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Como posso continuar?   Texto de Renato Cardoso
Mesmo sabendo que seria difícil e ou impossível uma separação em definitivo, insistimos no término. Nós dois sabíamos que seria impossível e que nossos corações não iriam suportar. Mas nos despedimos... sem olhar nos olhos do outro, saímos às pressas, porque ao menor vacilo, voltaríamos para o abraço tão desejoso.
Como poderíamos continuar? Como insistir com aquela relação que já se tornava insuportável, pelo excesso de cobranças e reações incontidas, em razão do exagero do ciúme.  É, em decorrência de um sentimento muito forte que nos unia, mas que não tinha mais como segurar. Era muito para nossas condições de avanço pleno, nos atos de entrega e mistura de corpos e almas.
Como eu posso continuar? A pergunta muda de tempo, porque não está sendo fácil manter essa distância. Como continuar sem ter você aqui, junto a mim, para levar a vida como sempre vivemos e à qual nos acostumamos. Você é o que me falta em todos os momentos de meu dia.
Como eu posso continuar a não ser completo? É como imaginar um pão sem manteiga, um arco sem flecha, um céu sem estrelas. Tudo é nada aqui sozinho. E, revivendo aqueles minutos de explosões tão fortes, ... éramos pura entrega.
Como eu posso continuar? Como posso ouvir essa de Freddy e Monteserrat, sem me lembrar daqueles momentos em que nos isolávamos do mundo e ficávamos a nos dedicar um ao outro, ouvindo-a em seu volume mais alto, para que ninguém nos ouvisse com os gritos vindos do fundo da alma dizendo “EU TE AMO”.
Como posso te posso esquecer? Essa é a pergunta que fica agora, depois do tempo que nos demos, certos de que os momentos ficariam insuportáveis e que chegaríamos ao momento de pedir a volta, a reconciliação. Este momento chegou e agora?
Como? A música me induz a ir em busca de seu consentimento de um retorno pra sempre, porém (quem sabe), agora mais maduros, esperando que nossa relação seja normal, daqui pra frente.  Quem sabe?
Mas será uma relação normal?, aí a dúvida. Temos temperamento pra isso. O amor que nos une tem força tão expressiva que não consegue se conter aos nossos corações... Aí (lembra),  a explicação das explosões e cenas de ciúmes.  E quando vinham as cenas de ciúme, de cobranças. Fortíssimas!
Dói e cala fundo, mas queremos essa emoção a todo instante. Queremos estar juntos, sabemos disso, mas o que nos impede, ou nos faz pensar melhor, é a forma de como iremos tocar o nosso relacionamento. Será bom uma vida assim a dois, tão morna como é a maioria das relações de pessoas que apenas se amam?  Acho que não!
Aliás é aí que mora o perigo, porque o nosso sentimento não é de um amor puro e simplesmente. É muito mais forte, porque tem os ingredientes do amor, mas tem também aquela força, razão das explosões, com todos os requisitos de seres apaixonados, em toda sua intensidade.
E, com a força dessa paixão que bate forte em meu peito quero quase gritar: “volta pra mim”.  Já não está sendo possível viver assim, cada um em seu canto, mas com a cabeça diretamente voltada ao outro, e daquela forma inteira, que sempre foi a nossa constância.
Hoje, ao ouvir a imortal “How can i go on?”, quase morri de tanta saudade. Queria e faria tudo para voltar no tempo. Teria me mantido mais calmo e teria deixado você gritar, cobrar, reclamar, e não aceitar a minha proposta de finalização.  Mas, com a força irracional e intempestiva da paixão, concordamos com a separação, como que, assim, nos seria possível continuar vivendo.
E estou a um passo de sair correndo em busca do seu abraço.  Daí fica a minha pergunta gritada com todo talento pela dupla que mostra, pela música que agora voltamos a ouvir, o que é um sentimento chamado paixão. Então, ... How can i go on?
Texto e apresentação por Renato Cardoso O meu sentimento é tão forte e profundo, que não consigo administrá-lo sozinho. E recorrer a quem? Claro, a você, que é cúmplice, não só por viver o mesmo sentimento, mas porque é a razão disso tudo. How can i go on?

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How Can I Go On

  • 1. Como posso continuar? Texto de Renato Cardoso
  • 2. Mesmo sabendo que seria difícil e ou impossível uma separação em definitivo, insistimos no término. Nós dois sabíamos que seria impossível e que nossos corações não iriam suportar. Mas nos despedimos... sem olhar nos olhos do outro, saímos às pressas, porque ao menor vacilo, voltaríamos para o abraço tão desejoso.
  • 3. Como poderíamos continuar? Como insistir com aquela relação que já se tornava insuportável, pelo excesso de cobranças e reações incontidas, em razão do exagero do ciúme. É, em decorrência de um sentimento muito forte que nos unia, mas que não tinha mais como segurar. Era muito para nossas condições de avanço pleno, nos atos de entrega e mistura de corpos e almas.
  • 4. Como eu posso continuar? A pergunta muda de tempo, porque não está sendo fácil manter essa distância. Como continuar sem ter você aqui, junto a mim, para levar a vida como sempre vivemos e à qual nos acostumamos. Você é o que me falta em todos os momentos de meu dia.
  • 5. Como eu posso continuar a não ser completo? É como imaginar um pão sem manteiga, um arco sem flecha, um céu sem estrelas. Tudo é nada aqui sozinho. E, revivendo aqueles minutos de explosões tão fortes, ... éramos pura entrega.
  • 6. Como eu posso continuar? Como posso ouvir essa de Freddy e Monteserrat, sem me lembrar daqueles momentos em que nos isolávamos do mundo e ficávamos a nos dedicar um ao outro, ouvindo-a em seu volume mais alto, para que ninguém nos ouvisse com os gritos vindos do fundo da alma dizendo “EU TE AMO”.
  • 7. Como posso te posso esquecer? Essa é a pergunta que fica agora, depois do tempo que nos demos, certos de que os momentos ficariam insuportáveis e que chegaríamos ao momento de pedir a volta, a reconciliação. Este momento chegou e agora?
  • 8. Como? A música me induz a ir em busca de seu consentimento de um retorno pra sempre, porém (quem sabe), agora mais maduros, esperando que nossa relação seja normal, daqui pra frente. Quem sabe?
  • 9. Mas será uma relação normal?, aí a dúvida. Temos temperamento pra isso. O amor que nos une tem força tão expressiva que não consegue se conter aos nossos corações... Aí (lembra), a explicação das explosões e cenas de ciúmes. E quando vinham as cenas de ciúme, de cobranças. Fortíssimas!
  • 10. Dói e cala fundo, mas queremos essa emoção a todo instante. Queremos estar juntos, sabemos disso, mas o que nos impede, ou nos faz pensar melhor, é a forma de como iremos tocar o nosso relacionamento. Será bom uma vida assim a dois, tão morna como é a maioria das relações de pessoas que apenas se amam? Acho que não!
  • 11. Aliás é aí que mora o perigo, porque o nosso sentimento não é de um amor puro e simplesmente. É muito mais forte, porque tem os ingredientes do amor, mas tem também aquela força, razão das explosões, com todos os requisitos de seres apaixonados, em toda sua intensidade.
  • 12. E, com a força dessa paixão que bate forte em meu peito quero quase gritar: “volta pra mim”. Já não está sendo possível viver assim, cada um em seu canto, mas com a cabeça diretamente voltada ao outro, e daquela forma inteira, que sempre foi a nossa constância.
  • 13. Hoje, ao ouvir a imortal “How can i go on?”, quase morri de tanta saudade. Queria e faria tudo para voltar no tempo. Teria me mantido mais calmo e teria deixado você gritar, cobrar, reclamar, e não aceitar a minha proposta de finalização. Mas, com a força irracional e intempestiva da paixão, concordamos com a separação, como que, assim, nos seria possível continuar vivendo.
  • 14. E estou a um passo de sair correndo em busca do seu abraço. Daí fica a minha pergunta gritada com todo talento pela dupla que mostra, pela música que agora voltamos a ouvir, o que é um sentimento chamado paixão. Então, ... How can i go on?
  • 15. Texto e apresentação por Renato Cardoso O meu sentimento é tão forte e profundo, que não consigo administrá-lo sozinho. E recorrer a quem? Claro, a você, que é cúmplice, não só por viver o mesmo sentimento, mas porque é a razão disso tudo. How can i go on?