SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 27
Baixar para ler offline
1/35ULBRA Torres 2015 - Dipl.-Ing. M.Sc. Lennart Bertram Poehls
SUSTENTABILIDADE NO PROJETO DE ARQUITETURA
no partido, no projeto e depois da construção
1 / 45
INTRODUÇÃO
NECESSIDADES E RECURSOS
SUSTENTABILIDADE E ARQUITETURA
ENERGIA E CONFORTO
LIBERDADE E CONTROLE
COMPLEXIDADE E FINITUDE
CONCLUSÕES
INDICE
2 / 45ULBRA Torres 2015 - Dipl.-Ing. M.Sc. Lennart Bertram Poehls
ULBRA Torres 2015 - Dipl.-Ing. M.Sc. Lennart Bertram Poehls
INTRODUÇÃO
DIPL.-ING. M.SC. LENNART BERTRAM PÖHLS
natural de Hamburg, Alemanha
formado em arquitetura na
Technische Universität Carolo-Wilhelmina zu Braunschweig, Alemanha
intercâmbio no Politecnica di Torino, Italia
trabalho como arquiteto
Camerana&Partners, Torino, Italia 2006-2008
3 / 45
ULBRA Torres 2015 - Dipl.-Ing. M.Sc. Lennart Bertram Poehls
INTRODUÇÃO
DIPL.-ING. M.SC. LENNART BERTRAM PÖHLS
desde novembro 2008 em Porto Alegre
consultor (região sul do Brasil) para Vovendis Eco-consulting & Development
colaborações em Porto Alegre:
mestrado em arquitetura na UFRGS 2009-2012
doutorando em arquitetura na UFRGS desde 2013
4 / 45
ULBRA Torres 2015 - Dipl.-Ing. M.Sc. Lennart Bertram Poehls
INTRODUÇÃO
O QUE QUER DIZER SUSTENTABILIDADE?
Hans Carl von Carlowitz (1713)
Our Common Future / Brundtland Report (1987)
6 / 45
ULBRA Torres 2015 - Dipl.-Ing. M.Sc. Lennart Bertram Poehls
INTRODUÇÃO
QUAL É O ALVO DE SUSTENTABILIDADE?
“an attempt to bridge the gap between environmental concerns about
the increasingly evident ecological consequences of human activities
and socio-political concerns about human development issues”
[J. Robinson, “Squaring the circle? Some thoughts on the idea of sustainable development,” Ecol. Econ., vol. 48, no. 4, pp. 369–384, Apr. 2004.]
8 / 45
ULBRA Torres 2015 - Dipl.-Ing. M.Sc. Lennart Bertram Poehls
INTRODUÇÃO
COMO SE DEFINE SUSTENTABILIDADE?
a Comissão Mundial de Meio Ambiente e Desenvolvimento definiu o conceito como
a integração da questão da deterioração ambiental com
as questões de desenvolvimento humano
[G. H. Brundtland, “Our Common Future,” 1987.]
a utilização dos três pilares
(qualidade ecologica, qualidade economica e qualidade socio-cultural)
foi adaptado por várias entidades
[Bundesministerium für Verkehr Bau und Stadtentwicklung, “Leitfaden Nachhaltiges Bauen.” p. 170, 2013.]
9 / 45
ULBRA Torres 2015 - Dipl.-Ing. M.Sc. Lennart Bertram Poehls
NECESSIDADES E RECURSOS
QUAIS SÃO AS NECESSIDADES DE UMA ARQUITETURA?
o alvo primário da arquitetura é a proteção do ser humano das condições exteriores,
resultando no consumo de recursos e energia
11 / 45
ULBRA Torres 2015 - Dipl.-Ing. M.Sc. Lennart Bertram Poehls
NECESSIDADES E RECURSOS
RECURSOS
“[...] 40% more energy will be needed by 2040.”
[Gro Harlem Brundtland]
“[...] the global sum of subsidies for fossil fuels is 6x higher than that for renewable energies.”
[Gro Harlem Brundtland]
“Energy is the golden thread that connects economic growth, social equity, and environmental sustainability.”
[Ban Ki-moon]
13 / 45
ULBRA Torres 2015 - Dipl.-Ing. M.Sc. Lennart Bertram Poehls
NECESSIDADES E RECURSOS
QUAIS SÃO AS NECESSIDADES?
edificações representavam 46,7% do consumo total do Brasil em 2011
[R. Lamberts, L. Dutra, and F. O. R. Pereira, Efiviência Energética na Arquitetura, 3° edição. 2014, p. 382.]
27% dessa energia foi útilizada para refrigeração, 24% para a geração de água quente,
14% para a iluminação artificial e 20% para condicionamento do ar
[R. Lamberts, L. Dutra, and F. O. R. Pereira, Efiviência Energética na Arquitetura, 3° edição. 2014, p. 382.]
15 / 45
ULBRA Torres 2015 - Dipl.-Ing. M.Sc. Lennart Bertram Poehls
NECESSIDADES E RECURSOS
SOLUÇÕES
o balanço entre recursos empregados e necessidades obtidas
pode ser atingido através de três modos:
(1) redução dos recursos necessarios para obter as mesmas necessidades (otimização)
(2) redução das necessidades (adequação)
(3) combinação dos dois (trade-off)
17 / 45
ULBRA Torres 2015 - Dipl.-Ing. M.Sc. Lennart Bertram Poehls
SUSTENTABILIDADE E ARQUITETURA
PORQUE É UM PARADOXO?
por um lado, sustentabilidade pede a redução de impacto, de gastos energéticos e de recursos
por outro lado, arquitetura visa garantir o conforto e a proteção do ambiente
em combinação com a funcionalidade específica do projeto
19 / 45
ULBRA Torres 2015 - Dipl.-Ing. M.Sc. Lennart Bertram Poehls
SUSTENTABILIDADE E ARQUITETURA
COMO PODEMOS RESOLVER ESSE PARADOXO?
projeto orientado ao desempenho energético
estratégias passivas
estratégias ativas
21 / 45
ULBRA Torres 2015 - Dipl.-Ing. M.Sc. Lennart Bertram Poehls
SUSTENTABILIDADE E ARQUITETURA
QUANDO DEVEMOS RESOLVER ESSE PARADOXO?
mais cedo o problema é tratado, maior são os benefícios
em cada etapa do projeto tomamos importantes decisões que influenciam o desempenho final
de todos os aspectos da sustentabilidade relacionados à edificação
23 / 45
ULBRA Torres 2015 - Dipl.-Ing. M.Sc. Lennart Bertram Poehls
SUSTENTABILIDADE E ARQUITETURA
PORQUE ESSE PARADOXO JA NÃO FOI RESOLVIDO?
certificações / legislação
tecnologia disponível
professionais treinados
mercado receptivo
25 / 45
ULBRA Torres 2015 - Dipl.-Ing. M.Sc. Lennart Bertram Poehls
ENERGIA E CONFORTO
COMO MEDIR ENERGIA E CONFORTO?
dados qualitativos / dados quantitativos
conforto é subjetivo, individual e extremamente complexo
27 / 45
ULBRA Torres 2015 - Dipl.-Ing. M.Sc. Lennart Bertram Poehls
ENERGIA E CONFORTO
COMO SIMULAR ENERGIA E CONFORTO?
EnergyPlus, Autodesk Ecotect, Radience, etc.
os resultados de cada simulação dependem do modelo
“simular não é engenharia, simular é arte”
[Professor Paulo Otto Beyer]
28 / 45
ULBRA Torres 2015 - Dipl.-Ing. M.Sc. Lennart Bertram Poehls
LIBERDADE E CONTROLE
WICKED PROBLEMS
é comum, mas errado, assumir que problemas de design são sempre mal definidos,
enquanto problemas das engenharias são bem definidos
30 / 45
ULBRA Torres 2015 - Dipl.-Ing. M.Sc. Lennart Bertram Poehls
LIBERDADE E CONTROLE
WICKED PROBLEMS
essa ideia deriva do importante artigo de Rittel e Webber do ano 1973
[H. W. J. Rittel and M. M. Weber, “Dilemas in a General Theory of Planning,” Policy Sci., vol. 4, no. 2, pp. 155–169, 1973.]
“[…] contrary to common-enough talk where it is made to look as if
a problem domain is either all fully tame or all fully wicked,
with nothing in between [...]”
[R. Farrell and C. Hooker, “Design, science and wicked problems,” Des. Stud., vol. 34, no. 6, pp. 681–705, Nov. 2013.]
32 / 45
ULBRA Torres 2015 - Dipl.-Ing. M.Sc. Lennart Bertram Poehls
LIBERDADE E CONTROLE
INTEGRAÇÃO
os resultados da simulação, as restrições impostas pela sustentabilidade ou
as indicações das certificações aumentam o controle sobre o desempenho,
quando eles são integrados corretamente no processo criativo,
deixando assim as liberdades necessários para um resultado inovador
34 / 45
ULBRA Torres 2015 - Dipl.-Ing. M.Sc. Lennart Bertram Poehls
COMPLEXIDADE E FINITUDE
O QUE FAZ UM PROBLEMA SER RESOLVÍVEL?
Finitude: because a given problem has to be resolved with a limitation of resources
such as cognitive capacity, time or other and the resources are insufficient for an optimal solution
[R. Farrell and C. Hooker, “Design, science and wicked problems,” Des. Stud., vol. 34, no. 6, pp. 681–705, Nov. 2013.]
36 / 45
ULBRA Torres 2015 - Dipl.-Ing. M.Sc. Lennart Bertram Poehls
COMPLEXIDADE E FINITUDE
O QUE FAZ UM PROBLEMA SER RESOLVÍVEL?
Complexity: caused by the interactions between partially nested hierarchies in complex
systems causing the impossibility to distinguish between consequences of action or interaction
and to predict the outcome even with a given set of input
[R. Farrell and C. Hooker, “Design, science and wicked problems,” Des. Stud., vol. 34, no. 6, pp. 681–705, Nov. 2013.]
38 / 45
ULBRA Torres 2015 - Dipl.-Ing. M.Sc. Lennart Bertram Poehls
COMPLEXIDADE E FINITUDE
O QUE FAZ UM PROBLEMA SER RESOLVÍVEL?
Normativity: as rules that intertwine with and contradict
possible problem definitions as well as problem solutions
[R. Farrell and C. Hooker, “Design, science and wicked problems,” Des. Stud., vol. 34, no. 6, pp. 681–705, Nov. 2013.]
40 / 45
ULBRA Torres 2015 - Dipl.-Ing. M.Sc. Lennart Bertram Poehls
COMPLEXIDADE E FINITUDE
O QUE ISSO TEM A VER COM SUSTENTABILIDADE?
tanto o projeto arquitetônico quanto a sustentabilidade são complexos,
o nosso dinheiro, tempo e os recursos a disposição são limitados
e mesmo assim, queremos criar arquiteturas otimizadas, interessantes e agradáveis
42 / 45
ULBRA Torres 2015 - Dipl.-Ing. M.Sc. Lennart Bertram Poehls
CONCLUSÕES
MUDAR, INOVAR E OTIMIZAR PROCESSOS
é necessário assumir a responsabilidade pelos recursos e pelo uso conciente dos mesmos
é necessário aceitar que arquitetura nunca vai ser sustentável
é necessário termos o conhecimento e as ferramentas para simular e medir sustentabilidade
é necessário aprender à aplicar o conhecimento e as ferramentas o mais cedo possível
durante o processo de criação da forma
é necessário aceitar que não sabemos tudo e que precisamos de uma equipe
para resolver este tipo de complexidade
43 / 45
ULBRA Torres 2015 - Dipl.-Ing. M.Sc. Lennart Bertram Poehls
CONCLUSÕES
MUDAR, INOVAR E OTIMIZAR PROCESSOS
“Innovation is the whim of an elite before it becomes a need of the public.”
[Ludwig von Mises]
44 / 45
1/35
MUITO OBRIGADO PELA ATENÇÃO
45 / 45

Mais conteúdo relacionado

Destaque

Vida y obra de personalidades de la musica
Vida y obra de personalidades de la musicaVida y obra de personalidades de la musica
Vida y obra de personalidades de la musicaluzncv
 
Administración de empresas
Administración de empresasAdministración de empresas
Administración de empresasLariza Verónica
 
As olimpíadas 2016
As olimpíadas 2016 As olimpíadas 2016
As olimpíadas 2016 Nute JPA
 
Mutacaonova
MutacaonovaMutacaonova
Mutacaonovacamuege
 
Factores limitativos: accion conjunta de la temperatura y la humedad
Factores limitativos: accion conjunta de la temperatura y la humedadFactores limitativos: accion conjunta de la temperatura y la humedad
Factores limitativos: accion conjunta de la temperatura y la humedadmarcos farfan martinez
 
Kely mena 1° BGU E
Kely mena 1° BGU  EKely mena 1° BGU  E
Kely mena 1° BGU EStefi Gomez
 
Uso de las drogas y su prevenvión
Uso de las drogas y su prevenviónUso de las drogas y su prevenvión
Uso de las drogas y su prevenviónLariza Verónica
 
La educación según jhon dewey
La educación según jhon deweyLa educación según jhon dewey
La educación según jhon dewey962779174
 
La energía
La energía La energía
La energía daniel99s
 
Ejercicios de probabilidad
Ejercicios de probabilidadEjercicios de probabilidad
Ejercicios de probabilidadKaren Hernandz
 
Vida y obra de personalidades de la musica
Vida y obra de personalidades de la musicaVida y obra de personalidades de la musica
Vida y obra de personalidades de la musicaluzncv
 
Igetmania apre-ptpdf
Igetmania apre-ptpdfIgetmania apre-ptpdf
Igetmania apre-ptpdftriogeteasy
 

Destaque (17)

MBA Talk Marketing 2015
MBA Talk Marketing 2015MBA Talk Marketing 2015
MBA Talk Marketing 2015
 
Vida y obra de personalidades de la musica
Vida y obra de personalidades de la musicaVida y obra de personalidades de la musica
Vida y obra de personalidades de la musica
 
Administración de empresas
Administración de empresasAdministración de empresas
Administración de empresas
 
As olimpíadas 2016
As olimpíadas 2016 As olimpíadas 2016
As olimpíadas 2016
 
Mutacaonova
MutacaonovaMutacaonova
Mutacaonova
 
Newsletter B de Brincar n.º 18
Newsletter B de Brincar n.º 18Newsletter B de Brincar n.º 18
Newsletter B de Brincar n.º 18
 
Factores limitativos: accion conjunta de la temperatura y la humedad
Factores limitativos: accion conjunta de la temperatura y la humedadFactores limitativos: accion conjunta de la temperatura y la humedad
Factores limitativos: accion conjunta de la temperatura y la humedad
 
Kely mena 1° BGU E
Kely mena 1° BGU  EKely mena 1° BGU  E
Kely mena 1° BGU E
 
Uso de las drogas y su prevenvión
Uso de las drogas y su prevenviónUso de las drogas y su prevenvión
Uso de las drogas y su prevenvión
 
La educación según jhon dewey
La educación según jhon deweyLa educación según jhon dewey
La educación según jhon dewey
 
Lionel
LionelLionel
Lionel
 
La energía
La energía La energía
La energía
 
Ejercicios de probabilidad
Ejercicios de probabilidadEjercicios de probabilidad
Ejercicios de probabilidad
 
Vida y obra de personalidades de la musica
Vida y obra de personalidades de la musicaVida y obra de personalidades de la musica
Vida y obra de personalidades de la musica
 
Cesar Caraballo
Cesar CaraballoCesar Caraballo
Cesar Caraballo
 
Tratamiento agua calderas
Tratamiento agua calderasTratamiento agua calderas
Tratamiento agua calderas
 
Igetmania apre-ptpdf
Igetmania apre-ptpdfIgetmania apre-ptpdf
Igetmania apre-ptpdf
 

Semelhante a Arquitetura Sustentável: Equilíbrio entre Necessidades e Recursos

Parâmetros para garantia pci - Prevenção Incendio
Parâmetros para garantia pci - Prevenção IncendioParâmetros para garantia pci - Prevenção Incendio
Parâmetros para garantia pci - Prevenção IncendioPaulo H Bueno
 
Apostila basica-de-conforto-ambiental
Apostila basica-de-conforto-ambientalApostila basica-de-conforto-ambiental
Apostila basica-de-conforto-ambientalJho05
 
1 AULA - Conforto Ambiental.pptx
1 AULA - Conforto Ambiental.pptx1 AULA - Conforto Ambiental.pptx
1 AULA - Conforto Ambiental.pptxFilipeShockness
 
Impactos da Ineficiente Compatibilização de Projetos
Impactos da Ineficiente Compatibilização de ProjetosImpactos da Ineficiente Compatibilização de Projetos
Impactos da Ineficiente Compatibilização de ProjetosRodrigo Lucca
 

Semelhante a Arquitetura Sustentável: Equilíbrio entre Necessidades e Recursos (8)

Parâmetros para garantia pci - Prevenção Incendio
Parâmetros para garantia pci - Prevenção IncendioParâmetros para garantia pci - Prevenção Incendio
Parâmetros para garantia pci - Prevenção Incendio
 
Apostila basica-de-conforto-ambiental
Apostila basica-de-conforto-ambientalApostila basica-de-conforto-ambiental
Apostila basica-de-conforto-ambiental
 
O que é ser engenheiro?
O que é ser engenheiro?O que é ser engenheiro?
O que é ser engenheiro?
 
1 AULA - Conforto Ambiental.pptx
1 AULA - Conforto Ambiental.pptx1 AULA - Conforto Ambiental.pptx
1 AULA - Conforto Ambiental.pptx
 
Utc fs versus gestao de projecto
Utc fs versus gestao de projectoUtc fs versus gestao de projecto
Utc fs versus gestao de projecto
 
Green buildings
Green buildingsGreen buildings
Green buildings
 
Eficiência energética na arquitetura.
Eficiência energética na arquitetura.Eficiência energética na arquitetura.
Eficiência energética na arquitetura.
 
Impactos da Ineficiente Compatibilização de Projetos
Impactos da Ineficiente Compatibilização de ProjetosImpactos da Ineficiente Compatibilização de Projetos
Impactos da Ineficiente Compatibilização de Projetos
 

Arquitetura Sustentável: Equilíbrio entre Necessidades e Recursos

  • 1. 1/35ULBRA Torres 2015 - Dipl.-Ing. M.Sc. Lennart Bertram Poehls SUSTENTABILIDADE NO PROJETO DE ARQUITETURA no partido, no projeto e depois da construção 1 / 45
  • 2. INTRODUÇÃO NECESSIDADES E RECURSOS SUSTENTABILIDADE E ARQUITETURA ENERGIA E CONFORTO LIBERDADE E CONTROLE COMPLEXIDADE E FINITUDE CONCLUSÕES INDICE 2 / 45ULBRA Torres 2015 - Dipl.-Ing. M.Sc. Lennart Bertram Poehls
  • 3. ULBRA Torres 2015 - Dipl.-Ing. M.Sc. Lennart Bertram Poehls INTRODUÇÃO DIPL.-ING. M.SC. LENNART BERTRAM PÖHLS natural de Hamburg, Alemanha formado em arquitetura na Technische Universität Carolo-Wilhelmina zu Braunschweig, Alemanha intercâmbio no Politecnica di Torino, Italia trabalho como arquiteto Camerana&Partners, Torino, Italia 2006-2008 3 / 45
  • 4. ULBRA Torres 2015 - Dipl.-Ing. M.Sc. Lennart Bertram Poehls INTRODUÇÃO DIPL.-ING. M.SC. LENNART BERTRAM PÖHLS desde novembro 2008 em Porto Alegre consultor (região sul do Brasil) para Vovendis Eco-consulting & Development colaborações em Porto Alegre: mestrado em arquitetura na UFRGS 2009-2012 doutorando em arquitetura na UFRGS desde 2013 4 / 45
  • 5. ULBRA Torres 2015 - Dipl.-Ing. M.Sc. Lennart Bertram Poehls INTRODUÇÃO O QUE QUER DIZER SUSTENTABILIDADE? Hans Carl von Carlowitz (1713) Our Common Future / Brundtland Report (1987) 6 / 45
  • 6. ULBRA Torres 2015 - Dipl.-Ing. M.Sc. Lennart Bertram Poehls INTRODUÇÃO QUAL É O ALVO DE SUSTENTABILIDADE? “an attempt to bridge the gap between environmental concerns about the increasingly evident ecological consequences of human activities and socio-political concerns about human development issues” [J. Robinson, “Squaring the circle? Some thoughts on the idea of sustainable development,” Ecol. Econ., vol. 48, no. 4, pp. 369–384, Apr. 2004.] 8 / 45
  • 7. ULBRA Torres 2015 - Dipl.-Ing. M.Sc. Lennart Bertram Poehls INTRODUÇÃO COMO SE DEFINE SUSTENTABILIDADE? a Comissão Mundial de Meio Ambiente e Desenvolvimento definiu o conceito como a integração da questão da deterioração ambiental com as questões de desenvolvimento humano [G. H. Brundtland, “Our Common Future,” 1987.] a utilização dos três pilares (qualidade ecologica, qualidade economica e qualidade socio-cultural) foi adaptado por várias entidades [Bundesministerium für Verkehr Bau und Stadtentwicklung, “Leitfaden Nachhaltiges Bauen.” p. 170, 2013.] 9 / 45
  • 8. ULBRA Torres 2015 - Dipl.-Ing. M.Sc. Lennart Bertram Poehls NECESSIDADES E RECURSOS QUAIS SÃO AS NECESSIDADES DE UMA ARQUITETURA? o alvo primário da arquitetura é a proteção do ser humano das condições exteriores, resultando no consumo de recursos e energia 11 / 45
  • 9. ULBRA Torres 2015 - Dipl.-Ing. M.Sc. Lennart Bertram Poehls NECESSIDADES E RECURSOS RECURSOS “[...] 40% more energy will be needed by 2040.” [Gro Harlem Brundtland] “[...] the global sum of subsidies for fossil fuels is 6x higher than that for renewable energies.” [Gro Harlem Brundtland] “Energy is the golden thread that connects economic growth, social equity, and environmental sustainability.” [Ban Ki-moon] 13 / 45
  • 10. ULBRA Torres 2015 - Dipl.-Ing. M.Sc. Lennart Bertram Poehls NECESSIDADES E RECURSOS QUAIS SÃO AS NECESSIDADES? edificações representavam 46,7% do consumo total do Brasil em 2011 [R. Lamberts, L. Dutra, and F. O. R. Pereira, Efiviência Energética na Arquitetura, 3° edição. 2014, p. 382.] 27% dessa energia foi útilizada para refrigeração, 24% para a geração de água quente, 14% para a iluminação artificial e 20% para condicionamento do ar [R. Lamberts, L. Dutra, and F. O. R. Pereira, Efiviência Energética na Arquitetura, 3° edição. 2014, p. 382.] 15 / 45
  • 11. ULBRA Torres 2015 - Dipl.-Ing. M.Sc. Lennart Bertram Poehls NECESSIDADES E RECURSOS SOLUÇÕES o balanço entre recursos empregados e necessidades obtidas pode ser atingido através de três modos: (1) redução dos recursos necessarios para obter as mesmas necessidades (otimização) (2) redução das necessidades (adequação) (3) combinação dos dois (trade-off) 17 / 45
  • 12. ULBRA Torres 2015 - Dipl.-Ing. M.Sc. Lennart Bertram Poehls SUSTENTABILIDADE E ARQUITETURA PORQUE É UM PARADOXO? por um lado, sustentabilidade pede a redução de impacto, de gastos energéticos e de recursos por outro lado, arquitetura visa garantir o conforto e a proteção do ambiente em combinação com a funcionalidade específica do projeto 19 / 45
  • 13. ULBRA Torres 2015 - Dipl.-Ing. M.Sc. Lennart Bertram Poehls SUSTENTABILIDADE E ARQUITETURA COMO PODEMOS RESOLVER ESSE PARADOXO? projeto orientado ao desempenho energético estratégias passivas estratégias ativas 21 / 45
  • 14. ULBRA Torres 2015 - Dipl.-Ing. M.Sc. Lennart Bertram Poehls SUSTENTABILIDADE E ARQUITETURA QUANDO DEVEMOS RESOLVER ESSE PARADOXO? mais cedo o problema é tratado, maior são os benefícios em cada etapa do projeto tomamos importantes decisões que influenciam o desempenho final de todos os aspectos da sustentabilidade relacionados à edificação 23 / 45
  • 15. ULBRA Torres 2015 - Dipl.-Ing. M.Sc. Lennart Bertram Poehls SUSTENTABILIDADE E ARQUITETURA PORQUE ESSE PARADOXO JA NÃO FOI RESOLVIDO? certificações / legislação tecnologia disponível professionais treinados mercado receptivo 25 / 45
  • 16. ULBRA Torres 2015 - Dipl.-Ing. M.Sc. Lennart Bertram Poehls ENERGIA E CONFORTO COMO MEDIR ENERGIA E CONFORTO? dados qualitativos / dados quantitativos conforto é subjetivo, individual e extremamente complexo 27 / 45
  • 17. ULBRA Torres 2015 - Dipl.-Ing. M.Sc. Lennart Bertram Poehls ENERGIA E CONFORTO COMO SIMULAR ENERGIA E CONFORTO? EnergyPlus, Autodesk Ecotect, Radience, etc. os resultados de cada simulação dependem do modelo “simular não é engenharia, simular é arte” [Professor Paulo Otto Beyer] 28 / 45
  • 18. ULBRA Torres 2015 - Dipl.-Ing. M.Sc. Lennart Bertram Poehls LIBERDADE E CONTROLE WICKED PROBLEMS é comum, mas errado, assumir que problemas de design são sempre mal definidos, enquanto problemas das engenharias são bem definidos 30 / 45
  • 19. ULBRA Torres 2015 - Dipl.-Ing. M.Sc. Lennart Bertram Poehls LIBERDADE E CONTROLE WICKED PROBLEMS essa ideia deriva do importante artigo de Rittel e Webber do ano 1973 [H. W. J. Rittel and M. M. Weber, “Dilemas in a General Theory of Planning,” Policy Sci., vol. 4, no. 2, pp. 155–169, 1973.] “[…] contrary to common-enough talk where it is made to look as if a problem domain is either all fully tame or all fully wicked, with nothing in between [...]” [R. Farrell and C. Hooker, “Design, science and wicked problems,” Des. Stud., vol. 34, no. 6, pp. 681–705, Nov. 2013.] 32 / 45
  • 20. ULBRA Torres 2015 - Dipl.-Ing. M.Sc. Lennart Bertram Poehls LIBERDADE E CONTROLE INTEGRAÇÃO os resultados da simulação, as restrições impostas pela sustentabilidade ou as indicações das certificações aumentam o controle sobre o desempenho, quando eles são integrados corretamente no processo criativo, deixando assim as liberdades necessários para um resultado inovador 34 / 45
  • 21. ULBRA Torres 2015 - Dipl.-Ing. M.Sc. Lennart Bertram Poehls COMPLEXIDADE E FINITUDE O QUE FAZ UM PROBLEMA SER RESOLVÍVEL? Finitude: because a given problem has to be resolved with a limitation of resources such as cognitive capacity, time or other and the resources are insufficient for an optimal solution [R. Farrell and C. Hooker, “Design, science and wicked problems,” Des. Stud., vol. 34, no. 6, pp. 681–705, Nov. 2013.] 36 / 45
  • 22. ULBRA Torres 2015 - Dipl.-Ing. M.Sc. Lennart Bertram Poehls COMPLEXIDADE E FINITUDE O QUE FAZ UM PROBLEMA SER RESOLVÍVEL? Complexity: caused by the interactions between partially nested hierarchies in complex systems causing the impossibility to distinguish between consequences of action or interaction and to predict the outcome even with a given set of input [R. Farrell and C. Hooker, “Design, science and wicked problems,” Des. Stud., vol. 34, no. 6, pp. 681–705, Nov. 2013.] 38 / 45
  • 23. ULBRA Torres 2015 - Dipl.-Ing. M.Sc. Lennart Bertram Poehls COMPLEXIDADE E FINITUDE O QUE FAZ UM PROBLEMA SER RESOLVÍVEL? Normativity: as rules that intertwine with and contradict possible problem definitions as well as problem solutions [R. Farrell and C. Hooker, “Design, science and wicked problems,” Des. Stud., vol. 34, no. 6, pp. 681–705, Nov. 2013.] 40 / 45
  • 24. ULBRA Torres 2015 - Dipl.-Ing. M.Sc. Lennart Bertram Poehls COMPLEXIDADE E FINITUDE O QUE ISSO TEM A VER COM SUSTENTABILIDADE? tanto o projeto arquitetônico quanto a sustentabilidade são complexos, o nosso dinheiro, tempo e os recursos a disposição são limitados e mesmo assim, queremos criar arquiteturas otimizadas, interessantes e agradáveis 42 / 45
  • 25. ULBRA Torres 2015 - Dipl.-Ing. M.Sc. Lennart Bertram Poehls CONCLUSÕES MUDAR, INOVAR E OTIMIZAR PROCESSOS é necessário assumir a responsabilidade pelos recursos e pelo uso conciente dos mesmos é necessário aceitar que arquitetura nunca vai ser sustentável é necessário termos o conhecimento e as ferramentas para simular e medir sustentabilidade é necessário aprender à aplicar o conhecimento e as ferramentas o mais cedo possível durante o processo de criação da forma é necessário aceitar que não sabemos tudo e que precisamos de uma equipe para resolver este tipo de complexidade 43 / 45
  • 26. ULBRA Torres 2015 - Dipl.-Ing. M.Sc. Lennart Bertram Poehls CONCLUSÕES MUDAR, INOVAR E OTIMIZAR PROCESSOS “Innovation is the whim of an elite before it becomes a need of the public.” [Ludwig von Mises] 44 / 45
  • 27. 1/35 MUITO OBRIGADO PELA ATENÇÃO 45 / 45