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Mordomia do Museu e da Capela
Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo
PAINÉIS ARTÍSTICOS
NO
HOSPITAL
SÃO LUÍZ GONZAGA GUAPIRA –
ANTIGO LÁZAROS
O Hospital São Luiz Gonzaga abriga em suas instalações no Ambulatório de
Pediatria uma série de obras de arte de grande valor histórico, dentre elas há
pinturas realizadas em painéis espalhados pelo Hospital.
1948 - Dr. Jairo de Almeida Ramos, Diretor do Hospital contratou com apenas
uma ajuda de custo, ilustres artistas para pintura dos painéis do Hospital.
Alfredo Volpi, Tarsila do Amaral, Nelson Nóbrega, Lúcia Suani, Di Cavalcanti,
Noemi Mourão, Francisco Rebolo Gonçalves, Mário Zaninni, Aldo Bonadei e
Pesquisas de Maria Nazarete de Barros Andrade
Coordenadora do Museu e Capela
Mordomia do Museu e da Capela
Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo
Clóvis Graciano; cada um pintará um painel e receberá apenas uma ajuda de
custo para transporte e compra do material. Não consta documentos de que
revele que Samsom Flexor fosse contratado, embora 4 anos após ele tivesse
elaborado um painel em pastila de sua autoria datado de 1954 . Alguns artistas
pertenceram ao grupo Santa Helena que faziam residência na Praça da Sé, e
posterior na Av. Ipiranga.
Em 2008, a CROMA Arquitetura e Restauro foi contratada para os serviços de
restauro destes cinco murais (Mural do Coreto, Mural de Aldo Bonadei, Mural
da Ciranda, Mural do Parque de diversões e Mural de Alfredo Volpi). Os murais
foram limpos, protegidos com verniz consolidante e reintegrados conforme a
necessidade de cada um.
As obras de restauro duraram do início de janeiro ao início de agosto de 2008,
sendo responsáveis técnicos os arquitetos: Laura Rita Facioli e Guaraci Eugênio
Martins; equipe: Caroline Tonacci Costa, Claudia Lopes, José Jocélio Rodrigues
Figueira, Márcia Roberlandia Vasconcelos e Rodrigo Barrales.
Pesquisas de Maria Nazarete de Barros Andrade
Coordenadora do Museu e Capela
Mordomia do Museu e da Capela
Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo
Mural do “O Coreto”
Datada de 1948
Francisco Rebolo
GONSALES, Francisco Rebolo
Nasceu em São Paulo em 22 de agosto de 1902. Filho de espanhóis,
considerado autodidata começou com aprendiz de decoração, fase que ficou
marcada pelos divinos trabalhos em residências e Igrejas de São Paulo como
Santa Efigênia e Santa Cecília.
Em 1933 passa a residir no prédio Santo Helena na Praça da Sé onde inicia sua
carreira de pintor.
Pesquisas de Maria Nazarete de Barros Andrade
Coordenadora do Museu e Capela
Mordomia do Museu e da Capela
Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo
Em 1935 outros artistas se instalaram no mesmo edifício formando o famoso
grupo Santa Helena. Rebolo, Fúlvio Pennacchi, Zanini, Clovis Graciano, Aldo
Bonadei, Alfredo Volpi, Manoel Martins e Rizzotti. Mais tarde o local passou a
ser ponto de encontro de artistas de São Paulo e de outros estados do Brasil.
Em 1937 o grupo reuniu mais pintores como Anita Mafaltti, Gobbis e Hugo
Adami.
Em 1941 Rebolo participa do curso de desenho a guache e recebe o primeiro
prêmio.
Em 1945 junto com Zanini Quinino da Silva, Alfredo Volpi, Nelson Nóbrega e
Rossi, fundaram o Clube Artístico Amigos da Arte, participou da criação do
Museu da Arte Moderna de São Paulo com ...Manuel Martins, Flávio Mota
Cláudio Abramo e Clóvis Graciano dirige o jornal de Artes Plásticas em 1948.
Em 1954 foi premiado no Salão de Arte Moderna .
Em 1955 embarcou para a Europa e fez curso de decoração no Vaticano, visitou
museus, galerias e pintou quadros.
Pesquisas de Maria Nazarete de Barros Andrade
Coordenadora do Museu e Capela
Mordomia do Museu e da Capela
Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo
Obra de Alfredo Volpi
Datada de 1948
VOLPI, Alfredo
Nasceu em Lucca, Itália (14 de abril de 1896 — 28 de maio de 1988) foi um
pintor ítalo-brasileiro considerado pela crítica como um dos artistas mais
importantes da segunda geração do modernismo. Uma das características de
suas obras são as bandeirinhas e os casarios.
Autodidata, começou a pintar em 1911, executando murais decorativos. Em
seguida, trabalhou com óleo sobre madeira, consagrando-se como mestre
utilizador de têmpera sobre tela.
Pesquisas de Maria Nazarete de Barros Andrade
Coordenadora do Museu e Capela
Mordomia do Museu e da Capela
Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo
Grande colorista, explorou através das formas, composições magníficas, de
grande impacto visual. Em conjunto com Arcangelo Ianelli e Aldir Mendes de
Souza formou uma tríade de exímios coloristas, foco de livro denominado 3
Coloristas, escrito por Alberto Beuttenmüller (Ed. IOB, julho de 1989).
Trabalhou também como pintor decorador em residências da sociedade
paulista da época, executando trabalho de decoração artística em paredes e
murais. Realizou a primeira exposição individual aos 47 anos de idade.
Na década de 1950 evoluiu para o abstracionismo geométrico, de que é
exemplo a série de bandeiras e mastros de festas juninas. Recebeu o prêmio de
melhor pintor nacional na segunda Bienal de São Paulo, em 1953. Participou da
primeira Exposição de Arte Concreta, em 1956.
Não pertenceu oficialmente ao Grupo Santa Helena, porém sempre ia visitar
seus amigos que oficialmente participavam como Zanini e Rebolo , situado na
Praça da Sé, em São Paulo. Faziam parte do Grupo Santa Helena os seguintes
pintores: Aldo Bonadei, Mário Zanini, Clóvis Graciano, Fúlvio Penacchi, Rebolo e
outros.
“Volpi foi internado no Hospital São Luiz Gonzaga, também conhecido como
Hospital dos Lázaros e Hospital do Guapira, com suposta tuberculose, na época,
a razão pela qual o levou a pintar o painel com as andorinhas voando, que ficou
na história do Hospital” ( depoimento do Prof. Dr. Waldir da Silva Prado)
Em 1927, Volpi conheceu o seu grande amor: uma garçonete chamada Benedita
da Conceição , apelidada de Judith . É quase certo que Judith tenha sido sua
modelo para o quadro Mulata .
Fontes: Memorias da Misericórdia de José Soares Hungria Filho - 2000,
Atas da Mesa Administratia e Wikipédia;
http://www.artbr.com.br/casa/biografias/volpi/index.html
Pesquisas de Maria Nazarete de Barros Andrade
Coordenadora do Museu e Capela
Mordomia do Museu e da Capela
Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo
Mural artístico de pastilhas
Samson Flexor
1954
Samson Flexor
Nasceu em Soroca – Romênia em 1907.
Era pintor, desenhista e professor. Estudou na Escola Superior de Belas Artes e
na Academia Ranson, de Paris, participando, desde 1926, nessa última Cidade,
dos Salões do Outono.
Pesquisas de Maria Nazarete de Barros Andrade
Coordenadora do Museu e Capela
Mordomia do Museu e da Capela
Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo
Mural do “Parque de diversões”
1948
Pavilhão de Pediatria
TARSILA DO AMARAL
Nasceu em Capivari no dia 1 de setembro de 1886. Pintora e desenhista
brasileira e uma das figuras centrais da pintura brasileira e da primeira fase do
movimento modernista brasileiro, ao lado de Anita Malfatti. Seu quadro
Abaporu, de 1928, inaugura o movimento antropofágico nas artes plásticas.
Faleceu em São Paulo no dia 17 de janeiro de 1973.
Existe na Pinacoteca da Santa Casa de São Paulo, do Dr. Plínio Barreto, pintado
por Tarsila do Amaral
Há relato que Tarsila do Amaral foi internada no H.S.L.G com febre e muito dor
de cabeça.
Pesquisas de Maria Nazarete de Barros Andrade
Coordenadora do Museu e Capela
Mordomia do Museu e da Capela
Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo
Mural da “Ciranda”
Pintura atribuída a Anita Malfati - 1948
Filha de imigrantes de origem italiana e alemã, Anita Catarina Malfatti nasceu
em São Paulo, em dezembro de 1889, com um defeito congênito na mão
direita. Foi operada na Itália, aos 3 anos de idade, mas nunca se livrou da atrofia
na mão e no braço. Teve de aprender a escrever, e mais tarde a pintar, com a
mão esquerda. Anita viria a descobrir sua vocação em 1910, quando chega a
Berlim. Permanece na Alemanha até 1914. Aluna da Academia de Belas Artes
de Berlim, também teve aulas com pintores de renome, como Lovis Corinth.
Depois de uma breve passagem pelo Brasil, viaja, em 1915, para Nova York,
onde matricula-se na Independence School of Art. Volta ao País, destinada a
Pesquisas de Maria Nazarete de Barros Andrade
Coordenadora do Museu e Capela
Mordomia do Museu e da Capela
Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo
causar polêmica. Em dezembro de 1917, Anita expõe, em São Paulo, obras
identificadas com a liberdade formal das vanguardas européias e norte-
americanas, como “A Boba”, “O Homem Amarelo”, “A Mulher de Cabelos
Verdes” e a “Estudante Russa”. A reação nos meios intelectuais, expressa no
artigo de Monteiro Lobato “Paranóia ou Mistificação”, é violenta. “Então
começou o peso do ostracismo. Todo meu trabalho ficou cortado, alunos,
vendas de quadros – e começaram as brigas nos jornais”, revelou a pintora.
Anita participa da Semana de 22, mas ainda traumatizada pela hostilidade ao
seu trabalho, afasta-se, progressivamente, da vanguarda. Em 1923, Anita
embarca para um período de cinco anos de estudos na França. Participa de
exposições coletivas de arte moderna nos anos 30 e 40 e da 1ª. Bienal de São
Paulo, em 1951. Na 7ª. Bienal, em 1963, é homenageada com uma grande
retrospectiva. Anita morre em 1964, em São Paulo. “Devo a ela e à força dos
seus quadros a revelação do novo e a convicção da revolta”, disse sobre a
amiga, Mário de Andrade
Pesquisas de Maria Nazarete de Barros Andrade
Coordenadora do Museu e Capela
Mordomia do Museu e da Capela
Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo
Painel que ilustra o bairro do Jaçanã na época do trem das onze.
Aldo Bonadei, 1948
Aldo Cláudio Felipe Bonadei, nasceu em São Paulo, em 17 de junho de 1906.
Foi um pintor brasileiro, e destacado integrante do Grupo Santa Helena por sua
formação mais erudita.
O interesse por diferentes áreas levou-o a desenvolver atividades em poesia,
moda e teatro. O artista teve importante atuação, entre os anos 1930 e 1940,
na consolidação da arte moderna paulista e foi um dos pioneiros no
desenvolvimento da arte abstrata no Brasil.
No fim da década de 50 atuou como figurinista na Companhia Nydia Lícia -
Sérgio Cardoso e em dois filmes de Walter Hugo Khoury.
O pintor veio a falecer em São Paulo em 16 de janeiro de 1974.
Pesquisas de Maria Nazarete de Barros Andrade
Coordenadora do Museu e Capela
Mordomia do Museu e da Capela
Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo
Fonte: Memórias da Misericórdia de José Soares Filho 2000, Atas da Mesa
Administrativa e a Wikipedia.
São Paulo, 14 de abril de 2011
Trabalho de Pesquisa de Maria Nazarete de Barros Andrade
Coordenadora do Museu
Pesquisas de Maria Nazarete de Barros Andrade
Coordenadora do Museu e Capela
Mordomia do Museu e da Capela
Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo
HOSPITAL GERIÁTRICO D. PEDRO II (ASILO DE MENDICIDADE
HOSPITAL D. PEDRO II)
Calvário localizado no jardim do Hospital Geriátrico de Convalescentes Dom
Pedro II
De autoria de Antonio Sérgio Migliaccio (S.Migliaccio) 1974
Antonio Sergio Migliaccio Artista Plástico e Ator, RG: 2915722-5 morador da
cidade de São Paulo, nasceu no bairro Tucuruvi zona norte de São Paulo em 26
de janeiro de 1936, nos anos 70 trabalhou na Cerâmica Jaçanã e em 1974 foi
Pesquisas de Maria Nazarete de Barros Andrade
Coordenadora do Museu e Capela
Mordomia do Museu e da Capela
Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo
convidado pelo Mordomo do Hospital Dr. Carlos Coelho de Faria, a pintar um
painel em azulejo retratando uma paisagem panorâmica de Campos do Jordão,
cidade de São Paulo onde se vê a Pedra do Baú no Hospital D. Pedro II.
“Muito me envaideceu o convite para executar esse trabalho, fazer um painel
em azulejo branco pintado com tinta de cerâmica colorida em pó que era
diluída em óleo de copaíba, colocado no forno para fixar a tinta, evitando assim
que não tenha danificações com o tempo.”
Antonio Sergio Migliaccio
São Paulo, 14 de abril de 2011
Trabalho de Pesquisa de Maria Nazarete de Barros Andrade
Coordenadora do Museu
Pesquisas de Maria Nazarete de Barros Andrade
Coordenadora do Museu e Capela

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  • 1. Mordomia do Museu e da Capela Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo PAINÉIS ARTÍSTICOS NO HOSPITAL SÃO LUÍZ GONZAGA GUAPIRA – ANTIGO LÁZAROS O Hospital São Luiz Gonzaga abriga em suas instalações no Ambulatório de Pediatria uma série de obras de arte de grande valor histórico, dentre elas há pinturas realizadas em painéis espalhados pelo Hospital. 1948 - Dr. Jairo de Almeida Ramos, Diretor do Hospital contratou com apenas uma ajuda de custo, ilustres artistas para pintura dos painéis do Hospital. Alfredo Volpi, Tarsila do Amaral, Nelson Nóbrega, Lúcia Suani, Di Cavalcanti, Noemi Mourão, Francisco Rebolo Gonçalves, Mário Zaninni, Aldo Bonadei e Pesquisas de Maria Nazarete de Barros Andrade Coordenadora do Museu e Capela
  • 2. Mordomia do Museu e da Capela Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo Clóvis Graciano; cada um pintará um painel e receberá apenas uma ajuda de custo para transporte e compra do material. Não consta documentos de que revele que Samsom Flexor fosse contratado, embora 4 anos após ele tivesse elaborado um painel em pastila de sua autoria datado de 1954 . Alguns artistas pertenceram ao grupo Santa Helena que faziam residência na Praça da Sé, e posterior na Av. Ipiranga. Em 2008, a CROMA Arquitetura e Restauro foi contratada para os serviços de restauro destes cinco murais (Mural do Coreto, Mural de Aldo Bonadei, Mural da Ciranda, Mural do Parque de diversões e Mural de Alfredo Volpi). Os murais foram limpos, protegidos com verniz consolidante e reintegrados conforme a necessidade de cada um. As obras de restauro duraram do início de janeiro ao início de agosto de 2008, sendo responsáveis técnicos os arquitetos: Laura Rita Facioli e Guaraci Eugênio Martins; equipe: Caroline Tonacci Costa, Claudia Lopes, José Jocélio Rodrigues Figueira, Márcia Roberlandia Vasconcelos e Rodrigo Barrales. Pesquisas de Maria Nazarete de Barros Andrade Coordenadora do Museu e Capela
  • 3. Mordomia do Museu e da Capela Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo Mural do “O Coreto” Datada de 1948 Francisco Rebolo GONSALES, Francisco Rebolo Nasceu em São Paulo em 22 de agosto de 1902. Filho de espanhóis, considerado autodidata começou com aprendiz de decoração, fase que ficou marcada pelos divinos trabalhos em residências e Igrejas de São Paulo como Santa Efigênia e Santa Cecília. Em 1933 passa a residir no prédio Santo Helena na Praça da Sé onde inicia sua carreira de pintor. Pesquisas de Maria Nazarete de Barros Andrade Coordenadora do Museu e Capela
  • 4. Mordomia do Museu e da Capela Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo Em 1935 outros artistas se instalaram no mesmo edifício formando o famoso grupo Santa Helena. Rebolo, Fúlvio Pennacchi, Zanini, Clovis Graciano, Aldo Bonadei, Alfredo Volpi, Manoel Martins e Rizzotti. Mais tarde o local passou a ser ponto de encontro de artistas de São Paulo e de outros estados do Brasil. Em 1937 o grupo reuniu mais pintores como Anita Mafaltti, Gobbis e Hugo Adami. Em 1941 Rebolo participa do curso de desenho a guache e recebe o primeiro prêmio. Em 1945 junto com Zanini Quinino da Silva, Alfredo Volpi, Nelson Nóbrega e Rossi, fundaram o Clube Artístico Amigos da Arte, participou da criação do Museu da Arte Moderna de São Paulo com ...Manuel Martins, Flávio Mota Cláudio Abramo e Clóvis Graciano dirige o jornal de Artes Plásticas em 1948. Em 1954 foi premiado no Salão de Arte Moderna . Em 1955 embarcou para a Europa e fez curso de decoração no Vaticano, visitou museus, galerias e pintou quadros. Pesquisas de Maria Nazarete de Barros Andrade Coordenadora do Museu e Capela
  • 5. Mordomia do Museu e da Capela Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo Obra de Alfredo Volpi Datada de 1948 VOLPI, Alfredo Nasceu em Lucca, Itália (14 de abril de 1896 — 28 de maio de 1988) foi um pintor ítalo-brasileiro considerado pela crítica como um dos artistas mais importantes da segunda geração do modernismo. Uma das características de suas obras são as bandeirinhas e os casarios. Autodidata, começou a pintar em 1911, executando murais decorativos. Em seguida, trabalhou com óleo sobre madeira, consagrando-se como mestre utilizador de têmpera sobre tela. Pesquisas de Maria Nazarete de Barros Andrade Coordenadora do Museu e Capela
  • 6. Mordomia do Museu e da Capela Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo Grande colorista, explorou através das formas, composições magníficas, de grande impacto visual. Em conjunto com Arcangelo Ianelli e Aldir Mendes de Souza formou uma tríade de exímios coloristas, foco de livro denominado 3 Coloristas, escrito por Alberto Beuttenmüller (Ed. IOB, julho de 1989). Trabalhou também como pintor decorador em residências da sociedade paulista da época, executando trabalho de decoração artística em paredes e murais. Realizou a primeira exposição individual aos 47 anos de idade. Na década de 1950 evoluiu para o abstracionismo geométrico, de que é exemplo a série de bandeiras e mastros de festas juninas. Recebeu o prêmio de melhor pintor nacional na segunda Bienal de São Paulo, em 1953. Participou da primeira Exposição de Arte Concreta, em 1956. Não pertenceu oficialmente ao Grupo Santa Helena, porém sempre ia visitar seus amigos que oficialmente participavam como Zanini e Rebolo , situado na Praça da Sé, em São Paulo. Faziam parte do Grupo Santa Helena os seguintes pintores: Aldo Bonadei, Mário Zanini, Clóvis Graciano, Fúlvio Penacchi, Rebolo e outros. “Volpi foi internado no Hospital São Luiz Gonzaga, também conhecido como Hospital dos Lázaros e Hospital do Guapira, com suposta tuberculose, na época, a razão pela qual o levou a pintar o painel com as andorinhas voando, que ficou na história do Hospital” ( depoimento do Prof. Dr. Waldir da Silva Prado) Em 1927, Volpi conheceu o seu grande amor: uma garçonete chamada Benedita da Conceição , apelidada de Judith . É quase certo que Judith tenha sido sua modelo para o quadro Mulata . Fontes: Memorias da Misericórdia de José Soares Hungria Filho - 2000, Atas da Mesa Administratia e Wikipédia; http://www.artbr.com.br/casa/biografias/volpi/index.html Pesquisas de Maria Nazarete de Barros Andrade Coordenadora do Museu e Capela
  • 7. Mordomia do Museu e da Capela Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo Mural artístico de pastilhas Samson Flexor 1954 Samson Flexor Nasceu em Soroca – Romênia em 1907. Era pintor, desenhista e professor. Estudou na Escola Superior de Belas Artes e na Academia Ranson, de Paris, participando, desde 1926, nessa última Cidade, dos Salões do Outono. Pesquisas de Maria Nazarete de Barros Andrade Coordenadora do Museu e Capela
  • 8. Mordomia do Museu e da Capela Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo Mural do “Parque de diversões” 1948 Pavilhão de Pediatria TARSILA DO AMARAL Nasceu em Capivari no dia 1 de setembro de 1886. Pintora e desenhista brasileira e uma das figuras centrais da pintura brasileira e da primeira fase do movimento modernista brasileiro, ao lado de Anita Malfatti. Seu quadro Abaporu, de 1928, inaugura o movimento antropofágico nas artes plásticas. Faleceu em São Paulo no dia 17 de janeiro de 1973. Existe na Pinacoteca da Santa Casa de São Paulo, do Dr. Plínio Barreto, pintado por Tarsila do Amaral Há relato que Tarsila do Amaral foi internada no H.S.L.G com febre e muito dor de cabeça. Pesquisas de Maria Nazarete de Barros Andrade Coordenadora do Museu e Capela
  • 9. Mordomia do Museu e da Capela Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo Mural da “Ciranda” Pintura atribuída a Anita Malfati - 1948 Filha de imigrantes de origem italiana e alemã, Anita Catarina Malfatti nasceu em São Paulo, em dezembro de 1889, com um defeito congênito na mão direita. Foi operada na Itália, aos 3 anos de idade, mas nunca se livrou da atrofia na mão e no braço. Teve de aprender a escrever, e mais tarde a pintar, com a mão esquerda. Anita viria a descobrir sua vocação em 1910, quando chega a Berlim. Permanece na Alemanha até 1914. Aluna da Academia de Belas Artes de Berlim, também teve aulas com pintores de renome, como Lovis Corinth. Depois de uma breve passagem pelo Brasil, viaja, em 1915, para Nova York, onde matricula-se na Independence School of Art. Volta ao País, destinada a Pesquisas de Maria Nazarete de Barros Andrade Coordenadora do Museu e Capela
  • 10. Mordomia do Museu e da Capela Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo causar polêmica. Em dezembro de 1917, Anita expõe, em São Paulo, obras identificadas com a liberdade formal das vanguardas européias e norte- americanas, como “A Boba”, “O Homem Amarelo”, “A Mulher de Cabelos Verdes” e a “Estudante Russa”. A reação nos meios intelectuais, expressa no artigo de Monteiro Lobato “Paranóia ou Mistificação”, é violenta. “Então começou o peso do ostracismo. Todo meu trabalho ficou cortado, alunos, vendas de quadros – e começaram as brigas nos jornais”, revelou a pintora. Anita participa da Semana de 22, mas ainda traumatizada pela hostilidade ao seu trabalho, afasta-se, progressivamente, da vanguarda. Em 1923, Anita embarca para um período de cinco anos de estudos na França. Participa de exposições coletivas de arte moderna nos anos 30 e 40 e da 1ª. Bienal de São Paulo, em 1951. Na 7ª. Bienal, em 1963, é homenageada com uma grande retrospectiva. Anita morre em 1964, em São Paulo. “Devo a ela e à força dos seus quadros a revelação do novo e a convicção da revolta”, disse sobre a amiga, Mário de Andrade Pesquisas de Maria Nazarete de Barros Andrade Coordenadora do Museu e Capela
  • 11. Mordomia do Museu e da Capela Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo Painel que ilustra o bairro do Jaçanã na época do trem das onze. Aldo Bonadei, 1948 Aldo Cláudio Felipe Bonadei, nasceu em São Paulo, em 17 de junho de 1906. Foi um pintor brasileiro, e destacado integrante do Grupo Santa Helena por sua formação mais erudita. O interesse por diferentes áreas levou-o a desenvolver atividades em poesia, moda e teatro. O artista teve importante atuação, entre os anos 1930 e 1940, na consolidação da arte moderna paulista e foi um dos pioneiros no desenvolvimento da arte abstrata no Brasil. No fim da década de 50 atuou como figurinista na Companhia Nydia Lícia - Sérgio Cardoso e em dois filmes de Walter Hugo Khoury. O pintor veio a falecer em São Paulo em 16 de janeiro de 1974. Pesquisas de Maria Nazarete de Barros Andrade Coordenadora do Museu e Capela
  • 12. Mordomia do Museu e da Capela Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo Fonte: Memórias da Misericórdia de José Soares Filho 2000, Atas da Mesa Administrativa e a Wikipedia. São Paulo, 14 de abril de 2011 Trabalho de Pesquisa de Maria Nazarete de Barros Andrade Coordenadora do Museu Pesquisas de Maria Nazarete de Barros Andrade Coordenadora do Museu e Capela
  • 13. Mordomia do Museu e da Capela Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo HOSPITAL GERIÁTRICO D. PEDRO II (ASILO DE MENDICIDADE HOSPITAL D. PEDRO II) Calvário localizado no jardim do Hospital Geriátrico de Convalescentes Dom Pedro II De autoria de Antonio Sérgio Migliaccio (S.Migliaccio) 1974 Antonio Sergio Migliaccio Artista Plástico e Ator, RG: 2915722-5 morador da cidade de São Paulo, nasceu no bairro Tucuruvi zona norte de São Paulo em 26 de janeiro de 1936, nos anos 70 trabalhou na Cerâmica Jaçanã e em 1974 foi Pesquisas de Maria Nazarete de Barros Andrade Coordenadora do Museu e Capela
  • 14. Mordomia do Museu e da Capela Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo convidado pelo Mordomo do Hospital Dr. Carlos Coelho de Faria, a pintar um painel em azulejo retratando uma paisagem panorâmica de Campos do Jordão, cidade de São Paulo onde se vê a Pedra do Baú no Hospital D. Pedro II. “Muito me envaideceu o convite para executar esse trabalho, fazer um painel em azulejo branco pintado com tinta de cerâmica colorida em pó que era diluída em óleo de copaíba, colocado no forno para fixar a tinta, evitando assim que não tenha danificações com o tempo.” Antonio Sergio Migliaccio São Paulo, 14 de abril de 2011 Trabalho de Pesquisa de Maria Nazarete de Barros Andrade Coordenadora do Museu Pesquisas de Maria Nazarete de Barros Andrade Coordenadora do Museu e Capela