2. • O crack é preparado a partir da extração
de uma substância alcaloide da planta
Erythroxylon coca, encontrada na América
Central e América do Sul. Chamada
benzoilmetilecgonina, esse alcaloide é
retirado das folhas da planta, dando
origem a uma pasta: o sulfato de cocaína.
Chamada, popularmente, de crack, tal
droga é fumada em cachimbos.
3. CONTINUANDO..
• Cerca de cinco vezes mais potente que a
cocaína, sendo também relativamente mais
barata e acessível que outras drogas, o crack
tem sido cada vez mais utilizado, e não somente
por pessoas de baixo poder aquisitivo, e
carcerários, como há alguns anos. Ele está,
hoje, presente em todas as classes sociais e em
diversas cidades do país. Assustadoramente,
cerca de 600.000 pessoas são dependentes,
somente no Brasil.
4. O PRAZER
• Perseguindo esse prazer, o indivíduo tende a utilizar a
droga com maior frequência. Com o passar do tempo, o
organismo vai ficando tolerante à substância, fazendo
com que seja necessário o uso de quantidades maiores
da droga para se obter os mesmos efeitos. Apesar dos
efeitos paranoicos, que podem durar de horas a poucos
dias e pode causar problemas irreparáveis, e dos riscos
a que está sujeito; o viciado acredita que o prazer
provocado pela droga compensa tudo isso. Em pouco
tempo, ele virará seu escravo e fará de tudo para tê-la
sempre em mãos. A relação dessas pessoas com o
crime, por tal motivo, é muito maior do que em relação
às outras drogas; e o comportamento violento é um
traço típico.
5. • Neurônios vão sendo destruídos, e a
memória, concentração e autocontrole
são nitidamente prejudicados. Cerca de
30% dos usuários perdem a vida em um
prazo de cinco anos – ou pela droga em si
ou em consequência de seu uso (suicídio,
envolvimento em brigas, “prestação de
contas” com traficantes, comportamento
de risco em busca da droga – como
prostituição, etc.).
7. MÃES VICIADAS E BEBÊS
PREJUDICADOS
• A pediatra e pesquisadora do Rio Grande
do Sul Gabrielle Cunha desenvolve um
trabalho no Hospital Materno Infantil
Presidente Vargas com bebês cujas mães
usaram crack durante a gravidez.
Pesquisa desenvolvida por ela em 1999
aponta que 4,6% das gestantes usavam a
substância. Segundo ela, o índice é muito
superior ao verificado em outros países.
8. • - Nós não temos estatísticas nacionais sobre isso. Mas
imaginamos que atualmente seja no mínimo o dobro
[desse percentual de 1999] tendo em vista o número de
pacientes que chegam até nós.
Segundo Gabrielle, os recém-nascidos que foram
expostos ao crack ainda na barriga da mãe apresentam
logo nas primeiras 48 horas de vida “alterações
neurológicas e comportamentais provocados pela
exposição prolongada à droga”. Mas ela ressalta que
essas crianças não são viciadas e os danos podem ser
minimizados.
9. • - No início se pensava que esses bebês teriam má-
formações e problemas graves, mas, na verdade, as
alterações são no neurocomportamento. Eles são mais
irritáveis, são bebês que geralmente têm dificuldade de
alimentação. Mas conforme o estímulo e o tratamento
que ele recebe, é possível reverter essa situação que é
temporária.
Atualmente, cerca de 150 bebês nessa situação são
atendidos pelo programa do Hospital Materno Infantil
Presidente Vargas, de Porto Alegre.
10.
11. A INTERNAÇÃO
• O seguro saúde cobre usuário de crack e outras
drogas mas uma internação neste caso não é
obrigatória, visto que é desnecessária. O
tratamento de um dependente químico, vai
muito além de alguns dias internado. Isso
porque exige tratamento psiquiátrico (e
demorado) e os seguros de saúde limitam a
seus pacientes, uma certa porcentagem de dias
para internações e atendimentos durante o ano.