1. Escola Secundária Artística António Arroio
Joana Bettencourt nº17 11ºK
Os Direitos da Mulher Muçulmana
Arábia Saudita
As leis da Arábia derivam do Islão, ou seja, do Qur'an (Bíblia Islâmica), como a
maior parte das leis não está escrita, é fornecido a quem estabelece as leis
todo o poder e liberdade para estipularem como quiserem, e geralmente é
estabelecido a favor de costumes antigos, desactualizados.
Todas as mulheres, independentemente da idade, têm por obrigação de ter um
guardião masculino (normalmente o pai ou irmão); não podem ser vistas em
locais públicos sem os mesmos, viajar sem a sua autorização, pedir ajuda
médica a nenhum centro hospitalar, casar-se, divorciar-se, ter um emprego ou
abrir uma conta bancária sem o consentimento dos seus guardiões. A presença
de um guardião não é uma lei, mas se uma mulher se encontrar num hospital
ou num sítio público sem identificação ou sem o seu traje obrigatório as
autoridades podem exigir que um guardião as acompanhe. Na Arábia Saudita
consideram a presença de um guardião masculino um direito da mulher; as
próprias mulheres defendem, inclusive, que os guardiões lhes dão protecção e
amor.
As mulheres a favor de guardiães masculinos lançaram uma petição “O Meu
Guardião Sabe O Que É Melhor Para Mim” e exigiram que as mulheres que
defendiam a igualdade entre homens e mulheres fossem castigadas.
As mulheres não podem votar nem ser eleitas para exercer cargos políticos
elevados, assim como também não são autorizadas a conduzir (a Arábia
Saudita é o único país no mundo que proíbe as mulheres de conduzir).
Na Arábia, as mulheres usam uma vestimenta que cobre todo o corpo inclusive
a cara deixando apenas os olhos descobertos, pois ter apenas o rosto
destapado é considerado um acto de sedução.
A educação dada à população feminina é apenas religiosa, logo quando uma
mulher tem de arranjar um emprego (que só acontece quando se torna viúva e
não tem um homem na família que a sustente, ou quando o seu guardião
autoriza ou ordena que ela arranje um emprego) um dos únicos cargos que
pode ocupar é o de professora do ensino religioso.
“Acredito na igualdade de direitos para toda a gente de acordo com as suas
circunstâncias... As mulheres têm direitos, mas são baseados no nosso ponto
de vista das obrigações que têm na vida.” Dr. Saleh al-Sheikh, Ministro dos
Assuntos Islâmicos.