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Natal Vegetariano




• Ceia vegetariana
                          • Decora¸ao ecol´gica
                                  c˜      o
• Receitas alternativas
                          • Presentes alternativos
• Bebidas festivas
Natal Vegetariano




• Ceia vegetariana
                           • Decora¸ao ecol´gica
                                   c˜      o
• Receitas alternativas
                           • Presentes alternativos
• Bebidas festivas




          www.centrovegetariano.org
T´ıtulo: Natal Vegetariano
   Organiza¸ao e Revis˜o: Cristina Rodrigues
              c˜        a
   2a edi¸ao, Setembro de 2005
          c˜
   (1a edi¸ao em Dezembro de 2004)
           c˜
   Edi¸ao e distribui¸ao: galaxia-alfa.com
       c˜            c˜
   http://www.centrovegetariano.org
   ISBN 972-8967-13-6




    Os conte´dos deste livro foram baseados nos da p´gina web
             u                                      a
http://www.centrovegetariano.org. Os artigos desse portal s˜o do dom´nio
                                                           a        ı
p´blico, estando protegidos pela licen¸a GNU FDL. Esta licen¸a garante
 u                                    c                      c
aos autores os devidos cr´ditos e a comunidade em geral a liberdade de
                          e         `
usufruir de forma plena.
Conte´do
     u

1 Ceia de Natal                                                                                                              1
  1.1 Bacalhau . . . . . . . . . . . . . . .                    .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .    2
      1.1.1 A tradi¸ao do bacalhau . . .
                     c˜                                         .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .    2
      1.1.2 Bacalhau em vias de extin¸ao  c˜                    .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .    3
  1.2 Peru . . . . . . . . . . . . . . . . . .                  .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .    5
  1.3 Patˆ de f´
          e    ıgado de ganso . . . . . . .                     .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .    7
  1.4 Caviar . . . . . . . . . . . . . . . . .                  .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .    8
  1.5 Receitas alternativas . . . . . . . . .                   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   10
      1.5.1 Pratos natal´ ıcios . . . . . . .                   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   10
      1.5.2 Sobremesas natal´   ıcias . . . .                   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   14

2 Bebidas festivas                                                                                                          20
  2.1 Bebidas alco´licas . . . . .
                  o                     .       .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   20
      2.1.1 Cervejas . . . . . . .      .       .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   20
      2.1.2 Vinhos . . . . . . . .      .       .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   21
      2.1.3 Bebidas espirituosas        .       .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   22
      2.1.4 Ressaca . . . . . . .       .       .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   23
  2.2 Sumos naturais . . . . . . .      .       .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   23

3 Decora¸˜o da casa
        ca                                                                                                                  26
  3.1 Arranjos de mesa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .                                                  26
  3.2 Velas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .                                               26
      ´
  3.3 Arvore de Natal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .                                                 26

4 Presentes                                                                                                                 27
  4.1 Vestu´rio e cal¸ado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
           a         c                                                                                                      29
      4.1.1 A Ind´stria de peles . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
                   u                                                                                                        30
  4.2 Cosm´ticos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
           e                                                                                                                32



                                            i
Introdu¸˜o
       ca

A maioria das pessoas n˜o consegue imaginar uma Ceia de Natal sem o
                        a
tradicional bacalhau ou peru. Mas s˜o cada vez mais os que optam por
                                     a
pratos alternativos e mais saud´veis.
                               a
    Um Natal vegetariano implica a escolha de uma ementa diferente
para a mesa de Natal e o consumo de bebidas mais saud´veis e sem
                                                           a
ingredientes de origem animal. A aquisi¸ao de arranjos de mesa, de
                                         c˜
velas ou da arvore de Natal tamb´m n˜o deve ser aleat´ria e na compra
            ´                    e     a             o
de presentes deve igualmente ter-se algum cuidado.
    Neste documento apresentamos alguns factos relativos a produtos
consumidos no Natal tradicional, mas tamb´m muitas alternativas para
                                           e
um Natal mais saud´vel, mais ecol´gico e isento de explora¸ao animal.
                     a             o                      c˜




                                 ii
Cap´
   ıtulo 1

Ceia de Natal

A cada ano que passa, sempre que a ´poca natal´ se aproxima grande
                                     e          ıcia
parte dos vegetarianos e veganos come¸a a entrar em pˆnico. S´ quando
                                       c              a       o
nos tornamos veganos ou vegetarianos nos apercebemos de que quase
todos os alimentos presentes na ceia de Natal s˜o derivados de animais.
                                               a
Nesse momento colocam-se algumas quest˜es: O que vou comer na ceia
                                         o
de Natal? Ser´ que na mesa de Natal vai haver algum alimento sem
               a
ingredientes de origem animal? O que vou cozinhar para a ceia de Natal
em fam´ ılia?
    Com algumas dicas e um pouco de boa disposi¸ao, o Natal vegetari-
                                                   c˜
ano pode tornar-se bem mais agrad´vel.
                                     a
    Procura receitas que incluam frutos secos na sua confec¸ao, pois
                                                               c˜
s˜o optimas para esta altura festiva e geralmente agradam a todas as
 a ´
pessoas. Cozinha legumes das mais variadas formas (cozidos, salteados,
grelhados). Substitui o bacalhau e o peru por seitan ou tofu. Faz umas
rabanadas veganas ou um tronco de Natal. Compra um bolo-rei vegano
- a venda em lojas de produtos vegetarianos (por exemplo, nas lojas
  `
Celeiro).
    Confeccionar pratos variados e coloridos ´ a melhor forma de mos-
                                             e
trar que a comida vegetariana ´ deliciosa e nutritiva. Pode tamb´m
                                 e                                   e
aproveitar-se esta ocasi˜o em que, de um modo geral, as pessoas est˜o
                        a                                             a
mais pac´ ıficas e n˜o gostam de entrar em discuss˜es in´ teis para expli-
                   a                              o    u
car aos familiares e amigos o que ´ o vegetarianismo e que esse tipo de
                                   e

                                   1
1.1 Bacalhau                                                 1 Ceia de Natal


alimenta¸ao ´ mais saud´vel do que uma alimenta¸ao a base de carne,
          c˜ e            a                          c˜ `
fornecendo igualmente todos os nutrientes de que se necessita. No en-
tanto, se se ouvirem piadas desagrad´veis ou se o assunto parecer uma
                                       a
causa perdida, o melhor ´ ignorar e mostrar o bom humor e o quanto a
                          e
opini˜o dos outros ´ indiferente.
      a             e
    Se moras numa casa com omn´   ıvoros, ou se a tua ceia de Natal ´ junto
                                                                    e
de familiares que n˜o dispensam o tradicional peru ou o bacalhau cozido,
                   a
oferece-te para confeccionar um prato alternativo e uma sobremesa ve-
gana. Assim ter´s oportunidade de mostrar como um prato vegetariano
                a
´ delicioso ao mesmo tempo que ter´s a certeza de que n˜o passas fome.
e                                    a                     a
Tem aten¸ao para que n˜o te cozinhem alguns legumes juntamente com
           c˜            a
o bacalhau ou no mesmo tabuleiro do que o peru.
    “Pode parecer um pouco estranho para alguns mas no futuro o Natal ve-
getariano ser´ considerado normal. Vai tornar-se uma nova tradi¸ao. Muitas
             a                                                 c˜
pessoas est˜o mudando os seus h´bitos alimentares por compaix˜o e outras
           a                     a                             a
por motivos de sa´de. Com tantas ”carnes”vegetarianas no mercado hoje em
                 u
dia, n˜o h´ necessidade de comer peru. Podem comer-se coisas com a mesma
       a a
aparˆncia no prato sem matar animais. Hoje isso ´ mais f´cil do que nunca,
     e                                            e     a
em grande parte gra¸as a Linda[McCartney].”
                    c
(Paul McCartney, patrono da Sociedade Vegetariana do Reino Unido.)



1.1     Bacalhau
1.1.1    A tradi¸˜o do bacalhau
                ca
Na ceia de Natal dita a tradi¸ao portuguesa que se coma o bacalhau.
                              c˜
Mas, a origem do consumo deste peixe remonta aos vikings, considerados
os pioneiros na descoberta do bacalhau, pois a esp´cie era abundante
                                                     e
nos mares que navegavam. A falta de sal na ´poca fazia com que se
                                                 e
limitassem a secar este peixe ao ar livre, at´ endurecer, para depois ser
                                             e
consumido aos peda¸os nas longas viagens que faziam pelos oceanos.
                     c
    Mas, foi nas costas de Espanha que os bascos come¸aram a salgar o
                                                        c
bacalhau e depois a sec´-lo para uma melhor conserva¸ao. Este m´todo
                        a                              c˜          e
garantia a sua durabilidade, assim como mantinha os seus nutrientes e
apurava o paladar.

                                      2
1 Ceia de Natal                                           1.1 Bacalhau


    Devido ao facto de na ´poca os m´todos de conserva¸ao serem prec´rios
                          e         e                 c˜            a
e de os alimentos se degradarem facilmente, o bacalhau revolucionou a
alimenta¸ao.
          c˜
    Tamb´m o calend´rio crist˜o, imposto pela Igreja Cat´lica a partir
           e          a        a                           o
da Idade M´dia, contribuiu para o aumento do consumo desse peixe. Os
             e
crist˜os deviam obedecer a dias de jejum, o que levava as pessoas a ex-
     a
clu´
   ırem a carne da sua alimenta¸ao. O bacalhau, como era mais barato,
                                 c˜
tornou-se no alimento escolhido pelo povo durante as festas religiosas,
como o Natal e a P´scoa.
                    a
    Com o passar dos s´culos, o jejum foi desaparecendo, mas a tradi¸ao
                        e                                           c˜
do bacalhau, sobretudo na ceia de Natal, manteve-se intacta at´ aos
                                                                  e
nossos dias.
    Inicialmente como alimento barato e presente na mesa da popula¸ao
                                                                    c˜
mais pobre, depois da Segunda Guerra Mundial o bacalhau tornou-se
num produto s´ consumido pelos mais ricos. A escassez de alimentos
                 o
em toda a Europa levou a subida de pre¸o do bacalhau e o seu consumo
                          `             c
restringiu-se as camadas mais elevadas da sociedade. Os mais pobres
               `
apenas se davam ao luxo do seu consumo nas principais festas crist˜s,a
o que tamb´m contribuiu para a tradi¸ao do seu consumo na ceia de
             e                          c˜
Natal.


1.1.2   Bacalhau em vias de extin¸˜o
                                 ca
Origin´rio das aguas frias dos mares que circundam o P´lo Norte, o
       a       ´                                         o
bacalhau ´ um alimento milenar. Registos mostram a existˆncia de
           e                                                  e
f´bricas para o seu processamento na Islˆndia e na Noruega desde o
 a                                       a
s´culo IX.
 e
    O bacalhau pesca-se durante todo o ano, ainda que a maior parte
das capturas seja efectuada entre fins de Mar¸o e princ´
                                             c         ıpios de Outu-
bro de cada ano. Normalmente, vive em grandes profundidades, tanto
maiores quanto maior for a idade, podendo encontrar-se a mais de 450
metros. Pode atingir 20 anos de idade, ultrapassar 180 cent´ımetros de
comprimento e pesar mais de 20 quilos.
    O bacalhau est´ a ser v´
                   a       ıtima da sua popularidade em cozinhas de
todo o mundo. A pesca intensiva est´ a amea¸ar de extin¸ao o Cod,
                                     a         c           c˜

                                   3
1.1 Bacalhau                                                   1 Ceia de Natal


peixe que d´ origem ao bacalhau.
              a
    H´ anos que pesquisadores e ecologistas alertam que o bacalhau, uma
      a
das esp´cies mais comercias do mundo, corre risco de extin¸ao. Por´m,
        e                                                          c˜          e
o estudo realizado pelo Conselho Internacional para a Explora¸ao do       c˜
Mar (Ciem), grupo que re´ ne cerca de 1600 cientistas de 19 pa´ e que
                                u                                      ıses
controla o Mar do Norte, revelou em Outubro passado que n˜o h´ sinais
                                                                    a a
de recupera¸ao dos stocks de bacalhau na zona.
              c˜
    O Ciem al´m da proibi¸ao da pesca do bacalhau, propˆs tamb´m a
                 e                c˜                              o          e
proibi¸ao da pesca de outras esp´cies de peixes de grande valor comercial,
       c˜                            e
como o hadoque. O motivo ´ que as redes para apanharem essas esp´cies
                                   e                                         e
acabam por pescar tamb´m o bacalhau. O relat´rio recomenda uma
                                e                       o
redu¸ao dr´stica da pesca desta esp´cie, ou mesmo o seu fim em 2005,
     c˜      a                            e
em todo o Mar do Norte, no Mar da Irlanda e nas aguas do Artico.
                                                         ´            ´
    Os cardumes de bacalhau foram sendo reduzidos ao longo de s´culos      e
de pesca excessiva. Nas ultimas d´cadas, a moderniza¸ao da ind´ stria
                               ´        e                    c˜             u
pesqueira levou a que a captura fosse mais eficiente, o que consequente-
mente acelerou o processo de extin¸ao.  c˜
    Actualmente, n˜o s˜o s´ os cardumes que est˜o menores, mas tamb´m
                        a a o                        a                           e
os peixes. Isso deve-se ao facto de durante anos os animais maiores terem
sido intensamente capturados, fazendo com que a popula¸ao remanes-c˜
cente da esp´cie seja descendente de peixes menores.
               e
    Nos ultimos 20 anos a popula¸ao de bacalhau tem ficado abaixo do
          ´                            c˜
m´ınimo necess´rio para sustentar a sobrevivˆncia da esp´cie. Al´m da
                  a                               e             e          e
pesca excessiva, o pr´prio ciclo de reprodutivo do bacalhau dificulta a
                          o
recupera¸ao da esp´cie. De cada 20 crias, apenas uma consegue sobre-
          c˜            e
viver tempo suficiente para se reproduzir, pois o bacalhau leva at´ seis     e
anos para chegar a maturidade sexual.
                      `
    O cod j´ ´ considerado, por muitos cientistas e organiza¸oes interna-
             ae                                                    c˜
cionais de preserva¸ao da natureza, uma esp´cie amea¸ada de extin¸ao
                        c˜                        e         c                  c˜
devido a pesca excessiva.
        `
    ´
    E uma situa¸ao cr´
                    c˜     ıtica, porque nunca os stocks no Mar do Norte se
encontraram em n´      ıveis t˜o baixos como os actuais. Cientistas estimam
                              a
a actual reserva em 46 mil toneladas de cod adulto, o que ´ grave se  e
comparado as 250 mil toneladas em 1960; o n´ m´
              `                                    ıvel ınimo de stock para
garantir a sobrevivˆncia da esp´cie ´ de 150 mil toneladas. No Mar da
                        e            e    e

                                        4
1 Ceia de Natal                                               1.2 Peru


Irlanda, os stocks est˜o 50% abaixo do recomendado e na costa ocidental
                      a
da Esc´cia a situa¸ao tamb´m ´ preocupante.
        o          c˜        e e
     Por isso, medidas como a redu¸ao radical das cotas de pesca nos
                                    c˜
pr´ximos cinco anos, est˜o a ser tomadas pelos pa´
   o                       a                         ıses europeus. As
cotas foram reduzidas em at´ 40% do que foi pescado no ano de 2000.
                              e
Esse facto, verifica-se no aumento do pre¸o do bacalhau registado ao
                                            c
longo dos ultimos anos.
            ´
     Apesar das recomenda¸oes, para os executivos europeus ´ impens´vel
                           c˜                              e       a
extinguir, mesmo que por um curto per´   ıodo, todo um sector da pesca.
S´ na Gr˜-Bretanha, a proibi¸ao da pesca do bacalhau poderia pˆr em
  o       a                    c˜                                o
causa 20 mil empregos. A Uni˜o Europeia tem optado apenas por proibir
                               a
a actividade durante a ´poca da reprodu¸ao e reduzindo as quotas de
                         e                 c˜
pesca.



1.2    Peru
Todos os anos, mais de 260 milh˜es de perus s˜o abatidos na Uni˜o
                                  o             a                  a
Europeia. 5 milh˜es dos quais em Portugal, sendo a ´poca natal´
                  o                                   e          ıcia
a de maior procura da carne destes animais. S˜o v´rios os problemas
                                               a a
associados a cria¸ao intensiva destes animais e que, obviamente, tˆm
           `     c˜                                               e
consequˆncias na qualidade da carne e na sa´ de de quem a consome.
        e                                  u

   Problemas associados a cria¸ao intensiva de perus:
                        `     c˜
    Sa´ de
      u
A reprodu¸ao natural ´ negada aos perus. S˜o criados selectivamente
            c˜          e                      a
para terem um peito para carne t˜o grande que a cria¸ao natural se
                                    a                     c˜
tornou fisicamente imposs´  ıvel e toda a reprodu¸ao ´ feita atrav´s de
                                                   c˜ e            e
insemina¸ao artificial. Os seus corpos s˜o t˜o pesados que muitos machos
          c˜                           a a
adultos sofrem de dolorosos problemas das coxas (um peru adulto pode
pesar tanto como uma crian¸a de 8 ou 9 anos).
                             c
    Uma por¸ao de 180g de carne magra de peru sem pele cont´m 274
              c˜                                                 e
calorias e 6 gramas de gordura e a mesma quantidade com pele tem 380
calorias e 16 gramas de gordura. Os perus recebem antibi´ticos e hormo-
                                                         o
nas de crescimento por serem criados sob condi¸oes de superpopula¸ao.
                                                 c˜                  c˜

                                  5
1.2 Peru                                                 1 Ceia de Natal


Muitos perus comem ra¸oes prefabricadas, que costumam conter restos
                       c˜
processados de outras aves. Todos estes factores afectam obviamente a
sa´ de de quem consome estes animais.
  u

     Exiguidade dos espa¸os sobre-populados
                          c
A cria¸ao de perus em regime intensivo ´ feita em espa¸os sobre-populados,
       c˜                                e            c
onde chegam a estar cerca de 25000 aves. Cada ave ´ confinada numa
                                                       e
area de 0,3 metros quadrados. Estas aves s˜o mantidas em circunstˆncias
´                                            a                    a
ambientais muito pobres (ausˆncia de poleiros, etc.) e nada adequadas.
                               e
Da´ que os perus fiquem sob um grande stress, uma vez que se lhes limita
   ı
a manifesta¸ao dos seus comportamentos naturais. Frequentemente, os
            c˜
animais que sobrevivem a estas condi¸oes de cria¸ao (um n´ mero consi-
                                        c˜         c˜       u
der´vel n˜o sobrevive at´ a idade de abate) desenvolvem comportamen-
    a     a               e`
tos violentos entre si, pelo que lhes ´ cortada a ponta do bico com uma
                                      e
lˆmina quente, a fim de evitar as agress˜es e os casos de canibalismo.
 a                                         o

    Abate
Ap´s serem descarregados dos caixotes em que s˜o transportados, estes
    o                                              a
perus, anormalmente pesados, s˜o pendurados de cabe¸a para baixo em
                                 a                       c
grilh˜es met´licos dispostos numa linha de transporte. Nos piores casos,
      o       a
s˜o deixados nesta posi¸ao v´rios minutos antes de serem insensibiliza-
 a                      c˜ a
dos, o que para uma ave t˜o pesada ´ doloroso e assustador.
                           a          e
    A linha de transporte arrasta ent˜o os perus para um banho de agua
                                     a                                ´
electrificada, cujo objectivo ´ o de os insensibilizar antes de se efectuar
                             e
a sangria. Contudo, muitas das aves debatem-se e levantam a cabe¸a,     c
escapando assim ao banho el´ctrico. Estas aves estar˜o completamente
                              e                        a
conscientes aquando da sangria. Algumas estar˜o mesmo ainda vivas
                                                   a
aquando da imers˜o no tanque de agua a ferver, cujo objectivo ´ o de
                   a                ´                               e
facilitar a remo¸ao das penas.
                c˜
    A expectativa de vida natural de um peru ´ de cerca de 10 anos.
                                                   e
Os perus de cria¸ao intensiva s˜o mortos ao completarem de 12 a 26
                  c˜             a
semanas, dependendo do tamanho da ave produzida.




                                    6
1 Ceia de Natal                                  1.3 Patˆ de f´
                                                        e     ıgado de ganso


1.3     Patˆ de f´
           e     ıgado de ganso
O “foie gras” nada mais ´ do que uma lipidose hep´tica, ou seja, uma
                              e                              a
doen¸a do f´
      c       ıgado. Como consequˆncia de uma alimenta¸ao for¸ada du-
                                       e                        c˜      c
rante 4 semanas, os f´  ıgados dos gansos e dos patos incham 6 a 12 vezes
o tamanho normal.
     Cada ano, cerca de 10 milh˜es de gansos e patos s˜o criados com
                                     o                           a
esse fim, produzindo 16800 toneladas dos seus f´       ıgados em todo o mundo
(n´ meros de 1998). A Fran¸a ´ a maior produtora, com quase 80. O
   u                              c e
restante “foie gras” ´ produzido pela Hungria, Espanha, Israel, EUA,
                        e
B´lgica, Bulg´ria e Rom´nia. A produ¸ao de f´
  e              a            e               c˜         ıgado de ganso j´ foi
                                                                             a
banida na Alemanha, Dinamarca, Noruega e Pol´nia. Recentemente,
                                                          o
Arnold Schwarzenegger, governador da Calif´rnia, tamb´m aprovou uma
                                                  o            e
lei que pro´ a alimenta¸ao for¸ada de gansos e patos para a produ¸ao
             ıbe             c˜      c                                         c˜
de “foie gras”. No entanto, a lei s´ entrar´ em vigor depois de 2012 para
                                       o      a
dar um prazo aos produtores para alterarem essa pr´tica.     a
     Durante 4 semanas os patos e gansos tˆm uma alimenta¸ao for¸ada e
                                               e                   c˜      c
s˜o mantidos em pequenos compartimentos. Isso torna mais f´cil agarrar
 a                                                                   a
as aves pelo pesco¸o e inserir-se, pela garganta abaixo, funis e tubos
                     c
met´licos de alimenta¸ao. As aves s˜o presas e for¸adas a abrirem os
     a                    c˜             a                   c
bicos para lhes introduzirem um cano de metal de 20 a 30 cm que vai
at´ ao estˆmago. Ent˜o ´ accionada uma alavanca, que bombeia a ra¸ao
   e       o            a e                                                    c˜
de milho directamente para o estˆmago da ave.
                                       o
     Em alguns casos colocam um anel el´stico apertado no pesco¸o da
                                              a                             c
ave para o caso de ela tentar regurgitar a ra¸ao. Este processo ocorre
                                                    c˜
3 a 5 vezes por dia. E a ra¸ao ´ composta de milho cozido e as vezes
                                 c˜ e                                    `
inclui gordura de porco ou de outros gansos com sal.
     Cada ave ´ for¸ada a ingerir at´ 3,5 kg de ra¸ao por dia, o que
                 e    c                  e                  c˜
equivale a um humano ser for¸ado a comer 12,5 kg de macarr˜o. Como
                                   c                                   a
consequˆncia da alimenta¸ao for¸ada os animais tˆm dificuldades em
         e                     c˜      c                    e
andar e respirar, entre outros danos f´   ısicos.
     Um estudo concluiu que quase 10% das aves morrem com o estˆmago       o
rebentado e com alimento a entrar no pulm˜o. Algumas apresentam
                                                    a
tamb´m deforma¸oes nos bicos e doen¸as e infec¸oes causadas pela suji-
       e           c˜                      c           c˜
dade dos tubos de alimenta¸ao.  c˜

                                       7
1.4 Caviar                                              1 Ceia de Natal


     Depois das 4 semanas de alimenta¸ao for¸ada os patos e os gansos
                                       c˜    c
s˜o abatidos. Na maior parte das vezes os f´
 a                                          ıgados est˜o inchados de 6
                                                       a
at´ 12 vezes o tamanho normal, formando massas p´lidas e inflamadas
   e                                                 a
do tamanho de mel˜es em vez de org˜os firmes, pequenos e sadios.
                    o              ´ a
     Apenas os patos (machos) s˜o usados para fazer o patˆ por produzi-
                                a                        e
rem f´ıgados maiores e serem considerados mais resistentes as 4 semanas
                                                           `
de tortura. As aves fˆmeas s˜o tratadas como lixo. Normalmente as
                       e       a
fˆmeas rec´m-nascidas s˜o entulhadas em sacos de nylon, que s˜o amar-
 e          e            a                                     a
rados e colocados em lat˜es com agua a escaldar.
                          o       ´
     O “foie gras” tem tamb´m consequˆncias negativas para a sa´ de
                             e           e                            u
humana. 85% das calorias do patˆ s˜o de gorduras - mais do dobro do
                                  e a
que apresenta um hamb´ rguer. Essa gordura ´ em grande parte acido
                         u                     e                    ´
palm´ ıtico, uma gordura saturada conhecida por aumentar os n´   ıveis de
colesterol.


1.4    Caviar
O caviar, apesar de vendido a pre¸o de ouro, ´ um produto bastante
                                      c          e
consumido no Ocidente, sobretudo durante ´pocas festivas.
                                              e
    Embora a popula¸ao de esturj˜es tenha diminu´ drasticamente no
                      c˜            o               ıdo
delta do Volga (R´ ssia), o com´rcio de caviar mant´m o seu ritmo devido
                   u           e                   e
a crescente procura do produto. As mafias apoderam-se deste neg´cio
`                                                                   o
milion´rio, que promove grandes matan¸as e ´ executado por pescadores
       a                                 c     e
furtivos. As fˆmeas, em geral, est˜o ainda vivas quando se abrem para
              e                     a
extrair as ovas.
    As ovas, ap´s um processo em que s˜o esfregadas com sal, est˜o
                 o                          a                         a
prontas para ser servidas. Um quilo deste “ouro negro” pode custar at´  e
2500 euros nos mercados ocidentais. O mercado negro do caviar assume
propor¸oes semelhantes ao do tr´fico de drogas. As belugas s˜o a esp´cie
       c˜                         a                          a      e
mais cobi¸ada e rara dos esturj˜es.
          c                      o
    Negro, salgado e de sabor penetrante, uma colher de caviar pode
custar cerca 15 euros nos restaurantes ocidentais. Os pescadores cobram
2,5 euros por quilo. A diferen¸a vai para os chefes das mafias.
                               c
    A Guarda Costeira est´ permanentemente em alerta para evitar a
                             a
pesca ilegal. Mas o assunto ´ complexo, pois muitos agentes foram
                                 e

                                   8
1 Ceia de Natal                                             1.4 Caviar


comprados e os pescadores furtivos n˜o se detˆm diante de nada.
                                     a        e
    Na zona do mar C´spio o neg´cio est´ meticulosamente organizado.
                       a         o       a
Enquanto se captura o peixe, os “negros” do pescado abrem a tripa da
fˆmea, extraem o caviar e atiram o corpo a agua. Acima dos “negros”
 e                                         `´
est˜o os “bar˜es”, homens que subornam a pol´ e prestam contas aos
   a          o                                ıcia
“reis”, ou chefes dos bandos.
    O problema subjacente ´ que est˜o a acabar os esturj˜es, um peixe
                            e       a                    o
que vive h´ 250 milh˜es de anos e que sobreviveu aos dinossauros. De
           a          o
nada valeu aos cientistas fixarem uma quota anual de capturas para
todas as esp´cies de esturj˜es que nadam em aguas russas, a fim de
              e             o                     ´
salvar este peixe de extin¸ao. Tamb´m n˜o foi suficiente que v´rias
                           c˜         e     a                      a
esp´cies estejam abrangidas, desde Abril de 1998, pelo Conv´nio CITES
   e                                                       e
(Conv´nio Internacional sobre o Com´rcio de Esp´cies Protegidas), como
       e                            e             e
esp´cies em perigo de extin¸ao ou vulner´veis.
   e                        c˜           a
    Enquanto a quota oficial de captura, no ano de 1997, foi de 898
toneladas, actualmente pesca-se de forma ilegal mais do dobro e at´   e
do triplo. Embora os n´ meros relativos a captura ilegal n˜o sejam,
                         u                 `                 a
evidentemente, de grande confian¸a, os entendidos afirmam que, s´ em
                                 c                                o
1985, os pescadores furtivos apanharam 25 mil toneladas de esturj˜es.
                                                                    o
A prosseguir este ritmo, em breve j´ n˜o haver´ esturj˜es.
                                   a a          a      o




                                  9
1.5 Receitas alternativas                               1 Ceia de Natal


1.5     Receitas alternativas
1.5.1   Pratos natal´
                    ıcios
Ceia de tofu
Ingredientes:
1Kg de batatas pequenas
2 cebolas m´dias
            e
2 couves de tamanho m´dio
                       e
500g de tofu
5 dentes de alho
3 colheres de molho de soja
1 ramo de salsa
azeite q.b
vinagre q.b

Prepara¸ao:
          c˜
P˜e a marinar o tofu cortado em tiras com dois dentes de alho picados,
  o
o molho de soja e um pouco de azeite, durante 2 ou 3 horas.
Lava bem as batatas e as cebolas e assa-as no forno com a casca. Entre-
tanto coze as couves e grelha o tofu. Quando as couves estiverem quase
cozidas, salteia-as num pouco de azeite e com os restantes alhos picados.
Quando as batatas estiverem prontas d´-lhes um murro, de forma a fazer
                                        a
as t´
    ıpicas batatas a murro, e coloca-as numa ta¸a. De seguida descasca
                                                c
e corta em lascas a cebola e junta as batatas. Adiciona tamb´m a salsa
                                   `                          e
picada, azeite e vinagre. Tapa e deixa repousar. Por cima do tofu coloca
um fio de azeite e salsa picada.
No prato, serve um pouco de cada iguaria (couves salteadas, batatas a
murro e tofu grelhado).




                                   10
1 Ceia de Natal                               1.5 Receitas alternativas


Bacalhoada vegetariana

Ingredientes:
600g batatas
margarina vegana q.b
250g seitan
1 cebola
3 tomates
1 pimento
1 frasco de leite de coco
azeite q.b

Prepara¸ao:c˜
Lava bem as batatas com pele. Corta-as em rodelas e coze-as. Retira-
lhes a pele e unta uma forma com um pouco de margarina. Forra a
forma com as batatas cozidas. Coloca seitan em fatias finas por cima
da batata.
Num tacho, coloca um fio de azeite e faz um molho com cebola as rodelas,
                                                              `
tomate picado e pimento. Ap´s apurares o molho de tomate acrescenta-
                              o
lhe o leite de coco. Deita o molho por cima do conte´ do da forma. Leva
                                                    u
ao forno at´ dourar.
             e
Serve com couve cozida ou outros legumes.

Bacalhau vegetariano

Ingredientes:
1
2 kg de batatas
200g de repolho
300g de soja em cubos
1 pimento m´dio
             e
2 cebolas m´dias
            e
coentros q.b
200ml de natas de soja
200ml de leite de coco
1
2 copo de leite de soja
100g de azeitonas pretas

                                  11
1.5 Receitas alternativas                                 1 Ceia de Natal


sal q.b
azeite q.b

Prepara¸ao:
         c˜
Lava bem as batatas e coze-as inteiras com pele. Depois descasca-as e
corta-as em rodelas grossas. Coze o repolho no vapor, com sal, ou em
pouca agua, cortado em peda¸os grandes.
       ´                      c
`
A parte, p˜e a soja de molho e tempera-a a teu gosto.
           o
Corta as cebolas em rodelas e o pimento as tiras finas e pica as azeitonas e
                                         `
os coentros. Em seguida, numa forma de ir ao forno, disp˜e uma camada
                                                           o
de batatas, outra de repolho, a seguir uma de soja e uma de temperos e
assim sucessivamente at´ terminando com uma camada de batatas. Por
                        e
ultimo, mistura o leite de coco, o leite de soja e as natas e deita sobre
´
as camadas. Rega com um fio de azeite e leva ao forno para gratinar.
Serve quente.

Assado de seitan natal´
                      ıcio
Ingredientes:
400g de seitan
500g de batatas
250g de cenouras
3 colheres de sopa de pasta de piment˜o
                                     a
1 ch´vena de azeite
     a
1 cabe¸a de alhos
       c
2 folhas de louro
1 colher de ch´ de pimenta
              a

Prepara¸ao:
          c˜
Aquece o forno a 180◦ C. Coloca numa travessa de ir ao forno o bocado de
seitan inteiro. Em volta p˜e as batatas cortadas aos cubos e as cenouras
                           o
as rodelas. Faz uns golpes na parte de cima do seitan e barra com a
`
pasta de piment˜o. Mistura o azeite com os alhos picados, a pimenta, a
                 a
folha de louro e o resto da pasta de piment˜o. Deita este molho por cima
                                           a
do seitan, das batatas e das cenouras. Junta uma ch´vena de agua e leva
                                                     a        ´
ao forno durante aproximadamente 1 hora. Vai controlando para ver se

                                    12
1 Ceia de Natal                                 1.5 Receitas alternativas


n˜o est´ demasiado seco. Se assim for, pode-se adicionar um pouco de
  a    a
agua.
´

Assado de nozes
Ingredientes:
4 cebolas m´dias
            e
5 tomates
2 cenouras m´dias raladas
              e
3 fatias de p˜o integral esfareladas
             a
1
2 ch´vena de caldo de legumes
     a
100g amˆndoas mo´
         e          ıdas
100g castanhas de caju mo´  ıdas

Prepara¸ao:
          c˜
Num tacho, refoga as cebolas durante 5 minutos. Junta os tomates, a
cenoura ralada, o p˜o esfarelado e o caldo de legumes. Deixa cozinhar
                    a
cerca de 15 minutos. Junta o caju e as amˆndoas e coloca numa forma
                                            e
de ir ao forma de bolo inglˆs. Assa no forno a 200 ◦ C durante meia hora.
                           e




                                       13
1.5 Receitas alternativas                              1 Ceia de Natal


1.5.2   Sobremesas natal´
                        ıcias
Bolo de Natal
Ingredientes:
2 ch´venas de tˆmaras picadas sem os caro¸os
    a           a                         c
                                      1
300ml de agua (podes substituir por 4 de brandy ou sherry)
          ´
175g de farinha integral
175g de frutas secas diversas
2 colheres de ch´ de fermento em p´
                a                   o
1 colher de ch´ de especiarias a escolha
              a                `
4 colheres de sopa de sumo de laranja

Prepara¸ao:
         c˜
Aquece as tˆmaras e a agua at´ que as tˆmaras estejam macias. Retira
            a          ´      e         a
do lume e amassa-as com um garfo. Adiciona os restantes ingredientes
e mistura bem.
Coloca numa assadeira untada. Assa a 170 ◦ C durante 1h30 at´ que o
                                                               e
bolo esteja assado. Depois do bolo arrefecer podes derreter a¸ucar em
                                                             c´
agua quente e adicionar nozes picadas. Ainda quente deita sobre o bolo.
´
Para decorar podes usar amˆndoas, nozes ou castanhas do par´.
                            e                                a

Tronco de Natal
Ingredientes:
500g de castanhas
1 ch´vena de leite de soja
    a
150g de chocolate escuro
100g de a¸ucar em p´
         c´          o
100g de margarina de soja

Prepara¸ao:
          c˜
Com a ajuda de uma faca faz dois golpes nas castanhas e ferve-as du-
rante cinco minutos. Escorre a agua e retira a pele das castanhas. Numa
                               ´
ca¸arola coloca o leite de soja, o a¸ucar e depois as castanhas descas-
  c                                 c´
cadas. Deixa cozinhar em lume brando durante 30 minutos. Passa o
conte´ do da ca¸arola num passe-vite a fim de reduzir as castanhas a
     u         c

                                  14
1 Ceia de Natal                                 1.5 Receitas alternativas


pur´ e depois mistura-lhe a margarina de soja. Em lume brando, der-
    e
rete o chocolate com duas colheres de agua.
                                       ´
Envolve a prepara¸ao das castanhas com o chocolate e mistura delicada-
                   c˜
mente, at´ obteres uma mistura homog´nea. Deita a mistura sobre uma
          e                            e
folha de papel de alum´ınio e depois dobra-a em dois e levanta as pontas
para formar um rolo. Para refor¸ar o rolo, envolve a folha de alum´
                                 c                                  ınio
com uma folha de cart˜o.
                       a
Coloca no frigor´ıfico durante 5 horas. Quando o tronco estiver duro,
retira o alum´ınio e deixa a temperatura ambiente uma hora antes de
                           `
servir.

Tronco nevado
Ingredientes:
100g de castanhas
80g de tofu
80g de amˆndoas mo´
           e          ıdas
200g de avel˜s mo´
             a     ıdas
150g de a¸ucar mascavo
          c´
4 fatias de p˜o integral
             a
100g de farinha de alfarroba
150g de natas de soja

Prepara¸ao:
          c˜
Faz um pequeno corte nas castanhas e coze-as. Depois retira-lhes a
casca, tritura-as mistura-as com o tofu, as amˆndoas, 3 das avel˜s, 100g
                                              e         4        a
de a¸ucar e o p˜o at´ obteres uma massa firme e pastosa. Divide em
    c´           a    e
duas partes. Com uma delas, molda um cilindro que ser´ a parte interior
                                                          a
do tronco.
Junta ao resto da massa a alfarroba e estende a mistura sobre papel
vegetal, formando um rectˆngulo t˜o comprido como o cilindro anterior
                           a       a
e com largura suficiente para o cobrir por completo (ser´ a “casca do
                                                            a
troco”). Coloca sobre a segunda massa o cilindro e enrola sem retirar o
papel vegetal, deixando os extremos do tronco destapados.
Coloca o tronco numa forma maior e mete no frigor´   ıfico durante 4 a 5h.
Bate as natas com as restantes avel˜s mo´
                                     a     ıdas e o a¸ucar e prepara um
                                                     c´

                                   15
1.5 Receitas alternativas                               1 Ceia de Natal


creme.
Para servir, tira o tronco da forma e retira o papel. Coloca o tronco
numa travessa e cobre com creme.


Broas de ab´bora
           o

Ingredientes:
1kg de ab´bora
          o
1kg de farinha de trigo integral
400g de a¸ucar mascavado (facultativo)
          c´
2 colheres de sopa de canela
frutos secos a gosto (amˆndoas, avel˜s, passas, figos, nozes)
                         e          a
fermento de padeiro q.b

Prepara¸ao:
         c˜
Coze a ab´bora com um pouco de sal. Depois escorre-a bem. Podes
           o
deix´-la uns 15 minutos no escorredor para que saia o m´ximo de agua.
     a                                                  a        ´
Amassa-a com as m˜os at´ ficar uma papa. Junta o a¸ucar, a farinha e
                    a     e                          c´
o fermento e continua a amassar com as m˜os.
                                           a
Depois junta os frutos secos e a canela e amassa um pouco mais at´ a
                                                                   e
massa come¸ar a formar umas bolas de ar. Deixa repousar cerca de duas
             c
horas para que levede um pouco. Quando a massa tiver crescido, aquece
o forno a 180◦ C e come¸a a tender as broas.
                        c
Faz as broas pequeninas e coloca-as espa¸adas num tabuleiro de ir ao
                                          c
forno. Leva ao forno durante 20-30 minutos. Quando as tirares embrulha-
as num pano at´ arrefecerem.
                e


Rabanadas veganas

Ingredientes:
fatias de p˜o
           a
a¸ucar q.b.
 c´
cravinho q.b
canela q.b
leite de soja q.b.

                                  16
1 Ceia de Natal                                1.5 Receitas alternativas


Prepara¸ao:
          c˜
Faz uma calda de a¸ucar, agua, cravinho e canela. Molha o p˜o no leite
                     c´    ´                                a
de soja, espreme e coloca-o na calda em lume brando.
Deixa cerca de trˆs minutos e vai retirando e colocando num escorredor
                   e
para retirar o excesso da calda.
Coloca num pirex e vai polvilhando com canela.
Se preferires, serve depois de colocar no frigor´
                                                ıfico.

Azevias de batata-doce
Ingredientes:
Massa:
500g de farinha
1 ch´vena de azeite
    a
5g de sal
3dl de agua
       ´
1 laranja (sumo)
1 pitada de canela
Recheio:
500g de batata-doce
200 g de a¸ucar
           c´
1 pau de canela
casca de lim˜o q.b
             a
100g de amˆndoas
            e

Prepara¸ao:
         c˜
Para a massa, come¸a por misturar a farinha, o sal e o azeite morno den-
                   c
tro de uma tigela. Trabalha a mistura at´ ficar areada. Adicione agua
                                         e                         ´
aos poucos. Junta o sumo de laranja e a canela. Amassa at´ ficar uma
                                                              e
massa el´stica, enxuta e lisa. Cobre com um pl´stico e deixa descansar
        a                                      a
pelo menos uma hora.
Para o recheio, coze as batatas com pele. Descasca-as e faz pur´. Adi-
                                                                 e
ciona ao pur´ o a¸ucar, o pau-de-canela e a casca de lim˜o. Leva a
             e    c´                                         a
cozer em lume brando, sem deixar de mexer, at´ engrossar. Junta as
                                                 e
amˆndoas picadas. Deixa arrefecer.
   e
Depois estende a massa com o aux´ de um rolo, at´ a espessura de
                                    ılio                e `

                                  17
1.5 Receitas alternativas                             1 Ceia de Natal


dois mil´
        ımetros. Corta c´
                        ırculos de dez cent´
                                           ımetros de diˆmetro. Coloca
                                                        a
uma colherada de recheio no centro e dobra em forma de meia lua. Frita
em oleo quente, escorre e passa por a¸ucar e canela. Coloca num prato
    ´                                c´
para servir.


Filh´s de ab´bora
    o       o

Ingredientes:
1kg de ab´bora
           o
1kg de farinha de trigo integral
fermento de padeiro q.b
raspa de lim˜o ou de laranja
             a
azeite q.b

Prepara¸ao:
          c˜
Coze a ab´bora com um pouco de sal e escorre-a bem. Junta a farinha,
           o
o fermento (dissolvido com agua da cozedura da ab´bora) e a raspa de
                           ´                      o
lim˜o e mistura bem.
    a
Aquece numa frigideira o azeite e com a ajuda de uma colher come¸a a
                                                                 c
fritar a massa. Vai colocando no azeite bem quente colheres da massa.
Vira quando come¸arem a ficar douradinhas. Quando estiverem feitas
                   c
coloca-as num prato com papel de cozinha que absorva o excesso de
azeite.


Coscar˜es
      o

Ingredientes:
1kg de farinha de trigo
0,5 l de agua
         ´
200g de margarina ou 1,5 dl de azeite
1 colher de fermento
2 cascas de laranja
1 pau de canela
oleo q.b
´
a¸ucar q.b
 c´

                                   18
1 Ceia de Natal                                1.5 Receitas alternativas


Prepara¸ao:c˜
Ferve a agua com as cascas de laranja e o pau de canela. P˜e a margarina
         ´                                                o
a derreter noutro tacho. Quando a agua estiver a ferver apaga o lume,
                                      ´
retira-lhe as cascas de laranja e o pau de canela e depois junta-a com a
margarina ou azeite.
P˜e a farinha numa ta¸a grande e junta bem com a margarina ou o
  o                      c
azeite. Amassa muito bem. Com a ajuda de um rolo de cozinha estende
a massa e corta-a em pequenos rectˆngulos.
                                      a
Numa frigideira grande aquece oleo e coloca os rectˆngulos de massa.
                                  ´                   a
`
A medida que v˜o ficando dourados vira-os e, quando estiverem fritos,
                 a
coloca-os sobre o prato com papel absorvente.
Depois de fritos polvilha os coscar˜es com a¸ucar.
                                    o        c´




                                  19
Cap´
   ıtulo 2

Bebidas festivas

2.1     Bebidas alco´licas
                    o
O consumo de alcool tem uma componente social importante com os
                 ´
seus respectivos benef´ıcios e desvantagens. O estilo de vida vegano n˜o
                                                                      a
exclui, por isso, as bebidas alco´licas em geral, mas apenas aquelas que
                                 o
contˆm mat´rias primas ou auxiliares de origem animal. O uso de produ-
    e        e
tos derivados animal na produ¸ao de bebidas alco´licas ´ razoavelmente
                                c˜                 o     e
difundido, n˜o porque n˜o existam alternativas, mas porque tradicio-
              a            a
nalmente sempre foram usados e praticamente n˜o existem reclama¸oes
                                                  a                 c˜
por parte dos consumidores.


2.1.1   Cervejas
A cerveja ´ uma bebida que resulta da fermenta¸ao alco´lica por uma
           e                                      c˜       o
levedura seleccionada, de um mosto obtido a partir de mat´rias primas
                                                             e
vegetais, mas as quais se adicionam mat´rias auxiliares e/ou auxiliares
               `                         e
tecnol´gicos, que, por vezes, s˜o derivados de animais.
      o                        a
    Regra geral, as cervejas condicionadas em barris s˜o clarificadas com
                                                      a
uma esp´cie de cola de peixe (“isinglass”). Essa cola de peixe ´ uma
         e                                                        e
forma de gelatina muito pura que se obtem a partir das bexigas de
alguns peixes de agua doce, especialmente do esturj˜o. As refina¸oes
                  ´                                    a             c˜
aceleram o processo que de outra forma ocorreria naturalmente.

                                  20
2 Bebidas festivas                                2.1 Bebidas alco´licas
                                                                  o


    No entanto, cervejas em barris, em lata e algumas engarrafadas s˜o a
j´ frequentemente filtradas sem o uso de qualquer substˆncia animal. O
 a                                                       a
unico ingrediente possivelmente derivado de animal usado na produ¸ao
´                                                                     c˜
de cervejas de barril ´ o E471. As refina¸oes derivadas de animal conti-
                      e                   c˜
nuam, no entanto, ainda a ser usadas em todas as cervejas de produ¸ao c˜
Guinness e Bass. Por sua vez, as cervejas sem alcool s˜o geralmente
                                                   ´       a
filtradas a frio, mas algumas podem envolver o uso de “cola de peixe”.
    As cervejas a venda em Portugal s˜o, na sua maioria, veganas. Po-
                 `                     a
dendo, no entanto, por vezes, no seu processo de fabrico serem utilizados
filtros de gelatina de porco.
    A Central de Cervejas, uma das maiores produtoras de cerveja em
Portugal, garante que todas as cervejas a´ produzidas s˜o veganas. Tanto
                                         ı             a
os produtos principais, como os aditivos e os auxiliares tecnol´gicos s˜o
                                                               o       a
de origem vegetal.

   Marcas Veganas:

   • Sagres;                • Sporting;              • Fosters;

   • Sagres Preta;          • F. C. Porto;           • Heineken;

                                                     • Budweiser;
   • Jansen;                • Cergal;
                                                     • Kronenbourg
   • Imperial;              • S˜o Jorge;
                               a
                                                       1664;
   • Golden Beer;           • Top´zio;
                                 a                   • Wilford;

   • Benfica;                  ´
                            • Onix;                  • BUD.



2.1.2   Vinhos
A maioria dos vinhos, ap´s a fermenta¸ao, ´ refinado usando um dos
                           o             c˜ e
seguintes produtos de origem animal: sangue (n˜o para dar cor, mas para
                                                a
clarificar; mas actualmente j´ raramente usado), medula ossea, quitina
                             a                             ´
(base orgˆnica das partes duras dos insectos e crust´ceos como camar˜es
          a                                         a               o
e caranguejos), albumina de ovo, oleo de peixe, gelatina (geleia obtida
                                  ´

                                   21
2.1 Bebidas alco´licas
                o                                     2 Bebidas festivas


pela fervura de tecidos animais como a pele, tend˜es, ligamentos, etc, ou
                                                   o
ossos), cola de peixe, leite ou case´
                                    ına. Alternativas n˜o-animais incluem
                                                       a
pedra calc´ria, caulino e ”kieslguhr”(argilas), case´ de plantas, gel de
            a                                        ına
s´
 ılica e placas vegetais.
     Nos grandes supermercados j´ ´ poss´ encontrar algumas marcas
                                    ae      ıvel
de vinhos veganos.

   Marcas veganas:

   • Cormaieur;                          • Vinhos da Adega Coopera-
                                           tiva da Covilh˜ e, provavel-
                                                         a
   • Miolo;
                                           mente, da maioria das adegas
   • Piagentini;                           cooperativas.
   • Valduga;



2.1.3   Bebidas espirituosas
A produ¸ao da maioria das bebidas espirituosas n˜o parece envolver o
         c˜                                       a
uso de quaisquer substˆncias animais. O vodka, que antes usava produ-
                       a
tos de origem animal, ´ actualmente filtrado usando carv˜o de lenha.
                       e                                  a
    No entanto, tudo leva a crer que a maioria das marcas de Vinho do
Porto envelhecem o vinho com carne de porco, pelo que, provavelmente,
n˜o ser´ uma bebida vegana.
 a     a
    Tamb´m Martini Rosso e Campari, assim como outras bebidas ver-
          e
melhas, n˜o s˜o veganas por causa do E120 (insectos esmagados - co-
           a a
rante vermelho) que ´ usado na produ¸ao da bebida. Outro aspecto a
                     e                 c˜
ter em conta ´ que a algumas bebidas espirituosas pode ser adicionado
             e
a¸ucar refinado (de cana), o qual ´ ainda, por vezes, refinado com ossos
 c´                               e
de bovinos (apenas o a¸ucar de beterraba ´ garantidamente vegano).
                        c´                e
    Para quem quiser obter informa¸oes fidedignas, o aconselh´vel ´ con-
                                    c˜                       a e
tactar as empresas produtoras das bebidas alco´licas, de forma a conhe-
                                               o
cer a origem dos produtos usados no fabrico das bebidas.




                                   22
2 Bebidas festivas                                  2.2 Sumos naturais


   Marcas veganas:

   • Cockspur Rum;                      • Popov Vodka;
   • Cointreau;                         • Romana Sambuca;
   • Croft Vintage Port;
                                        • Sappline Gin;
   • Gilbeys Gin;
                                        • Singleton Whisky;
   • Jack Daniels;
                                        • Smirnoff vodkas;
   • JB Whisky;
   • Malibu;                            • Southern Comfort;

   • Metaxa;                            • Safeways all spirits.



2.1.4   Ressaca
Se se exceder na quantidade de bebida ingerida, tamb´m n˜o ´ preciso
                                                    e     a e
recorrer a medicamentos ou a produtos de origem animal para curar a
ressaca.
    A melhor cura vegetariana para a ressaca ´ um batido feito com
                                              e
bananas, leite de soja, mel, amˆndoas mo´
                               e        ıdas. Coloca-se tudo no liqui-
dificador e bate-se.



2.2     Sumos naturais
Muitas combina¸oes de frutas e legumes podem ser transformadas em
                 c˜
bebidas refrescantes e saud´veis. Sem esquecer da regra b´sica que ´ o
                             a                             a         e
uso de agua filtrada na prepara¸ao, os sumos s˜o uma solu¸ao pr´tica de
       ´                       c˜             a           c˜     a
unir o essencial ao agrad´vel. Podemos prepar´-los variando cor, sabor
                          a                    a
e textura: agua, frutas e legumes s˜o alimentos indispens´veis para uma
           ´                       a                     a
boa alimenta¸ao. O corpo humano necessita de hidrata¸ao, uma vez que
             c˜                                        c˜
a agua desempenha um papel vital no organismo. Ela ´ necess´ria para
  ´                                                    e       a

                                  23
2.2 Sumos naturais                                       2 Bebidas festivas


a digest˜o de alimentos e, entre outras fun¸oes, ajuda a manter est´vel a
         a                                   c˜                         a
temperatura do corpo. J´ as frutas e os legumes s˜o ricos em vitaminas,
                          a                           a
minerais e muitos outros nutrientes que protegem o nosso organismo
contra doen¸as, al´m de fornecerem energia para realizar tarefas.
              c      e
    Qualquer pessoa, independentemente da quantidade de informa¸ao         c˜
de que disp˜e, saber´ dizer que um sumo natural ´ mais rico em termos
              o        a                              e
nutricionais, e menos prejudicial para o organismo do que um refrige-
rante. No entanto, consomem-se muito mais refrigerantes do que outras
bebidas mais saud´veis.
                     a
    Os refrigerantes contˆm muitos aditivos e a¸ucar e n˜o possuem pra-
                          e                      c´         a
ticamente sumo de fruta. Os aditivos s˜o utilizados para aumentar a
                                           a
durabilidade, para dar bom aspecto e para disfar¸ar a pobreza de um
                                                       c
produto. As colas tˆm cafe´
                       e       ına, um forte estimulante, e os refrigeran-
tes gaseificados possuem gases que irritam o estˆmago, provocam gases
                                                   o
no aparelho digestivo e sobrecarregam de trabalho os rins. Nas bebi-
das light, substitui-se o a¸ucar por edulcorantes ou seja, diminui-se o
                            c´
valor cal´rico, mas aumenta-se a quantidade de aditivos. Os n´ctares
          o                                                           e
contˆm entre 25 e 50% de fruta, mas, no entanto, ´-lhes adicionado muito
     e                                              e
a¸ucar. Os xaropes ou concentrados de fruta tˆm, tamb´m, muitos adi-
 c´                                              e           e
tivos e uma grande quantidade de a¸ucar. Esta diminui com a dilui¸ao,
                                      c´                                  c˜
mas tamb´m diminui a quantidade de sumo, que j´ n˜o era elevada.
            e                                          a a
    A pasteuriza¸ao, que permite prolongar o per´
                   c˜                                 ıodo de vida do sumo,
altera-lhe o sabor. Os sumos “100 por cento”, tal como os que s˜o feitos
                                                                    a
na hora, conservam os nutrientes da fruta a excep¸ao das fibras. Con-
                                              `         c˜
tudo, os sumos naturais possuem uma quantidade desej´vel de vitamina
                                                            a
C.Os n´ ıveis de vitamina C no sangue est˜o correlacionados com um risco
                                          a
menor de cancro e de doen¸as coron´rias.
                             c        a
    Um sumo fresco, ingerido imediatamente ap´s ser feito, cont´m cerca
                                                  o                e
de 95% do valor aliment´ da fruta ou do legume utilizado. Quem ga-
                          ıcio
nha ´ o organismo que recebe os melhores nutrientes, isto ´, vitaminas e
     e                                                         e
sais minerais, e fica com mais defesas naturais. Pesquisas recentes, de-
monstraram que o beta-caroteno, um antioxidante presente em in´ merosu
tipos de frutas e vegetais, tem um papel muito importante na preven¸ao     c˜
de doen¸as, pois defende as c´lulas e neutraliza as mol´culas nocivas.
         c                      e                          e
    Se compreendermos o real perigo que os refrigerantes representam

                                     24
2 Bebidas festivas                                    2.2 Sumos naturais


na dieta alimentar, por causarem desequil´  ıbrios nutricionais e falta de
apetite, por se tornarem habituais, por serem os principais respons´veis
                                                                     a
pelo aparecimento, precoce e grave, da c´rie dent´ria, percebemos que o
                                         a         a
                a              ´
seu consumo n˜o faz sentido. E verdade que ´ dif´ resistir ao marketing
                                             e ıcil
que a ind´ stria e o com´rcio fazem, mas s´ a n´s cabe a decis˜o de seguir
          u             e                 o    o              a
pelo caminho mais correcto.
    Os sumos naturais de fruta, devem servir para substituir os refrige-
rantes e bebidas similares, mas nunca para substituir a agua e a fruta.
                                                          ´

   Sugest˜es de sumos naturais ou
         o                                  n´ctares verdes :
                                             e
    Sumo de Espinafre e Cenoura
250g de espinafres frescos e lavados
6 cenouras
   Prepara¸ao:
          c˜
Coloca os espinafres num copo misturador e, de seguida adiciona as
cenouras uma a uma.

   Sumo de Agri˜o e Ma¸a
                a     c˜
150g de agri˜o
            a
2 ma¸as vermelhas
     c˜
    Prepara¸ao:
            c˜
Coloca o agri˜o fresco e lavado no copo misturador. Descasca as ma¸as
              a                                                   c˜
e coloca-as tamb´m.
                e




                                   25
Cap´
   ıtulo 3

Decora¸˜o da casa
      ca

3.1    Arranjos de mesa
Deve evitar-se azevinho natural nos arranjos para a mesa de Natal, pois
´ uma planta amea¸ada de extin¸ao. J´ existem alternativas artificiais,
e                  c            c˜     a
assim como outros arbustos igualmente bonitos.


3.2    Velas
Tamb´m na escolha de velas, um vegano tem de estar atento, pois a
     e
maioria cont´m gelatina ou cera de abelhas.
            e
   Em http://www.veganessentials.com e em http://www.veganstore.com
encontram-se algumas op¸oes veganas.
                        c˜


3.3    ´
       Arvore de Natal
Na escolha da arvore de Natal tamb´m se deve ter alguma aten¸ao e
               ´                      e                           c˜
obter informa¸oes de forma a saber se n˜o se est´ a prejudicar a flo-
              c˜                         a         a
resta. Talvez a escolha de um pinheiro artificial seja mais econ´mica e
                                                                o
ecol´gica. No entanto, se se escolher um pinheiro natural, ´ preciso ter
    o                                                      e
cuidado com o destino a dar-lhe no final da ´poca natal´
                                            e          ıcia.


                                  26
Cap´
   ıtulo 4

Presentes

Na escolha dos presentes tamb´m ´ preciso alguma cuidado, sobretudo
                                e e
se se decidir comprar alguma pe¸a de vestu´rio ou de marroquinaria.
                                   c         a
Um vegano tem de estar atento de forma a evitar produtos com pele,
seda ou l˜ e produtos que sejam testados em animais (em
         a
http://www.centrovegetariano.org/index.php? id=43 vˆ a lista de em-
                                                         e
presas que n˜o testam em animais) ou que incluam algum ingrediente
               a
de origem animal.
    Devem preferir-se presentes que sejam ecol´gicos, n˜o impliquem ex-
                                              o         a
plora¸ao animal, n˜o sejam maus para a sa´ de e cuja produ¸ao n˜o
     c˜             a                         u                  c˜    a
advenha da explora¸ao de m˜o-de-obra (sobretudo infantil, muito fre-
                     c˜       a
quente em produtos “made in” pa´ asi´ticos).
                                    ıses a
    Nesta ´poca pode aproveitar-se para se oferecer livros de cozinha ve-
           e
getariana (vˆ sugest˜es de t´
              e      o      ıtulos em
http://www.centrovegetariano.org/index.php? id=228) ou outros rela-
cionados com o vegetarianismo.
    Tamb´m se pode optar por comprar um filme ou DVD que aborde
          e
por exemplo a tem´tica da sa´ de, da defesa animal ou do meio-ambiente
                   a          u
(por exemplo: “Big Size Me”, “A Fuga das Galinhas”, “O Dia Depois
de Amanh˜”).a
    Existem tamb´m a venda produtos de associa¸oes de direitos dos
                  e `                               c˜
animais, ambientais ou humanit´rias. Entre esses produtos encontram-
                                 a
se Cd’s de m´ sica, artesanato, t-shirts ou sweat-shirts. Pode-se deste
                u

                                   27
4 Presentes


modo comprar coisas uteis ao mesmo tempo que se est´ a contribuir
                        ´                                 a
para uma boa causa. Se se fizerem compras em lojas de com´rcio justo
                                                               e
est´-se igualmente a optar por presentes mais ´ticos e ecol´gicos.
    a                                          e            o
     Pode ainda optar-se por se fazerem os presentes que vamos oferecer.
Aproveitando-se materiais aparentemente sem utilidade podem obter-se
objectos bonitos e funcionais (molduras, brinquedos, etc.). Em
http://gaia.org.pt/econatal encontras muitas sugest˜es.
                                                     o
     Outra alternativa pode ser oferecer um c˜o ou um gato que esteja
                                              a
numa associa¸ao ou canil municipal. Na certeza de que se proporciona
              c˜
felicidade tanto a quem o recebe como ao animal.
     Algumas associa¸oes de apoio aos animais oferecem ainda a possibi-
                     c˜
lidade de se apadrinhar um bicho (por exemplo, a Uni˜o Zo´fila -
                                                       a      o
http://www.uniaozoofila.org -, a Associa¸ao dos Amigos dos Animais
                                          c˜
de Vila Franca de Xira - http://www.aaavfx.org - ou a Associa¸ao de
                                                                  c˜
Protec¸ao aos C˜es Abandonados - http://www.apca.org.pt). Oferecer
        c˜       a
um afilhado pode ser o presente ideal para quem gosta de animais, mas
n˜o tem possibilidades de os acolher em casa. Desta forma sabe-se que
  a
durante o tempo de apadrinhamento nada faltar´ ao afilhado.
                                                 a




Embrulhos

Tamb´m se deve tentar economizar a quantidade de papel e de la¸os
      e                                                              c
a usar nos embrulhos. E quando se desembrulharem os presentes deve
ter-se cuidado para n˜o rasgar os pap´is, ´ prefer´ retirar a fita-cola
                     a                e e         ıvel
com cuidado de forma a n˜o estragar o papel.
                          a
    Existem algumas solu¸oes mais ecol´gicas quanto ao destino a dar
                         c˜             o
a estes pap´is ap´s o dia de Natal. Mais interessante do que queim´-
            e     o                                                    a
los ou coloc´-los no primeiro recipiente do lixo que encontramos ser´
             a                                                          a
guard´-los para os embrulhos do pr´ximo ano, coloc´-los para reciclar ou
      a                           o                a
aproveit´-los para um trabalho de bricolage, decora¸ao ou simplesmente
         a                                         c˜
para forrar uma gaveta do arm´rio.
                               a


                                   28
4 Presentes                                       4.1 Vestu´rio e cal¸ado
                                                           a         c


4.1     Vestu´rio e cal¸ado
             a         c
Existem v´rias substˆncias extra´
           a          a          ıdas de animais que s˜o usadas no
                                                         a
vestu´rio e no cal¸ado. No entanto, existem j´ muitas alternativas.
     a            c                          a
   Cashmere
A l˜ de cabra cashmere ´ usada em roupas.
   a                     e
Alternativas: fibras sint´ticas.
                        e
    Couro, Camur¸a, Peles (carneiro, jacar´)
                    c                              e
Usados para fazerem carteiras, bolsas, estofos de carros, roupas em geral,
sapatos, etc.
Alternativas: algod˜o, canas, nylon, vinil, ultrasuede e outros tecidos
                   a
sint´ticos.
    e
    L˜a
As ovelhas s˜o criadas para serem lanzudas de modo n˜o natural, e
             a                                            a
para a l˜ ser ondulada de modo n˜o natural, o que causa infesta¸oes
         a                         a                               c˜
de insectos ao redor da cauda. A solu¸ao dos fazendeiros ´ o doloroso
                                       c˜                   e
corte da area ao redor da cauda. Na tosquia as ovelhas s˜o presas com
          ´                                              a
violˆncia e tosquiadas rudemente. Por vezes a sua pele tamb´m fica
    e                                                           e
com cortes. Todos os anos, centenas de milhares de ovelhas tosquiadas
morrem por exposi¸ao ao frio. A produ¸ao de l˜ utiliza ainda enormes
                    c˜                   c˜      a
quantidades de recursos e energia (para procriar, tosquiar, transportar
e abater as ovelhas). Alguns derivados da l˜ s˜o a lanolina, a graxa de
                                             a a
l˜ e a gordura de l˜.
 a                 a
Alternativas: algod˜o, flanela, fibras sint´ticas.
                    a                    e
   Penugem
Penugem isolante extra´ de gansos ou de patos abatidos ou explorados
                        ıda
             ´
cruelmente. E usada como isolante em parkas, colchas, cobertores, sacos-
cama, almofadas, etc.
Alternativas: poliester e substitutos sint´ticos, paina (fibra sedosa da
                                          e
semente de arvores tropicais).
            ´
    Seda
´
E a fibra brilhante feita pelos bicho-da-seda para formarem os seus ca-
sulos. Os bichos s˜o fervidos para retirar a fibra.
                  a

                                   29
4.1 Vestu´rio e cal¸ado
         a         c                                           4 Presentes


Tafet´ tanto pode ser feito de seda como de nylon.
     a
Alternativas: nylon, paina, seda sint´tica.
                                     e


4.1.1    A Ind´stria de peles
              u
A ind´ stria das peles sacrifica milhares de animais todos os anos. Cada
      u
casaco de pele representa a morte de v´rios animais, sejam estes cap-
                                               a
turados no seu habitat natural ou criados em cativeiro. Nem mesmo
as esp´cies protegidas ou os animais de estima¸ao est˜o a salvo desta
       e                                              c˜       a
ind´ stria que move milh˜es.
    u                       o
    As peles de animais s˜o utilizadas principalmente na fabrica¸ao de
                              a                                         c˜
vestu´rio (sobretudo casacos), cal¸ado, estofos e marroquinaria.
      a                                 c
    Um dos m´todos mais cru´is ´ a ca¸a com armadilhas. Os animais
                 e                  e e       c
capturados nas armadilhas passam dias e por vezes semanas em ago-
nia, antes de finalmente morrerem. Muitos chegam mesmo a roer os
seus pr´prios membros tentando salvar-se. Al´m de tudo isto muitos
         o                                            e
dos animais que caem nas armadilhas n˜o s˜o as esp´cies visadas pela
                                               a a           e
ind´ stria, e s˜o por isso tratados como desperd´
    u          a                                    ıcios. Desta forma, menos
de metade dos animais que s˜o capturados com armadilhas nem sequer
                                  a
chegam a ser utilizados pela ind´ stria peleira.
                                      u
    Outro m´todo utilizado pela ind´ stria das peles ´ a cria¸ao de ani-
               e                           u                e      c˜
mais em cativeiro. Esta n˜o ´ uma forma menos cruel, pois os animais
                               a e
mal atingem um ano de vida s˜o mortos. S˜o aprisionados em pequenas
                                    a            a
jaulas met´licas em condi¸oes imundas e expostos ao frio e ao calor. Nem
            a                c˜
sequer existem leis que protejem o abate destes animais. Os m´todos     e
mais utilizados s˜o: asfixia, electrochoque genital, injec¸ao de veneno e
                    a                                           c˜
quebra do pesco¸o. Estes processos s˜o vantajosos do ponto de vista do
                   c                       a
criador, pois assim a pele n˜o fica danificada.
                                a
    A Funda¸ao Brigitte Bardot vem lutando h´ alguns anos contra a
               c˜                                      a
morte cruel de beb´s focas. Todos os anos, no Canad´ e em diversos ou-
                      e                                    a
tros pa´ıses, centenas destes animais s˜o mortos a paulada. Desta forma
                                            a         `
a ind´ stria das peles consegue remover toda a pele do animal, obtendo
      u
um melhor aproveitamento e uma consequente mais valia econ´mica. O   o
principal mercado da pele de foca ´ a fabrica¸ao de casacos de peles.
                                         e         c˜
    Uma investiga¸ao feita em sigilo, durante dezoito meses, expˆs tamb´m
                     c˜                                              o      e

                                    30
4 Presentes                                     4.1 Vestu´rio e cal¸ado
                                                         a         c


um dos segredos da ind´ stria global de peles: o assassinato de animais
                        u
de estima¸ao (c˜es e gatos). Os investigadores estimam que mais de 2
          c˜    a
milh˜es de c˜es e gatos s˜o mortos anualmente. A investiga¸ao foi rea-
     o       a            a                                  c˜
lizada em conjunto pela Humane Society dos Estados Unidos/Humane
Society Internacional (HSUS/HIS) e por Manfred Karremann, um jor-
nalista alem˜o independente.
             a
    A realidade ´ que muitas vezes as etiquetas n˜o indicam a origem das
                e                                a
peles, e mesmo quando indicam nem sempre a indica¸ao ´ verdadeira.
                                                        c˜ e
A China ´ o maior exportador de roupas e brinquedos feitos com pele
          e
de c˜es e gatos, com etiquetas suspeitas.
     a




                                  31
4.2 Cosm´ticos
        e                                                       4 Presentes


4.2     Cosm´ticos
            e
Muitos dos produtos usados na cosm´tica s˜o extra´
                                   e      a       ıdos dos mais vari-
ados animais. Estas substˆncias aparecem na lista de ingredientes de
                           a
champˆs, sabonetes, perfumes, apesar de existirem muitas alternativas
       o
sint´ticas ou de origem vegetal.
    e

    ´
   Acido Capr´   ılico
´
Acido l´
       ıquido e gorduroso do leite de vaca ou cabra. Encontrado em
perfumes e sabonetes. Possui derivados, como o Triglicer´ıdeo Capr´
                                                                  ılico.
Alternativas: fontes vegetais, como oleo de palma e de coco.
                                    ´

   ´
   Acidos Graxos Naturais
Pode ser composto de sebo bovino.

    ´
    Acido Este´rico
                a
Gordura de vacas e ovelhas e por vezes tamb´m de c˜es e gatos sacrifica-
                                            e      a
dos. Na maioria das vezes refere-se a uma substˆncia gordurosa tirada
                                                 a
do estˆmago dos porcos. Pode provocar irrita¸oes. Usado em sabonetes,
      o                                       c˜
lubrificantes, velas, spray de cabelo, condicionadores, desodorizantes e
cremes. Possui diversos derivados, como os estearatos.
Alternativas: gorduras vegetais, como a noz de coco.

    ´
   Alcool Cet´   ılico
Cera encontrada no espermacete (cetina) do esperma de baleias e golfi-
nhos.
Alternativas: alcool cet´
              ´         ılico vegetal (ex: noz de coco), espermacete sint´tico.
                                                                         e

   Alb´ men, Albumina
        u
Proveniente de ovos, leite, m´ sculos, sangue e v´rios tecidos e flu´
                             u                   a                 ıdos
vegetais. Em cosm´ticos a albumina geralmente ´ derivada de claras de
                 e                              e
ovos e usada como agente coagulante. Pode causar reac¸oes al´rgicas.
                                                        c˜    e

    Alm´ ıscar, Almiscareiro
Secre¸ao seca obtida dolorosamente dos org˜os genitais do cervo almisca-
      c˜                                   ´ a
reiro, do castor, do rato silvestre e de outros animais. Os gatos selvagens

                                    32
4 Presentes                                              4.2 Cosm´ticos
                                                                 e


s˜o capturados, mantidos em gaiolas em condi¸oes horr´
 a                                            c˜       ıveis e s˜o chi-
                                                                a
coteados ao redor dos genitais para produzirem o odor. Os castores s˜o
                                                                     a
apanhados em armadilhas e os cervos s˜o ca¸ados com tiros. Este oleo
                                       a    c                      ´
´ usado na fabrica¸ao de perfumes.
e                 c˜
Alternativas: plantas com odor almiscarado.

   Amino´cidos
           a
Blocos construtores de prote´ em todos os animais e plantas.
                              ına
Alternativas: sint´ticos e vegetais.
                  e

   Amino´cido da Seda
          a
Para a produ¸ao da seda o casulo ´ fervido com a larva dentro.
            c˜                   e
                             ´
    Carmim, Cochonilha, Acido Carm´     ınico, E120
Pigmento vermelho obtido atrav´s da compress˜o da fˆmea do insecto
                                e            a     e
cochonilha. Usado em cosm´ticos, champˆs, etc. Pode causar reac¸ao
                            e          o                       c˜
al´rgica.
  e
Alternativas: sumo de beterraba.

    Case´  ına, S´dio Caseinado
                 o
Prote´ do leite usado em v´rios cosm´ticos para cabelo, m´scaras para
      ına                  a          e                  a
pele, etc.
Alternativas: prote´ de soja, leite vegetal.
                    ına

    Cera de Abelha, Gel´ia Real, Mel, P´len, Pr´polis
                            e                 o         o
A produ¸ao de mel tamb´m ´ respons´vel pela crueldade com animais.
        c˜               e e          a
Muitos criadores matam as abelhas no Inverno para n˜o terem que gas-
                                                      a
tar para protegˆ-las do frio. Para inseminar artificialmente as abelhas
               e
rainhas ´ tirado esperma do zang˜o esmagando-lhe a cabe¸a. A deca-
        e                         a                        c
pita¸ao gera um impulso el´ctrico t˜o forte que o animal ejacula.
    c˜                      e       a

    Col´geno
        a
Prote´ fibrosa, de natureza mucopolissacar´
      ına                                      ıdica, que ´ constituinte
                                                          e
essencial da substˆncia intercelular do tecido conjuntivo. Geralmente
                   a
proveniente de animais. N˜o afecta o colag´nio da pele. Pode causar
                           a                 e
alergias.
Alternativas: prote´ da soja, oleo de amˆndoas, etc.
                    ına        ´          e

                                  33
4.2 Cosm´ticos
        e                                                   4 Presentes


    Elastina
Prote´ el´stica, encontrada nos ligamentos do pesco¸o e nas paredes
      ına a                                           c
arteriais das vacas. Similar ao colag´nio. N˜o afecta a elasticidade da
                                     e      a
pele.
Alternativas: sint´tica, prote´ de fontes vegetais.
                  e           ına

    Esqualeno
´
Oleo de f´ıgado de tubar˜o. Usado em hidratantes, tinta de cabelo, etc.
                         a
Alternativas: vegetais emolientes como azeite, oleo de g´rmen de trigo,
                                               ´        e
oleo de farelo de arroz, etc.
´

    Esterol
Uma mistura de alcoois s´lidos. Pode ser obtido do oleo de esperma de
                 ´        o                            ´
baleia. Usado em cremes, champˆs, etc. Possu´ diversos derivados.
                                  o              ı
Alternativas: fontes vegetais, acido este´rico vegetal.
                               ´         a

    Ester´ide, Esterol
          o
De v´rias glˆndulas de animais ou de fontes vegetais. Ester´ides inclui
     a      a                                               o
ester´is que s˜o alcoois de animais ou plantas (ex: colesterol). Usado
     o        a ´
em cremes, lo¸oes, condicionadores de cabelo, perfumes, etc.
              c˜
Alternativas: fontes vegetais e sint´ticas.
                                    e

   Estrog´nio, Estradiol
           e
Hormona feminina obtida da urina de ´guas gr´vidas. Usada em cremes,
                                       e       a
perfumes e lo¸oes. Possui efeito insignificante em cremes e restauradores
             c˜
da pele, mas fontes emolientes vegetais s˜o consideradas melhores.
                                          a

    “Fontes Naturais”
Pode significar fontes animais ou vegetais. Especialmente em cosm´ticos,
                                                                e
isso significa fontes animais, como elastina, gordura, prote´ e oleo
                                                             ına ´
animais.
Alternativas: fontes vegetais.

   Gelatina, Gel
Prote´ obtida de pele, tend˜es, ligamentos e/ou ossos fervidos com
     ına                    o
agua. Utilizada em champˆs, m´scaras faciais, e outros cosm´ticos.
´                       o     a                            e

                                  34
4 Presentes                                               4.2 Cosm´ticos
                                                                  e


Alternativas: carragena, algas (algina, agar-agar, kelp), dextrina, goma
de algod˜o, gel de s´
        a           ılica.

    Glicerina, Glicerol
Substˆncia l´
      a      ıquida, incolor e xaroposa, que ´ o princ´
                                             e         ıpio doce dos oleos
                                                                     ´
e a base dos corpos gordos conhecidos. Geralmente ´ produzida a partir
                                                     e
da gordura animal.
Alternativas: glicerina vegetal e sint´tica.
                                      e

   Goma Laca
Excre¸ao resinosa de determinados insectos. Utilizada em lacas para
     c˜
cabelo.
Alternativas: cera de plantas.

   Lactose
A¸ucar do leite dos mam´
 c´                      ıferos.
Alternativas: a¸ucar de plantas.
               c´

    Lanolina e Crodalan LA
O Crodalan LA ´ um derivado de Lanolina e consequentemente de graxa
                 e
de l˜, que ´ a mat´ria-prima principal para a fabrica¸ao da Lanolina.
    a       e       e                                  c˜
Esta graxa de l˜ ´ um res´
                ae        ıduo obtido na lavagem da l˜ do carneiro, onde
                                                     a
a l˜ ´ direccionada aos lanif´
   ae                        ıcios e o subproduto (graxa) ´ utilizado na
                                                          e
produ¸ao de Lanolina. Tˆm-se criado esp´cies de ovelhas que produzem
       c˜                e                e
l˜ em excesso. Isso faz com que muitas morram de calor no Ver˜o,
 a                                                                    a
enquanto outras morrem de frio no Inverno depois de terem a sua l˜      a
extra´ıda.

    P´ de Seda
      o
Seda ´ a fibra brilhante feita pelo bicho-da-seda para formar seus casulo.
     e
Os bichos s˜o fervidos para se lhes retirar a fibra. P´ de seda ´ obtido da
            a                                        o         e
     c˜                      ´
secre¸ao do bicho-da-seda. E usado como corante em p´s faciais, sabo-
                                                          o
netes, etc. Pode causar reac¸ao al´rgica na pele e reac¸oes sistem´ticas
                             c˜     e                    c˜          a
(por inala¸ao ou ingest˜o).
           c˜           a

   Progesterona
Hormona utilizada em cremes anti-rugas.
Alternativas: sint´tico.
                  e

                                   35
4.2 Cosm´ticos
        e                                                   4 Presentes


    Queratina
Prote´ insol´ vel, principal constituinte da epiderme, unhas, pˆlos, te-
      ına     u                                                 e
cidos c´rneos e esmalte dos dentes. Pode ser obtida nos chifres, cascos,
        o
penas e pˆlo de v´rios animais. Utilizada em condicionadores de cabelo,
          e       a
champˆs, solu¸oes para permanente.
       o      c˜
Alternativas: oleo de amˆndoas, prote´ de soja, oleo de amla (fruto de
              ´         e             ına         ´
uma arvore indiana), cabelo humano proveniente de sal˜es (que iriam
     ´                                                   o
para o lixo). O alecrim e a urtiga d˜o corpo e for¸a aos cabelos.
                                    a             c

  Tirosina
Amino´cido hidrolisado da case´
     a                        ına. Utilizado em cremes.

   Ur´ia, Carbamida
      e
Excretada da urina e outros flu´
                              ıdos corp´reos. Usada em desodorizantes,
                                       o
pasta de dentes com am´nia, enxaguantes bucais, tintura para cabelos,
                          o
               a      c˜         o                  ´     ´
cremes para m˜os, lo¸oes, champˆs, etc. Derivados: Acido Urico.
Alternativas: sint´ticos.
                  e




                                  36
Publica¸oes galaxia-alfa.com
         c˜


1. Introdu¸ao ao Vegetarianismo
          c˜
2. Receitas Vegetarianas
3. Natal Vegetariano
4. Receitas para Coisas Doces
5. Soja e companhia: 69 receitas




                 www.centrovegetariano.org
 * Pelo conhecimento, pela educa¸ao, por um mundo melhor *
                                c˜
A maioria das pessoas n˜o consegue imaginar uma Ceia de Natal
                       a
sem o tradicional bacalhau ou peru. Mas s˜o cada vez mais os
                                           a
que optam por pratos alternativos e mais saud´veis.
                                             a
Este livro mostra factos relativos a produtos consumidos no Natal
tradicional, mas tamb´m muitas alternativas para um Natal mais
                      e
saud´vel, mais ecol´gico e isento de explora¸ao animal. Inclui 13
     a              o                        c˜
receitas vegetarianas, optimas para substituir os tradicionais
                          ´
pratos natal´ıcios.




O Centro Vegetariano nasceu no in´ de 2001, com o nome de
                                      ıcio
galaxia-alfa.com, das conversas a mesa da cantina de um grupo
                                 `
de ent˜o estudantes da Universidade de Coimbra. Constatando
       a
a falta de informa¸ao em Portuguˆs de Portugal sobre o vegeta-
                    c˜             e
rianismo, a decis˜o foi criar uma p´gina web informativa, abran-
                  a                 a
gente e aberta a participa¸ao de todos.
                `          c˜
O Centro Vegetariano ´, pois, o resultado do esfor¸o volunt´rio
                        e                         c        a
de muitas pessoas, tendo como objectivo principal a divulga¸ao
                                                           c˜
de informa¸oes sobre a alimenta¸ao e a filosofia veganas e vege-
          c˜                   c˜
tarianas.
Os ganhos da venda de produtos do centrovegetariano.org s˜o a
aplicados nas despesas de manuten¸ao do projecto, bem como em
                                   c˜
apoio a institui¸oes que recolhem e tratam animais abandonados.
                c˜




          Natal Vegetariano — · — ISBN 972-8967-13-6

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Natal Vegetariano Receitas

  • 1. Natal Vegetariano • Ceia vegetariana • Decora¸ao ecol´gica c˜ o • Receitas alternativas • Presentes alternativos • Bebidas festivas
  • 2.
  • 3. Natal Vegetariano • Ceia vegetariana • Decora¸ao ecol´gica c˜ o • Receitas alternativas • Presentes alternativos • Bebidas festivas www.centrovegetariano.org
  • 4. T´ıtulo: Natal Vegetariano Organiza¸ao e Revis˜o: Cristina Rodrigues c˜ a 2a edi¸ao, Setembro de 2005 c˜ (1a edi¸ao em Dezembro de 2004) c˜ Edi¸ao e distribui¸ao: galaxia-alfa.com c˜ c˜ http://www.centrovegetariano.org ISBN 972-8967-13-6 Os conte´dos deste livro foram baseados nos da p´gina web u a http://www.centrovegetariano.org. Os artigos desse portal s˜o do dom´nio a ı p´blico, estando protegidos pela licen¸a GNU FDL. Esta licen¸a garante u c c aos autores os devidos cr´ditos e a comunidade em geral a liberdade de e ` usufruir de forma plena.
  • 5. Conte´do u 1 Ceia de Natal 1 1.1 Bacalhau . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 1.1.1 A tradi¸ao do bacalhau . . . c˜ . . . . . . . . . . . . . . . 2 1.1.2 Bacalhau em vias de extin¸ao c˜ . . . . . . . . . . . . . . . 3 1.2 Peru . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 1.3 Patˆ de f´ e ıgado de ganso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 1.4 Caviar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 1.5 Receitas alternativas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 1.5.1 Pratos natal´ ıcios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 1.5.2 Sobremesas natal´ ıcias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14 2 Bebidas festivas 20 2.1 Bebidas alco´licas . . . . . o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20 2.1.1 Cervejas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20 2.1.2 Vinhos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21 2.1.3 Bebidas espirituosas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22 2.1.4 Ressaca . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23 2.2 Sumos naturais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23 3 Decora¸˜o da casa ca 26 3.1 Arranjos de mesa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26 3.2 Velas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26 ´ 3.3 Arvore de Natal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26 4 Presentes 27 4.1 Vestu´rio e cal¸ado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . a c 29 4.1.1 A Ind´stria de peles . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . u 30 4.2 Cosm´ticos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . e 32 i
  • 6. Introdu¸˜o ca A maioria das pessoas n˜o consegue imaginar uma Ceia de Natal sem o a tradicional bacalhau ou peru. Mas s˜o cada vez mais os que optam por a pratos alternativos e mais saud´veis. a Um Natal vegetariano implica a escolha de uma ementa diferente para a mesa de Natal e o consumo de bebidas mais saud´veis e sem a ingredientes de origem animal. A aquisi¸ao de arranjos de mesa, de c˜ velas ou da arvore de Natal tamb´m n˜o deve ser aleat´ria e na compra ´ e a o de presentes deve igualmente ter-se algum cuidado. Neste documento apresentamos alguns factos relativos a produtos consumidos no Natal tradicional, mas tamb´m muitas alternativas para e um Natal mais saud´vel, mais ecol´gico e isento de explora¸ao animal. a o c˜ ii
  • 7. Cap´ ıtulo 1 Ceia de Natal A cada ano que passa, sempre que a ´poca natal´ se aproxima grande e ıcia parte dos vegetarianos e veganos come¸a a entrar em pˆnico. S´ quando c a o nos tornamos veganos ou vegetarianos nos apercebemos de que quase todos os alimentos presentes na ceia de Natal s˜o derivados de animais. a Nesse momento colocam-se algumas quest˜es: O que vou comer na ceia o de Natal? Ser´ que na mesa de Natal vai haver algum alimento sem a ingredientes de origem animal? O que vou cozinhar para a ceia de Natal em fam´ ılia? Com algumas dicas e um pouco de boa disposi¸ao, o Natal vegetari- c˜ ano pode tornar-se bem mais agrad´vel. a Procura receitas que incluam frutos secos na sua confec¸ao, pois c˜ s˜o optimas para esta altura festiva e geralmente agradam a todas as a ´ pessoas. Cozinha legumes das mais variadas formas (cozidos, salteados, grelhados). Substitui o bacalhau e o peru por seitan ou tofu. Faz umas rabanadas veganas ou um tronco de Natal. Compra um bolo-rei vegano - a venda em lojas de produtos vegetarianos (por exemplo, nas lojas ` Celeiro). Confeccionar pratos variados e coloridos ´ a melhor forma de mos- e trar que a comida vegetariana ´ deliciosa e nutritiva. Pode tamb´m e e aproveitar-se esta ocasi˜o em que, de um modo geral, as pessoas est˜o a a mais pac´ ıficas e n˜o gostam de entrar em discuss˜es in´ teis para expli- a o u car aos familiares e amigos o que ´ o vegetarianismo e que esse tipo de e 1
  • 8. 1.1 Bacalhau 1 Ceia de Natal alimenta¸ao ´ mais saud´vel do que uma alimenta¸ao a base de carne, c˜ e a c˜ ` fornecendo igualmente todos os nutrientes de que se necessita. No en- tanto, se se ouvirem piadas desagrad´veis ou se o assunto parecer uma a causa perdida, o melhor ´ ignorar e mostrar o bom humor e o quanto a e opini˜o dos outros ´ indiferente. a e Se moras numa casa com omn´ ıvoros, ou se a tua ceia de Natal ´ junto e de familiares que n˜o dispensam o tradicional peru ou o bacalhau cozido, a oferece-te para confeccionar um prato alternativo e uma sobremesa ve- gana. Assim ter´s oportunidade de mostrar como um prato vegetariano a ´ delicioso ao mesmo tempo que ter´s a certeza de que n˜o passas fome. e a a Tem aten¸ao para que n˜o te cozinhem alguns legumes juntamente com c˜ a o bacalhau ou no mesmo tabuleiro do que o peru. “Pode parecer um pouco estranho para alguns mas no futuro o Natal ve- getariano ser´ considerado normal. Vai tornar-se uma nova tradi¸ao. Muitas a c˜ pessoas est˜o mudando os seus h´bitos alimentares por compaix˜o e outras a a a por motivos de sa´de. Com tantas ”carnes”vegetarianas no mercado hoje em u dia, n˜o h´ necessidade de comer peru. Podem comer-se coisas com a mesma a a aparˆncia no prato sem matar animais. Hoje isso ´ mais f´cil do que nunca, e e a em grande parte gra¸as a Linda[McCartney].” c (Paul McCartney, patrono da Sociedade Vegetariana do Reino Unido.) 1.1 Bacalhau 1.1.1 A tradi¸˜o do bacalhau ca Na ceia de Natal dita a tradi¸ao portuguesa que se coma o bacalhau. c˜ Mas, a origem do consumo deste peixe remonta aos vikings, considerados os pioneiros na descoberta do bacalhau, pois a esp´cie era abundante e nos mares que navegavam. A falta de sal na ´poca fazia com que se e limitassem a secar este peixe ao ar livre, at´ endurecer, para depois ser e consumido aos peda¸os nas longas viagens que faziam pelos oceanos. c Mas, foi nas costas de Espanha que os bascos come¸aram a salgar o c bacalhau e depois a sec´-lo para uma melhor conserva¸ao. Este m´todo a c˜ e garantia a sua durabilidade, assim como mantinha os seus nutrientes e apurava o paladar. 2
  • 9. 1 Ceia de Natal 1.1 Bacalhau Devido ao facto de na ´poca os m´todos de conserva¸ao serem prec´rios e e c˜ a e de os alimentos se degradarem facilmente, o bacalhau revolucionou a alimenta¸ao. c˜ Tamb´m o calend´rio crist˜o, imposto pela Igreja Cat´lica a partir e a a o da Idade M´dia, contribuiu para o aumento do consumo desse peixe. Os e crist˜os deviam obedecer a dias de jejum, o que levava as pessoas a ex- a clu´ ırem a carne da sua alimenta¸ao. O bacalhau, como era mais barato, c˜ tornou-se no alimento escolhido pelo povo durante as festas religiosas, como o Natal e a P´scoa. a Com o passar dos s´culos, o jejum foi desaparecendo, mas a tradi¸ao e c˜ do bacalhau, sobretudo na ceia de Natal, manteve-se intacta at´ aos e nossos dias. Inicialmente como alimento barato e presente na mesa da popula¸ao c˜ mais pobre, depois da Segunda Guerra Mundial o bacalhau tornou-se num produto s´ consumido pelos mais ricos. A escassez de alimentos o em toda a Europa levou a subida de pre¸o do bacalhau e o seu consumo ` c restringiu-se as camadas mais elevadas da sociedade. Os mais pobres ` apenas se davam ao luxo do seu consumo nas principais festas crist˜s,a o que tamb´m contribuiu para a tradi¸ao do seu consumo na ceia de e c˜ Natal. 1.1.2 Bacalhau em vias de extin¸˜o ca Origin´rio das aguas frias dos mares que circundam o P´lo Norte, o a ´ o bacalhau ´ um alimento milenar. Registos mostram a existˆncia de e e f´bricas para o seu processamento na Islˆndia e na Noruega desde o a a s´culo IX. e O bacalhau pesca-se durante todo o ano, ainda que a maior parte das capturas seja efectuada entre fins de Mar¸o e princ´ c ıpios de Outu- bro de cada ano. Normalmente, vive em grandes profundidades, tanto maiores quanto maior for a idade, podendo encontrar-se a mais de 450 metros. Pode atingir 20 anos de idade, ultrapassar 180 cent´ımetros de comprimento e pesar mais de 20 quilos. O bacalhau est´ a ser v´ a ıtima da sua popularidade em cozinhas de todo o mundo. A pesca intensiva est´ a amea¸ar de extin¸ao o Cod, a c c˜ 3
  • 10. 1.1 Bacalhau 1 Ceia de Natal peixe que d´ origem ao bacalhau. a H´ anos que pesquisadores e ecologistas alertam que o bacalhau, uma a das esp´cies mais comercias do mundo, corre risco de extin¸ao. Por´m, e c˜ e o estudo realizado pelo Conselho Internacional para a Explora¸ao do c˜ Mar (Ciem), grupo que re´ ne cerca de 1600 cientistas de 19 pa´ e que u ıses controla o Mar do Norte, revelou em Outubro passado que n˜o h´ sinais a a de recupera¸ao dos stocks de bacalhau na zona. c˜ O Ciem al´m da proibi¸ao da pesca do bacalhau, propˆs tamb´m a e c˜ o e proibi¸ao da pesca de outras esp´cies de peixes de grande valor comercial, c˜ e como o hadoque. O motivo ´ que as redes para apanharem essas esp´cies e e acabam por pescar tamb´m o bacalhau. O relat´rio recomenda uma e o redu¸ao dr´stica da pesca desta esp´cie, ou mesmo o seu fim em 2005, c˜ a e em todo o Mar do Norte, no Mar da Irlanda e nas aguas do Artico. ´ ´ Os cardumes de bacalhau foram sendo reduzidos ao longo de s´culos e de pesca excessiva. Nas ultimas d´cadas, a moderniza¸ao da ind´ stria ´ e c˜ u pesqueira levou a que a captura fosse mais eficiente, o que consequente- mente acelerou o processo de extin¸ao. c˜ Actualmente, n˜o s˜o s´ os cardumes que est˜o menores, mas tamb´m a a o a e os peixes. Isso deve-se ao facto de durante anos os animais maiores terem sido intensamente capturados, fazendo com que a popula¸ao remanes-c˜ cente da esp´cie seja descendente de peixes menores. e Nos ultimos 20 anos a popula¸ao de bacalhau tem ficado abaixo do ´ c˜ m´ınimo necess´rio para sustentar a sobrevivˆncia da esp´cie. Al´m da a e e e pesca excessiva, o pr´prio ciclo de reprodutivo do bacalhau dificulta a o recupera¸ao da esp´cie. De cada 20 crias, apenas uma consegue sobre- c˜ e viver tempo suficiente para se reproduzir, pois o bacalhau leva at´ seis e anos para chegar a maturidade sexual. ` O cod j´ ´ considerado, por muitos cientistas e organiza¸oes interna- ae c˜ cionais de preserva¸ao da natureza, uma esp´cie amea¸ada de extin¸ao c˜ e c c˜ devido a pesca excessiva. ` ´ E uma situa¸ao cr´ c˜ ıtica, porque nunca os stocks no Mar do Norte se encontraram em n´ ıveis t˜o baixos como os actuais. Cientistas estimam a a actual reserva em 46 mil toneladas de cod adulto, o que ´ grave se e comparado as 250 mil toneladas em 1960; o n´ m´ ` ıvel ınimo de stock para garantir a sobrevivˆncia da esp´cie ´ de 150 mil toneladas. No Mar da e e e 4
  • 11. 1 Ceia de Natal 1.2 Peru Irlanda, os stocks est˜o 50% abaixo do recomendado e na costa ocidental a da Esc´cia a situa¸ao tamb´m ´ preocupante. o c˜ e e Por isso, medidas como a redu¸ao radical das cotas de pesca nos c˜ pr´ximos cinco anos, est˜o a ser tomadas pelos pa´ o a ıses europeus. As cotas foram reduzidas em at´ 40% do que foi pescado no ano de 2000. e Esse facto, verifica-se no aumento do pre¸o do bacalhau registado ao c longo dos ultimos anos. ´ Apesar das recomenda¸oes, para os executivos europeus ´ impens´vel c˜ e a extinguir, mesmo que por um curto per´ ıodo, todo um sector da pesca. S´ na Gr˜-Bretanha, a proibi¸ao da pesca do bacalhau poderia pˆr em o a c˜ o causa 20 mil empregos. A Uni˜o Europeia tem optado apenas por proibir a a actividade durante a ´poca da reprodu¸ao e reduzindo as quotas de e c˜ pesca. 1.2 Peru Todos os anos, mais de 260 milh˜es de perus s˜o abatidos na Uni˜o o a a Europeia. 5 milh˜es dos quais em Portugal, sendo a ´poca natal´ o e ıcia a de maior procura da carne destes animais. S˜o v´rios os problemas a a associados a cria¸ao intensiva destes animais e que, obviamente, tˆm ` c˜ e consequˆncias na qualidade da carne e na sa´ de de quem a consome. e u Problemas associados a cria¸ao intensiva de perus: ` c˜ Sa´ de u A reprodu¸ao natural ´ negada aos perus. S˜o criados selectivamente c˜ e a para terem um peito para carne t˜o grande que a cria¸ao natural se a c˜ tornou fisicamente imposs´ ıvel e toda a reprodu¸ao ´ feita atrav´s de c˜ e e insemina¸ao artificial. Os seus corpos s˜o t˜o pesados que muitos machos c˜ a a adultos sofrem de dolorosos problemas das coxas (um peru adulto pode pesar tanto como uma crian¸a de 8 ou 9 anos). c Uma por¸ao de 180g de carne magra de peru sem pele cont´m 274 c˜ e calorias e 6 gramas de gordura e a mesma quantidade com pele tem 380 calorias e 16 gramas de gordura. Os perus recebem antibi´ticos e hormo- o nas de crescimento por serem criados sob condi¸oes de superpopula¸ao. c˜ c˜ 5
  • 12. 1.2 Peru 1 Ceia de Natal Muitos perus comem ra¸oes prefabricadas, que costumam conter restos c˜ processados de outras aves. Todos estes factores afectam obviamente a sa´ de de quem consome estes animais. u Exiguidade dos espa¸os sobre-populados c A cria¸ao de perus em regime intensivo ´ feita em espa¸os sobre-populados, c˜ e c onde chegam a estar cerca de 25000 aves. Cada ave ´ confinada numa e area de 0,3 metros quadrados. Estas aves s˜o mantidas em circunstˆncias ´ a a ambientais muito pobres (ausˆncia de poleiros, etc.) e nada adequadas. e Da´ que os perus fiquem sob um grande stress, uma vez que se lhes limita ı a manifesta¸ao dos seus comportamentos naturais. Frequentemente, os c˜ animais que sobrevivem a estas condi¸oes de cria¸ao (um n´ mero consi- c˜ c˜ u der´vel n˜o sobrevive at´ a idade de abate) desenvolvem comportamen- a a e` tos violentos entre si, pelo que lhes ´ cortada a ponta do bico com uma e lˆmina quente, a fim de evitar as agress˜es e os casos de canibalismo. a o Abate Ap´s serem descarregados dos caixotes em que s˜o transportados, estes o a perus, anormalmente pesados, s˜o pendurados de cabe¸a para baixo em a c grilh˜es met´licos dispostos numa linha de transporte. Nos piores casos, o a s˜o deixados nesta posi¸ao v´rios minutos antes de serem insensibiliza- a c˜ a dos, o que para uma ave t˜o pesada ´ doloroso e assustador. a e A linha de transporte arrasta ent˜o os perus para um banho de agua a ´ electrificada, cujo objectivo ´ o de os insensibilizar antes de se efectuar e a sangria. Contudo, muitas das aves debatem-se e levantam a cabe¸a, c escapando assim ao banho el´ctrico. Estas aves estar˜o completamente e a conscientes aquando da sangria. Algumas estar˜o mesmo ainda vivas a aquando da imers˜o no tanque de agua a ferver, cujo objectivo ´ o de a ´ e facilitar a remo¸ao das penas. c˜ A expectativa de vida natural de um peru ´ de cerca de 10 anos. e Os perus de cria¸ao intensiva s˜o mortos ao completarem de 12 a 26 c˜ a semanas, dependendo do tamanho da ave produzida. 6
  • 13. 1 Ceia de Natal 1.3 Patˆ de f´ e ıgado de ganso 1.3 Patˆ de f´ e ıgado de ganso O “foie gras” nada mais ´ do que uma lipidose hep´tica, ou seja, uma e a doen¸a do f´ c ıgado. Como consequˆncia de uma alimenta¸ao for¸ada du- e c˜ c rante 4 semanas, os f´ ıgados dos gansos e dos patos incham 6 a 12 vezes o tamanho normal. Cada ano, cerca de 10 milh˜es de gansos e patos s˜o criados com o a esse fim, produzindo 16800 toneladas dos seus f´ ıgados em todo o mundo (n´ meros de 1998). A Fran¸a ´ a maior produtora, com quase 80. O u c e restante “foie gras” ´ produzido pela Hungria, Espanha, Israel, EUA, e B´lgica, Bulg´ria e Rom´nia. A produ¸ao de f´ e a e c˜ ıgado de ganso j´ foi a banida na Alemanha, Dinamarca, Noruega e Pol´nia. Recentemente, o Arnold Schwarzenegger, governador da Calif´rnia, tamb´m aprovou uma o e lei que pro´ a alimenta¸ao for¸ada de gansos e patos para a produ¸ao ıbe c˜ c c˜ de “foie gras”. No entanto, a lei s´ entrar´ em vigor depois de 2012 para o a dar um prazo aos produtores para alterarem essa pr´tica. a Durante 4 semanas os patos e gansos tˆm uma alimenta¸ao for¸ada e e c˜ c s˜o mantidos em pequenos compartimentos. Isso torna mais f´cil agarrar a a as aves pelo pesco¸o e inserir-se, pela garganta abaixo, funis e tubos c met´licos de alimenta¸ao. As aves s˜o presas e for¸adas a abrirem os a c˜ a c bicos para lhes introduzirem um cano de metal de 20 a 30 cm que vai at´ ao estˆmago. Ent˜o ´ accionada uma alavanca, que bombeia a ra¸ao e o a e c˜ de milho directamente para o estˆmago da ave. o Em alguns casos colocam um anel el´stico apertado no pesco¸o da a c ave para o caso de ela tentar regurgitar a ra¸ao. Este processo ocorre c˜ 3 a 5 vezes por dia. E a ra¸ao ´ composta de milho cozido e as vezes c˜ e ` inclui gordura de porco ou de outros gansos com sal. Cada ave ´ for¸ada a ingerir at´ 3,5 kg de ra¸ao por dia, o que e c e c˜ equivale a um humano ser for¸ado a comer 12,5 kg de macarr˜o. Como c a consequˆncia da alimenta¸ao for¸ada os animais tˆm dificuldades em e c˜ c e andar e respirar, entre outros danos f´ ısicos. Um estudo concluiu que quase 10% das aves morrem com o estˆmago o rebentado e com alimento a entrar no pulm˜o. Algumas apresentam a tamb´m deforma¸oes nos bicos e doen¸as e infec¸oes causadas pela suji- e c˜ c c˜ dade dos tubos de alimenta¸ao. c˜ 7
  • 14. 1.4 Caviar 1 Ceia de Natal Depois das 4 semanas de alimenta¸ao for¸ada os patos e os gansos c˜ c s˜o abatidos. Na maior parte das vezes os f´ a ıgados est˜o inchados de 6 a at´ 12 vezes o tamanho normal, formando massas p´lidas e inflamadas e a do tamanho de mel˜es em vez de org˜os firmes, pequenos e sadios. o ´ a Apenas os patos (machos) s˜o usados para fazer o patˆ por produzi- a e rem f´ıgados maiores e serem considerados mais resistentes as 4 semanas ` de tortura. As aves fˆmeas s˜o tratadas como lixo. Normalmente as e a fˆmeas rec´m-nascidas s˜o entulhadas em sacos de nylon, que s˜o amar- e e a a rados e colocados em lat˜es com agua a escaldar. o ´ O “foie gras” tem tamb´m consequˆncias negativas para a sa´ de e e u humana. 85% das calorias do patˆ s˜o de gorduras - mais do dobro do e a que apresenta um hamb´ rguer. Essa gordura ´ em grande parte acido u e ´ palm´ ıtico, uma gordura saturada conhecida por aumentar os n´ ıveis de colesterol. 1.4 Caviar O caviar, apesar de vendido a pre¸o de ouro, ´ um produto bastante c e consumido no Ocidente, sobretudo durante ´pocas festivas. e Embora a popula¸ao de esturj˜es tenha diminu´ drasticamente no c˜ o ıdo delta do Volga (R´ ssia), o com´rcio de caviar mant´m o seu ritmo devido u e e a crescente procura do produto. As mafias apoderam-se deste neg´cio ` o milion´rio, que promove grandes matan¸as e ´ executado por pescadores a c e furtivos. As fˆmeas, em geral, est˜o ainda vivas quando se abrem para e a extrair as ovas. As ovas, ap´s um processo em que s˜o esfregadas com sal, est˜o o a a prontas para ser servidas. Um quilo deste “ouro negro” pode custar at´ e 2500 euros nos mercados ocidentais. O mercado negro do caviar assume propor¸oes semelhantes ao do tr´fico de drogas. As belugas s˜o a esp´cie c˜ a a e mais cobi¸ada e rara dos esturj˜es. c o Negro, salgado e de sabor penetrante, uma colher de caviar pode custar cerca 15 euros nos restaurantes ocidentais. Os pescadores cobram 2,5 euros por quilo. A diferen¸a vai para os chefes das mafias. c A Guarda Costeira est´ permanentemente em alerta para evitar a a pesca ilegal. Mas o assunto ´ complexo, pois muitos agentes foram e 8
  • 15. 1 Ceia de Natal 1.4 Caviar comprados e os pescadores furtivos n˜o se detˆm diante de nada. a e Na zona do mar C´spio o neg´cio est´ meticulosamente organizado. a o a Enquanto se captura o peixe, os “negros” do pescado abrem a tripa da fˆmea, extraem o caviar e atiram o corpo a agua. Acima dos “negros” e `´ est˜o os “bar˜es”, homens que subornam a pol´ e prestam contas aos a o ıcia “reis”, ou chefes dos bandos. O problema subjacente ´ que est˜o a acabar os esturj˜es, um peixe e a o que vive h´ 250 milh˜es de anos e que sobreviveu aos dinossauros. De a o nada valeu aos cientistas fixarem uma quota anual de capturas para todas as esp´cies de esturj˜es que nadam em aguas russas, a fim de e o ´ salvar este peixe de extin¸ao. Tamb´m n˜o foi suficiente que v´rias c˜ e a a esp´cies estejam abrangidas, desde Abril de 1998, pelo Conv´nio CITES e e (Conv´nio Internacional sobre o Com´rcio de Esp´cies Protegidas), como e e e esp´cies em perigo de extin¸ao ou vulner´veis. e c˜ a Enquanto a quota oficial de captura, no ano de 1997, foi de 898 toneladas, actualmente pesca-se de forma ilegal mais do dobro e at´ e do triplo. Embora os n´ meros relativos a captura ilegal n˜o sejam, u ` a evidentemente, de grande confian¸a, os entendidos afirmam que, s´ em c o 1985, os pescadores furtivos apanharam 25 mil toneladas de esturj˜es. o A prosseguir este ritmo, em breve j´ n˜o haver´ esturj˜es. a a a o 9
  • 16. 1.5 Receitas alternativas 1 Ceia de Natal 1.5 Receitas alternativas 1.5.1 Pratos natal´ ıcios Ceia de tofu Ingredientes: 1Kg de batatas pequenas 2 cebolas m´dias e 2 couves de tamanho m´dio e 500g de tofu 5 dentes de alho 3 colheres de molho de soja 1 ramo de salsa azeite q.b vinagre q.b Prepara¸ao: c˜ P˜e a marinar o tofu cortado em tiras com dois dentes de alho picados, o o molho de soja e um pouco de azeite, durante 2 ou 3 horas. Lava bem as batatas e as cebolas e assa-as no forno com a casca. Entre- tanto coze as couves e grelha o tofu. Quando as couves estiverem quase cozidas, salteia-as num pouco de azeite e com os restantes alhos picados. Quando as batatas estiverem prontas d´-lhes um murro, de forma a fazer a as t´ ıpicas batatas a murro, e coloca-as numa ta¸a. De seguida descasca c e corta em lascas a cebola e junta as batatas. Adiciona tamb´m a salsa ` e picada, azeite e vinagre. Tapa e deixa repousar. Por cima do tofu coloca um fio de azeite e salsa picada. No prato, serve um pouco de cada iguaria (couves salteadas, batatas a murro e tofu grelhado). 10
  • 17. 1 Ceia de Natal 1.5 Receitas alternativas Bacalhoada vegetariana Ingredientes: 600g batatas margarina vegana q.b 250g seitan 1 cebola 3 tomates 1 pimento 1 frasco de leite de coco azeite q.b Prepara¸ao:c˜ Lava bem as batatas com pele. Corta-as em rodelas e coze-as. Retira- lhes a pele e unta uma forma com um pouco de margarina. Forra a forma com as batatas cozidas. Coloca seitan em fatias finas por cima da batata. Num tacho, coloca um fio de azeite e faz um molho com cebola as rodelas, ` tomate picado e pimento. Ap´s apurares o molho de tomate acrescenta- o lhe o leite de coco. Deita o molho por cima do conte´ do da forma. Leva u ao forno at´ dourar. e Serve com couve cozida ou outros legumes. Bacalhau vegetariano Ingredientes: 1 2 kg de batatas 200g de repolho 300g de soja em cubos 1 pimento m´dio e 2 cebolas m´dias e coentros q.b 200ml de natas de soja 200ml de leite de coco 1 2 copo de leite de soja 100g de azeitonas pretas 11
  • 18. 1.5 Receitas alternativas 1 Ceia de Natal sal q.b azeite q.b Prepara¸ao: c˜ Lava bem as batatas e coze-as inteiras com pele. Depois descasca-as e corta-as em rodelas grossas. Coze o repolho no vapor, com sal, ou em pouca agua, cortado em peda¸os grandes. ´ c ` A parte, p˜e a soja de molho e tempera-a a teu gosto. o Corta as cebolas em rodelas e o pimento as tiras finas e pica as azeitonas e ` os coentros. Em seguida, numa forma de ir ao forno, disp˜e uma camada o de batatas, outra de repolho, a seguir uma de soja e uma de temperos e assim sucessivamente at´ terminando com uma camada de batatas. Por e ultimo, mistura o leite de coco, o leite de soja e as natas e deita sobre ´ as camadas. Rega com um fio de azeite e leva ao forno para gratinar. Serve quente. Assado de seitan natal´ ıcio Ingredientes: 400g de seitan 500g de batatas 250g de cenouras 3 colheres de sopa de pasta de piment˜o a 1 ch´vena de azeite a 1 cabe¸a de alhos c 2 folhas de louro 1 colher de ch´ de pimenta a Prepara¸ao: c˜ Aquece o forno a 180◦ C. Coloca numa travessa de ir ao forno o bocado de seitan inteiro. Em volta p˜e as batatas cortadas aos cubos e as cenouras o as rodelas. Faz uns golpes na parte de cima do seitan e barra com a ` pasta de piment˜o. Mistura o azeite com os alhos picados, a pimenta, a a folha de louro e o resto da pasta de piment˜o. Deita este molho por cima a do seitan, das batatas e das cenouras. Junta uma ch´vena de agua e leva a ´ ao forno durante aproximadamente 1 hora. Vai controlando para ver se 12
  • 19. 1 Ceia de Natal 1.5 Receitas alternativas n˜o est´ demasiado seco. Se assim for, pode-se adicionar um pouco de a a agua. ´ Assado de nozes Ingredientes: 4 cebolas m´dias e 5 tomates 2 cenouras m´dias raladas e 3 fatias de p˜o integral esfareladas a 1 2 ch´vena de caldo de legumes a 100g amˆndoas mo´ e ıdas 100g castanhas de caju mo´ ıdas Prepara¸ao: c˜ Num tacho, refoga as cebolas durante 5 minutos. Junta os tomates, a cenoura ralada, o p˜o esfarelado e o caldo de legumes. Deixa cozinhar a cerca de 15 minutos. Junta o caju e as amˆndoas e coloca numa forma e de ir ao forma de bolo inglˆs. Assa no forno a 200 ◦ C durante meia hora. e 13
  • 20. 1.5 Receitas alternativas 1 Ceia de Natal 1.5.2 Sobremesas natal´ ıcias Bolo de Natal Ingredientes: 2 ch´venas de tˆmaras picadas sem os caro¸os a a c 1 300ml de agua (podes substituir por 4 de brandy ou sherry) ´ 175g de farinha integral 175g de frutas secas diversas 2 colheres de ch´ de fermento em p´ a o 1 colher de ch´ de especiarias a escolha a ` 4 colheres de sopa de sumo de laranja Prepara¸ao: c˜ Aquece as tˆmaras e a agua at´ que as tˆmaras estejam macias. Retira a ´ e a do lume e amassa-as com um garfo. Adiciona os restantes ingredientes e mistura bem. Coloca numa assadeira untada. Assa a 170 ◦ C durante 1h30 at´ que o e bolo esteja assado. Depois do bolo arrefecer podes derreter a¸ucar em c´ agua quente e adicionar nozes picadas. Ainda quente deita sobre o bolo. ´ Para decorar podes usar amˆndoas, nozes ou castanhas do par´. e a Tronco de Natal Ingredientes: 500g de castanhas 1 ch´vena de leite de soja a 150g de chocolate escuro 100g de a¸ucar em p´ c´ o 100g de margarina de soja Prepara¸ao: c˜ Com a ajuda de uma faca faz dois golpes nas castanhas e ferve-as du- rante cinco minutos. Escorre a agua e retira a pele das castanhas. Numa ´ ca¸arola coloca o leite de soja, o a¸ucar e depois as castanhas descas- c c´ cadas. Deixa cozinhar em lume brando durante 30 minutos. Passa o conte´ do da ca¸arola num passe-vite a fim de reduzir as castanhas a u c 14
  • 21. 1 Ceia de Natal 1.5 Receitas alternativas pur´ e depois mistura-lhe a margarina de soja. Em lume brando, der- e rete o chocolate com duas colheres de agua. ´ Envolve a prepara¸ao das castanhas com o chocolate e mistura delicada- c˜ mente, at´ obteres uma mistura homog´nea. Deita a mistura sobre uma e e folha de papel de alum´ınio e depois dobra-a em dois e levanta as pontas para formar um rolo. Para refor¸ar o rolo, envolve a folha de alum´ c ınio com uma folha de cart˜o. a Coloca no frigor´ıfico durante 5 horas. Quando o tronco estiver duro, retira o alum´ınio e deixa a temperatura ambiente uma hora antes de ` servir. Tronco nevado Ingredientes: 100g de castanhas 80g de tofu 80g de amˆndoas mo´ e ıdas 200g de avel˜s mo´ a ıdas 150g de a¸ucar mascavo c´ 4 fatias de p˜o integral a 100g de farinha de alfarroba 150g de natas de soja Prepara¸ao: c˜ Faz um pequeno corte nas castanhas e coze-as. Depois retira-lhes a casca, tritura-as mistura-as com o tofu, as amˆndoas, 3 das avel˜s, 100g e 4 a de a¸ucar e o p˜o at´ obteres uma massa firme e pastosa. Divide em c´ a e duas partes. Com uma delas, molda um cilindro que ser´ a parte interior a do tronco. Junta ao resto da massa a alfarroba e estende a mistura sobre papel vegetal, formando um rectˆngulo t˜o comprido como o cilindro anterior a a e com largura suficiente para o cobrir por completo (ser´ a “casca do a troco”). Coloca sobre a segunda massa o cilindro e enrola sem retirar o papel vegetal, deixando os extremos do tronco destapados. Coloca o tronco numa forma maior e mete no frigor´ ıfico durante 4 a 5h. Bate as natas com as restantes avel˜s mo´ a ıdas e o a¸ucar e prepara um c´ 15
  • 22. 1.5 Receitas alternativas 1 Ceia de Natal creme. Para servir, tira o tronco da forma e retira o papel. Coloca o tronco numa travessa e cobre com creme. Broas de ab´bora o Ingredientes: 1kg de ab´bora o 1kg de farinha de trigo integral 400g de a¸ucar mascavado (facultativo) c´ 2 colheres de sopa de canela frutos secos a gosto (amˆndoas, avel˜s, passas, figos, nozes) e a fermento de padeiro q.b Prepara¸ao: c˜ Coze a ab´bora com um pouco de sal. Depois escorre-a bem. Podes o deix´-la uns 15 minutos no escorredor para que saia o m´ximo de agua. a a ´ Amassa-a com as m˜os at´ ficar uma papa. Junta o a¸ucar, a farinha e a e c´ o fermento e continua a amassar com as m˜os. a Depois junta os frutos secos e a canela e amassa um pouco mais at´ a e massa come¸ar a formar umas bolas de ar. Deixa repousar cerca de duas c horas para que levede um pouco. Quando a massa tiver crescido, aquece o forno a 180◦ C e come¸a a tender as broas. c Faz as broas pequeninas e coloca-as espa¸adas num tabuleiro de ir ao c forno. Leva ao forno durante 20-30 minutos. Quando as tirares embrulha- as num pano at´ arrefecerem. e Rabanadas veganas Ingredientes: fatias de p˜o a a¸ucar q.b. c´ cravinho q.b canela q.b leite de soja q.b. 16
  • 23. 1 Ceia de Natal 1.5 Receitas alternativas Prepara¸ao: c˜ Faz uma calda de a¸ucar, agua, cravinho e canela. Molha o p˜o no leite c´ ´ a de soja, espreme e coloca-o na calda em lume brando. Deixa cerca de trˆs minutos e vai retirando e colocando num escorredor e para retirar o excesso da calda. Coloca num pirex e vai polvilhando com canela. Se preferires, serve depois de colocar no frigor´ ıfico. Azevias de batata-doce Ingredientes: Massa: 500g de farinha 1 ch´vena de azeite a 5g de sal 3dl de agua ´ 1 laranja (sumo) 1 pitada de canela Recheio: 500g de batata-doce 200 g de a¸ucar c´ 1 pau de canela casca de lim˜o q.b a 100g de amˆndoas e Prepara¸ao: c˜ Para a massa, come¸a por misturar a farinha, o sal e o azeite morno den- c tro de uma tigela. Trabalha a mistura at´ ficar areada. Adicione agua e ´ aos poucos. Junta o sumo de laranja e a canela. Amassa at´ ficar uma e massa el´stica, enxuta e lisa. Cobre com um pl´stico e deixa descansar a a pelo menos uma hora. Para o recheio, coze as batatas com pele. Descasca-as e faz pur´. Adi- e ciona ao pur´ o a¸ucar, o pau-de-canela e a casca de lim˜o. Leva a e c´ a cozer em lume brando, sem deixar de mexer, at´ engrossar. Junta as e amˆndoas picadas. Deixa arrefecer. e Depois estende a massa com o aux´ de um rolo, at´ a espessura de ılio e ` 17
  • 24. 1.5 Receitas alternativas 1 Ceia de Natal dois mil´ ımetros. Corta c´ ırculos de dez cent´ ımetros de diˆmetro. Coloca a uma colherada de recheio no centro e dobra em forma de meia lua. Frita em oleo quente, escorre e passa por a¸ucar e canela. Coloca num prato ´ c´ para servir. Filh´s de ab´bora o o Ingredientes: 1kg de ab´bora o 1kg de farinha de trigo integral fermento de padeiro q.b raspa de lim˜o ou de laranja a azeite q.b Prepara¸ao: c˜ Coze a ab´bora com um pouco de sal e escorre-a bem. Junta a farinha, o o fermento (dissolvido com agua da cozedura da ab´bora) e a raspa de ´ o lim˜o e mistura bem. a Aquece numa frigideira o azeite e com a ajuda de uma colher come¸a a c fritar a massa. Vai colocando no azeite bem quente colheres da massa. Vira quando come¸arem a ficar douradinhas. Quando estiverem feitas c coloca-as num prato com papel de cozinha que absorva o excesso de azeite. Coscar˜es o Ingredientes: 1kg de farinha de trigo 0,5 l de agua ´ 200g de margarina ou 1,5 dl de azeite 1 colher de fermento 2 cascas de laranja 1 pau de canela oleo q.b ´ a¸ucar q.b c´ 18
  • 25. 1 Ceia de Natal 1.5 Receitas alternativas Prepara¸ao:c˜ Ferve a agua com as cascas de laranja e o pau de canela. P˜e a margarina ´ o a derreter noutro tacho. Quando a agua estiver a ferver apaga o lume, ´ retira-lhe as cascas de laranja e o pau de canela e depois junta-a com a margarina ou azeite. P˜e a farinha numa ta¸a grande e junta bem com a margarina ou o o c azeite. Amassa muito bem. Com a ajuda de um rolo de cozinha estende a massa e corta-a em pequenos rectˆngulos. a Numa frigideira grande aquece oleo e coloca os rectˆngulos de massa. ´ a ` A medida que v˜o ficando dourados vira-os e, quando estiverem fritos, a coloca-os sobre o prato com papel absorvente. Depois de fritos polvilha os coscar˜es com a¸ucar. o c´ 19
  • 26. Cap´ ıtulo 2 Bebidas festivas 2.1 Bebidas alco´licas o O consumo de alcool tem uma componente social importante com os ´ seus respectivos benef´ıcios e desvantagens. O estilo de vida vegano n˜o a exclui, por isso, as bebidas alco´licas em geral, mas apenas aquelas que o contˆm mat´rias primas ou auxiliares de origem animal. O uso de produ- e e tos derivados animal na produ¸ao de bebidas alco´licas ´ razoavelmente c˜ o e difundido, n˜o porque n˜o existam alternativas, mas porque tradicio- a a nalmente sempre foram usados e praticamente n˜o existem reclama¸oes a c˜ por parte dos consumidores. 2.1.1 Cervejas A cerveja ´ uma bebida que resulta da fermenta¸ao alco´lica por uma e c˜ o levedura seleccionada, de um mosto obtido a partir de mat´rias primas e vegetais, mas as quais se adicionam mat´rias auxiliares e/ou auxiliares ` e tecnol´gicos, que, por vezes, s˜o derivados de animais. o a Regra geral, as cervejas condicionadas em barris s˜o clarificadas com a uma esp´cie de cola de peixe (“isinglass”). Essa cola de peixe ´ uma e e forma de gelatina muito pura que se obtem a partir das bexigas de alguns peixes de agua doce, especialmente do esturj˜o. As refina¸oes ´ a c˜ aceleram o processo que de outra forma ocorreria naturalmente. 20
  • 27. 2 Bebidas festivas 2.1 Bebidas alco´licas o No entanto, cervejas em barris, em lata e algumas engarrafadas s˜o a j´ frequentemente filtradas sem o uso de qualquer substˆncia animal. O a a unico ingrediente possivelmente derivado de animal usado na produ¸ao ´ c˜ de cervejas de barril ´ o E471. As refina¸oes derivadas de animal conti- e c˜ nuam, no entanto, ainda a ser usadas em todas as cervejas de produ¸ao c˜ Guinness e Bass. Por sua vez, as cervejas sem alcool s˜o geralmente ´ a filtradas a frio, mas algumas podem envolver o uso de “cola de peixe”. As cervejas a venda em Portugal s˜o, na sua maioria, veganas. Po- ` a dendo, no entanto, por vezes, no seu processo de fabrico serem utilizados filtros de gelatina de porco. A Central de Cervejas, uma das maiores produtoras de cerveja em Portugal, garante que todas as cervejas a´ produzidas s˜o veganas. Tanto ı a os produtos principais, como os aditivos e os auxiliares tecnol´gicos s˜o o a de origem vegetal. Marcas Veganas: • Sagres; • Sporting; • Fosters; • Sagres Preta; • F. C. Porto; • Heineken; • Budweiser; • Jansen; • Cergal; • Kronenbourg • Imperial; • S˜o Jorge; a 1664; • Golden Beer; • Top´zio; a • Wilford; • Benfica; ´ • Onix; • BUD. 2.1.2 Vinhos A maioria dos vinhos, ap´s a fermenta¸ao, ´ refinado usando um dos o c˜ e seguintes produtos de origem animal: sangue (n˜o para dar cor, mas para a clarificar; mas actualmente j´ raramente usado), medula ossea, quitina a ´ (base orgˆnica das partes duras dos insectos e crust´ceos como camar˜es a a o e caranguejos), albumina de ovo, oleo de peixe, gelatina (geleia obtida ´ 21
  • 28. 2.1 Bebidas alco´licas o 2 Bebidas festivas pela fervura de tecidos animais como a pele, tend˜es, ligamentos, etc, ou o ossos), cola de peixe, leite ou case´ ına. Alternativas n˜o-animais incluem a pedra calc´ria, caulino e ”kieslguhr”(argilas), case´ de plantas, gel de a ına s´ ılica e placas vegetais. Nos grandes supermercados j´ ´ poss´ encontrar algumas marcas ae ıvel de vinhos veganos. Marcas veganas: • Cormaieur; • Vinhos da Adega Coopera- tiva da Covilh˜ e, provavel- a • Miolo; mente, da maioria das adegas • Piagentini; cooperativas. • Valduga; 2.1.3 Bebidas espirituosas A produ¸ao da maioria das bebidas espirituosas n˜o parece envolver o c˜ a uso de quaisquer substˆncias animais. O vodka, que antes usava produ- a tos de origem animal, ´ actualmente filtrado usando carv˜o de lenha. e a No entanto, tudo leva a crer que a maioria das marcas de Vinho do Porto envelhecem o vinho com carne de porco, pelo que, provavelmente, n˜o ser´ uma bebida vegana. a a Tamb´m Martini Rosso e Campari, assim como outras bebidas ver- e melhas, n˜o s˜o veganas por causa do E120 (insectos esmagados - co- a a rante vermelho) que ´ usado na produ¸ao da bebida. Outro aspecto a e c˜ ter em conta ´ que a algumas bebidas espirituosas pode ser adicionado e a¸ucar refinado (de cana), o qual ´ ainda, por vezes, refinado com ossos c´ e de bovinos (apenas o a¸ucar de beterraba ´ garantidamente vegano). c´ e Para quem quiser obter informa¸oes fidedignas, o aconselh´vel ´ con- c˜ a e tactar as empresas produtoras das bebidas alco´licas, de forma a conhe- o cer a origem dos produtos usados no fabrico das bebidas. 22
  • 29. 2 Bebidas festivas 2.2 Sumos naturais Marcas veganas: • Cockspur Rum; • Popov Vodka; • Cointreau; • Romana Sambuca; • Croft Vintage Port; • Sappline Gin; • Gilbeys Gin; • Singleton Whisky; • Jack Daniels; • Smirnoff vodkas; • JB Whisky; • Malibu; • Southern Comfort; • Metaxa; • Safeways all spirits. 2.1.4 Ressaca Se se exceder na quantidade de bebida ingerida, tamb´m n˜o ´ preciso e a e recorrer a medicamentos ou a produtos de origem animal para curar a ressaca. A melhor cura vegetariana para a ressaca ´ um batido feito com e bananas, leite de soja, mel, amˆndoas mo´ e ıdas. Coloca-se tudo no liqui- dificador e bate-se. 2.2 Sumos naturais Muitas combina¸oes de frutas e legumes podem ser transformadas em c˜ bebidas refrescantes e saud´veis. Sem esquecer da regra b´sica que ´ o a a e uso de agua filtrada na prepara¸ao, os sumos s˜o uma solu¸ao pr´tica de ´ c˜ a c˜ a unir o essencial ao agrad´vel. Podemos prepar´-los variando cor, sabor a a e textura: agua, frutas e legumes s˜o alimentos indispens´veis para uma ´ a a boa alimenta¸ao. O corpo humano necessita de hidrata¸ao, uma vez que c˜ c˜ a agua desempenha um papel vital no organismo. Ela ´ necess´ria para ´ e a 23
  • 30. 2.2 Sumos naturais 2 Bebidas festivas a digest˜o de alimentos e, entre outras fun¸oes, ajuda a manter est´vel a a c˜ a temperatura do corpo. J´ as frutas e os legumes s˜o ricos em vitaminas, a a minerais e muitos outros nutrientes que protegem o nosso organismo contra doen¸as, al´m de fornecerem energia para realizar tarefas. c e Qualquer pessoa, independentemente da quantidade de informa¸ao c˜ de que disp˜e, saber´ dizer que um sumo natural ´ mais rico em termos o a e nutricionais, e menos prejudicial para o organismo do que um refrige- rante. No entanto, consomem-se muito mais refrigerantes do que outras bebidas mais saud´veis. a Os refrigerantes contˆm muitos aditivos e a¸ucar e n˜o possuem pra- e c´ a ticamente sumo de fruta. Os aditivos s˜o utilizados para aumentar a a durabilidade, para dar bom aspecto e para disfar¸ar a pobreza de um c produto. As colas tˆm cafe´ e ına, um forte estimulante, e os refrigeran- tes gaseificados possuem gases que irritam o estˆmago, provocam gases o no aparelho digestivo e sobrecarregam de trabalho os rins. Nas bebi- das light, substitui-se o a¸ucar por edulcorantes ou seja, diminui-se o c´ valor cal´rico, mas aumenta-se a quantidade de aditivos. Os n´ctares o e contˆm entre 25 e 50% de fruta, mas, no entanto, ´-lhes adicionado muito e e a¸ucar. Os xaropes ou concentrados de fruta tˆm, tamb´m, muitos adi- c´ e e tivos e uma grande quantidade de a¸ucar. Esta diminui com a dilui¸ao, c´ c˜ mas tamb´m diminui a quantidade de sumo, que j´ n˜o era elevada. e a a A pasteuriza¸ao, que permite prolongar o per´ c˜ ıodo de vida do sumo, altera-lhe o sabor. Os sumos “100 por cento”, tal como os que s˜o feitos a na hora, conservam os nutrientes da fruta a excep¸ao das fibras. Con- ` c˜ tudo, os sumos naturais possuem uma quantidade desej´vel de vitamina a C.Os n´ ıveis de vitamina C no sangue est˜o correlacionados com um risco a menor de cancro e de doen¸as coron´rias. c a Um sumo fresco, ingerido imediatamente ap´s ser feito, cont´m cerca o e de 95% do valor aliment´ da fruta ou do legume utilizado. Quem ga- ıcio nha ´ o organismo que recebe os melhores nutrientes, isto ´, vitaminas e e e sais minerais, e fica com mais defesas naturais. Pesquisas recentes, de- monstraram que o beta-caroteno, um antioxidante presente em in´ merosu tipos de frutas e vegetais, tem um papel muito importante na preven¸ao c˜ de doen¸as, pois defende as c´lulas e neutraliza as mol´culas nocivas. c e e Se compreendermos o real perigo que os refrigerantes representam 24
  • 31. 2 Bebidas festivas 2.2 Sumos naturais na dieta alimentar, por causarem desequil´ ıbrios nutricionais e falta de apetite, por se tornarem habituais, por serem os principais respons´veis a pelo aparecimento, precoce e grave, da c´rie dent´ria, percebemos que o a a a ´ seu consumo n˜o faz sentido. E verdade que ´ dif´ resistir ao marketing e ıcil que a ind´ stria e o com´rcio fazem, mas s´ a n´s cabe a decis˜o de seguir u e o o a pelo caminho mais correcto. Os sumos naturais de fruta, devem servir para substituir os refrige- rantes e bebidas similares, mas nunca para substituir a agua e a fruta. ´ Sugest˜es de sumos naturais ou o n´ctares verdes : e Sumo de Espinafre e Cenoura 250g de espinafres frescos e lavados 6 cenouras Prepara¸ao: c˜ Coloca os espinafres num copo misturador e, de seguida adiciona as cenouras uma a uma. Sumo de Agri˜o e Ma¸a a c˜ 150g de agri˜o a 2 ma¸as vermelhas c˜ Prepara¸ao: c˜ Coloca o agri˜o fresco e lavado no copo misturador. Descasca as ma¸as a c˜ e coloca-as tamb´m. e 25
  • 32. Cap´ ıtulo 3 Decora¸˜o da casa ca 3.1 Arranjos de mesa Deve evitar-se azevinho natural nos arranjos para a mesa de Natal, pois ´ uma planta amea¸ada de extin¸ao. J´ existem alternativas artificiais, e c c˜ a assim como outros arbustos igualmente bonitos. 3.2 Velas Tamb´m na escolha de velas, um vegano tem de estar atento, pois a e maioria cont´m gelatina ou cera de abelhas. e Em http://www.veganessentials.com e em http://www.veganstore.com encontram-se algumas op¸oes veganas. c˜ 3.3 ´ Arvore de Natal Na escolha da arvore de Natal tamb´m se deve ter alguma aten¸ao e ´ e c˜ obter informa¸oes de forma a saber se n˜o se est´ a prejudicar a flo- c˜ a a resta. Talvez a escolha de um pinheiro artificial seja mais econ´mica e o ecol´gica. No entanto, se se escolher um pinheiro natural, ´ preciso ter o e cuidado com o destino a dar-lhe no final da ´poca natal´ e ıcia. 26
  • 33. Cap´ ıtulo 4 Presentes Na escolha dos presentes tamb´m ´ preciso alguma cuidado, sobretudo e e se se decidir comprar alguma pe¸a de vestu´rio ou de marroquinaria. c a Um vegano tem de estar atento de forma a evitar produtos com pele, seda ou l˜ e produtos que sejam testados em animais (em a http://www.centrovegetariano.org/index.php? id=43 vˆ a lista de em- e presas que n˜o testam em animais) ou que incluam algum ingrediente a de origem animal. Devem preferir-se presentes que sejam ecol´gicos, n˜o impliquem ex- o a plora¸ao animal, n˜o sejam maus para a sa´ de e cuja produ¸ao n˜o c˜ a u c˜ a advenha da explora¸ao de m˜o-de-obra (sobretudo infantil, muito fre- c˜ a quente em produtos “made in” pa´ asi´ticos). ıses a Nesta ´poca pode aproveitar-se para se oferecer livros de cozinha ve- e getariana (vˆ sugest˜es de t´ e o ıtulos em http://www.centrovegetariano.org/index.php? id=228) ou outros rela- cionados com o vegetarianismo. Tamb´m se pode optar por comprar um filme ou DVD que aborde e por exemplo a tem´tica da sa´ de, da defesa animal ou do meio-ambiente a u (por exemplo: “Big Size Me”, “A Fuga das Galinhas”, “O Dia Depois de Amanh˜”).a Existem tamb´m a venda produtos de associa¸oes de direitos dos e ` c˜ animais, ambientais ou humanit´rias. Entre esses produtos encontram- a se Cd’s de m´ sica, artesanato, t-shirts ou sweat-shirts. Pode-se deste u 27
  • 34. 4 Presentes modo comprar coisas uteis ao mesmo tempo que se est´ a contribuir ´ a para uma boa causa. Se se fizerem compras em lojas de com´rcio justo e est´-se igualmente a optar por presentes mais ´ticos e ecol´gicos. a e o Pode ainda optar-se por se fazerem os presentes que vamos oferecer. Aproveitando-se materiais aparentemente sem utilidade podem obter-se objectos bonitos e funcionais (molduras, brinquedos, etc.). Em http://gaia.org.pt/econatal encontras muitas sugest˜es. o Outra alternativa pode ser oferecer um c˜o ou um gato que esteja a numa associa¸ao ou canil municipal. Na certeza de que se proporciona c˜ felicidade tanto a quem o recebe como ao animal. Algumas associa¸oes de apoio aos animais oferecem ainda a possibi- c˜ lidade de se apadrinhar um bicho (por exemplo, a Uni˜o Zo´fila - a o http://www.uniaozoofila.org -, a Associa¸ao dos Amigos dos Animais c˜ de Vila Franca de Xira - http://www.aaavfx.org - ou a Associa¸ao de c˜ Protec¸ao aos C˜es Abandonados - http://www.apca.org.pt). Oferecer c˜ a um afilhado pode ser o presente ideal para quem gosta de animais, mas n˜o tem possibilidades de os acolher em casa. Desta forma sabe-se que a durante o tempo de apadrinhamento nada faltar´ ao afilhado. a Embrulhos Tamb´m se deve tentar economizar a quantidade de papel e de la¸os e c a usar nos embrulhos. E quando se desembrulharem os presentes deve ter-se cuidado para n˜o rasgar os pap´is, ´ prefer´ retirar a fita-cola a e e ıvel com cuidado de forma a n˜o estragar o papel. a Existem algumas solu¸oes mais ecol´gicas quanto ao destino a dar c˜ o a estes pap´is ap´s o dia de Natal. Mais interessante do que queim´- e o a los ou coloc´-los no primeiro recipiente do lixo que encontramos ser´ a a guard´-los para os embrulhos do pr´ximo ano, coloc´-los para reciclar ou a o a aproveit´-los para um trabalho de bricolage, decora¸ao ou simplesmente a c˜ para forrar uma gaveta do arm´rio. a 28
  • 35. 4 Presentes 4.1 Vestu´rio e cal¸ado a c 4.1 Vestu´rio e cal¸ado a c Existem v´rias substˆncias extra´ a a ıdas de animais que s˜o usadas no a vestu´rio e no cal¸ado. No entanto, existem j´ muitas alternativas. a c a Cashmere A l˜ de cabra cashmere ´ usada em roupas. a e Alternativas: fibras sint´ticas. e Couro, Camur¸a, Peles (carneiro, jacar´) c e Usados para fazerem carteiras, bolsas, estofos de carros, roupas em geral, sapatos, etc. Alternativas: algod˜o, canas, nylon, vinil, ultrasuede e outros tecidos a sint´ticos. e L˜a As ovelhas s˜o criadas para serem lanzudas de modo n˜o natural, e a a para a l˜ ser ondulada de modo n˜o natural, o que causa infesta¸oes a a c˜ de insectos ao redor da cauda. A solu¸ao dos fazendeiros ´ o doloroso c˜ e corte da area ao redor da cauda. Na tosquia as ovelhas s˜o presas com ´ a violˆncia e tosquiadas rudemente. Por vezes a sua pele tamb´m fica e e com cortes. Todos os anos, centenas de milhares de ovelhas tosquiadas morrem por exposi¸ao ao frio. A produ¸ao de l˜ utiliza ainda enormes c˜ c˜ a quantidades de recursos e energia (para procriar, tosquiar, transportar e abater as ovelhas). Alguns derivados da l˜ s˜o a lanolina, a graxa de a a l˜ e a gordura de l˜. a a Alternativas: algod˜o, flanela, fibras sint´ticas. a e Penugem Penugem isolante extra´ de gansos ou de patos abatidos ou explorados ıda ´ cruelmente. E usada como isolante em parkas, colchas, cobertores, sacos- cama, almofadas, etc. Alternativas: poliester e substitutos sint´ticos, paina (fibra sedosa da e semente de arvores tropicais). ´ Seda ´ E a fibra brilhante feita pelos bicho-da-seda para formarem os seus ca- sulos. Os bichos s˜o fervidos para retirar a fibra. a 29
  • 36. 4.1 Vestu´rio e cal¸ado a c 4 Presentes Tafet´ tanto pode ser feito de seda como de nylon. a Alternativas: nylon, paina, seda sint´tica. e 4.1.1 A Ind´stria de peles u A ind´ stria das peles sacrifica milhares de animais todos os anos. Cada u casaco de pele representa a morte de v´rios animais, sejam estes cap- a turados no seu habitat natural ou criados em cativeiro. Nem mesmo as esp´cies protegidas ou os animais de estima¸ao est˜o a salvo desta e c˜ a ind´ stria que move milh˜es. u o As peles de animais s˜o utilizadas principalmente na fabrica¸ao de a c˜ vestu´rio (sobretudo casacos), cal¸ado, estofos e marroquinaria. a c Um dos m´todos mais cru´is ´ a ca¸a com armadilhas. Os animais e e e c capturados nas armadilhas passam dias e por vezes semanas em ago- nia, antes de finalmente morrerem. Muitos chegam mesmo a roer os seus pr´prios membros tentando salvar-se. Al´m de tudo isto muitos o e dos animais que caem nas armadilhas n˜o s˜o as esp´cies visadas pela a a e ind´ stria, e s˜o por isso tratados como desperd´ u a ıcios. Desta forma, menos de metade dos animais que s˜o capturados com armadilhas nem sequer a chegam a ser utilizados pela ind´ stria peleira. u Outro m´todo utilizado pela ind´ stria das peles ´ a cria¸ao de ani- e u e c˜ mais em cativeiro. Esta n˜o ´ uma forma menos cruel, pois os animais a e mal atingem um ano de vida s˜o mortos. S˜o aprisionados em pequenas a a jaulas met´licas em condi¸oes imundas e expostos ao frio e ao calor. Nem a c˜ sequer existem leis que protejem o abate destes animais. Os m´todos e mais utilizados s˜o: asfixia, electrochoque genital, injec¸ao de veneno e a c˜ quebra do pesco¸o. Estes processos s˜o vantajosos do ponto de vista do c a criador, pois assim a pele n˜o fica danificada. a A Funda¸ao Brigitte Bardot vem lutando h´ alguns anos contra a c˜ a morte cruel de beb´s focas. Todos os anos, no Canad´ e em diversos ou- e a tros pa´ıses, centenas destes animais s˜o mortos a paulada. Desta forma a ` a ind´ stria das peles consegue remover toda a pele do animal, obtendo u um melhor aproveitamento e uma consequente mais valia econ´mica. O o principal mercado da pele de foca ´ a fabrica¸ao de casacos de peles. e c˜ Uma investiga¸ao feita em sigilo, durante dezoito meses, expˆs tamb´m c˜ o e 30
  • 37. 4 Presentes 4.1 Vestu´rio e cal¸ado a c um dos segredos da ind´ stria global de peles: o assassinato de animais u de estima¸ao (c˜es e gatos). Os investigadores estimam que mais de 2 c˜ a milh˜es de c˜es e gatos s˜o mortos anualmente. A investiga¸ao foi rea- o a a c˜ lizada em conjunto pela Humane Society dos Estados Unidos/Humane Society Internacional (HSUS/HIS) e por Manfred Karremann, um jor- nalista alem˜o independente. a A realidade ´ que muitas vezes as etiquetas n˜o indicam a origem das e a peles, e mesmo quando indicam nem sempre a indica¸ao ´ verdadeira. c˜ e A China ´ o maior exportador de roupas e brinquedos feitos com pele e de c˜es e gatos, com etiquetas suspeitas. a 31
  • 38. 4.2 Cosm´ticos e 4 Presentes 4.2 Cosm´ticos e Muitos dos produtos usados na cosm´tica s˜o extra´ e a ıdos dos mais vari- ados animais. Estas substˆncias aparecem na lista de ingredientes de a champˆs, sabonetes, perfumes, apesar de existirem muitas alternativas o sint´ticas ou de origem vegetal. e ´ Acido Capr´ ılico ´ Acido l´ ıquido e gorduroso do leite de vaca ou cabra. Encontrado em perfumes e sabonetes. Possui derivados, como o Triglicer´ıdeo Capr´ ılico. Alternativas: fontes vegetais, como oleo de palma e de coco. ´ ´ Acidos Graxos Naturais Pode ser composto de sebo bovino. ´ Acido Este´rico a Gordura de vacas e ovelhas e por vezes tamb´m de c˜es e gatos sacrifica- e a dos. Na maioria das vezes refere-se a uma substˆncia gordurosa tirada a do estˆmago dos porcos. Pode provocar irrita¸oes. Usado em sabonetes, o c˜ lubrificantes, velas, spray de cabelo, condicionadores, desodorizantes e cremes. Possui diversos derivados, como os estearatos. Alternativas: gorduras vegetais, como a noz de coco. ´ Alcool Cet´ ılico Cera encontrada no espermacete (cetina) do esperma de baleias e golfi- nhos. Alternativas: alcool cet´ ´ ılico vegetal (ex: noz de coco), espermacete sint´tico. e Alb´ men, Albumina u Proveniente de ovos, leite, m´ sculos, sangue e v´rios tecidos e flu´ u a ıdos vegetais. Em cosm´ticos a albumina geralmente ´ derivada de claras de e e ovos e usada como agente coagulante. Pode causar reac¸oes al´rgicas. c˜ e Alm´ ıscar, Almiscareiro Secre¸ao seca obtida dolorosamente dos org˜os genitais do cervo almisca- c˜ ´ a reiro, do castor, do rato silvestre e de outros animais. Os gatos selvagens 32
  • 39. 4 Presentes 4.2 Cosm´ticos e s˜o capturados, mantidos em gaiolas em condi¸oes horr´ a c˜ ıveis e s˜o chi- a coteados ao redor dos genitais para produzirem o odor. Os castores s˜o a apanhados em armadilhas e os cervos s˜o ca¸ados com tiros. Este oleo a c ´ ´ usado na fabrica¸ao de perfumes. e c˜ Alternativas: plantas com odor almiscarado. Amino´cidos a Blocos construtores de prote´ em todos os animais e plantas. ına Alternativas: sint´ticos e vegetais. e Amino´cido da Seda a Para a produ¸ao da seda o casulo ´ fervido com a larva dentro. c˜ e ´ Carmim, Cochonilha, Acido Carm´ ınico, E120 Pigmento vermelho obtido atrav´s da compress˜o da fˆmea do insecto e a e cochonilha. Usado em cosm´ticos, champˆs, etc. Pode causar reac¸ao e o c˜ al´rgica. e Alternativas: sumo de beterraba. Case´ ına, S´dio Caseinado o Prote´ do leite usado em v´rios cosm´ticos para cabelo, m´scaras para ına a e a pele, etc. Alternativas: prote´ de soja, leite vegetal. ına Cera de Abelha, Gel´ia Real, Mel, P´len, Pr´polis e o o A produ¸ao de mel tamb´m ´ respons´vel pela crueldade com animais. c˜ e e a Muitos criadores matam as abelhas no Inverno para n˜o terem que gas- a tar para protegˆ-las do frio. Para inseminar artificialmente as abelhas e rainhas ´ tirado esperma do zang˜o esmagando-lhe a cabe¸a. A deca- e a c pita¸ao gera um impulso el´ctrico t˜o forte que o animal ejacula. c˜ e a Col´geno a Prote´ fibrosa, de natureza mucopolissacar´ ına ıdica, que ´ constituinte e essencial da substˆncia intercelular do tecido conjuntivo. Geralmente a proveniente de animais. N˜o afecta o colag´nio da pele. Pode causar a e alergias. Alternativas: prote´ da soja, oleo de amˆndoas, etc. ına ´ e 33
  • 40. 4.2 Cosm´ticos e 4 Presentes Elastina Prote´ el´stica, encontrada nos ligamentos do pesco¸o e nas paredes ına a c arteriais das vacas. Similar ao colag´nio. N˜o afecta a elasticidade da e a pele. Alternativas: sint´tica, prote´ de fontes vegetais. e ına Esqualeno ´ Oleo de f´ıgado de tubar˜o. Usado em hidratantes, tinta de cabelo, etc. a Alternativas: vegetais emolientes como azeite, oleo de g´rmen de trigo, ´ e oleo de farelo de arroz, etc. ´ Esterol Uma mistura de alcoois s´lidos. Pode ser obtido do oleo de esperma de ´ o ´ baleia. Usado em cremes, champˆs, etc. Possu´ diversos derivados. o ı Alternativas: fontes vegetais, acido este´rico vegetal. ´ a Ester´ide, Esterol o De v´rias glˆndulas de animais ou de fontes vegetais. Ester´ides inclui a a o ester´is que s˜o alcoois de animais ou plantas (ex: colesterol). Usado o a ´ em cremes, lo¸oes, condicionadores de cabelo, perfumes, etc. c˜ Alternativas: fontes vegetais e sint´ticas. e Estrog´nio, Estradiol e Hormona feminina obtida da urina de ´guas gr´vidas. Usada em cremes, e a perfumes e lo¸oes. Possui efeito insignificante em cremes e restauradores c˜ da pele, mas fontes emolientes vegetais s˜o consideradas melhores. a “Fontes Naturais” Pode significar fontes animais ou vegetais. Especialmente em cosm´ticos, e isso significa fontes animais, como elastina, gordura, prote´ e oleo ına ´ animais. Alternativas: fontes vegetais. Gelatina, Gel Prote´ obtida de pele, tend˜es, ligamentos e/ou ossos fervidos com ına o agua. Utilizada em champˆs, m´scaras faciais, e outros cosm´ticos. ´ o a e 34
  • 41. 4 Presentes 4.2 Cosm´ticos e Alternativas: carragena, algas (algina, agar-agar, kelp), dextrina, goma de algod˜o, gel de s´ a ılica. Glicerina, Glicerol Substˆncia l´ a ıquida, incolor e xaroposa, que ´ o princ´ e ıpio doce dos oleos ´ e a base dos corpos gordos conhecidos. Geralmente ´ produzida a partir e da gordura animal. Alternativas: glicerina vegetal e sint´tica. e Goma Laca Excre¸ao resinosa de determinados insectos. Utilizada em lacas para c˜ cabelo. Alternativas: cera de plantas. Lactose A¸ucar do leite dos mam´ c´ ıferos. Alternativas: a¸ucar de plantas. c´ Lanolina e Crodalan LA O Crodalan LA ´ um derivado de Lanolina e consequentemente de graxa e de l˜, que ´ a mat´ria-prima principal para a fabrica¸ao da Lanolina. a e e c˜ Esta graxa de l˜ ´ um res´ ae ıduo obtido na lavagem da l˜ do carneiro, onde a a l˜ ´ direccionada aos lanif´ ae ıcios e o subproduto (graxa) ´ utilizado na e produ¸ao de Lanolina. Tˆm-se criado esp´cies de ovelhas que produzem c˜ e e l˜ em excesso. Isso faz com que muitas morram de calor no Ver˜o, a a enquanto outras morrem de frio no Inverno depois de terem a sua l˜ a extra´ıda. P´ de Seda o Seda ´ a fibra brilhante feita pelo bicho-da-seda para formar seus casulo. e Os bichos s˜o fervidos para se lhes retirar a fibra. P´ de seda ´ obtido da a o e c˜ ´ secre¸ao do bicho-da-seda. E usado como corante em p´s faciais, sabo- o netes, etc. Pode causar reac¸ao al´rgica na pele e reac¸oes sistem´ticas c˜ e c˜ a (por inala¸ao ou ingest˜o). c˜ a Progesterona Hormona utilizada em cremes anti-rugas. Alternativas: sint´tico. e 35
  • 42. 4.2 Cosm´ticos e 4 Presentes Queratina Prote´ insol´ vel, principal constituinte da epiderme, unhas, pˆlos, te- ına u e cidos c´rneos e esmalte dos dentes. Pode ser obtida nos chifres, cascos, o penas e pˆlo de v´rios animais. Utilizada em condicionadores de cabelo, e a champˆs, solu¸oes para permanente. o c˜ Alternativas: oleo de amˆndoas, prote´ de soja, oleo de amla (fruto de ´ e ına ´ uma arvore indiana), cabelo humano proveniente de sal˜es (que iriam ´ o para o lixo). O alecrim e a urtiga d˜o corpo e for¸a aos cabelos. a c Tirosina Amino´cido hidrolisado da case´ a ına. Utilizado em cremes. Ur´ia, Carbamida e Excretada da urina e outros flu´ ıdos corp´reos. Usada em desodorizantes, o pasta de dentes com am´nia, enxaguantes bucais, tintura para cabelos, o a c˜ o ´ ´ cremes para m˜os, lo¸oes, champˆs, etc. Derivados: Acido Urico. Alternativas: sint´ticos. e 36
  • 43. Publica¸oes galaxia-alfa.com c˜ 1. Introdu¸ao ao Vegetarianismo c˜ 2. Receitas Vegetarianas 3. Natal Vegetariano 4. Receitas para Coisas Doces 5. Soja e companhia: 69 receitas www.centrovegetariano.org * Pelo conhecimento, pela educa¸ao, por um mundo melhor * c˜
  • 44. A maioria das pessoas n˜o consegue imaginar uma Ceia de Natal a sem o tradicional bacalhau ou peru. Mas s˜o cada vez mais os a que optam por pratos alternativos e mais saud´veis. a Este livro mostra factos relativos a produtos consumidos no Natal tradicional, mas tamb´m muitas alternativas para um Natal mais e saud´vel, mais ecol´gico e isento de explora¸ao animal. Inclui 13 a o c˜ receitas vegetarianas, optimas para substituir os tradicionais ´ pratos natal´ıcios. O Centro Vegetariano nasceu no in´ de 2001, com o nome de ıcio galaxia-alfa.com, das conversas a mesa da cantina de um grupo ` de ent˜o estudantes da Universidade de Coimbra. Constatando a a falta de informa¸ao em Portuguˆs de Portugal sobre o vegeta- c˜ e rianismo, a decis˜o foi criar uma p´gina web informativa, abran- a a gente e aberta a participa¸ao de todos. ` c˜ O Centro Vegetariano ´, pois, o resultado do esfor¸o volunt´rio e c a de muitas pessoas, tendo como objectivo principal a divulga¸ao c˜ de informa¸oes sobre a alimenta¸ao e a filosofia veganas e vege- c˜ c˜ tarianas. Os ganhos da venda de produtos do centrovegetariano.org s˜o a aplicados nas despesas de manuten¸ao do projecto, bem como em c˜ apoio a institui¸oes que recolhem e tratam animais abandonados. c˜ Natal Vegetariano — · — ISBN 972-8967-13-6