neste planeta tornou-se 
uma arena na qual estamos diariamente
66/171 
mantendo o espetáculo da traição cósmica.” 
(R.C. Sproul) 
Infelizmente, a verdade não é sempre 
gentil; às vezes, ela é dura. E a Verdade de 
Deus é que, mesmo o mais bondoso ser hu-mano, 
já nasceu no pecado. “De fato, tenho 
sido mau desde que nasci; tenho sido 
pecador desde o dia em que fui concebido.” 
Quem disse isso foi o rei Davi, homem con-siderado 
(por Deus) segundo o coração de 
Deus. (Salmos 51:5). Ocorre que todo o 
Universo caiu quando Adão pecou. 
E, então, o que fazemos agora? Bem, 
temos duas opções: nós podemos ficar o 
resto da nossa vida tentando negar nossa 
culpa, dizendo que tudo isso é mais um conto 
da carochinha. Certamente, não vamos 
chegar a lugar nenhum. Essa é uma opção. 
A outra é: nós podemos aceitar que 
Jesus Cristo, o unigênito filho de Deus, 
sacrificou-se para nos dar uma saída para
67/171 
esse imbróglio humano. Podemos recon-hecer 
a graça de Deus como um dom, 
sabendo que a morte de Seu filho nos pro-porcionou 
o perdão do pecado original, 
presente em toda a humanidade. “Porque, 
assim como, em Adão, todos morrem, assim 
também todos serão vivificados em Cristo.” 
(1 Coríntios 15:22) 
Agora, pratique! 
A solução me parece simples: Deus 
nos deu o livre arbítrio e, agora, cabe a nós 
escolher a melhor opção. Eu já escolhi 
guardar a Palavra de Jesus, com fé de que 
não verei a morte eterna. (João 8:51). E 
você?
Haja coração! 
“Jesus usou parábolas para ensinar muitas 
coisas. Ele disse: — Escutem! Certo homem 
saiu para semear. Quando estava espal-hando 
as sementes, algumas caíram na 
beira do caminho, e os passarinhos 
comeram tudo. Outra parte das sementes 
caiu num lugar onde havia muitas pedras e 
pouca terra. As sementes brotaram logo 
porque a terra não era funda. Mas, quando 
o sol apareceu, queimou as plantas, e elas 
secaram porque não tinham raízes. Outras 
sementes caíram no meio de espinhos, que 
cresceram e sufocaram as plantas. Mas as 
sementes que caíram em terra boa 
produziram na base de cem, de sessenta e de 
trinta grãos por um.” 
(Mat. 13:3-8) 
Um amigo estava me contando sobre 
um indivíduo que recentemente se converteu
69/171 
a Cristo, sem antes nunca ter ouvido falar 
sobre as Boas Novas. A verdade é que, apesar 
de tantas igrejas existentes hoje nos países 
abertos ao Evangelho, muitos ainda nunca 
ouviram falar de Jesus porque algumas pess-oas 
estão vivendo uma vida espiritual in-frutífera, 
sem darem testemunho genuíno do 
amor de Deus. 
Essas pessoas estão dentro das igre-jas, 
ouvem a Palavra de Deus constante-mente, 
mas seus corações permanecem en-durecidos 
para obedecerem ao “vão pelo 
mundo inteiro e anunciem o evangelho a to-das 
as pessoas.” (Marcos 16:15). Sem dúvida, 
isso é uma posição perigosa porque “quem é 
repreendido muitas vezes e teima em não se 
corrigir cairá de repente na desgraça e não 
poderá escapar.” (Provérbios 29:1) 
É bem verdade que a paciência e a 
misericórdia de Deus são imensuráveis. Di-ante 
disso, muitos relaxam e ficam apenas 
ouvindo os ensinamentos bíblicos
70/171 
semanalmente, sem nunca experimentarem 
a alegria de uma vida frutífera. Muitas vezes, 
essas pessoas são as que cresceram em uma 
família cristã e que seus pais as levaram à 
igreja. Entretanto, nunca tiveram uma ex-periência 
real com Cristo. 
Haja coração para ser um cristão 
autêntico! Devemos constantemente pergun-tar 
a nós mesmos se somos verdadeiros 
cristãos e se estamos cumprindo as ordens 
do Mestre. Será que não estamos fazendo da 
rotina cristã um hábito dominical, tão 
somente? A semente da Palavra que cai nos 
nossos corações produz frutos espirituais? 
Ou seja, tenho sido bênçãos para o meu 
próximo, aquele que Deus coloca no meu 
caminho para ajudar? 
Agora, pratique! 
Não basta ir à igreja e continuar com 
um coração empedernido, onde caem as se-mentes 
que logo secam! Nunca é tarde
71/171 
demais para renovar o seu compromisso com 
Cristo e experimentar a alegria de realmente 
ser luz nas trevas que dominam este mundo! 
Haja coração de carne!
Uma colinha 
“Ó Senhor Deus, ensina-me a entender as 
tuas leis, e eu sempre as seguirei. Dá-me en-tendimento 
para que eu possa guardar a 
tua lei e cumpri-la de todo o coração.” 
(Salmo 119: 33-34) 
Meus jovens leitores, eu tenho uma 
confissão a fazer. Quando estava no ensino 
médio, eu odiava as aulas de Química. Eu de-testava 
os laboratórios e os cheiros daqueles 
produtos horríveis. As aulas eram sem graça 
e ainda haviam os trabalhos práticos para 
serem feitos em casa. Como você pode ver, 
eu nunca fui um bom aluno nessa matéria. 
Em vez de estudar para as provas, eu 
preparava as minhas “colinhas”. Nos dias dos 
testes, eu sentava numa posição da sala na 
qual o bedel não podia me ver. Assim, fui le-vando 
a vida até conseguir passar e terminar
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o ensino médio. Eu pensava comigo: para 
que sofrer com essa matéria horrível, que 
não vou usar para nada, sendo que eu posso 
colar? 
Eu vim a perceber o meu erro logo 
mais tarde, quando tive que enfrentar o ves-tibular. 
Como não havia estudado nos anos 
anteriores, não sabia resolver nenhum prob-lema 
de Química. Resultado, fui reprovado e 
tive que voltar para o cursinho. 
Às vezes, nós gostamos de usar a 
Bíblia como “colinha”. Quando o mundo nos 
confronta com um problema ou uma dúvida, 
abrimos a Bíblia de qualquer maneira e grit-amos: 
“Veja, a Bíblia diz que não se pode 
fazer isso..., ou, a Bíblia não diz nada contra, 
vamos fazer...” 
A Bíblia é o Livro dos livros, é a Pa-lavra 
de Deus. Ela não foi escrita para ser 
usada como uma “colinha” nas horas de 
aperto. Se não estudarmos a Palavra de Deus
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como deve ser estudada, não vamos entender 
por que Jesus disse as coisas que disse. Se 
lermos a Bíblia sem meditar no que está es-crito, 
sem observar o contexto das pas-sagens, 
não vamos entender o recado de 
Deus para nós. Quando fazemos assim, 
somos realmente maus alunos. 
Tente pensar da seguinte forma: 
antes que um médico possa estar apto para 
curar a doença de um paciente, ele primeiro 
precisa compreender a doença. Ele tem que 
entender a sua origem, o que ela afeta no 
corpo, que tipo de tratamento pode ser min-istrado 
e qual a melhor medicação para o pa-ciente. 
Se o médico não faz esse diagnóstico 
antes, ele pode acabar prejudicando o pa-ciente, 
errando na dose dos remédios ou até 
aplicando o remédio errado. 
Da mesma forma, Deus nos chama 
para sermos médicos para os espiritual-mente 
doentes. Sem entendermos as leis 
divinas, sem compreendermos o grande
amor de Deus expresso nas Escrituras Sagra-das 
e sem sabermos qual é o tratamento que 
Deus deixou receitado, nós vamos errar a 
dose. As consequências podem ser duas: ou 
não salvaremos almas, pois não as faremos 
verdadeiros discípulos de Jesus, ou as 
mataremos de vez, não as fazendo com-preender 
o amor de Deus! 
Agora, pratique! 
E, então, você tem estudado bem o 
plano de Deus para a salvação da humanid-ade? 
Quão frequentemente você estuda a 
Bíblia Sagrada? Você é um bom médico es-piritual? 
Ou você costuma fazer “colinhas 
bíblicas”? 
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A esperança renova 
“Porque há esperança para a árvore, pois, 
mesmo cortada, ainda se renovará, e não 
cessarão os seus rebentos.” 
(Jó 14:7) 
“Há esperança para o ferido 
Como árvore cortado, marcado pela dor 
Ainda que na terra envelheça a raiz 
E no chão, abandonado, o seu tronco 
morrer 
Há esperança pra você 
Ao cheiro das águas brotará
Como planta nova florescerá 
Seus ramos se renovarão 
Não cessarão os seus frutos 
E viverá” 
(Diante do Trono) 
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Cristo vive! 
“Ele não está aqui; já ressuscitou, como 
tinha dito. Venham ver o lugar onde ele foi 
posto.” 
(Mateus 28:6) 
Esse fato é a causa primordial da es-perança 
do Cristão. Quando fui a Israel, 
fiquei muito emocionado ao ler a frase “Ele 
não está aqui; Ele ressuscitou” escrita na 
parede do túmulo de Jesus. Naquela visita, 
pude sentir alguns arrepios. Foi um dos mo-mentos 
mais impactantes da minha viagem a 
Jerusalém. 
O que eu faria se alguém que eu con-hecesse 
pessoalmente tivesse ressuscitado? 
Especialmente se ele tivesse dito que iria 
morrer e que, depois de três dias, voltaria 
dos mortos?
79/171 
Pergunto sério. O que eu faria? O que 
você faria? Será que eu não contaria a todos 
que encontrasse pela frente sobre esse 
evento milagroso? Caramba, claro que con-taria! 
Eu costumo contar emoções menores, 
como uma boa cena de um filme. Então, cer-tamente, 
eu divulgaria um milagre desses! 
Ainda mais sabendo que a pessoa que res-suscitou 
estaria dizendo que fez isso para 
que todo o resto da humanidade tivesse a 
chance de jamais sofrer com a morte. E que, 
para isso acontecer, bastasse simplesmente 
acreditar no episódio, e mais nada! 
Ah! Você não crê? Você não é o único! 
Houve um que viu tudo isso e, mesmo assim, 
ainda não cria. Foi Tomé. Mas Jesus Cristo 
ressuscitado disse a Tomé: “– Veja as minhas 
mãos e ponha o seu dedo nelas. Estenda a 
mão e ponha no meu lado. Pare de duvidar e 
creia! Então Tomé exclamou: – Meu Senhor 
e meu Deus!” Disse Jesus: – Você creu 
porque me viu! Felizes são os que não viram,
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mas assim mesmo creram!” (João 20:27-29). 
Por isso, cantemos a música de Hillsong Un-ited: 
“Aleluia! Vivo está Jesus. A morte per-deu 
sua vitória e o túmulo foi negado. Jesus 
vive pra sempre. Ele está vivo! Ele está vivo!” 
Você aceita essa história? Se não, é 
bom aceitar, porque... “quem rejeita esse en-sinamento 
não está rejeitando um ser hu-mano, 
mas a Deus, que dá a vocês o seu 
Espírito Santo.” (1 Tessalonicenses 4:8). 
Bom, você aceita, mas não tem coragem sufi-ciente 
para divulgar isso aos seus amigos e 
parentes? Então, encha-se do Espírito Santo 
e perca o medo agora, “pois o Espírito que 
Deus nos deu não nos torna medrosos; pelo 
contrário, o Espírito nos enche de poder e de 
amor...” (2 Timóteo 1:7). 
Você acha que não é uma notícia rel-evante? 
A ressurreição de Jesus vem con-firmar 
e cumprir profecias de centenas de 
anos anteriores. Eis a razão pela qual a fé 
cristã assume lugar especial no coração do
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homem. Essa é a diferença entre Jesus Cristo 
e todos os outros que se diziam vindos de 
Deus (Mateus 28). Desta forma, Buda, 
Maomé, Gandhi e outros não ressuscitaram. 
Jesus é o único e verdadeiro filho de Deus, o 
Salvador da humanidade. Todos os outros 
morreram e passaram, mas Jesus ressuscitou 
e está vivo, salvando e fazendo milagres. 
Infelizmente, sinto que muitos con-tinuam 
diante do Jesus crucificado. Pois, 
apesar da mensagem da ressurreição, muitos 
continuam, por causa dos mais diversos 
problemas e dificuldades, sem razão para 
viver. As tensões, as angústias, as de-pressões, 
a violência, a doença, as mudanças 
e tantas outras dores e contratempos trans-formam 
a vida de muitos numa eterna cruci-ficação! 
Num eterno muro de lamentações! 
Por outro lado, me pergunto se é possível 
apagar completamente o sofrimento de 
nossas vidas.
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Creio que não. Porém, creio que é 
possível transformar o sofrimento em uma 
vida plena de sentido e cheia de realizações. 
Afinal, até as rosas têm os espinhos que 
fazem doer. E “para que a beleza de uma rosa 
seja apreciada, é preciso ter cuidado com os 
seus espinhos. Desviar dos espinhos é algo 
diferente do que retirá-los.” (Ernani Röpke). 
O Jesus Cristo vivo nos dá esperança 
para uma boa caminhada na vida, mesmo di-ante 
da morte. Basta você crer e tomar posse 
da bênção! Tenha uma vida plena em meio 
aos problemas. 
Agora, pratique! 
Portanto, não fique estagnado na cru-cificação 
de Cristo, mas lembre-se: Cristo 
vive para que você viva. Deixe a mensagem 
da ressurreição e o amor ilimitado de Deus 
revelado em Cristo Jesus transformarem o 
seu sofrimento em alegria e em esperança de 
vida. Quando o amor de Deus habita nossas
83/171 
mentes e corações, sempre ressurge uma 
vida plena e abundante.
Bênçãos ocultas 
“Deus fere, mas ele mesmo faz o curativo; 
ele machuca, mas as suas mãos curam.” (Jó 
5:18) 
“Tudo de bom que recebemos e tudo o que é 
perfeito vêm do céu, vêm de Deus, o Criador 
das luzes do céu. Ele não muda, nem varia 
de posição, o que causaria a escuridão.” 
(Tiago 1:17) 
Embora já caminhando para o final 
do ano de 2011, eu ainda estou avaliando 
tudo o que aconteceu com minha família no 
ano passado. Desculpe-me por estar um pou-co 
atrasado, mas eu aproveito a calmaria das 
férias para uma reflexão. Eu sempre gosto de 
avaliar o que Deus tem feito em nossas vidas. 
Resumindo 2010, eu o chamo de ano 
de bênçãos ocultas. Além de muitas outras 
coisas ruins que me aconteceram, eu perdi
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meu irmão, assassinado por um ladrão, de 
forma brutal, dentro de seu próprio lar. Em 
decorrência disso, muitos outros problemas 
familiares me ocorrem até hoje. Não con-segui 
enxergar com os olhos carnais nen-huma 
bênção! 
Entretanto, eu me sinto sortudo por 
ter sobrevivido 2010. Isso não é um exagero! 
Eu sei que sou dependente da graça de Deus, 
que tem me mantido vivo a cada ano. Mas 
esse ano de 2010, porém, eu praticamente 
tive o meu nariz esfregado em tragédias. 
Todos os acontecimentos me levaram a ques-tionar: 
“por que isso aconteceu comigo?” – e 
eu mesmo a me responder com: “graças a 
Deus por tudo”. 
A verdade é que o Senhor não me 
deixou passar ileso por essas provas, pois eu 
senti, e sinto na alma, as consequências de 
tudo. Entretanto, Ele usou o meu sofrimento 
para trazer uma coisa boa: a experiência de 
sentir de forma real a graça divina.
86/171 
Eu sou uma pessoa orientada para 
resultados, por isso eu sempre me esforçava 
bastante para ser “suficientemente bom” 
para com Deus e, com isso, “ganhar” o favor 
de Deus por ser um bom cristão. Mas eu es-tava 
completamente errado nos meus concei-tos. 
Eu cheguei à conclusão que é somente 
Cristo que nos dá o dom da vida, apesar de 
nossos melhores esforços, que só servem 
para atrapalhar o efeito da graça divina em 
nós. 
Eu poderia escrever sobre outras 
coisas ruins que ainda me vêm acontecendo, 
mas a ideia que quero passar aqui é esta: de-vemos 
esperar com paciência, pois “Deus 
fere, mas ele mesmo faz o curativo; ele 
machuca, mas as suas mãos curam.” Por 
outro lado, não adianta querermos ser 
bonzinhos por nós mesmos, pois “tudo de 
bom que recebemos e tudo o que é perfeito 
vêm do céu, vêm de Deus.”
Diante dessa conclusão, posso ver os 
próximos anos com grande esperança, pois 
eu sei que, nas tragédias que me aconte-ceram 
no ano 2010, Deus estava trabalhando 
e tratando comigo e com a minha família. 
“Pois sabemos que todas as coisas trabalham 
juntas para o bem daqueles que amam a 
Deus, daqueles a quem ele chamou de 
acordo com o seu plano.” (Romanos 8:28) 
Agora, pratique! 
Agora, estou convencido de que Deus 
usa todas as circunstâncias para nos 
abençoar. Isso não significa que nós nunca 
vamos sofrer ou que sempre vamos “sair por 
cima”. Pelo contrário, significa que ele irá 
usar as circunstâncias ruins para nos aproxi-mar 
d’Ele e de nós mesmos. 
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A vontade de Deus 
“Estejam sempre alegres, orem sempre e se-jam 
agradecidos a Deus em todas as 
ocasiões. Isso é a vontade de Deus para vo-cês 
por estarem unidos com Cristo Jesus.” 
(1 Tessalonicenses 5:16-18) 
“Qual é a vontade de Deus para 
minha vida?”Quantas vezes você já pergun-tou 
isso? Ou estudou sobre isso? Ou já leua 
respeito disso? Ou conhece alguém que está 
tentando achar a resposta para isso? 
Bem, a Bíblia tem a resposta, de 
forma bem simples: “Estejam sempre 
alegres, orem sempre e sejam agradecidos a 
Deus em todas as ocasiões.” 
Mas é só isso? Bom, vejamos então 
outro verso. “O Senhor já nos mostrou o que 
é bom, ele já disse o que exige de nós. A 
vontade de Deus é que façamos o que é
direito, que amemos uns aos outros com 
dedicação e que vivamos em humilde obed-iência 
ao nosso Deus.” 
Começou a complicar! Mas eu queria 
mesmo saber qual é a vontade de Deus para 
minha vida... na profissão, no casamento, 
etc. Já percebeu que a gente está sempre qu-erendo 
saber qual é a vontade de Deus? Por 
que isso? Não está claro na Bíblia? 
Eu acho que está claro, mas podemos 
complicar. A vontade de Deus para nossa 
vida pode aparecer de forma fácil ou difícil, 
depende de nós! Mas por que muita gente 
acha difícil enxergá-la, se ela é tão fácil de 
ser vista? 
Para responder a esse paradoxo, G.K. 
Chesterton disse a famosa frase: “O ideal 
cristão não foi considerado deficiente depois 
de testado. Ele foi considerado difícil e deix-ado 
de lado.” 
89/171
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Poderíamos gastar muito tempo dis-cutindo 
como a vontade de Deus é fácil ou 
como é difícil, baseados em vários trechos da 
Sua Palavra. Mas vamos refletir um 
pouquinho sobre como a Bíblia descreve a 
vontade de Deus – o ideal cristão – no 
acontecimento narrado em Atos 16. 
Imagine que você tenha sido enviado 
por Deus para uma viagem missionária em 
uma terra estranha. Chegando lá, você 
começa a pregar o evangelho e aparece uma 
vidente possessa que fica repetindo o que vo-cê 
está falando, com o intuito de provocá-lo. 
Depois de um tempo, você resolve expulsar 
aquele demônio de adivinhação em nome de 
Jesus. Você resolveu o problema da mulher, 
mas, de repente, aparecem os homens que 
ganhavam dinheiro com o trabalho da mulh-er 
e eles acabam convencendo as autoridades 
de prenderem você. 
Agora você está na prisão de segur-ança 
máxima, acorrentado com seu
91/171 
companheiro de jornada. Após serem 
bastante espancados, em vez de desmaiarem 
de dor, vocês começam a louvar e glorificar a 
Deus em voz alta. Aí, de repente, o chão 
treme e os portões da prisão se abrem. 
Vocês, em vez de fugirem, esperam o car-cereiro 
chegar e então dizem a ele: “– Creia 
no Senhor Jesus e você será salvo, você e as 
pessoas da sua casa. Finalmente, eles se con-vertem 
ao evangelho e vocês vão felizes pra 
casa. 
A questão é: será que aceitaríamos 
um acontecimento desses na nossa vida 
como sendo a vontade de Deus? Veja bem, 
Deus queria salvar aquele carcereiro, assim 
como várias outras pessoas para quem Paulo 
e Silas estavam dispostos a pregar. Era essa a 
vontade d’Ele. Mas, para isso acontecer, foi 
preciso que eles passassem por uma situação 
que jamais imaginariam passar. Era esse o 
ideal cristão que estava sendo testado. Difícil 
de entender, não? Ainda mais sabendo que
92/171 
Deus poderia realizar a sua obra de forma 
bem mais fácil. Ocorre que Deus achou por 
bem provar a fidelidade de seus servos. 
Às vezes, para que a vontade de Deus 
seja realizada na nossa vida, coisas inexplicá-veis 
podem acontecer no meio do caminho. 
Sua vontade pode chegar de forma fácil ou 
difícil, depende de como estamos preparados 
para recebê-la. Entretanto, cabe a nós 
mantermos a fé e a persistência, dentro dos 
ideais cristãos, louvando a Deus com alegria, 
sempre, em qualquer circunstância. O ideal 
de Deus para a nossa vida será provado e de-verá 
ser aprovado, não deixado de lado. 
Agora, pratique! 
Você está disposto a aceitar a vontade 
de Deus para a sua vida? Qualquer que seja o 
ideal d’Ele?
Caráter aperfeiçoado 
“E também nos alegramos nos sofrimentos, 
pois sabemos que os sofrimentos produzem 
a paciência, a paciência traz a aprovação de 
Deus, e essa aprovação cria a esperança. 
Essa esperança não nos deixa decepcion-ados, 
pois Deus derramou o seu amor no 
nosso coração, por meio do Espírito Santo, 
que ele nos deu.” 
(Romanos 5:3-5) 
Quando eu era criança, meus pais re-uniam 
a família todos os dias para estudar a 
Bíblia. As sementes espirituais que foram 
plantadas em minha vida nesses primeiros 
anos germinaram e, hoje, eu estou tentando 
aproveitar o que aprendi, com o intuito de 
pautar o meu caminho de vida. 
Lembro-me de ter aprendido que o 
jovem deve estudar o livro de Provérbios de
94/171 
Salomão se quiser saber qual caminho seguir 
em busca de uma vida bem-aventurada. 
Sempre diziam meus pais: “esse livro aper-feiçoa 
o caráter; mas, se você quiser, pode 
deixar de lado as instruções nele contidas e 
escolher o caminho que quiser. Só lhe 
garanto uma coisa: certamente será um cam-inho 
mais difícil e com consequências 
dolorosas.” 
Entretanto, tenha em mente que 
Deus, com sua infinita misericórdia, não o 
abandonará; mas, em algum momento, en-trará 
em ação para não deixar que você se 
perca de vez. Como um bom pai que corrige 
o filho, Ele usará as circunstâncias dolorosas 
e o sofrimento físico-mental-espiritual para 
desenvolver em você as qualidades do 
caráter. 
Essas qualidades podem ser ad-quiridas 
de maneira bem mais fácil, 
colocando em prática os conselhos de
Salomão, o homem mais sábio que o mundo 
já teve. 
Bom, felizmente escolhi o caminho 
mais fácil! Mas muitos escolhem o caminho 
difícil, no qual o jovem passa por aflições e 
sofrimentos. Mesmo escolhendo o caminho 
traçado em Provérbios, diariamente, e com 
perseverança, o jovem tem que ajustar as 
velas do seu barco para que possa enfrentar 
as tempestades contrárias e seguir a rota 
rumo ao porto seguro. 
Quando o jovem escolhe outro cam-inho, 
ele terá que se contentar com o con-selho 
de Tiago 1:2-4: “Meus irmãos, sintam-se 
felizes quando passarem por todo tipo de 
aflições. Pois vocês sabem que, quando a sua 
fé vence essas provações, ela produz per-severança. 
Que essa perseverança seja per-feita 
a fim de que vocês sejam maduros e 
corretos, não falhando em nada!” 
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Destaco três itens nesse trecho de 
Tiago: 
1. sentir-se feliz – como se sentir feliz 
quando se passa por um divórcio? Ou 
após a morte de um ente querido? Ou 
após a perda de um emprego? Como 
é possível ter alegria, apesar das cir-cunstâncias 
ruins? Resposta: só Deus 
pode dar a felicidade; 
2. perseverança – para aprender a per-severar, 
é preciso passar por alguns 
momentos difíceis. Pense nas suas 
experiências de vida. Quais foram os 
resultados? Você já fez quantas 
mudanças de rota em sua vida? Deus 
o ajudou a passar por alguns 
desafios? Lembre-se do que Deus fez 
e o que você pode fazer para 
continuar servindo-O. A persever-ança 
é provada com o tempo. Não se 
podem subir vários degraus de uma
escada de uma só vez. As dores irão 
com você; mas saiba que, a cada de-grau 
subido, significa que você está 
crescendo; e 
3. ser maduro e correto – quando você 
era criança, você não tinha um arqui-vo 
de experiências de vida para con-sultar. 
Agora que você está mais 
velho, você já tem suas próprias ex-periências. 
Consulte quais lições do 
passado você deve seguir para que 
tenha mais sucesso na vida material, 
afetiva e espiritual. 
Agora, pratique! 
Você pode relembrar suas experiên-cias 
ruins passadas e ver como Deus trabal-hou 
o seu caráter. Liste algumas delas, com-pare 
os resultados e louve a Deus pela Sua 
misericórdia. 
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Atraente ou repelente 
“Encham-se do Espírito de Deus. Animem 
uns aos outros com salmos, hinos e canções 
espirituais. Cantem, de todo o coração, hi-nos 
e salmos ao Senhor. Em nome do nosso 
Senhor Jesus Cristo, agradeçam sempre to-das 
as coisas a Deus, o Pai.” 
(Efésios 5:18-20) 
Em 1971, o escritor Francis Schaeffer 
publicou True Spirituality (Verdadeira 
Espiritualidade), livro destinado às pessoas 
que queiram experimentar a realidade de 
Cristo na vida diária. No início, seu livro é 
uma série de lições bíblicas. Ele conta o que 
ensinou à sua família e aos estudantes que se 
reuniam regularmente em sua casa nos Alpes 
suíços. Mas, antes que aquelas lições se tor-nassem 
exemplos para outras pessoas, 
Schaeffer as ensinou a si mesmo.
99/171 
Schaeffer conta que passou por um 
período negro em sua vida. Ele estava pre-ocupado 
com a diferença desproporcional 
entre o conhecimento bíblico que ele via em 
si mesmo e a alegria espiritual genuína que 
experimentava. 
Ao longo desse período que passou 
caminhando nas montanhas, Francis repen-sou 
suas razões de ser um cristão. No final, 
ele concluiu que a obra completa de Cristo é 
realmente a fonte da vida diária do cristão. 
Ele ficou profundamente convencido de que 
a vida cristã não pode se resumir a apenas ao 
conhecimento teórico do plano de Deus para 
salvar o homem, mas deve ser vivida de 
forma prática, com a busca constante do 
Espírito Santo, para que se torne uma alegria 
espiritual genuína. 
O cristão cheio do Espírito Santo irra-dia 
alegria e contagia positivamente o ambi-ente 
por onde passa. Ele sempre procura 
transmitir ânimo e esperança às pessoas em
sua volta. A alegria que ele experimenta é a 
de demonstrar ao mundo o amor de Cristo 
mediante suas ações. Esse é o cristianismo 
autêntico! 
Agora, pratique! 
Como está sua espiritualidade? Você 
é uma pessoa atraente ou repelente? Você 
ama o seu próximo? Imagine se um amigo ou 
membro da família fosse chamado a 
testemunhar a respeito da sua espiritualid-ade... 
Que resposta eles dariam? Pense em 
quais são as motivações que um cristão deve 
ter! Reflita sobre o que significa ter uma re-lação 
autêntica com Deus. 
100/171
Meu karma 
“Tenham no coração de vocês respeito por 
Cristo e o tratem como Senhor. Estejam 
sempre prontos para responder a qualquer 
pessoa que pedir que expliquem a esperança 
que vocês têm.” 
(1 Pedro 3:15) 
As pessoas são muito boas para 
ajudar os que sofrem com tragédias. Quando 
há grandes enchentes ou terremotos, nós 
percebemos que logo surgem várias campan-has 
de arrecadação de alimentos, remédios e 
vestuários para serem enviados às pessoas 
necessitadas, aliviando-lhes a carga nos mo-mentos 
de angústia. Isso é uma forte evidên-cia 
da graça de Deus. 
Agora, imagine o contrário. Imagine 
que, em vez de oferecer palavras de conforto 
e ajuda após uma tragédia, a comunidade se
102/171 
afaste. Imagine as pessoas evitando o con-tato 
com os necessitados com medo de pegar 
uma doença contagiosa. Agora, imagine 
ainda que as pessoas, além de se afastarem, 
simplesmente jogassem na cara dos desabri-gados 
que eles estão passando por isso por 
culpa deles, porque alguma coisa eles fizer-am 
de errado para merecerem a tragédia. 
Isso é karma. No hinduísmo e no 
budismo, karma é a lei que afirma a sujeição 
humana à causalidade moral, de tal forma 
que toda ação (boa ou má) gera uma reação 
que retorna com a mesma qualidade e inten-sidade 
a quem a realizou, nesta ou em en-carnação 
futura. A transformação pode dar-se 
em direção ao aperfeiçoamento (mocsa, o 
fim do ciclo das reencarnações) ou de forma 
regressiva (o renascimento como animal, ve-getal 
ou mineral). 
Certa vez, um casal de missionários 
foi enviado para Londres, onde eles plane-javam 
estabelecer um trabalho com a
103/171 
comunidade de imigrantes hindus. Em uma 
conversa, eles manifestaram o desejo de tra-balhar 
para ver aqueles hindus libertos das 
amarras do karma. Enquanto dialogava com 
eles, veio na minha cabeça o texto de Gálatas 
6:7 em que diz: “Não se enganem: ninguém 
zomba de Deus. O que uma pessoa plantar, é 
isso mesmo que colherá.” Isso despertou 
meu interesse sobre o assunto. Será que o 
cristão tem uma espécie de karma? 
Tirando a questão da reencarnação, 
que já descarto de cara, pois não acredito de 
jeito nenhum, vamos refletir um pouco. 
Todos sabem que infidelidade e 
egoísmo têm as suas recompensas nesta 
vida. Por outro lado, as boas obras são fre-quentemente 
recompensadas com um sor-riso 
e uma expressão de gratidão. Isso é fácil 
perceber. Agora, essa questão de karma, o 
que é isso mesmo?
104/171 
Os missionários me explicaram o lado 
feio do karma: em algumas comunidades 
hinduístas a comunidade se afasta dos mem-bros 
que estão sofrendo. Perder um 
emprego? É um efeito “kármico” – você deve 
ter enganado o seu patrão ou pelo menos 
falou mal dele. Perder um filho? De alguma 
forma, a culpa é sua também, pois o 
Universo busca equilibrar algum mal que vo-cê 
fez. 
Se as coisas horríveis são de alguma 
forma culpa do sofredor, então, pelo 
hinduísmo, faz sentido as pessoas se afastar-em 
do sofredor, para que não sejam contam-inadas 
por aquele mal. Segundo os mis-sionários, 
esse é o vínculo do karma. 
Para os cristãos, Cristo quebrou esse 
vínculo. Os cristãos confiam na promessa 
Divina, “pois sabemos que todas as coisas 
trabalham juntas para o bem daqueles que 
amam a Deus, daqueles a quem ele chamou 
de acordo com o seu plano.” (Romanos
105/171 
8:28). “Quando somos corrigidos, isso no 
momento nos parece motivo de tristeza e não 
de alegria. Porém, mais tarde, os que foram 
corrigidos recebem como recompensa uma 
vida correta e de paz.” (Hebreus 12:11). 
Como Jó, podemos jamais saber a 
razão do nosso sofrimento terreno. En-tretanto, 
sabemos que, por causa da graça de 
Deus, o sofrimento não é uma ação e reação 
desencadeadas pelos nossos pecados. Jesus 
Cristo foi rejeitado e desprezado por todos; 
ele “suportou dores e sofrimentos sem fim... 
No entanto, era o nosso sofrimento que ele 
estava carregando, era a nossa dor que ele 
estava suportando. E nós pensávamos que 
era por causa das suas próprias culpas que 
Deus o estava castigando, que Deus o estava 
maltratando e ferindo. Porém ele estava so-frendo 
por causa dos nossos pecados, estava 
sendo castigado por causa das nossas 
maldades. Nós somos curados pelo castigo 
que ele sofreu, somos sarados pelos
ferimentos que ele recebeu... o Senhor cas-tigou 
o seu servo; fez com que ele sofresse o 
castigo que nós merecíamos.” (Isaías 53:3-6) 
Ao contrário do sistema hindu de 
karma e os seus efeitos perversos, sabemos 
que a nossa dor pode estar sendo usada por 
um Deus amoroso para nos corrigir e 
aumentar a nossa fé. Por causa disso, temos 
uma verdadeira esperança no amanhã, pois o 
nosso futuro não depende de nós, assim 
como o que passamos no presente não de-pende 
do que fizemos no passado! Não im-porta 
o que estejamos vivendo, podemos 
descansar na certeza de que, mesmo quando 
não estamos bem, Deus está conosco. Isso é 
graça, isso é misericórdia, isso é esperança. 
Portanto, não existe karma para o 
cristão, nem quebra de maldições. Cristo já 
levou sobre Si todas as nossas maldições. 
Agora, o que precisamos é crer no Seu sacri-fício 
e apregoar a mensagem da cruz. 
106/171
Agora, pratique! 
Você está pronto para dar uma res-posta 
de esperança a quem está passando 
por um momento difícil? 
107/171
Zaqueu 
“Quando Jesus chegou àquele lugar, olhou 
para cima e disse a Zaqueu: — Zaqueu, 
desça depressa, pois hoje preciso ficar na 
sua casa.” 
(Lucas 19:5) 
Confesso que eu tenho medo de algu-mas 
pessoas, mas estou disposto a gastar 
tempo com quem não conhece Jesus ou 
nunca ouviu falar d’Ele. 
Na verdade, eu tenho procurado me 
corresponder com gente desconhecida na 
tentativa de poder expandir meu círculo de 
amizades. Alguns poucos, por motivo 
qualquer, não aceitam a minha tentativa de 
amizade e me escrevem de volta dizendo que 
não querem mais receber minhas 
mensagens. É claro que, quando isso 
acontece, eu fico um pouco desconfortável.
109/171 
Entretanto, devo dizer que eu sou um nada 
quando comparado ao amigo que conhece o 
íntimo de todo mundo o tempo todo e quer 
ser amigo de todos – Jesus. Eu admiro a ca-pacidade 
que Jesus tem de ir ao encontro de 
pessoas desconhecidas, sem medo da possib-ilidade 
de ser rejeitado e, ainda assim, 
convidá-las para estar com elas. 
Zaqueu era uma dessas pessoas. Ele 
realmente era um homem desprezível. Os co-bradores 
de impostos, nos tempos bíblicos, 
eram odiados, e ninguém tinha coragem de 
convidá-los para uma festa de aniversário. 
Chegar para uma pessoa desconhecida e 
convidá-la para almoçar na casa dela, então, 
era e é, até hoje, uma atitude muito ousada 
em qualquer cultura. 
Um dia, Jesus estava fazendo o seu 
percurso por Jericó e, surpreendentemente, 
percebeu que Zaqueu, um homem de baixa 
estatura, estava empoleirado em uma árvore. 
Jesus sabia que Zaqueu estava interessado
110/171 
em vê-Lo. Então, olhando para o fiscal de 
impostos, Jesus caminhou direto na sua 
direção e, sem medo, disse: – “Zaqueu, desça 
depressa, pois hoje preciso ficar na sua casa.” 
Naquela ocasião, Jesus já era 
bastante conhecido pelos seus milagres. 
Zaqueu já tinha ouvido falar de Jesus, mas 
ainda não O conhecia pessoalmente. Você 
pode imaginar o que Zaqueu pensou? Ele me 
conhece! Espera aí, como ele me conhece? E 
por que ele está querendo ficar na minha 
casa? Será que Ele não sabe que todo mundo 
tem medo de mim? Por que ele quer gastar 
tempo comigo? 
Entretanto, o que Zaqueu estava 
pensando não o impediu de descer da árvore 
depressa e acolher Jesus na sua casa com 
grande alegria. Ele foi tocado com o amor do 
Salvador. E, apesar da sua dureza como co-brador 
de impostos, e da sua arrogância 
como autoridade pública, ele quebrantou seu
111/171 
coração diante da manifestação desse grande 
amor. 
Já em sua casa, Zaqueu disse ao Sen-hor: 
“– Escute, Senhor, eu vou dar a metade 
dos meus bens aos pobres. E, se roubei al-guém, 
vou devolver quatro vezes mais.” 
Então Jesus disse: “ –Hoje a salvação 
entrou nesta casa, pois este homem também 
é descendente de Abraão.” 
Impressionante, não? Jesus não tinha 
medo de alguém que não era benquisto na 
sociedade. Ele também não se levantou di-ante 
de Zaqueu para condená-lo, mas o 
amou desde o primeiro momento que o viu. 
Essa é a prática que Jesus quer de 
nós. Ele disse:” – Vão pelo mundo inteiro e 
anunciem o evangelho a todas as pessoas. 
Quem crer e for batizado será salvo, mas 
quem não crer será condenado.” (Marcos 
16:15-16). Mesmo que as pessoas amecem 
rejeitá-lo, mesmo que rejeitem de fato a
112/171 
mensagem, mesmo que optem por rejeitar o 
amor de Jesus Cristo, ele, ela ou eles podem 
representar um Zaqueu ou uns Zaqueus na 
sua vida; temíveis, mas, por um milagre do 
Espírito Santo, podem ter o coração 
quebrantado. 
Portanto, não se afaste deles; pelo 
contrário, caminhe em direção a eles e 
convide-os para um modo de vida melhor, 
com esperança de uma eternidade gloriosa. 
Foi assim que Jesus agiu! 
Agora, pratique! 
Não tenha medo dos Zaqueus! 
Quando a multidão viu Jesus entrar na casa 
de Zaqueu, resmungou assim: “– Este 
homem foi se hospedar na casa de um 
pecador!?” Todos nós temos alguém em 
nossa volta que relutamos em amar. Não 
tenha medo de amar o Zaqueu da sua vida. O 
Espírito Santo vai ajudá-lo a seguir o
exemplo de Cristo, e você vai amar sem pre-conceito 
e sem acepção de pessoas. 
113/171
A fé rompe 
“A fé é a certeza de que vamos receber as 
coisas que esperamos e a prova de que ex-istem 
coisas que não podemos ver... 
Sem fé ninguém pode agradar a Deus, 
porque quem vai a ele precisa crer que ele 
existe e que recompensa os que procuram 
conhecê-lo melhor... 
Foi pela fé que Abraão, ao ser chamado por 
Deus, obedeceu e saiu para uma terra que 
Deus lhe prometeu dar. Ele deixou o seu 
próprio país, sem saber para onde ia... 
Foi pela fé que Abraão se tornou pai, em-bora 
fosse velho demais e a própria Sara 
não pudesse mais ter filhos. Ele creu que 
Deus ia cumprir a sua promessa... 
Foi pela fé que Abraão, quando Deus o quis 
pôr à prova, ofereceu o seu filho Isaque em
sacrifício. Deus tinha prometido muitos des-cendentes 
a Abraão, mas mesmo assim ele 
estava pronto para oferecer o seu único 
filho em sacrifício... 
Foi pela fé que Moisés saiu do Egito, sem ter 
medo da raiva do rei, e continuou firme, 
como se estivesse vendo o Deus invisível... 
Foi pela fé que os israelitas atravessaram o 
Mar Vermelho como se fosse terra seca. E, 
quando os egípcios tentaram atravessar, o 
mar os engoliu... 
Foi pela fé que caíram as muralhas de Jer-icó, 
depois que os israelitas marcharam em 
volta delas durante sete dias.” 
(Trecho da Carta do apóstolo Paulo aos 
Hebreus) 
115/171
Fique quieto! 
“Deus diz: ‘Parem de lutar e fiquem sabendo 
que eu sou Deus. Eu sou o Rei das nações, o 
Rei do mundo inteiro.’” 
(Salmos 46:10) 
A obra de Deus é realizada paulatina-mente 
e de maneira quase imperceptível. O 
Espírito de Deus não é violento e nem pre-cipitado, 
mas “o homem deseja tantas coisas 
e, no entant,o precisa de tão pouco.” (Johann 
Goethe) 
Ultimamente, a minha cidade tem 
sido muito movimentada: fluxos interminá-veis 
de veículos, ruídos intensos, movimen-tos 
de pessoas, correria de um lado para o 
outro... A vida está ficando cada vez mais 
louca! “Nós nos tornamos máquinas de tra-balhar 
e estamos transformando nossas cri-anças 
em máquinas de aprender.” (Augusto
117/171 
Cury). A verdade é que, quanto mais vai 
avançando a nossa idade, mais saudosos 
ficam aqueles preguiçosos dias na infância, 
nos quais tínhamos tempo para tudo e para 
todos e não nos preocupávamos com nada. 
Se você é pai ou mãe de família, cer-tamente, 
neste momento, você deu uma 
pequena parada nas atividades corriqueiras 
para ler esta devocional e fazer uma reflexão. 
Mas você pode estar pensando assim: tenho 
que ler isso rápido porque, daqui a pouco, 
tenho que fazer muitas outras coisas... 
Somos cheios de atividades, não 
somos? Trabalhamos muitas horas por dia e, 
às vezes, nem tempo temos para usufruir 
aquilo que compramos, não é verdade? 
Por que vivemos assim, de maneira 
tão frenética? O que nos obriga a isso? E por 
que nos sentimos obrigados a viver assim? 
Será que não estamos extrapolando as 
nossas atribuições como seres humanos?
118/171 
Muitos pensam: se eu trabalhar duro, 
eu conseguirei tal bem, tal posição social, ou 
terei mais valor diante das pessoas. Outros 
não pensam nada disso, mas se enterram no 
trabalho na tentativa de manter a mente des-ligada 
das decepções e das frustrações da 
vida... 
Às vezes, acabamos por perder de 
vista as nossas prioridades, aquilo que mais 
gostamos de fazer, e somos facilmente en-volvidos 
pelo padrão que o sistema con-sumista 
impõe, sendo enquadrados pela cul-tura 
ao nosso redor, sem percebermos que 
estamos deixamos o precioso tempo de vida 
escapar. A verdade é que estamos tão pre-ocupados 
com o que queremos ter que nos 
esquecemos de usufruir e agradecer o que já 
temos. 
Independentemente do motivo pelo 
qual estamos vivendo, tomados de frenesi, 
no fundo, cada um de nós almeja deixar um 
pouco essa louca rotina. Nossas almas
119/171 
anseiam pela paz, pela quietude, pelo silên-cio... 
Se ignorarmos os gritos da nossa alma, 
certamente nossos corpos passarão a exigir 
esse alívio, antes que arriam de vez. 
Por que gostamos tanto da quietude e 
da tranquilidade? É porque essa vida agitada 
que aí está não foi almejada por Deus para os 
humanos. Nas Escrituras, vemos mais que 
uma vez Deus nos chamando para n’Ele bus-carmos 
a paz; para n’Ele aliviarmos nosso 
fardo; para com Ele deixarmos de lado 
nossas ansiedades e nossas batalhas sem 
sentido. 
Vemos Deus falar com o salmista com 
uma voz mansa e delicada, como no texto 
citado. Vemos Jesus Cristo dizer para uma 
Marta, ansiosa, que sua irmã, Maria, escol-heu 
a melhor parte, quando ela abandonou 
as tarefas domésticas para se sentar aos pés 
de Jesus. (Lucas 10: 41-42)
120/171 
Após um longo dia de correr aqui e 
acolá, eu encontro o desejo de ser igual a 
Maria, pacífica, tranquila, cuja única ocu-pação 
é estar com Cristo. Como podemos nos 
tornar mais parecidos com Maria quando a 
grande maioria de nós se assemelha com a 
preocupada Marta? Como eu amo essa parte 
da Bíblia em que é descrita a história de 
Marta e Maria! 
No meio de tanta atividade, Maria fez 
uma escolha simples: parou, sentou-se e 
ficou quieta. Você e eu podemos fazer uma 
escolha assim também, mesmo quando a 
vida parece nos pressionar por todos os la-dos. 
Pode ser difícil no início, porque haverá 
momentos em que seremos tentados a pegar 
o controle remoto da vida ou encurtar nosso 
tempo devocional com Deus. Mas, se buscar-mos 
efetivamente a quietude, estaremos 
dizendo: “nada mais é tão importante para 
mim quanto o Senhor.”
121/171 
Quando eu entro no escritório para 
passar o meu tempo com Deus, ouvir a Sua 
voz e escrever devocionais, eu não percebo 
nada que está acontecendo lá fora. Aliás, 
nenhum ruído me perturba, além dos cantos 
dos passarinhos. É tão bom ficar sem fazer 
nada em um lugar cheio da presença de 
Deus, podendo ter a experiência de conhecê- 
Lo mais profundamente! 
Agora, pratique! 
Como está sua vida? Você consegue 
ficar quieto? Visite algum local onde possa se 
sentar, refletir e estar a sós com o Senhor. 
Faça isso pelo menos uma hora por dia e 
verá a diferença!
Joelho dobrado 
“O Senhor é o meu forte defensor; foi ele 
quem me salvou. Ele é o meu Deus, e eu o 
louvarei. Ele é o Deus do meu pai, e eu can-tarei 
a sua grandeza.” 
(Êxodo 15:2) 
Pela graça de Deus, nós somos salvos 
por meio da fé. Isso não vem de nós, mas é 
um presente dado por Deus. 
A nossa salvação nos leva a sermos a 
habitação do Espírito Santo e nos leva a 
tornarmo-nos um espírito com Cristo. Esse é 
o objetivo da graça salvadora. Nós estávamos 
espiritualmente mortos por causa dos nossos 
delitos e pecados. Antes, nós seguíamos o 
mau caminho deste mundo e fazíamos a 
vontade daquele que governa os poderes es-pirituais 
nas regiões celestes, o espírito que 
controla os que desobedecem a Deus.
123/171 
De fato, todos nós vivíamos de acordo 
com a nossa natureza humana, fazendo o que 
o nosso corpo e a nossa mente queriam. 
Assim, nós também estávamos destinados a 
sofrer o castigo que Deus preparou para o 
Diabo e os seus anjos. Mas a misericórdia de 
Deus é muito grande, e o seu amor por nós é 
tanto, que, quando estávamos espiritual-mente 
mortos por causa da nossa 
desobediência, ele nos trouxe para a vida que 
temos em união com Cristo. Pela graça de 
Deus, fomos salvos. 
Por estarmos unidos com Cristo Je-sus, 
Deus está nos preparando para reinar-mos 
com Ele no mundo celestial. Deus faz 
isso para mostrar, em todos os tempos do fu-turo, 
a imensa grandeza da sua graça, que é 
nossa por meio do amor que ele nos mostrou 
em Cristo Jesus. 
A salvação não é o resultado dos nos-sos 
esforços; portanto, ninguém pode se or-gulhar 
de tê-la. Deus foi quem nos fez e
124/171 
mantém o que somos agora. Em nossa união 
com Cristo Jesus, ele nos criou para fazer-mos 
as boas obras. 
Então, quando você olhar para o 
mundo sofrendo, saiba: era para ser muito 
pior. Quando você olhar para o progresso da 
humanidade, saiba: é por causa da graça de 
Deus. Se algum cientista agora, em qualquer 
lugar do planeta, estiver inventando alguma 
coisa para o bem da humanidade, lembre-se 
de que é a graça de Deus mantendo viva a 
humanidade e dando tempo para a redenção 
final. 
Porque nós precisávamos de tempo. 
Tempo para Jesus Cristo vir. Tempo para Je-sus 
Cristo nascer, crescer e entregar-se como 
Cordeiro de Deus. E nós precisávamos de 
mais tempo. Tempo para que a mensagem de 
Jesus Cristo chegasse a todos nós. 
Deus está dando tempo para nós, 
porque Ele quer salvar a todos. Essa maldade
125/171 
que aí está é para nos lembrarmos de que 
nós trouxemos o mal para o Universo. E o 
fato de a maldade não ter nos destruído, é 
para nos lembrarmos de que um Deus se sac-rificou 
por nós. 
Por isso que louvar a Deus é uma 
coisa que tem peso. Não é essa coisa livre, 
leve e solta em que falar “aleluia” não custa 
nada. Não quer dizer que a gente não deva 
ter momentos de pular de alegria e de celeb-rar, 
mas sem esquecer jamais que isso foi 
muito peso, isso custou muito caro, isso 
custou o sacrifício de Jesus Cristo, apesar de 
Ele ter feito tudo isso por amor. Sem Ele, 
nada do que foi feito se fez. 
Por isso, disse o apóstolo Paulo: 
“Tende em vós o mesmo sentimento que 
houve em Cristo Jesus, que sendo Deus, não 
julgou por usurpação ser igual a Deus, mas a 
si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de 
servo, e a si mesmo se humilhou, sendo
126/171 
achado em figura humana, sendo obediente 
até a morte, e morte de cruz.” 
Paulo está dizendo que, para salvar a 
mim e a você, Deus, por intermédio de Jesus 
Cristo, sofreu duas mortes: a morte de Deus 
e a morte do homem. 
Quando é que Deus morreu? Quando 
Jesus Cristo abriu mão da sua Santíssima 
Trindade: sendo Deus, não julgou por 
usurpação ser igual a Deus, mas a si mesmo 
se esvaziou. Veja: Ele não foi esvaziado. Ele a 
si mesmo se esvaziou e assumiu a forma de 
servo, e se humilhou em figura humana, 
humilhou-se a si mesmo, e foi obediente até 
a morte. 
Então, primeiro Jesus Cristo con-heceu 
a morte de Deus quando se esvaziou 
da Sua glória e, depois, Ele conheceu a morte 
do homem quando foi obediente até a morte 
e morte de cruz. Mas Deus O exaltou dando- 
Lhe um nome que é sobre todo nome, para
127/171 
que ao nome d’Ele se dobre todo o joelho no 
céu e na terra e debaixo da terra e toda lín-gua 
confesse que Jesus Cristo é o Senhor 
para a glória de Deus Pai. 
Agora, pratique! 
Leve algumas pessoas a compreenderem que 
o Cristianismo não é fanatismo religioso. 
Leve-as a entenderem por que o nome de Je-sus 
Cristo é bendito de eternidade em etern-idade. 
Por que os filhos de Deus não se 
cansam e querem a todo custo ver todo 
joelho dobrado e toda língua confessando: 
Jesus Cristo, e só Jesus Cristo é o Senhor.
Uma fé diet 
“A diferença clara que existe entre os filhos 
de Deus e os filhos do Diabo é esta: quem 
não faz o que é correto ou não ama o seu 
irmão não é filho de Deus.” 
(1 João 3: 10) 
Somos amigos inseparáveis de um 
casal muito gente fina. Fomos seus padrin-hos 
de casamento. Durante os churrascos de 
fins de semana – e agora ultimamente no 
meio das semanas também –, eu brinco com 
os costumes engraçados deles. Ele é um 
carnívoro voraz; ela é uma vegetariana de-vota. 
Então, quando vou servir os pedaços 
saborosos de picanha, eu coloco uma folh-inha 
de alecrim na travessa e digo assim: a 
carne é para ele; a folha de alecrim é para 
ela. Isso é motivo de muita risada e 
diversão...
129/171 
Mas eu acho que tem hora que eu 
passo dos limites. Creio que temos que re-speitar 
a escolha e o hábito de cada pessoa. É 
claro que, nas refeições que servimos, 
sempre preparamos, além do churrasco, uma 
deliciosa e crocante salada para a minha afil-hada. 
Afinal, ela merece! 
Entretanto, se perguntarmos a 
qualquer nutricionista, eles dirão que ser ve-getariano 
é uma boa opção para quem busca 
ter uma excelente saúde. Para quem sabe 
saborear a delícia de uma salada – de frutas 
ou de legumes –, o hábito de ser vegetariano 
é tão prazeroso quanto saborosa é a carne 
para o carnívoro. Eu acredito que Deus, na 
Sua sabedoria, criou o homem vegetariano, e 
este só veio a adquirir o hábito de comer 
carne após o dilúvio, tendo em vista a ne-cessidade 
na época. 
Particularmente, também acredito 
que o hábito vegetariano é mais saudável, 
embora eu seja carnívoro desde criancinha.
130/171 
Por ser este um costume familiar, há muitos 
anos tenho tentado inutilmente mudá-lo. 
Não quero aqui criar partido para de-fender 
nem um, nem outro hábito. Porém, 
existe uma enorme e substancial diferença 
entre os dois: o vegetariano, por ingerir um 
alimento facilmente digerível, sente-se mais 
leve; mas precisa repetir a dose com mais 
frequência durante o dia para evitar a fome. 
Já o carnívoro se satisfaz com uma ou duas 
refeições diárias, tem uma digestão com-plicada, 
e muitos deles precisam até da ajuda 
de um antiácido. 
Comparando com a alimentação es-piritual, 
eu pergunto: qual é o seu hábito ali-mentar? 
Você tem uma alimentação 
saudável? Com que periodicidade você ali-menta 
a sua alma da Palavra de Deus? Diari-amente? 
Semanalmente? Mensalmente? So-mente 
nas festas religiosas anuais? Ou 
quando já está quase morto de fome? Você se 
alimenta regularmente como um
131/171 
vegetariano? Ou é como o carnívoro que 
passa tempos e tempos tentando digerir o al-imento 
e, às vezes, necessitando de um acon-selhamento, 
de um antiácido? 
Todos nós precisamos de uma boa al-imentação 
para crescer na fé e ter boa saúde 
espiritual. Precisamos ser diferentes 
daqueles que ainda não temem a Deus. Não 
se engane: Deus quer que sejamos luz do 
mundo e sal da terra. Jesus disse: “– Vocês 
são o sal para a humanidade; mas, se o sal 
perde o gosto, deixa de ser sal e não serve 
para mais nada. É jogado fora e pisado pelas 
pessoas que passam.” (Mateus 5: 13) 
Precisamos refletir uma boa e sincera 
saúde espiritual para as pessoas que nos 
rodeiam. Precisamos fazer o que é correto 
sob a perspectiva da Palavra de Deus. Precis-amos 
amar as pessoas e levar a paz onde há 
conflitos; a esperança, onde há desespero; o 
amor, onde há ódio!
Agora, pratique! 
132/171 
Convide seus amigos para juntos 
estudarem a Palavra de Deus na sua casa. Se 
você se ativer apenas ao sermão de domingo, 
e talvez nem a este, certamente a sua fé não 
será suficiente e você não estará bem pre-parado 
para todas essas tarefas cristãs. 
Então, negue-se a si mesmo e comece um 
relacionamento saudável com Deus e a Sua 
Palavra. Não precisa ser diet na vida cristã. 
Quanto mais alimentado da Palavra de Deus, 
melhor!
Andando na linha 
“É assim que podemos ter certeza de que es-tamos 
vivendo unidos com Deus: quem diz 
que vive unido com Deus deve andar como 
Jesus Cristo andou.” 
(1 João 2:5-6) 
Há alguns anos eu comprei uma es-teira. 
Eu costumava jogar futebol, mas 
machuquei o meu joelho e estava impossibil-itado 
de fazer exercícios fortes. Para não 
parar de vez com a atividade física, resolvi 
caminhar em casa, com o auxílio da esteira. 
No começo, eram mil maravilhas! Eu 
andava na esteira várias vezes por semana. 
Com isso, a minha saúde e o meu nível de 
condicionamento físico eram bons. Mas, 
logo, a bendita esteira começou a virar peça 
de escultura num canto da sala de TV. O meu 
plano de atividade física estava indo para o
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As tres virtudes (devocionais) elbem cesar

  • 1.
  • 2. © Elbem César Todos os direitos reservados ao autor CÉSAR, Elbem. As três virtudes: fé, esperança e amor. Brasília: Edição do autor, 2011. Coleção Devocionais. v. 1. 125p.
  • 3. 1. Cristianismo. 2. Pensamento cristão. 3. Bíblia sagrada. 4. Devocionais. ISBN n. 978-85-88401-75-4 3/171
  • 4. Em memória do meu querido irmão, Gesley Nogueira Amaral, cujo exemplo de autenti-cidade, coerência, integridade e lealdade in-spirou cada parte deste livro.
  • 5. Prefácio Em agosto de 2010, minha vida mudou completamente. Naquela data, eu fui abalado por um grande terremoto interior: Deus ceifou a vida de meu amado irmão, com 42 anos. A morte dele foi uma tragédia enorme. Chegou a comover a imprensa e boa parte da sociedade brasiliense. Ele foi cruelmente assassinado por um assaltante dentro de sua própria casa, no momento em que estava só, sem poder con-tar com nenhuma ajuda humana. Ele deixou órfãos três filhos menores: o Lucas, o Tiago e o Davi. Minha cunhada Esther, heroica-mente e com a grande assistência do bom Deus, mantém o lar devidamente estru-turado. O Lucas, 17 anos, assumiu as funções do pai e ainda teve a proeza de continuar os estudos e lograr êxito no teste de vestibular da UnB.
  • 6. 6/171 Para Deus, esse episódio é insignific-ante. É insignificante porque a morte física, para Ele, significa a chamada do espírito para mais perto de Si. Ele tem até prazer na morte do justo. O que importa bastante para o Soberano – e isso O entristece demais – é saber que algum ser humano, seja ele quem for, escolheu passar pela segunda morte – a morte da alma. Esta sim significa separação eterna da Sua presença. E, pela segunda morte, meu irmão não passará, pois ele era um homem temente a Deus, seguidor de Je-sus Cristo, íntegro, honesto e trabalhador! Porém, isso trouxe a mim e aos meus familiares grande e momentânea tristeza. Os gregos diziam que a tristeza servia para puri-ficar e edificar, e trazia à luz os verdadeiros motivos e os verdadeiros valores. Graças a Deus, que nos faz passar por algumas provas e sofrimentos, para fazer brotar a doçura e o que há de melhor em nós.
  • 7. É como se uma mão gigantesca es-premesse um favo fazendo o mel sair. Como Moisés, quando bateu na rocha: isso feriu a rocha; mas, dela, brotou água! Como uma linda flor apertada e esmagada; mas, dela, sai o perfume! Como a linda música que sai da garganta do pássaro: quase parece que ele está sofrendo, mas o que sai é uma canção. Nós aprendemos muito por meio da tristeza, e algumas das lições mais preciosas que o Senhor nos ensina vêm de experiências di-fíceis e penosas. Ele me dá alegria para a minha tristeza. Dá-me amor que afasta o temor. Ele me dá o sol na escuridão e beleza por cinzas, meu irmão! Oh! Alegria que me buscas no sofrimento, abro a Ti o meu coração. Vejo o arco-íris na chuva e, no vento, e na promessa, encontro alento, que amanhã as lágrimas cessarão. 7/171
  • 8. 8/171 Apesar de todo esse acontecimento, fora, ao meu redor, eu posso ter paz aqui dentro, no meu coração, com o Príncipe da Paz: Jesus. Jesus nunca dorme! Ele está sempre vigiando. Ele sabe quantos (poucos) fios de cabelo eu tenho! Tudo está nas mãos d’Ele. Ele guarda a minha alma na fenda da Rocha, que dá sombra a uma terra de sequidão. Ele me guarda nas profundezas do Seu amor e, ali, me protege com a Sua mão! O Senhor pode me proteger, não im-porta onde eu esteja! E, se Ele decidir que acha melhor me levar para Casa, para o Céu, em vez de cuidar de mim, então, de um jeito ou de outro, eu saio ganhando! “Porque a nossa vida está escondida com Cristo, em
  • 9. Deus, e Tu conservarás em perfeita paz aquele cuja mente está firme em Ti porque ele confia em Ti.” (Col.3:3; Is. 26:3) É Ele quem me dá paz nesse mo-mento tão difícil pelo qual ainda estou pas-sando. É Ele que me ajuda. N’Ele está a minha confiança. Eu preciso confiar n’Ele, em Jesus, que é o alicerce mais firme no mundo! Seguro nos braços de Jesus, Seguro no Seu peito manso! Ali sinto feliz! Ali encontro descanso! Algumas das páginas seguintes, quando estavam sendo escritas, receberam o toque de algumas gotículas de lágrimas. Nelas, foram talhadas algumas das minhas reflexões sobre o poderio de Deus, criador dos céus e da Terra, que está no controle de todas as coisas, apesar de o mundo dissolver-se sob a regência do maligno. 9/171
  • 10. 10/171 Esses escritos são frutos de uma mudança radical que vem ocorrendo paulati-namente em meu ser. Sob a inspiração de Deus, o verdadeiro autor de cada parágrafo, eu os escrevi pensando que eu mesmo os devo ler e reler, todos os dias, não somente eu, mas principalmente minha esposa, meus filhos, minha mãe, meu pai e meus irmãos e, claro, os meus amigos leitores, aos quais eu desejo que sejam também grandemente abençoados por Deus. Acordo para a verdadeira vida. Per-cebo que nada de material nesse mundo faz sentido se não tivermos em mente o ver-dadeiro propósito da vida, escrito claramente na Bíblia Sagrada, a Palavra de Deus. Agora, quando se aproximam os meus cinquenta anos, noto que, se o meu objetivo enquanto aqui no meio dos viventes não for glorificar o nome de Jesus Cristo, para que sirvo eu? Portanto, querido leitor, desejo a vo-cê uma excelente leitura e que o Espírito
  • 11. 11/171 Santo possa iluminá-lo com cada palavra, frase e parágrafo desse livro. Que Deus o abençoe!
  • 12. Introdução “Agora, pois, permanecem as virtudes da fé, da esperança e do amor. Estas três, mas a maior destas é o amor.” (1 Coríntios 13:13) As virtudes básicas de um ser humano bem preparado espiritualmente são claramente identificadas pelo mais atuante Apóstolo evangélico que a era cristã já presenciou. Em sua carta dirigida aos coríntios, Paulo desafiou os seus leitores a entenderem como funcionam as virtudes espirituais. No primeiro século, Corinto era a capital da Acaia, situada no sul da Grécia. Por causa da sua posição perto do istmo que ligava duas partes da Grécia, era uma cidade de im-portância comercial, cultural e religiosa.
  • 13. 13/171 Os coríntios não haviam entendido ainda como deveriam funcionar essas vir-tudes. Por isso, Paulo escreveu-lhes para cor-rigir os equívocos. Em Cristo, o teste de cada virtude é a mensagem que ela inspira seu possuidor a afirmar. Uma vez que todas as diversas vir-tudes espirituais têm uma mesma fonte – o Espírito Santo –, não deveria haver rivalid-ade, ciúme ou comparação jactanciosa entre as pessoas. Uma virtude, em uma pessoa, completa a virtude de outrem. Assim, as pessoas se complementam, formando um corpo virtuoso. Espiritualmente, cada grupo de pess-oas, e suas virtudes, representa uma parte do corpo de Cristo. Todas as pessoas são igual-mente necessárias para o perfeito funciona-mento desse corpo. Assim, os membros não deveriam sentir-se inferiores ou superiores a outros membros porque Deus pôs cada um
  • 14. 14/171 no corpo onde lhe agradou e deu a cada um as capacidades que Ele quis. A Carta de Paulo nos ensina hoje que todas as virtudes espirituais vêm de Deus. Assim, não devemos ser arrogantes ao possuí-las. Não fomos nós que as adquiri-mos. Também ensina a Carta que cada mem-bro deve ser valorizado e todos devem pensar, não de maneiras iguais, mas como um só corpo. Afinal, um só é a cabeça: Jesus Cristo. Não obstante o ser humano possa possuir várias virtudes, Paulo, ao terminar seu capítulo clássico sobre o amor, concluiu que três delas são básicas: a fé, a esperança e o amor. Disse Paulo: “Eu poderia falar todas as línguas que são faladas na terra e até no céu, mas, se não tivesse amor, as minhas pa-lavras seriam como o som de um gongo ou como o barulho de um sino. Poderia ter o
  • 15. 15/171 dom de anunciar mensagens de Deus, ter to-do o conhecimento, entender todos os segre-dos e ter tanta fé, que até poderia tirar as montanhas do seu lugar, mas, se não tivesse amor, eu não seria nada. Poderia dar tudo o que tenho e até mesmo entregar o meu corpo para ser queimado, mas, se eu não tivesse amor, isso não me adiantaria nada... Agora, o meu conhecimento é imperfeito, mas depois conhecerei perfeitamente [esse mistério], as-sim como sou conhecido por Deus. Portanto, agora existem estas três coisas: a fé, a esper-ança e o amor. Porém a maior delas é o amor.” O amor, além de básico, é a maior de todas as virtudes. É básico porque vivifica. E, se vivifica, então ele é tudo, porque sem vida o corpo não pode existir para abrigar outras virtudes. A virtude do amor afirma vida porque, quando uma pess-oa se sente amada, mesmo que esteja quase morta, ela se rejuvenesce. O amor é capaz de
  • 16. ressuscitar qualquer indivíduo da morte mental, afetiva e espiritual. A esperança é básica porque renova a vida. Se o amor dá vida ao corpo, que, por sua vez, abriga a esperança, então o corpo cheio do amor tem suas forças renovadas pela esperança. O ferido é renovado pela esperança, mesmo que esteja no chão, cortado como uma árvore e com sua raiz envelhecida. Vindo o tempo das águas, ele brota nova-mente e floresce como uma nova árvore, tendo seus ramos reforçados para segurar os frutos que certamente se formarão. A fé é básica porque, com ela, se rompem barreiras. Sem fé, ninguém pode agradar a Deus; mas, com fé, n’Ele, o corpo vivificado pelo amor e renovado pela esper-ança, tudo pode. Com fé, se ora; a oração es-traçalha as cadeias que impedem o corpo de colocar em prática a virtude do amor. 16/171
  • 17. 17/171 Com fé, se ama; com fé, se espera; com fé, o ser humano avança para alcançar o alvo, que é Jesus Cristo, a expressão exata de Deus. Deus é amor! Portanto, existem estas três coisas que são básicas para a boa vitalidade de um ser humano: a fé, a esperança e o amor. Porém, a maior delas é o amor. O amor é, e sempre dever ser, a mo-tivação, a mola mestra que impulsiona a ap-licação das demais virtudes.
  • 18. O amor vivifica “Porque Deus amou o mundo tanto, que deu o seu único Filho, para que todo aquele que nele crer não morra, mas tenha a vida eterna.” (João 3:16) “Nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a sua vida por nós; e devemos dar nossa vida pelos irmãos.” (1 João 3:16)
  • 19. O amor é lindo! “Vocês são filhos queridos de Deus e, por isso, devem ser como Ele. Que a vida de vo-cês seja dominada pelo amor, assim como Cristo nos amou e deu a Sua vida por nós, como uma oferta de perfume agradável e como um sacrifício que agrada a Deus!” (Efésios 5:1-2) O amor romântico é uma coisa linda, não é? É o sonho de meninas com seus prín-cipes encantados. É o sonho de meninos em amarrarem seus corações orgulhosamente numa linda mulher. Ambos querem prosseguir na vida com esperanças de viver-em felizes para sempre! Embora o amor romântico – a paixão – seja um presente de Deus – um pedaço do céu na terra –, vamos ser honestos: a paixão é também a arma que os demônios podem
  • 20. 20/171 usar para brincar com nossos corações. Afi-nal, quantos de nós já experimentamos tam-bém os pontos fracos de uma paixão? Nos corações de muitos homens e mulheres, a paixão manifestou somente seus pontos fra-cos, mesmo quando as intenções eram as mais belas. É só pelo milagre de Deus que casamentos duram a vida inteira, dada a grande possibilidade de dor que os cônjuges estão propensos em infligir um ao outro. Po-etas e escritores têm se referido à paixão como uma forma de insanidade. Eu mesmo, recentemente, brinquei com um amigo, dizendo que, sem Deus, a paixão é uma insanidade. Mas, para o cristão, o amor é muito mais do que paixão. Se olharmos para Cristo na cruz, veremos que o amor verdadeira-mente sangra... O verdadeiro amor é vulner-ável e tudo sofre.
  • 21. 21/171 Em seu livro The Four Loves, C.S. Lewis observou: “Amar a qualquer pessoa é ser vul-nerável... Se você quer manter seu coração intacto, você não deve dar o seu coração para qualquer um... Guarde-o com segur-ança no caixão do seu egoísmo. Mas esse caixão – seguro, escuro, imóvel, sufocante – um dia poderá se abrir. Ou será que não? Será que sempre ficará inquebrável, impen-etrável, irredimível... O único lugar onde você pode estar perfeitamente seguro e livre do amor é no inferno...” Todos nós gostaríamos de acabar com os pontos fracos do amor; mas, quando nos lembramos do sacrifício de Jesus Cristo na cruz, percebemos que isso é impossível. A Bíblia descreve a dura verdade sobre a natureza humana: quase ninguém seria capaz de morrer sequer por um grande amigo, mas Cristo morreu por todos, inclus-ive pelos Seus inimigos. Isso é o verdadeiro
  • 22. 22/171 amor expresso de maneira muito mais elo-quente do que qualquer ser humano possa imaginar. O exemplo de Cristo, por si só, é o su-ficiente para justificar os riscos advindos do amor. Felizmente, amor não é apenas sofri-mento. Se fosse, então o amor seria real-mente uma insanidade. Pelo contrário, Deus – de um modo que só Ele sabe – usa o sofrimento para trazer a vida... e vida muito melhor do que se tivéssemos evitado os riscos do amor. A res-surreição do amor está à disposição de qualquer casal que queira colocar Cristo entre seu casamento e o sofrimento do amor. É essa mediação de Cristo que faz com que o sacrifício do amor seja agradavelmente per-fumado, como diz a Bíblia. Eu e minha esposa podemos atestar a obra redentora de Deus. Nós nos con-hecemos há 34 anos. Já passamos por todos
  • 23. os momentos complicados que um casal possa passar, mas também já experi-mentamos as doces recompensas ao transpor esses momentos. Entretanto, somente pelo milagre do amor – Deus é amor – é que nós estamos juntos para glória de Deus. É muito bom ouvir as grandes históri-as de paixão, em que um rapaz conhece uma moça e, após seis meses sussurrando palav-ras doces, ficam noivos e planejam um casamento de conto de fadas. É também maravilhoso saber que o verdadeiro amor custa caro; é uma joia pre-ciosa; é conquistado aos poucos com lágrim-as e algumas feridas. Entretanto, estar aberto ao amor e, com Cristo, disposto a enfrentar os seus riscos, demonstra maturidade espir-itual em quem quer viver uma vida a dois, pra sempre. Agora, pratique! 23/171
  • 24. 24/171 Você conhece alguém que se queimou no amor e prometeu nunca mais dar o seu coração para ninguém? Talvez essa pessoa seja você! Então, passe agora um tempo em oração pedindo a Deus para derrubar todas as muralhas construídas em torno do seu coração. Assim, você poderá amar e ser amado(a) novamente, sentindo que o amor é lindo!
  • 25. Amor é uma ação “Quem ouve esses meus ensinamentos e vive de acordo com eles é como um homem sábio que construiu a sua casa na rocha. Caiu a chuva, vieram as enchentes, e o vento soprou com força contra aquela casa. Porém, ela não caiu porque havia sido con-struída na rocha.” (Mateus 7: 24-25) Parece que as cerimônias de casamento estão se multiplicando ultima-mente, pelo menos dentro do meu círculo de amizade. Nos últimos três anos, eu tenho as-sistido a tantos que acho que perdi as contas. Nessas belíssimas cerimônias, que mais parecem contos de fadas, eu concentro a minha atenção nos votos matrimoniais, mais do que nos enfeites da festa. As promessas feitas um ao outro, pelos jovens
  • 26. 26/171 casais, de alguma forma, parecem transcend-er o romance do dia do casamento. A união de duas vidas até a morte é muito sublime! Mas, às vezes, questiono se esse amor, demonstrado na alegria de terem encontrado a alma gêmea, permanecerá após o término da lua de mel. Embora os sentimentos de paixão possam ter alimentado a decisão de se casar-em, o sucesso da vida conjugal não depende do capricho dos sentimentos ou das circun-stâncias da vida, mas da vontade de con-struírem um relacionamento duradouro. Os votos matrimoniais são feitos em livre e espontânea vontade, e não podem se limitar à cerimônia, mas devem ser renova-dos todos os dias. Essa ação diária de amar um ao outro, que nem sempre é fácil, com-binada com a graça de Deus, permite que duas pessoas construam sua casa na rocha e experimentem uma intimidade que não se acaba com o tempo. Você já deve ter
  • 27. 27/171 percebido o brilho nos olhos de alguns casais mais velhos quando dizem os anos que estão juntos. Pois é, isso é real! Espiritualmente falando, o casamento é um dos símbolos mais importantes da nossa fé cristã. Assim como os nubentes se entregam um ao outro em livre e espontânea vontade, Cristo livremente se entregou, so-freu e morreu por nós. A nossa caminhada na fé começa com uma livre e espontânea de-cisão de aceitar o sacrifício de Cristo. A aceit-ação inicial de Cristo, complementada com as decisões diárias de amar a Deus e à Sua Palavra, faz com que a caminhada na fé prospere. Agora, pratique! Talvez possamos estar passando por um momento difícil e Deus pareça estar dis-tante, mas a boa notícia é que não importa o quanto a nossa casa está sendo maltratada pelas intempéries da vida, Cristo continua ao
  • 28. 28/171 nosso lado como um cônjuge fiel. Sua graça e seu amor inabaláveis estão sempre disponí-veis para nós, pois é n’Ele, a Rocha, que es-tamos construindo nossa casa.
  • 29. As melhores coisas “O que eu peço a Deus é que o amor de vocês cresça cada vez mais e que tenham sabedoria e um entendimento completo, a fim de que saibam escolher o melhor.” (Filipenses 1:9) Muitas vezes nos entregamos à tira-nia da frase: “Isso é urgente”! E, então, saí-mos por aí fazendo as coisas de qualquer maneira! Lembremos a história de Marta e Maria... (Lucas 10:38-42) Muitos andam como Marta, na correria, preocupados em trabalhar para Deus, em vez de se acalmar aos pés de Jesus, como fez Maria. Uma dona-de-casa, quando prepara um jantar delicioso, pode ter a sensação de estar servindo a sua família, sem saber que seus filhos podem estar querendo que ela
  • 30. 30/171 faça outra coisa, além de ficar em cima do fo-gão. Por exemplo, quando uma criança pede à mãe para fazer cafuné, isso, naquele mo-mento, poder ser mais importante do que o jantar. Ao cuidar do jantar, a mãe pode estar perdendo uma oportunidade de demonstrar o amor para com seu filho. Marta estava cheia de boas intenções; porém, ela inverteu a ordem: o ato de servir, que deveria ser o meio para demonstrar o amor, tornou-se o fim em si mesmo. Naquele momento, o que interessava ao Senhor era a companhia, tanto de Marta, quanto de Maria. Foi por isso que Jesus disse: “mas apenas uma [coisa] é necessária! Maria escolheu a melhor de todas, e esta ninguém vai tomar dela.” Sentar e ouvir Jesus ou meditar nas Suas Palavras não é a mesma coisa que não fazer nada. Satanás sussurra nos ouvidos dizendo que esse tempo poderia ser mais bem empregado fazendo outras coisas. Aí a
  • 31. 31/171 “tirania do urgente” assume. Mas os nossos atos, por mais sublimes que sejam, não valem nada se não forem feitos com amor (1 Coríntios 13). Para aprendermos isso, só gastando tempo aos pés de Jesus. O amor leva às obras, e não o con-trário. Eu não posso discernir o que é melhor se não tiver a orientação de Jesus. Minha or-ação diária deve ser para que eu sempre me concentre em Jesus e demonstre o meu amor por Ele. Em seguida, Ele me mostra o que fazer. Então, sempre caminharei seguro, pois estarei focado no amor. Agora, pratique! Reavalie seus compromissos e certifique-se de que você está reservando um tempo para se sentar aos pés de Jesus e ouvir o seu comando, antes de iniciar qualquer atividade.
  • 32. O misericordioso “Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais eu sou o pior. Mas foi por esse mesmo motivo que Deus teve misericórdia de mim, para que Cristo Jesus pudesse mostrar toda a sua paciência comigo. E isso ficará como exemplo para to-dos os que, no futuro, vão crer n’Ele e rece-ber a vida eterna.” (1 Timóteo 1:15-16) Paulo, autor do texto acima, é um dos discípulos de Jesus mais queridos em todos os tempos. Seu amor pelo Senhor inspira a muitos até hoje. No entanto, esse homem ex-traordinário também era um pecador – se-gundo suas próprias palavras, “o pior”. Como pode ser isso? Antes de se converter ao cristianismo, esse homem perseguiu os cristãos. Ele fez
  • 33. 33/171 coisas horríveis em nome da justiça. Certa-mente, ele sabia dos seus pecados íntimos melhor do que nós. E, como ele disse, mesmo sendo o pior dos pecadores, Deus não poupou a sua misericórdia para com ele. Existe outra história muito emocion-ante na Bíblia – a da mulher pecadora com o vaso de alabastro. Interrompendo um jantar na casa de um fariseu, essa mulher – em um momento inoportuno –, chorou aos pés de Jesus, enxugou-os com os seus cabelos e derramou o perfume valiosíssimo que estava no vaso. Simão, o fariseu anfitrião, ficou re-voltado com essa demonstração pública de humildade, especialmente por uma mulher conhecida por ser uma pecadora. Jesus re-spondeu à sua indignação com a seguinte história: “Dois homens tinham uma dívida com um homem que costumava emprestar
  • 34. 34/171 dinheiro. Um deles devia quinhentas moedas de prata e, o outro, cinquenta, mas nenhum dos dois podia pagar ao homem que havia emprestado. Então ele perdoou a dívida de cada um. Qual deles vai estimá-lo mais? – Eu acho que é aquele que foi mais perdoado! –respondeu Simão. – Você está certo! – disse Jesus. Eu afirmo a você, então, que o grande amor que essa mulher mostrou prova que os seus mui-tos pecados já foram perdoados. Mas onde pouco é perdoado, pouco amor é mostrado.” Muitas vezes, quando pensamos em nossos pecados e falhas, sentimo-nos enver-gonhados. Nós queremos nos esconder de Deus como fez Adão e Eva depois de comer o fruto proibido. Nós pensamos que Deus, em Sua perfeição divina, nunca poderia olhar para nós com o mesmo amor de antes. Talvez você até já experimentou esse tipo de rejeição, mediante o abandono de um
  • 35. 35/171 familiar ou de um ente querido. Mas não é dessa maneira que Deus atua. A coisa surpreendente sobre a miser-icórdia de Deus é a sua acessibilidade. Quanto maior o pecado, mais Deus quer derramar a Sua misericórdia e o seu perdão, ao primeiro sinal de arrependimento. A Bíblia nos diz que, quando um pecador se ar-repende, há festa no céu. Mediante o testemunho de Paulo, podemos crer, sem dúvida, na paciência ilimitada de Cristo e no seu amor inesgotável. Agora, pratique! Deus também quer ser amado pelos pecadores, como fez aquela mulher. Não im-porta quantas vezes você pecou ou quão grave é o seu pecado, Ele deseja lavá-lo com a Sua misericórdia, se você estiver disposto a isso. Então, demonstre agora o seu carinho por Ele.
  • 36. O amante zeloso “Portanto, vão a todos os povos do mundo e façam com que sejam meus seguidores, ensinando-os a obedecer a tudo o que tenho ordenado a vocês.” (Mateus 28:19-20) “Desse modo todos nós chegaremos a ser um na nossa fé e no nosso conhecimento do Filho de Deus. E assim seremos pessoas maduras e alcançaremos a altura espiritual de Cristo. Então não seremos mais como crianças, arrastados pelas ondas e empur-rados por qualquer vento de ensinamentos de pessoas falsas. Essas pessoas inventam mentiras e, por meio delas, levam outros para caminhos errados. Pelo contrário, falando a verdade com espírito de amor, cresçamos em tudo até alcançarmos a al-tura espiritual de Cristo, que é a cabeça.” (Efésios 4:13-15)
  • 37. 37/171 Certo dia eu li uma frase no Twitter mais ou menos assim: “Se você quer ser pop-ular, fale de liberalidade. Caso contrário, fale de santidade.” Você já notou que a maioria das pessoas, inclusive líderes religiosos, pref-ere esquecer a palavra santidade? É muito penoso falar nessa palavra hoje em dia... Mas vamos lá... Considere os conjuntos de atributos e personalidades a seguir. Conjunto “A”: amoroso, comunicat-ivo, gentil, longânime, paciente, acessível, compreensivo, misericordioso, tolerante, sensível. Conjunto “B”: santo, honesto, reser-vado, ouvinte, coerente, dedicado, maduro, firme, correto, justo, racional. Qual conjunto melhor descreve a sua personalidade? De modo geral, as pessoas se dividem entre esses dois conjuntos. O pess-oal que se encaixa melhor no Conjunto “A”
  • 38. 38/171 lembra mais fortemente que Deus é amor e de grande liberalidade. O ponto forte das pessoas desse grupo é que elas não de-sprezam ninguém, procuram conhecer e ajudar a todos quantos encontram pela frente, mostrando o grande amor de Deus pela humanidade. O ponto fraco é que o lado amoroso e sensível pode facilmente torná-las vítimas de indivíduos mal-intencionados. Por outro lado, o pessoal do Conjunto “B” tem a forte tendência de lembrar que Deus é santo e justo. O ponto forte é que são pessoas mais racionais, mais corretas, justas e zelosas, mostrando o lado intolerante de Deus para com o pecado. O ponto fraco do grupo se revela na falta de popularidade dos seus componentes. Eu conheci um professor que minis-trou aulas no ensino fundamental durante muitos anos. Nas suas aulas, ele enfocava mais o lado disciplinador, moral e ético. Uma vez, ele foi convocado para uma reunião com
  • 39. 39/171 os pais dos alunos e a crítica que recebeu da maioria dos presentes é que os alunos não estavam sendo bem preparados para en-frentar o mundo, porque as pessoas que bus-cam ser corretas costumam ser muito im-populares e têm pouco espaço na comunid-ade. A maioria dos pais não queria que seus filhos fossem impopulares, pois já bastavam as dificuldades naturais que eles haveriam de enfrentar na busca por posições de liderança no mercado de trabalho. Não será por causa disso que temos tantos políticos muito populares, mas nada éticos, não é? Agora, pense com bastante honestid-ade no conjunto de palavras que melhor descreve o nosso Pai Celestial. Será que Deus tende para um lado ou para o outro? Será que o Criador é mais justo do que amoroso, ou vice-versa?
  • 40. 40/171 O nosso Pai tem os atributos dos dois conjuntos. A Bíblia diz assim: “Porque Deus amou o mundo tanto, que deu o seu único Filho, para que todo aquele que nele crer não morra, mas tenha a vida eterna.” (João 3:16) e “O Senhor é a nossa rocha; ele é perfeito e justo em tudo o que faz. Ele é fiel e correto e julga com justiça e honestidade.” (Deuter-onômio 32:4) Então, o nosso Pai Celestial é um Amante Zeloso! Amante, porque Ele ama a todos. Zeloso, porque zela pela Sua própria justiça. Nós, se quisermos ser seus seguid-ores, devemos procurar agir como Ele. Mas, para isso, precisamos aprender as respostas para algumas perguntas: como ser justo e ser amante ao mesmo tempo? Como mostrar para as pessoas que Deus ama o pecador, mas detesta o pecado? Como mostrar que o amor é ilimitado, mas o pecado tem limite? Qual é o equilíbrio entre o amor e a justiça? Com o nosso exemplo de vida, estamos
  • 41. fazendo bons seguidores de Jesus Cristo? Estamos sendo amorosos tanto quanto zelo-sos, e vice-versa? Amamos o suficiente para dizer a verdade, mesmo que doa? A Bíblia Sagrada tem todas as respos-tas que você precisa. Agora, pratique! Como você está formando seguidores de Jesus Cristo? Você procura mostrar a eles todos os atributos de Deus? Ou você mostra um Deus só amante? Ou um Deus só zeloso? Procure, na Palavra de Deus, o equilíbrio, e Ele lhe galardoará pela con-quista de verdadeiros seguidores! 41/171
  • 42. Bom dia! “Quando alguém acorda um amigo de man-hã bem cedo com um grito de ‘bom dia!’, o seu cumprimento soa como uma maldição.” (Provérbios 27:14) “Portanto, não digam palavras que fazem mal aos outros, mas usem apenas palavras boas, que ajudam os outros a crescer na fé e a conseguir o que necessitam, para que as coisas que vocês dizem façam bem aos que ouvem.” (Efésios 4:29) Eu não gosto de levantar cedo, pois sempre vou dormir tarde e isso acaba por me segurar um pouco mais na cama. Certa vez, eu estava em um retiro espiritual e um irmão brincalhão resolveu me despertar em uma madrugada. Então ele chegou perto dos meus ouvidos e bradou: “Bom dia, irmão El-bem!” Eu não me lembro de qual foi a minha
  • 43. 43/171 resposta, mas tenho certeza de que não foi boa. Eu respeito os que levam ao pé da le-tra o provérbio popular: “Deus ajuda a quem cedo madruga”. Mas fiquei encantado, al-guns meses depois, quando descobri essa passagem de Provérbios 27:14. Eu, imediata-mente, compartilhei com meu amigo brincal-hão a descoberta, e nós dois chegamos à con-clusão de que Deus entende muito bem as pessoas que não gostam de levantar bem cedo. Evidentemente, esse texto bíblico diz respeito à sabedoria no falar. Provérbios traz mais uma vez o foco de volta para o poder que há em nossas palavras, quando nos rela-cionamos com as pessoas. A ilustração en-graçada demonstra que precisamos de sabedoria para falar o que precisa ser falado, mas na hora certa.
  • 44. 44/171 Nós devemos falar a verdade com es-pírito de amor; mas, ainda assim, temos que escolher a hora certa. Mesmo a promessa confortante de Romanos 8:28 de que todas as coisas trabalham juntas para o bem daqueles que amam a Deus, às vezes, deve dar lugar à preocupação, quando o dia-gnóstico de uma doença incurável é anun-ciado, ou ao luto, quando um ente querido morre. Esses são exemplos óbvios, mas as situações mais sutis são inumeráveis. Nós devemos considerar o impacto de nossas palavras, sempre. A pessoa sábia en-tende que há momentos em que as palavras não resolvem, mas um simples gesto demon-stra muito mais amor. Portanto, temos que reconhecer que uma palavra certa, dita na hora errada, pode muito bem ser maldição em vez de bênção. Agora, pratique!
  • 45. 45/171 O que você tem falado? Você é um vizinho que grita: “Bom dia?” Vamos encora-jar um ao outro com palavras saudáveis, ditas na hora certa. Não fale alto. Nosso ob-jetivo não é impor nosso ponto de vista ou a nossa sabedoria, mas edificar uns aos outros com o amor de Cristo.
  • 46. Pessoas eficazes “Os bons florescem como as palmeiras; eles crescem como os cedros dos montes líbanos. Eles são como árvores plantadas na casa do Senhor, que florescem nos pátios do Templo do nosso Deus. Na velhice, eles ainda produzem frutos; são sempre fortes e cheios de vida.” (Salmo 92:12-14) A frase “começar com o final em mente” pode soar familiar para quem já leu o livro: “Os Sete Hábitos das Pessoas Alta-mente Eficazes”. Segundo o livro, a frase é uma ótima resposta para a pergunta: “Onde eu quero chegar?” Antes de se começar qualquer pro-jeto, é razoável que essa pergunta seja feita para que o foco seja ajustado, o caminho cor-reto seja trilhado, e se produza uma ação
  • 47. 47/171 efetiva para o alcance do alvo. O que está faltando no livro, no entanto, é a perspectiva de Deus, expressa no Salmo 92. Se o seu alvo é somente material, o seu resultado pode ser a frustração, mesmo que você tenha trilhado corretamente o cam-inho traçado. As pessoas geralmente traçam seus objetivos de vida assim: eu quero ser bonito(a), eu quero ter coisas valiosas, eu quero ser um grande homem ou uma grande mulher. Todos querem ter muito tempo livre para lazer e cuidado da saúde. Nada de errado em buscar a felicid-ade, mas ocorre que, sem Deus, a vida é re-tratada nas Escrituras como vazia, en-ganadora e sem sentido, porque os nossos sonhos brotam de um coração contaminado pelo pecado. Se quisermos ser espiritual-mente eficazes na vida, temos que sonhar e começar a realizar nossos planos debaixo dos propósitos de Deus. Só assim podemos chegar à velhice produzindo bons frutos.
  • 48. 48/171 No Salmo 92, Deus mostra qual é a fi-nalidade da vida e o que faz o homem feliz: “Ó Senhor Deus, os teus feitos poderosos me tornam feliz! Eu canto de alegria pelas coisas que fazes.” “Os bons florescem como as palmeiras”, ou seja, eles estão cheios de vitalidade espiritual, mesmo no final da vida, quando a tentação de reclamar e de expres-sar o egoísmo é mais forte. Em vez de re-clamar, os seus lábios estão cheios de louvor, declarando que Deus não foi injusto para com eles. As raízes de tal vigor da alma são teci-das ao longo dos versos anteriores desse Salmo, no qual lemos sete hábitos de vida es-piritualmente eficaz. São eles: 1. dar graças a Deus – “Ó Senhor Deus, como é bom dar-te graças! Como é bom cantar hinos em tua honra, ó Altíssimo!” (v.1);
  • 49. 49/171 2. falar do amor de Deus – “Como é bom anunciar de manhã o teu amor e de noite, a tua fidelidade.” (v.2) Para o homem justo, cada dia começa e termina com Deus, o que implica que Deus é o centro dos seus pensamen-tos durante todo o dia. O amor de Deus é expresso na Sua promessa de salvação para todo homem. A fidelid-ade é o cumprimento da Sua promessa expressa na morte do Seu único filho, Jesus Cristo; 3. cantar com alegria a Deus – “Ó Sen-hor Deus, os teus feitos poderosos me tornam feliz! Eu canto de alegria pelas coisas que fazes.” (v.4); 4. procurar saber mais de Deus – “Que grandes coisas tens feito, ó Senhor! Como é difícil entender os teus pensamentos!” (v.5). Significa não ter uma visão superficial e pragmática de
  • 50. 50/171 Deus. Não O ver apenas como um meio para conseguir outras coisas; 5. reconhecer a transcendência de Deus – “Pois tu, ó Senhor, estás para sempre acima de tudo e de todos.” (v.8). Deus está acima de todas as Suas criaturas. O justo percebe que o homem não é igual a Deus; 6. descansar em Deus – “Nós sabemos que os Teus inimigos morrerão e que todos os maus serão derrotados.” (v.9). Deus terá a palavra final sobre todos os males e as injustiças. Ele tratará com justiça os inimigos da justiça; e 7. depender continuamente de Deus – “Tu me tens tornado forte como um touro selvagem e me tens abençoado com a felicidade.” (v.10).
  • 51. 51/171 Talvez você conheça um crente idoso que incorpora esses sete hábitos. Eu conheci o diácono João Sabino, um homem de Deus. Antes da sua morte, já de idade avançada, eu o visitei. Ele estava em uma cama de hospital e com graves problemas de saúde. Mas, dur-ante a nossa visita, ele falou não sobre a sua dor, mas sobre seu prazer em ler as verdades da Bíblia. Ele me perguntou sobre minha família, meu trabalho, e sobre o que eu venho lendo e aprendendo. Ele falou de di-versos hinos e canções que sempre cantava ao longo do dia. Lembramos-nos das suas gargalha-das. Sua oração no final de nossa conversa foi cheia de gratidão e louvor ao Senhor, evidenciando um conhecimento pessoal e uma profunda confiança em Deus. Enquanto eu o escutava, eu pensei comigo mesmo: esse homem é o Salmo 92 em pessoa. Em vez de abençoá-lo, eu é que saí abençoado, pois ali estava uma pessoa
  • 52. 52/171 que, pela graça de Deus, aprendeu a praticar os hábitos de uma vida espiritualmente eficaz e, ainda na velhice, produzia frutos. Agora, pratique! Reflita comigo: estamos praticando regularmente os sete hábitos do Salmo 92? Como vivo hoje, eu vou conseguir passar o restante da minha vida nesta terra com vital-idade espiritual, florescendo como as pal-meiras? Se não, onde está o problema?
  • 53. Felizes os mansos “Felizes os mansos, pois receberão o que Deus tem prometido.” (Mateus 5:5) Eu tinha uma aversão à palavra “manso”. Ela me fazia lembrar da época do meu último ano no ensino fundamental. Devido à má dicção, eu era um adolescente tímido, pois tinha dificuldade em pronunciar corretamente algumas palavras. Os colegas não deixavam de me zoar, principalmente quando estávamos em rodinha. Eles achavam engraçada a minha voz. Certo dia, na aula de educação sexual, o professor me pediu para fazer uma ap-resentação sobre a lição aprendida. Eu es-tava indo mais ou menos bem, na frente da sala, até que chegou a hora de dizer a palavra "homossexual”. Simplesmente, eu não
  • 54. 54/171 conseguia pronunciar essa palavra. Depois de tanto gaguejar, enfim pronunciei “homoxexel”. Para quê! Foi motivo de gar-galhada da sala inteira, inclusive do profess-or. A partir daquele dia, os colegas começaram a me chamar de “homoxexel”. Essa atitude me irritava tanto que, certa vez, perdi a esportiva e comecei a esbravejar. Mas, a cada vez que esbravejava, mais eles me chamavam de “homoxexel”. Chegava em casa chorando e contava isso para minha avó. Ela, com toda paciên-cia, sempre dizia que eu deveria ser manso, porque Jesus disse que os mansos são felizes. Mas eu pensava comigo: como posso ser manso diante de tanta azucrinação que me deixa extremamente irritado? Numa manhã, minha avó leu esse trecho bíblico para mim e trouxe algumas re-flexões que me ajudaram a olhar o mundo sob outra perspectiva. No Sermão da Montanha, vemos Jesus explicar o seu
  • 55. 55/171 verdadeiro propósito na Terra. Para a de-cepção de muitos, ele não iria ser um rei ter-reno, conferindo poder e prestígio ao seu povo. Em vez disso, Jesus mostra que o pla-no de Deus para a humanidade inclui uma transformação interior, visando um reino eterno. Para preparar adequadamente a to-dos nós para esse reino eterno, Jesus ensina que os valores terrenos devem ser substituí-dos pelos valores celestiais, e estes baseiam-se no amor e na misericórdia. É a misericórdia de Deus que trans-forma o nosso coração de pedra em coração de carne, tirando todo orgulho e presunção. É a humildade de Cristo que nos chama para um relacionamento saudável com o próximo e com Ele. Para isso se tornar real, Jesus nos pede para aprendermos com Ele o que é ser manso e humilde de coração. Só assim en-contraremos descanso para nossas almas. Isso não quer dizer que devemos jog-ar fora as virtudes como a coragem e
  • 56. 56/171 intrepidez. Eu, particularmente, acho muito mais complicado aprender a ser manso e hu-milde do que aprender a ser ousado e cora-joso, mas temos que colocar todas essas vir-tudes na balança e buscar um equilíbrio. É um equilíbrio difícil – mas necessário – se quisermos refletir Cristo a este mundo ferido. Agora, pratique! Existe alguma área na qual você pre-cisa ser mais humilde e manso? Peça a Deus para lhe dar um coração como o de Jesus! Que sua alma seja restaurada sem que você perca a dignidade que Deus lhe deu. Seja feliz!
  • 57. O irmão mais velho “Faz tantos anos que trabalho como um es-cravo para o senhor e nunca desobedeci a uma ordem sua. Mesmo assim, o senhor nunca me deu nem ao menos um cabrito para eu fazer uma festa com os meus ami-gos. Porém, esse seu filho desperdiçou tudo o que era do senhor, gastando dinheiro com prostitutas. E agora ele volta, e o senhor manda matar o bezerro gordo! Então o pai respondeu: ‘Meu filho, você está sempre comigo, e tudo o que é meu é seu.” (Lucas 15: 29-31) Recentemente, um jovem abriu seu coração para mim. Ele tem 30 anos, é solteiro, não namora e não teve ainda a sua primeira experiência sexual. Ele me disse: “Eu gostaria muito de casar. Sei que essa escolha é séria, por isso, estou nesses anos todos esperando por uma princesa idônea,
  • 58. 58/171 com a qual eu realmente possa ter um futuro feliz. Entretanto, quando vejo rapazes da minha idade viverem uma vida libertina, penso que deveria estar fazendo o mesmo! O que me dói é ver que todas essas pessoas comprometem a sua pureza, e mais rapida-mente ‘casam e dão-se em casamento’, en-quanto eu vivo uma vida de castidade, per-manecendo solteiro. Isso não é justo!” Alguma vez você já se sentiu assim? É natural sentir-se frustrado quando se dá mal fazendo boas escolhas, enquanto aqueles que fazem más escolhas parecem ganhar a vida de forma mais fácil. Muitos conhecem a história do filho pródigo citada no início. A maioria de nós, em algum momento, tem empatia com o irmão mais velho do filho pródigo. Afinal, ele é o filho que fez tudo certo. Mas, sincera-mente, o irmão mais velho não era muito diferente do mais jovem. Ambos acreditavam
  • 59. 59/171 em uma falácia: “Se eu fizer as coisas do meu jeito, eu vou conseguir.” As consequências das ações do filho pródigo são óbvias – a vida realmente se des-faz, quando vivida de forma imprudente e desregrada. Mas o que acontece exatamente quando abraçamos a atitude do irmão mais velho? Podemos e devemos procurar ter uma vida de pureza, tomar decisões corretas e manter uma aparência de bem-estar, mas tudo isso começa a apodrecer dentro de nós, quando negligenciamos o amor do Pai. Eu vejo três perigos sutis para a alma daquele que opta pela atitude do irmão mais velho: 1. perda de clareza espiritual – quando nós assumimos a postura do irmão mais velho, a nossa visão espiritual é escurecida, porque esquecemos o sacrifício de Cristo. O irmão mais velho também percorre um caminho
  • 60. 60/171 ímpio, porque ele não consegue ver as coisas da perspectiva de seu pai misericordioso. Ele não consegue ver que seu irmão pródigo sofreu – e muito – por causa das suas trans-gressões, mas arrependeu-se com profunda tristeza. Ele fica com inveja por causa da festa na chegada do seu irmão e interpreta o perdão do pai como um ato pessoal. O irmão mais velho, com o coração amargo e in-grato, só aumenta a dor de seu pai ao tentar justificar a sua raiva em fun-ção do aborrecimento que seu irmão mais novo o havia infligido; 2. orgulho espiritual – quando com-paramos a nossa bondade com as fal-has dos outros, nós praticamos o or-gulho espiritual. Esse tipo de orgulho é mortal para a alma. Ele nos faz per-der a gratidão para com o nosso Deus, obscurece a nossa própria
  • 61. 61/171 necessidade de misericórdia, e nos engana em pensar que Deus nos deve alguma coisa. Com esse orgulho nós anulamos o sacrifício de Cristo; e 3. mesquinhez – a miséria sai do filho pródigo e se instala no filho mais velho. O irmão mais velho tinha acesso ao amor do pai o tempo todo, mas a sua atitude ao ver a alegria do pai não revela um coração alegre. Mesquinhez, orgulho, inveja, atitudes preconceituosas e perfeccionistas im-pedem a felicidade em nossas vidas. Então, o que podemos fazer para en-contrar a paz quando sentimos que a vida é injusta? Bom, além de reconhecermos os sentimentos de tristeza, de frustração e até mesmo de confusão, devemos parar de olhar para os outros e começar a olhar para Cristo. Lembremos o que Deus falou a Caim: “Por
  • 62. 62/171 que você está com raiva? Por que anda carrancudo?” Agora, pratique! Existe alguma mágoa que você está guardando e que está lhe deixando pensar como “o irmão mais velho”? Peça a Deus para removê-la do seu coração para que você possa reconhecer o amor do Pai Celeste.
  • 63. Mais um conto da carochinha... “Disse Jesus: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida...’ (João 5:24) “E se alguém guardar a minha palavra, não verá a morte, eternamente.” (João 8:51) Uma das minhas leitoras me escreveu dizendo que não podia acreditar em Deus, porque um Deus amoroso não seria tão cruel a ponto de mandar pessoas para o inferno. O meu falecido irmão passou boa parte de sua vida pensando assim. Ele chegava a afirmar que a Bíblia é um conto da corochinha. Feliz-mente, ele mudou de ideia a tempo. Certa vez, eu ministrei uma palestra sobre “A Graça de Deus” e disse que o Deus
  • 64. 64/171 de amor e misericórdia é o mesmo que envia pessoas para o inferno. Evidentemente, sob o ponto de vista humano, assassinos e crim-inosos merecem mesmo ser punidos. Mas o que diremos de pessoas que são boas e igual-mente condenadas por toda a eternidade? Só porque elas não aceitaram Jesus Cristo como único Salvador? Isso parece mesmo muito cruel. Bem, acho que podemos fazer um paralelo com a Declaração de Imposto de Renda. Confesso que não existe nada tão desnecessariamente complicado, dol-orosamente frustrante e sensivelmente es-tressante como prestar contas para o fisco e, depois, ainda ter que pagar os impostos. Não sei qual é a sua experiência; mas, ao prestar contas para o fisco, eu encontro uma resposta para a minha incerteza espir-itual. Pagar imposto pode ser frustrante, mas é lei. E aqueles que criaram e aprovaram os impostos e seus regulamentos sabem muito
  • 65. 65/171 bem por que fizeram isso. Nós podemos ar-ranjar desculpas diversas: dizer que a carga tributária é injusta, que ela é alta, que o im-posto arrecadado é mal administrado, etc.; mas, no final, somos mesmos obrigados a cumprir a lei ou sofrer as consequências de nossas ações e omissões. Em vista disso, “será que a pena de morte para o pecado é injusta? De maneira nenhuma. Lembre-se que Deus voluntaria-mente nos criou. Ele nos deu o privilégio de sermos portadores de sua imagem. Ele nos fez um pouco inferior aos anjos. Ele livre-mente nos deu o domínio sobre toda a terra. Nós não somos tartarugas. Nós não somos vagalumes. Nós não somos lagartas ou coiotes. Somos pessoas. Nós somos a im-agem e semelhança do Majestoso Rei do Universo. O problema, é que nós não usam-os o dom da vida com a finalidade que Deus planejou. A vida neste planeta tornou-se uma arena na qual estamos diariamente
  • 66. 66/171 mantendo o espetáculo da traição cósmica.” (R.C. Sproul) Infelizmente, a verdade não é sempre gentil; às vezes, ela é dura. E a Verdade de Deus é que, mesmo o mais bondoso ser hu-mano, já nasceu no pecado. “De fato, tenho sido mau desde que nasci; tenho sido pecador desde o dia em que fui concebido.” Quem disse isso foi o rei Davi, homem con-siderado (por Deus) segundo o coração de Deus. (Salmos 51:5). Ocorre que todo o Universo caiu quando Adão pecou. E, então, o que fazemos agora? Bem, temos duas opções: nós podemos ficar o resto da nossa vida tentando negar nossa culpa, dizendo que tudo isso é mais um conto da carochinha. Certamente, não vamos chegar a lugar nenhum. Essa é uma opção. A outra é: nós podemos aceitar que Jesus Cristo, o unigênito filho de Deus, sacrificou-se para nos dar uma saída para
  • 67. 67/171 esse imbróglio humano. Podemos recon-hecer a graça de Deus como um dom, sabendo que a morte de Seu filho nos pro-porcionou o perdão do pecado original, presente em toda a humanidade. “Porque, assim como, em Adão, todos morrem, assim também todos serão vivificados em Cristo.” (1 Coríntios 15:22) Agora, pratique! A solução me parece simples: Deus nos deu o livre arbítrio e, agora, cabe a nós escolher a melhor opção. Eu já escolhi guardar a Palavra de Jesus, com fé de que não verei a morte eterna. (João 8:51). E você?
  • 68. Haja coração! “Jesus usou parábolas para ensinar muitas coisas. Ele disse: — Escutem! Certo homem saiu para semear. Quando estava espal-hando as sementes, algumas caíram na beira do caminho, e os passarinhos comeram tudo. Outra parte das sementes caiu num lugar onde havia muitas pedras e pouca terra. As sementes brotaram logo porque a terra não era funda. Mas, quando o sol apareceu, queimou as plantas, e elas secaram porque não tinham raízes. Outras sementes caíram no meio de espinhos, que cresceram e sufocaram as plantas. Mas as sementes que caíram em terra boa produziram na base de cem, de sessenta e de trinta grãos por um.” (Mat. 13:3-8) Um amigo estava me contando sobre um indivíduo que recentemente se converteu
  • 69. 69/171 a Cristo, sem antes nunca ter ouvido falar sobre as Boas Novas. A verdade é que, apesar de tantas igrejas existentes hoje nos países abertos ao Evangelho, muitos ainda nunca ouviram falar de Jesus porque algumas pess-oas estão vivendo uma vida espiritual in-frutífera, sem darem testemunho genuíno do amor de Deus. Essas pessoas estão dentro das igre-jas, ouvem a Palavra de Deus constante-mente, mas seus corações permanecem en-durecidos para obedecerem ao “vão pelo mundo inteiro e anunciem o evangelho a to-das as pessoas.” (Marcos 16:15). Sem dúvida, isso é uma posição perigosa porque “quem é repreendido muitas vezes e teima em não se corrigir cairá de repente na desgraça e não poderá escapar.” (Provérbios 29:1) É bem verdade que a paciência e a misericórdia de Deus são imensuráveis. Di-ante disso, muitos relaxam e ficam apenas ouvindo os ensinamentos bíblicos
  • 70. 70/171 semanalmente, sem nunca experimentarem a alegria de uma vida frutífera. Muitas vezes, essas pessoas são as que cresceram em uma família cristã e que seus pais as levaram à igreja. Entretanto, nunca tiveram uma ex-periência real com Cristo. Haja coração para ser um cristão autêntico! Devemos constantemente pergun-tar a nós mesmos se somos verdadeiros cristãos e se estamos cumprindo as ordens do Mestre. Será que não estamos fazendo da rotina cristã um hábito dominical, tão somente? A semente da Palavra que cai nos nossos corações produz frutos espirituais? Ou seja, tenho sido bênçãos para o meu próximo, aquele que Deus coloca no meu caminho para ajudar? Agora, pratique! Não basta ir à igreja e continuar com um coração empedernido, onde caem as se-mentes que logo secam! Nunca é tarde
  • 71. 71/171 demais para renovar o seu compromisso com Cristo e experimentar a alegria de realmente ser luz nas trevas que dominam este mundo! Haja coração de carne!
  • 72. Uma colinha “Ó Senhor Deus, ensina-me a entender as tuas leis, e eu sempre as seguirei. Dá-me en-tendimento para que eu possa guardar a tua lei e cumpri-la de todo o coração.” (Salmo 119: 33-34) Meus jovens leitores, eu tenho uma confissão a fazer. Quando estava no ensino médio, eu odiava as aulas de Química. Eu de-testava os laboratórios e os cheiros daqueles produtos horríveis. As aulas eram sem graça e ainda haviam os trabalhos práticos para serem feitos em casa. Como você pode ver, eu nunca fui um bom aluno nessa matéria. Em vez de estudar para as provas, eu preparava as minhas “colinhas”. Nos dias dos testes, eu sentava numa posição da sala na qual o bedel não podia me ver. Assim, fui le-vando a vida até conseguir passar e terminar
  • 73. 73/171 o ensino médio. Eu pensava comigo: para que sofrer com essa matéria horrível, que não vou usar para nada, sendo que eu posso colar? Eu vim a perceber o meu erro logo mais tarde, quando tive que enfrentar o ves-tibular. Como não havia estudado nos anos anteriores, não sabia resolver nenhum prob-lema de Química. Resultado, fui reprovado e tive que voltar para o cursinho. Às vezes, nós gostamos de usar a Bíblia como “colinha”. Quando o mundo nos confronta com um problema ou uma dúvida, abrimos a Bíblia de qualquer maneira e grit-amos: “Veja, a Bíblia diz que não se pode fazer isso..., ou, a Bíblia não diz nada contra, vamos fazer...” A Bíblia é o Livro dos livros, é a Pa-lavra de Deus. Ela não foi escrita para ser usada como uma “colinha” nas horas de aperto. Se não estudarmos a Palavra de Deus
  • 74. 74/171 como deve ser estudada, não vamos entender por que Jesus disse as coisas que disse. Se lermos a Bíblia sem meditar no que está es-crito, sem observar o contexto das pas-sagens, não vamos entender o recado de Deus para nós. Quando fazemos assim, somos realmente maus alunos. Tente pensar da seguinte forma: antes que um médico possa estar apto para curar a doença de um paciente, ele primeiro precisa compreender a doença. Ele tem que entender a sua origem, o que ela afeta no corpo, que tipo de tratamento pode ser min-istrado e qual a melhor medicação para o pa-ciente. Se o médico não faz esse diagnóstico antes, ele pode acabar prejudicando o pa-ciente, errando na dose dos remédios ou até aplicando o remédio errado. Da mesma forma, Deus nos chama para sermos médicos para os espiritual-mente doentes. Sem entendermos as leis divinas, sem compreendermos o grande
  • 75. amor de Deus expresso nas Escrituras Sagra-das e sem sabermos qual é o tratamento que Deus deixou receitado, nós vamos errar a dose. As consequências podem ser duas: ou não salvaremos almas, pois não as faremos verdadeiros discípulos de Jesus, ou as mataremos de vez, não as fazendo com-preender o amor de Deus! Agora, pratique! E, então, você tem estudado bem o plano de Deus para a salvação da humanid-ade? Quão frequentemente você estuda a Bíblia Sagrada? Você é um bom médico es-piritual? Ou você costuma fazer “colinhas bíblicas”? 75/171
  • 76. A esperança renova “Porque há esperança para a árvore, pois, mesmo cortada, ainda se renovará, e não cessarão os seus rebentos.” (Jó 14:7) “Há esperança para o ferido Como árvore cortado, marcado pela dor Ainda que na terra envelheça a raiz E no chão, abandonado, o seu tronco morrer Há esperança pra você Ao cheiro das águas brotará
  • 77. Como planta nova florescerá Seus ramos se renovarão Não cessarão os seus frutos E viverá” (Diante do Trono) 77/171
  • 78. Cristo vive! “Ele não está aqui; já ressuscitou, como tinha dito. Venham ver o lugar onde ele foi posto.” (Mateus 28:6) Esse fato é a causa primordial da es-perança do Cristão. Quando fui a Israel, fiquei muito emocionado ao ler a frase “Ele não está aqui; Ele ressuscitou” escrita na parede do túmulo de Jesus. Naquela visita, pude sentir alguns arrepios. Foi um dos mo-mentos mais impactantes da minha viagem a Jerusalém. O que eu faria se alguém que eu con-hecesse pessoalmente tivesse ressuscitado? Especialmente se ele tivesse dito que iria morrer e que, depois de três dias, voltaria dos mortos?
  • 79. 79/171 Pergunto sério. O que eu faria? O que você faria? Será que eu não contaria a todos que encontrasse pela frente sobre esse evento milagroso? Caramba, claro que con-taria! Eu costumo contar emoções menores, como uma boa cena de um filme. Então, cer-tamente, eu divulgaria um milagre desses! Ainda mais sabendo que a pessoa que res-suscitou estaria dizendo que fez isso para que todo o resto da humanidade tivesse a chance de jamais sofrer com a morte. E que, para isso acontecer, bastasse simplesmente acreditar no episódio, e mais nada! Ah! Você não crê? Você não é o único! Houve um que viu tudo isso e, mesmo assim, ainda não cria. Foi Tomé. Mas Jesus Cristo ressuscitado disse a Tomé: “– Veja as minhas mãos e ponha o seu dedo nelas. Estenda a mão e ponha no meu lado. Pare de duvidar e creia! Então Tomé exclamou: – Meu Senhor e meu Deus!” Disse Jesus: – Você creu porque me viu! Felizes são os que não viram,
  • 80. 80/171 mas assim mesmo creram!” (João 20:27-29). Por isso, cantemos a música de Hillsong Un-ited: “Aleluia! Vivo está Jesus. A morte per-deu sua vitória e o túmulo foi negado. Jesus vive pra sempre. Ele está vivo! Ele está vivo!” Você aceita essa história? Se não, é bom aceitar, porque... “quem rejeita esse en-sinamento não está rejeitando um ser hu-mano, mas a Deus, que dá a vocês o seu Espírito Santo.” (1 Tessalonicenses 4:8). Bom, você aceita, mas não tem coragem sufi-ciente para divulgar isso aos seus amigos e parentes? Então, encha-se do Espírito Santo e perca o medo agora, “pois o Espírito que Deus nos deu não nos torna medrosos; pelo contrário, o Espírito nos enche de poder e de amor...” (2 Timóteo 1:7). Você acha que não é uma notícia rel-evante? A ressurreição de Jesus vem con-firmar e cumprir profecias de centenas de anos anteriores. Eis a razão pela qual a fé cristã assume lugar especial no coração do
  • 81. 81/171 homem. Essa é a diferença entre Jesus Cristo e todos os outros que se diziam vindos de Deus (Mateus 28). Desta forma, Buda, Maomé, Gandhi e outros não ressuscitaram. Jesus é o único e verdadeiro filho de Deus, o Salvador da humanidade. Todos os outros morreram e passaram, mas Jesus ressuscitou e está vivo, salvando e fazendo milagres. Infelizmente, sinto que muitos con-tinuam diante do Jesus crucificado. Pois, apesar da mensagem da ressurreição, muitos continuam, por causa dos mais diversos problemas e dificuldades, sem razão para viver. As tensões, as angústias, as de-pressões, a violência, a doença, as mudanças e tantas outras dores e contratempos trans-formam a vida de muitos numa eterna cruci-ficação! Num eterno muro de lamentações! Por outro lado, me pergunto se é possível apagar completamente o sofrimento de nossas vidas.
  • 82. 82/171 Creio que não. Porém, creio que é possível transformar o sofrimento em uma vida plena de sentido e cheia de realizações. Afinal, até as rosas têm os espinhos que fazem doer. E “para que a beleza de uma rosa seja apreciada, é preciso ter cuidado com os seus espinhos. Desviar dos espinhos é algo diferente do que retirá-los.” (Ernani Röpke). O Jesus Cristo vivo nos dá esperança para uma boa caminhada na vida, mesmo di-ante da morte. Basta você crer e tomar posse da bênção! Tenha uma vida plena em meio aos problemas. Agora, pratique! Portanto, não fique estagnado na cru-cificação de Cristo, mas lembre-se: Cristo vive para que você viva. Deixe a mensagem da ressurreição e o amor ilimitado de Deus revelado em Cristo Jesus transformarem o seu sofrimento em alegria e em esperança de vida. Quando o amor de Deus habita nossas
  • 83. 83/171 mentes e corações, sempre ressurge uma vida plena e abundante.
  • 84. Bênçãos ocultas “Deus fere, mas ele mesmo faz o curativo; ele machuca, mas as suas mãos curam.” (Jó 5:18) “Tudo de bom que recebemos e tudo o que é perfeito vêm do céu, vêm de Deus, o Criador das luzes do céu. Ele não muda, nem varia de posição, o que causaria a escuridão.” (Tiago 1:17) Embora já caminhando para o final do ano de 2011, eu ainda estou avaliando tudo o que aconteceu com minha família no ano passado. Desculpe-me por estar um pou-co atrasado, mas eu aproveito a calmaria das férias para uma reflexão. Eu sempre gosto de avaliar o que Deus tem feito em nossas vidas. Resumindo 2010, eu o chamo de ano de bênçãos ocultas. Além de muitas outras coisas ruins que me aconteceram, eu perdi
  • 85. 85/171 meu irmão, assassinado por um ladrão, de forma brutal, dentro de seu próprio lar. Em decorrência disso, muitos outros problemas familiares me ocorrem até hoje. Não con-segui enxergar com os olhos carnais nen-huma bênção! Entretanto, eu me sinto sortudo por ter sobrevivido 2010. Isso não é um exagero! Eu sei que sou dependente da graça de Deus, que tem me mantido vivo a cada ano. Mas esse ano de 2010, porém, eu praticamente tive o meu nariz esfregado em tragédias. Todos os acontecimentos me levaram a ques-tionar: “por que isso aconteceu comigo?” – e eu mesmo a me responder com: “graças a Deus por tudo”. A verdade é que o Senhor não me deixou passar ileso por essas provas, pois eu senti, e sinto na alma, as consequências de tudo. Entretanto, Ele usou o meu sofrimento para trazer uma coisa boa: a experiência de sentir de forma real a graça divina.
  • 86. 86/171 Eu sou uma pessoa orientada para resultados, por isso eu sempre me esforçava bastante para ser “suficientemente bom” para com Deus e, com isso, “ganhar” o favor de Deus por ser um bom cristão. Mas eu es-tava completamente errado nos meus concei-tos. Eu cheguei à conclusão que é somente Cristo que nos dá o dom da vida, apesar de nossos melhores esforços, que só servem para atrapalhar o efeito da graça divina em nós. Eu poderia escrever sobre outras coisas ruins que ainda me vêm acontecendo, mas a ideia que quero passar aqui é esta: de-vemos esperar com paciência, pois “Deus fere, mas ele mesmo faz o curativo; ele machuca, mas as suas mãos curam.” Por outro lado, não adianta querermos ser bonzinhos por nós mesmos, pois “tudo de bom que recebemos e tudo o que é perfeito vêm do céu, vêm de Deus.”
  • 87. Diante dessa conclusão, posso ver os próximos anos com grande esperança, pois eu sei que, nas tragédias que me aconte-ceram no ano 2010, Deus estava trabalhando e tratando comigo e com a minha família. “Pois sabemos que todas as coisas trabalham juntas para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles a quem ele chamou de acordo com o seu plano.” (Romanos 8:28) Agora, pratique! Agora, estou convencido de que Deus usa todas as circunstâncias para nos abençoar. Isso não significa que nós nunca vamos sofrer ou que sempre vamos “sair por cima”. Pelo contrário, significa que ele irá usar as circunstâncias ruins para nos aproxi-mar d’Ele e de nós mesmos. 87/171
  • 88. A vontade de Deus “Estejam sempre alegres, orem sempre e se-jam agradecidos a Deus em todas as ocasiões. Isso é a vontade de Deus para vo-cês por estarem unidos com Cristo Jesus.” (1 Tessalonicenses 5:16-18) “Qual é a vontade de Deus para minha vida?”Quantas vezes você já pergun-tou isso? Ou estudou sobre isso? Ou já leua respeito disso? Ou conhece alguém que está tentando achar a resposta para isso? Bem, a Bíblia tem a resposta, de forma bem simples: “Estejam sempre alegres, orem sempre e sejam agradecidos a Deus em todas as ocasiões.” Mas é só isso? Bom, vejamos então outro verso. “O Senhor já nos mostrou o que é bom, ele já disse o que exige de nós. A vontade de Deus é que façamos o que é
  • 89. direito, que amemos uns aos outros com dedicação e que vivamos em humilde obed-iência ao nosso Deus.” Começou a complicar! Mas eu queria mesmo saber qual é a vontade de Deus para minha vida... na profissão, no casamento, etc. Já percebeu que a gente está sempre qu-erendo saber qual é a vontade de Deus? Por que isso? Não está claro na Bíblia? Eu acho que está claro, mas podemos complicar. A vontade de Deus para nossa vida pode aparecer de forma fácil ou difícil, depende de nós! Mas por que muita gente acha difícil enxergá-la, se ela é tão fácil de ser vista? Para responder a esse paradoxo, G.K. Chesterton disse a famosa frase: “O ideal cristão não foi considerado deficiente depois de testado. Ele foi considerado difícil e deix-ado de lado.” 89/171
  • 90. 90/171 Poderíamos gastar muito tempo dis-cutindo como a vontade de Deus é fácil ou como é difícil, baseados em vários trechos da Sua Palavra. Mas vamos refletir um pouquinho sobre como a Bíblia descreve a vontade de Deus – o ideal cristão – no acontecimento narrado em Atos 16. Imagine que você tenha sido enviado por Deus para uma viagem missionária em uma terra estranha. Chegando lá, você começa a pregar o evangelho e aparece uma vidente possessa que fica repetindo o que vo-cê está falando, com o intuito de provocá-lo. Depois de um tempo, você resolve expulsar aquele demônio de adivinhação em nome de Jesus. Você resolveu o problema da mulher, mas, de repente, aparecem os homens que ganhavam dinheiro com o trabalho da mulh-er e eles acabam convencendo as autoridades de prenderem você. Agora você está na prisão de segur-ança máxima, acorrentado com seu
  • 91. 91/171 companheiro de jornada. Após serem bastante espancados, em vez de desmaiarem de dor, vocês começam a louvar e glorificar a Deus em voz alta. Aí, de repente, o chão treme e os portões da prisão se abrem. Vocês, em vez de fugirem, esperam o car-cereiro chegar e então dizem a ele: “– Creia no Senhor Jesus e você será salvo, você e as pessoas da sua casa. Finalmente, eles se con-vertem ao evangelho e vocês vão felizes pra casa. A questão é: será que aceitaríamos um acontecimento desses na nossa vida como sendo a vontade de Deus? Veja bem, Deus queria salvar aquele carcereiro, assim como várias outras pessoas para quem Paulo e Silas estavam dispostos a pregar. Era essa a vontade d’Ele. Mas, para isso acontecer, foi preciso que eles passassem por uma situação que jamais imaginariam passar. Era esse o ideal cristão que estava sendo testado. Difícil de entender, não? Ainda mais sabendo que
  • 92. 92/171 Deus poderia realizar a sua obra de forma bem mais fácil. Ocorre que Deus achou por bem provar a fidelidade de seus servos. Às vezes, para que a vontade de Deus seja realizada na nossa vida, coisas inexplicá-veis podem acontecer no meio do caminho. Sua vontade pode chegar de forma fácil ou difícil, depende de como estamos preparados para recebê-la. Entretanto, cabe a nós mantermos a fé e a persistência, dentro dos ideais cristãos, louvando a Deus com alegria, sempre, em qualquer circunstância. O ideal de Deus para a nossa vida será provado e de-verá ser aprovado, não deixado de lado. Agora, pratique! Você está disposto a aceitar a vontade de Deus para a sua vida? Qualquer que seja o ideal d’Ele?
  • 93. Caráter aperfeiçoado “E também nos alegramos nos sofrimentos, pois sabemos que os sofrimentos produzem a paciência, a paciência traz a aprovação de Deus, e essa aprovação cria a esperança. Essa esperança não nos deixa decepcion-ados, pois Deus derramou o seu amor no nosso coração, por meio do Espírito Santo, que ele nos deu.” (Romanos 5:3-5) Quando eu era criança, meus pais re-uniam a família todos os dias para estudar a Bíblia. As sementes espirituais que foram plantadas em minha vida nesses primeiros anos germinaram e, hoje, eu estou tentando aproveitar o que aprendi, com o intuito de pautar o meu caminho de vida. Lembro-me de ter aprendido que o jovem deve estudar o livro de Provérbios de
  • 94. 94/171 Salomão se quiser saber qual caminho seguir em busca de uma vida bem-aventurada. Sempre diziam meus pais: “esse livro aper-feiçoa o caráter; mas, se você quiser, pode deixar de lado as instruções nele contidas e escolher o caminho que quiser. Só lhe garanto uma coisa: certamente será um cam-inho mais difícil e com consequências dolorosas.” Entretanto, tenha em mente que Deus, com sua infinita misericórdia, não o abandonará; mas, em algum momento, en-trará em ação para não deixar que você se perca de vez. Como um bom pai que corrige o filho, Ele usará as circunstâncias dolorosas e o sofrimento físico-mental-espiritual para desenvolver em você as qualidades do caráter. Essas qualidades podem ser ad-quiridas de maneira bem mais fácil, colocando em prática os conselhos de
  • 95. Salomão, o homem mais sábio que o mundo já teve. Bom, felizmente escolhi o caminho mais fácil! Mas muitos escolhem o caminho difícil, no qual o jovem passa por aflições e sofrimentos. Mesmo escolhendo o caminho traçado em Provérbios, diariamente, e com perseverança, o jovem tem que ajustar as velas do seu barco para que possa enfrentar as tempestades contrárias e seguir a rota rumo ao porto seguro. Quando o jovem escolhe outro cam-inho, ele terá que se contentar com o con-selho de Tiago 1:2-4: “Meus irmãos, sintam-se felizes quando passarem por todo tipo de aflições. Pois vocês sabem que, quando a sua fé vence essas provações, ela produz per-severança. Que essa perseverança seja per-feita a fim de que vocês sejam maduros e corretos, não falhando em nada!” 95/171
  • 96. 96/171 Destaco três itens nesse trecho de Tiago: 1. sentir-se feliz – como se sentir feliz quando se passa por um divórcio? Ou após a morte de um ente querido? Ou após a perda de um emprego? Como é possível ter alegria, apesar das cir-cunstâncias ruins? Resposta: só Deus pode dar a felicidade; 2. perseverança – para aprender a per-severar, é preciso passar por alguns momentos difíceis. Pense nas suas experiências de vida. Quais foram os resultados? Você já fez quantas mudanças de rota em sua vida? Deus o ajudou a passar por alguns desafios? Lembre-se do que Deus fez e o que você pode fazer para continuar servindo-O. A persever-ança é provada com o tempo. Não se podem subir vários degraus de uma
  • 97. escada de uma só vez. As dores irão com você; mas saiba que, a cada de-grau subido, significa que você está crescendo; e 3. ser maduro e correto – quando você era criança, você não tinha um arqui-vo de experiências de vida para con-sultar. Agora que você está mais velho, você já tem suas próprias ex-periências. Consulte quais lições do passado você deve seguir para que tenha mais sucesso na vida material, afetiva e espiritual. Agora, pratique! Você pode relembrar suas experiên-cias ruins passadas e ver como Deus trabal-hou o seu caráter. Liste algumas delas, com-pare os resultados e louve a Deus pela Sua misericórdia. 97/171
  • 98. Atraente ou repelente “Encham-se do Espírito de Deus. Animem uns aos outros com salmos, hinos e canções espirituais. Cantem, de todo o coração, hi-nos e salmos ao Senhor. Em nome do nosso Senhor Jesus Cristo, agradeçam sempre to-das as coisas a Deus, o Pai.” (Efésios 5:18-20) Em 1971, o escritor Francis Schaeffer publicou True Spirituality (Verdadeira Espiritualidade), livro destinado às pessoas que queiram experimentar a realidade de Cristo na vida diária. No início, seu livro é uma série de lições bíblicas. Ele conta o que ensinou à sua família e aos estudantes que se reuniam regularmente em sua casa nos Alpes suíços. Mas, antes que aquelas lições se tor-nassem exemplos para outras pessoas, Schaeffer as ensinou a si mesmo.
  • 99. 99/171 Schaeffer conta que passou por um período negro em sua vida. Ele estava pre-ocupado com a diferença desproporcional entre o conhecimento bíblico que ele via em si mesmo e a alegria espiritual genuína que experimentava. Ao longo desse período que passou caminhando nas montanhas, Francis repen-sou suas razões de ser um cristão. No final, ele concluiu que a obra completa de Cristo é realmente a fonte da vida diária do cristão. Ele ficou profundamente convencido de que a vida cristã não pode se resumir a apenas ao conhecimento teórico do plano de Deus para salvar o homem, mas deve ser vivida de forma prática, com a busca constante do Espírito Santo, para que se torne uma alegria espiritual genuína. O cristão cheio do Espírito Santo irra-dia alegria e contagia positivamente o ambi-ente por onde passa. Ele sempre procura transmitir ânimo e esperança às pessoas em
  • 100. sua volta. A alegria que ele experimenta é a de demonstrar ao mundo o amor de Cristo mediante suas ações. Esse é o cristianismo autêntico! Agora, pratique! Como está sua espiritualidade? Você é uma pessoa atraente ou repelente? Você ama o seu próximo? Imagine se um amigo ou membro da família fosse chamado a testemunhar a respeito da sua espiritualid-ade... Que resposta eles dariam? Pense em quais são as motivações que um cristão deve ter! Reflita sobre o que significa ter uma re-lação autêntica com Deus. 100/171
  • 101. Meu karma “Tenham no coração de vocês respeito por Cristo e o tratem como Senhor. Estejam sempre prontos para responder a qualquer pessoa que pedir que expliquem a esperança que vocês têm.” (1 Pedro 3:15) As pessoas são muito boas para ajudar os que sofrem com tragédias. Quando há grandes enchentes ou terremotos, nós percebemos que logo surgem várias campan-has de arrecadação de alimentos, remédios e vestuários para serem enviados às pessoas necessitadas, aliviando-lhes a carga nos mo-mentos de angústia. Isso é uma forte evidên-cia da graça de Deus. Agora, imagine o contrário. Imagine que, em vez de oferecer palavras de conforto e ajuda após uma tragédia, a comunidade se
  • 102. 102/171 afaste. Imagine as pessoas evitando o con-tato com os necessitados com medo de pegar uma doença contagiosa. Agora, imagine ainda que as pessoas, além de se afastarem, simplesmente jogassem na cara dos desabri-gados que eles estão passando por isso por culpa deles, porque alguma coisa eles fizer-am de errado para merecerem a tragédia. Isso é karma. No hinduísmo e no budismo, karma é a lei que afirma a sujeição humana à causalidade moral, de tal forma que toda ação (boa ou má) gera uma reação que retorna com a mesma qualidade e inten-sidade a quem a realizou, nesta ou em en-carnação futura. A transformação pode dar-se em direção ao aperfeiçoamento (mocsa, o fim do ciclo das reencarnações) ou de forma regressiva (o renascimento como animal, ve-getal ou mineral). Certa vez, um casal de missionários foi enviado para Londres, onde eles plane-javam estabelecer um trabalho com a
  • 103. 103/171 comunidade de imigrantes hindus. Em uma conversa, eles manifestaram o desejo de tra-balhar para ver aqueles hindus libertos das amarras do karma. Enquanto dialogava com eles, veio na minha cabeça o texto de Gálatas 6:7 em que diz: “Não se enganem: ninguém zomba de Deus. O que uma pessoa plantar, é isso mesmo que colherá.” Isso despertou meu interesse sobre o assunto. Será que o cristão tem uma espécie de karma? Tirando a questão da reencarnação, que já descarto de cara, pois não acredito de jeito nenhum, vamos refletir um pouco. Todos sabem que infidelidade e egoísmo têm as suas recompensas nesta vida. Por outro lado, as boas obras são fre-quentemente recompensadas com um sor-riso e uma expressão de gratidão. Isso é fácil perceber. Agora, essa questão de karma, o que é isso mesmo?
  • 104. 104/171 Os missionários me explicaram o lado feio do karma: em algumas comunidades hinduístas a comunidade se afasta dos mem-bros que estão sofrendo. Perder um emprego? É um efeito “kármico” – você deve ter enganado o seu patrão ou pelo menos falou mal dele. Perder um filho? De alguma forma, a culpa é sua também, pois o Universo busca equilibrar algum mal que vo-cê fez. Se as coisas horríveis são de alguma forma culpa do sofredor, então, pelo hinduísmo, faz sentido as pessoas se afastar-em do sofredor, para que não sejam contam-inadas por aquele mal. Segundo os mis-sionários, esse é o vínculo do karma. Para os cristãos, Cristo quebrou esse vínculo. Os cristãos confiam na promessa Divina, “pois sabemos que todas as coisas trabalham juntas para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles a quem ele chamou de acordo com o seu plano.” (Romanos
  • 105. 105/171 8:28). “Quando somos corrigidos, isso no momento nos parece motivo de tristeza e não de alegria. Porém, mais tarde, os que foram corrigidos recebem como recompensa uma vida correta e de paz.” (Hebreus 12:11). Como Jó, podemos jamais saber a razão do nosso sofrimento terreno. En-tretanto, sabemos que, por causa da graça de Deus, o sofrimento não é uma ação e reação desencadeadas pelos nossos pecados. Jesus Cristo foi rejeitado e desprezado por todos; ele “suportou dores e sofrimentos sem fim... No entanto, era o nosso sofrimento que ele estava carregando, era a nossa dor que ele estava suportando. E nós pensávamos que era por causa das suas próprias culpas que Deus o estava castigando, que Deus o estava maltratando e ferindo. Porém ele estava so-frendo por causa dos nossos pecados, estava sendo castigado por causa das nossas maldades. Nós somos curados pelo castigo que ele sofreu, somos sarados pelos
  • 106. ferimentos que ele recebeu... o Senhor cas-tigou o seu servo; fez com que ele sofresse o castigo que nós merecíamos.” (Isaías 53:3-6) Ao contrário do sistema hindu de karma e os seus efeitos perversos, sabemos que a nossa dor pode estar sendo usada por um Deus amoroso para nos corrigir e aumentar a nossa fé. Por causa disso, temos uma verdadeira esperança no amanhã, pois o nosso futuro não depende de nós, assim como o que passamos no presente não de-pende do que fizemos no passado! Não im-porta o que estejamos vivendo, podemos descansar na certeza de que, mesmo quando não estamos bem, Deus está conosco. Isso é graça, isso é misericórdia, isso é esperança. Portanto, não existe karma para o cristão, nem quebra de maldições. Cristo já levou sobre Si todas as nossas maldições. Agora, o que precisamos é crer no Seu sacri-fício e apregoar a mensagem da cruz. 106/171
  • 107. Agora, pratique! Você está pronto para dar uma res-posta de esperança a quem está passando por um momento difícil? 107/171
  • 108. Zaqueu “Quando Jesus chegou àquele lugar, olhou para cima e disse a Zaqueu: — Zaqueu, desça depressa, pois hoje preciso ficar na sua casa.” (Lucas 19:5) Confesso que eu tenho medo de algu-mas pessoas, mas estou disposto a gastar tempo com quem não conhece Jesus ou nunca ouviu falar d’Ele. Na verdade, eu tenho procurado me corresponder com gente desconhecida na tentativa de poder expandir meu círculo de amizades. Alguns poucos, por motivo qualquer, não aceitam a minha tentativa de amizade e me escrevem de volta dizendo que não querem mais receber minhas mensagens. É claro que, quando isso acontece, eu fico um pouco desconfortável.
  • 109. 109/171 Entretanto, devo dizer que eu sou um nada quando comparado ao amigo que conhece o íntimo de todo mundo o tempo todo e quer ser amigo de todos – Jesus. Eu admiro a ca-pacidade que Jesus tem de ir ao encontro de pessoas desconhecidas, sem medo da possib-ilidade de ser rejeitado e, ainda assim, convidá-las para estar com elas. Zaqueu era uma dessas pessoas. Ele realmente era um homem desprezível. Os co-bradores de impostos, nos tempos bíblicos, eram odiados, e ninguém tinha coragem de convidá-los para uma festa de aniversário. Chegar para uma pessoa desconhecida e convidá-la para almoçar na casa dela, então, era e é, até hoje, uma atitude muito ousada em qualquer cultura. Um dia, Jesus estava fazendo o seu percurso por Jericó e, surpreendentemente, percebeu que Zaqueu, um homem de baixa estatura, estava empoleirado em uma árvore. Jesus sabia que Zaqueu estava interessado
  • 110. 110/171 em vê-Lo. Então, olhando para o fiscal de impostos, Jesus caminhou direto na sua direção e, sem medo, disse: – “Zaqueu, desça depressa, pois hoje preciso ficar na sua casa.” Naquela ocasião, Jesus já era bastante conhecido pelos seus milagres. Zaqueu já tinha ouvido falar de Jesus, mas ainda não O conhecia pessoalmente. Você pode imaginar o que Zaqueu pensou? Ele me conhece! Espera aí, como ele me conhece? E por que ele está querendo ficar na minha casa? Será que Ele não sabe que todo mundo tem medo de mim? Por que ele quer gastar tempo comigo? Entretanto, o que Zaqueu estava pensando não o impediu de descer da árvore depressa e acolher Jesus na sua casa com grande alegria. Ele foi tocado com o amor do Salvador. E, apesar da sua dureza como co-brador de impostos, e da sua arrogância como autoridade pública, ele quebrantou seu
  • 111. 111/171 coração diante da manifestação desse grande amor. Já em sua casa, Zaqueu disse ao Sen-hor: “– Escute, Senhor, eu vou dar a metade dos meus bens aos pobres. E, se roubei al-guém, vou devolver quatro vezes mais.” Então Jesus disse: “ –Hoje a salvação entrou nesta casa, pois este homem também é descendente de Abraão.” Impressionante, não? Jesus não tinha medo de alguém que não era benquisto na sociedade. Ele também não se levantou di-ante de Zaqueu para condená-lo, mas o amou desde o primeiro momento que o viu. Essa é a prática que Jesus quer de nós. Ele disse:” – Vão pelo mundo inteiro e anunciem o evangelho a todas as pessoas. Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado.” (Marcos 16:15-16). Mesmo que as pessoas amecem rejeitá-lo, mesmo que rejeitem de fato a
  • 112. 112/171 mensagem, mesmo que optem por rejeitar o amor de Jesus Cristo, ele, ela ou eles podem representar um Zaqueu ou uns Zaqueus na sua vida; temíveis, mas, por um milagre do Espírito Santo, podem ter o coração quebrantado. Portanto, não se afaste deles; pelo contrário, caminhe em direção a eles e convide-os para um modo de vida melhor, com esperança de uma eternidade gloriosa. Foi assim que Jesus agiu! Agora, pratique! Não tenha medo dos Zaqueus! Quando a multidão viu Jesus entrar na casa de Zaqueu, resmungou assim: “– Este homem foi se hospedar na casa de um pecador!?” Todos nós temos alguém em nossa volta que relutamos em amar. Não tenha medo de amar o Zaqueu da sua vida. O Espírito Santo vai ajudá-lo a seguir o
  • 113. exemplo de Cristo, e você vai amar sem pre-conceito e sem acepção de pessoas. 113/171
  • 114. A fé rompe “A fé é a certeza de que vamos receber as coisas que esperamos e a prova de que ex-istem coisas que não podemos ver... Sem fé ninguém pode agradar a Deus, porque quem vai a ele precisa crer que ele existe e que recompensa os que procuram conhecê-lo melhor... Foi pela fé que Abraão, ao ser chamado por Deus, obedeceu e saiu para uma terra que Deus lhe prometeu dar. Ele deixou o seu próprio país, sem saber para onde ia... Foi pela fé que Abraão se tornou pai, em-bora fosse velho demais e a própria Sara não pudesse mais ter filhos. Ele creu que Deus ia cumprir a sua promessa... Foi pela fé que Abraão, quando Deus o quis pôr à prova, ofereceu o seu filho Isaque em
  • 115. sacrifício. Deus tinha prometido muitos des-cendentes a Abraão, mas mesmo assim ele estava pronto para oferecer o seu único filho em sacrifício... Foi pela fé que Moisés saiu do Egito, sem ter medo da raiva do rei, e continuou firme, como se estivesse vendo o Deus invisível... Foi pela fé que os israelitas atravessaram o Mar Vermelho como se fosse terra seca. E, quando os egípcios tentaram atravessar, o mar os engoliu... Foi pela fé que caíram as muralhas de Jer-icó, depois que os israelitas marcharam em volta delas durante sete dias.” (Trecho da Carta do apóstolo Paulo aos Hebreus) 115/171
  • 116. Fique quieto! “Deus diz: ‘Parem de lutar e fiquem sabendo que eu sou Deus. Eu sou o Rei das nações, o Rei do mundo inteiro.’” (Salmos 46:10) A obra de Deus é realizada paulatina-mente e de maneira quase imperceptível. O Espírito de Deus não é violento e nem pre-cipitado, mas “o homem deseja tantas coisas e, no entant,o precisa de tão pouco.” (Johann Goethe) Ultimamente, a minha cidade tem sido muito movimentada: fluxos interminá-veis de veículos, ruídos intensos, movimen-tos de pessoas, correria de um lado para o outro... A vida está ficando cada vez mais louca! “Nós nos tornamos máquinas de tra-balhar e estamos transformando nossas cri-anças em máquinas de aprender.” (Augusto
  • 117. 117/171 Cury). A verdade é que, quanto mais vai avançando a nossa idade, mais saudosos ficam aqueles preguiçosos dias na infância, nos quais tínhamos tempo para tudo e para todos e não nos preocupávamos com nada. Se você é pai ou mãe de família, cer-tamente, neste momento, você deu uma pequena parada nas atividades corriqueiras para ler esta devocional e fazer uma reflexão. Mas você pode estar pensando assim: tenho que ler isso rápido porque, daqui a pouco, tenho que fazer muitas outras coisas... Somos cheios de atividades, não somos? Trabalhamos muitas horas por dia e, às vezes, nem tempo temos para usufruir aquilo que compramos, não é verdade? Por que vivemos assim, de maneira tão frenética? O que nos obriga a isso? E por que nos sentimos obrigados a viver assim? Será que não estamos extrapolando as nossas atribuições como seres humanos?
  • 118. 118/171 Muitos pensam: se eu trabalhar duro, eu conseguirei tal bem, tal posição social, ou terei mais valor diante das pessoas. Outros não pensam nada disso, mas se enterram no trabalho na tentativa de manter a mente des-ligada das decepções e das frustrações da vida... Às vezes, acabamos por perder de vista as nossas prioridades, aquilo que mais gostamos de fazer, e somos facilmente en-volvidos pelo padrão que o sistema con-sumista impõe, sendo enquadrados pela cul-tura ao nosso redor, sem percebermos que estamos deixamos o precioso tempo de vida escapar. A verdade é que estamos tão pre-ocupados com o que queremos ter que nos esquecemos de usufruir e agradecer o que já temos. Independentemente do motivo pelo qual estamos vivendo, tomados de frenesi, no fundo, cada um de nós almeja deixar um pouco essa louca rotina. Nossas almas
  • 119. 119/171 anseiam pela paz, pela quietude, pelo silên-cio... Se ignorarmos os gritos da nossa alma, certamente nossos corpos passarão a exigir esse alívio, antes que arriam de vez. Por que gostamos tanto da quietude e da tranquilidade? É porque essa vida agitada que aí está não foi almejada por Deus para os humanos. Nas Escrituras, vemos mais que uma vez Deus nos chamando para n’Ele bus-carmos a paz; para n’Ele aliviarmos nosso fardo; para com Ele deixarmos de lado nossas ansiedades e nossas batalhas sem sentido. Vemos Deus falar com o salmista com uma voz mansa e delicada, como no texto citado. Vemos Jesus Cristo dizer para uma Marta, ansiosa, que sua irmã, Maria, escol-heu a melhor parte, quando ela abandonou as tarefas domésticas para se sentar aos pés de Jesus. (Lucas 10: 41-42)
  • 120. 120/171 Após um longo dia de correr aqui e acolá, eu encontro o desejo de ser igual a Maria, pacífica, tranquila, cuja única ocu-pação é estar com Cristo. Como podemos nos tornar mais parecidos com Maria quando a grande maioria de nós se assemelha com a preocupada Marta? Como eu amo essa parte da Bíblia em que é descrita a história de Marta e Maria! No meio de tanta atividade, Maria fez uma escolha simples: parou, sentou-se e ficou quieta. Você e eu podemos fazer uma escolha assim também, mesmo quando a vida parece nos pressionar por todos os la-dos. Pode ser difícil no início, porque haverá momentos em que seremos tentados a pegar o controle remoto da vida ou encurtar nosso tempo devocional com Deus. Mas, se buscar-mos efetivamente a quietude, estaremos dizendo: “nada mais é tão importante para mim quanto o Senhor.”
  • 121. 121/171 Quando eu entro no escritório para passar o meu tempo com Deus, ouvir a Sua voz e escrever devocionais, eu não percebo nada que está acontecendo lá fora. Aliás, nenhum ruído me perturba, além dos cantos dos passarinhos. É tão bom ficar sem fazer nada em um lugar cheio da presença de Deus, podendo ter a experiência de conhecê- Lo mais profundamente! Agora, pratique! Como está sua vida? Você consegue ficar quieto? Visite algum local onde possa se sentar, refletir e estar a sós com o Senhor. Faça isso pelo menos uma hora por dia e verá a diferença!
  • 122. Joelho dobrado “O Senhor é o meu forte defensor; foi ele quem me salvou. Ele é o meu Deus, e eu o louvarei. Ele é o Deus do meu pai, e eu can-tarei a sua grandeza.” (Êxodo 15:2) Pela graça de Deus, nós somos salvos por meio da fé. Isso não vem de nós, mas é um presente dado por Deus. A nossa salvação nos leva a sermos a habitação do Espírito Santo e nos leva a tornarmo-nos um espírito com Cristo. Esse é o objetivo da graça salvadora. Nós estávamos espiritualmente mortos por causa dos nossos delitos e pecados. Antes, nós seguíamos o mau caminho deste mundo e fazíamos a vontade daquele que governa os poderes es-pirituais nas regiões celestes, o espírito que controla os que desobedecem a Deus.
  • 123. 123/171 De fato, todos nós vivíamos de acordo com a nossa natureza humana, fazendo o que o nosso corpo e a nossa mente queriam. Assim, nós também estávamos destinados a sofrer o castigo que Deus preparou para o Diabo e os seus anjos. Mas a misericórdia de Deus é muito grande, e o seu amor por nós é tanto, que, quando estávamos espiritual-mente mortos por causa da nossa desobediência, ele nos trouxe para a vida que temos em união com Cristo. Pela graça de Deus, fomos salvos. Por estarmos unidos com Cristo Je-sus, Deus está nos preparando para reinar-mos com Ele no mundo celestial. Deus faz isso para mostrar, em todos os tempos do fu-turo, a imensa grandeza da sua graça, que é nossa por meio do amor que ele nos mostrou em Cristo Jesus. A salvação não é o resultado dos nos-sos esforços; portanto, ninguém pode se or-gulhar de tê-la. Deus foi quem nos fez e
  • 124. 124/171 mantém o que somos agora. Em nossa união com Cristo Jesus, ele nos criou para fazer-mos as boas obras. Então, quando você olhar para o mundo sofrendo, saiba: era para ser muito pior. Quando você olhar para o progresso da humanidade, saiba: é por causa da graça de Deus. Se algum cientista agora, em qualquer lugar do planeta, estiver inventando alguma coisa para o bem da humanidade, lembre-se de que é a graça de Deus mantendo viva a humanidade e dando tempo para a redenção final. Porque nós precisávamos de tempo. Tempo para Jesus Cristo vir. Tempo para Je-sus Cristo nascer, crescer e entregar-se como Cordeiro de Deus. E nós precisávamos de mais tempo. Tempo para que a mensagem de Jesus Cristo chegasse a todos nós. Deus está dando tempo para nós, porque Ele quer salvar a todos. Essa maldade
  • 125. 125/171 que aí está é para nos lembrarmos de que nós trouxemos o mal para o Universo. E o fato de a maldade não ter nos destruído, é para nos lembrarmos de que um Deus se sac-rificou por nós. Por isso que louvar a Deus é uma coisa que tem peso. Não é essa coisa livre, leve e solta em que falar “aleluia” não custa nada. Não quer dizer que a gente não deva ter momentos de pular de alegria e de celeb-rar, mas sem esquecer jamais que isso foi muito peso, isso custou muito caro, isso custou o sacrifício de Jesus Cristo, apesar de Ele ter feito tudo isso por amor. Sem Ele, nada do que foi feito se fez. Por isso, disse o apóstolo Paulo: “Tende em vós o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus, que sendo Deus, não julgou por usurpação ser igual a Deus, mas a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, e a si mesmo se humilhou, sendo
  • 126. 126/171 achado em figura humana, sendo obediente até a morte, e morte de cruz.” Paulo está dizendo que, para salvar a mim e a você, Deus, por intermédio de Jesus Cristo, sofreu duas mortes: a morte de Deus e a morte do homem. Quando é que Deus morreu? Quando Jesus Cristo abriu mão da sua Santíssima Trindade: sendo Deus, não julgou por usurpação ser igual a Deus, mas a si mesmo se esvaziou. Veja: Ele não foi esvaziado. Ele a si mesmo se esvaziou e assumiu a forma de servo, e se humilhou em figura humana, humilhou-se a si mesmo, e foi obediente até a morte. Então, primeiro Jesus Cristo con-heceu a morte de Deus quando se esvaziou da Sua glória e, depois, Ele conheceu a morte do homem quando foi obediente até a morte e morte de cruz. Mas Deus O exaltou dando- Lhe um nome que é sobre todo nome, para
  • 127. 127/171 que ao nome d’Ele se dobre todo o joelho no céu e na terra e debaixo da terra e toda lín-gua confesse que Jesus Cristo é o Senhor para a glória de Deus Pai. Agora, pratique! Leve algumas pessoas a compreenderem que o Cristianismo não é fanatismo religioso. Leve-as a entenderem por que o nome de Je-sus Cristo é bendito de eternidade em etern-idade. Por que os filhos de Deus não se cansam e querem a todo custo ver todo joelho dobrado e toda língua confessando: Jesus Cristo, e só Jesus Cristo é o Senhor.
  • 128. Uma fé diet “A diferença clara que existe entre os filhos de Deus e os filhos do Diabo é esta: quem não faz o que é correto ou não ama o seu irmão não é filho de Deus.” (1 João 3: 10) Somos amigos inseparáveis de um casal muito gente fina. Fomos seus padrin-hos de casamento. Durante os churrascos de fins de semana – e agora ultimamente no meio das semanas também –, eu brinco com os costumes engraçados deles. Ele é um carnívoro voraz; ela é uma vegetariana de-vota. Então, quando vou servir os pedaços saborosos de picanha, eu coloco uma folh-inha de alecrim na travessa e digo assim: a carne é para ele; a folha de alecrim é para ela. Isso é motivo de muita risada e diversão...
  • 129. 129/171 Mas eu acho que tem hora que eu passo dos limites. Creio que temos que re-speitar a escolha e o hábito de cada pessoa. É claro que, nas refeições que servimos, sempre preparamos, além do churrasco, uma deliciosa e crocante salada para a minha afil-hada. Afinal, ela merece! Entretanto, se perguntarmos a qualquer nutricionista, eles dirão que ser ve-getariano é uma boa opção para quem busca ter uma excelente saúde. Para quem sabe saborear a delícia de uma salada – de frutas ou de legumes –, o hábito de ser vegetariano é tão prazeroso quanto saborosa é a carne para o carnívoro. Eu acredito que Deus, na Sua sabedoria, criou o homem vegetariano, e este só veio a adquirir o hábito de comer carne após o dilúvio, tendo em vista a ne-cessidade na época. Particularmente, também acredito que o hábito vegetariano é mais saudável, embora eu seja carnívoro desde criancinha.
  • 130. 130/171 Por ser este um costume familiar, há muitos anos tenho tentado inutilmente mudá-lo. Não quero aqui criar partido para de-fender nem um, nem outro hábito. Porém, existe uma enorme e substancial diferença entre os dois: o vegetariano, por ingerir um alimento facilmente digerível, sente-se mais leve; mas precisa repetir a dose com mais frequência durante o dia para evitar a fome. Já o carnívoro se satisfaz com uma ou duas refeições diárias, tem uma digestão com-plicada, e muitos deles precisam até da ajuda de um antiácido. Comparando com a alimentação es-piritual, eu pergunto: qual é o seu hábito ali-mentar? Você tem uma alimentação saudável? Com que periodicidade você ali-menta a sua alma da Palavra de Deus? Diari-amente? Semanalmente? Mensalmente? So-mente nas festas religiosas anuais? Ou quando já está quase morto de fome? Você se alimenta regularmente como um
  • 131. 131/171 vegetariano? Ou é como o carnívoro que passa tempos e tempos tentando digerir o al-imento e, às vezes, necessitando de um acon-selhamento, de um antiácido? Todos nós precisamos de uma boa al-imentação para crescer na fé e ter boa saúde espiritual. Precisamos ser diferentes daqueles que ainda não temem a Deus. Não se engane: Deus quer que sejamos luz do mundo e sal da terra. Jesus disse: “– Vocês são o sal para a humanidade; mas, se o sal perde o gosto, deixa de ser sal e não serve para mais nada. É jogado fora e pisado pelas pessoas que passam.” (Mateus 5: 13) Precisamos refletir uma boa e sincera saúde espiritual para as pessoas que nos rodeiam. Precisamos fazer o que é correto sob a perspectiva da Palavra de Deus. Precis-amos amar as pessoas e levar a paz onde há conflitos; a esperança, onde há desespero; o amor, onde há ódio!
  • 132. Agora, pratique! 132/171 Convide seus amigos para juntos estudarem a Palavra de Deus na sua casa. Se você se ativer apenas ao sermão de domingo, e talvez nem a este, certamente a sua fé não será suficiente e você não estará bem pre-parado para todas essas tarefas cristãs. Então, negue-se a si mesmo e comece um relacionamento saudável com Deus e a Sua Palavra. Não precisa ser diet na vida cristã. Quanto mais alimentado da Palavra de Deus, melhor!
  • 133. Andando na linha “É assim que podemos ter certeza de que es-tamos vivendo unidos com Deus: quem diz que vive unido com Deus deve andar como Jesus Cristo andou.” (1 João 2:5-6) Há alguns anos eu comprei uma es-teira. Eu costumava jogar futebol, mas machuquei o meu joelho e estava impossibil-itado de fazer exercícios fortes. Para não parar de vez com a atividade física, resolvi caminhar em casa, com o auxílio da esteira. No começo, eram mil maravilhas! Eu andava na esteira várias vezes por semana. Com isso, a minha saúde e o meu nível de condicionamento físico eram bons. Mas, logo, a bendita esteira começou a virar peça de escultura num canto da sala de TV. O meu plano de atividade física estava indo para o