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Grupo de Trabalho 27– Políticas Públicas




  O QUE A LITERATURA BRASILEIRA TEM PRODUZIDO
SOBRE CONSÓRCIOS INTERMUNICIPAIS? MAPEAMENTO E
CONTRIBUIÇÕES NO DEBATE SOBRE POLÍTICAS PÚBLICAS
Rodrigo Chaloub Dieguez




                                                               1
1.Introdução
2.As principais vertentes
3.Dimensões Analíticas
  A. Formação
  B. Desenvolvimento Institucional
  C. Dimensões Democráticas
4.Conclusão
                                     2
RESULTADOS
                        INATINGÍVEIS    ELEVAÇÃO DO PODER DE
 COOPERAÇÃO EM
                      ISOLADAMENTE           BARGANHA E
  ESCALA LOCAL-
                                           NEGOCIAÇÃO COM
    REGIONAL
                                          AGENTES EXTERNOS




PROCESSO DECISÓRIO                     EFICIÊNCIA NA GESTÃO DE
                       CONSÓRCIOS         POLÍTICAS PÚBLICAS
  COMPARTILHADO
                     INTERMUNICIPAIS    INTERGOVERNAMENTAIS




                                                                 3
• Como os consórcios intermunicipais tem sido
  estudados na literatura brasileira

• Quais as principais conclusões?

• Contribuição para o debate sobre políticas
  públicas

                                                4
1.Introdução
2.As principais vertentes
3.Dimensões Analíticas
  A. Formação
  B. Desenvolvimento Institucional
  C. Dimensões Democráticas
4.Conclusão
                                     5
• normatividade         • Incentivos externos     • operacionalizar
  estabelecida          • Eficiência nos gastos     desafios regionais
• Compatibilidade com     públicos                • Identificação dos
  outros dispositivos                               modelos de
                                                    governança e de
                                                    desenvolvimento
                                                  Ciência
Direito                 Economia
                                                  Ambiental

• Consolidação da       • Vantagens               • Processo político
  descentralização        institucionais para     • Dilemas Federativos
• Regionalização          prestação de serviços   • Institucionalidade
  hierarquizada dos     • Disseminação e troca      decisória
  serviços de saúde       de conhecimento         • Dimensões
                                                    democráticas
Saúde                   Gestão                    Ciências
Coletiva                Pública                   Sociais                 6
7
1.Introdução
2.As principais vertentes
3.Dimensões Analíticas
  A. Formação
  B. Desenvolvimento Institucional
  C. Dimensões Democráticas
4.Conclusão
                                     8
Critérios de seleção
  Contribuição efetiva para o debate sobre as políticas públicas
            pela perspectiva da análise institucional




  referencias              variáveis              conclusões
  mobilizados              utilizadas             apontadas



                                                                   9
1.Introdução
2.As principais vertentes
3.Dimensões Analíticas
  A. Formação
  B. Desenvolvimento Institucional
  C. Dimensões Democráticas
4.Conclusão
                                     10
Questão norteadora:

  Como construir a cooperação (e superar o discurso
  autárquico e da autossuficiência) entre municípios
    para solucionar regionalmente problemas de
             políticas públicas setoriais?


Fatores explicativos para o surgimento dos consórcios

Obstáculos para o regime de colaboração

                                                         11
Caso                                      Fatores associados à formação
Trabalho                   Referencial Analítico
            Estudado                                            de consórcios
                                                       »    ação coletiva contra um problema
                       Dinâmica das relações
                                                            comum;
                        intergovernamentais
Abrucio e                                              »    capital social que constrói uma
            Consórcio  Papel e desenho das Regiões
 Soares                                                     identidade regional prévia;
            do GABC     Metropolitanas
 (2001)                                                »    quadro político favorável;
                       Espaço político interno do
                                                       »    protagonismo do executivo sobre o
                        próprio ABC
                                                            legislativo nos municípios
                                                       »    necessidade de reestruturação da
             Consórcio                                      oferta de serviços
                         Cooperação política
            de Saúde da                                »    empreendedorismo dos líderes
 Neves
             Região de                                      municipais
 (2001)                  Configuração do sistema de
            Penápolis -                                »    incentivo estadual
                          saúde pós-1988
             CISA (SP)                                 »    ambiente marcado pela discussão da
                                                            reforma sanitária

            CIS MARG
                      Descentralização das políticas
             CIS LAV                                    »   indução à integração por agentes
Diniz Filho            públicas
              (MG)                                          externos (governo estadual
  (2006)              perspectiva intrafederativa e da
                                                            principalmente)
                       dinâmica interna municipal
                                                                                                 13
Caso               Referencial            Fatores associados à formação de
Trabalho
            Estudado              Analítico                        consórcios
                             Escolha Racional        » estrutura institucional do federalismo e das
             CIS de MG
                             Capital Social            políticas públicas envolvidas;
 Caldas     Consórcio do
                             Formação de Agenda/ » capital social;
 (2007)        GABC
                               Neoinstitucionalismo   » formação de agenda: empreendedor público +
              CINPRA
                               histórico                força do argumento + janela de oportunidades
                             Relações
 Ribeiro     CISDOCE        intergovernamentais       » identidade regional prévia;
 (2009)        (MG)          Teoria da Ação Coletiva » indução estadual
                            Teoria dos Jogos
                      Obstáculos para a formação de consórcios
                              Relações                » substituição dos atores responsáveis pelos
            Projeto Novos
Laczynski                       intergovernamentais      incentivos
             Consórcios
 (2010)                       Policy Analisy (policy » divergência de agendas
            Públicos (NCP)
                                cycle)                 » descompasso entre formuladores e executores
                                                                                                       14
1.Introdução
2.As principais vertentes
3.Dimensões Analíticas
  A. Formação
  B. Desenvolvimento Institucional
  C. Dimensões Democráticas
4.Conclusão
                                     15
Questão norteadora:
  Como um grupo que partilha uma situação de interdependência
pode organizar a si próprio, construindo uma estrutura institucional
que mantenha a produção compartilhada de benefícios contínuos e
 sustentáveis, sem que os seus integrantes sintam-se atraídos pelas
       externalidades negativas de processos de cooperação?
            (Ostrom, 1990 e Dietz, Ostrom e Stern, 2003)


Fatores que contribuem para a sustentabilidade do
 consórcio

Fatores que arrefecem a cooperação intermunicipal e
 os consórcios
                                                                       16
Caso           Referencial            Fatores que contribuem para a
Trabalho
            Estudado          Analítico               manutenção do consórcio
                        Dinâmica das relações
                         intergovernamentais
Abrucio e
          Consórcio do  Papel e desenho das     » comprometimento dos prefeitos;
 Soares
          GABC (SP)      Regiões Metropolitanas » aprendizado institucional
 (2001)                 Espaço político interno
                         do próprio ABC
                                                  » ganhos perceptíveis com a cooperação
                           cooperação política   » regras adequadas e justas
 Neves                     Configuração do
            CISA (SP)                             » coordenação eficiente
 (2001)                     sistema de saúde pós-
                            1988                  » resultados positivos reforçando a
                                                    confiança dos municípios
                            processo de          » participação social
                            descentralização na   » descentralização administrativa do
Schneider   CISMEPA         reforma sanitária       consórcio
                            brasileira
  (2005)      (RJ)                                » organização dos interesses municipais
                           responsabilidades
                            municipais na provisão fortalecendo a negociação com outras
                            de serviços de saúde    agências estatais
                                                                                            17
Caso          Referencial               Fatores que contribuem para a
Trabalho
              Estudado         Analítico                  manutenção do consórcio
                                               » Flexibilidade da estrutura interna
                            Descentralização
                             das políticas     » Capacidade de atender a todos os membros
                             públicas          » Patrimônio administrado
              CIS MARG
Diniz Filho
               CIS LAV                         » “escada” (cooperação induzida e estável) x “rampa”
  (2006)                    perspectiva
                 (MG)
                             intrafederativa e   (cooperação voluntária e vulnerável)
                             da dinâmica
                             interna municipal » Inércia dos administradores
                                               » Dependência em relação aos serviços do consórcio
                            Processo político » apoio do governo estadual
                             federativo
                                               » vontade política
                            Democracia        » personalização jurídica
              Consórcio do
Reis (2008)
              GABC (SP)                        » interiorização da cooperação na cultura política local
                            Marco
                             Regulatório       » presença de participação democrática no processo de

                             Cultura Política     gestão

                                                                                                      18
Caso        Referencial               Fatores que contribuem para a
 Trabalho
                 Estudado       Analítico                  manutenção do consórcio
                             Relações
                                                    » agente externo
                              intergovernamentais
                 CISDOCE
Ribeiro (2009)
                   (MG)
                             Teoria da Ação        » regras claras que possibilitam a
                              Coletiva                convivência entre municípios com
                                                      assimetria de poder
                            Teoria dos Jogos
                                                    » capacidade de se reinventar diante dos
                 CIVAP,   Institucionalista          paradigmas de desenvolvimento vigentes
              CONDERG,CI                            » continuidade administrativa
 Cruz et. al.      PT,   Debate normativo
                                                    » vínculo com universidades
   (2009)      CODIVAR,   das funções do
                COMAM                               » dirigentes com trânsito fácil nas instâncias
                  (SP)    Estado                      de poder das demais esferas
                                                      governamentais


                                                                                                 19
Caso         Referencial             Fatores que contribuem para o
Trabalho
            estudado        Analítico               arrefecimento dos consórcios
                       Dinâmica das
                        relações
                                               » dependência do voluntarismo de alguns atores
                        intergovernamentais
                                                 individuais
Abrucio e              Papel e desenho das
            Consórcio                          » desmobilização da sociedade
 Soares                 Regiões
            GABC (SP)                          » sobreposição e confusão de competências entre
 (2001)                 Metropolitanas
                                                 as entidades regionais no arranjo institucional
                       Espaço político
                                               » financiamento próprio
                        interno do próprio
                        ABC

                                               » falta de entrosamento do consórcio com as
                                                 administrações municipais
                         Dilema da Eficácia
                                               » instabilidade causada pelas transições políticas
                         Dilema da
 Carvalho                                      » ausência de benefícios individuais para os
             CIJ (BA)     Cooperação
  (2007)                                         municípios  inexistência de retorno político
                         Dilema da
                                                 para os prefeitos
                          continuidade
                                               » sobreposição territorial com outras instituições
                                                 regionais

                                                                                                    20
1.Introdução
2.As principais vertentes
3.Dimensões Analíticas
  A. Formação
  B. Desenvolvimento Institucional
  C. Dimensões Democráticas
4.Conclusão
                                     21
Questão Norteadora:

Por que este arranjo possibilitou a emergência de
arenas mais democráticas e participativas na gestão
de recursos e bens públicos e quais são os seus limites
nesta questão?


Formas de relacionamento entre poder público e
 sociedade
Mecanismos que contribuem para que a gestão dos
 consórcios torne-se mais pública e democrática
                                                          22
Caso                                         Fatores importantes sobre as
Trabalho                       Referencial Analítico
              Estudado                                         dimensões democráticas
                               Territorialidade na gestão   » Formação de novos espaços políticos
 Pereira                         de recursos hídricos        » Processo participativo com
                CILSJ (RJ)
  (2007)                       Modelos Decisórios              Empoderamento
                                                             » Gerente de Conflitos

                                                             » capital social: aspectos histórico-
Castellano    Consórcio PCJ    Sinergia entre Estado e         culturais;
  (2007)          (SP)           Sociedade                   » construção institucional e mudança
                                                                organizacional
                                                             » inclusão de novos atores antes
                                                                excluídos do processo decisório
              Survey Marca     Participação
Abers et al                                                  » formação de arenas decisórias para
                 D’Água        Deliberação
  (2009)                                                        trocas livres de argumentos
               (BRASIL)        Controle
                                                             » capacidade de interferir nas decisões
                                                                sobre políticas públicas               24
1.Introdução
2.As principais vertentes
3.Dimensões Analíticas
  A. Formação
  B. Desenvolvimento Institucional
  C. Dimensões Democráticas
4.Conclusão
                                     25
• Como responder às questões levantadas?
  – Por que e como surgem os consórcios?
  – Por que e como se mantém?
  – Como (podemos) tornar sua gestão mais
    democrática e responsiva?


• Que temas devemos desenvolver mais?

• Que análises ainda precisam ser realizadas?

                                                26
OBRIGADO PELA ATENÇÃO !!
              Contatos:
   rodrigoodieguez@hotmail.com
    rodrigo.dieguez@valec.gov.br
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Consórcios intermunicipais na literatura brasileira

  • 1. Grupo de Trabalho 27– Políticas Públicas O QUE A LITERATURA BRASILEIRA TEM PRODUZIDO SOBRE CONSÓRCIOS INTERMUNICIPAIS? MAPEAMENTO E CONTRIBUIÇÕES NO DEBATE SOBRE POLÍTICAS PÚBLICAS Rodrigo Chaloub Dieguez 1
  • 2. 1.Introdução 2.As principais vertentes 3.Dimensões Analíticas A. Formação B. Desenvolvimento Institucional C. Dimensões Democráticas 4.Conclusão 2
  • 3. RESULTADOS INATINGÍVEIS ELEVAÇÃO DO PODER DE COOPERAÇÃO EM ISOLADAMENTE BARGANHA E ESCALA LOCAL- NEGOCIAÇÃO COM REGIONAL AGENTES EXTERNOS PROCESSO DECISÓRIO EFICIÊNCIA NA GESTÃO DE CONSÓRCIOS POLÍTICAS PÚBLICAS COMPARTILHADO INTERMUNICIPAIS INTERGOVERNAMENTAIS 3
  • 4. • Como os consórcios intermunicipais tem sido estudados na literatura brasileira • Quais as principais conclusões? • Contribuição para o debate sobre políticas públicas 4
  • 5. 1.Introdução 2.As principais vertentes 3.Dimensões Analíticas A. Formação B. Desenvolvimento Institucional C. Dimensões Democráticas 4.Conclusão 5
  • 6. • normatividade • Incentivos externos • operacionalizar estabelecida • Eficiência nos gastos desafios regionais • Compatibilidade com públicos • Identificação dos outros dispositivos modelos de governança e de desenvolvimento Ciência Direito Economia Ambiental • Consolidação da • Vantagens • Processo político descentralização institucionais para • Dilemas Federativos • Regionalização prestação de serviços • Institucionalidade hierarquizada dos • Disseminação e troca decisória serviços de saúde de conhecimento • Dimensões democráticas Saúde Gestão Ciências Coletiva Pública Sociais 6
  • 7. 7
  • 8. 1.Introdução 2.As principais vertentes 3.Dimensões Analíticas A. Formação B. Desenvolvimento Institucional C. Dimensões Democráticas 4.Conclusão 8
  • 9. Critérios de seleção Contribuição efetiva para o debate sobre as políticas públicas pela perspectiva da análise institucional referencias variáveis conclusões mobilizados utilizadas apontadas 9
  • 10. 1.Introdução 2.As principais vertentes 3.Dimensões Analíticas A. Formação B. Desenvolvimento Institucional C. Dimensões Democráticas 4.Conclusão 10
  • 11. Questão norteadora: Como construir a cooperação (e superar o discurso autárquico e da autossuficiência) entre municípios para solucionar regionalmente problemas de políticas públicas setoriais? Fatores explicativos para o surgimento dos consórcios Obstáculos para o regime de colaboração 11
  • 12. Caso Fatores associados à formação Trabalho Referencial Analítico Estudado de consórcios » ação coletiva contra um problema  Dinâmica das relações comum; intergovernamentais Abrucio e » capital social que constrói uma Consórcio  Papel e desenho das Regiões Soares identidade regional prévia; do GABC Metropolitanas (2001) » quadro político favorável;  Espaço político interno do » protagonismo do executivo sobre o próprio ABC legislativo nos municípios » necessidade de reestruturação da Consórcio oferta de serviços  Cooperação política de Saúde da » empreendedorismo dos líderes Neves Região de municipais (2001)  Configuração do sistema de Penápolis - » incentivo estadual saúde pós-1988 CISA (SP) » ambiente marcado pela discussão da reforma sanitária CIS MARG  Descentralização das políticas CIS LAV » indução à integração por agentes Diniz Filho públicas (MG) externos (governo estadual (2006)  perspectiva intrafederativa e da principalmente) dinâmica interna municipal 13
  • 13. Caso Referencial Fatores associados à formação de Trabalho Estudado Analítico consórcios  Escolha Racional » estrutura institucional do federalismo e das CIS de MG  Capital Social políticas públicas envolvidas; Caldas Consórcio do  Formação de Agenda/ » capital social; (2007) GABC Neoinstitucionalismo » formação de agenda: empreendedor público + CINPRA histórico força do argumento + janela de oportunidades  Relações Ribeiro CISDOCE intergovernamentais » identidade regional prévia; (2009) (MG)  Teoria da Ação Coletiva » indução estadual Teoria dos Jogos Obstáculos para a formação de consórcios  Relações » substituição dos atores responsáveis pelos Projeto Novos Laczynski intergovernamentais incentivos Consórcios (2010)  Policy Analisy (policy » divergência de agendas Públicos (NCP) cycle) » descompasso entre formuladores e executores 14
  • 14. 1.Introdução 2.As principais vertentes 3.Dimensões Analíticas A. Formação B. Desenvolvimento Institucional C. Dimensões Democráticas 4.Conclusão 15
  • 15. Questão norteadora: Como um grupo que partilha uma situação de interdependência pode organizar a si próprio, construindo uma estrutura institucional que mantenha a produção compartilhada de benefícios contínuos e sustentáveis, sem que os seus integrantes sintam-se atraídos pelas externalidades negativas de processos de cooperação? (Ostrom, 1990 e Dietz, Ostrom e Stern, 2003) Fatores que contribuem para a sustentabilidade do consórcio Fatores que arrefecem a cooperação intermunicipal e os consórcios 16
  • 16. Caso Referencial Fatores que contribuem para a Trabalho Estudado Analítico manutenção do consórcio  Dinâmica das relações intergovernamentais Abrucio e Consórcio do  Papel e desenho das » comprometimento dos prefeitos; Soares GABC (SP) Regiões Metropolitanas » aprendizado institucional (2001)  Espaço político interno do próprio ABC » ganhos perceptíveis com a cooperação  cooperação política » regras adequadas e justas Neves  Configuração do CISA (SP) » coordenação eficiente (2001) sistema de saúde pós- 1988 » resultados positivos reforçando a confiança dos municípios  processo de » participação social descentralização na » descentralização administrativa do Schneider CISMEPA reforma sanitária consórcio brasileira (2005) (RJ) » organização dos interesses municipais  responsabilidades municipais na provisão fortalecendo a negociação com outras de serviços de saúde agências estatais 17
  • 17. Caso Referencial Fatores que contribuem para a Trabalho Estudado Analítico manutenção do consórcio » Flexibilidade da estrutura interna  Descentralização das políticas » Capacidade de atender a todos os membros públicas » Patrimônio administrado CIS MARG Diniz Filho CIS LAV » “escada” (cooperação induzida e estável) x “rampa” (2006)  perspectiva (MG) intrafederativa e (cooperação voluntária e vulnerável) da dinâmica interna municipal » Inércia dos administradores » Dependência em relação aos serviços do consórcio  Processo político » apoio do governo estadual federativo » vontade política  Democracia » personalização jurídica Consórcio do Reis (2008) GABC (SP) » interiorização da cooperação na cultura política local  Marco Regulatório » presença de participação democrática no processo de  Cultura Política gestão 18
  • 18. Caso Referencial Fatores que contribuem para a Trabalho Estudado Analítico manutenção do consórcio  Relações » agente externo intergovernamentais CISDOCE Ribeiro (2009) (MG)  Teoria da Ação » regras claras que possibilitam a Coletiva convivência entre municípios com assimetria de poder Teoria dos Jogos » capacidade de se reinventar diante dos CIVAP,  Institucionalista paradigmas de desenvolvimento vigentes CONDERG,CI » continuidade administrativa Cruz et. al. PT, Debate normativo » vínculo com universidades (2009) CODIVAR, das funções do COMAM » dirigentes com trânsito fácil nas instâncias (SP) Estado de poder das demais esferas governamentais 19
  • 19. Caso Referencial Fatores que contribuem para o Trabalho estudado Analítico arrefecimento dos consórcios  Dinâmica das relações » dependência do voluntarismo de alguns atores intergovernamentais individuais Abrucio e  Papel e desenho das Consórcio » desmobilização da sociedade Soares Regiões GABC (SP) » sobreposição e confusão de competências entre (2001) Metropolitanas as entidades regionais no arranjo institucional  Espaço político » financiamento próprio interno do próprio ABC » falta de entrosamento do consórcio com as administrações municipais  Dilema da Eficácia » instabilidade causada pelas transições políticas  Dilema da Carvalho » ausência de benefícios individuais para os CIJ (BA) Cooperação (2007) municípios  inexistência de retorno político  Dilema da para os prefeitos continuidade » sobreposição territorial com outras instituições regionais 20
  • 20. 1.Introdução 2.As principais vertentes 3.Dimensões Analíticas A. Formação B. Desenvolvimento Institucional C. Dimensões Democráticas 4.Conclusão 21
  • 21. Questão Norteadora: Por que este arranjo possibilitou a emergência de arenas mais democráticas e participativas na gestão de recursos e bens públicos e quais são os seus limites nesta questão? Formas de relacionamento entre poder público e sociedade Mecanismos que contribuem para que a gestão dos consórcios torne-se mais pública e democrática 22
  • 22. Caso Fatores importantes sobre as Trabalho Referencial Analítico Estudado dimensões democráticas  Territorialidade na gestão » Formação de novos espaços políticos Pereira de recursos hídricos » Processo participativo com CILSJ (RJ) (2007)  Modelos Decisórios Empoderamento » Gerente de Conflitos » capital social: aspectos histórico- Castellano Consórcio PCJ  Sinergia entre Estado e culturais; (2007) (SP) Sociedade » construção institucional e mudança organizacional » inclusão de novos atores antes excluídos do processo decisório Survey Marca  Participação Abers et al » formação de arenas decisórias para D’Água  Deliberação (2009) trocas livres de argumentos (BRASIL)  Controle » capacidade de interferir nas decisões sobre políticas públicas 24
  • 23. 1.Introdução 2.As principais vertentes 3.Dimensões Analíticas A. Formação B. Desenvolvimento Institucional C. Dimensões Democráticas 4.Conclusão 25
  • 24. • Como responder às questões levantadas? – Por que e como surgem os consórcios? – Por que e como se mantém? – Como (podemos) tornar sua gestão mais democrática e responsiva? • Que temas devemos desenvolver mais? • Que análises ainda precisam ser realizadas? 26
  • 25. OBRIGADO PELA ATENÇÃO !! Contatos: rodrigoodieguez@hotmail.com rodrigo.dieguez@valec.gov.br 27