SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 123
CENTRO PAULA SOUZA 
ETEC CARLOS DE CAMPOS 
DESIGN DE INTERIORES 
LOJA DE SHOPPING 
AVENIDA DA MÚSICA 
SÃO PAULO 
2014
CENTRO PAULA SOUZA 
ETEC CARLOS DE CAMPOS 
DESIGN DE INTERIORES 
Leidiane Oliveira, 24 
Mayara Almeida, 26 
Nathália Ferreira, 33 
Richard Cabrera, 36 
LOJA DE SHOPPING 
AVENIDA DA MÚSICA 
Monografia apresentada junto ao curso de 
Design de Interiores da Etec Carlos de 
Campos como requisito parcial ao projeto 
de conclusão do curso – TCC. 
Professora Orientadora: Tânia Sanches 
SÃO PAULO 
2014
LOJA DE SHOPPING 
AVENIDA DA MÚSICA 
Monografia apresentada junto ao curso de Design de 
Interiores da Etec Carlos de Campos como requisito 
parcial ao projeto de conclusão do curso – TCC. 
Professora Orientadora: Tânia Sanches 
BANCA EXAMINADORA 
São Paulo, ____ de _______________ de _______. 
____________________________________ 
Tânia Sanches 
Professora Orientadora 
____________________________________ 
Profº Nilton Alves 
___________________________________ 
Profª Sheila Prestes 
____________________________________ 
Profª Aparecida Lourdes 
SÃO PAULO 
2014
Agradecimentos 
Especialmente aos Professores do curso de Design de 
Interiores, que nos ajudaram na realização e aperfeiçoamento 
deste nosso trabalho.Às nossas famílias pelo apoio, incentivo e 
compreensão em mais uma fase de nossas vidas.
Resumo 
Nesse trabalho buscou-se apresentar a história e evolução da música ao 
longo das décadas em nossas vidas, como também nos mostra como a indústria 
musical surgiu nos Estados Unidos e como chegou e se consolidou aqui no Brasil, o 
trabalho apresenta também o processo de criação de uma nova rede de lojas de 
instrumentos musicais voltada tanto ao público jovem quanto para os profissionais 
que já trabalham na área. 
Realizamos toda a criação de identidade visual da marca junto ao casal 
Gabriel e Cibelle DeCario, que são apaixonados por música e querem dar mais um 
passo ao futuro. 
O primeiro capítulo, trata do que o cliente deseja e o que ele busca ao 
montar uma loja de instrumentos músicas moderna, mostra a história do famoso 
restaurante Hard Rock Café – que foi a maior referência para a realização do 
projeto. 
No segundo capítulo, trata das pesquisas sobre o que é Música, as 
origens e evoluções do rock – gênero musical que surgiu nos Estados Unidos e que 
rapidamente espalhou-se pelo mundo, mostra também como surgiu a Indústria 
Fonográfica e como ela teve seus primeiros passos aqui no Brasil. 
No terceiro capítulo apresentamos todas as normas e exigências legais 
que se precisa para montar o próprio negócio no ramo musical. 
No quarto capítulo apresentamos as soluções e o projeto final do cliente, 
com todas as plantas, layout e as vistas feitas em programas específicos de 3D. 
Palavras-chave: história da música, Indústria Fonográfica, moderna, 
criação, normas e exigências legais.
6 
Lista de Figuras 
Figura 1: Bourbon Shopping, Zona Oeste, Pompéia – São Paulo. .............................. 11 
Figura 2: Sesc Pompéia, São Paulo. ................................................................................. 12 
Figura 3: decoração interna do restaurante. .................................................................... 13 
Figura 4: fachada do primeiro Hard Rock Cafe em Londres. ........................................ 13 
Figura 5: “Mine’s better! Love, Pete.” ................................................................................ 14 
Figura 6: Hard Rock Hotel & Cassino em Las Vegas, Nevada. .................................... 15 
Figura 7: Logo do Hard Rock Cafe .................................................................................... 16 
Figura 8: Palco e interior do Hard Rock Café em Bangkok ........................................... 17 
Figura 9: Interior Hard Rock Café ...................................................................................... 17 
Figura 10: Evolução da Música Portátil ............................................................................. 19 
Figura 11: Adolph Rickenbacker com a primeira guitarra elétrica ................................ 22 
Figura 12: Classe de Fogo ........................................................................................38 
Figura 13: Gráfico do Espectro Sonoro Fonte: Imagem do livro "FQ8 - 
Sustentabilidade na Terra - Edições ASA" ....................................................................... 56 
Figura 14: Mapa localição do Bourbon Shopping............................................................ 59 
Figura 15: Mapa original do Bourbon Shopping .............................................................. 59
7 
Sumário 
Capítulo 1 _________________________________________________________ 8 
1.1 Introdução ___________________________________________________8 
1.2 Briefing Cliente ______________________________________________10 
1.3 Localização _________________________________________________11 
1.4 Referência - Hard Rock Café ____________________________________13 
Capítulo 2 ________________________________________________________ 18 
2.1 Definição da Música ___________________________________________ 18 
2.2 História do Rock ______________________________________________ 20 
2.3 Indústria Fonográfica no Brasil _________________________________ 23 
2.4 O Advento do Disco ___________________________________________ 24 
2.5 Surgimento das Gravadoras Independentes _________________________ 27 
2.6 Indústria Fonográfica Estrangeira ________________________________ 28 
Capítulo 3 ________________________________________________________ 30 
3.1 Mercado _____________________________________________________30 
3.2 Exigências Legais e Específicas ___________________________________ 31 
3.3 Proteção Contra Incêncios ______________________________________32 
3.4 Estrutura ____________________________________________________ 42 
3.5 Investimento _________________________________________________ 48 
3.6 Informações Fiscais e Tributárias _________________________________ 53 
3.7 Isolamento Acústico ___________________________________________ 56 
Capítulo 4 ________________________________________________________ 58 
4.1 Briefing Loja _________________________________________________ 58 
4.2 Plantas e perspectivas __________________________________________ 60 
4.3 Projeto 3D ___________________________________________________ 78 
4.4 Memorial Descritivo ___________________________________________ 86 
4.5 Orçamento __________________________________________________ 104 
4.6 Contrato ____________________________________________________ 110 
4.7 Considerações Finais __________________________________________ 116 
Capítulo 5 _______________________________________________________ 118 
5.1 Referências Bibliográficas _____________________________________ 118 
5.2 Anexos ____________________________________________________ 121
8 
Capítulo 1 
1.1.Introdução 
O presente trabalho de conclusão de curso apresenta pesquisas 
relacionadas à história e evolução da música em nossas vidas. 
Ao abordar o tema sobre a origem da música e dos instrumentos 
musicais, compreendemos que o homem sempre buscou evoluir ao longo dos anos, 
desde a era Cenozóica passando pela Paleolítica, pela época do Império Romano, 
até as civilizações dos sumérios, assírios, egípcios, chineses e os gregos ( criadores 
da teoria musical que até hoje é utilizada) até o século atual. 
Ao longo de nossa pesquisa, vemos que a música surgiu a 50.000 anos 
atrás, quando os seres humanos no continente africano utilizavam os conhecimentos 
de música para suas tribos, desde então em outros séculos começavam a utilizar 
bastões para produzirem batidas, percussões corporais - no período Paleolítico 
inferior, os seres humanos já realizavam imitações dos sons da natureza. Isso nos 
mostra como os homens sempre quiseram expressar o que estavam sentindo e 
como evoluíram ao longo dos séculos para o desenvolvimento da linguagem falada. 
Podemos ver também, como a música ganhou diversidade ao longo do tempo por 
causa do surgimento de várias civilizações em diferentes partes do planeta. 
As primeiras letras (ou textos) de música na Idade Antiga, se 
apresentam ligadas à magia, saúde, metafísica e a política destas civilizações – já 
que o papel da música então era frequente em festas, guerras e rituais religiosos. 
Com o início da Idade Média até o século atual, tudo o que é relacionado a música 
foi aprimorado, como os instrumentos, as novas tendências, e com o surgimento dos 
ritmos hoje classificados como: Rock, Samba, Jazz, Blues, etc. 
Nossa pesquisa também abrange as origens do estilo musical Rock - 
gênero musical de grande sucesso que surgiu nos Estados Unidos na década de 
1950, com um ritmo inovador de tudo o que já tinham feito na música. O rock unia 
um ritmo rápido com toques de música negra típica do sul dos EUA, com o 
acompanhamento de uma guitarra elétrica, bateria e baixo.
Apesar do gênero musical ter surgido nos EUA ele espalhou-se 
rapidamento pelo mundo, ganhando a simpatia principalmente dos jovens. Também 
apresentamos como a guitarra elétrica foi concebida – com toda a inovação do estilo 
musical na década de 20, perceberam que o violão não conseguia mais suprir a 
necessidade do volume. Então em 1931 foi criada a guitarra elétrica que 
conhecemos hoje, um instrumento que tem o som amplificado através de um 
amplificador. Mostramos também como a Indústria Fonográfia chegou e se 
consolidou no Brasil, abrindo portas para as gravadoras e para os avanços 
tecnológicos. 
Após essa extensa pesquisa, conseguimos um rico conteúdo para 
aplicarmos no projeto de nosso cliente Gabriel DeCario, que procurou nosso Estúdio 
para a criação de uma rede de lojas de instrumentos musicais. 
O principal objetivo do cliente, era de que a loja fosse inteiramente 
interativa – onde os clientes da loja pudessem testar os intrumentos à vontade, um 
lugar para curtir o estilo musical como se estivessem em um pub ou estúdio. 
Assim nosso projeto propõe soluções para a loja localizada no Bourbon 
Shopping em São Paulo - ser ao mesmo tempo moderna e descolada mas 
totalmente interativa, com instrumentos expostos de maneira inteligente e sofisticada 
atendendo à todas as exigências de Gabriel que possui amplo conhecimento do 
ramo musical. 
9
10 
1.2 Briefing Cliente 
O casal Gabriel DeCario (32 anos) e Cibelle DeCario (28 anos) 
atualmente moram em São Paulo, e ambos têm suas vidas dedicadas à paixão pela 
música. 
Gabriel DeCario nasceu cercado por guitarras e discos de rock que seu 
pai - Eduardo DeCario tinha em sua coleção, por isso desde cedo aprendeu a gostar 
desse estilo musical e logo depois aos 12 anos de idade já começava a tocar violão. 
Aos 16 anos, Gabriel formava então sua primeira banda dedicada a covers dos 
clássicos do rock, tempos depois resolveu focar nos estudos e a banda teve seu fim. 
Então aos 21 anos finalmente conheceu seus atuais companheiros de banda – o 
‘The Voyage’, conseguiram em apenas dois anos sucesso total na cena de rock 
underground em São Paulo, sendo assim umas das bandas atuais mais influentes. 
Com 28 anos e uma carreira musical reconhecida, conheceu sua atual 
esposa Cibelle que por sua vez trabalhava em estúdios musicais e já conhecia muito 
desse ambiente underground, juntos resolveram montar sua própria gravadora – 
surgia assim a gravadora ‘ContraMão’, que apostava em bandas e artistas 
underground. 
Mas em 2014, Gabriel e Cibelle resolveram dar mais um passo em suas 
vidas, investindo assim em uma rede de lojas dedicadas a essa paixão pela música. 
Gabriel e Cibelle procuraram nós doEstúdio Ola, para criar toda a identidade visual, 
e projetar os ambientes das lojas.
11 
1.3 Localização 
A primeira loja da “Avenida da Música” ficará localizada no 2º andar do 
Shopping Bourbon, o local escolhido fica situado no bairro nobre da Pompéia, Zona 
Oeste de São Paulo. 
Figura 1: Bourbon Shopping, Zona Oeste, Pompéia – São Paulo. 
Sua história 
Em 1910 surgia um novo loteamento dividindo as chácaras em um bairro, 
o empreendedor Rodolpho Miranda ( dono da Companhia Urbana e Predial) 
homenageou sua esposa Aretusa Pompéia, batizando o novo bairro com o nome de 
Vila Pompéia. Muitos imigrantes foram atraídos pelas muitas indústrias que 
aparecerem na região e adquiriram lotes para terem residências fixas. 
Entre as décadas de 1960 a 1970, surgiram no bairro bandas importantes 
do cenário brasileiro como: Tutti Frutti, Os Mutantes e Made In Brazil.
Figura 2: Sesc Pompéia, São Paulo. 
Atualmente o bairro conta com o SESC Pompeia, um centro de cultura e 
lazer que reúne quadras, teatros, piscinas, restaurante, oficinas e espaços de 
exposições. 
Sua arquitetura (que antes era uma fábrica de tambores) de concreto 
armado e vedações em alvenaria chamou a atenção da arquiteta Lina Bo Bardi, que 
resolveu reinventar os espaços dos galpões e modernizar as estruturas. 
O cliente escolheu o Shopping Bourbon por ficar perto do SESC Pompeia 
– lugar onde muitos do público jovem costumam frequentar e que automaticamente 
poderão vir a conhecer a loja. 
12
13 
1.4 Referência – Hard Rock Café 
No dia 14 de Junho de 1971, Isaac Tigrett e Peter Morton dois 
americanos apaixonados por música, fundaram um restaurante em Londres próximo 
ao Hyde Park. A idéia inicial era abrir um restaurante com comida típica americana, 
boa música e com um ambiente agradável. O imóvel era alugado e amplo (pois 
anteriormente era um salão de automóveis) por isso os dois sócios começaram a 
decorar e preencher as paredes com objetos e quadros relacionados ao rock, assim 
rapidamente atraiu clientes também amantes do estilo musical. 
Inicialmente a decoração era feita somente com produtos do rock and roll 
americano, mas com o crescimento do restaurante os sócios recebiam ofertas de 
pertences de lendas do rock britânico e de outras partes do mundo. Toda a coleção 
teve início quando Eric Clapton, que era frequentador assíduo do restaurante, doou 
uma guitarra autografada que foi casualmente pendurada na parede. 
Figura 4: fachada do primeiro Hard 
Rock Cafe em Londres. 
Figura 3: decoração interna do 
restaurante.
Alguns dias depois, outra guitarra foi enviada ao restaurante, mas desta 
vez por Pete Townshend, da banda The Who, com o seguinte bilhete: “A minha é 
melhor!Com Amor, Pete”. 
Atualmente a coleção conta com mais de 70.000 itens, que foram 
adquiridos em leilões, doados ou comprados dos próprios artistas autografados ou 
não, entre guitarras, roupas, objetos pessoais, fotos, discos de ouro, cartas, 
baquetas. 
O Hard Rock começou sua expansão global em 1982, quando os sócios 
decidiram desenvolver seus restaurantes em várias partes do mundo. Morton abriu 
casas em Los Angeles, San Francisco, Chicago e Houston; Tigrett em Nova Iorque, 
Dallas, Boston, Washington, Orlando, Paris e Berlim. Mas em 1990 a empresa Rank 
Group adquiriu o Hard Rock Cafe e acelerou mais ainda sua expansão mundial, 
tornando-se uma das marcas mais conhecidas do mundo. Levou também a marca e 
o estilo rock and roll do lugar para outros negócios como a rede Hard Rock Hotel & 
Cassino em localidades exóticas variadas do mundo como Bali, Las Vegas. 
14 
Figura 5: “Mine’s better! Love, Pete.” 
(Pete Townshend, The Who) 
Guitarra autografada na parede do restaurante
Figura 6: Hard Rock Hotel & Cassino em Las Vegas, Nevada. 
Todas a filiais do restaurante ao redor do mundo seguem três regras 
15 
básicas para gaantir a padronização do ambiente e atendimento: 
1 – Localizadas em bairros nobres 
2 – Decoradas com a temática rock androll, 
memorabília nas paredes, 
som alto e telões com clipes e shows 
3 – Atendentes jovens 
Também em cada filial existe a famosa lojinha de artigos da marca, com camisetas, 
broches entre outros itens.
16 
Logotipo e Marketing 
O famoso logotipo foi criado pelo designer gráfico Alan Aldridge, que 
também já trabalhou com discos de bandas incluindo os Beatles. 
Com um simples e inesperado início, a maior ferramenta de marketing da 
marca – suas camisetas, surgiram em 1974 quando o Hard Rock Cafe patrocinava 
um time de futebol. Após a temporada acabar muitas camisetas sobraram foi então 
que resolveram presentear seus clientes com elas. Fizeram tanto sucesso que a 
marca decidiu investir e lançar mais produtos levando seu logo, como broches, 
chaveiros, isqueiros e até moletons. 
Figura 7: Logo do Hard Rock Cafe 
Atualmente há mais de 143 lojas do Hard Rock Cafe, em cerca de 36 
países, além do hotel e cassino, a marca também inaugurou em 2008 um parque 
temático que celebra a cultura do rock and roll. Mas muitos alegam que a marca 
teria se desviado do foco original, pois muitos dos vídeos musicais enviados às lojas 
não seriam verdadeiros representantes do estilo rock, assim como também teve-se 
um desvio de foco na própria coleção de itens em exibição - como no caso onde 
uma das fantasias usadas por Britney Spears em um de seus clipes, está exposta 
onde antes foi ocupado por um disco dos Beatles.
17 
No Brasil 
Existem somente duas unidades do restaurante, uma no Shopping 
AltaVila Center, na cidade de Nova Lima (Minas Gerais) e outra que fica no 
Shopping Città América, Rio de Janeiro. 
Abaixo algumas fotos da decoração de diversas lojas da marca: 
Figura 8: Palco e interior do Hard Rock Café em Bangkok 
Figura 9: Interior Hard Rock Café
18 
Capítulo 2 
2.1 Definição da Música 
O conceito ou definição de música é algo um tanto complicado para 
explicar, do mesmo modo quando explicamos o que é “arte”. Embora seja difícil, 
“música contém e manipula o some o organiza no tempo. Talvez por essa razão ela 
esteja sempre fugindo a qualquer definição, pois ao buscá-la, a música já se 
modificou, já evoluiu.” – (Autor desconhecido) 
Enquanto a sua história, alguns historiadores dizem que as primeiros 
conhecimentos sobre a música surgiu há 50.000 anos atrás, onde os seres humanos 
viventes no continente africano começaram utilizar isso em seu cotidiano para as 
suas tribos e afins. Já o musicólogo Roland de Candé no seu livro “História Universal 
da Música”, ele fala como e em qual fase da evolução humana, aproximadamente, a 
música fez-se presente. 
 Terciário (era Cenozoica hásessenta e cinco milhões de anos atrás) – Os 
Antropóides faziam batidas com bastões, percussões corporais e objetos 
entrechocados. 
 Paleolítico inferior (cerca de dois e meio milhões de anos atrás) – Os 
hominídeos realizavam gritos e imitações de sons da natureza. 
 Paleolítico médio – O aprimoramento do controle da altura, intensidade e 
timbre da voz à medida que as demais funções cognitivas se desenvolviam. 
 Cerca de quarenta mil anos atrás a nove mil anos atrás – Começaram a 
Criação dos primeiros instrumentos musicais para imitar os sons da natureza 
feitos de pedra, madeira e ossos, como por exemplo os: xilofones, litofones, 
tambores de tronco e flautas. O desenvolvimento da linguagem falada e do 
canto aumentou muito. E foi por volta de dez mil anos atrás que encontraram 
um dos primeiros testemunhos da arte musical, na gruta de Trois Frères, em 
Ariége na França. 
 Neolítico (a partir de cerca de nove mil anos antes de Cristo) – Criação de 
membranofones e cardofones, após o desenvolvimento de ferramentas, eles 
são os primeiros instrumentos afináveis. De aproximadamente cinco mil anos 
antes de Cristo, o desenvolvimento da metalurgia veio e houve a criação de
instrumentos de cobre e bronze que permitem uma execução mais 
sofisticada. Com o estabelecimento de aldeias e o desenvolvimento de 
técnicas agrícolas mais produtivas e de uma economia baseada na divisão do 
trabalho, permitiu que uma parcela da população pudesse se desligar da 
atividade de produzir alimentos e assim surgir as primeiras civilizações com 
sistemas próprios musicais, como escala e harmonia. 
Com o início da Idade Antiga ou Antiguidade há cerca de quatro mil anos 
antes de Cristo e que se estendeu até a queda do Império Romano do Ocidente no 
ano de quatrocentos e setenta e seis depois de Cristo, a música veio ganhando 
diversidade, já que o surgimento de diversas civilizações começaram a se 
concretizar em cada parte da Terra. Os primeiros textos destes grupos apresentam a 
música como atividade ligada à magia, à saúde, à metafisica e até a política destas 
civilizações, tento papel frequente em rituais religiosos, festas e guerras. 
As civilizações essas eramSumérios e os Assírios onde já usavam 
instrumento de cordas, Egípcios com sua junção de música e dança, Hebreus e sua 
relação de música em devoção a Deus, Indianos com sua a devoção a deuses, por 
acreditarem que eles os ensinaram a música, Chineses, que o respeito pelo 
instrumento era notável e além de conter uma variedades dos mesmos e Gregos, os 
criadores da teoria musical que é utilizada até hoje. 
Figura 10: Evolução da Música Portátil 
Fonte: <blognapilha.wordpress.com> acesso em 20/11/2014 
Com o início da idade Média e até a chegada do século atual, tudo que é 
relacionado a música foi só aprimorando, os instrumentos ganharam novas 
tecnologias, novos modos de construção, novas tendências, assim como o 
19
surgimento dos ritmos que hoje são classificados como: Rock, Samba, Jazz e etc. A 
Música consequentemente ganhou suas maneiras de ser escutada aonde quer que 
for, com a criação de discos, aparelhos leitores de mp3, transmissões instantâneas 
em televisões, computadores e rádios. 
20 
2.2 História do Rock 
Origens do Rock 
Este gênero musical de grande sucesso surgiu nos Estados Unidos na 
década de 1950. O ritmo era inovador e diferente de tudo que já tinha ocorrido na 
música, o rock unia um ritmo rápido com pitadas de música negra do sul dos EUA e 
o country. Uma das características mais importantes do rock era o acompanhamento 
de guitarra elétrica, bateria e baixo. Com letras simples e um ritmo dançante, caiu 
rapidamente no gosto popular. 
O rock na década de 1950: primeiros passos 
Apesar de ter surgido nos EUA o rock espalha-se rapidamente pelo 
mundo em pouco tempo, começando a ganhar a simpatia dos jovens com o estilo 
rebelde apresentado pelos cantores e pelas bandas. Em 1955 surge no cenário 
musical o rei do rock Elvis Presley, unindo diversos ritmos como a country music e o 
rhythm & blues. Na mesma época outros roqueiros fizeram sucesso como, por 
exemplo, Chuck Berry e Little Richard. 
O rock nos anos 60: rebeldia e transgressão 
Esta fase marca a entrada no mundo do rock da banda de maior sucesso 
de todos os tempos: The Beatles. Os jovens de Liverpool estouram nas paradas da 
Europa e Estados Unidos, em 1962, com a música “Love me do”.A década de 1960 
ficou conhecida como Anos Rebeldes, graças aos grandes movimentos pacifistas e 
manifestações contra a Guerra do Vietnã fazendo o rock ganhar um caráter político 
de contestação que ficou marcada nas letras de Bob Dylan. Outro grupo inglês 
também começa a fazer sucesso: The Rolling Stones.
No final da década, em 1969, o Festival de Woodstock torna-se o símbolo 
deste período. Sob o lema "paz e amor", meio milhão de jovens comparecem no 
concerto que contou com a presença de Jimi Hendrix e Janis Joplin. 
21 
O rock nos anos 70: disco music, pop rock e punk rock 
Com o surgimento do videoclipe o rock ganha uma cara mais popular, 
surge também uma batida mais forte e pesada – o heavy metal de bandas como Led 
Zeppelin, Black Sabbath. Mas por outro lado batidas dançantes tomam conta das 
pistas de dança de todo mundo a “Dance Music” desponta com os sucessos de 
Creedence Clearwater, Neil Young,Eltoh John e David Bowie. 
Anos 80: um pouco de tudo no rock 
Surge na década de 80 a emissora de TV“MTV”, dedicada à música e que 
automaticamente impulsiona ainda mais o rock. Ao mesmo tempo o rock começa a 
passear por vários estilos como o ritmo dançante do New Wave, assim surgiram 
bandas como: Talking Heads, The Clash, The Smith e The Police. 
Anos 90: década de fusões e experimentações 
Os anos 90 foram marcados pelas fusões de ritmos diferentes do rap e do 
raggae. As bandas como Red Hot Chili Peppers e Faith no More fundem o heavy 
metal e o funk. Ao mesmo tempo o Grunge toma conta das paradas de sucesso e 
bandas como Nirvana (liderado por Kurt Cobain) é o maior representante deste novo 
estilo, assim como Pearl Jam, Alice in Chains e Soundgarden. 
O Rock no Brasil 
O primeiro sucesso no cenário do rock brasileiro apareceu na voz de Celly 
Campello, que estourou nas rádios com os sucessos Banho de Lua e Estúpido 
Cupido, no começo da década de 1960. Em meados desta década, surge a Jovem 
Guarda com cantores como, Roberto Carlos, Erasmo Carlos e Wanderléa, com 
letras românticas e ritmo acelerado, fazendo sucesso entre os jovens.
Na década de 1970, surge Raul Seixas e o grupo Secos e Molhados. Na 
década seguinte, com temas mais urbanos e falando da vida cotidiana, surgem 
bandas como: Ultraje a Rigor, Legião Urbana, Titãs, Barão Vermelho, Kid Abelha, 
Engenheiros do Hawaii, Blitz e Os Paralamas do Sucesso. 
Na década de 1990, fazem sucesso no cenário do rock nacional: 
22 
Raimundos, Charlie Brown Jr., Jota Quest, Pato Fu, Skank entre outros. 
Guitarra Elétrica para o Rock 
Com a inovação do estilo musical na década de vinte, onde a percussão 
começou a ser mais praticada, viram que o violão, não conseguia suprir a 
necessidade de volume e combinação de melodia. 
Figura 11: Adolph Rickenbacker com a primeira guitarra elétrica 
Fonte: <http://personagens-unai.blogspot.com.br/> acesso 20/11/2014 
A guitarra elétrica, uma variação do violão, foi criada em 1931 por 
Beauchamp e Rickenbacker e foi em 1940 Les Paul inovou a guitarra, deixando 
como padrão os modelos existentes até hoje. Por ser elétrica, a novidade era que o 
instrumento tinha o som amplificado através de um amplificador e tinha um timbre 
bem nítido, diferente do violão. Com o surgimento do Rock, os guitarristas 
conseguiam através da guitarra, trazer riffs, ritmos e solos, fazendo com que 
preenchesse os espaços da música e que as melodias grudassem como chiclete na 
cabeça dos ouvintes.
23 
2.3Indústria Fonográfica no Brasil 
A indústria fonográfica brasileira é constituída atualmente por uma rede 
de distribuição de um dos principais produtos de consumo da indústria cultural: a 
música gravada. Apesar da crise econômica em 1997 o seu consumogera o sexto 
maior mercado do mundo e apesar da crise econômica,a indústria brasileira de 
discos faturou US$ 1,199 bilhão, em 1998 US$ 1,055 bilhão e US$ 429 milhões em 
1999. 
Além das gravadoras que protagonizam este cenário encarregados da 
produção e venda de gravações em vários formatos, o mercado compreende 
também a atuação da imprensa especializada, dos fabricantes e distribuidores de 
equipamentos, aparelhos de gravação e tecnologia de reprodução, contratos de 
comercialização, royallties e direitos autorais. 
Origens 
O aparelho denominado fonógrafo criado por Thomas Alva Edison, foi 
demonstrado pela primeira vez no Brasil – mais precisamente em Porto Alegre – em 
1879. No entanto, passaria uma década antes que D. Pedro II, conhecido por ser 
entusiasta dos adventos tecnológicas, com a invenção que deu início à 
industrialização da música, até então uma arte reconhecida exclusivamente como 
bem cultural. No dia 9 de novembro de 1889, o imperador, acompanhado de sua 
filha, Princesa Isabel e de seu genro, o Conde D’Eu, assistem a uma sessão de 
gravação. No mesmo ano, o filho caçula da princesa torna-se o primeiro cidadão 
brasileiro a ter sua voz gravada, cantando. 
No tocante à predileção popular por certos gêneros musicais na primeira 
década do século XX, pode-se observar basicamente a repetição das características 
predominantes no final do século XIX. 
“São os mesmos gêneros – valsa, modinha, cançoneta, chótis, polca –, as mesmas 
maneiras de cantar e tocar, as mesmas formações instrumentais, a mesma 
predileção pela música de piano. Também continua a predominar a influência 
musical européia, principalmente a francesa.” 
(Severiano e Mello, 1997, p.17)
Para termos ideia da dimensão do grau de desenvolvimento já na virada 
do século, basta lembrarmos que os Estados Unidos se tornaria algumas décadas 
mais tarde o principal exportador de música do mundo (e que já possuía uma Lei de 
Direitos Autorais) estava se expandindo para o ramo das apresentações ao vivo. O 
tcheco Frederico Figner vindo dos Estados Unidos, popularizou o fonográfo em 
vários estados do Brasil como Amazonas, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Bahia, 
Minas Gerais e por fim Rio de Janeiro, participando de festas e feiras realizava 
pequenas apresentações do fonográfo nos eventos. Devido ao seu talento 
“propagandista” em 1894 Manoel Ponte associou a difusão da última novidade como 
denominada Máquina Figner. 
24 
2.4 O Advento do disco 
Á medida que o equipamento ia ganhando público ele se tornava cada 
vez mais acessível chegando a custar cinco, seis à dez mil réis por Frederico Figner. 
Em 1897 Figner abriu uma loja que estava situada na rua do Ouvidor, número 135 
que já oferecia o serviço de gravação de cilindros. O disco só surgiria em 1902, que 
seria gravada a modinha “Isto é Bom” de Baiano, intérprete bastante popular e 
eclético que tinha em seu repertório desde cançonetas alegres às modinhas mais 
melancólicas. No dia 2 de agosto, a Casa Edison – empresa de Figner – lançava o 
primeiro suplemento de discos gravados no Brasil. 
O pioneirismo da Casa de Edison foi visto como a fundação do inicipiente 
mercado fonográfico brasileiro sendo a primeira loja de discos do Brasil, assim como 
também no ramo das gravações. Este suplemento de estreias destacam-se as 
gravações da Banda de Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, formada or Anacleto 
de Medeiros, e que mais tarde seria chamada de Banda da Casa Edison. 
“O registro sonoro mecânico acontecia a partir de um cone de metal que 
tinha em sua extremidade um diafragma. Este comandava a agulha que 
cavava os sulcos na cera. Portanto, era necessário potência sonora para 
se Ter certeza de que houve a gravação do som.
E já que iria ser uma banda, que fosse a melhor do Rio de Janeiro.” 
(Cazes, 1999, p.41) 
Em 1904, os brasileiros conheceram a invenção que nos remete ao toca-discos 
como conheceríamos mais tarde; o gramofone com discos de cera e som 
reproduzido pela ação de agulha metálica ligada a um diagrafma de mica, foi criado 
pelo germano-americano Émilie Berliner. Figner neste mesmo ano, adquiriu a 
patente Zon-O-Phone (número 3.465 da International Zonophone Company) 
garantindo ao Brasil o direito de fabricação de chapas prensadas dos dois lados, e 
anunciou a novidade dos fonogramas em “celulóide inquebrável” – o disco eliminaria 
o cilindro do mercado em pouco mais de dois anos. 
A Sociedade Phonographica Brasileira em 1908, anunciava 
“gramophones” de diversos preços ao alcance de pobres e ricos, o que impulsionou 
a venda da música gravada. Anos depois, já notava-se a publicidade – como a loja 
“A Nova Figura Risonha”, na rua do Ouvidor, número 58 – anunciando a venda de 
discos de celebridades. Alguns relatos históricos informam que Frederico Figner teria 
vendido 840 mil discos no ano de 1911. Após associar-se à Odeon alemã, Figner 
funda a Fábrica Odeon, localizada no Bairro da Tijuca, em 1913, a primeira a 
prensar discos no Brasil. 
“Enquanto esse equipamento não ficou ultrapassado, e os próprios concorrentes estrangeiros 
competiram no mercado brasileiro com discos fabricados segundo processos igualmente 
rudimentares, a Casa Edison (...) dominou o mercado com amparo na excelente rede de 
distribuição que havia montado nos principais cidades brasileiras. Quando porém, a partir de 
1924, nos Estados Unidos, os engenheiros da Victor Talking Machine partiram para nova etapa 
no campo das gravações e reprodução de sons, criando em primeiro lugar as vitrolas 
ortofônicas, e mais tarde as chamadas eletrolas, “acionadas eletricamente”, a iniciativa brasileira 
perdeu impulso, e o próprio Frederico Figner ia ser reduzido em pouco tempo à condição de 
mero comerciante de discos, máquinas de escritório e artigos musicais.” 
(Tinhorão, 1978, p.29) 
Foi em 1971, com a fundação da Sociedade Brasileira de Autores 
Teatrais (SBAT), que recolhia tanto o chamado “grande direito autoral”, referentes às 
peças teatrais, quanto o direito autoral “pequeno” relacionado às composições 
musicais. 
25
Por volta de 1919, a empresa americana Victor liderava este setor da 
indústria norte-americana com lucros atingindo a cifra de US$ 37 milhões, em um 
mercado fonográfico que totalizava o valor de US$ 159 milhões. Sua expansão em 
território brasileiro efetivou-se em 1926, quando a então chamada Victor Talking 
Machine Corporation, localizada em Camden, Nova Jersey/EUA, aluga o Teatro 
Phoenix para lançar, no Rio de Janeiro, seu novo advento: a Victrola Ortofônica 
Auditorium. 
Após um ano, com a superioridade das gravações e dos discos obtidos 
com o emprego de sistema elétrico, velhas marcas nacionais começaram a 
desaparecer, e as patentes Odeon, do pioneiro Frederico Figner, permitem que a 
própria matriz europeia se estabeleça no Brasil, para assim concorrer a partir da 
década de 30 com a Victor e a Columbia (já estabelecidas no Brasil). 
“As gravações elétricas e a evolução do rádio, aliadas a outras novidades, mudaram 
a música popular brasileira, apesar da demora de alguns meses da gravadora 
Odeon para perceber que o fim do processo mecânico de gravação atingia também 
o modo de cantar a nossa música. O novo processo teve início em julho de 1927 e 
somente em agosto de 1928 a Odeon lançou o primeiro disco de Mário Reis (1907- 
1981), o cantor que seria símbolo do novo jeito de interpretar o samba e outros 
gêneros musicais brasileiros. (...)Era algo muito novo para um público que se 
acostumara a ouvir a nossa música geralmente mais gritada do que propriamente 
cantada. Agora, dispondo de um sistema de som capaz de registrar qualquer tipo de 
voz, por meio de microfones, amplificadores e agulhas eletromagnéticas de leitura, 
ninguém precisava berrar mais. (...) Pouco depois da estréia do cantor, seriam 
instalados no Rio os estúdios e as fábricas de mais quatro multinacionais do disco, a 
Parlophon, a Columbia, a Brunswick e a Victor, todas dotadas do equipamento de 
gravação elétrica. Pretendiam recuperar no Brasil o prejuízo que enfrentavam nos 
Estados Unidos e na Europa em decorrência da catástrofe que se abateu sobre o 
sistema capitalista internacional depois da queda da Bolsa de Nova York. (...) 
A Odeon e a Victor nunca mais deixariam o país, demonstrando que os 
investimentos feitos valeram a pena. O mesmo não ocorreu com a Brunswick e a 
Parlophon, que, poucos anos depois de aqui chegarem, fecharam suas instalações 
no Rio de Janeiro.” 
(Cabral, 1996, p. 18-19) 
26
No início da década de 40, outros segmentos da indústria fonográfica, em 
sua maioria os que representavam pessoas ligadas indiretamente à produção de 
discos, mobilizavam-se no sentido de regulamentar suas atuações profissionais 
neste contexto, onde as empresas multinacionais já dominavam o cenário. Em 1938 
surge a Associação Brasileira de Compositores e Editores, e em 1942 é criada a 
União Brasileira de Compositores (UBC), reunindo membros da ABCA e os que 
ainda estavam afiliados à SBAT. 
27 
2.5 O surgimento das gravadoras independentes 
Os chamados discos “inquebráveis” foram lançados no Brasil em 1948, 
ano em que a criação de uma tecnologia de gravação mais barata permitiu o 
aparecimento de muitas gravadoras “independentes” nos Estados Unidos, que 
acabariam constituindo modelos para iniciativas semelhantes em nosso mercado. 
Estas gravadoras de menor porte foram, durante muito tempo, responsáveis por 
grandes índices de vendagem nos EUA. Em 1957 já havia mais singles de música 
popular das gravadoras independentes nas paradas internacionais de sucesso do 
que produtos das majors. 
Os primeiros dados oficiais sobre o mercado nacional de discos datam de 
1965, quando o mesmo foi dimensionado como sendo quarenta vezes menor que o 
norte-americano. Neste ano as gravadoras formaram a Associação Brasileira dos 
Produtores de Discos. Em 1967, foi promulgada a lei de incentivo fiscal, que permitia 
às gravadoras aplicarem o ICMS devido pelos discos internacionais em gravações 
nacionais. A partir de então, os produtos deveriam conter o selo “Disco é Cultura”. 
1968 foi um ano de reformulação completa nos departamentos de A&R (artista e 
repertório), onde as gravadoras empreendem uma verdadeira caça a novos talentos, 
devido à forte concorrência no setor. O lançamento massivo das chamadas 
“revelações da música” se reflete na alta produção de um formato bem específico de 
música gravada: em 1969, 57% dos discos vendidos no mundo tem o formato 
compacto (simples e duplo). 
A década de 70 começa com 60% das famílias brasileiras fazendo parte 
do mercado de bens de consumo “modernos”, ou seja, possuindo pelo menos um
eletrodoméstico como rádio, vitrola e TV. E com o consumo de entretenimento pela 
televisão, surge mais um meio de exposição para o produto da indústria fonográfica. 
A partir da telenovela “O Cafona”, de 1971, com trilha-sonora lançada pela recém-fundada 
28 
SIGLA-Som Livre, é lançado o primeiro disco desta espécie. 
Em 1973, um decreto presidencial cria o Conselho Nacional do Direito Autoral 
(CNDA) e o Escritório Central de Arrecadação de Direitos (ECAD), controversa 
instituição com o intuito de regular a atividade deste setor. Somente ao final da 
década a produção independente brasileira demonstra organização e diversificação 
de gêneros musicais, conseguindo assim alguma atenção da mídia. 
“A partir de 1979, ano da realização do I Encontro de Independentes de Curitiba, 
quando existiam apenas cinco produtores independentes na área de música popular 
(Antônio Adolfo, Danilo Caymmi, Francisco Mário, Luli e Lucina, e Sambachoro) e 
dezenas na área da música sertaneja, a adesão ao disco independente inicia seu 
crescimento como forma de expressão, apesar do custo e da incerteza. Era como se 
a ‘música represada’ até então começasse a se escoar por um novo canal.” (Mário, 
1986, p.11-12) 
Enquanto isso, o mercado norte-americano de singles registrava a venda 
de 228 milhões de unidades, e inicia uma fase de declínio, registrando em 1988 
venda de 89,7 milhões de unidade. 
2.6 Indústria fonográfica estrangeira 
Em 1974, as gravadoras RCA e EMI-Odeon constroem estúdios novos no 
Brasil. Dois anos depois, em julho, é a empresa WEA (gravadora do grupo Warner 
Bros.) que se instala oficialmente no Brasil, limitando-se a reproduzir suas matrizes 
estrangeiras até o final do ano e, mesmo assim, consegue conquistar 2,8% do 
mercado. No ano seguinte, lançou cinco LPs nacionais. 
Em 1978, a gravadora Capitol Records, empresa norte-americana que 
tinha como uma de suas principais acionistas a EMI e que, juntamente com ela, era 
representada no Brasil pela Odeon, desliga-se de ambas apenas para efeito de 
mercado e passa a lançar seus próprios suplementos no país. O predomínio de
empresas estrangeiras neste setor chega a um nível tal de notoriedade que a própria 
Associação Brasileira dos Produtores de Discos admite uma “proporção ilegal de 
lançamentos estrangeiros”: 53% em abril daquele ano. Mas isso acaba por 
representar um desenvolvimento do mercado como um todo, e em 1979 são 
vendidos 39 milhões de discos, 8 milhões de fitas cassete e mais de 18 milhões de 
compactos simples e duplos. 
A implantação do Plano Cruzado, em 1986, promoveu uma retomada do 
crescimento das vendas de discos, que perdurou até o início da década passada. O 
ano de 1992 registra a venda de 34 milhões de aparelhos de suporte para música 
gravada – CDs, cassetes e LPs – , número que seria duplicado em 1995, quando 
foram comercializadas 75 milhões de unidades. Neste momento o mercado 
brasileiro de CDs já representava 1,76% (com 3,75% das unidades vendidas) do 
mercado mundial, que faturava um total de US$ 39.7 bilhões. A década de 90 
também testemunhou um desempenho eficiente de gravadoras nacionais como a 
Eldorado e a Velas – e mesmo a criação de selos representativos como a Trama e a 
Abril Music – mas o domínio dos canais de distribuição, que efetivamente colocam 
as músicas na mídia e no mercado, ainda é uma primazia das multinacionais. 
Em 1996, o nosso mercado fonográfico cresceu 32% em relação ao ano anterior: 94 
milhões de discos vendidos no país, com um faturamento de US$ 874,25 milhões. O 
Brasil voltou à posição de sexto lugar no ranking mundial das vendas de discos. 
Apesar de manter esta posição, o faturamento da indústria fonográfica registra 
queda de vendas pelo segundo ano consecutivo, como informou a ABPD 
(Associação Brasileira dos Produtores de Disco). 
O século XX terminou sob o estigma de globalização da economia, cuja 
faceta mais recorrente no cenário da produção e da distribuição de discos é o 
fenômeno das fusões de empresas e a consequência formação de conglomerados 
de mídia: como exemplo pode-se citar a formação da maior empresa de 
comunicação do mundo, a partir da compra de grupo Time-Warner pelo mega 
provedor de acesso à intrnet América On Line, a AOL Time Warner, com um valor de 
mercado superior a US$ 350 milhões. 
29
30 
Capítulo 3 
3.1 Mercado 
O mercado de uma loja de instrumentos musicais é um segmento de 
comércio bem específico, porque comparado a outros seguimentos de comércio ela 
não tem grande volume de vendas mensais. Mas em compensação o público 
consumidor da área de instrumentos musicais normalmente é cativo e tem se 
apresentado um volume crescente de novos clientes devido à influência de bandas 
nacionais e internacionais. 
A quantidade de lojas de instrumentos musicais normalmente não é muito 
grande, o volume de consumidores também não é tão expressivo, porque na maioria 
dos casos um instrumento musical tem uma vida útil bastante expressiva, por isso a 
sua substituição não é feita a curto prazo. 
Porém as vendas de instrumentos musicais podem apresentar condições 
favoráveis pela entrada no mercado de um público que está aumentando 
significativamente: pessoas que iniciam sua aprendizagem como instrumentistas na 
vida adulta. Segundo informações publicadas pela revista Veja, ela relata que é 
crescente a quantidade de adultos que se propõem a aprender a tocar um 
instrumento musical, graças ao reconhecimento científico de que tocar um 
instrumento pode ser um poderoso aliado ao combate ao estresse. 
“Assim o empreendedor deverá avaliar amplamente o seu ingresso nesse mercado. 
Mas isto não quer dizer que deva desistir de investir nesse segmento, apenas 
ressalta que deva fazê-lo com muita segurança, principalmente considerando o 
mercado concorrente.” 
Fonte: Revista Veja 
Ao ter uma Loja de Instrumentos Musicais pode-se especializar na venda 
de somente um único tipo de instrumento musical ou na venda diversificada. Esta 
“Ideia de Negócio” sugere um empreendimento que oferece produtos diversificados.
Por isso é preciso uma pesquisa (não precisa ser sofisticada ou 
complexa), mas ela pode ser elaborada de uma forma simples e aplicada pelo 
próprio empresário, para estudar a concorrência já instalada, pesquisar o público-alvo 
em termos de capacidade aquisitiva, os gostos pessoais e as expectativas que 
31 
as pessoas têm em relação a uma loja de instrumentos musicais. 
A pesquisa também precisa incluir a localização da loja, se possível 
deverá ser instalada próximo as demais lojas do mesmo segmento e de lojas de 
produtos complementares a instrumentos musicais. Essa aproximidade com as 
demais lojas amplia as possibilidades de busca por um público bem maior do que 
nas lojas instaladas isoladamente. 
3.2 Exigências Legais e Específicas 
O empreendedor de uma loja de instrumentos musicais deverá cumprir 
algumas exigências iniciais e somente poderá se estabelecer depois de cumpridas, 
quais sejam: 
Registro da empresa nos seguintes órgãos: 
• Junta Comercial; 
• Secretaria da Receita Federal (CNPJ); 
• Secretaria Estadual de Fazenda; 
• Prefeitura do Município para obter o alvará de funcionamento; 
• Enquadramento na Entidade Sindical Patronal (empresa ficará obrigada 
a recolher por ocasião da constituição e até o dia 31 de janeiro de cada 
ano, a Contribuição Sindical Patronal); 
• Cadastramento junto à Caixa Econômica Federal no sistema 
“Conectividade Social – INSS/FGTS”; 
• Corpo de Bombeiros Militar.
Visita à prefeitura da cidade em que pretende montar a sua empresa para 
fazer a consulta de local e emissão das certidões de Uso do Solo e Número Oficial. 
Algumas prefeituras disponibilizam esse serviço via internet, o que agiliza 
32 
sobremaneira esse tipo de consulta. 
Passo seguinte para a formalização da empresa: 
• Após a liberação do contrato social devidamente registrado na Junta 
Comercial de seu Estado, do CNPJ e da inscrição estadual (se aplicável), 
também,deve-se providenciar o registro da empresa na Prefeitura 
Municipal para requerer o Alvará Municipal de Funcionamento. 
• Antes de iniciar a produção o empreendedor deverá obter o alvará de 
licença sanitária. Para obter essa licença o estabelecimento deve estar 
adequado às exigências do Código Sanitário (especificações legais sobre 
as condições físicas). 
• O empreendedor deverá atentar que em âmbito federal a fiscalização 
cabe a Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA, já em âmbito 
estadual emunicipal fica a cargo da Secretaria Estadual de Saúde e 
Secretaria Municipal de Saúde, respectivamente. 
O empreendedor deverá atentar a seguinte legislação complementar: 
• Lei n.º 8.313, de 23 de dezembro de 1991. Restabelece princípios da Lei 
n.º 7.505, de 2 de julho de 1986, institui o Programa Nacional de Apoio à 
Cultura (Pronac) e dá outras providências. 
3.3 Proteção contra Incêndios 
A proteção contra incêndios é uma das Normas Regulamentadoras que 
disciplina sobre as regras complementares de segurança e saúde no trabalho 
previstas no art. 200 da CLT. 
O referido artigo, especificamente no inciso IV, dispõe sobre a proteção 
contra incêndio em geral e as medidas preventivas adequadas, com exigências ao 
especial revestimento de portas e paredes, construção de paredes contra fogo,
diques e outros anteparos, assim como garantia geral de fácil circulação, corredores 
de acesso e saídas amplas e protegidas, com suficiente sinalização. 
33 
Todos os locais de trabalho deverão possuir: 
a) proteção contra incêndio; 
b) saídas suficientes para a rápida retirada do pessoal em serviço, em 
caso de incêndio; 
c) equipamento suficiente para combater o fogo em seu início; 
d) pessoas adestradas no uso correto desses equipamentos. 
Portas – Condições de Passagem 
As portas de saída devem ser de batentes, ou portas corrediças 
horizontais, a critério da autoridade competente em segurança do trabalho. 
As portas verticais, as de enrolar e as giratórias não serão permitidas em 
comunicações internas. 
Todas as portas de batente, tanto as de saída como as de comunicações 
internas, devem: 
a) abrir no sentido da saída; 
b) situar-se de tal modo que, ao se abrirem, não impeçam as vias de 
passagem. 
As portas que conduzem às escadas devem ser dispostas de maneira a 
não diminuírem a largura efetiva dessas escadas. 
As portas de saída devem ser dispostas de maneira a serem visíveis, 
ficando terminantemente proibido qualquer obstáculo, mesmo ocasional, que entrave 
o seu acesso ou a sua vista.
Nenhuma porta de entrada, ou saída, ou de emergência de um 
estabelecimento ou local de trabalho, deverá ser fechada a chave, aferrolhada, ou 
presa durante as horas de trabalho. 
Durante as horas de trabalho, poderão ser fechadas com dispositivos de 
segurança, que permitam a qualquer pessoa abri-las facilmente do interior do 
estabelecimento, ou do local de trabalho. 
Em hipótese alguma as portas de emergência deverão ser fechadas pelo 
34 
lado externo, mesmo fora do horário de trabalho. 
Combate ao Fogo 
Tão cedo o fogo se manifeste, cabe: 
a) acionar o sistema de alarme; 
b) chamar imediatamente o Corpo de Bombeiros; 
c) desligar máquinas e aparelhos elétricos, quando a operação do 
desligamento não envolver riscos adicionais; 
d) atacá-lo o mais rapidamente possível, pelos meios adequados. 
As máquinas e aparelhos elétricos que não devam ser desligados em 
caso de incêndio deverão conter placa com aviso referente a este fato, próximo à 
chave de interrupção. 
Poderão ser exigidos, para certos tipos de indústria ou de atividade em 
que seja grande o risco de incêndio, requisitos especiais de construção, tais como 
portas e paredes corta-fogo ou diques ao redor de reservatórios elevados de 
inflamáveis. 
Exercício de Alerta
Os exercícios de combate ao fogo deverão ser feitos periodicamente, 
35 
objetivando: 
a) que o pessoal grave o significado do sinal de alarme; 
b) que a evacuação do local se faça em boa ordem; 
c) que seja evitado qualquer pânico; 
d) que sejam atribuídas tarefas e responsabilidades específicas aos 
empregados; 
e) que seja verificado se a sirene de alarme foi ouvida em todas as áreas. 
Os exercícios deverão ser realizados sob a direção de um grupo de 
pessoas, capazes de prepará-los e dirigi-los, comportando um chefe e ajudantes em 
número necessário, segundo as características do estabelecimento. 
Os planos de exercício de alerta deverão ser preparados como se fossem 
para um caso real de incêndio. 
Nas fábricas que mantenham equipes organizadas de bombeiros, os 
exercícios devem se realizar periodicamente, de preferência, sem aviso e se 
aproximando, o mais possível, das condições reais de luta contra o incêndio. 
As fábricas ou estabelecimentos que não mantenham equipes de 
bombeiros deverão ter alguns membros do pessoal operário, bem como os guardas 
e vigias, especialmente exercitados no correto manejo do material de luta contra o 
fogo e o seu emprego. 
Classes do Fogo 
Será adotada, para efeito de facilidade na aplicação das presentes 
disposições, a seguinte classificação de fogo:
Classe A - são materiais de fácil combustão com a propriedade de 
queimarem em sua superfície e profundidade, e que deixam resíduos, como: 
tecidos, madeira, papel, fibras, etc.; 
Classe B - são considerados inflamáveis os produtos que queimem 
somente em sua superfície, não deixando resíduos, como óleo, graxas, vernizes, 
tintas, gasolina, etc.; 
Classe C - quando ocorrem em equipamentos elétricos energizados como 
36 
motores, transformadores, quadros de distribuição, fios, etc.; 
Classe D - elementos pirofóricos como magnésio, zircônio, titânio. 
Extinção por Meio de Água 
Nos estabelecimentos industriais de 50 (cinquenta) ou mais empregados, 
deve haver um aprisionamento conveniente de água sob pressão, a fim de, a 
qualquer tempo, extinguir os começos de fogo de Classe A. 
Os pontos de captação de água deverão ser facilmente acessíveis, e 
situados ou protegidos de maneira a não poderem ser danificados. 
Os pontos de captação de água e os encanamentos de alimentação 
deverão ser experimentados, frequentemente, a fim de evitar o acúmulo de resíduos. 
A água nunca será empregada: 
a) nos fogos da Classe B, salvo quando pulverizada sob a forma de 
neblina; 
b) nos fogos da Classe C, salvo quando se tratar de água pulverizada; 
c) nos fogos da Classe D;
Os chuveiros automáticos, conhecidos como "splinklers", devem ter seus 
registros sempre abertos e só poderão ser fechados em casos de manutenção ou 
inspeção, com ordem da pessoa responsável. 
Um espaço livre de pelo menos 1,00m (um metro) deve existir abaixo e ao 
37 
redor das cabeças dos chuveiros, a fim de assegurar uma inundação eficaz. 
Extintores 
Em todos os estabelecimentos ou locais de trabalho só devem ser 
utilizados extintores de incêndio que obedeçam às normas brasileiras ou 
regulamentos técnicos do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e 
Qualidade Industrial - INMETRO, garantindo essa exigência pela aposição nos 
aparelhos de identificação de conformidade de órgãos de certificação credenciados 
pelo INMETRO. 
Extintores Portáteis 
Todos os estabelecimentos, mesmo os dotados de chuveiros 
automáticos, deverão ser providos de extintores portáteis, a fim de combater o fogo 
em seu início. Tais aparelhos devem ser apropriados à classe do fogo a extinguir. 
O extintor tipo "Espuma" será usado nos fogos de Classe A e B. 
O extintor tipo "Dióxido de Carbono" será usado, preferencialmente, nos 
fogos das Classes B e C, embora possa ser usado também nos fogos de Classe A 
em seu início. 
O extintor tipo "Químico Seco" usar-se-á nos fogos das Classes B e C. As 
unidades de tipo maior de 60 a 150 kg deverão ser montadas sobre rodas. Nos 
incêndios Classe D, será usado o extintor tipo "Químico Seco", porém o pó químico 
será especial para cada material. 
O extintor tipo "Água Pressurizada", ou "Água-Gás", deve ser usado em 
fogos da Classe A, com capacidade variável entre 10 (dez) e 18 (dezoito) litros.
Outros tipos de extintores portáteis só serão admitidos com a prévia 
38 
autorização da autoridade competente em matéria de segurança do trabalho. 
Método de abafamento por meio de areia (balde areia) poderá ser usado 
como variante nos fogos das Classes B e D. 
Método de abafamento por meio de limalha de ferro fundido poderá ser 
usado como variante nos fogos da Classe D. 
Figura 15: Classe de Fogo 
Inspeção dos Extintores 
Todo extintor deverá ter 1 (uma) ficha de controle de inspeção. 
Cada extintor deverá ser inspecionado visualmente a cada mês, 
examinando-se o seu aspecto externo, os lacres, os manômetros quando o extintor 
for do tipo pressurizado, verificando se o bico e válvulas de alívio não estão 
entupidos. 
Cada extintor deverá ter uma etiqueta de identificação presa ao seu bojo, 
com data em que foi carregado, data para recarga e número de identificação. Essa 
etiqueta deverá ser protegida convenientemente a fim de evitar que esses dados 
sejam danificados.
Os cilindros dos extintores de pressão injetada deverão ser pesados 
semestralmente. Se a perda de peso for além de 10 (dez) por cento do peso original, 
deverá ser providenciada a sua recarga. 
39 
O extintor tipo "Espuma" deverá ser recarregado anualmente. 
As operações de recarga dos extintores deverão ser feitas de acordo com 
normas técnicas oficiais vigentes no País. 
Quantidade de Extintores 
Nas ocupações ou locais de trabalho, a quantidade de extintores será 
determinada pelas condições seguintes, estabelecidas para uma unidade extintora: 
ÁREA COBERTA P/ 
UNIDADE DE 
EXTINTORES 
RISCO DE FOGO 
CLASSE DE 
OCUPAÇÃO 
* Segundo Tarifa de 
Seguro Incêndio do 
Brasil - IRB (*) 
DISTÂNCIA MÁXIMA 
A SER 
PERCORRIDA 
500 m² Pequeno "A" - 01 e 02 20 metros 
250 m² Médio 
"B" - 02, 04, 05 
ou 06 
10 metros 
150 m² Grande 
"C" - 07, 08, 09, 
10, 11, 12 e 13 
10 metros 
(*) Instituto de Resseguros do Brasil 
Independentemente da área ocupada, deverá existir pelo menos 2 (dois) 
extintores para cada pavimento.
40 
Unidade Extintora 
SUBSTÂNCIAS 
CAPACIDADE DOS 
EXTINTORES 
NÚMERO DE EXTINTORES QUE 
CONSTITUEM UNIDADE 
EXTINTORA 
Espuma 10 litros 
5 litros 
1 
2 
Água Pressurizada ou 
Água Gás 
10 litros 1 
2 
Gás Carbônico (CO2) 6 quilos 
4 quilos 
2 quilos 
1 quilo 
1 
2 
3 
4 
Pó Químico Seco 4 quilos 
2 quilos 
1 quilo 
1 
2 
3 
Localização e Sinalização dos Extintores 
Os extintores deverão ser colocados em locais: 
a) de fácil visualização; 
b) de fácil acesso; 
c) onde haja menos probabilidade de o fogo bloquear o seu acesso. 
Os locais destinados aos extintores devem ser assinalados por um círculo 
vermelho ou por uma seta larga, vermelha, com bordas amarelas. 
Deverá ser pintada de vermelho uma larga área do piso embaixo do 
extintor, a qual não poderá ser obstruída por forma nenhuma. Essa área deverá ser 
no mínimo de 1,00m x 1,00m (um metro x um metro).
Os extintores não deverão ter sua parte superior a mais de 1,60m (um 
metro e sessenta centímetros) acima do piso. Os baldes não deverão ter seus 
rebordos a menos de 0,60m (sessenta centímetros) nem a mais de 1,50m (um metro 
e cinquenta centímetros) acima do piso. 
41 
Os extintores não deverão ser localizados nas paredes das escadas. 
Os extintores sobre rodas deverão ter garantido sempre o livre acesso a 
qualquer ponto de fábrica. 
Os extintores não poderão ser encobertos por pilhas de materiais. 
Sistemas de Alarme 
Nos estabelecimentos de riscos elevados ou médios, deverá haver um 
sistema de alarme capaz de dar sinais perceptíveis em todos os locais da 
construção. 
Cada pavimento do estabelecimento deverá ser provido de um número 
suficiente de pontos capazes de pôr em ação o sistema de alarme adotado. 
As campainhas ou sirenes de alarme deverão emitir um som distinto em 
tonalidade e altura de todos os outros dispositivos acústicos do estabelecimento. 
Os botões de acionamento de alarme devem ser colocados nas áreas 
comuns dos acessos dos pavimentos. 
Os botões de acionamento devem ser colocados em lugar visível e no 
interior de caixas lacradas com tampa de vidro ou plástico, facilmente quebrável. 
Esta caixa deverá conter a inscrição "Quebrar em caso de emergência". 
Base legal: NR-23; 
Art. 200 da CLT; 
Portaria MTb nº 290/1997 e os citados no texto.
42 
3.4 Estrutura 
A área mínima necessária para uma loja de instrumentos musicais é de 
aproximadamente 80m². Entretanto, o empreendedor deverá analisar a quantidade 
de itens com os quais pretende trabalhar para dimensionar a loja, pois uma loja de 
instrumentos musicais pode ofertar uma grande variedade de itens e alguns deles 
ocupam muito espaço, como é o caso do piano e da bateria. 
Apresenta-se abaixo uma ideia de estrutura para uma loja de 
instrumentos musicais de médio porte, considerando a disponibilização de espaços 
específicos paraexposição dos produtos comercializados na loja, 
atendimento/vendas, estoque/depósito e área administrativo-financeira. 
Os espaços indicados acima devem ser dotados de layout adequado, 
respeitando a facilidade de movimentação, conforme segue: 
a. Exposição dos produtos: espaço destinado a exposição dos produtos 
comercializados pela loja de instrumentos musicais. Nesse espaço 
deverão ser dispostos os instrumentos musicais de tamanhos maiores e 
em estantes fechadas os itens menores, tais como cordas de violão, 
palhetas, microfones, dentre outros; 
b. Atendimento/Vendas: essa área deve ser ampla o suficiente para a 
alocação de balcões, tudo para que crie um clima de amigabilidade para a 
clientela; 
c. Estoque/Depósito: esse espaço deverá ser dotado de 
estantes/prateleiras amplas para acomodar os produtos a serem 
comercializados; 
d. Administrativo-financeiro: esse espaço é destinado à elaboração das 
tarefas administrativas e financeiras da loja de instrumentos musicais, tais 
como fechamento do caixa, conciliações das vendas via cheque, dinheiro, 
cartões de crédito, crediário, contas a pagar, dentre outros. Também 
serão executadas nessa área as tarefas de controle de estoques, 
compras e outras atividades de escritório.
Não existe uma regra para a definição da estrutura física necessária para 
instalação de uma loja de instrumentos musicais. Mas como em qualquer outro 
empreendimento, os departamentos devem ser separados da melhor forma para 
organização do ambiente. Para que seja possível conseguir melhor visualização por 
parte dos clientes, a área de exposição dos produtos deve ter uma separação por 
tipo de instrumento, por exemplo: cordas, percussão, teclados, etc. 
Além dos aspectos citados, a estrutura da loja de instrumentos musicais 
deve ser planejada pensando na conservação dos equipamentos. Por exemplo, 
algunsequipamentos não podem receber a incidência da luz solar. Recomenda-se 
que o empreendedor consulte os fabricantes dos instrumentos para obter 
informaçõespara a conservação. 
43 
Funcionários 
O quadro de pessoal de uma loja de instrumentos musicais irá variar de 
acordo com o tamanho do empreendimento. Apresenta-se abaixo o quadro de 
pessoal para uma loja de médio porte, que deverá ser aproximadamente 03 (três) 
funcionários, sendo um destes o proprietário do empreendimento: 
• Uma pessoa para a área de vendas; 
• Uma pessoa para a área administrativo-financeira, incluindo serviços de 
caixa, contas a pagar, contas a receber, etc.; 
• Uma pessoa para a área de gerência. Esse cargo, de preferência, 
deverá ser ocupado pelo empreendedor. 
É indicado uma pessoa para serviços gerais, como limpeza da loja e serviços de 
copa. 
O vendedor e o gerente deverão conhecer bem as mercadorias comercializadas na 
loja de instrumentos musicais. É indicado que todos os funcionários entendam o 
básico sobre instrumentos musicais para auxiliarem o cliente na venda da 
mercadoria.
Ressalta-se ainda que o proprietário do negócio deva estar presente em todas as 
operações da empresa, principalmente acompanhando a área de vendas e estoque, 
bem como a parte de gestão administrativo-financeira da empresa. 
44 
Equipamentos 
Para estruturar uma loja de instrumentos musicais serão necessários os 
seguintes equipamentos: 
• Conexão banda larga; 
• Estantes para colocar equipamentos e acessórios; 
• Expositores; 
• Impressora de cupons fiscais; 
• Suportes para instrumentos diversos; 
• Telefone/Fax; 
• Balcões; 
• Mesas; 
• Cadeiras; 
• Computador; 
• Expositores – balcões com vidro para facilitar a visualização de 
pequenas peças; 
• Impressora a laser. 
Por ser um empreendimento de alto investimento, o empreendedor deve 
considerar relevante a necessidade de instalação de sistema de alarmes e câmeras, 
bem como a possibilidade de contratação de seguro para os equipamentos e 
estoque, considerando os riscos pertinentes ao local em que a loja está instalada.
45 
Mercadoria 
A gestão de estoques no varejo é a procura do constante equilíbrio entre 
a oferta e a demanda. Este equilíbrio deve ser sistematicamente aferido através de, 
entre outros, os seguintes três importantes indicadores de desempenho: 
Giro dos estoques: o giro dos estoques é um indicador do número de vezes em que 
o capital investido em estoques é recuperado através das vendas. Usualmente é 
medido em base anual e tem a característica de representar o que aconteceu no 
passado.Obs.: Quanto maior for a frequência de entregas dos fornecedores, 
logicamente em menores lotes, maior será o índice de giro dos estoques, também 
chamado de índice de rotação de estoques. 
Cobertura dos estoques: o índice de cobertura dos estoques é a indicação do 
período de tempo que o estoque, em determinado momento, consegue cobrir as 
vendas futuras, sem que haja suprimento. 
Nível de serviço ao cliente: o indicador de nível de serviço ao cliente para o 
ambiente do varejo de pronta entrega, isto é, aquele segmento de negócio em que o 
cliente quer receber a mercadoria, ou serviço, imediatamente após a escolha; 
demonstra o número de oportunidades de venda que podem ter sido perdidas, pelo 
fato de não existir a mercadoria em estoque ou não se poder executar o serviço com 
prontidão. 
Portanto, o estoque dos produtos deve ser mínimo, visando gerar o menor 
impacto na alocação de capital de giro. O estoque mínimo deve ser calculado 
levando-se em conta o número de dias entre o pedido de compra e a entrega dos 
produtos na sede da empresa. 
Organização 
Para que o empresário obtenha um processo produtivo que mantenha seu 
estabelecimento organizado e que atenda a demanda dos clientes é necessário que
se atente a algumas tarefas. Uma delas é a organização e exposição dos produtos, 
onde os itens devem ser divididos em seções para a fácil localização dos clientes, 
facilitando assim a visualização por parte dos frequentadores. 
O empresário deverá ficar atento ao estoque para que não falte nenhum 
46 
item dos produtos que comercializa em seu estabelecimento. 
Na parte de exposição dos produtos e atendimento a clientes / vendas, o 
ambiente deve ser agradável, limpo, arejado/climatizado, bem iluminado, com os 
instrumentos musicais dispostos de forma a possibilitar facilidade para que o cliente 
possa visualizar as peças que são comercializadas. 
Segue uma sugestão básica para a organização do processo produtivo de 
uma loja de instrumentos musicais: 
Pedido de Compra do Produto: O empreendedor ou pessoa responsável pelas 
compras faz o pedido da mercadoria junto aos fornecedores. 
Recebimento do produto comprado: Na loja deve ter uma pessoa que se 
responsabilize pelo recebimento da mercadoria, que deve, preferencialmente, ser 
efetuado pelo empreendedor, ou pessoa deconfiança. 
Organização dos produtos na linha de venda: Após o recebimento da mercadoria 
comprada, e registro de todos os itens no sistema de controle de estoque, deve-se 
então retirar os itens que irão compor inicialmente a área de vendas/exposição. 
Baixa do Produto no Estoque: O empreendedor deve ter todos os seus produtos 
catalogados e cadastrados para que ocorra um controle de venda e por 
consequência um controle para o processo de compra de reposição. 
Venda do Produto: Ocorre através da abordagem realizada ao cliente pelo vendedor 
e pela atenção e exposição das peças até o cliente realizar o pagamento no caixa. 
Entrega do Produto ao Cliente: O produto deve ser entregue embalado para o 
cliente.
Reposição do Produto no Estoque: Tendo um bom controle da saída das peças, o 
empreendedor faz a solicitação de novas peças para a reposição. Porém para esse 
segmento é importante ter um bom estoque. 
47 
Automação e Gestão de estabelecimentos 
Existem vários softwares no mercado que possibilitam a automação da 
gestão de estabelecimentos comerciais. Entretanto, o mais indicado é que o 
empresário invista em softwares específicos para uma loja de instrumentos musicais 
que permitirão a gestão mais eficiente, contemplando detalhes específicos do 
negócio. 
Dentre os benefícios que um software de gestão deve oferecer, pode-se elencar: 
• Controle de clientes com gerenciamento de relacionamento; 
• Informações do Serviço de Proteção ao Consumidor; 
• Criação de mala-direta com impressão de envelopes ou etiquetas; 
• Geração de etiquetas com código de barras para os produtos; 
• Personalização do perfil do cliente para gerar recomendação de venda, 
de acordo com as preferências do cliente; 
• Envio de e-mail direto e personalizado para comunicação com os 
clientes; 
• Controle de fornecedores com histórico de compras; 
• Controle de estoque automático através de compra/venda; 
• Listagem de preços; 
• Leitura de códigos de barras; 
• Controle de produtos promocionais; 
• Contas a pagar; 
• Controle de despesas; 
• Contas a receber ou crediário; 
• Controle bancário (taxas, tarifas, cheques já compensados, etc); 
• Fluxo de caixa; 
• Comissão de vendedores (as).
48 
3.5 Investimento 
O investimento estimado para montar uma loja de instrumentos musicais, 
de porte médio, deverá girar em torno do que segue abaixo: 
a) Conexão banda larga – 1 – R$ 150,00 / mês; 
b) Estantes para colocar equipamentos e acessórios – 4 – R$ 3.600,00; 
c) Balcões Expositores com vidro – 2 – R$ 3.000,00; 
d) Impressora de cupons fiscais – 1 – R$ 1.300,00; 
e) Suportes para instrumentos diversos – 20 – R$ 3.000,00; 
f) Fax – 1 – R$ 450,00; 
g) Telefone – 3 – R$ 150,00; 
h) Mesas – 3 – R$ 1.500,00; 
i) Cadeiras – 9 – R$ 3.150,00; 
j) Computador – 3 – R$ 4.500,00; 
k) Impressora a laser – 1 – R$ 1.500,00. 
Total dos equipamentos – R$ 22.300,00 
Observações: 
1. Nos valores indicados para o investimento não está previsto o custo do 
software a ser utilizado na execução dos serviços da loja, já que a opção por um ou 
outro software irá variar bastante. 
2. Não estão considerados os gastos relativos à aquisição do imóvel 
escolhido para a instalação da empresa, pois ele poderá ser alugado, nem mesmo 
está considerado o valor do aluguel mensal. 
3. Os preços acima são meramente referenciais, para fins de estimativa 
do investimento necessário, podendo variar de acordo com a qualidade, estilo, local 
de aquisição, dentre outras variáveis.
4. No investimento citado acima não consta o valor referente à aquisição 
de mercadorias para iniciar a loja, mas acredita-se que um estoque inicial deverá 
girar na ordem de R$ 120.000,00. 
49 
Capital de Giro 
Capital de giro é o montante de recursos financeiros que a empresa 
precisa manter para garantir fluidez dos ciclos de caixa. O capital de giro funciona 
com uma quantia imobilizada no caixa (inclusive banco) da empresa para suportar 
as oscilações de caixa. 
O capital de giro é regulado pelos prazos praticados pela empresa, são 
eles: prazos médios recebidos de fornecedores (PMF); prazos médios de estocagem 
(PME) e prazos médios concedidos a clientes (PMCC). 
Quanto maior o prazo concedido aos clientes e quanto maior o prazo de 
estocagem, maior será sua necessidade de capital de giro. Portanto, manter 
estoquesmínimos regulados e saber o limite de prazo a conceder ao cliente pode 
melhorar muito a necessidade de imobilização de dinheiro em caixa. 
Se o prazo médio recebido dos fornecedores de matéria-prima, mão- de-obra, 
aluguel, impostos e outros forem maiores que os prazos médios de estocagem 
somada ao prazo médio concedido ao cliente para pagamento dos produtos, a 
necessidade de capital de giro será positiva, ou seja, é necessária a manutenção de 
dinheiro disponível para suportar as oscilações de caixa. Neste caso um aumento de 
vendas implica também em um aumento de encaixe em capital de giro. Para 
tanto, o lucro apurado da empresa deve ser ao menos parcialmente reservado para 
complementar esta necessidade do caixa. 
Se ocorrer o contrário, ou seja, os prazos recebidos dos fornecedores 
forem maiores que os prazos médios de estocagem e os prazos concedidos aos 
clientes 
para pagamento, a necessidade de capital de giro é negativa. Neste caso, deve-se 
atentar para quanto do dinheiro disponível em caixa é necessário para honrar 
compromissos de pagamentos futuros (fornecedores, impostos). Portanto, retiradas 
e imobilizações excessivas poderão fazer com que a empresa venha a ter 
problemas com seus pagamentos futuros.
Um fluxo de caixa, com previsão de saldos futuros de caixa deve ser 
implantado na empresa para a gestão competente da necessidade de capital de 
giro. Sóassim as variações nas vendas e nos prazos praticados no mercado poderão 
ser geridas com precisão. 
Nesse segmento, normalmente a necessidade de Capital de Giro é de 
nível alto, principalmente pelo fato de ter que manter um estoque bastante 
expressivo tenderá a variar na ordem de 90% a 130% do investimento total. 
50 
Custos 
São todos os gastos realizados na produção de um bem ou serviço e que 
serão incorporados posteriormente no preço dos produtos ou serviços prestados, 
como: aluguel, água, luz, salários, honorários profissionais, despesas comerciais, 
insumos consumidos no processo de prestação e execução de serviços, 
depreciação de maquinário e instalações. 
O cuidado na administração e redução de todos os custos envolvidos na 
compra, prestação e venda de serviços que compõem o negócio, indica que o 
empreendedor poderá ter sucesso ou insucesso, na medida em que encarar como 
ponto fundamental a redução de desperdícios, a compra pelo melhor preço e o 
controle de todas as despesas internas. Quanto menores os custos, maior a chance 
de ganhar no resultado final do negócio. 
Os custos para abrir uma loja de instrumentos musicais podem ser 
estimados considerando os itens e valores referenciais abaixo: 
1. Salários, comissões (caso a remuneração de serviço de colaboradores 
seja feita com base em desempenho; comissão sobre vendas) e 
encargos: R$ 4.000,00; 
2. Tributos, impostos, contribuições e taxas: R$ 850,00; 
3. Aluguel, taxa de condomínio, segurança: R$ 2.500,00; 
4. Água, luz, telefone e acesso a internet: R$ 600,00; 
5. Manutenção de software: R$ 200,00;
6. Produtos para higiene e limpeza da empresa e funcionários: R$ 300,00; 
7. Recursos para manutenções corretivas e preventivas das instalações: 
51 
R$ 600,00; 
8. Valores para quitar possíveis financiamentos de produtos, somente 
considerar esse valor caso exista financiamentos na empresa: R$ 
1.200,00; 
9. Propaganda e publicidade da empresa: R$ 1.500,00; 
10. Aquisição de maquinas e equipamentos, além de outros produtos para 
funcionamento da loja de instrumentos musicais: R$ 3.000,00. 
Observação: 
Os custos indicados acima considera o conjunto de todo o texto desse 
material, o que poderá ser maior ou menor, dependendo da estruturação e 
concepção queseja dado ao empreendimento. 
O empreendedor deve primar pelo controle da manutenção das vendas e 
o nível de estoque, de forma criteriosa, mantendo, em níveis pré-estabelecidos no 
Planode Negócio, as despesas e os custos, buscando alternativa para minimizar 
esses dois elementos, mas sem comprometer a qualidade final de seu produto, que 
são os instrumentos musicais de primeira linha e também de menor custo, mas com 
boa qualidade também. 
Diversificação 
Para manter-se competitiva, uma loja de instrumentos musicais precisa 
buscar alternativas que a diferencie dos concorrentes. 
Manter um banco de dados com informações dos clientes fornecerá 
subsídios para um atendimento personalizado, possibilitando um melhor 
atendimento e possivelmente superar as expectativas do cliente. 
Ao oferecer um atendimento de qualidade, a empresa cria um diferencial, 
constrói um relacionamento de confiança e torna inconveniente a migração do
cliente para um concorrente. Também é importante que os funcionários entendam 
dos instrumentos musicais que serão comercializados, sabendo sugerir o melhor 
negócio ao cliente, oferencendo as vantagens de cada produto. 
Outra possibilidade para agregar valor está na prestação de pequenos 
52 
serviços, como por exemplo, troca de encordoamento, afinação de instrumentos. 
Divulgação 
A propaganda é um importante instrumento para tornar a loja de 
instrumentos musicais e seus produtos e serviços conhecidos pelos clientes 
potenciais. O objetivo da propaganda é construir uma imagem positiva frente aos 
clientes. 
Uma das formas de divulgação é o marketing de relacionamento que 
consiste numa relação pessoal com os possíveis clientes, gerando visitas aos 
consumidores potenciais para apresentação do portfólio e os produtos 
comercializados pela empresa. Visitas em escolas de música são indicadas, como 
também colocar cartazes e panfletos nestes locais. 
Além do marketing de relacionamento, o empresário poderá utilizar-se de 
outras formas de divulgação como: 
a) Uso de identidade visual da empresa e seus produtos 
na apresentação do portfólio; 
b) Participação em feiras e eventos do ramo; 
c) Anúncio nos veículos de comunicação especializados; 
d) Patrocinar eventos musicais, como apresentação de corais, peças 
musicais, etc. 
e) Site com apresentação atraente, contendo o portfólio da empresa e 
curiosidades sobre seu funcionamento pode atrair clientes que estejam 
procurando novidades na rede mundial de computadores.
A mídia mais adequada para divulgação é aquela que tem linguagem 
direcionada ao público-alvo, que apresente o seu produto segundo o que o possível 
cliente se enquadre, e que tenha compatibilidade com a capacidade de pagamento 
de tais clientes. Assim terá uma maior penetração e credibilidade junto ao cliente. 
Todas as formas de divulgação apresentadas são importantes para 
divulgação da loja de instrumentos musicais, e terão o resultado potencializado se o 
empresário investir no bom atendimento, que atenda as expectativas das 
necessidades dos clientes e na qualidade dos produtos. 
A atenção dispensada ao cliente e produtos de qualidade aliados a um 
53 
preço justo, podem ser a garantia do retorno do cliente. 
3.6 Informações Fiscais e Tributárias 
O segmento de LOJA DE INSTRUMENTOS MUSICAIS, assim entendido 
pela CNAE/IBGE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas) 4756-3/00 
como a atividade de exploração de comércio varejista de instrumentos musicais e 
acessórios, poderá optar pelo SIMPLES Nacional - Regime Especial Unificado de 
Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas ME (Microempresas) e EPP 
(Empresas de Pequeno Porte), instituído pela Lei Complementar nº 123/2006, desde 
que a receita bruta anual de sua atividade não ultrapasse a R$ 360.000,00 
(trezentos e sessenta mil reais) para micro empresa R$ 3.600.000,00 (três milhões e 
seiscentos mil reais) para empresa de pequeno porte e respeitando os demais 
requisitos previstos na Lei. 
Nesse regime, o empreendedor poderá recolher os seguintes tributos e 
contribuições, por meio de apenas um documento fiscal – o DAS (Documento de 
Arrecadação do Simples Nacional), que é gerado no Portal do SIMPLES Nacional 
(http://www8.receita.f azenda.gov.br/SimplesNacional/): 
• IRPJ (imposto de renda da pessoa jurídica); 
• CSLL (contribuição social sobre o lucro); 
• PIS (programa de integração social); 
• COFINS (contribuição para o financiamento da seguridade social); 
• ICMS (imposto sobre circulação de mercadorias e serviços);
54 
• INSS (contribuição para a Seguridade Social relativa a parte patronal). 
Conforme a Lei Complementar nº 123/2006, as alíquotas do SIMPLES 
Nacional, para esse ramo de atividade, variam de 4% a 11,61%, dependendo da 
receita bruta auferida pelo negócio. No caso de início de atividade no próprio ano-calendário 
da opção pelo SIMPLES Nacional, para efeito de determinação da 
alíquota no primeiro mês de atividade, os valores de receita bruta acumulada devem 
ser proporcionais ao número de meses de atividade no período. 
Se o Estado em que o empreendedor estiver exercendo a atividade 
conceder benefícios tributários para o ICMS (desde que a atividade seja tributada 
por esse imposto), a alíquota poderá ser reduzida conforme o caso. Na esfera 
Federal poderá ocorrer redução quando se tratar de PIS e/ou COFINS. 
Se a receita bruta anual não ultrapassar a R$ 60.000,00 (sessenta mil 
reais), o empreendedor, desde que não possua e não seja sócio de outra empresa, 
poderá optar pelo regime denominado de MEI (Microempreendedor Individual) . Para 
se enquadrar no MEI o CNAE de sua atividade deve constar e ser tributado 
conforme a tabela da Resolução CGSN nº 94/2011 - Anexo XIII 
(http://www.receita.fazenda.gov.br/legislacao/resolucao/2011/CGSN/Resol94.htm). 
Neste caso, os recolhimentos dos tributos e contribuições serão efetuados 
em valores fixos mensais conforme abaixo: 
I) Sem empregado 
• 5% do salário mínimo vigente - a título de contribuição previdenciária do 
empreendedor; 
• R$ 1,00 mensais de ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias. 
II) Com um empregado: (o MEI poderá ter um empregado, desde que o 
salário seja de um salário mínimo ou piso da categoria) 
O empreendedor recolherá mensalmente, além dos valores acima, os 
seguintes percentuais: 
• Retém do empregado 8% de INSS sobre a remuneração; 
• Desembolsa 3% de INSS patronal sobre a remuneração do empregado.
Havendo receita excedente ao limite permitido superior a 20% o MEI terá 
55 
seu empreendimento incluído no sistema SIMPLES NACIONAL. 
Para este segmento, tanto ME, EPP ou MEI, a opção pelo SIMPLES 
Nacional sempre será muito vantajosa sob o aspecto tributário, bem como nas 
facilidades de abertura do estabelecimento e para cumprimento das obrigações 
acessórias. 
Fundamentos Legais: Leis Complementares 123/2006 (com as alterações 
das Leis Complementares nºs 127/2007, 128/2008 e 139/2011) e Resolução CGSN - 
Comitê Gestor do Simples Nacional nº 94/2011. 
Como fornecer música em eventos 
Conforme o estudo realizado por Salazar (2010) – Fonte SEBRAE-, o 
negócio da música faz parte da indústria do entretenimento e movimenta bilhões de 
dólares em todo o mundo. Segundo o autor, o negócio da música é um gênero do 
qual fazem parte três espécies: 
• O show business: diz respeito à cadeia produtiva que gira em torno da 
apresentação musical e do artista. 
• Indústria fonográfica envolve a comercialização do disco e de produtos 
afins como o DVD. 
• Direitos autorais dizem respeito a licenças de uso 
e à propriedadeintelectual
56 
3.7 Isolamento Acústico 
O som é definido como a propagação de uma frente de compressão 
mecânica ou onda longitudinal, se propagando tridimensionalmente pelo espaço e 
apenas em meios materiais, como o ar ou a água. 
Para que esta propagação ocorra, é necessário que aconteçam 
compressões e rarefações em propagação do meio. Estas ondas se propagam de 
forma longitudinal. 
Quando passa, a onda sonora não arrasta as partículas de ar, por 
exemplo, apenas faz com que estas vibrem em torno de sua posição de equilíbrio. 
A audição humana considerada normal consegue captar freqüências de 
onda sonoras que variam entre aproximadamente 20Hz e 20000Hz. São 
denominadas ondas de infra-som, as ondas que tem freqüência menor que 20Hz, e 
ultra-som as que possuem freqüência acima de 20000Hz. 
Figura 12: Gráfico do Espectro Sonoro 
Fonte: Imagem do livro "FQ8 - Sustentabilidade na Terra - Edições ASA"
57 
Normas sobre desempenho acústico conforme a ABNT 
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas é o órgão responsável 
pela normalização técnica no país, fornecendo assim a base necessária ao 
desenvolvimento tecnológico brasileiro. 
Código - ABNT NBR 10.152: 1987 Versão Corrigida: 1992 
Título: Níveis de ruído para conforto acústico - Procedimento 
Objetivo: Esta Norma fixa os níveis de ruído compatíveis com o conforto acústico em 
ambientes diversos. 
ABNT NBR 10152:1987 Versão Corrigida:1992 
Objetivo: Esta Norma fixa os níveis de ruído compatíveis com o conforto acústico em 
ambientes diversos. 
ABNT NBR 15575-4:2013 
Objetivo: Esta parte da ABNT NBR 15575 estabelece os requisitos, os critérios e os 
métodos para a avaliação do desempenho de sistemas de vedações verticais 
internas e externas (SVVIE) de edificações habitacionais ou de seus elementos.
58 
Capítulo 4 
4.1. Briefing Loja 
Função da loja 
Ser totalmente interativa, confortável e descolada - onde o cliente possa 
entrar para testar e tocar os instrumentos, investir em equipamentos de qualidade e 
o principal: desfrutar ao máximo o estilo musical. 
Público-alvo: jovens entre 14 e 21 anos, músicos e profissionais que 
trabalham no ramo musical. 
No andar térreo da loja, ficará disponível todos os instrumentos como as 
guitarras, baixos, baterias e teclados; equipamentos como amplificadores, pedais e 
microfones ficarão localizados no corredor principal em um móvel especialmente 
projetado para eles; assim quando o cliente entrar poderá ir até o balcão dos 
acessórios escolher os produtos ou tirar dúvidas com os funcionários. 
Ao lado da seção das baterias, os clientes pediram para que fosse 
construído um pequeno palco com um grande telão e luzes de led, isso será feito em 
razão da interatividade que a loja quer ter com seus clientes.Também será o lugar 
onde bandas novas no mercado musical irão se apresentar, outro grande diferencial 
da loja sãoas diferentes palestras e workshops que haverá todo mês - os 
palestrantes serão profissionais do mercado musical e até mesmo músicos 
convidados para trocar experiências diretamente com o público. 
Gabriel e Cibelle também pediram para que fossem criados móveis 
espaçosos que expusesseos instrumentos de uma forma prática. Foram projetados 
estantes com iluminação embutida de spots para as guitarras e para as baterias, 
com diferentes prateleiras, entre as estantes das guitarras existem nichos que 
expõem livros à venda relacionados ao tema da loja. 
Ao invés de montar um estoque no mezanino, os clientes gostariam que o 
lugar também fosse aproveitado para ter ainda mais interação, pediram para que 
fosse projetado um ambiente com um toque íntimista e ao mesmo tempo moderno – 
com poltronas confortáveis para que os clientes pudessem ouvir músicas em fones 
de ouvido, ainda no mezanino foi criado outro móvel que expõe discos e cds que 
estão a venda.
Figura 13: Mapa localição do Bourbon Shopping 
Localização:A primeira loja da rede será inaugurada no Bourbon 
Shopping localizado na Rua Turiassú, 2100 - Pompéia –os clientes optaram pelo 
Bourbon por ser um local onde se tem muitos eventos culturais (em partes por causa 
do Sesc Pompéia localizado ao lado) e um diferente mix de estilos. 
Figura 14: Mapa original do Bourbon Shopping 
Fonte: < www.bourbonshopping.com.br/site/imagens/mapa_shopping_saopaulo.swf> 
59
60 
4.2 Plantas e perspectivas
61
62
63
64
65
66
67
68
69
70
71
72
73
74
75
76
77
78 
4.3 Projeto 3D
79
80
Vista da frente da loja e das vitrines 
Vista do palco ao lado da seção das baterias e teclados 
81
Vista de uma das laterais: seção dos instrumentos com corda 
Vista do balcão e da caixa 
82
Vista do mezanino para o palco no térreo da loja 
Escadas para o mezanino, onde ficam as poltronas e os discos 
83
Vista do mezanino: poltronas, puffs e até uma jukebox – para um ambiente mais 
descontraído, onde os clientes podem sentar e ouvir os cds favoritos. 
Vista do mezanino: detalhes como as luzes de LED “penduradas”, o adesivo na 
parede e as poltronas. 
84
Vista do mezanino para a lateral dos intrumentos de cordas. 
Vista do mezanino: detalhe para os puffs imitando Kombis com os ipads ao lado 
85
86 
4.4 Memorial Descritivo
87
88
89
90
91
92
93
94
95
96
97
98
99
100
101
102
103
104 
4.5 Orçamento
105
106
107
108
109
110 
CONTRATO DE PROJETO DE DESIGN DE AMBIENTES 
REFERENCIA: Projeto de Design de Ambientes completo do imóvel localizado à Rua 
Turiassú, 2100 – Pompéia, São Paulo – 05005-900 – São Paulo/SP de nome Shopping 
Bourbon no terceiro andar, Piso Pompéia, loja 32. 
CONTRATANTE: Gabriel DeCario Inscrito no CPF sob número 458.753.258-43, e Cibelle 
DeCario inscrito no CPF 356.888.798-46, casados e com a comunhão parcial de bens, com 
endereço à Av. Francisco Matarazzo, 220 –Água Branca – 05001-000 – São Paulo/SP; 
CONTRATADO: Estúdio Ola Inscrito no CNPJ sob número 12.345.678/0001-23, Com 
endereço à Rua. Veiga Filho, 80 – Santa Cecília – 01229-000 – São Paulo/SP 
01. OBJETO DO CONTRATO: 
O presente contrato tem por objetivo, a execução pelo CONTRATADO, dos serviços 
contidos na Cláusula 02, subsequente, relacionados com a referência do presente contrato. 
02. DESCRIÇÃO DOS SERVIÇOS: 
Os serviços a serem executados pelo CONTRATADO consistem no desenvolvimento 
completo do projeto de DESIGN DE INTERIORES/AMBIENTES e COMUNICAÇÃO 
VISUAL composto de dados concepcionais apresentados em escala adequada à perfeita 
compreensão dos elementos nele contidos: 
02.01. Estudo Preliminar – Briefing, estudos preparatórios, relatórios, desenhos 
esquemáticos, e demais documentos em que se demonstra a compreensão do problema e a 
definição dos critérios e diretrizes conceituais para o desenvolvimento do trabalho; 
02.02. Projeto Conceitual – desenhos de lançamento das propostas anunciadas no 
Estudo Preliminar, acompanhadas de cálculos e demais instrumentos de demonstração das 
propostas apresentadas no projeto; incluem-se instruções a serem encaminhadas aos 
responsáveis pelos projetos de instalação elétrica, ar condicionado e automação, como a 
indicação da composição dos comandos e modo de operação dos mesmos, que evidenciem 
as diferentes possibilidades de uso dos sistemas propostos; compreende também a 
compatibilização, atividade em que se justapõem as informações técnicas e as 
necessidades físicas relativas às determinações do projeto de Design de Ambientes, as 
decorrentes dos demais projetos integrantes do trabalho global (arquitetura, estrutura, 
instalações elétricas e telefônicas, hidráulicas, de ar condicionado, de sonorização e 
sprinklers, interiores e exteriores, paisagismo) e a Comunicação Visual, com a finalidade de 
garantir a 
coexistência física e técnica indispensável ao perfeito andamento da execução do projeto; 
02.03. Projeto Executivo – concretização das ideias propostas no Projeto Conceitual 
devidamente compatibilizadas a partir da integração do projeto de Ambientes com todos os
111 
sistemas prediais envolvidos no trabalho. Inclui-se as 
informações técnicas pertinentes à correta integração dos 
ambientes e demais equipamentos aos detalhes da arquitetura, bem como os dados do 
equipamento especificado, para a concretização dos conceitos estabelecidos no projeto. Os 
desenhos referentes móveis, equipamentos, revestimentos, materiais e acabamentos 
deverão ser inseridos no Projeto Executivo ou complemento deste (Memorial Descritivo), 
para que haja perfeita compreensão das dimensões físicas e da forma de instalação dos 
mesmos no edifício. O detalhamento de móveis e acessórios especiais serão considerados 
serviços extraordinários; 
Parágrafo único: os desenhos serão apresentados em escala. 
02.04. Supervisão Técnica – atividade de acompanhamento da execução das obras 
do edifício ou empreendimento, para constatação da correta execução de suas 
determinações e apresentação de modificações ou adaptações tecnicamente convenientes, 
quando necessário e pertinente. Não ficam acordadas visitas técnicas à obra durante o 
andamento da construção do edifício. As visitas necessárias durante a fase de acabamento 
serão acordadas em instrumento à parte posteriormente. 
03. PRAZOS: 
03.01. Os serviços ora contratados serão executados nos prazos abaixo especificados: 
03.01.01. ESTUDO PRELIMINAR: 15 (quinze) dias após a assinatura deste 
contrato; 
03.01.03. PROJETO CONCEITUAL: 35 (trinta e cinco) dias após a entrega do 
Estudo Preliminar; 
03.01.04 PROJETO EXECUTIVO: 120 (cento e vinte) dias após a entrega do 
Projeto Conceitual. 
03.02. Os prazos acima constituem os mínimos necessários para o desenvolvimento técnico 
dos serviços, podendo, no entanto, serem dilatados a pedido do CONTRATANTE. 
03.03. Não serão contados os dias em que o projeto ficar retido pelo CONTRATANTE, para 
apreciação. 
03.04. Os prazos acima não se vinculam aos prazos necessários para aprovação junto aos 
órgãos competentes, podendo, entretanto, o CONTRATADO desenvolver, paralelamente e 
estes trâmites, as etapas posteriores. 
03.05. Os prazos acima serão contados a partir da entrega dos elementos necessários ao 
desenvolvimento do projeto pelo CONTRATANTE, ou seja, levantamento planialtimétrico, 
sondagens, plantas arquitetônicas, escrituras e civis, etc. 
04. HONORÁRIOS:
112 
04.01. Para uma área bruta aproximadamente de 131,20 
metros quadrados de área a ser trabalhada e valor do metro 
quadro de R$65,00, o valor do Projeto será de R$ 8.528,00. 
Pelos serviços previstos no presente contrato o CONTRATANTE pagará ao CONTRATADO, 
os honorários calculados em R$ 8.528,00 (oito mil e quinhentos e vinte e oito reais) que 
serão pagos da seguinte forma: 
04.01.01. 20% – na assinatura do contrato, valor de R$1.705.60 (mil e setecentos e 
cinco reais e sessenta centavos); 
04.01.04. 30% – na entrega do Projeto Conceitual, valor de R$2.558,40 (dois mil e 
quinhentos e cinquenta e oito reais e quarenta centavos); 
04.01.05. 50% – na entrega do Projeto Executivo, valor de R$4.264,00 (quatro mil e 
duzentos e sessenta e quatro reais). 
04.02. Não constam do preço do projeto; 
04.02.01. Impostos, taxas, emolumentos e registro na Prefeitura; 
04.02.02. Sondagens e levantamentos de patologias prediais; 
04.02.03. Cópias heliográficas, xerográficas e fotografias; 
04.02.04. Maquetes, perspectivas e plantas de comercialização; 
04.02.05. Alterações introduzidas pelo CONTRATANTE nas etapas subsequentes 
que já foram previamente analisadas e aprovadas; 
04.02.06. Projetos complementares de instalações hidráulicas, sanitários, elétricas, 
movelarias exclusivas, intervenções arquitetônicas, etc. 
04.03. O pagamento de cada etapa deverá ser efetuado até 5 (cinco) dias úteis após a 
aprovação (de acordo) dos serviços correspondentes, contra emissão dos respectivos 
recibos de honorários profissionais. 
04.03.01. O CONTRATANTE terá 5 (cinco) dias úteis para a aprovação ou solicitação de 
eventuais alterações a contar da data de cada etapa. 
04.03.02. Os pagamentos efetuados após seu vencimento sofrerão multa de 30% 
(trinta). 
04.04. Todas as alterações introduzidas no projeto pelo CONTRATANTE, visitas à obra e 
sua fiscalização serão cobradas por hora técnica, de acordo com os valores a seguir 
convencionados. 
– Designer de Ambientes……………………………….. R$ 125,00/hora 
– Desenhista …………………………………....……….. R$ 125,00/hora
113 
05. OBRIGAÇÕES DO CONTRATADO: 
Constituem obrigações do CONTRATADO; 
05.01. Indicar e mediar a contratação de todo o pessoal necessário a execução dos serviços 
objeto deste contrato: pedreiros, instaladores, gesseiros, marceneiros, serralheiro e 
fornecedores. 
05.02. Responder perante o CONTRATANTE, pela execução e entrega dos objetos da 
Cláusula 02. 
05.03. Assumir, na qualidade de autoria, a responsabilidade técnica pelas especificações 
feitas, atendendo prontamente às exigências, modificações e esclarecimentos que forem 
necessários bem como intermediar as partes fornecedor/cliente quando houver algum 
problema. 
05.04. Fornecer um CD com as plantas, detalhes relativos ao desenvolvimento do projeto e 
memorial descritivo ao CONTRATANTE. 
05.05. Coordenar e dar orientação geral nos projetos complementares ao projeto de Design 
de Ambientes, tais como indicações de alterações nas instalações elétricas e telefônicas, 
arquitetura, instalações hidráulicas e outros, podendo, a pedido do CONTRATANTE, 
indicar profissionais legalmente habilitados para sua execução. 
05.06. O CONTRATADO deve elaborar os projetos objetivados no presente contrato, em 
obediência às normas e especificações técnicas vigentes, responsabilizando-se pelos 
serviços prestados, na forma da legislação em vigor. 
06. OBRIGAÇÕES DO CONTRATANTE: 
06.01. Ressarcir as despesas havidas pelo CONTRATADO, tais como decorrentes de 
projetos técnicos complementares, memoriais e tabelas técnicas de incorporação, 
cópias heliográficas, xerográficas e outras não especificadas, desde que autorizadas pelo 
CONTRATANTE. 
06.02. Fornecer ao CONTRATADO, todos os documentos como cópias de escrituras, 
levantamentos planialtimétricos, sondagens, plantas arquitetônicas e civis e profissionais 
para a elaboração dos projetos complementares, etc. 
06.03. Pagar as despesas relativas a fotografias, mapas, maquetes e plantas de 
comercialização necessários a representação dos projetos. 
06.04. Pagar os honorários do CONTRATADO e projetos complementares, referentes a 
projetos modificativos, e alterações de projetos das fases já executadas, decorrentes das 
solicitações feitas pelo CONTRATANTE, independente das razões que o motivaram. Esses 
honorários serão cobrados conforme Cláusula 04.04 do presente contrato. 
07. CONDIÇÕES GERAIS
Monografia avenida da musica (1)
Monografia avenida da musica (1)
Monografia avenida da musica (1)
Monografia avenida da musica (1)
Monografia avenida da musica (1)
Monografia avenida da musica (1)
Monografia avenida da musica (1)
Monografia avenida da musica (1)
Monografia avenida da musica (1)
Monografia avenida da musica (1)

Mais conteúdo relacionado

Destaque

História da Música
História da MúsicaHistória da Música
História da Música
BE/CRE
 
TCC - Marketing Digital, ênfase em Mídias Sociais
TCC - Marketing Digital, ênfase em Mídias SociaisTCC - Marketing Digital, ênfase em Mídias Sociais
TCC - Marketing Digital, ênfase em Mídias Sociais
Daniel Souza
 
AULA 2 | Como abrir legalmente uma editora musical. Sua administração e contr...
AULA 2 | Como abrir legalmente uma editora musical. Sua administração e contr...AULA 2 | Como abrir legalmente uma editora musical. Sua administração e contr...
AULA 2 | Como abrir legalmente uma editora musical. Sua administração e contr...
Cultura e Mercado
 
Nbr 12693 sistemas de protecao por extintores de incendio
Nbr 12693   sistemas de protecao por extintores de incendioNbr 12693   sistemas de protecao por extintores de incendio
Nbr 12693 sistemas de protecao por extintores de incendio
Romulo Fachiina
 

Destaque (13)

Monografia ed fisica
Monografia ed fisicaMonografia ed fisica
Monografia ed fisica
 
briefing dossiê do sabonete Fragance (marca fictícia
 briefing dossiê do sabonete Fragance (marca fictícia briefing dossiê do sabonete Fragance (marca fictícia
briefing dossiê do sabonete Fragance (marca fictícia
 
TCC Gestão Cultural Cultura e Educação em Textos
TCC Gestão Cultural   Cultura e Educação em TextosTCC Gestão Cultural   Cultura e Educação em Textos
TCC Gestão Cultural Cultura e Educação em Textos
 
TCC Bárbara Müller ANÁLISE DO PLANEJAMENTO DE MÍDIA UTILIZADO NA CAMPANHA “NO...
TCC Bárbara Müller ANÁLISE DO PLANEJAMENTO DE MÍDIA UTILIZADO NA CAMPANHA “NO...TCC Bárbara Müller ANÁLISE DO PLANEJAMENTO DE MÍDIA UTILIZADO NA CAMPANHA “NO...
TCC Bárbara Müller ANÁLISE DO PLANEJAMENTO DE MÍDIA UTILIZADO NA CAMPANHA “NO...
 
Trabalho marisol completo
Trabalho marisol completoTrabalho marisol completo
Trabalho marisol completo
 
História da Música
História da MúsicaHistória da Música
História da Música
 
TCC: Granado Pink - Plano de Marketing e Comunicação.
TCC: Granado Pink - Plano de Marketing e Comunicação.TCC: Granado Pink - Plano de Marketing e Comunicação.
TCC: Granado Pink - Plano de Marketing e Comunicação.
 
Tcc planejamento estratégico
Tcc planejamento estratégicoTcc planejamento estratégico
Tcc planejamento estratégico
 
TCC - Marketing Digital, ênfase em Mídias Sociais
TCC - Marketing Digital, ênfase em Mídias SociaisTCC - Marketing Digital, ênfase em Mídias Sociais
TCC - Marketing Digital, ênfase em Mídias Sociais
 
AULA 2 | Como abrir legalmente uma editora musical. Sua administração e contr...
AULA 2 | Como abrir legalmente uma editora musical. Sua administração e contr...AULA 2 | Como abrir legalmente uma editora musical. Sua administração e contr...
AULA 2 | Como abrir legalmente uma editora musical. Sua administração e contr...
 
TCC Publicidade e Propaganda Hera
TCC Publicidade e Propaganda HeraTCC Publicidade e Propaganda Hera
TCC Publicidade e Propaganda Hera
 
MODELOS de Briefing - by André Félix
MODELOS de Briefing - by André FélixMODELOS de Briefing - by André Félix
MODELOS de Briefing - by André Félix
 
Nbr 12693 sistemas de protecao por extintores de incendio
Nbr 12693   sistemas de protecao por extintores de incendioNbr 12693   sistemas de protecao por extintores de incendio
Nbr 12693 sistemas de protecao por extintores de incendio
 

Semelhante a Monografia avenida da musica (1)

Silva, daniel della savia. oriental. a importância do timbre na obra de pattá...
Silva, daniel della savia. oriental. a importância do timbre na obra de pattá...Silva, daniel della savia. oriental. a importância do timbre na obra de pattá...
Silva, daniel della savia. oriental. a importância do timbre na obra de pattá...
quartetopedisi
 
Manguebeat at 21 30
Manguebeat at 21 30Manguebeat at 21 30
Manguebeat at 21 30
rafaelak
 
Apostila de saxofone
Apostila de saxofoneApostila de saxofone
Apostila de saxofone
Saulo Gomes
 

Semelhante a Monografia avenida da musica (1) (20)

Construção e Design de Guitarras nos anos 1960 e 1970: Narrativas sobre Traba...
Construção e Design de Guitarras nos anos 1960 e 1970: Narrativas sobre Traba...Construção e Design de Guitarras nos anos 1960 e 1970: Narrativas sobre Traba...
Construção e Design de Guitarras nos anos 1960 e 1970: Narrativas sobre Traba...
 
O brazilian jazz no rio de janeiro na década de 1980 deborah levy
O brazilian jazz no rio de janeiro na década de 1980   deborah levyO brazilian jazz no rio de janeiro na década de 1980   deborah levy
O brazilian jazz no rio de janeiro na década de 1980 deborah levy
 
9 c 5
9 c 59 c 5
9 c 5
 
O que faço é música: como artistas visuais começaram a gravar discos no Br...
O que faço é música: como artistas visuais começaram a gravar discos no Br...O que faço é música: como artistas visuais começaram a gravar discos no Br...
O que faço é música: como artistas visuais começaram a gravar discos no Br...
 
Metal além da capital: música pesada no Interior de Pernambuco
Metal além da capital: música pesada no Interior de PernambucoMetal além da capital: música pesada no Interior de Pernambuco
Metal além da capital: música pesada no Interior de Pernambuco
 
2013 jonas borgesdecastrocatalogaã§ã£o de documentos musicais
2013 jonas borgesdecastrocatalogaã§ã£o de documentos musicais2013 jonas borgesdecastrocatalogaã§ã£o de documentos musicais
2013 jonas borgesdecastrocatalogaã§ã£o de documentos musicais
 
Silva, daniel della savia. oriental. a importância do timbre na obra de pattá...
Silva, daniel della savia. oriental. a importância do timbre na obra de pattá...Silva, daniel della savia. oriental. a importância do timbre na obra de pattá...
Silva, daniel della savia. oriental. a importância do timbre na obra de pattá...
 
Projeto - A Música Delas
Projeto - A Música DelasProjeto - A Música Delas
Projeto - A Música Delas
 
Manguebeat at 21 30
Manguebeat at 21 30Manguebeat at 21 30
Manguebeat at 21 30
 
Pesquisa de musica contemporanea brasileira
Pesquisa de musica contemporanea brasileiraPesquisa de musica contemporanea brasileira
Pesquisa de musica contemporanea brasileira
 
Projex - ECA/USP - Zerb (2019)
Projex - ECA/USP - Zerb (2019)Projex - ECA/USP - Zerb (2019)
Projex - ECA/USP - Zerb (2019)
 
Musica
Musica Musica
Musica
 
Festa Maracutaia
Festa MaracutaiaFesta Maracutaia
Festa Maracutaia
 
Arte barroca no brasil
Arte barroca no brasilArte barroca no brasil
Arte barroca no brasil
 
C&C 15dez09 Neobarrocoresumido
C&C 15dez09 NeobarrocoresumidoC&C 15dez09 Neobarrocoresumido
C&C 15dez09 Neobarrocoresumido
 
Rock e pop trabalho 7ºano
Rock e pop trabalho  7ºanoRock e pop trabalho  7ºano
Rock e pop trabalho 7ºano
 
Musica trabalho de literatura
Musica trabalho de literaturaMusica trabalho de literatura
Musica trabalho de literatura
 
Pele que Fala
Pele que FalaPele que Fala
Pele que Fala
 
Apostila Sobre Saxofone - Rodrigo Capistrano
Apostila Sobre Saxofone - Rodrigo CapistranoApostila Sobre Saxofone - Rodrigo Capistrano
Apostila Sobre Saxofone - Rodrigo Capistrano
 
Apostila de saxofone
Apostila de saxofoneApostila de saxofone
Apostila de saxofone
 

Monografia avenida da musica (1)

  • 1. CENTRO PAULA SOUZA ETEC CARLOS DE CAMPOS DESIGN DE INTERIORES LOJA DE SHOPPING AVENIDA DA MÚSICA SÃO PAULO 2014
  • 2. CENTRO PAULA SOUZA ETEC CARLOS DE CAMPOS DESIGN DE INTERIORES Leidiane Oliveira, 24 Mayara Almeida, 26 Nathália Ferreira, 33 Richard Cabrera, 36 LOJA DE SHOPPING AVENIDA DA MÚSICA Monografia apresentada junto ao curso de Design de Interiores da Etec Carlos de Campos como requisito parcial ao projeto de conclusão do curso – TCC. Professora Orientadora: Tânia Sanches SÃO PAULO 2014
  • 3. LOJA DE SHOPPING AVENIDA DA MÚSICA Monografia apresentada junto ao curso de Design de Interiores da Etec Carlos de Campos como requisito parcial ao projeto de conclusão do curso – TCC. Professora Orientadora: Tânia Sanches BANCA EXAMINADORA São Paulo, ____ de _______________ de _______. ____________________________________ Tânia Sanches Professora Orientadora ____________________________________ Profº Nilton Alves ___________________________________ Profª Sheila Prestes ____________________________________ Profª Aparecida Lourdes SÃO PAULO 2014
  • 4. Agradecimentos Especialmente aos Professores do curso de Design de Interiores, que nos ajudaram na realização e aperfeiçoamento deste nosso trabalho.Às nossas famílias pelo apoio, incentivo e compreensão em mais uma fase de nossas vidas.
  • 5. Resumo Nesse trabalho buscou-se apresentar a história e evolução da música ao longo das décadas em nossas vidas, como também nos mostra como a indústria musical surgiu nos Estados Unidos e como chegou e se consolidou aqui no Brasil, o trabalho apresenta também o processo de criação de uma nova rede de lojas de instrumentos musicais voltada tanto ao público jovem quanto para os profissionais que já trabalham na área. Realizamos toda a criação de identidade visual da marca junto ao casal Gabriel e Cibelle DeCario, que são apaixonados por música e querem dar mais um passo ao futuro. O primeiro capítulo, trata do que o cliente deseja e o que ele busca ao montar uma loja de instrumentos músicas moderna, mostra a história do famoso restaurante Hard Rock Café – que foi a maior referência para a realização do projeto. No segundo capítulo, trata das pesquisas sobre o que é Música, as origens e evoluções do rock – gênero musical que surgiu nos Estados Unidos e que rapidamente espalhou-se pelo mundo, mostra também como surgiu a Indústria Fonográfica e como ela teve seus primeiros passos aqui no Brasil. No terceiro capítulo apresentamos todas as normas e exigências legais que se precisa para montar o próprio negócio no ramo musical. No quarto capítulo apresentamos as soluções e o projeto final do cliente, com todas as plantas, layout e as vistas feitas em programas específicos de 3D. Palavras-chave: história da música, Indústria Fonográfica, moderna, criação, normas e exigências legais.
  • 6. 6 Lista de Figuras Figura 1: Bourbon Shopping, Zona Oeste, Pompéia – São Paulo. .............................. 11 Figura 2: Sesc Pompéia, São Paulo. ................................................................................. 12 Figura 3: decoração interna do restaurante. .................................................................... 13 Figura 4: fachada do primeiro Hard Rock Cafe em Londres. ........................................ 13 Figura 5: “Mine’s better! Love, Pete.” ................................................................................ 14 Figura 6: Hard Rock Hotel & Cassino em Las Vegas, Nevada. .................................... 15 Figura 7: Logo do Hard Rock Cafe .................................................................................... 16 Figura 8: Palco e interior do Hard Rock Café em Bangkok ........................................... 17 Figura 9: Interior Hard Rock Café ...................................................................................... 17 Figura 10: Evolução da Música Portátil ............................................................................. 19 Figura 11: Adolph Rickenbacker com a primeira guitarra elétrica ................................ 22 Figura 12: Classe de Fogo ........................................................................................38 Figura 13: Gráfico do Espectro Sonoro Fonte: Imagem do livro "FQ8 - Sustentabilidade na Terra - Edições ASA" ....................................................................... 56 Figura 14: Mapa localição do Bourbon Shopping............................................................ 59 Figura 15: Mapa original do Bourbon Shopping .............................................................. 59
  • 7. 7 Sumário Capítulo 1 _________________________________________________________ 8 1.1 Introdução ___________________________________________________8 1.2 Briefing Cliente ______________________________________________10 1.3 Localização _________________________________________________11 1.4 Referência - Hard Rock Café ____________________________________13 Capítulo 2 ________________________________________________________ 18 2.1 Definição da Música ___________________________________________ 18 2.2 História do Rock ______________________________________________ 20 2.3 Indústria Fonográfica no Brasil _________________________________ 23 2.4 O Advento do Disco ___________________________________________ 24 2.5 Surgimento das Gravadoras Independentes _________________________ 27 2.6 Indústria Fonográfica Estrangeira ________________________________ 28 Capítulo 3 ________________________________________________________ 30 3.1 Mercado _____________________________________________________30 3.2 Exigências Legais e Específicas ___________________________________ 31 3.3 Proteção Contra Incêncios ______________________________________32 3.4 Estrutura ____________________________________________________ 42 3.5 Investimento _________________________________________________ 48 3.6 Informações Fiscais e Tributárias _________________________________ 53 3.7 Isolamento Acústico ___________________________________________ 56 Capítulo 4 ________________________________________________________ 58 4.1 Briefing Loja _________________________________________________ 58 4.2 Plantas e perspectivas __________________________________________ 60 4.3 Projeto 3D ___________________________________________________ 78 4.4 Memorial Descritivo ___________________________________________ 86 4.5 Orçamento __________________________________________________ 104 4.6 Contrato ____________________________________________________ 110 4.7 Considerações Finais __________________________________________ 116 Capítulo 5 _______________________________________________________ 118 5.1 Referências Bibliográficas _____________________________________ 118 5.2 Anexos ____________________________________________________ 121
  • 8. 8 Capítulo 1 1.1.Introdução O presente trabalho de conclusão de curso apresenta pesquisas relacionadas à história e evolução da música em nossas vidas. Ao abordar o tema sobre a origem da música e dos instrumentos musicais, compreendemos que o homem sempre buscou evoluir ao longo dos anos, desde a era Cenozóica passando pela Paleolítica, pela época do Império Romano, até as civilizações dos sumérios, assírios, egípcios, chineses e os gregos ( criadores da teoria musical que até hoje é utilizada) até o século atual. Ao longo de nossa pesquisa, vemos que a música surgiu a 50.000 anos atrás, quando os seres humanos no continente africano utilizavam os conhecimentos de música para suas tribos, desde então em outros séculos começavam a utilizar bastões para produzirem batidas, percussões corporais - no período Paleolítico inferior, os seres humanos já realizavam imitações dos sons da natureza. Isso nos mostra como os homens sempre quiseram expressar o que estavam sentindo e como evoluíram ao longo dos séculos para o desenvolvimento da linguagem falada. Podemos ver também, como a música ganhou diversidade ao longo do tempo por causa do surgimento de várias civilizações em diferentes partes do planeta. As primeiras letras (ou textos) de música na Idade Antiga, se apresentam ligadas à magia, saúde, metafísica e a política destas civilizações – já que o papel da música então era frequente em festas, guerras e rituais religiosos. Com o início da Idade Média até o século atual, tudo o que é relacionado a música foi aprimorado, como os instrumentos, as novas tendências, e com o surgimento dos ritmos hoje classificados como: Rock, Samba, Jazz, Blues, etc. Nossa pesquisa também abrange as origens do estilo musical Rock - gênero musical de grande sucesso que surgiu nos Estados Unidos na década de 1950, com um ritmo inovador de tudo o que já tinham feito na música. O rock unia um ritmo rápido com toques de música negra típica do sul dos EUA, com o acompanhamento de uma guitarra elétrica, bateria e baixo.
  • 9. Apesar do gênero musical ter surgido nos EUA ele espalhou-se rapidamento pelo mundo, ganhando a simpatia principalmente dos jovens. Também apresentamos como a guitarra elétrica foi concebida – com toda a inovação do estilo musical na década de 20, perceberam que o violão não conseguia mais suprir a necessidade do volume. Então em 1931 foi criada a guitarra elétrica que conhecemos hoje, um instrumento que tem o som amplificado através de um amplificador. Mostramos também como a Indústria Fonográfia chegou e se consolidou no Brasil, abrindo portas para as gravadoras e para os avanços tecnológicos. Após essa extensa pesquisa, conseguimos um rico conteúdo para aplicarmos no projeto de nosso cliente Gabriel DeCario, que procurou nosso Estúdio para a criação de uma rede de lojas de instrumentos musicais. O principal objetivo do cliente, era de que a loja fosse inteiramente interativa – onde os clientes da loja pudessem testar os intrumentos à vontade, um lugar para curtir o estilo musical como se estivessem em um pub ou estúdio. Assim nosso projeto propõe soluções para a loja localizada no Bourbon Shopping em São Paulo - ser ao mesmo tempo moderna e descolada mas totalmente interativa, com instrumentos expostos de maneira inteligente e sofisticada atendendo à todas as exigências de Gabriel que possui amplo conhecimento do ramo musical. 9
  • 10. 10 1.2 Briefing Cliente O casal Gabriel DeCario (32 anos) e Cibelle DeCario (28 anos) atualmente moram em São Paulo, e ambos têm suas vidas dedicadas à paixão pela música. Gabriel DeCario nasceu cercado por guitarras e discos de rock que seu pai - Eduardo DeCario tinha em sua coleção, por isso desde cedo aprendeu a gostar desse estilo musical e logo depois aos 12 anos de idade já começava a tocar violão. Aos 16 anos, Gabriel formava então sua primeira banda dedicada a covers dos clássicos do rock, tempos depois resolveu focar nos estudos e a banda teve seu fim. Então aos 21 anos finalmente conheceu seus atuais companheiros de banda – o ‘The Voyage’, conseguiram em apenas dois anos sucesso total na cena de rock underground em São Paulo, sendo assim umas das bandas atuais mais influentes. Com 28 anos e uma carreira musical reconhecida, conheceu sua atual esposa Cibelle que por sua vez trabalhava em estúdios musicais e já conhecia muito desse ambiente underground, juntos resolveram montar sua própria gravadora – surgia assim a gravadora ‘ContraMão’, que apostava em bandas e artistas underground. Mas em 2014, Gabriel e Cibelle resolveram dar mais um passo em suas vidas, investindo assim em uma rede de lojas dedicadas a essa paixão pela música. Gabriel e Cibelle procuraram nós doEstúdio Ola, para criar toda a identidade visual, e projetar os ambientes das lojas.
  • 11. 11 1.3 Localização A primeira loja da “Avenida da Música” ficará localizada no 2º andar do Shopping Bourbon, o local escolhido fica situado no bairro nobre da Pompéia, Zona Oeste de São Paulo. Figura 1: Bourbon Shopping, Zona Oeste, Pompéia – São Paulo. Sua história Em 1910 surgia um novo loteamento dividindo as chácaras em um bairro, o empreendedor Rodolpho Miranda ( dono da Companhia Urbana e Predial) homenageou sua esposa Aretusa Pompéia, batizando o novo bairro com o nome de Vila Pompéia. Muitos imigrantes foram atraídos pelas muitas indústrias que aparecerem na região e adquiriram lotes para terem residências fixas. Entre as décadas de 1960 a 1970, surgiram no bairro bandas importantes do cenário brasileiro como: Tutti Frutti, Os Mutantes e Made In Brazil.
  • 12. Figura 2: Sesc Pompéia, São Paulo. Atualmente o bairro conta com o SESC Pompeia, um centro de cultura e lazer que reúne quadras, teatros, piscinas, restaurante, oficinas e espaços de exposições. Sua arquitetura (que antes era uma fábrica de tambores) de concreto armado e vedações em alvenaria chamou a atenção da arquiteta Lina Bo Bardi, que resolveu reinventar os espaços dos galpões e modernizar as estruturas. O cliente escolheu o Shopping Bourbon por ficar perto do SESC Pompeia – lugar onde muitos do público jovem costumam frequentar e que automaticamente poderão vir a conhecer a loja. 12
  • 13. 13 1.4 Referência – Hard Rock Café No dia 14 de Junho de 1971, Isaac Tigrett e Peter Morton dois americanos apaixonados por música, fundaram um restaurante em Londres próximo ao Hyde Park. A idéia inicial era abrir um restaurante com comida típica americana, boa música e com um ambiente agradável. O imóvel era alugado e amplo (pois anteriormente era um salão de automóveis) por isso os dois sócios começaram a decorar e preencher as paredes com objetos e quadros relacionados ao rock, assim rapidamente atraiu clientes também amantes do estilo musical. Inicialmente a decoração era feita somente com produtos do rock and roll americano, mas com o crescimento do restaurante os sócios recebiam ofertas de pertences de lendas do rock britânico e de outras partes do mundo. Toda a coleção teve início quando Eric Clapton, que era frequentador assíduo do restaurante, doou uma guitarra autografada que foi casualmente pendurada na parede. Figura 4: fachada do primeiro Hard Rock Cafe em Londres. Figura 3: decoração interna do restaurante.
  • 14. Alguns dias depois, outra guitarra foi enviada ao restaurante, mas desta vez por Pete Townshend, da banda The Who, com o seguinte bilhete: “A minha é melhor!Com Amor, Pete”. Atualmente a coleção conta com mais de 70.000 itens, que foram adquiridos em leilões, doados ou comprados dos próprios artistas autografados ou não, entre guitarras, roupas, objetos pessoais, fotos, discos de ouro, cartas, baquetas. O Hard Rock começou sua expansão global em 1982, quando os sócios decidiram desenvolver seus restaurantes em várias partes do mundo. Morton abriu casas em Los Angeles, San Francisco, Chicago e Houston; Tigrett em Nova Iorque, Dallas, Boston, Washington, Orlando, Paris e Berlim. Mas em 1990 a empresa Rank Group adquiriu o Hard Rock Cafe e acelerou mais ainda sua expansão mundial, tornando-se uma das marcas mais conhecidas do mundo. Levou também a marca e o estilo rock and roll do lugar para outros negócios como a rede Hard Rock Hotel & Cassino em localidades exóticas variadas do mundo como Bali, Las Vegas. 14 Figura 5: “Mine’s better! Love, Pete.” (Pete Townshend, The Who) Guitarra autografada na parede do restaurante
  • 15. Figura 6: Hard Rock Hotel & Cassino em Las Vegas, Nevada. Todas a filiais do restaurante ao redor do mundo seguem três regras 15 básicas para gaantir a padronização do ambiente e atendimento: 1 – Localizadas em bairros nobres 2 – Decoradas com a temática rock androll, memorabília nas paredes, som alto e telões com clipes e shows 3 – Atendentes jovens Também em cada filial existe a famosa lojinha de artigos da marca, com camisetas, broches entre outros itens.
  • 16. 16 Logotipo e Marketing O famoso logotipo foi criado pelo designer gráfico Alan Aldridge, que também já trabalhou com discos de bandas incluindo os Beatles. Com um simples e inesperado início, a maior ferramenta de marketing da marca – suas camisetas, surgiram em 1974 quando o Hard Rock Cafe patrocinava um time de futebol. Após a temporada acabar muitas camisetas sobraram foi então que resolveram presentear seus clientes com elas. Fizeram tanto sucesso que a marca decidiu investir e lançar mais produtos levando seu logo, como broches, chaveiros, isqueiros e até moletons. Figura 7: Logo do Hard Rock Cafe Atualmente há mais de 143 lojas do Hard Rock Cafe, em cerca de 36 países, além do hotel e cassino, a marca também inaugurou em 2008 um parque temático que celebra a cultura do rock and roll. Mas muitos alegam que a marca teria se desviado do foco original, pois muitos dos vídeos musicais enviados às lojas não seriam verdadeiros representantes do estilo rock, assim como também teve-se um desvio de foco na própria coleção de itens em exibição - como no caso onde uma das fantasias usadas por Britney Spears em um de seus clipes, está exposta onde antes foi ocupado por um disco dos Beatles.
  • 17. 17 No Brasil Existem somente duas unidades do restaurante, uma no Shopping AltaVila Center, na cidade de Nova Lima (Minas Gerais) e outra que fica no Shopping Città América, Rio de Janeiro. Abaixo algumas fotos da decoração de diversas lojas da marca: Figura 8: Palco e interior do Hard Rock Café em Bangkok Figura 9: Interior Hard Rock Café
  • 18. 18 Capítulo 2 2.1 Definição da Música O conceito ou definição de música é algo um tanto complicado para explicar, do mesmo modo quando explicamos o que é “arte”. Embora seja difícil, “música contém e manipula o some o organiza no tempo. Talvez por essa razão ela esteja sempre fugindo a qualquer definição, pois ao buscá-la, a música já se modificou, já evoluiu.” – (Autor desconhecido) Enquanto a sua história, alguns historiadores dizem que as primeiros conhecimentos sobre a música surgiu há 50.000 anos atrás, onde os seres humanos viventes no continente africano começaram utilizar isso em seu cotidiano para as suas tribos e afins. Já o musicólogo Roland de Candé no seu livro “História Universal da Música”, ele fala como e em qual fase da evolução humana, aproximadamente, a música fez-se presente.  Terciário (era Cenozoica hásessenta e cinco milhões de anos atrás) – Os Antropóides faziam batidas com bastões, percussões corporais e objetos entrechocados.  Paleolítico inferior (cerca de dois e meio milhões de anos atrás) – Os hominídeos realizavam gritos e imitações de sons da natureza.  Paleolítico médio – O aprimoramento do controle da altura, intensidade e timbre da voz à medida que as demais funções cognitivas se desenvolviam.  Cerca de quarenta mil anos atrás a nove mil anos atrás – Começaram a Criação dos primeiros instrumentos musicais para imitar os sons da natureza feitos de pedra, madeira e ossos, como por exemplo os: xilofones, litofones, tambores de tronco e flautas. O desenvolvimento da linguagem falada e do canto aumentou muito. E foi por volta de dez mil anos atrás que encontraram um dos primeiros testemunhos da arte musical, na gruta de Trois Frères, em Ariége na França.  Neolítico (a partir de cerca de nove mil anos antes de Cristo) – Criação de membranofones e cardofones, após o desenvolvimento de ferramentas, eles são os primeiros instrumentos afináveis. De aproximadamente cinco mil anos antes de Cristo, o desenvolvimento da metalurgia veio e houve a criação de
  • 19. instrumentos de cobre e bronze que permitem uma execução mais sofisticada. Com o estabelecimento de aldeias e o desenvolvimento de técnicas agrícolas mais produtivas e de uma economia baseada na divisão do trabalho, permitiu que uma parcela da população pudesse se desligar da atividade de produzir alimentos e assim surgir as primeiras civilizações com sistemas próprios musicais, como escala e harmonia. Com o início da Idade Antiga ou Antiguidade há cerca de quatro mil anos antes de Cristo e que se estendeu até a queda do Império Romano do Ocidente no ano de quatrocentos e setenta e seis depois de Cristo, a música veio ganhando diversidade, já que o surgimento de diversas civilizações começaram a se concretizar em cada parte da Terra. Os primeiros textos destes grupos apresentam a música como atividade ligada à magia, à saúde, à metafisica e até a política destas civilizações, tento papel frequente em rituais religiosos, festas e guerras. As civilizações essas eramSumérios e os Assírios onde já usavam instrumento de cordas, Egípcios com sua junção de música e dança, Hebreus e sua relação de música em devoção a Deus, Indianos com sua a devoção a deuses, por acreditarem que eles os ensinaram a música, Chineses, que o respeito pelo instrumento era notável e além de conter uma variedades dos mesmos e Gregos, os criadores da teoria musical que é utilizada até hoje. Figura 10: Evolução da Música Portátil Fonte: <blognapilha.wordpress.com> acesso em 20/11/2014 Com o início da idade Média e até a chegada do século atual, tudo que é relacionado a música foi só aprimorando, os instrumentos ganharam novas tecnologias, novos modos de construção, novas tendências, assim como o 19
  • 20. surgimento dos ritmos que hoje são classificados como: Rock, Samba, Jazz e etc. A Música consequentemente ganhou suas maneiras de ser escutada aonde quer que for, com a criação de discos, aparelhos leitores de mp3, transmissões instantâneas em televisões, computadores e rádios. 20 2.2 História do Rock Origens do Rock Este gênero musical de grande sucesso surgiu nos Estados Unidos na década de 1950. O ritmo era inovador e diferente de tudo que já tinha ocorrido na música, o rock unia um ritmo rápido com pitadas de música negra do sul dos EUA e o country. Uma das características mais importantes do rock era o acompanhamento de guitarra elétrica, bateria e baixo. Com letras simples e um ritmo dançante, caiu rapidamente no gosto popular. O rock na década de 1950: primeiros passos Apesar de ter surgido nos EUA o rock espalha-se rapidamente pelo mundo em pouco tempo, começando a ganhar a simpatia dos jovens com o estilo rebelde apresentado pelos cantores e pelas bandas. Em 1955 surge no cenário musical o rei do rock Elvis Presley, unindo diversos ritmos como a country music e o rhythm & blues. Na mesma época outros roqueiros fizeram sucesso como, por exemplo, Chuck Berry e Little Richard. O rock nos anos 60: rebeldia e transgressão Esta fase marca a entrada no mundo do rock da banda de maior sucesso de todos os tempos: The Beatles. Os jovens de Liverpool estouram nas paradas da Europa e Estados Unidos, em 1962, com a música “Love me do”.A década de 1960 ficou conhecida como Anos Rebeldes, graças aos grandes movimentos pacifistas e manifestações contra a Guerra do Vietnã fazendo o rock ganhar um caráter político de contestação que ficou marcada nas letras de Bob Dylan. Outro grupo inglês também começa a fazer sucesso: The Rolling Stones.
  • 21. No final da década, em 1969, o Festival de Woodstock torna-se o símbolo deste período. Sob o lema "paz e amor", meio milhão de jovens comparecem no concerto que contou com a presença de Jimi Hendrix e Janis Joplin. 21 O rock nos anos 70: disco music, pop rock e punk rock Com o surgimento do videoclipe o rock ganha uma cara mais popular, surge também uma batida mais forte e pesada – o heavy metal de bandas como Led Zeppelin, Black Sabbath. Mas por outro lado batidas dançantes tomam conta das pistas de dança de todo mundo a “Dance Music” desponta com os sucessos de Creedence Clearwater, Neil Young,Eltoh John e David Bowie. Anos 80: um pouco de tudo no rock Surge na década de 80 a emissora de TV“MTV”, dedicada à música e que automaticamente impulsiona ainda mais o rock. Ao mesmo tempo o rock começa a passear por vários estilos como o ritmo dançante do New Wave, assim surgiram bandas como: Talking Heads, The Clash, The Smith e The Police. Anos 90: década de fusões e experimentações Os anos 90 foram marcados pelas fusões de ritmos diferentes do rap e do raggae. As bandas como Red Hot Chili Peppers e Faith no More fundem o heavy metal e o funk. Ao mesmo tempo o Grunge toma conta das paradas de sucesso e bandas como Nirvana (liderado por Kurt Cobain) é o maior representante deste novo estilo, assim como Pearl Jam, Alice in Chains e Soundgarden. O Rock no Brasil O primeiro sucesso no cenário do rock brasileiro apareceu na voz de Celly Campello, que estourou nas rádios com os sucessos Banho de Lua e Estúpido Cupido, no começo da década de 1960. Em meados desta década, surge a Jovem Guarda com cantores como, Roberto Carlos, Erasmo Carlos e Wanderléa, com letras românticas e ritmo acelerado, fazendo sucesso entre os jovens.
  • 22. Na década de 1970, surge Raul Seixas e o grupo Secos e Molhados. Na década seguinte, com temas mais urbanos e falando da vida cotidiana, surgem bandas como: Ultraje a Rigor, Legião Urbana, Titãs, Barão Vermelho, Kid Abelha, Engenheiros do Hawaii, Blitz e Os Paralamas do Sucesso. Na década de 1990, fazem sucesso no cenário do rock nacional: 22 Raimundos, Charlie Brown Jr., Jota Quest, Pato Fu, Skank entre outros. Guitarra Elétrica para o Rock Com a inovação do estilo musical na década de vinte, onde a percussão começou a ser mais praticada, viram que o violão, não conseguia suprir a necessidade de volume e combinação de melodia. Figura 11: Adolph Rickenbacker com a primeira guitarra elétrica Fonte: <http://personagens-unai.blogspot.com.br/> acesso 20/11/2014 A guitarra elétrica, uma variação do violão, foi criada em 1931 por Beauchamp e Rickenbacker e foi em 1940 Les Paul inovou a guitarra, deixando como padrão os modelos existentes até hoje. Por ser elétrica, a novidade era que o instrumento tinha o som amplificado através de um amplificador e tinha um timbre bem nítido, diferente do violão. Com o surgimento do Rock, os guitarristas conseguiam através da guitarra, trazer riffs, ritmos e solos, fazendo com que preenchesse os espaços da música e que as melodias grudassem como chiclete na cabeça dos ouvintes.
  • 23. 23 2.3Indústria Fonográfica no Brasil A indústria fonográfica brasileira é constituída atualmente por uma rede de distribuição de um dos principais produtos de consumo da indústria cultural: a música gravada. Apesar da crise econômica em 1997 o seu consumogera o sexto maior mercado do mundo e apesar da crise econômica,a indústria brasileira de discos faturou US$ 1,199 bilhão, em 1998 US$ 1,055 bilhão e US$ 429 milhões em 1999. Além das gravadoras que protagonizam este cenário encarregados da produção e venda de gravações em vários formatos, o mercado compreende também a atuação da imprensa especializada, dos fabricantes e distribuidores de equipamentos, aparelhos de gravação e tecnologia de reprodução, contratos de comercialização, royallties e direitos autorais. Origens O aparelho denominado fonógrafo criado por Thomas Alva Edison, foi demonstrado pela primeira vez no Brasil – mais precisamente em Porto Alegre – em 1879. No entanto, passaria uma década antes que D. Pedro II, conhecido por ser entusiasta dos adventos tecnológicas, com a invenção que deu início à industrialização da música, até então uma arte reconhecida exclusivamente como bem cultural. No dia 9 de novembro de 1889, o imperador, acompanhado de sua filha, Princesa Isabel e de seu genro, o Conde D’Eu, assistem a uma sessão de gravação. No mesmo ano, o filho caçula da princesa torna-se o primeiro cidadão brasileiro a ter sua voz gravada, cantando. No tocante à predileção popular por certos gêneros musicais na primeira década do século XX, pode-se observar basicamente a repetição das características predominantes no final do século XIX. “São os mesmos gêneros – valsa, modinha, cançoneta, chótis, polca –, as mesmas maneiras de cantar e tocar, as mesmas formações instrumentais, a mesma predileção pela música de piano. Também continua a predominar a influência musical européia, principalmente a francesa.” (Severiano e Mello, 1997, p.17)
  • 24. Para termos ideia da dimensão do grau de desenvolvimento já na virada do século, basta lembrarmos que os Estados Unidos se tornaria algumas décadas mais tarde o principal exportador de música do mundo (e que já possuía uma Lei de Direitos Autorais) estava se expandindo para o ramo das apresentações ao vivo. O tcheco Frederico Figner vindo dos Estados Unidos, popularizou o fonográfo em vários estados do Brasil como Amazonas, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais e por fim Rio de Janeiro, participando de festas e feiras realizava pequenas apresentações do fonográfo nos eventos. Devido ao seu talento “propagandista” em 1894 Manoel Ponte associou a difusão da última novidade como denominada Máquina Figner. 24 2.4 O Advento do disco Á medida que o equipamento ia ganhando público ele se tornava cada vez mais acessível chegando a custar cinco, seis à dez mil réis por Frederico Figner. Em 1897 Figner abriu uma loja que estava situada na rua do Ouvidor, número 135 que já oferecia o serviço de gravação de cilindros. O disco só surgiria em 1902, que seria gravada a modinha “Isto é Bom” de Baiano, intérprete bastante popular e eclético que tinha em seu repertório desde cançonetas alegres às modinhas mais melancólicas. No dia 2 de agosto, a Casa Edison – empresa de Figner – lançava o primeiro suplemento de discos gravados no Brasil. O pioneirismo da Casa de Edison foi visto como a fundação do inicipiente mercado fonográfico brasileiro sendo a primeira loja de discos do Brasil, assim como também no ramo das gravações. Este suplemento de estreias destacam-se as gravações da Banda de Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, formada or Anacleto de Medeiros, e que mais tarde seria chamada de Banda da Casa Edison. “O registro sonoro mecânico acontecia a partir de um cone de metal que tinha em sua extremidade um diafragma. Este comandava a agulha que cavava os sulcos na cera. Portanto, era necessário potência sonora para se Ter certeza de que houve a gravação do som.
  • 25. E já que iria ser uma banda, que fosse a melhor do Rio de Janeiro.” (Cazes, 1999, p.41) Em 1904, os brasileiros conheceram a invenção que nos remete ao toca-discos como conheceríamos mais tarde; o gramofone com discos de cera e som reproduzido pela ação de agulha metálica ligada a um diagrafma de mica, foi criado pelo germano-americano Émilie Berliner. Figner neste mesmo ano, adquiriu a patente Zon-O-Phone (número 3.465 da International Zonophone Company) garantindo ao Brasil o direito de fabricação de chapas prensadas dos dois lados, e anunciou a novidade dos fonogramas em “celulóide inquebrável” – o disco eliminaria o cilindro do mercado em pouco mais de dois anos. A Sociedade Phonographica Brasileira em 1908, anunciava “gramophones” de diversos preços ao alcance de pobres e ricos, o que impulsionou a venda da música gravada. Anos depois, já notava-se a publicidade – como a loja “A Nova Figura Risonha”, na rua do Ouvidor, número 58 – anunciando a venda de discos de celebridades. Alguns relatos históricos informam que Frederico Figner teria vendido 840 mil discos no ano de 1911. Após associar-se à Odeon alemã, Figner funda a Fábrica Odeon, localizada no Bairro da Tijuca, em 1913, a primeira a prensar discos no Brasil. “Enquanto esse equipamento não ficou ultrapassado, e os próprios concorrentes estrangeiros competiram no mercado brasileiro com discos fabricados segundo processos igualmente rudimentares, a Casa Edison (...) dominou o mercado com amparo na excelente rede de distribuição que havia montado nos principais cidades brasileiras. Quando porém, a partir de 1924, nos Estados Unidos, os engenheiros da Victor Talking Machine partiram para nova etapa no campo das gravações e reprodução de sons, criando em primeiro lugar as vitrolas ortofônicas, e mais tarde as chamadas eletrolas, “acionadas eletricamente”, a iniciativa brasileira perdeu impulso, e o próprio Frederico Figner ia ser reduzido em pouco tempo à condição de mero comerciante de discos, máquinas de escritório e artigos musicais.” (Tinhorão, 1978, p.29) Foi em 1971, com a fundação da Sociedade Brasileira de Autores Teatrais (SBAT), que recolhia tanto o chamado “grande direito autoral”, referentes às peças teatrais, quanto o direito autoral “pequeno” relacionado às composições musicais. 25
  • 26. Por volta de 1919, a empresa americana Victor liderava este setor da indústria norte-americana com lucros atingindo a cifra de US$ 37 milhões, em um mercado fonográfico que totalizava o valor de US$ 159 milhões. Sua expansão em território brasileiro efetivou-se em 1926, quando a então chamada Victor Talking Machine Corporation, localizada em Camden, Nova Jersey/EUA, aluga o Teatro Phoenix para lançar, no Rio de Janeiro, seu novo advento: a Victrola Ortofônica Auditorium. Após um ano, com a superioridade das gravações e dos discos obtidos com o emprego de sistema elétrico, velhas marcas nacionais começaram a desaparecer, e as patentes Odeon, do pioneiro Frederico Figner, permitem que a própria matriz europeia se estabeleça no Brasil, para assim concorrer a partir da década de 30 com a Victor e a Columbia (já estabelecidas no Brasil). “As gravações elétricas e a evolução do rádio, aliadas a outras novidades, mudaram a música popular brasileira, apesar da demora de alguns meses da gravadora Odeon para perceber que o fim do processo mecânico de gravação atingia também o modo de cantar a nossa música. O novo processo teve início em julho de 1927 e somente em agosto de 1928 a Odeon lançou o primeiro disco de Mário Reis (1907- 1981), o cantor que seria símbolo do novo jeito de interpretar o samba e outros gêneros musicais brasileiros. (...)Era algo muito novo para um público que se acostumara a ouvir a nossa música geralmente mais gritada do que propriamente cantada. Agora, dispondo de um sistema de som capaz de registrar qualquer tipo de voz, por meio de microfones, amplificadores e agulhas eletromagnéticas de leitura, ninguém precisava berrar mais. (...) Pouco depois da estréia do cantor, seriam instalados no Rio os estúdios e as fábricas de mais quatro multinacionais do disco, a Parlophon, a Columbia, a Brunswick e a Victor, todas dotadas do equipamento de gravação elétrica. Pretendiam recuperar no Brasil o prejuízo que enfrentavam nos Estados Unidos e na Europa em decorrência da catástrofe que se abateu sobre o sistema capitalista internacional depois da queda da Bolsa de Nova York. (...) A Odeon e a Victor nunca mais deixariam o país, demonstrando que os investimentos feitos valeram a pena. O mesmo não ocorreu com a Brunswick e a Parlophon, que, poucos anos depois de aqui chegarem, fecharam suas instalações no Rio de Janeiro.” (Cabral, 1996, p. 18-19) 26
  • 27. No início da década de 40, outros segmentos da indústria fonográfica, em sua maioria os que representavam pessoas ligadas indiretamente à produção de discos, mobilizavam-se no sentido de regulamentar suas atuações profissionais neste contexto, onde as empresas multinacionais já dominavam o cenário. Em 1938 surge a Associação Brasileira de Compositores e Editores, e em 1942 é criada a União Brasileira de Compositores (UBC), reunindo membros da ABCA e os que ainda estavam afiliados à SBAT. 27 2.5 O surgimento das gravadoras independentes Os chamados discos “inquebráveis” foram lançados no Brasil em 1948, ano em que a criação de uma tecnologia de gravação mais barata permitiu o aparecimento de muitas gravadoras “independentes” nos Estados Unidos, que acabariam constituindo modelos para iniciativas semelhantes em nosso mercado. Estas gravadoras de menor porte foram, durante muito tempo, responsáveis por grandes índices de vendagem nos EUA. Em 1957 já havia mais singles de música popular das gravadoras independentes nas paradas internacionais de sucesso do que produtos das majors. Os primeiros dados oficiais sobre o mercado nacional de discos datam de 1965, quando o mesmo foi dimensionado como sendo quarenta vezes menor que o norte-americano. Neste ano as gravadoras formaram a Associação Brasileira dos Produtores de Discos. Em 1967, foi promulgada a lei de incentivo fiscal, que permitia às gravadoras aplicarem o ICMS devido pelos discos internacionais em gravações nacionais. A partir de então, os produtos deveriam conter o selo “Disco é Cultura”. 1968 foi um ano de reformulação completa nos departamentos de A&R (artista e repertório), onde as gravadoras empreendem uma verdadeira caça a novos talentos, devido à forte concorrência no setor. O lançamento massivo das chamadas “revelações da música” se reflete na alta produção de um formato bem específico de música gravada: em 1969, 57% dos discos vendidos no mundo tem o formato compacto (simples e duplo). A década de 70 começa com 60% das famílias brasileiras fazendo parte do mercado de bens de consumo “modernos”, ou seja, possuindo pelo menos um
  • 28. eletrodoméstico como rádio, vitrola e TV. E com o consumo de entretenimento pela televisão, surge mais um meio de exposição para o produto da indústria fonográfica. A partir da telenovela “O Cafona”, de 1971, com trilha-sonora lançada pela recém-fundada 28 SIGLA-Som Livre, é lançado o primeiro disco desta espécie. Em 1973, um decreto presidencial cria o Conselho Nacional do Direito Autoral (CNDA) e o Escritório Central de Arrecadação de Direitos (ECAD), controversa instituição com o intuito de regular a atividade deste setor. Somente ao final da década a produção independente brasileira demonstra organização e diversificação de gêneros musicais, conseguindo assim alguma atenção da mídia. “A partir de 1979, ano da realização do I Encontro de Independentes de Curitiba, quando existiam apenas cinco produtores independentes na área de música popular (Antônio Adolfo, Danilo Caymmi, Francisco Mário, Luli e Lucina, e Sambachoro) e dezenas na área da música sertaneja, a adesão ao disco independente inicia seu crescimento como forma de expressão, apesar do custo e da incerteza. Era como se a ‘música represada’ até então começasse a se escoar por um novo canal.” (Mário, 1986, p.11-12) Enquanto isso, o mercado norte-americano de singles registrava a venda de 228 milhões de unidades, e inicia uma fase de declínio, registrando em 1988 venda de 89,7 milhões de unidade. 2.6 Indústria fonográfica estrangeira Em 1974, as gravadoras RCA e EMI-Odeon constroem estúdios novos no Brasil. Dois anos depois, em julho, é a empresa WEA (gravadora do grupo Warner Bros.) que se instala oficialmente no Brasil, limitando-se a reproduzir suas matrizes estrangeiras até o final do ano e, mesmo assim, consegue conquistar 2,8% do mercado. No ano seguinte, lançou cinco LPs nacionais. Em 1978, a gravadora Capitol Records, empresa norte-americana que tinha como uma de suas principais acionistas a EMI e que, juntamente com ela, era representada no Brasil pela Odeon, desliga-se de ambas apenas para efeito de mercado e passa a lançar seus próprios suplementos no país. O predomínio de
  • 29. empresas estrangeiras neste setor chega a um nível tal de notoriedade que a própria Associação Brasileira dos Produtores de Discos admite uma “proporção ilegal de lançamentos estrangeiros”: 53% em abril daquele ano. Mas isso acaba por representar um desenvolvimento do mercado como um todo, e em 1979 são vendidos 39 milhões de discos, 8 milhões de fitas cassete e mais de 18 milhões de compactos simples e duplos. A implantação do Plano Cruzado, em 1986, promoveu uma retomada do crescimento das vendas de discos, que perdurou até o início da década passada. O ano de 1992 registra a venda de 34 milhões de aparelhos de suporte para música gravada – CDs, cassetes e LPs – , número que seria duplicado em 1995, quando foram comercializadas 75 milhões de unidades. Neste momento o mercado brasileiro de CDs já representava 1,76% (com 3,75% das unidades vendidas) do mercado mundial, que faturava um total de US$ 39.7 bilhões. A década de 90 também testemunhou um desempenho eficiente de gravadoras nacionais como a Eldorado e a Velas – e mesmo a criação de selos representativos como a Trama e a Abril Music – mas o domínio dos canais de distribuição, que efetivamente colocam as músicas na mídia e no mercado, ainda é uma primazia das multinacionais. Em 1996, o nosso mercado fonográfico cresceu 32% em relação ao ano anterior: 94 milhões de discos vendidos no país, com um faturamento de US$ 874,25 milhões. O Brasil voltou à posição de sexto lugar no ranking mundial das vendas de discos. Apesar de manter esta posição, o faturamento da indústria fonográfica registra queda de vendas pelo segundo ano consecutivo, como informou a ABPD (Associação Brasileira dos Produtores de Disco). O século XX terminou sob o estigma de globalização da economia, cuja faceta mais recorrente no cenário da produção e da distribuição de discos é o fenômeno das fusões de empresas e a consequência formação de conglomerados de mídia: como exemplo pode-se citar a formação da maior empresa de comunicação do mundo, a partir da compra de grupo Time-Warner pelo mega provedor de acesso à intrnet América On Line, a AOL Time Warner, com um valor de mercado superior a US$ 350 milhões. 29
  • 30. 30 Capítulo 3 3.1 Mercado O mercado de uma loja de instrumentos musicais é um segmento de comércio bem específico, porque comparado a outros seguimentos de comércio ela não tem grande volume de vendas mensais. Mas em compensação o público consumidor da área de instrumentos musicais normalmente é cativo e tem se apresentado um volume crescente de novos clientes devido à influência de bandas nacionais e internacionais. A quantidade de lojas de instrumentos musicais normalmente não é muito grande, o volume de consumidores também não é tão expressivo, porque na maioria dos casos um instrumento musical tem uma vida útil bastante expressiva, por isso a sua substituição não é feita a curto prazo. Porém as vendas de instrumentos musicais podem apresentar condições favoráveis pela entrada no mercado de um público que está aumentando significativamente: pessoas que iniciam sua aprendizagem como instrumentistas na vida adulta. Segundo informações publicadas pela revista Veja, ela relata que é crescente a quantidade de adultos que se propõem a aprender a tocar um instrumento musical, graças ao reconhecimento científico de que tocar um instrumento pode ser um poderoso aliado ao combate ao estresse. “Assim o empreendedor deverá avaliar amplamente o seu ingresso nesse mercado. Mas isto não quer dizer que deva desistir de investir nesse segmento, apenas ressalta que deva fazê-lo com muita segurança, principalmente considerando o mercado concorrente.” Fonte: Revista Veja Ao ter uma Loja de Instrumentos Musicais pode-se especializar na venda de somente um único tipo de instrumento musical ou na venda diversificada. Esta “Ideia de Negócio” sugere um empreendimento que oferece produtos diversificados.
  • 31. Por isso é preciso uma pesquisa (não precisa ser sofisticada ou complexa), mas ela pode ser elaborada de uma forma simples e aplicada pelo próprio empresário, para estudar a concorrência já instalada, pesquisar o público-alvo em termos de capacidade aquisitiva, os gostos pessoais e as expectativas que 31 as pessoas têm em relação a uma loja de instrumentos musicais. A pesquisa também precisa incluir a localização da loja, se possível deverá ser instalada próximo as demais lojas do mesmo segmento e de lojas de produtos complementares a instrumentos musicais. Essa aproximidade com as demais lojas amplia as possibilidades de busca por um público bem maior do que nas lojas instaladas isoladamente. 3.2 Exigências Legais e Específicas O empreendedor de uma loja de instrumentos musicais deverá cumprir algumas exigências iniciais e somente poderá se estabelecer depois de cumpridas, quais sejam: Registro da empresa nos seguintes órgãos: • Junta Comercial; • Secretaria da Receita Federal (CNPJ); • Secretaria Estadual de Fazenda; • Prefeitura do Município para obter o alvará de funcionamento; • Enquadramento na Entidade Sindical Patronal (empresa ficará obrigada a recolher por ocasião da constituição e até o dia 31 de janeiro de cada ano, a Contribuição Sindical Patronal); • Cadastramento junto à Caixa Econômica Federal no sistema “Conectividade Social – INSS/FGTS”; • Corpo de Bombeiros Militar.
  • 32. Visita à prefeitura da cidade em que pretende montar a sua empresa para fazer a consulta de local e emissão das certidões de Uso do Solo e Número Oficial. Algumas prefeituras disponibilizam esse serviço via internet, o que agiliza 32 sobremaneira esse tipo de consulta. Passo seguinte para a formalização da empresa: • Após a liberação do contrato social devidamente registrado na Junta Comercial de seu Estado, do CNPJ e da inscrição estadual (se aplicável), também,deve-se providenciar o registro da empresa na Prefeitura Municipal para requerer o Alvará Municipal de Funcionamento. • Antes de iniciar a produção o empreendedor deverá obter o alvará de licença sanitária. Para obter essa licença o estabelecimento deve estar adequado às exigências do Código Sanitário (especificações legais sobre as condições físicas). • O empreendedor deverá atentar que em âmbito federal a fiscalização cabe a Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA, já em âmbito estadual emunicipal fica a cargo da Secretaria Estadual de Saúde e Secretaria Municipal de Saúde, respectivamente. O empreendedor deverá atentar a seguinte legislação complementar: • Lei n.º 8.313, de 23 de dezembro de 1991. Restabelece princípios da Lei n.º 7.505, de 2 de julho de 1986, institui o Programa Nacional de Apoio à Cultura (Pronac) e dá outras providências. 3.3 Proteção contra Incêndios A proteção contra incêndios é uma das Normas Regulamentadoras que disciplina sobre as regras complementares de segurança e saúde no trabalho previstas no art. 200 da CLT. O referido artigo, especificamente no inciso IV, dispõe sobre a proteção contra incêndio em geral e as medidas preventivas adequadas, com exigências ao especial revestimento de portas e paredes, construção de paredes contra fogo,
  • 33. diques e outros anteparos, assim como garantia geral de fácil circulação, corredores de acesso e saídas amplas e protegidas, com suficiente sinalização. 33 Todos os locais de trabalho deverão possuir: a) proteção contra incêndio; b) saídas suficientes para a rápida retirada do pessoal em serviço, em caso de incêndio; c) equipamento suficiente para combater o fogo em seu início; d) pessoas adestradas no uso correto desses equipamentos. Portas – Condições de Passagem As portas de saída devem ser de batentes, ou portas corrediças horizontais, a critério da autoridade competente em segurança do trabalho. As portas verticais, as de enrolar e as giratórias não serão permitidas em comunicações internas. Todas as portas de batente, tanto as de saída como as de comunicações internas, devem: a) abrir no sentido da saída; b) situar-se de tal modo que, ao se abrirem, não impeçam as vias de passagem. As portas que conduzem às escadas devem ser dispostas de maneira a não diminuírem a largura efetiva dessas escadas. As portas de saída devem ser dispostas de maneira a serem visíveis, ficando terminantemente proibido qualquer obstáculo, mesmo ocasional, que entrave o seu acesso ou a sua vista.
  • 34. Nenhuma porta de entrada, ou saída, ou de emergência de um estabelecimento ou local de trabalho, deverá ser fechada a chave, aferrolhada, ou presa durante as horas de trabalho. Durante as horas de trabalho, poderão ser fechadas com dispositivos de segurança, que permitam a qualquer pessoa abri-las facilmente do interior do estabelecimento, ou do local de trabalho. Em hipótese alguma as portas de emergência deverão ser fechadas pelo 34 lado externo, mesmo fora do horário de trabalho. Combate ao Fogo Tão cedo o fogo se manifeste, cabe: a) acionar o sistema de alarme; b) chamar imediatamente o Corpo de Bombeiros; c) desligar máquinas e aparelhos elétricos, quando a operação do desligamento não envolver riscos adicionais; d) atacá-lo o mais rapidamente possível, pelos meios adequados. As máquinas e aparelhos elétricos que não devam ser desligados em caso de incêndio deverão conter placa com aviso referente a este fato, próximo à chave de interrupção. Poderão ser exigidos, para certos tipos de indústria ou de atividade em que seja grande o risco de incêndio, requisitos especiais de construção, tais como portas e paredes corta-fogo ou diques ao redor de reservatórios elevados de inflamáveis. Exercício de Alerta
  • 35. Os exercícios de combate ao fogo deverão ser feitos periodicamente, 35 objetivando: a) que o pessoal grave o significado do sinal de alarme; b) que a evacuação do local se faça em boa ordem; c) que seja evitado qualquer pânico; d) que sejam atribuídas tarefas e responsabilidades específicas aos empregados; e) que seja verificado se a sirene de alarme foi ouvida em todas as áreas. Os exercícios deverão ser realizados sob a direção de um grupo de pessoas, capazes de prepará-los e dirigi-los, comportando um chefe e ajudantes em número necessário, segundo as características do estabelecimento. Os planos de exercício de alerta deverão ser preparados como se fossem para um caso real de incêndio. Nas fábricas que mantenham equipes organizadas de bombeiros, os exercícios devem se realizar periodicamente, de preferência, sem aviso e se aproximando, o mais possível, das condições reais de luta contra o incêndio. As fábricas ou estabelecimentos que não mantenham equipes de bombeiros deverão ter alguns membros do pessoal operário, bem como os guardas e vigias, especialmente exercitados no correto manejo do material de luta contra o fogo e o seu emprego. Classes do Fogo Será adotada, para efeito de facilidade na aplicação das presentes disposições, a seguinte classificação de fogo:
  • 36. Classe A - são materiais de fácil combustão com a propriedade de queimarem em sua superfície e profundidade, e que deixam resíduos, como: tecidos, madeira, papel, fibras, etc.; Classe B - são considerados inflamáveis os produtos que queimem somente em sua superfície, não deixando resíduos, como óleo, graxas, vernizes, tintas, gasolina, etc.; Classe C - quando ocorrem em equipamentos elétricos energizados como 36 motores, transformadores, quadros de distribuição, fios, etc.; Classe D - elementos pirofóricos como magnésio, zircônio, titânio. Extinção por Meio de Água Nos estabelecimentos industriais de 50 (cinquenta) ou mais empregados, deve haver um aprisionamento conveniente de água sob pressão, a fim de, a qualquer tempo, extinguir os começos de fogo de Classe A. Os pontos de captação de água deverão ser facilmente acessíveis, e situados ou protegidos de maneira a não poderem ser danificados. Os pontos de captação de água e os encanamentos de alimentação deverão ser experimentados, frequentemente, a fim de evitar o acúmulo de resíduos. A água nunca será empregada: a) nos fogos da Classe B, salvo quando pulverizada sob a forma de neblina; b) nos fogos da Classe C, salvo quando se tratar de água pulverizada; c) nos fogos da Classe D;
  • 37. Os chuveiros automáticos, conhecidos como "splinklers", devem ter seus registros sempre abertos e só poderão ser fechados em casos de manutenção ou inspeção, com ordem da pessoa responsável. Um espaço livre de pelo menos 1,00m (um metro) deve existir abaixo e ao 37 redor das cabeças dos chuveiros, a fim de assegurar uma inundação eficaz. Extintores Em todos os estabelecimentos ou locais de trabalho só devem ser utilizados extintores de incêndio que obedeçam às normas brasileiras ou regulamentos técnicos do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial - INMETRO, garantindo essa exigência pela aposição nos aparelhos de identificação de conformidade de órgãos de certificação credenciados pelo INMETRO. Extintores Portáteis Todos os estabelecimentos, mesmo os dotados de chuveiros automáticos, deverão ser providos de extintores portáteis, a fim de combater o fogo em seu início. Tais aparelhos devem ser apropriados à classe do fogo a extinguir. O extintor tipo "Espuma" será usado nos fogos de Classe A e B. O extintor tipo "Dióxido de Carbono" será usado, preferencialmente, nos fogos das Classes B e C, embora possa ser usado também nos fogos de Classe A em seu início. O extintor tipo "Químico Seco" usar-se-á nos fogos das Classes B e C. As unidades de tipo maior de 60 a 150 kg deverão ser montadas sobre rodas. Nos incêndios Classe D, será usado o extintor tipo "Químico Seco", porém o pó químico será especial para cada material. O extintor tipo "Água Pressurizada", ou "Água-Gás", deve ser usado em fogos da Classe A, com capacidade variável entre 10 (dez) e 18 (dezoito) litros.
  • 38. Outros tipos de extintores portáteis só serão admitidos com a prévia 38 autorização da autoridade competente em matéria de segurança do trabalho. Método de abafamento por meio de areia (balde areia) poderá ser usado como variante nos fogos das Classes B e D. Método de abafamento por meio de limalha de ferro fundido poderá ser usado como variante nos fogos da Classe D. Figura 15: Classe de Fogo Inspeção dos Extintores Todo extintor deverá ter 1 (uma) ficha de controle de inspeção. Cada extintor deverá ser inspecionado visualmente a cada mês, examinando-se o seu aspecto externo, os lacres, os manômetros quando o extintor for do tipo pressurizado, verificando se o bico e válvulas de alívio não estão entupidos. Cada extintor deverá ter uma etiqueta de identificação presa ao seu bojo, com data em que foi carregado, data para recarga e número de identificação. Essa etiqueta deverá ser protegida convenientemente a fim de evitar que esses dados sejam danificados.
  • 39. Os cilindros dos extintores de pressão injetada deverão ser pesados semestralmente. Se a perda de peso for além de 10 (dez) por cento do peso original, deverá ser providenciada a sua recarga. 39 O extintor tipo "Espuma" deverá ser recarregado anualmente. As operações de recarga dos extintores deverão ser feitas de acordo com normas técnicas oficiais vigentes no País. Quantidade de Extintores Nas ocupações ou locais de trabalho, a quantidade de extintores será determinada pelas condições seguintes, estabelecidas para uma unidade extintora: ÁREA COBERTA P/ UNIDADE DE EXTINTORES RISCO DE FOGO CLASSE DE OCUPAÇÃO * Segundo Tarifa de Seguro Incêndio do Brasil - IRB (*) DISTÂNCIA MÁXIMA A SER PERCORRIDA 500 m² Pequeno "A" - 01 e 02 20 metros 250 m² Médio "B" - 02, 04, 05 ou 06 10 metros 150 m² Grande "C" - 07, 08, 09, 10, 11, 12 e 13 10 metros (*) Instituto de Resseguros do Brasil Independentemente da área ocupada, deverá existir pelo menos 2 (dois) extintores para cada pavimento.
  • 40. 40 Unidade Extintora SUBSTÂNCIAS CAPACIDADE DOS EXTINTORES NÚMERO DE EXTINTORES QUE CONSTITUEM UNIDADE EXTINTORA Espuma 10 litros 5 litros 1 2 Água Pressurizada ou Água Gás 10 litros 1 2 Gás Carbônico (CO2) 6 quilos 4 quilos 2 quilos 1 quilo 1 2 3 4 Pó Químico Seco 4 quilos 2 quilos 1 quilo 1 2 3 Localização e Sinalização dos Extintores Os extintores deverão ser colocados em locais: a) de fácil visualização; b) de fácil acesso; c) onde haja menos probabilidade de o fogo bloquear o seu acesso. Os locais destinados aos extintores devem ser assinalados por um círculo vermelho ou por uma seta larga, vermelha, com bordas amarelas. Deverá ser pintada de vermelho uma larga área do piso embaixo do extintor, a qual não poderá ser obstruída por forma nenhuma. Essa área deverá ser no mínimo de 1,00m x 1,00m (um metro x um metro).
  • 41. Os extintores não deverão ter sua parte superior a mais de 1,60m (um metro e sessenta centímetros) acima do piso. Os baldes não deverão ter seus rebordos a menos de 0,60m (sessenta centímetros) nem a mais de 1,50m (um metro e cinquenta centímetros) acima do piso. 41 Os extintores não deverão ser localizados nas paredes das escadas. Os extintores sobre rodas deverão ter garantido sempre o livre acesso a qualquer ponto de fábrica. Os extintores não poderão ser encobertos por pilhas de materiais. Sistemas de Alarme Nos estabelecimentos de riscos elevados ou médios, deverá haver um sistema de alarme capaz de dar sinais perceptíveis em todos os locais da construção. Cada pavimento do estabelecimento deverá ser provido de um número suficiente de pontos capazes de pôr em ação o sistema de alarme adotado. As campainhas ou sirenes de alarme deverão emitir um som distinto em tonalidade e altura de todos os outros dispositivos acústicos do estabelecimento. Os botões de acionamento de alarme devem ser colocados nas áreas comuns dos acessos dos pavimentos. Os botões de acionamento devem ser colocados em lugar visível e no interior de caixas lacradas com tampa de vidro ou plástico, facilmente quebrável. Esta caixa deverá conter a inscrição "Quebrar em caso de emergência". Base legal: NR-23; Art. 200 da CLT; Portaria MTb nº 290/1997 e os citados no texto.
  • 42. 42 3.4 Estrutura A área mínima necessária para uma loja de instrumentos musicais é de aproximadamente 80m². Entretanto, o empreendedor deverá analisar a quantidade de itens com os quais pretende trabalhar para dimensionar a loja, pois uma loja de instrumentos musicais pode ofertar uma grande variedade de itens e alguns deles ocupam muito espaço, como é o caso do piano e da bateria. Apresenta-se abaixo uma ideia de estrutura para uma loja de instrumentos musicais de médio porte, considerando a disponibilização de espaços específicos paraexposição dos produtos comercializados na loja, atendimento/vendas, estoque/depósito e área administrativo-financeira. Os espaços indicados acima devem ser dotados de layout adequado, respeitando a facilidade de movimentação, conforme segue: a. Exposição dos produtos: espaço destinado a exposição dos produtos comercializados pela loja de instrumentos musicais. Nesse espaço deverão ser dispostos os instrumentos musicais de tamanhos maiores e em estantes fechadas os itens menores, tais como cordas de violão, palhetas, microfones, dentre outros; b. Atendimento/Vendas: essa área deve ser ampla o suficiente para a alocação de balcões, tudo para que crie um clima de amigabilidade para a clientela; c. Estoque/Depósito: esse espaço deverá ser dotado de estantes/prateleiras amplas para acomodar os produtos a serem comercializados; d. Administrativo-financeiro: esse espaço é destinado à elaboração das tarefas administrativas e financeiras da loja de instrumentos musicais, tais como fechamento do caixa, conciliações das vendas via cheque, dinheiro, cartões de crédito, crediário, contas a pagar, dentre outros. Também serão executadas nessa área as tarefas de controle de estoques, compras e outras atividades de escritório.
  • 43. Não existe uma regra para a definição da estrutura física necessária para instalação de uma loja de instrumentos musicais. Mas como em qualquer outro empreendimento, os departamentos devem ser separados da melhor forma para organização do ambiente. Para que seja possível conseguir melhor visualização por parte dos clientes, a área de exposição dos produtos deve ter uma separação por tipo de instrumento, por exemplo: cordas, percussão, teclados, etc. Além dos aspectos citados, a estrutura da loja de instrumentos musicais deve ser planejada pensando na conservação dos equipamentos. Por exemplo, algunsequipamentos não podem receber a incidência da luz solar. Recomenda-se que o empreendedor consulte os fabricantes dos instrumentos para obter informaçõespara a conservação. 43 Funcionários O quadro de pessoal de uma loja de instrumentos musicais irá variar de acordo com o tamanho do empreendimento. Apresenta-se abaixo o quadro de pessoal para uma loja de médio porte, que deverá ser aproximadamente 03 (três) funcionários, sendo um destes o proprietário do empreendimento: • Uma pessoa para a área de vendas; • Uma pessoa para a área administrativo-financeira, incluindo serviços de caixa, contas a pagar, contas a receber, etc.; • Uma pessoa para a área de gerência. Esse cargo, de preferência, deverá ser ocupado pelo empreendedor. É indicado uma pessoa para serviços gerais, como limpeza da loja e serviços de copa. O vendedor e o gerente deverão conhecer bem as mercadorias comercializadas na loja de instrumentos musicais. É indicado que todos os funcionários entendam o básico sobre instrumentos musicais para auxiliarem o cliente na venda da mercadoria.
  • 44. Ressalta-se ainda que o proprietário do negócio deva estar presente em todas as operações da empresa, principalmente acompanhando a área de vendas e estoque, bem como a parte de gestão administrativo-financeira da empresa. 44 Equipamentos Para estruturar uma loja de instrumentos musicais serão necessários os seguintes equipamentos: • Conexão banda larga; • Estantes para colocar equipamentos e acessórios; • Expositores; • Impressora de cupons fiscais; • Suportes para instrumentos diversos; • Telefone/Fax; • Balcões; • Mesas; • Cadeiras; • Computador; • Expositores – balcões com vidro para facilitar a visualização de pequenas peças; • Impressora a laser. Por ser um empreendimento de alto investimento, o empreendedor deve considerar relevante a necessidade de instalação de sistema de alarmes e câmeras, bem como a possibilidade de contratação de seguro para os equipamentos e estoque, considerando os riscos pertinentes ao local em que a loja está instalada.
  • 45. 45 Mercadoria A gestão de estoques no varejo é a procura do constante equilíbrio entre a oferta e a demanda. Este equilíbrio deve ser sistematicamente aferido através de, entre outros, os seguintes três importantes indicadores de desempenho: Giro dos estoques: o giro dos estoques é um indicador do número de vezes em que o capital investido em estoques é recuperado através das vendas. Usualmente é medido em base anual e tem a característica de representar o que aconteceu no passado.Obs.: Quanto maior for a frequência de entregas dos fornecedores, logicamente em menores lotes, maior será o índice de giro dos estoques, também chamado de índice de rotação de estoques. Cobertura dos estoques: o índice de cobertura dos estoques é a indicação do período de tempo que o estoque, em determinado momento, consegue cobrir as vendas futuras, sem que haja suprimento. Nível de serviço ao cliente: o indicador de nível de serviço ao cliente para o ambiente do varejo de pronta entrega, isto é, aquele segmento de negócio em que o cliente quer receber a mercadoria, ou serviço, imediatamente após a escolha; demonstra o número de oportunidades de venda que podem ter sido perdidas, pelo fato de não existir a mercadoria em estoque ou não se poder executar o serviço com prontidão. Portanto, o estoque dos produtos deve ser mínimo, visando gerar o menor impacto na alocação de capital de giro. O estoque mínimo deve ser calculado levando-se em conta o número de dias entre o pedido de compra e a entrega dos produtos na sede da empresa. Organização Para que o empresário obtenha um processo produtivo que mantenha seu estabelecimento organizado e que atenda a demanda dos clientes é necessário que
  • 46. se atente a algumas tarefas. Uma delas é a organização e exposição dos produtos, onde os itens devem ser divididos em seções para a fácil localização dos clientes, facilitando assim a visualização por parte dos frequentadores. O empresário deverá ficar atento ao estoque para que não falte nenhum 46 item dos produtos que comercializa em seu estabelecimento. Na parte de exposição dos produtos e atendimento a clientes / vendas, o ambiente deve ser agradável, limpo, arejado/climatizado, bem iluminado, com os instrumentos musicais dispostos de forma a possibilitar facilidade para que o cliente possa visualizar as peças que são comercializadas. Segue uma sugestão básica para a organização do processo produtivo de uma loja de instrumentos musicais: Pedido de Compra do Produto: O empreendedor ou pessoa responsável pelas compras faz o pedido da mercadoria junto aos fornecedores. Recebimento do produto comprado: Na loja deve ter uma pessoa que se responsabilize pelo recebimento da mercadoria, que deve, preferencialmente, ser efetuado pelo empreendedor, ou pessoa deconfiança. Organização dos produtos na linha de venda: Após o recebimento da mercadoria comprada, e registro de todos os itens no sistema de controle de estoque, deve-se então retirar os itens que irão compor inicialmente a área de vendas/exposição. Baixa do Produto no Estoque: O empreendedor deve ter todos os seus produtos catalogados e cadastrados para que ocorra um controle de venda e por consequência um controle para o processo de compra de reposição. Venda do Produto: Ocorre através da abordagem realizada ao cliente pelo vendedor e pela atenção e exposição das peças até o cliente realizar o pagamento no caixa. Entrega do Produto ao Cliente: O produto deve ser entregue embalado para o cliente.
  • 47. Reposição do Produto no Estoque: Tendo um bom controle da saída das peças, o empreendedor faz a solicitação de novas peças para a reposição. Porém para esse segmento é importante ter um bom estoque. 47 Automação e Gestão de estabelecimentos Existem vários softwares no mercado que possibilitam a automação da gestão de estabelecimentos comerciais. Entretanto, o mais indicado é que o empresário invista em softwares específicos para uma loja de instrumentos musicais que permitirão a gestão mais eficiente, contemplando detalhes específicos do negócio. Dentre os benefícios que um software de gestão deve oferecer, pode-se elencar: • Controle de clientes com gerenciamento de relacionamento; • Informações do Serviço de Proteção ao Consumidor; • Criação de mala-direta com impressão de envelopes ou etiquetas; • Geração de etiquetas com código de barras para os produtos; • Personalização do perfil do cliente para gerar recomendação de venda, de acordo com as preferências do cliente; • Envio de e-mail direto e personalizado para comunicação com os clientes; • Controle de fornecedores com histórico de compras; • Controle de estoque automático através de compra/venda; • Listagem de preços; • Leitura de códigos de barras; • Controle de produtos promocionais; • Contas a pagar; • Controle de despesas; • Contas a receber ou crediário; • Controle bancário (taxas, tarifas, cheques já compensados, etc); • Fluxo de caixa; • Comissão de vendedores (as).
  • 48. 48 3.5 Investimento O investimento estimado para montar uma loja de instrumentos musicais, de porte médio, deverá girar em torno do que segue abaixo: a) Conexão banda larga – 1 – R$ 150,00 / mês; b) Estantes para colocar equipamentos e acessórios – 4 – R$ 3.600,00; c) Balcões Expositores com vidro – 2 – R$ 3.000,00; d) Impressora de cupons fiscais – 1 – R$ 1.300,00; e) Suportes para instrumentos diversos – 20 – R$ 3.000,00; f) Fax – 1 – R$ 450,00; g) Telefone – 3 – R$ 150,00; h) Mesas – 3 – R$ 1.500,00; i) Cadeiras – 9 – R$ 3.150,00; j) Computador – 3 – R$ 4.500,00; k) Impressora a laser – 1 – R$ 1.500,00. Total dos equipamentos – R$ 22.300,00 Observações: 1. Nos valores indicados para o investimento não está previsto o custo do software a ser utilizado na execução dos serviços da loja, já que a opção por um ou outro software irá variar bastante. 2. Não estão considerados os gastos relativos à aquisição do imóvel escolhido para a instalação da empresa, pois ele poderá ser alugado, nem mesmo está considerado o valor do aluguel mensal. 3. Os preços acima são meramente referenciais, para fins de estimativa do investimento necessário, podendo variar de acordo com a qualidade, estilo, local de aquisição, dentre outras variáveis.
  • 49. 4. No investimento citado acima não consta o valor referente à aquisição de mercadorias para iniciar a loja, mas acredita-se que um estoque inicial deverá girar na ordem de R$ 120.000,00. 49 Capital de Giro Capital de giro é o montante de recursos financeiros que a empresa precisa manter para garantir fluidez dos ciclos de caixa. O capital de giro funciona com uma quantia imobilizada no caixa (inclusive banco) da empresa para suportar as oscilações de caixa. O capital de giro é regulado pelos prazos praticados pela empresa, são eles: prazos médios recebidos de fornecedores (PMF); prazos médios de estocagem (PME) e prazos médios concedidos a clientes (PMCC). Quanto maior o prazo concedido aos clientes e quanto maior o prazo de estocagem, maior será sua necessidade de capital de giro. Portanto, manter estoquesmínimos regulados e saber o limite de prazo a conceder ao cliente pode melhorar muito a necessidade de imobilização de dinheiro em caixa. Se o prazo médio recebido dos fornecedores de matéria-prima, mão- de-obra, aluguel, impostos e outros forem maiores que os prazos médios de estocagem somada ao prazo médio concedido ao cliente para pagamento dos produtos, a necessidade de capital de giro será positiva, ou seja, é necessária a manutenção de dinheiro disponível para suportar as oscilações de caixa. Neste caso um aumento de vendas implica também em um aumento de encaixe em capital de giro. Para tanto, o lucro apurado da empresa deve ser ao menos parcialmente reservado para complementar esta necessidade do caixa. Se ocorrer o contrário, ou seja, os prazos recebidos dos fornecedores forem maiores que os prazos médios de estocagem e os prazos concedidos aos clientes para pagamento, a necessidade de capital de giro é negativa. Neste caso, deve-se atentar para quanto do dinheiro disponível em caixa é necessário para honrar compromissos de pagamentos futuros (fornecedores, impostos). Portanto, retiradas e imobilizações excessivas poderão fazer com que a empresa venha a ter problemas com seus pagamentos futuros.
  • 50. Um fluxo de caixa, com previsão de saldos futuros de caixa deve ser implantado na empresa para a gestão competente da necessidade de capital de giro. Sóassim as variações nas vendas e nos prazos praticados no mercado poderão ser geridas com precisão. Nesse segmento, normalmente a necessidade de Capital de Giro é de nível alto, principalmente pelo fato de ter que manter um estoque bastante expressivo tenderá a variar na ordem de 90% a 130% do investimento total. 50 Custos São todos os gastos realizados na produção de um bem ou serviço e que serão incorporados posteriormente no preço dos produtos ou serviços prestados, como: aluguel, água, luz, salários, honorários profissionais, despesas comerciais, insumos consumidos no processo de prestação e execução de serviços, depreciação de maquinário e instalações. O cuidado na administração e redução de todos os custos envolvidos na compra, prestação e venda de serviços que compõem o negócio, indica que o empreendedor poderá ter sucesso ou insucesso, na medida em que encarar como ponto fundamental a redução de desperdícios, a compra pelo melhor preço e o controle de todas as despesas internas. Quanto menores os custos, maior a chance de ganhar no resultado final do negócio. Os custos para abrir uma loja de instrumentos musicais podem ser estimados considerando os itens e valores referenciais abaixo: 1. Salários, comissões (caso a remuneração de serviço de colaboradores seja feita com base em desempenho; comissão sobre vendas) e encargos: R$ 4.000,00; 2. Tributos, impostos, contribuições e taxas: R$ 850,00; 3. Aluguel, taxa de condomínio, segurança: R$ 2.500,00; 4. Água, luz, telefone e acesso a internet: R$ 600,00; 5. Manutenção de software: R$ 200,00;
  • 51. 6. Produtos para higiene e limpeza da empresa e funcionários: R$ 300,00; 7. Recursos para manutenções corretivas e preventivas das instalações: 51 R$ 600,00; 8. Valores para quitar possíveis financiamentos de produtos, somente considerar esse valor caso exista financiamentos na empresa: R$ 1.200,00; 9. Propaganda e publicidade da empresa: R$ 1.500,00; 10. Aquisição de maquinas e equipamentos, além de outros produtos para funcionamento da loja de instrumentos musicais: R$ 3.000,00. Observação: Os custos indicados acima considera o conjunto de todo o texto desse material, o que poderá ser maior ou menor, dependendo da estruturação e concepção queseja dado ao empreendimento. O empreendedor deve primar pelo controle da manutenção das vendas e o nível de estoque, de forma criteriosa, mantendo, em níveis pré-estabelecidos no Planode Negócio, as despesas e os custos, buscando alternativa para minimizar esses dois elementos, mas sem comprometer a qualidade final de seu produto, que são os instrumentos musicais de primeira linha e também de menor custo, mas com boa qualidade também. Diversificação Para manter-se competitiva, uma loja de instrumentos musicais precisa buscar alternativas que a diferencie dos concorrentes. Manter um banco de dados com informações dos clientes fornecerá subsídios para um atendimento personalizado, possibilitando um melhor atendimento e possivelmente superar as expectativas do cliente. Ao oferecer um atendimento de qualidade, a empresa cria um diferencial, constrói um relacionamento de confiança e torna inconveniente a migração do
  • 52. cliente para um concorrente. Também é importante que os funcionários entendam dos instrumentos musicais que serão comercializados, sabendo sugerir o melhor negócio ao cliente, oferencendo as vantagens de cada produto. Outra possibilidade para agregar valor está na prestação de pequenos 52 serviços, como por exemplo, troca de encordoamento, afinação de instrumentos. Divulgação A propaganda é um importante instrumento para tornar a loja de instrumentos musicais e seus produtos e serviços conhecidos pelos clientes potenciais. O objetivo da propaganda é construir uma imagem positiva frente aos clientes. Uma das formas de divulgação é o marketing de relacionamento que consiste numa relação pessoal com os possíveis clientes, gerando visitas aos consumidores potenciais para apresentação do portfólio e os produtos comercializados pela empresa. Visitas em escolas de música são indicadas, como também colocar cartazes e panfletos nestes locais. Além do marketing de relacionamento, o empresário poderá utilizar-se de outras formas de divulgação como: a) Uso de identidade visual da empresa e seus produtos na apresentação do portfólio; b) Participação em feiras e eventos do ramo; c) Anúncio nos veículos de comunicação especializados; d) Patrocinar eventos musicais, como apresentação de corais, peças musicais, etc. e) Site com apresentação atraente, contendo o portfólio da empresa e curiosidades sobre seu funcionamento pode atrair clientes que estejam procurando novidades na rede mundial de computadores.
  • 53. A mídia mais adequada para divulgação é aquela que tem linguagem direcionada ao público-alvo, que apresente o seu produto segundo o que o possível cliente se enquadre, e que tenha compatibilidade com a capacidade de pagamento de tais clientes. Assim terá uma maior penetração e credibilidade junto ao cliente. Todas as formas de divulgação apresentadas são importantes para divulgação da loja de instrumentos musicais, e terão o resultado potencializado se o empresário investir no bom atendimento, que atenda as expectativas das necessidades dos clientes e na qualidade dos produtos. A atenção dispensada ao cliente e produtos de qualidade aliados a um 53 preço justo, podem ser a garantia do retorno do cliente. 3.6 Informações Fiscais e Tributárias O segmento de LOJA DE INSTRUMENTOS MUSICAIS, assim entendido pela CNAE/IBGE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas) 4756-3/00 como a atividade de exploração de comércio varejista de instrumentos musicais e acessórios, poderá optar pelo SIMPLES Nacional - Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas ME (Microempresas) e EPP (Empresas de Pequeno Porte), instituído pela Lei Complementar nº 123/2006, desde que a receita bruta anual de sua atividade não ultrapasse a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) para micro empresa R$ 3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais) para empresa de pequeno porte e respeitando os demais requisitos previstos na Lei. Nesse regime, o empreendedor poderá recolher os seguintes tributos e contribuições, por meio de apenas um documento fiscal – o DAS (Documento de Arrecadação do Simples Nacional), que é gerado no Portal do SIMPLES Nacional (http://www8.receita.f azenda.gov.br/SimplesNacional/): • IRPJ (imposto de renda da pessoa jurídica); • CSLL (contribuição social sobre o lucro); • PIS (programa de integração social); • COFINS (contribuição para o financiamento da seguridade social); • ICMS (imposto sobre circulação de mercadorias e serviços);
  • 54. 54 • INSS (contribuição para a Seguridade Social relativa a parte patronal). Conforme a Lei Complementar nº 123/2006, as alíquotas do SIMPLES Nacional, para esse ramo de atividade, variam de 4% a 11,61%, dependendo da receita bruta auferida pelo negócio. No caso de início de atividade no próprio ano-calendário da opção pelo SIMPLES Nacional, para efeito de determinação da alíquota no primeiro mês de atividade, os valores de receita bruta acumulada devem ser proporcionais ao número de meses de atividade no período. Se o Estado em que o empreendedor estiver exercendo a atividade conceder benefícios tributários para o ICMS (desde que a atividade seja tributada por esse imposto), a alíquota poderá ser reduzida conforme o caso. Na esfera Federal poderá ocorrer redução quando se tratar de PIS e/ou COFINS. Se a receita bruta anual não ultrapassar a R$ 60.000,00 (sessenta mil reais), o empreendedor, desde que não possua e não seja sócio de outra empresa, poderá optar pelo regime denominado de MEI (Microempreendedor Individual) . Para se enquadrar no MEI o CNAE de sua atividade deve constar e ser tributado conforme a tabela da Resolução CGSN nº 94/2011 - Anexo XIII (http://www.receita.fazenda.gov.br/legislacao/resolucao/2011/CGSN/Resol94.htm). Neste caso, os recolhimentos dos tributos e contribuições serão efetuados em valores fixos mensais conforme abaixo: I) Sem empregado • 5% do salário mínimo vigente - a título de contribuição previdenciária do empreendedor; • R$ 1,00 mensais de ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias. II) Com um empregado: (o MEI poderá ter um empregado, desde que o salário seja de um salário mínimo ou piso da categoria) O empreendedor recolherá mensalmente, além dos valores acima, os seguintes percentuais: • Retém do empregado 8% de INSS sobre a remuneração; • Desembolsa 3% de INSS patronal sobre a remuneração do empregado.
  • 55. Havendo receita excedente ao limite permitido superior a 20% o MEI terá 55 seu empreendimento incluído no sistema SIMPLES NACIONAL. Para este segmento, tanto ME, EPP ou MEI, a opção pelo SIMPLES Nacional sempre será muito vantajosa sob o aspecto tributário, bem como nas facilidades de abertura do estabelecimento e para cumprimento das obrigações acessórias. Fundamentos Legais: Leis Complementares 123/2006 (com as alterações das Leis Complementares nºs 127/2007, 128/2008 e 139/2011) e Resolução CGSN - Comitê Gestor do Simples Nacional nº 94/2011. Como fornecer música em eventos Conforme o estudo realizado por Salazar (2010) – Fonte SEBRAE-, o negócio da música faz parte da indústria do entretenimento e movimenta bilhões de dólares em todo o mundo. Segundo o autor, o negócio da música é um gênero do qual fazem parte três espécies: • O show business: diz respeito à cadeia produtiva que gira em torno da apresentação musical e do artista. • Indústria fonográfica envolve a comercialização do disco e de produtos afins como o DVD. • Direitos autorais dizem respeito a licenças de uso e à propriedadeintelectual
  • 56. 56 3.7 Isolamento Acústico O som é definido como a propagação de uma frente de compressão mecânica ou onda longitudinal, se propagando tridimensionalmente pelo espaço e apenas em meios materiais, como o ar ou a água. Para que esta propagação ocorra, é necessário que aconteçam compressões e rarefações em propagação do meio. Estas ondas se propagam de forma longitudinal. Quando passa, a onda sonora não arrasta as partículas de ar, por exemplo, apenas faz com que estas vibrem em torno de sua posição de equilíbrio. A audição humana considerada normal consegue captar freqüências de onda sonoras que variam entre aproximadamente 20Hz e 20000Hz. São denominadas ondas de infra-som, as ondas que tem freqüência menor que 20Hz, e ultra-som as que possuem freqüência acima de 20000Hz. Figura 12: Gráfico do Espectro Sonoro Fonte: Imagem do livro "FQ8 - Sustentabilidade na Terra - Edições ASA"
  • 57. 57 Normas sobre desempenho acústico conforme a ABNT ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas é o órgão responsável pela normalização técnica no país, fornecendo assim a base necessária ao desenvolvimento tecnológico brasileiro. Código - ABNT NBR 10.152: 1987 Versão Corrigida: 1992 Título: Níveis de ruído para conforto acústico - Procedimento Objetivo: Esta Norma fixa os níveis de ruído compatíveis com o conforto acústico em ambientes diversos. ABNT NBR 10152:1987 Versão Corrigida:1992 Objetivo: Esta Norma fixa os níveis de ruído compatíveis com o conforto acústico em ambientes diversos. ABNT NBR 15575-4:2013 Objetivo: Esta parte da ABNT NBR 15575 estabelece os requisitos, os critérios e os métodos para a avaliação do desempenho de sistemas de vedações verticais internas e externas (SVVIE) de edificações habitacionais ou de seus elementos.
  • 58. 58 Capítulo 4 4.1. Briefing Loja Função da loja Ser totalmente interativa, confortável e descolada - onde o cliente possa entrar para testar e tocar os instrumentos, investir em equipamentos de qualidade e o principal: desfrutar ao máximo o estilo musical. Público-alvo: jovens entre 14 e 21 anos, músicos e profissionais que trabalham no ramo musical. No andar térreo da loja, ficará disponível todos os instrumentos como as guitarras, baixos, baterias e teclados; equipamentos como amplificadores, pedais e microfones ficarão localizados no corredor principal em um móvel especialmente projetado para eles; assim quando o cliente entrar poderá ir até o balcão dos acessórios escolher os produtos ou tirar dúvidas com os funcionários. Ao lado da seção das baterias, os clientes pediram para que fosse construído um pequeno palco com um grande telão e luzes de led, isso será feito em razão da interatividade que a loja quer ter com seus clientes.Também será o lugar onde bandas novas no mercado musical irão se apresentar, outro grande diferencial da loja sãoas diferentes palestras e workshops que haverá todo mês - os palestrantes serão profissionais do mercado musical e até mesmo músicos convidados para trocar experiências diretamente com o público. Gabriel e Cibelle também pediram para que fossem criados móveis espaçosos que expusesseos instrumentos de uma forma prática. Foram projetados estantes com iluminação embutida de spots para as guitarras e para as baterias, com diferentes prateleiras, entre as estantes das guitarras existem nichos que expõem livros à venda relacionados ao tema da loja. Ao invés de montar um estoque no mezanino, os clientes gostariam que o lugar também fosse aproveitado para ter ainda mais interação, pediram para que fosse projetado um ambiente com um toque íntimista e ao mesmo tempo moderno – com poltronas confortáveis para que os clientes pudessem ouvir músicas em fones de ouvido, ainda no mezanino foi criado outro móvel que expõe discos e cds que estão a venda.
  • 59. Figura 13: Mapa localição do Bourbon Shopping Localização:A primeira loja da rede será inaugurada no Bourbon Shopping localizado na Rua Turiassú, 2100 - Pompéia –os clientes optaram pelo Bourbon por ser um local onde se tem muitos eventos culturais (em partes por causa do Sesc Pompéia localizado ao lado) e um diferente mix de estilos. Figura 14: Mapa original do Bourbon Shopping Fonte: < www.bourbonshopping.com.br/site/imagens/mapa_shopping_saopaulo.swf> 59
  • 60. 60 4.2 Plantas e perspectivas
  • 61. 61
  • 62. 62
  • 63. 63
  • 64. 64
  • 65. 65
  • 66. 66
  • 67. 67
  • 68. 68
  • 69. 69
  • 70. 70
  • 71. 71
  • 72. 72
  • 73. 73
  • 74. 74
  • 75. 75
  • 76. 76
  • 77. 77
  • 79. 79
  • 80. 80
  • 81. Vista da frente da loja e das vitrines Vista do palco ao lado da seção das baterias e teclados 81
  • 82. Vista de uma das laterais: seção dos instrumentos com corda Vista do balcão e da caixa 82
  • 83. Vista do mezanino para o palco no térreo da loja Escadas para o mezanino, onde ficam as poltronas e os discos 83
  • 84. Vista do mezanino: poltronas, puffs e até uma jukebox – para um ambiente mais descontraído, onde os clientes podem sentar e ouvir os cds favoritos. Vista do mezanino: detalhes como as luzes de LED “penduradas”, o adesivo na parede e as poltronas. 84
  • 85. Vista do mezanino para a lateral dos intrumentos de cordas. Vista do mezanino: detalhe para os puffs imitando Kombis com os ipads ao lado 85
  • 86. 86 4.4 Memorial Descritivo
  • 87. 87
  • 88. 88
  • 89. 89
  • 90. 90
  • 91. 91
  • 92. 92
  • 93. 93
  • 94. 94
  • 95. 95
  • 96. 96
  • 97. 97
  • 98. 98
  • 99. 99
  • 100. 100
  • 101. 101
  • 102. 102
  • 103. 103
  • 105. 105
  • 106. 106
  • 107. 107
  • 108. 108
  • 109. 109
  • 110. 110 CONTRATO DE PROJETO DE DESIGN DE AMBIENTES REFERENCIA: Projeto de Design de Ambientes completo do imóvel localizado à Rua Turiassú, 2100 – Pompéia, São Paulo – 05005-900 – São Paulo/SP de nome Shopping Bourbon no terceiro andar, Piso Pompéia, loja 32. CONTRATANTE: Gabriel DeCario Inscrito no CPF sob número 458.753.258-43, e Cibelle DeCario inscrito no CPF 356.888.798-46, casados e com a comunhão parcial de bens, com endereço à Av. Francisco Matarazzo, 220 –Água Branca – 05001-000 – São Paulo/SP; CONTRATADO: Estúdio Ola Inscrito no CNPJ sob número 12.345.678/0001-23, Com endereço à Rua. Veiga Filho, 80 – Santa Cecília – 01229-000 – São Paulo/SP 01. OBJETO DO CONTRATO: O presente contrato tem por objetivo, a execução pelo CONTRATADO, dos serviços contidos na Cláusula 02, subsequente, relacionados com a referência do presente contrato. 02. DESCRIÇÃO DOS SERVIÇOS: Os serviços a serem executados pelo CONTRATADO consistem no desenvolvimento completo do projeto de DESIGN DE INTERIORES/AMBIENTES e COMUNICAÇÃO VISUAL composto de dados concepcionais apresentados em escala adequada à perfeita compreensão dos elementos nele contidos: 02.01. Estudo Preliminar – Briefing, estudos preparatórios, relatórios, desenhos esquemáticos, e demais documentos em que se demonstra a compreensão do problema e a definição dos critérios e diretrizes conceituais para o desenvolvimento do trabalho; 02.02. Projeto Conceitual – desenhos de lançamento das propostas anunciadas no Estudo Preliminar, acompanhadas de cálculos e demais instrumentos de demonstração das propostas apresentadas no projeto; incluem-se instruções a serem encaminhadas aos responsáveis pelos projetos de instalação elétrica, ar condicionado e automação, como a indicação da composição dos comandos e modo de operação dos mesmos, que evidenciem as diferentes possibilidades de uso dos sistemas propostos; compreende também a compatibilização, atividade em que se justapõem as informações técnicas e as necessidades físicas relativas às determinações do projeto de Design de Ambientes, as decorrentes dos demais projetos integrantes do trabalho global (arquitetura, estrutura, instalações elétricas e telefônicas, hidráulicas, de ar condicionado, de sonorização e sprinklers, interiores e exteriores, paisagismo) e a Comunicação Visual, com a finalidade de garantir a coexistência física e técnica indispensável ao perfeito andamento da execução do projeto; 02.03. Projeto Executivo – concretização das ideias propostas no Projeto Conceitual devidamente compatibilizadas a partir da integração do projeto de Ambientes com todos os
  • 111. 111 sistemas prediais envolvidos no trabalho. Inclui-se as informações técnicas pertinentes à correta integração dos ambientes e demais equipamentos aos detalhes da arquitetura, bem como os dados do equipamento especificado, para a concretização dos conceitos estabelecidos no projeto. Os desenhos referentes móveis, equipamentos, revestimentos, materiais e acabamentos deverão ser inseridos no Projeto Executivo ou complemento deste (Memorial Descritivo), para que haja perfeita compreensão das dimensões físicas e da forma de instalação dos mesmos no edifício. O detalhamento de móveis e acessórios especiais serão considerados serviços extraordinários; Parágrafo único: os desenhos serão apresentados em escala. 02.04. Supervisão Técnica – atividade de acompanhamento da execução das obras do edifício ou empreendimento, para constatação da correta execução de suas determinações e apresentação de modificações ou adaptações tecnicamente convenientes, quando necessário e pertinente. Não ficam acordadas visitas técnicas à obra durante o andamento da construção do edifício. As visitas necessárias durante a fase de acabamento serão acordadas em instrumento à parte posteriormente. 03. PRAZOS: 03.01. Os serviços ora contratados serão executados nos prazos abaixo especificados: 03.01.01. ESTUDO PRELIMINAR: 15 (quinze) dias após a assinatura deste contrato; 03.01.03. PROJETO CONCEITUAL: 35 (trinta e cinco) dias após a entrega do Estudo Preliminar; 03.01.04 PROJETO EXECUTIVO: 120 (cento e vinte) dias após a entrega do Projeto Conceitual. 03.02. Os prazos acima constituem os mínimos necessários para o desenvolvimento técnico dos serviços, podendo, no entanto, serem dilatados a pedido do CONTRATANTE. 03.03. Não serão contados os dias em que o projeto ficar retido pelo CONTRATANTE, para apreciação. 03.04. Os prazos acima não se vinculam aos prazos necessários para aprovação junto aos órgãos competentes, podendo, entretanto, o CONTRATADO desenvolver, paralelamente e estes trâmites, as etapas posteriores. 03.05. Os prazos acima serão contados a partir da entrega dos elementos necessários ao desenvolvimento do projeto pelo CONTRATANTE, ou seja, levantamento planialtimétrico, sondagens, plantas arquitetônicas, escrituras e civis, etc. 04. HONORÁRIOS:
  • 112. 112 04.01. Para uma área bruta aproximadamente de 131,20 metros quadrados de área a ser trabalhada e valor do metro quadro de R$65,00, o valor do Projeto será de R$ 8.528,00. Pelos serviços previstos no presente contrato o CONTRATANTE pagará ao CONTRATADO, os honorários calculados em R$ 8.528,00 (oito mil e quinhentos e vinte e oito reais) que serão pagos da seguinte forma: 04.01.01. 20% – na assinatura do contrato, valor de R$1.705.60 (mil e setecentos e cinco reais e sessenta centavos); 04.01.04. 30% – na entrega do Projeto Conceitual, valor de R$2.558,40 (dois mil e quinhentos e cinquenta e oito reais e quarenta centavos); 04.01.05. 50% – na entrega do Projeto Executivo, valor de R$4.264,00 (quatro mil e duzentos e sessenta e quatro reais). 04.02. Não constam do preço do projeto; 04.02.01. Impostos, taxas, emolumentos e registro na Prefeitura; 04.02.02. Sondagens e levantamentos de patologias prediais; 04.02.03. Cópias heliográficas, xerográficas e fotografias; 04.02.04. Maquetes, perspectivas e plantas de comercialização; 04.02.05. Alterações introduzidas pelo CONTRATANTE nas etapas subsequentes que já foram previamente analisadas e aprovadas; 04.02.06. Projetos complementares de instalações hidráulicas, sanitários, elétricas, movelarias exclusivas, intervenções arquitetônicas, etc. 04.03. O pagamento de cada etapa deverá ser efetuado até 5 (cinco) dias úteis após a aprovação (de acordo) dos serviços correspondentes, contra emissão dos respectivos recibos de honorários profissionais. 04.03.01. O CONTRATANTE terá 5 (cinco) dias úteis para a aprovação ou solicitação de eventuais alterações a contar da data de cada etapa. 04.03.02. Os pagamentos efetuados após seu vencimento sofrerão multa de 30% (trinta). 04.04. Todas as alterações introduzidas no projeto pelo CONTRATANTE, visitas à obra e sua fiscalização serão cobradas por hora técnica, de acordo com os valores a seguir convencionados. – Designer de Ambientes……………………………….. R$ 125,00/hora – Desenhista …………………………………....……….. R$ 125,00/hora
  • 113. 113 05. OBRIGAÇÕES DO CONTRATADO: Constituem obrigações do CONTRATADO; 05.01. Indicar e mediar a contratação de todo o pessoal necessário a execução dos serviços objeto deste contrato: pedreiros, instaladores, gesseiros, marceneiros, serralheiro e fornecedores. 05.02. Responder perante o CONTRATANTE, pela execução e entrega dos objetos da Cláusula 02. 05.03. Assumir, na qualidade de autoria, a responsabilidade técnica pelas especificações feitas, atendendo prontamente às exigências, modificações e esclarecimentos que forem necessários bem como intermediar as partes fornecedor/cliente quando houver algum problema. 05.04. Fornecer um CD com as plantas, detalhes relativos ao desenvolvimento do projeto e memorial descritivo ao CONTRATANTE. 05.05. Coordenar e dar orientação geral nos projetos complementares ao projeto de Design de Ambientes, tais como indicações de alterações nas instalações elétricas e telefônicas, arquitetura, instalações hidráulicas e outros, podendo, a pedido do CONTRATANTE, indicar profissionais legalmente habilitados para sua execução. 05.06. O CONTRATADO deve elaborar os projetos objetivados no presente contrato, em obediência às normas e especificações técnicas vigentes, responsabilizando-se pelos serviços prestados, na forma da legislação em vigor. 06. OBRIGAÇÕES DO CONTRATANTE: 06.01. Ressarcir as despesas havidas pelo CONTRATADO, tais como decorrentes de projetos técnicos complementares, memoriais e tabelas técnicas de incorporação, cópias heliográficas, xerográficas e outras não especificadas, desde que autorizadas pelo CONTRATANTE. 06.02. Fornecer ao CONTRATADO, todos os documentos como cópias de escrituras, levantamentos planialtimétricos, sondagens, plantas arquitetônicas e civis e profissionais para a elaboração dos projetos complementares, etc. 06.03. Pagar as despesas relativas a fotografias, mapas, maquetes e plantas de comercialização necessários a representação dos projetos. 06.04. Pagar os honorários do CONTRATADO e projetos complementares, referentes a projetos modificativos, e alterações de projetos das fases já executadas, decorrentes das solicitações feitas pelo CONTRATANTE, independente das razões que o motivaram. Esses honorários serão cobrados conforme Cláusula 04.04 do presente contrato. 07. CONDIÇÕES GERAIS