O documento discute o Dia da Consciência Negra no Brasil, que é celebrado em 20 de novembro para refletir sobre a inserção do negro na sociedade brasileira e lembrar a resistência à escravidão. Também fala sobre eventos educativos organizados por movimentos negros e temas debatidos como inserção no mercado de trabalho e discriminação.
3. O Dia da Consciência Negra é celebrado em 20 de
Novembro no Brasil e é dedicado à reflexão sobre a
inserção do negro na sociedade brasileira. A semana
dentro da qual está esse dia recebe o nome de Semana da
Consciência Negra.
A data foi escolhida por coincidir com o dia da morte de
Zumbi dos Palmares, em 1695. Apesar das várias dúvidas
levantadas quanto ao caráter de Zumbi nos últimos anos
(comprovou-se, por exemplo, que ele mantinha escravos
particulares) o Dia da Consciência Negra procura ser uma
data para se lembrar a resistência do negro à escravidão
de forma geral, desde o primeiro transporte forçado de
africanos para o solo brasileiro (1594).
4. Algumas entidades como o Movimento Negro (o maior do gênero no
país) organizam palestras e eventos educativos, visando principalmente
crianças negras. Procura-se evitar o desenvolvimento do auto-
preconceito, ou seja, da inferiorização perante a sociedade.
Outros temas debatidos pela comunidade negra e que ganham evidência
neste dia são: inserção do negro no mercado de trabalho, cotas
universitárias, se há discriminação por parte da polícia, identificação de
etnias, moda e beleza negra, etc.
O dia é celebrado desde a década de 1960, embora só tenha ampliado
seus eventos nos últimos anos; até então, o movimento negro precisava
se contentar com o dia 13 de Maio, Abolição da Escravatura –
comemoração que tem sido rejeitada por enfatizar muitas vezes a
"generosidade" da princesa Isabel.
5. Nelson Rolihlahla Mandela de etnia Xhosa,
Mandela nasceu no pequeno vilarejo de Qunu,
distrito de Umtata, na região do Transkei. Aos
sete anos, Mandela tornou-se o primeiro
membro da família a frequentar a escola, onde
lhe foi dado o nome inglês "Nelson". Seu pai
morreu logo depois, e Nelson seguiu para uma
escola próxima ao palácio do Regente.
Seguindo as tradições Xhosa, ele foi iniciado
na sociedade aos 16 anos, seguindo para o
Instituto Clarkebury, onde estudou cultura
ocidental.
6. Foi um líder rebelde e, posteriormente, presidente da África do
Sul de 1994 a 1999. Principal representante do movimento anti-
apartheid, considerado pelo povo um guerreiro em luta pela
liberdade, era tido pelo governo sul-africano como um terrorista e
passou quase três décadas na cadeia.
7. Em 1934, Mandela mudou-se para Fort Beaufort, cidade com
escolas que recebiam a maior parte da realeza Thembu, e ali
tomou interesse no boxe e nas corridas. Após se matricular, ele
começou o curso para se tornar bacharel em direito na
Universidade de Fort Hare, onde conheceu Oliver Tambo e iniciou
uma longa amizade.
Comprometido de início apenas com atos não-violentos, Mandela
e seus colegas aceitaram recorrer às armas após o massacre de
Sharpeville, em março de 1960, quando a polícia sul-africana
atirou em manifestantes negros, matando 69 pessoas e ferindo
180.
8. No decorrer dos 27 anos que ficou preso, Mandela se tornou de
tal modo associado à oposição ao apartheid que o clamor
"Libertem Nelson Mandela" se tornou o lema das campanhas
anti-apartheid em vários países.
Durante os anos 1970, ele recusou uma revisão da pena e, em
1985, não aceitou a liberdade condicional em troca de não
incentivar a luta armada. Mandela continuou na prisão até
fevereiro de 1990, quando a campanha do CNA e a pressão
internacional conseguiram que ele fosse libertado em 11 de
fevereiro, aos 72 anos, por ordem do presidente Frederik Willem
de Klerk.
Como presidente do CNA (de julho de 1991 a dezembro de 1997)
e primeiro presidente negro da África do Sul (de maio de 1994 a
junho de 1999).