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Universidade Federal de Santa Catarina
Departamento de Engenharia mecânica e Materiais
Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais

                                                     Prof. Orestes Alarcon | Doutorando e Engenharia de Materiais
                                                                     Pós-graduação em Ciência Alexandre Gallioto
BIBLIOGRAFIA




RELATÓRIO BRUNTLAND – Nosso futuro comum - 1988




•JARED DIAMOND, Colapso 2005; ARMAS, GERMES E AÇO
•CAPRA, Fritjof. As Conexões Ocultas. Editora Cultrix, 2002.
•HAWKEN, P.; LOVINS. Capitalismo Natural. São Paulo: Cultrix - Amana Key, 1999.
•BROWN, Lester R. Eco-Economia: Salvador: UMA. 2003; PLANO B 4.0 2010.
•TIBOR, Tom. ISO 1400. São Paulo: editora Futura, 1996
•CALLENBACH, E., Gerenciamento Ecológico - EcoManagement Guia do Instituto Elmwood de Auditoria Ecológica
    e Negócios Sustentáveis. Cultrix - Amana
•VALLE, Qualidade Ambiental: ISO 1400. São Paulo: editora SENAC São Paulo, 2002.
•CHEHEBE, Análise de Ciclo de Vida de Produtos.Qualitymark Ed. 1998.
•WEINER, Jonathan. Os Próximos Cem Anos, Campus, 1992.




                                                                          Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
BIBLIOGRAFIA

•SARIEGO, .As Ameaças do Planeta Azul. São Paulo: Scipione ed. 1994.
•SVIREZHEV, Yuri M. Towards a thermodynamic Theory for Ecological Systems. Amsterdam; Boston : Elsevier, 2004
•JAMES LOVELOCK. Gaia - Cura para um Planete Doente 2006
•HARNESSING MATERIASL FOR ENERGY – MRS Bulletin april 2008
•JEREMY RYFTIN – TERCEIRA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL 2012, ENTROPIA, O FIM DO EMPREGO
•DAVID HARVEY – YOU TUBE – CRISE DO CAPITALISMO – MILENIO ENTREVISTA
•INSIDE JOB – A CRISE FINANCEIRA DO CAPITALISMO 2008
•UMA VERDADE INCOVENIENTE – AL GORE 2006
•MILTON SANTOS – YOUTUBE GLOBALIZAÇÃO RODA VIVA
•GEO 5 – PERPECTIVAS DO MEIO AMBIENTE MUNDIAL PNUMA 2012 – RIO+20




                                                                         Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO DA DISCIPLINA

Módulo 1 | Introdução - Sensibilização: Conceitos, Paradoxos e Paradigmas
Definições e conceitos
Terceira Revolução Industrial
Plano B
Capitalismo Natural: A Nova Revolução Industrial
Opções na economia de energia: geração, hypercars elétricos, edifícios sustententáveis

Módulo 2 | Energia e Engenharia de Materiais
Tecnologia do carvão
Òleo, gás
Energia do Vento
Energia Solar
BioEnergia
Estocagem de energia
Célula a combustível
Transporte sob rodas
Edificações

Módulo 3 | Sistema de Gestão Ambiental - SGA
Produção + Limpa
Análise do Ciclo de Vida
ISO 14000


                                                                                     Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
CONCEITOS BÁSICOS
                                                               DEFINIÇÕES




“before to discuss the problem, let us come to an agreement
about definitions”

(N.Timofeev Resovsky)




                                       Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
MATERIAIS & DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL




Engenharia de materiais

Fundamentalmente trata das relações de transformações industriais
de recursos naturais , envolvendo matérias-primas, insumos e
energia, em bens de consumo manufaturados.

Considerando o novo paradigma de desenvolvimento sustentável a
engenharia de materiais deve se preocupar com a eficiência dos
processos de transformacao e os impactos que essas transformações
industriais causam na natureza.
Fechar o ciclo dos materiais: principal estratégia



                                                     Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
No passado...



300.000 AC
Na idade da pedra o Homem já fazia os seus próprios artefatos em
material cerâmico.
4.000 AC
Na idade do cobre, com a descoberta do fogo, o Homem começou
a fundir e moldar o cobre — iniciou-se o processamento dos
materiais metálicos
3.000 AC
Na idade do bronze, o Homem começou a misturar metais para
obter objectos mais moldáveis e com melhores propriedades —
aprofundou-se o conhecimento no processamento dos materiais
metálicos
1.500 AC
Na idade do ferro, o Homem descobriu o ferro e iniciou-se uma
nova era com a descoberta da roda — processamento avançado
dos materiais metálicos



                                                        Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
...no passado recente

Marcos históricos para o desenvolvimento industrial                                        Séc. XIX e XX

Sir Henry Bessemer, patenteou um processo simples de produzir aço em larga escala                    1855
a preço moderado.
O Processo de Hall, possibilitou a extração eletroquímica do alumínio e a respectiva                 1886
comercialização em grande escala.
O desenvolvimento do Nylon comercial, foi o ponto de partida para a indústria dos                    1939
plásticos.
O desenvolvimento de ligas metálicas à base de alumínio, titânio e níquel, mais
leves e resistentes a altas temperaturas, contribui para o progresso tecnológico                     1950

O desenvolvimento do primeiro transistor de silício e
aumento da densidade de circuitos eletrônicos numa                                                   1955
mesma bolacha de silício (miniaturização).
Desenvolvimento de cerâmicos supercondutores de
elevada temperatura.                                                                               1980...
Desenvolvimento de fibras ópticas e sua aplicação
nas comunicações ópticas. Revolução nas
comunicações e aparecimento da era digital.

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...na atualidade




Os Polímeros
•Embalagens (41%)
•Construção civil (19%)
•Eletrodomésticos (18%)
•Indústria elétrica/
Eletrônica (8%)
•Indústria automóvel (7%)
•Agricultura (3%)
•Diversos (4%)




                            Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
...na atualidade




                           Os metais,
                          os cerâmicos
                        e os compósitos




Os Semicondutores




                    Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
...na atualidade



                            Ecomateriais




Biomateriais




               Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
...na atualidade




  Desenvolvimento de
biomaterial que substitui
    osso humano.

                            Biomateriais




                                           Estudo de ligas metálicas
                                            com memória de forma
                                           aplicação em endodontia.


                                            Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
...no futuro




A eletrônica transparente
        e flexível




                                  Nanomateriais




                            Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
...no futuro




Janelas de transmitância regulável
 com material eletrocrómico auto
  alimentada por células solares
        semitransparentes.




                                     Ecomateriais




                                         Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
MATERIAIS & DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL



“Desenvolvimento sustentável

É aquele que atende as necessidades do presente sem
comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem
suas próprias necessidades”

Relatório Bruntland “Nosso futuro Comum” 1987




                                          Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
CONCEITOS BÁSICOS




•   (Constituição Brasileira, 1988).



Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado,
    bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida,
    impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e
    p
    preservá-lo para as presentes e futuras gerações




                                                 Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
ÍNDICE DE SUSTENTABILIDADE
                             Conferência Mundial sobre o Meio Ambiente (Rio-92).


Índice:                                    Sustentabilidade

Auxilia a transmitir um conjunto de        É baseado na identificação de quando os
informações sobre complexos processos,     recursos são consumidos mais rapidamente
eventos ou tendências.                     do que eles são produzidos ou renovados.




Permite a avaliação de um sistema complexo (natural, antrópico,
econômico, social, etc.) e que determina o nível ou a condição em
que esse sistema deve ser mantido para que seja sustentável.



                                                     Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
Conferência Mundial sobre o Meio Ambiente (Rio+20).




                        Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL




Desenvolvimento que atenda as
necessidades e aspirações do




                                                                    l
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presente sem comprometer a




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capacidade das gerações




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futuras atenderem as suas*.




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                                                                Econômico
                                     Re




                                               Excelência Operacional


* WCDE, 1987, “Nosso futuro comum”                                 Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
RESPONSABILIDADE COMPARTILHADA
                                                             TRANSPARENCIA
                                  Governos e Organizações
                                     Intergovernamentais




   Organizações Privadas                                                Sociedade Civil


Ninguém pode resolver ou implementar o desenvolvimento sustentável sozinho.
É preciso implementar uma gestão cooperativa. Para tal a transparência é fundamental;

                                                            Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
ÍNDICES DE SUSTENTABILIDADE - CARACTERIZAÇÃO



Pegada Ecológica (EF – Ecological Footprint)

• Mathis Wackernagel e William Rees (1996)


  Área total de terra ou de mar produtivo requerida para produzir todas as
  colheitas, carne, frutos do mar, madeira e fibra, que é utilizado para
  sustentar o consumo de energia de uma população e para dar o espaço
  para sua infra-estrutura.


Pode ser calculado para um único individuo até para a população mundial.




                                                    Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
Pegada Ecológica


•   O relatório da Cúpula Mundial de Desenvolvimento Sustentável, em
    Johannesburgo (2002) diz que a humanidade está usando 20 % a mais dos
    recursos naturais do que o planeta consegue repor. Isso significa um desperdício
    das reservas futuras o que poderá significar uma perda da qualidade de vida,
    embora não seja percebida como uma visão excessiva do conforto que hoje
    estamos auferindo.

•   De acordo com o relatório, o planeta dispõe de 11,4 bilhões de hectares para
    produzir grãos, peixes e crustáceos, carnes e derivados, água e energia que
    consome.

•   Assim, cada um dos 6 bilhões de habitantes do planeta usa uma área média de
    2,3 hectares também denominada de “Pegada Ecológica” de cada um. Essa
    “Pegada Ecológica” é um valor médio. Pelo grau de desenvolvimento, existem
    grandes diferenças nessa “Pegada Ecológica” entre nações mais e menos
    desenvolvidas.


                                                        Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
•   Os dados mostram que na África a média é de 1,4 hectares/pessoa e na Europa
    é de aproximadamente 5,0 hectares/pessoa contra 9,6 hectares/pessoa dos
    americanos.

•    No Brasil, o valor está dentro da média mundial. O fato de maior peso na
    composição da “Pegada Ecológica” é a energia, sobretudo nos paises em
    desenvolvimento. Garo Batmanian, secretário-geral da WWF-Brasil afirma que o
    consumo de energia sozinho é responsável por mais da metade do impacto
    (FONTE D´AGUA, Florida Center for Environmental Studies, 2002).

•    Acrescenta ainda que será difícil reduzir a “Pegada Ecológica” se o uso da energia
    não se tornar mais eficiente. Para tanto, os países ricos precisariam fazer a
    transição para sistemas de energia mais eficientes. Ao mesmo tempo, geração e
    transferência de tecnologia são fundamentais para que os países menos
    desenvolvidos cresçam já usando sistemas de energia ecologicamente mais
    eficientes, sem aumentar o dano ambiental.


•   www.wwf.org.br

                                                         Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
MATERIAIS & DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL




Problemas a serem resolvidos:
Enorme desperdício de um lado, muita carência de outro. EUA e AFRICA –

A GLOBALIZACAO POSSIVEL!!!???; MILTON SANTOS

Busca obsessiva de ganhos de curto prazo, realizando um verdadeiro saque contra
o futuro das próximas gerações;

Evolução tecnológica que aproxima seres virtuais e, ao mesmo tempo, isola o ser
humano – revolução da informática!!!??? INTERNET




                                                      Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
MATERIAIS & DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL



• Novos paradigmas:
• Assegurar menos desperdícios e evolução do ambiente e ao mesmo tempo gerar + riqueza,
valor e lucro;

• Assegurar que a evolução do conhecimento seja aplicado para obter soluções ganha-ganha
(para todos os segmentos da sociedade e para a natureza);

• Criar novos empreendimentos + sistêmicos, construtivos e ecologicamente responsáveis e ao
mesmo tempo + competitivos do que as empresas tradicionais (+ fragmentadas e - produtivas
do ponto de vista sistêmico);

• Criar uma economia que utilize cada vez - Materiais e Energia ao produzir produtos cada vez +
eficazes e acessíveis);

• Potencializar o valor dos produtos/serviços por unidade de recurso natural aplicado.




                                                                 Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
MATERIAIS & DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL



     Colapso !!!???

     Resgate histórico

     Por que razão algumas civilizações progrediram e outras entraram em colapso !!!??
     Haverá alguma dinâmica para a ascensão e queda de civilizações?

     Declínio das civilizações antigas
     • Degradação do meio ambiente?
     • Mudança climática?
     • Conflitos sociais?
     • Invasores estrangeiros?




Armas, germes e Aço, Jared Diamond
Colapso, Jared Diamond

                                                                 Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
SUMÉRIOS




Baixada central do Eufrates - região vazia, desolada,
hoje fora das fronteiras de cultivo.




                                                        Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
SUMÉRIOS




“Um emaranhado de dunas, diques há muito em desuso e montes de cascalhos de
antigos assentamentos revelando apenas um relevo baixo, sem destaques.

A vegetação é escassa, em várias áreas, quase totalmente ausente... Entretanto, outrora
foi a base, o coração, a civilização urbana e culta mais antiga do mundo.”


                                             Robert McC.Adams - arqueólogo




                                                             Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
SUMÉRIOS | SISTEMA DE IRRIGAÇÃO




• Baseados em conceitos modernos de engenharia;
• Criaram agricultura altamente produtiva;
• Geração de superávit de alimentos;
• Sustentou formação das primeiras cidades;
• Organização social complexa.




                                                                            Primeiras cidades
                                                  primeira língua escrita (escrita cuneíforme)


                                                    Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
SUMÉRIOS | SISTEMA DE IRRIGAÇÃO
                                                                            FALHA AMBIENTAL

Água detrás das barragens era desviada para a terra - aumentando a produtividade das
lavouras.

Parte da água
• utilizada para a agricultura
• evaporava na atmosfera
• infiltrava-se no solo

• A infiltração elevou lentamente o lençol freático até a superfície
• Poucos metros da superfície - culturas bem enraizadas
• Poucos centímetros da superfície - evaporação - sal

Falha ambiental: não haver previsão para drenagem de água que infiltrava
Troca trigo por cevada; produção continuou a cair;
encolhimento do abastecimento - minou a base econômica.




                                                               Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
MAIAS




                 • Desenvolveram agricultura altamente sofisticada e
                 produtiva;
                 • Lotes elevados de terra cercados por canais que
                 forneciam água.


                 Problema de desmatamento / erosão levou a
                 escassez de alimentos – conflitos civis por
250 / 900 d.C.
                 competição de alimentos

                               Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
ILHA DE PÁSCOA




Por que raios os índios da Ilha de Páscoa
cortaram até a última árvore???

O que pensou o responsável quando
estava cortando esta última árvore!!??




   Exemplos de desaparecimento de civilizações porque seguiram caminho econômico ambientalmente insustentável


                                                                        Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
ROMANOS




Os romanos foram grandes devastadores da antiguidade.
Apenas para manter aquecida a água das 900 casas de
banho que Roma possuía no início da era cristã, uma frota
imperial de 60 navios coletava permanentemente madeira no
norte da África e no Oriente Médio.




                                                            Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
ESTADOS UNIDOS




Exemplo mais recente de poder
devastador vem do meio-leste dos
EUA. Entre 1789 e 1860, foram
cortados cerca de 2 milhões de
quilômetros quadrados de florestas
nativas para a obtenção de madeira
e criação de pastos.




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EXEMPLOS POSITIVOS




• Antiga Grécia: curtumes construídos com autorização especial. Fundições de
  prata com chaminés altas, para os gases tóxicos (SO2)
• Antiga Roma: decreto segundo os matadouros, curtumes e fabricantes de azeite,
  permitidos em locais desabitados. Fornos de fabricantes de vidros levantados em
  áreas restritas das cidades, devido aos HF liberados;

• Zwickau, Saxônia: emprego de carvão de pedra nas forjas foi proibido na área
  urbana, em 1348; Goslar, proibição da calcinação de minérios na vizinhanças da
  cidade, em 1407, devido a poluição das fundições serem insuportáveis.




                                                       Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
CONCLUÍMOS…




Comprometimento do ambiente já existe há algum tempo, embora fosse
restrito a algumas áreas, porém com o aumento dos resíduos provenientes da
industrialização, mostram que a contaminação ambiental se converteu num
problema bem mais amplo, de caráter internacional ou até mesmo planetário.




                                                Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
FOCO PARA SOLUÇÃO DO PROBLEMA
                     FECHAR O CICLO DE MATERIAIS




recurso x produto x resíduo




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Renovar os materiais não renováveis:

     a nova tarefa da indústria



    Fechar o ciclo dos materiais




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AS SETE FRENTES DE MUDANÇA PARA A INDÚSTRIA




•   Zero resíduos

•   Emissões não contaminantes

•   Energia renovável

•   Fechamento dos ciclos materiais

•   Transporte eficiente

•   Comprometimento ambiental de todas as partes

•   Redesenho do comércio




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MODELO ECONOMICO




DEFINIÇÃO CAPITALISMO


O capitalismo é definido como um sistema econômico baseado na
propriedade privada dos meios de produção e propriedade intelectual, na
obtenção de lucro através do risco do investimento, nas decisões quanto
ao investimento de capital feitas pela iniciativa privada, e com a
produção, distribuição e preços dos bens, serviços e recursos-humanos
afetados pelas forças da oferta e da procura.




                                                                 Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
TIPOS DE CAPITAL




•Capital Humano: na forma de trabalho e inteligência, cultura e organização;


Capital Financeiro: consiste em dinheiro, investimentos e instrumentos monetários;
•




•
 Capital manufaturado: são os bens – infra-estrutura, máquinas, ferramentas e
fábricas;


Capital Natural: são os recursos, sistemas vivos e os serviços do ecossistema.
•




                                                              Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
PIRÂMIDE DO

SISTEMA CAPITALISTA




                      Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
CAPITALISMO CONVENCIONAL
                                          ANTIGO MODELO MENTAL




•O progresso econômico tem melhores condições de ocorrer em
sistemas de produção e distribuição de mercado livre em que os
lucros reinvestidos tornam o capital e o trabalho cada vez mais
produtivos;
•Obtém-se vantagens competitivas quando fabricas maiores e mais
eficientes produzem mais produtos para venda em um mercado em
expansão;



                                         Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
CAPITALISMO CONVENCIONAL
                                              ANTIGO MODELO MENTAL


•O crescimento do PIB maximiza o bem-estar humano;
•Todo    advento    de    escassez    de     recursos            estimula             o
desenvolvimento de substitutos;
•As preocupações com o meio ambiente são importantes, mas
devem equilibrar-se com as exigências do crescimento econômico
se quiser manter um alto nível de vida;
•As empresas e as forças de mercado livres alocarão pessoas e
recursos para o seu uso superior e melhor.


                                             Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
CAPITALISMO NATURAL
                                                  NOVO MODELO MENTAL



•O meio ambiente é um invólucro que contém, abastece e sustenta o
conjunto da economia;

•Os fatores limitadores do desenvolvimento futuro são a disponibilidade e
funcionalidade do capital natural, em particular dos serviços de
sustentação da vida que não têm substitutos e, atualmente, carecem de
valor de mercado;




                                              Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
CAPITALISMO NATURAL
                                                 NOVO MODELO MENTAL



•Os sistemas de negócio e de crescimento populacional mal concebidos
ou mal projetados, assim como os padrões dissipadores de consumo, são
as causas primárias de perda de capital natural, sendo que negócio,
crescimento populacional e consumo devem alcançar uma economia
sustentável;
•O progresso econômico futuro tem melhores condições de ocorrer nos
sistemas de produção e distribuição democráticos baseados no mercado,
nos quais todas as formas de capital sejam plenamente valorizadas;


                                             Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
CAPITALISMO NATURAL
                                                  NOVO MODELO MENTAL




•O bem-estar humano é + favorecido pela melhoria da qualidade e do
fluxo da prestação de serviços do que pelo aumento do PIB;
•Uma das chaves do emprego mais eficaz de pessoas, do dinheiro e do
meio ambiente é o
crescimento radical da produtividade dos recursos;
•Uma das chaves do emprego mais eficaz de pessoas, do dinheiro e do
meio ambiente é o crescimento radical da produtividade dos recursos;



                                              Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
CAPITALISMO NATURAL
                                                 NOVO MODELO MENTAL




•A sustentabilidade econômica e ambiental depende da superação das
desigualdades globais de renda e de bem-estar material;


•A longo prazo, o melhor ambiente para o comércio é oferecido pelos
sistemas de governos verdadeiramente democráticos, que se apóiem nas
necessidades das pessoas, não das empresas.




                                             Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
CONCEITOS – NOVOS PARADIGMAS


“os problemas não podem ser resolvidos nos limites da mentalidade
de quem os criou”
Albert Einstein

“não se deixem dissuadir por pessoas que não sabem o que não é
possível. Façam o que precisa ser feito e verifiquem se era possível
apenas depois que tiverem terminado ”
Paul Hawken empreendedor coorporativo e ambientalista
discursando aos graduandos da Universidade de Portland em 2009.

“o socialismo falhou por não deixar o mercado dizer a verdade
econômica dos preços....o capitalismo pode entrar em colapso por
não deixar o mercado dizer a verdade ecológica”
Oyester Dahle ex-vice presidente da Exxon para Noruega e Mar do
Norte.

                                              Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
CONCEITOS – NOVOS PARADIGMAS


PLANO B – REESTRUTURAÇÃO DA ECONOMIA MUNDIAL.
Lester Brown

4.Estabilização do Clima: energia; transporte; ciclo dos materiais

6.Estabilização da População: políticas públicas

8.Erradicação da Pobreza: políticas públicas, produção de alimentos

10.Restabelecimento das bases naturais sustentáveis para a
economia: capitalismo natural




                                               Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
GERAÇÃO ENERGIA RENOVÁVEL GW ELÉTRICO 2008                   2020 PB
MUNDO
Eólica                                   121                 3000
Energia Solar telhado                    13                  1400
Usinas de eletricidade solar             2                   100
Termoelétricas solares                   0                   200
Geotérmicas                              10                  200
Biomassa                                 52                  200
Hidroelétricas                           945                 1350

TOTAL ELÉTRICO                           1143                6450
GERAÇÃO GW TÉRMICO
Aquecedores solares água                 120                 1100
Geotérmicos                              100                 500
Biomassa                                 250                 350
TOTAL TÉRMICO                            470                 1950
                                    Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
COMBUSTÍVEIS FOSSEIS E NUCLEAR GW ELÉTRICO USA        2008                2020 PB
Carvão                                                337                 0
Petróleo                                              62                  0
Gás natural                                           459                 140
Nuclear                                               106                 106
TOTAL FOSSIL + NUCLEAR                                965                 246
ENERGIA RENOVÁVEL
Eólica                                                25                  710

Solar elétrico telhado                                1                   190
Usina solar                                           0                   30
Termoelétrica solar                                   0                   120
Geotérmica                                            3                   70
Biomassa                                              11                  40
Hidroelétrica                                         78                  100
TOTAL RENOVÁVEL                                       119                 1260
                                             Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
CAPITALISMO NATURAL



Sem capital natural não há vida e desta maneira não há
atividade econômica



•Água e Ciclos de Nutrientes
•Estabilidade Atmosférica e Ecológica
•Polinização e Biodiversidade
•Produtividade Biológica
•Assimilação e Desintoxicarão dos Resíduos
da Sociedade




                                                   Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
Biosfera II
                  BIOFERA ARTIFICIAL




$200.000.000 e…
   …sem ar




                  Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
CAPITALISMO NATURAL É…




●
    Não é um manual de “como fazer”;

●
    Mas, é um portal de oportunidades: não somente focado com a proteção

da biosfera,        mas também para melhorar o lucro e a competitividade.

●
    Uma maneira de ver a nossa sociedade e a sua relação com o meio ambiente

●
    Baseado na premissa: O que é bom para a natureza é bom para nós




                                                        Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
PRIMEIRA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL



Mão de obra superexplorada e relativamente
escassa e o capital natural abundante e
inexplorados ......aumento da produtividade do
trabalho.



Resultado: produtividade aumenta em 100X




                                                 Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
AINDA PRODUZIMOS COMO NA PRIMEIRA
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL




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INTRODUÇÃO



                                                                        Globalização
                                    Catástrofe
         Desenvolviment
                                    s                                           90 - >>
                                                                           “Meio ambiente visto como
         o                        70 - 80
                               “Proteção ambiental visto
                                                                            diferencial competitivo e
                                                                                fator estratégico”
     50 - 60                 como obrigação legal, atender
                             padrões e representa custos”
    “Poluição inerente ao
   processo produtivo e ao
      desenvolvimento
         econômico”

                                                                      Capacidade
                              Capacidade                                     +
                                                                       Processos
                                  +                                          +
Capacidade instalada          Processos
      (escala)                                                       Capital Humano
                                (tecnologia)                               (qualificação)


                                                             Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
PRÓXIMA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL




Pessoas são abundantes e
natureza está escassa ........
aumento da produtividade
dos recursos.




                                        Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
CRESCIMENTO POPULACIONAL MUNDIAL




           Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
CRESCIMENTO POPULACIONAL MUNDIAL




           Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
CRESCIMENTO POPULACIONAL MUNDIAL




A partir de 1950 acrescentamos
mais pessoas a população
mundial do que os 4 milhões de
anos precedentes.


O crescimento mundial durante o
ano 2000 ultrapassou o
crescimento de todo o século
XIX.




                                             Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
BRASIL




Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
ALIMENTO......O ELO FRACO

                             80 milhões de bocas/ano
                             3 bilhões de pessoas entrantes na cadeia de
                             consumo proteína animal!!!!!
PROBLEMAS
Erosão dos solos
Esvaziamento de aquíferos.....tecnologia de bombeamento para irrigação
Ondas de calor afetando as plantações...mudança climática
Elevação do nível dos oceanos
Derretimento das geleiras das montanhas...responsáveis pela irrigação
durante a seca

.........................outros fatores econômicos

Perda de área cultivável de alimentos para produção de BioEnergia
Transferência de água de irrigação para as cidades
Esperada redução de suprimento de petróleo...~1bilhão de automóveis
(competição entre carros e pessoas por área cultivada)

                                                       Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
ALIMENTO......O ELO FRACO



Nova política de escassez de alimento..... Países exportadores
limitando ou proibindo exportação de alimentos. Rússia, Argentina,
Vietnan, Filipinas.....

Nova estratégia para segurança alimentar...aquisição de grandes
quantidades de terra em outros países. Líbia, Arábia Saudita, China,
Correia, Kuwait, ...países ricos exportadores de petróleo, India,

Empresa chinesa ZTE International: adquiriu 2,8 milhões de hectares
no Congo para produzir óleo de palma; 2 milhões de hectares na
Zâmbia para produzir pinhão manso

..........ver, Vendendo nosso futuro PLANO B Lester Brown



                                               Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
OS LIMITES PARA OS LUCROS FUTUROS SÃO…




…os peixes…


  …não os barcos




                          Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
PRÓXIMA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL



     4X, 10X,
     até, 100X

mais proveito…




                                            …para cada unidade
                                            dos recursos.




                        Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
PRINCÍPIOS BÁSICOS DO CAPITALISMO NATURAL




P1: Produtividade Radical dos Recursos

P2: Biomemitismo

P3: Economia de serviços e fluxos

P4: Investimento em capital natural




                               Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
P1:   Aumento radical da produtividade dos recursos

  Fazer mais, melhor, com menos, por mais tempo!!!!!




                                 Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
O QUE É EFICIÊNCIA RADICAL DOS RECURSOS?




               Aumentar a eficiência de
               bombeamento de uma planta
               industrial diminuindo a potência
               de 95 para 7 hp (pg 108)

Atingir uma redução de 29% em consumo
de eletricidade (para a mesma produção),
uma queda de 45% no uso de água e um
decréscimo de 29% na emissão de gases.



                                            Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
ANTIGA MENTALIDADE DE PROJETO




Otimize cada parte separadamente
(o que diminui a eficiência o sistema)




                             Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
NOVA MENTALIDADE DO DESIGN




Um exemplo: Reprojetando a sistema de bombeamento



padrão (supostamente otimizado) redução de potência de



95 para 7 hp (–92%), menor custo de capital e construção e



melhor desempenho do motor.


                                                         Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
SEM NOVAS TECNOLOGIAS,
                                          SOMENTE DUAS MUDANÇAS DE PROJETO


 •    Tubos grandes, bombas pequenas (não o contrário)

 •    Lay out dos tubos primeiro, então o equipamento (não o inverso)




Otimize o sistema TODO, para múltiplos benefícios




                                                           Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
Minimizar atrito nos tubos




                                  opcional




                                  vs.


       99%         1%                                 99%
                                 1%


Layout “randomizado” dos tubos               Layout hidráulico dos tubos

                                              Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
VELHA MENTALIDADE DE PROJETO




Natural Capitalism: Radically Increase Resource Productivity      Rocky Mountain Institute (RMI) Research & Consulting • www.rmi.org


                                                                          Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
NEW DESIGN MENTALITY




Natural Capitalism: Radically Increase Resource Productivity   Rocky Mountain Institute (RMI) Research & Consulting •
www.rmi.org

                                                                     Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
ROCKY MOUNTAIN INSTITUTE
   CASA E ESCRITÓRIO EXPERIMENTAL


Crescimento de bananas
     sem estufa a –40ºF

                 pg. 96




                 Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
COMPUTANDO PERDAS… OU ECONOMIAS -
                                                 AVANÇAR PENSANDO PARA TRÁS

Sistema típico de bombeamento artificial




                                                       Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
P2: Biomimetismo

Ciclos fechados contínuos, sem desperdícios, eliminação da toxicidade

             Natureza como modelo, medida e mentora




                                               Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
NATUREZA COMO MENTORA




teia de aranha




                  Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
TRÊS NÍVEIS DE BIOMEMITISMO




Processo / Como é fabricado?

Projeto / como funciona

Sistema / como se ajusta




                                   Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
DESIGN TEX
                                                                                     TM




De 8.000 testados,
somente 38 produtos químicos usados

Poltronas

aparas de tecido:
lixo tóxico e perigoso




67


                                      Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
DESIGN TEX
                                                                                                  TM




Tecido natural tratado com os processos químicos




seguros (encontrados) sendo melhores mais




duráveis e a um custo menor.




                                                   Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
TRÊS NÍVEIS DE BIOMEMITISMO




Projeto | Como funciona?




                               Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
PROJETO: COMO FUNCIONA?



Como a natureza “fica fria”?


Cupinzeiros (Termite mounds)


     •Baixa energia


     •Uso intensivo dos materiais


     •Condicionamento de ar passivo


                                            África, Austrália e Amazônia



                                        Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
EASTGATE



Harare, Zimbabwe




             Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
EASTGATE




Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
EASTGATE

O esfriamento passivo trabalha fornecendo calor durante o dia e soltando-o à noite
com o abaixamento da temperatura.
• Partida de dia: o edifício é fresco.
• Durante o dia: as máquinas e as pessoas geram o calor, e o sol brilha. O calor é
absorvido pelo tecido do edifício, que tem uma alta capacidade de armazenar calor,
de modo que a temperatura interna aumente mas não muito.
• Durante a tarde: a temperatura externa abaixa. O ar interno quente é extraído por
chaminés, assistidas por leques mas o fluxo de ar aumenta naturalmente porque é
menos denso. O ar frio mais denso flui para dentro do edifício por meio de cavidades
dispostas no piso dos andares.
• Durante a noite: este processo continua, o ar frio que flui para dentro do edifício
pelas cavidades situadas em cada andar esfria o tecido do edifício até que o mesmo
tenha conseguido a temperatura ideal para começar no dia seguinte.
Passivamente esfriado, Eastgate usa só 10 % da energia necessária para um edifício
semelhante convencionalmente esfriado.


                                                         Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
EASTGATE




Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
EASTGATE




Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
EASTGATE




Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
TRÊS NÍVEIS DE BIOMEMITISMO




Sistema: Como se ajusta?




                               Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
ECOSISTEMA INDUSTRIAL EM KALUNDBORG DINAMARCA




                       Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
KALUNDBORG, DENMARK

                                                       Statoil
                                                       Refinery

                                                                               Gyproc




                                 Asnaes Power Plant                   City of Kalundborg




                                                      Novo
Natural Capitalism: Biomimicry                        Nordisk     Rocky Mountain Institute (RMI) Research & Consulting • www.rmi.org

                                                                         Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
KALUNDBORG, DENMARK

                                                       Statoil
                                                       Refinery   Fuel Gas

                                                                                    Gyproc




                                 Asnaes Power Plant                        City of Kalundborg




                                                      Novo
Natural Capitalism: Biomimicry                        Nordisk          Rocky Mountain Institute (RMI) Research & Consulting • www.rmi.org

                                                                              Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
KALUNDBORG, DENMARK

                                                       Statoil
                                                       Refinery   Fuel Gas

                                                                                     Gyproc
                                               Steam


                                                                  Waste heat


                                 Asnaes Power Plant                         City of Kalundborg


                                                       Steam


                                                      Novo
Natural Capitalism: Biomimicry                        Nordisk           Rocky Mountain Institute (RMI) Research & Consulting • www.rmi.org

                                                                               Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
Statoil
                                                  Refinery           Fuel Gas

                                                                                           Gyproc




                                                            Waste heat



                                 Asnaes Power Plant                                  City of Kalundborg
                                                              Wa
                                                                    ste
        Lake Tisso                                          (sa      he
                                                              lt w       at
                                                      Fly ash     ate
                                                                      r)


                                                Novo
                                                Nordisk
Natural Capitalism: Biomimicry                                                             Fish farms
                                                                  Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
Statoil Fuel Gas
                                         Refinery
                                                                             Gyproc


                                               Waste heat



                          Asnaes Power Plant                                   City of
                                                 Wa                       Kalundborg
                                                     ste
Lake Tisso                                               he
                                                            a  t
                                         Fly ash
             Sludge for                                       Roads
             Fertilizer                 Novo
                                        Nordisk
     Farms                                                                 Fish farms

                                               Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
Fuel Gas
                Sulphur                       Statoil       Gypsum
                                              Refinery
Kemira Acid Plant                                                                 Gyproc
                                                   er
                                                ubb
                                            Scr dge
                                             slu
                                                    Waste heat



                               Asnaes Power Plant                                   City of
                                                      Wa                       Kalundborg
                                                          ste
  Lake Tisso                                                  he
                                                                 a  t
                                              Fly ash
                                                                   Roads
                    Yeast for pigs           Novo
                                             Nordisk
       Farms                                                                    Fish farms
                                                    Fish waste
                                                    Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
KALUNDBORG, DENMARK

O distrito de Kalundborg tem recursos de água muito limitados, e as grandes empresas industriais
têm um consumo muito elevado. As companhias participantes no projecto, reutilizam a maior
quantidade de água possível. Por exemplo, a fábrica de Asnaes só utilizava água de rede normal,
para a sua produção de energia e agora a água utilizada provém totalmente do lago de Tissø,
conjuntamente com água de refrigeração e resíduos da refinaria Statoil. A Asnaes também começou
a reutilizar os seus próprios resíduos líquidos.
A fábrica de Asnaes, transfere os picos excedentes de energia para a rede municipal de
aquecimento central, evitando a poluição que fariam os 3.500 sistemas de aquecimento individuais.
São bombeadas 400.000 toneladas de vapor para a Statoil e Novo Nordisk. A Asnaes instalou
também uma piscicultura, onde a água é aquecida com os excedentes de energia.
A Asnaes produz também 170.000 toneladas de cinza por ano, reutilizadas para fabricar cimento e
outros pavimentos. O Gypsum é um producto residual da desulfurização das emissões, e Gyproc
utiliza 80.000 toneladas ano para fabricar placas de gesso.
O gás excedente da refinação do petróleo, que antes era queimado pela refinaria envia-se a Asnaes
e Gyproc, reduzindo o consumo de carvão na fábrica de energia em 2% (30.000 toneladas / ano).
Com este gás a Gyproc poupa 90-95%, no consumo do petróleo.




                                                                 Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
KALUNDBORG, DENMARK



Na fábrica da Novo Nordisk produzem-se enzimas industriais utilizando microorganismos
modificados por engenharia genética. Os resíduos da fermentação são muito ricos em nutrientes,
incluindo fósforo e nitrogénio. Depois de um tratamento à base de cal e calor, a biomassa converte-
se em fertilizante que é distribuído aos agricultores locais, num total de 1.5 milhões de metros
cúbicos.
A levedura de padeiro (Sacharomyces cerevisiae), usada para a produção de insulina converte-se
em alimento para o gado porcino.
A Novo Nordisk facilita actualmente estes productos gratuitamente e o resto dos resíduos de
Kalundborg vendem-se. Os acordos negociaram-se bilateralmente e focando o benefício mútuo. O
projecto de simbiose indústrial começou em 1972 e em 1994 estavam em vigor 16 contratos, com
um lucro de 9.000 milhões de escudos, e com uma poupança anual em gastos estimada em 1.400
milhões de escudos.




                                                                   Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
ECOSISTEMA INDUSTRIAL EM KALUNDBORG DINAMARCA

                             Indústria
                              painéis
                             de gesso



                         resíduo
                                     Construção de
                                     rodovias                   Criação de              levedura de
                                                                porcos                    padeiro


                                               vapo
                                               r
     Refinaria                                                 Indústria farmacêutica
                       Produção
                       elétrica


           vapo                                                                              Resíduo
enxofre    r                                                                               fermentação
                     cinza
                     s                                    Cidade de
                                                          Kalundborg
                             Piscicultura
                                            lama


   Produção
ácido sulfúrico
            Fábrica de cimento                     Fazendas
                                                   locais
                                                                Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
KALUNDBORG, DENMARK




Economias Anual:

•$12–15 M USD

•30.000 tons de carvão

•19.000 tons óleo

•600.000 metros cúbicos de água




                                  Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
P3: Mudança para uma economia de soluções


        De produtos para serviços

        O que os clientes querem?

     Quais são as suas necessidades?

     “Menos material… mais serviço”




                                    Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
SOMBRA E ÁGUA FRESCA




Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
DUCHA QUENTE E CERVEJA GELADA




        Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
XEROX
     Capitalizou programas de leasing existentes para formar uma
 infraestrutura de “retorno” & um negócio de “serviço de documentos”


“Tudo que a Xerox entrega aos seus clientes é projetado para ser
retornável - quer seja uma máquina, um cartucho, uma peça
sobressalente ou embalagem. Todos esses itens, uma vez devolvidos,
são processados para reuso ou reciclagem. A única coisa que nos
queremos deixar para nossos clientes é O DOCUMENTO,




                                                Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
OUTROS EXEMPLOS


• Chauffagistes na França e Götenborg Energi, da Suécia – serviço de calor;


• Carrier, dos EUA – serviço de refrigeração / conforto;


• Dow Chemical Company – serviço de dissolução / aluguel de solventes orgânicos;


• Cookson, da Inglaterra – aluguel de serviço de isolamento do revestimento refratário


das fornalhas siderúrgicas;


• Ciba, divisão de pigmentos – serviço de cor.
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P4: Reinvestimento em capital natural e humano


Proteger, fortalecer, reparar e deixar a natureza se renovar




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C id a d e d e N o va Yo rk p re c is a a u me n t a r s e u
s is t e ma d e á g u a p o t á ve l




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N o va p la n t a d e filt ra ç ã o d e á g u a @
$ 4 – 6 b ilh õ e s + $ 3 0 0 – 5 0 0 milh õ e s/a n o
p a ra ma n u t e n ç ã o




                                                         Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
Em vez disso …



             NYC investiu na integridade da bacia hidrográfica

                 - Adquiriu terras para reserva

                 - Ajudou fazendeiros a reduzir descargas

                 - Aumentou as plantas de tratamento de esgoto




                                                         …Custo = $1.7 bilhões

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O QUE NÓS IMPEDE?



•Pressões financeiras a curto prazo

•Práticas de crédito

•Práticas de compra

•Práticas de projeto e engenharia

•Sistemas de medição

•Programas de reconhecimento e recompensa


                       Nós podemos criar um novo futuro, uma nova
                       visão

                                            Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
LIDERANÇA DO SETOR PRIVADO



Atualmente, mais da metade das 100 maiores entidades
econômicas do mundo não são nações-estados (países)
mas corporações.


A comunidade dos negócios pode ser a única instituição
que tem os recursos, habilidade e motivação para resolver
esses problemas.




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QUETÕES A RESPONDER




A questão não é se sabemos o que

precisa ser feito ou se temos a

tecnologia para fazê-lo. A questão é

se nossas instituições sociais serão

capazes de realizar a mudança no

tempo disponível.




        Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
A história humana se transforma, mais e mais, numa
           corrida entre educação e catástrofe.


H.G.Wells
The Outline of History




                                 Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
“Seja lá o que você faça ou o
sonho que você tenha, comece.
Arrojo tem genialidade, força e
mágica. Comece já!!!!!!!




                                   www.rmi.org

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  • 1. Universidade Federal de Santa Catarina Departamento de Engenharia mecânica e Materiais Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais Prof. Orestes Alarcon | Doutorando e Engenharia de Materiais Pós-graduação em Ciência Alexandre Gallioto
  • 2. BIBLIOGRAFIA RELATÓRIO BRUNTLAND – Nosso futuro comum - 1988  •JARED DIAMOND, Colapso 2005; ARMAS, GERMES E AÇO •CAPRA, Fritjof. As Conexões Ocultas. Editora Cultrix, 2002. •HAWKEN, P.; LOVINS. Capitalismo Natural. São Paulo: Cultrix - Amana Key, 1999. •BROWN, Lester R. Eco-Economia: Salvador: UMA. 2003; PLANO B 4.0 2010. •TIBOR, Tom. ISO 1400. São Paulo: editora Futura, 1996 •CALLENBACH, E., Gerenciamento Ecológico - EcoManagement Guia do Instituto Elmwood de Auditoria Ecológica e Negócios Sustentáveis. Cultrix - Amana •VALLE, Qualidade Ambiental: ISO 1400. São Paulo: editora SENAC São Paulo, 2002. •CHEHEBE, Análise de Ciclo de Vida de Produtos.Qualitymark Ed. 1998. •WEINER, Jonathan. Os Próximos Cem Anos, Campus, 1992. Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 3. BIBLIOGRAFIA •SARIEGO, .As Ameaças do Planeta Azul. São Paulo: Scipione ed. 1994. •SVIREZHEV, Yuri M. Towards a thermodynamic Theory for Ecological Systems. Amsterdam; Boston : Elsevier, 2004 •JAMES LOVELOCK. Gaia - Cura para um Planete Doente 2006 •HARNESSING MATERIASL FOR ENERGY – MRS Bulletin april 2008 •JEREMY RYFTIN – TERCEIRA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL 2012, ENTROPIA, O FIM DO EMPREGO •DAVID HARVEY – YOU TUBE – CRISE DO CAPITALISMO – MILENIO ENTREVISTA •INSIDE JOB – A CRISE FINANCEIRA DO CAPITALISMO 2008 •UMA VERDADE INCOVENIENTE – AL GORE 2006 •MILTON SANTOS – YOUTUBE GLOBALIZAÇÃO RODA VIVA •GEO 5 – PERPECTIVAS DO MEIO AMBIENTE MUNDIAL PNUMA 2012 – RIO+20 Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 4. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO DA DISCIPLINA Módulo 1 | Introdução - Sensibilização: Conceitos, Paradoxos e Paradigmas Definições e conceitos Terceira Revolução Industrial Plano B Capitalismo Natural: A Nova Revolução Industrial Opções na economia de energia: geração, hypercars elétricos, edifícios sustententáveis Módulo 2 | Energia e Engenharia de Materiais Tecnologia do carvão Òleo, gás Energia do Vento Energia Solar BioEnergia Estocagem de energia Célula a combustível Transporte sob rodas Edificações Módulo 3 | Sistema de Gestão Ambiental - SGA Produção + Limpa Análise do Ciclo de Vida ISO 14000 Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 5. CONCEITOS BÁSICOS DEFINIÇÕES “before to discuss the problem, let us come to an agreement about definitions” (N.Timofeev Resovsky) Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 6. MATERIAIS & DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Engenharia de materiais Fundamentalmente trata das relações de transformações industriais de recursos naturais , envolvendo matérias-primas, insumos e energia, em bens de consumo manufaturados. Considerando o novo paradigma de desenvolvimento sustentável a engenharia de materiais deve se preocupar com a eficiência dos processos de transformacao e os impactos que essas transformações industriais causam na natureza. Fechar o ciclo dos materiais: principal estratégia Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 7. No passado... 300.000 AC Na idade da pedra o Homem já fazia os seus próprios artefatos em material cerâmico. 4.000 AC Na idade do cobre, com a descoberta do fogo, o Homem começou a fundir e moldar o cobre — iniciou-se o processamento dos materiais metálicos 3.000 AC Na idade do bronze, o Homem começou a misturar metais para obter objectos mais moldáveis e com melhores propriedades — aprofundou-se o conhecimento no processamento dos materiais metálicos 1.500 AC Na idade do ferro, o Homem descobriu o ferro e iniciou-se uma nova era com a descoberta da roda — processamento avançado dos materiais metálicos Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 8. ...no passado recente Marcos históricos para o desenvolvimento industrial Séc. XIX e XX Sir Henry Bessemer, patenteou um processo simples de produzir aço em larga escala 1855 a preço moderado. O Processo de Hall, possibilitou a extração eletroquímica do alumínio e a respectiva 1886 comercialização em grande escala. O desenvolvimento do Nylon comercial, foi o ponto de partida para a indústria dos 1939 plásticos. O desenvolvimento de ligas metálicas à base de alumínio, titânio e níquel, mais leves e resistentes a altas temperaturas, contribui para o progresso tecnológico 1950 O desenvolvimento do primeiro transistor de silício e aumento da densidade de circuitos eletrônicos numa 1955 mesma bolacha de silício (miniaturização). Desenvolvimento de cerâmicos supercondutores de elevada temperatura. 1980... Desenvolvimento de fibras ópticas e sua aplicação nas comunicações ópticas. Revolução nas comunicações e aparecimento da era digital. Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 9. ...na atualidade Os Polímeros •Embalagens (41%) •Construção civil (19%) •Eletrodomésticos (18%) •Indústria elétrica/ Eletrônica (8%) •Indústria automóvel (7%) •Agricultura (3%) •Diversos (4%) Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 10. ...na atualidade Os metais, os cerâmicos e os compósitos Os Semicondutores Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 11. ...na atualidade Ecomateriais Biomateriais Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 12. ...na atualidade Desenvolvimento de biomaterial que substitui osso humano. Biomateriais Estudo de ligas metálicas com memória de forma aplicação em endodontia. Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 13. ...no futuro A eletrônica transparente e flexível Nanomateriais Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 14. ...no futuro Janelas de transmitância regulável com material eletrocrómico auto alimentada por células solares semitransparentes. Ecomateriais Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 15. MATERIAIS & DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL “Desenvolvimento sustentável É aquele que atende as necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem suas próprias necessidades” Relatório Bruntland “Nosso futuro Comum” 1987 Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 16. CONCEITOS BÁSICOS • (Constituição Brasileira, 1988). Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e p preservá-lo para as presentes e futuras gerações Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 17. ÍNDICE DE SUSTENTABILIDADE Conferência Mundial sobre o Meio Ambiente (Rio-92). Índice: Sustentabilidade Auxilia a transmitir um conjunto de É baseado na identificação de quando os informações sobre complexos processos, recursos são consumidos mais rapidamente eventos ou tendências. do que eles são produzidos ou renovados. Permite a avaliação de um sistema complexo (natural, antrópico, econômico, social, etc.) e que determina o nível ou a condição em que esse sistema deve ser mantido para que seja sustentável. Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 18. Conferência Mundial sobre o Meio Ambiente (Rio+20). Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 19. DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Desenvolvimento que atenda as necessidades e aspirações do l cia Ec presente sem comprometer a So oe fic capacidade das gerações de Am i ên id a futuras atenderem as suas*. bi e l cia cia b il nta DS sa So l on sp Econômico Re Excelência Operacional * WCDE, 1987, “Nosso futuro comum” Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 20. RESPONSABILIDADE COMPARTILHADA TRANSPARENCIA Governos e Organizações Intergovernamentais Organizações Privadas Sociedade Civil Ninguém pode resolver ou implementar o desenvolvimento sustentável sozinho. É preciso implementar uma gestão cooperativa. Para tal a transparência é fundamental; Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 21. ÍNDICES DE SUSTENTABILIDADE - CARACTERIZAÇÃO Pegada Ecológica (EF – Ecological Footprint) • Mathis Wackernagel e William Rees (1996) Área total de terra ou de mar produtivo requerida para produzir todas as colheitas, carne, frutos do mar, madeira e fibra, que é utilizado para sustentar o consumo de energia de uma população e para dar o espaço para sua infra-estrutura. Pode ser calculado para um único individuo até para a população mundial. Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 22. Pegada Ecológica • O relatório da Cúpula Mundial de Desenvolvimento Sustentável, em Johannesburgo (2002) diz que a humanidade está usando 20 % a mais dos recursos naturais do que o planeta consegue repor. Isso significa um desperdício das reservas futuras o que poderá significar uma perda da qualidade de vida, embora não seja percebida como uma visão excessiva do conforto que hoje estamos auferindo. • De acordo com o relatório, o planeta dispõe de 11,4 bilhões de hectares para produzir grãos, peixes e crustáceos, carnes e derivados, água e energia que consome. • Assim, cada um dos 6 bilhões de habitantes do planeta usa uma área média de 2,3 hectares também denominada de “Pegada Ecológica” de cada um. Essa “Pegada Ecológica” é um valor médio. Pelo grau de desenvolvimento, existem grandes diferenças nessa “Pegada Ecológica” entre nações mais e menos desenvolvidas. Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 23. Os dados mostram que na África a média é de 1,4 hectares/pessoa e na Europa é de aproximadamente 5,0 hectares/pessoa contra 9,6 hectares/pessoa dos americanos. • No Brasil, o valor está dentro da média mundial. O fato de maior peso na composição da “Pegada Ecológica” é a energia, sobretudo nos paises em desenvolvimento. Garo Batmanian, secretário-geral da WWF-Brasil afirma que o consumo de energia sozinho é responsável por mais da metade do impacto (FONTE D´AGUA, Florida Center for Environmental Studies, 2002). • Acrescenta ainda que será difícil reduzir a “Pegada Ecológica” se o uso da energia não se tornar mais eficiente. Para tanto, os países ricos precisariam fazer a transição para sistemas de energia mais eficientes. Ao mesmo tempo, geração e transferência de tecnologia são fundamentais para que os países menos desenvolvidos cresçam já usando sistemas de energia ecologicamente mais eficientes, sem aumentar o dano ambiental. • www.wwf.org.br Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 24. MATERIAIS & DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Problemas a serem resolvidos: Enorme desperdício de um lado, muita carência de outro. EUA e AFRICA – A GLOBALIZACAO POSSIVEL!!!???; MILTON SANTOS Busca obsessiva de ganhos de curto prazo, realizando um verdadeiro saque contra o futuro das próximas gerações; Evolução tecnológica que aproxima seres virtuais e, ao mesmo tempo, isola o ser humano – revolução da informática!!!??? INTERNET Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 25. MATERIAIS & DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL • Novos paradigmas: • Assegurar menos desperdícios e evolução do ambiente e ao mesmo tempo gerar + riqueza, valor e lucro; • Assegurar que a evolução do conhecimento seja aplicado para obter soluções ganha-ganha (para todos os segmentos da sociedade e para a natureza); • Criar novos empreendimentos + sistêmicos, construtivos e ecologicamente responsáveis e ao mesmo tempo + competitivos do que as empresas tradicionais (+ fragmentadas e - produtivas do ponto de vista sistêmico); • Criar uma economia que utilize cada vez - Materiais e Energia ao produzir produtos cada vez + eficazes e acessíveis); • Potencializar o valor dos produtos/serviços por unidade de recurso natural aplicado. Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 26. MATERIAIS & DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Colapso !!!??? Resgate histórico Por que razão algumas civilizações progrediram e outras entraram em colapso !!!?? Haverá alguma dinâmica para a ascensão e queda de civilizações? Declínio das civilizações antigas • Degradação do meio ambiente? • Mudança climática? • Conflitos sociais? • Invasores estrangeiros? Armas, germes e Aço, Jared Diamond Colapso, Jared Diamond Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 27. SUMÉRIOS Baixada central do Eufrates - região vazia, desolada, hoje fora das fronteiras de cultivo. Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 28. SUMÉRIOS “Um emaranhado de dunas, diques há muito em desuso e montes de cascalhos de antigos assentamentos revelando apenas um relevo baixo, sem destaques. A vegetação é escassa, em várias áreas, quase totalmente ausente... Entretanto, outrora foi a base, o coração, a civilização urbana e culta mais antiga do mundo.” Robert McC.Adams - arqueólogo Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 29. SUMÉRIOS | SISTEMA DE IRRIGAÇÃO • Baseados em conceitos modernos de engenharia; • Criaram agricultura altamente produtiva; • Geração de superávit de alimentos; • Sustentou formação das primeiras cidades; • Organização social complexa. Primeiras cidades primeira língua escrita (escrita cuneíforme) Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 30. SUMÉRIOS | SISTEMA DE IRRIGAÇÃO FALHA AMBIENTAL Água detrás das barragens era desviada para a terra - aumentando a produtividade das lavouras. Parte da água • utilizada para a agricultura • evaporava na atmosfera • infiltrava-se no solo • A infiltração elevou lentamente o lençol freático até a superfície • Poucos metros da superfície - culturas bem enraizadas • Poucos centímetros da superfície - evaporação - sal Falha ambiental: não haver previsão para drenagem de água que infiltrava Troca trigo por cevada; produção continuou a cair; encolhimento do abastecimento - minou a base econômica. Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 31. MAIAS • Desenvolveram agricultura altamente sofisticada e produtiva; • Lotes elevados de terra cercados por canais que forneciam água. Problema de desmatamento / erosão levou a escassez de alimentos – conflitos civis por 250 / 900 d.C. competição de alimentos Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 32. ILHA DE PÁSCOA Por que raios os índios da Ilha de Páscoa cortaram até a última árvore??? O que pensou o responsável quando estava cortando esta última árvore!!?? Exemplos de desaparecimento de civilizações porque seguiram caminho econômico ambientalmente insustentável Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 33. ROMANOS Os romanos foram grandes devastadores da antiguidade. Apenas para manter aquecida a água das 900 casas de banho que Roma possuía no início da era cristã, uma frota imperial de 60 navios coletava permanentemente madeira no norte da África e no Oriente Médio. Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 34. ESTADOS UNIDOS Exemplo mais recente de poder devastador vem do meio-leste dos EUA. Entre 1789 e 1860, foram cortados cerca de 2 milhões de quilômetros quadrados de florestas nativas para a obtenção de madeira e criação de pastos. Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 35. EXEMPLOS POSITIVOS • Antiga Grécia: curtumes construídos com autorização especial. Fundições de prata com chaminés altas, para os gases tóxicos (SO2) • Antiga Roma: decreto segundo os matadouros, curtumes e fabricantes de azeite, permitidos em locais desabitados. Fornos de fabricantes de vidros levantados em áreas restritas das cidades, devido aos HF liberados; • Zwickau, Saxônia: emprego de carvão de pedra nas forjas foi proibido na área urbana, em 1348; Goslar, proibição da calcinação de minérios na vizinhanças da cidade, em 1407, devido a poluição das fundições serem insuportáveis. Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 36. CONCLUÍMOS… Comprometimento do ambiente já existe há algum tempo, embora fosse restrito a algumas áreas, porém com o aumento dos resíduos provenientes da industrialização, mostram que a contaminação ambiental se converteu num problema bem mais amplo, de caráter internacional ou até mesmo planetário. Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 37. FOCO PARA SOLUÇÃO DO PROBLEMA FECHAR O CICLO DE MATERIAIS recurso x produto x resíduo Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 38. Renovar os materiais não renováveis: a nova tarefa da indústria Fechar o ciclo dos materiais Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 39. AS SETE FRENTES DE MUDANÇA PARA A INDÚSTRIA • Zero resíduos • Emissões não contaminantes • Energia renovável • Fechamento dos ciclos materiais • Transporte eficiente • Comprometimento ambiental de todas as partes • Redesenho do comércio Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 40. MODELO ECONOMICO DEFINIÇÃO CAPITALISMO O capitalismo é definido como um sistema econômico baseado na propriedade privada dos meios de produção e propriedade intelectual, na obtenção de lucro através do risco do investimento, nas decisões quanto ao investimento de capital feitas pela iniciativa privada, e com a produção, distribuição e preços dos bens, serviços e recursos-humanos afetados pelas forças da oferta e da procura. Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 41. TIPOS DE CAPITAL •Capital Humano: na forma de trabalho e inteligência, cultura e organização; Capital Financeiro: consiste em dinheiro, investimentos e instrumentos monetários; • • Capital manufaturado: são os bens – infra-estrutura, máquinas, ferramentas e fábricas; Capital Natural: são os recursos, sistemas vivos e os serviços do ecossistema. • Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 42. PIRÂMIDE DO SISTEMA CAPITALISTA Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 43. CAPITALISMO CONVENCIONAL ANTIGO MODELO MENTAL •O progresso econômico tem melhores condições de ocorrer em sistemas de produção e distribuição de mercado livre em que os lucros reinvestidos tornam o capital e o trabalho cada vez mais produtivos; •Obtém-se vantagens competitivas quando fabricas maiores e mais eficientes produzem mais produtos para venda em um mercado em expansão; Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 44. CAPITALISMO CONVENCIONAL ANTIGO MODELO MENTAL •O crescimento do PIB maximiza o bem-estar humano; •Todo advento de escassez de recursos estimula o desenvolvimento de substitutos; •As preocupações com o meio ambiente são importantes, mas devem equilibrar-se com as exigências do crescimento econômico se quiser manter um alto nível de vida; •As empresas e as forças de mercado livres alocarão pessoas e recursos para o seu uso superior e melhor. Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 45. CAPITALISMO NATURAL NOVO MODELO MENTAL •O meio ambiente é um invólucro que contém, abastece e sustenta o conjunto da economia; •Os fatores limitadores do desenvolvimento futuro são a disponibilidade e funcionalidade do capital natural, em particular dos serviços de sustentação da vida que não têm substitutos e, atualmente, carecem de valor de mercado; Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 46. CAPITALISMO NATURAL NOVO MODELO MENTAL •Os sistemas de negócio e de crescimento populacional mal concebidos ou mal projetados, assim como os padrões dissipadores de consumo, são as causas primárias de perda de capital natural, sendo que negócio, crescimento populacional e consumo devem alcançar uma economia sustentável; •O progresso econômico futuro tem melhores condições de ocorrer nos sistemas de produção e distribuição democráticos baseados no mercado, nos quais todas as formas de capital sejam plenamente valorizadas; Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 47. CAPITALISMO NATURAL NOVO MODELO MENTAL •O bem-estar humano é + favorecido pela melhoria da qualidade e do fluxo da prestação de serviços do que pelo aumento do PIB; •Uma das chaves do emprego mais eficaz de pessoas, do dinheiro e do meio ambiente é o crescimento radical da produtividade dos recursos; •Uma das chaves do emprego mais eficaz de pessoas, do dinheiro e do meio ambiente é o crescimento radical da produtividade dos recursos; Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 48. CAPITALISMO NATURAL NOVO MODELO MENTAL •A sustentabilidade econômica e ambiental depende da superação das desigualdades globais de renda e de bem-estar material; •A longo prazo, o melhor ambiente para o comércio é oferecido pelos sistemas de governos verdadeiramente democráticos, que se apóiem nas necessidades das pessoas, não das empresas. Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 49. CONCEITOS – NOVOS PARADIGMAS “os problemas não podem ser resolvidos nos limites da mentalidade de quem os criou” Albert Einstein “não se deixem dissuadir por pessoas que não sabem o que não é possível. Façam o que precisa ser feito e verifiquem se era possível apenas depois que tiverem terminado ” Paul Hawken empreendedor coorporativo e ambientalista discursando aos graduandos da Universidade de Portland em 2009. “o socialismo falhou por não deixar o mercado dizer a verdade econômica dos preços....o capitalismo pode entrar em colapso por não deixar o mercado dizer a verdade ecológica” Oyester Dahle ex-vice presidente da Exxon para Noruega e Mar do Norte. Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 50. CONCEITOS – NOVOS PARADIGMAS PLANO B – REESTRUTURAÇÃO DA ECONOMIA MUNDIAL. Lester Brown 4.Estabilização do Clima: energia; transporte; ciclo dos materiais 6.Estabilização da População: políticas públicas 8.Erradicação da Pobreza: políticas públicas, produção de alimentos 10.Restabelecimento das bases naturais sustentáveis para a economia: capitalismo natural Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 51. GERAÇÃO ENERGIA RENOVÁVEL GW ELÉTRICO 2008 2020 PB MUNDO Eólica 121 3000 Energia Solar telhado 13 1400 Usinas de eletricidade solar 2 100 Termoelétricas solares 0 200 Geotérmicas 10 200 Biomassa 52 200 Hidroelétricas 945 1350 TOTAL ELÉTRICO 1143 6450 GERAÇÃO GW TÉRMICO Aquecedores solares água 120 1100 Geotérmicos 100 500 Biomassa 250 350 TOTAL TÉRMICO 470 1950 Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 52. COMBUSTÍVEIS FOSSEIS E NUCLEAR GW ELÉTRICO USA 2008 2020 PB Carvão 337 0 Petróleo 62 0 Gás natural 459 140 Nuclear 106 106 TOTAL FOSSIL + NUCLEAR 965 246 ENERGIA RENOVÁVEL Eólica 25 710 Solar elétrico telhado 1 190 Usina solar 0 30 Termoelétrica solar 0 120 Geotérmica 3 70 Biomassa 11 40 Hidroelétrica 78 100 TOTAL RENOVÁVEL 119 1260 Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 53. CAPITALISMO NATURAL Sem capital natural não há vida e desta maneira não há atividade econômica •Água e Ciclos de Nutrientes •Estabilidade Atmosférica e Ecológica •Polinização e Biodiversidade •Produtividade Biológica •Assimilação e Desintoxicarão dos Resíduos da Sociedade Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 54. Biosfera II BIOFERA ARTIFICIAL $200.000.000 e… …sem ar Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 55. CAPITALISMO NATURAL É… ● Não é um manual de “como fazer”; ● Mas, é um portal de oportunidades: não somente focado com a proteção da biosfera, mas também para melhorar o lucro e a competitividade. ● Uma maneira de ver a nossa sociedade e a sua relação com o meio ambiente ● Baseado na premissa: O que é bom para a natureza é bom para nós Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 56. PRIMEIRA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL Mão de obra superexplorada e relativamente escassa e o capital natural abundante e inexplorados ......aumento da produtividade do trabalho. Resultado: produtividade aumenta em 100X Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 57. AINDA PRODUZIMOS COMO NA PRIMEIRA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 58. INTRODUÇÃO Globalização Catástrofe Desenvolviment s 90 - >> “Meio ambiente visto como o 70 - 80 “Proteção ambiental visto diferencial competitivo e fator estratégico” 50 - 60 como obrigação legal, atender padrões e representa custos” “Poluição inerente ao processo produtivo e ao desenvolvimento econômico” Capacidade Capacidade + Processos + + Capacidade instalada Processos (escala) Capital Humano (tecnologia) (qualificação) Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 59. PRÓXIMA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL Pessoas são abundantes e natureza está escassa ........ aumento da produtividade dos recursos. Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 60. CRESCIMENTO POPULACIONAL MUNDIAL Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 61. CRESCIMENTO POPULACIONAL MUNDIAL Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 62. CRESCIMENTO POPULACIONAL MUNDIAL A partir de 1950 acrescentamos mais pessoas a população mundial do que os 4 milhões de anos precedentes. O crescimento mundial durante o ano 2000 ultrapassou o crescimento de todo o século XIX. Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 63. BRASIL Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 64. ALIMENTO......O ELO FRACO 80 milhões de bocas/ano 3 bilhões de pessoas entrantes na cadeia de consumo proteína animal!!!!! PROBLEMAS Erosão dos solos Esvaziamento de aquíferos.....tecnologia de bombeamento para irrigação Ondas de calor afetando as plantações...mudança climática Elevação do nível dos oceanos Derretimento das geleiras das montanhas...responsáveis pela irrigação durante a seca .........................outros fatores econômicos Perda de área cultivável de alimentos para produção de BioEnergia Transferência de água de irrigação para as cidades Esperada redução de suprimento de petróleo...~1bilhão de automóveis (competição entre carros e pessoas por área cultivada) Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 65. ALIMENTO......O ELO FRACO Nova política de escassez de alimento..... Países exportadores limitando ou proibindo exportação de alimentos. Rússia, Argentina, Vietnan, Filipinas..... Nova estratégia para segurança alimentar...aquisição de grandes quantidades de terra em outros países. Líbia, Arábia Saudita, China, Correia, Kuwait, ...países ricos exportadores de petróleo, India, Empresa chinesa ZTE International: adquiriu 2,8 milhões de hectares no Congo para produzir óleo de palma; 2 milhões de hectares na Zâmbia para produzir pinhão manso ..........ver, Vendendo nosso futuro PLANO B Lester Brown Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 66. Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 67. OS LIMITES PARA OS LUCROS FUTUROS SÃO… …os peixes… …não os barcos Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 68. PRÓXIMA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL 4X, 10X, até, 100X mais proveito… …para cada unidade dos recursos. Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 69. PRINCÍPIOS BÁSICOS DO CAPITALISMO NATURAL P1: Produtividade Radical dos Recursos P2: Biomemitismo P3: Economia de serviços e fluxos P4: Investimento em capital natural Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 70. P1: Aumento radical da produtividade dos recursos Fazer mais, melhor, com menos, por mais tempo!!!!! Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 71. O QUE É EFICIÊNCIA RADICAL DOS RECURSOS? Aumentar a eficiência de bombeamento de uma planta industrial diminuindo a potência de 95 para 7 hp (pg 108) Atingir uma redução de 29% em consumo de eletricidade (para a mesma produção), uma queda de 45% no uso de água e um decréscimo de 29% na emissão de gases. Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 72. ANTIGA MENTALIDADE DE PROJETO Otimize cada parte separadamente (o que diminui a eficiência o sistema) Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 73. NOVA MENTALIDADE DO DESIGN Um exemplo: Reprojetando a sistema de bombeamento padrão (supostamente otimizado) redução de potência de 95 para 7 hp (–92%), menor custo de capital e construção e melhor desempenho do motor. Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 74. SEM NOVAS TECNOLOGIAS, SOMENTE DUAS MUDANÇAS DE PROJETO • Tubos grandes, bombas pequenas (não o contrário) • Lay out dos tubos primeiro, então o equipamento (não o inverso) Otimize o sistema TODO, para múltiplos benefícios Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 75. Minimizar atrito nos tubos opcional vs. 99% 1% 99% 1% Layout “randomizado” dos tubos Layout hidráulico dos tubos Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 76. VELHA MENTALIDADE DE PROJETO Natural Capitalism: Radically Increase Resource Productivity Rocky Mountain Institute (RMI) Research & Consulting • www.rmi.org Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 77. NEW DESIGN MENTALITY Natural Capitalism: Radically Increase Resource Productivity Rocky Mountain Institute (RMI) Research & Consulting • www.rmi.org Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 78. ROCKY MOUNTAIN INSTITUTE CASA E ESCRITÓRIO EXPERIMENTAL Crescimento de bananas sem estufa a –40ºF pg. 96 Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 79. COMPUTANDO PERDAS… OU ECONOMIAS - AVANÇAR PENSANDO PARA TRÁS Sistema típico de bombeamento artificial Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 80. P2: Biomimetismo Ciclos fechados contínuos, sem desperdícios, eliminação da toxicidade Natureza como modelo, medida e mentora Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 81. NATUREZA COMO MENTORA teia de aranha Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 82. TRÊS NÍVEIS DE BIOMEMITISMO Processo / Como é fabricado? Projeto / como funciona Sistema / como se ajusta Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 83. DESIGN TEX TM De 8.000 testados, somente 38 produtos químicos usados Poltronas aparas de tecido: lixo tóxico e perigoso 67 Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 84. DESIGN TEX TM Tecido natural tratado com os processos químicos seguros (encontrados) sendo melhores mais duráveis e a um custo menor. Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 85. TRÊS NÍVEIS DE BIOMEMITISMO Projeto | Como funciona? Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 86. PROJETO: COMO FUNCIONA? Como a natureza “fica fria”? Cupinzeiros (Termite mounds) •Baixa energia •Uso intensivo dos materiais •Condicionamento de ar passivo África, Austrália e Amazônia Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 87. EASTGATE Harare, Zimbabwe Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 88. EASTGATE Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 89. EASTGATE O esfriamento passivo trabalha fornecendo calor durante o dia e soltando-o à noite com o abaixamento da temperatura. • Partida de dia: o edifício é fresco. • Durante o dia: as máquinas e as pessoas geram o calor, e o sol brilha. O calor é absorvido pelo tecido do edifício, que tem uma alta capacidade de armazenar calor, de modo que a temperatura interna aumente mas não muito. • Durante a tarde: a temperatura externa abaixa. O ar interno quente é extraído por chaminés, assistidas por leques mas o fluxo de ar aumenta naturalmente porque é menos denso. O ar frio mais denso flui para dentro do edifício por meio de cavidades dispostas no piso dos andares. • Durante a noite: este processo continua, o ar frio que flui para dentro do edifício pelas cavidades situadas em cada andar esfria o tecido do edifício até que o mesmo tenha conseguido a temperatura ideal para começar no dia seguinte. Passivamente esfriado, Eastgate usa só 10 % da energia necessária para um edifício semelhante convencionalmente esfriado. Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 90. EASTGATE Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 91. EASTGATE Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 92. EASTGATE Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 93. TRÊS NÍVEIS DE BIOMEMITISMO Sistema: Como se ajusta? Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 94. ECOSISTEMA INDUSTRIAL EM KALUNDBORG DINAMARCA Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 95. KALUNDBORG, DENMARK Statoil Refinery Gyproc Asnaes Power Plant City of Kalundborg Novo Natural Capitalism: Biomimicry Nordisk Rocky Mountain Institute (RMI) Research & Consulting • www.rmi.org Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 96. KALUNDBORG, DENMARK Statoil Refinery Fuel Gas Gyproc Asnaes Power Plant City of Kalundborg Novo Natural Capitalism: Biomimicry Nordisk Rocky Mountain Institute (RMI) Research & Consulting • www.rmi.org Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 97. KALUNDBORG, DENMARK Statoil Refinery Fuel Gas Gyproc Steam Waste heat Asnaes Power Plant City of Kalundborg Steam Novo Natural Capitalism: Biomimicry Nordisk Rocky Mountain Institute (RMI) Research & Consulting • www.rmi.org Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 98. Statoil Refinery Fuel Gas Gyproc Waste heat Asnaes Power Plant City of Kalundborg Wa ste Lake Tisso (sa he lt w at Fly ash ate r) Novo Nordisk Natural Capitalism: Biomimicry Fish farms Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 99. Statoil Fuel Gas Refinery Gyproc Waste heat Asnaes Power Plant City of Wa Kalundborg ste Lake Tisso he a t Fly ash Sludge for Roads Fertilizer Novo Nordisk Farms Fish farms Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 100. Fuel Gas Sulphur Statoil Gypsum Refinery Kemira Acid Plant Gyproc er ubb Scr dge slu Waste heat Asnaes Power Plant City of Wa Kalundborg ste Lake Tisso he a t Fly ash Roads Yeast for pigs Novo Nordisk Farms Fish farms Fish waste Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 101. KALUNDBORG, DENMARK O distrito de Kalundborg tem recursos de água muito limitados, e as grandes empresas industriais têm um consumo muito elevado. As companhias participantes no projecto, reutilizam a maior quantidade de água possível. Por exemplo, a fábrica de Asnaes só utilizava água de rede normal, para a sua produção de energia e agora a água utilizada provém totalmente do lago de Tissø, conjuntamente com água de refrigeração e resíduos da refinaria Statoil. A Asnaes também começou a reutilizar os seus próprios resíduos líquidos. A fábrica de Asnaes, transfere os picos excedentes de energia para a rede municipal de aquecimento central, evitando a poluição que fariam os 3.500 sistemas de aquecimento individuais. São bombeadas 400.000 toneladas de vapor para a Statoil e Novo Nordisk. A Asnaes instalou também uma piscicultura, onde a água é aquecida com os excedentes de energia. A Asnaes produz também 170.000 toneladas de cinza por ano, reutilizadas para fabricar cimento e outros pavimentos. O Gypsum é um producto residual da desulfurização das emissões, e Gyproc utiliza 80.000 toneladas ano para fabricar placas de gesso. O gás excedente da refinação do petróleo, que antes era queimado pela refinaria envia-se a Asnaes e Gyproc, reduzindo o consumo de carvão na fábrica de energia em 2% (30.000 toneladas / ano). Com este gás a Gyproc poupa 90-95%, no consumo do petróleo. Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 102. KALUNDBORG, DENMARK Na fábrica da Novo Nordisk produzem-se enzimas industriais utilizando microorganismos modificados por engenharia genética. Os resíduos da fermentação são muito ricos em nutrientes, incluindo fósforo e nitrogénio. Depois de um tratamento à base de cal e calor, a biomassa converte- se em fertilizante que é distribuído aos agricultores locais, num total de 1.5 milhões de metros cúbicos. A levedura de padeiro (Sacharomyces cerevisiae), usada para a produção de insulina converte-se em alimento para o gado porcino. A Novo Nordisk facilita actualmente estes productos gratuitamente e o resto dos resíduos de Kalundborg vendem-se. Os acordos negociaram-se bilateralmente e focando o benefício mútuo. O projecto de simbiose indústrial começou em 1972 e em 1994 estavam em vigor 16 contratos, com um lucro de 9.000 milhões de escudos, e com uma poupança anual em gastos estimada em 1.400 milhões de escudos. Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 103. ECOSISTEMA INDUSTRIAL EM KALUNDBORG DINAMARCA Indústria painéis de gesso resíduo Construção de rodovias Criação de levedura de porcos padeiro vapo r Refinaria Indústria farmacêutica Produção elétrica vapo Resíduo enxofre r fermentação cinza s Cidade de Kalundborg Piscicultura lama Produção ácido sulfúrico Fábrica de cimento Fazendas locais Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 104. KALUNDBORG, DENMARK Economias Anual: •$12–15 M USD •30.000 tons de carvão •19.000 tons óleo •600.000 metros cúbicos de água Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 105. P3: Mudança para uma economia de soluções De produtos para serviços O que os clientes querem? Quais são as suas necessidades? “Menos material… mais serviço” Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 106. SOMBRA E ÁGUA FRESCA Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 107. DUCHA QUENTE E CERVEJA GELADA Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 108. XEROX Capitalizou programas de leasing existentes para formar uma infraestrutura de “retorno” & um negócio de “serviço de documentos” “Tudo que a Xerox entrega aos seus clientes é projetado para ser retornável - quer seja uma máquina, um cartucho, uma peça sobressalente ou embalagem. Todos esses itens, uma vez devolvidos, são processados para reuso ou reciclagem. A única coisa que nos queremos deixar para nossos clientes é O DOCUMENTO, Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 109. OUTROS EXEMPLOS • Chauffagistes na França e Götenborg Energi, da Suécia – serviço de calor; • Carrier, dos EUA – serviço de refrigeração / conforto; • Dow Chemical Company – serviço de dissolução / aluguel de solventes orgânicos; • Cookson, da Inglaterra – aluguel de serviço de isolamento do revestimento refratário das fornalhas siderúrgicas; • Ciba, divisão de pigmentos – serviço de cor. Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 110. P4: Reinvestimento em capital natural e humano Proteger, fortalecer, reparar e deixar a natureza se renovar Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 111. C id a d e d e N o va Yo rk p re c is a a u me n t a r s e u s is t e ma d e á g u a p o t á ve l Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 112. N o va p la n t a d e filt ra ç ã o d e á g u a @ $ 4 – 6 b ilh õ e s + $ 3 0 0 – 5 0 0 milh õ e s/a n o p a ra ma n u t e n ç ã o Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 113. Em vez disso … NYC investiu na integridade da bacia hidrográfica - Adquiriu terras para reserva - Ajudou fazendeiros a reduzir descargas - Aumentou as plantas de tratamento de esgoto …Custo = $1.7 bilhões Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 114. O QUE NÓS IMPEDE? •Pressões financeiras a curto prazo •Práticas de crédito •Práticas de compra •Práticas de projeto e engenharia •Sistemas de medição •Programas de reconhecimento e recompensa Nós podemos criar um novo futuro, uma nova visão Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 115. LIDERANÇA DO SETOR PRIVADO Atualmente, mais da metade das 100 maiores entidades econômicas do mundo não são nações-estados (países) mas corporações. A comunidade dos negócios pode ser a única instituição que tem os recursos, habilidade e motivação para resolver esses problemas. Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 116. QUETÕES A RESPONDER A questão não é se sabemos o que precisa ser feito ou se temos a tecnologia para fazê-lo. A questão é se nossas instituições sociais serão capazes de realizar a mudança no tempo disponível. Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 117. A história humana se transforma, mais e mais, numa corrida entre educação e catástrofe. H.G.Wells The Outline of History Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
  • 118. “Seja lá o que você faça ou o sonho que você tenha, comece. Arrojo tem genialidade, força e mágica. Comece já!!!!!!! www.rmi.org Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais

Notas do Editor

  1. Justiça entre gerações: equidade geracional; Fazer o que é certo, da maneira certa, pelas razões certas;
  2. Ninguém pode resolver ou implementar o desenvolvimento sustentável sozinho. É preciso implementar uma gestão cooperativa. Para tal a transparência é fundamental;
  3. Practical and technical solutions Shift from industrial capitalism to natural capitalism VERY PRAGMATIC APPROACH Natural Capitalism is a new way of organising the economy so as to appropriately value ecosystems, the resources they provide business and the ecosystem services they provide all of us. The twofold objective is To protect the biosphere by valuing ecosystem services To improve productivity and competitiveness