SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 5
Baixar para ler offline
Resenha do capítulo

   Música na terra paulista: da viola caipira à guitarra elétrica
 ( no 3° Vol. “Manifestações artísticas e celebrações populares no estado de São Paulo” da coleção Terra Paulista)

                                           de   Alberto T. Ikeda




                                                              por Carlos Roberto Prestes Lopes




IKEDA, Alberto T. Música na terra paulista: da viola caipira À guitarra elétrica in Manifestações
artísticas e celebrações populares no estado de São Paulo. São Paulo: Imprensa Oficial, 2004.
( Vol 3, coleção Terra Paulista)
                                                               acesse o site do Terra Paulista clicando aqui
- Resenha -    2
                                           Música na terra paulista: da viola caipira à guitarra elétrica
                                                                                         Alberto T. Ikeda
Introdução


Ao olhar para o panorama paulista, é possível identificar várias modalidades de música e
manifestações culturais paulistas:
            Música dos índios;
            Música dos grupos negros;
            Músicas populares diversas;
            Músicas consideradas como folclóricas, das danças, folguedos e rituais tradicionais;
            Música erudita de concerto


Nesta introdução, o autor brevemente ressalta que mesmo identificando certo compositor ou
personagem com alguma destas manifestações, muitas vezes ele participa de vários cenários, e
que mesmo datando e indicando alguns fatos, as manifestações muitas vezes não têm data certa
de começo ou fim, já que são parte de uma cultura viva, onde tendências e modalidades se
misturam criando novas formas de manifestação.




A música na Paulistânia


Neste texto, porém, a busca por uma modalidade de música genuinamente paulista restringe a
pesquisa à música popular de tradição oral acompanhada da viola caipira, que tem suas origens
na formação histórica de São Paulo. Tendo se espalhado por uma vasta região denominada
Paulistânia (que compreende o estado de São Paulo e regiões de Minas Gerais, Paraná, Mato
Grosso, Mato grosso do Sul e Goiás), com o tempo esta música adquiriu o caráter singular de
cada local, configurando diferentes expressões culturais. Não há a pretensão de adentrar nas
músicas que influenciaram a caipira, mas sim relacioná-las e apontar algumas características.
A música caipira teve início com as práticas musicais trazidas pelos portugueses, e foi aos poucos
adquirindo traços da musicalidade indígena e posteriormente da música africana. Mesmo este
processo tendo levado séculos, ele não foi pacífico nem natural, tendo recebido influências de
interesses políticos e assim sendo usado como forma de impor formas de “ver o mundo”.
Exemplos desse processo, o Cururu e a Catira são manifestações que se originaram da catequese
dos jesuítas com os indígenas.
Tendo recebido influências em vários momentos e por vários povos e interesses diferentes, a
música caipira popularizou-se na década de 1920, com a chegada do rádio e as primeiras
gravações.




© Carlos Roberto Prestes Lopes - 2009
- Resenha -    3
                                           Música na terra paulista: da viola caipira à guitarra elétrica
                                                                                         Alberto T. Ikeda
A cultura e a música caipiras


A expressão “caipira” neste artigo refere-se cultura de tradição paulista, e não tem nenhuma
ligação com o aspecto pejorativo preconceituoso ligado a esta.
A música caipira tem forte ligação com a utilidade dela, seja nas festas anuais, práticas religiosas,
no trabalho e na vida, como elemento do cotidiano caipira, seja ele em momentos coletivos
(muito mais encontrado) ou individuais. As festas mais encontradas em São Paulo são as do
Divino e dos Santos Reis, as de São Benedito e Nossa Senhora do Rosário, e as festas juninas (dos
santos de Junho).
Dentre as músicas praticadas nestas festas, podemos encontrar principalmente “folguedos
dramáticos, como a Congada, o Moçambique e o Caiapó”, “Danças como o Catira, o Cateretê, o
Fandango, o Jongo, o Batuque, alguns tipos de samba e outras”.
As músicas praticadas nas atividades de trabalho grupal têm a sua fórmula definida pela cantoria
em duplas de quadras improvisadas, desafiando as outras duplas. Após a execução do trabalho,
segue-se uma festa, onde podem ser encontradas as seguintes manifestações “o catira, a cana-
verde, a ciranda, a dança do caranguejo e outras”, às quais também podem ser encontradas em
diferentes festas profanas como as do carnaval e de cortejo de blocos. Há também os ofícios
religiosos de tradição africana, que deram origem aos Sambas, Congadas e Moçambiques.




Celebrações da memória


As festas e manifestações populares podem ser entendidas como momentos de identificação
coletiva e integração do grupo, onde a música é elemento que solidifica este sensação de
pertencimento do grupo, portanto podemos ver estas práticas como reflexo e representação dos
valores daquela comunidade.
Há alguns ritmos que se configuraram como expressão destacada de suas festas e práticas, como
o “cururu, o catira, o arrasta-pé (polca) e o xótis (xote)[...], a toada e a moda de viola[...e
finalmente] o pagode caipira”, todos gêneros musicais que se foram associados com a indústria
da música sertaneja.




Da música caipira à música sertaneja


Com o início de sua projeção por volta de 1910 através de diversas apresentações na capital
paulista, a música caipira era apresentada juntamente com a “contação” de causos e outras
formas de retratar a vida caipira. Após esta divulgação inicial, em 1929 foram gravados os


© Carlos Roberto Prestes Lopes - 2009
- Resenha -    4
                                          Música na terra paulista: da viola caipira à guitarra elétrica
                                                                                        Alberto T. Ikeda
primeiros discos de música caipira, fazendo aparecer várias outras gravações, atraídas pelo
sucesso comercial da pioneira Turma Caipira Cornélio Pires. Já em 1929, o sucesso atrai grandes
gravadoras, divulgando a música caipira através de discos de distribuição nacional. E é através
deste processo que a música caipira se desvincula de suas práticas, configurando-se agora como
manifestação artístico-cultural para audição.
A expressão sertaneja, aplicado antes à música regional nordestina e ao sertanejo chegado do
interior, consagrou-se por volta de 1910 em parcerias entre nordestinos e caipiras. E foi se
distanciando da cultura caipira, recebendo influências diversas e desconectada da sua função
comunitária.




Ritmos latino-americanos e a invasão dos caubóis


A partir de 1940 é possível notar uma aceleração da modificação da música caipira (agora
chamada sertaneja), através de inclusão ritmos brasileiros e estrangeiros, como a Polca
Paraguaia, e ritmos mexicanos. Na década de 1960, a música caipira começou a receber
influências norte-americana, do rock e da vida urbana. E com este ambiente é que a música
caipira tomou proporções de sucesso nacional e internacional, com grandes vendagens das
“duplas jovens” (como Chitãozinho e Xororó)
Em 1980, outra onda de influência norte-americana atingiu a música caipira com a música e
trejeitos country dos rodeios.




A onda country


A onda country norte-americana, surgida por volta de 1985 foi fortemente impulsionada pelo
grande comércio que os rodeios, feiras agropecuárias e todo este universo geravam, mexendo
principalmente com música, vestuário e dança.
Na década de 1990, as “duplas sertanejas foram o mais importante segmento comercial da
música popular brasileira”, já com a música totalmente distanciada de suas origens.




A música sertaneja “de raiz” e os violeiros


Como resposta a estas fortes influências e à descaracterização da música caipira, houve um
movimento de resgate dos padrões autênticos da música local, ficando conhecida como música
“de raiz”. Tem como seus grandes nomes a cantora Inezita Barroso, que apresenta o programa

© Carlos Roberto Prestes Lopes - 2009
- Resenha -    5
                                        Música na terra paulista: da viola caipira à guitarra elétrica
                                                                                      Alberto T. Ikeda
“Viola, minha viola” desde 1980 na TV Cultura de São Paulo, e o compositor e contador de causos
Rolando Boldrin. Este movimento ficou caracterizado pela revalorização da viola caipira, agora
também como instrumento solista




Considerações finais


Ao procurar nas regiões “caipiras”, hoje em dia iremos encontrar como característica forte a
música das “duplas jovens”, já desligada da vida e forma original. Se pegarmos as primeiras
gravações de 1929 e as gravações atuais, encontraremos poucos elementos em comum.
Mesmo podendo se modificar com o tempo, a música caipira original manteve-se pouco alterada,
ainda ligada a suas práticas e manifestações culturais.
“De qualquer modo, todas as vertentes se revelam fundamentalmente como fenômeno paulista
e da região de sua influência histórica.” Tal fato pode confirmado pela procedência de seus
atores da região paulistânia.




© Carlos Roberto Prestes Lopes - 2009

Mais conteúdo relacionado

Destaque

Uddrag om passion og integritet tommy kjær lassen
Uddrag om passion og integritet tommy kjær lassenUddrag om passion og integritet tommy kjær lassen
Uddrag om passion og integritet tommy kjær lassenTommy Kjær Lassen
 
Aparatos de mando t control
Aparatos de mando t controlAparatos de mando t control
Aparatos de mando t controlAndres Aldana
 
Uddrag af seminar om søren kierkegaard og det personlige lederskab maj 2013
Uddrag af seminar om søren kierkegaard og det personlige lederskab maj 2013Uddrag af seminar om søren kierkegaard og det personlige lederskab maj 2013
Uddrag af seminar om søren kierkegaard og det personlige lederskab maj 2013Tommy Kjær Lassen
 
Sustainable Agriculture and Water Scarcity: Drivers and the Corporate Agenda
Sustainable Agriculture and Water Scarcity: Drivers and the Corporate AgendaSustainable Agriculture and Water Scarcity: Drivers and the Corporate Agenda
Sustainable Agriculture and Water Scarcity: Drivers and the Corporate AgendaInnovation Forum Publishing
 
Peacemapping 101
Peacemapping 101Peacemapping 101
Peacemapping 101hoogwater
 
Designing for Serendipity: Discovery & Personalization in AR
Designing for Serendipity: Discovery & Personalization in ARDesigning for Serendipity: Discovery & Personalization in AR
Designing for Serendipity: Discovery & Personalization in ARDAQRI
 
So, can I use that or not? Navigating rights, reproductions, and risk in an O...
So, can I use that or not? Navigating rights, reproductions, and risk in an O...So, can I use that or not? Navigating rights, reproductions, and risk in an O...
So, can I use that or not? Navigating rights, reproductions, and risk in an O...Simon Tanner
 
Chapter 12.1 molecular genetics
Chapter 12.1 molecular geneticsChapter 12.1 molecular genetics
Chapter 12.1 molecular geneticsValerie Evans
 
AgustíN Ibarrola
AgustíN    IbarrolaAgustíN    Ibarrola
AgustíN Ibarrolaedusg
 
سيرة ذاتية-أحمد الحطبة
سيرة ذاتية-أحمد الحطبةسيرة ذاتية-أحمد الحطبة
سيرة ذاتية-أحمد الحطبةahmad alhatabeh
 

Destaque (16)

Programacion semana del emprendimiento
Programacion semana del emprendimientoProgramacion semana del emprendimiento
Programacion semana del emprendimiento
 
Uddrag om passion og integritet tommy kjær lassen
Uddrag om passion og integritet tommy kjær lassenUddrag om passion og integritet tommy kjær lassen
Uddrag om passion og integritet tommy kjær lassen
 
Aparatos de mando t control
Aparatos de mando t controlAparatos de mando t control
Aparatos de mando t control
 
Uddrag af seminar om søren kierkegaard og det personlige lederskab maj 2013
Uddrag af seminar om søren kierkegaard og det personlige lederskab maj 2013Uddrag af seminar om søren kierkegaard og det personlige lederskab maj 2013
Uddrag af seminar om søren kierkegaard og det personlige lederskab maj 2013
 
Sustainable Agriculture and Water Scarcity: Drivers and the Corporate Agenda
Sustainable Agriculture and Water Scarcity: Drivers and the Corporate AgendaSustainable Agriculture and Water Scarcity: Drivers and the Corporate Agenda
Sustainable Agriculture and Water Scarcity: Drivers and the Corporate Agenda
 
L'orange - SP
L'orange - SPL'orange - SP
L'orange - SP
 
Social media for boards
Social media for boardsSocial media for boards
Social media for boards
 
Peacemapping 101
Peacemapping 101Peacemapping 101
Peacemapping 101
 
Designing for Serendipity: Discovery & Personalization in AR
Designing for Serendipity: Discovery & Personalization in ARDesigning for Serendipity: Discovery & Personalization in AR
Designing for Serendipity: Discovery & Personalization in AR
 
So, can I use that or not? Navigating rights, reproductions, and risk in an O...
So, can I use that or not? Navigating rights, reproductions, and risk in an O...So, can I use that or not? Navigating rights, reproductions, and risk in an O...
So, can I use that or not? Navigating rights, reproductions, and risk in an O...
 
Chapter 12.1 molecular genetics
Chapter 12.1 molecular geneticsChapter 12.1 molecular genetics
Chapter 12.1 molecular genetics
 
AgustíN Ibarrola
AgustíN    IbarrolaAgustíN    Ibarrola
AgustíN Ibarrola
 
CCAFS policy initiatives and research in Uganda and Kenya
CCAFS policy initiatives and research in Uganda and KenyaCCAFS policy initiatives and research in Uganda and Kenya
CCAFS policy initiatives and research in Uganda and Kenya
 
سيرة ذاتية-أحمد الحطبة
سيرة ذاتية-أحمد الحطبةسيرة ذاتية-أحمد الحطبة
سيرة ذاتية-أحمد الحطبة
 
The need for effective gender responsiveness in the face of climate change in...
The need for effective gender responsiveness in the face of climate change in...The need for effective gender responsiveness in the face of climate change in...
The need for effective gender responsiveness in the face of climate change in...
 
Hearts, then Charts
Hearts, then ChartsHearts, then Charts
Hearts, then Charts
 

Mais de CarlosEdMusical

"Para uma educação sonora - 100 exercícios de audição e produção sonora" de M...
"Para uma educação sonora - 100 exercícios de audição e produção sonora" de M..."Para uma educação sonora - 100 exercícios de audição e produção sonora" de M...
"Para uma educação sonora - 100 exercícios de audição e produção sonora" de M...CarlosEdMusical
 
Resenha celebrações populares paulistas - do popular ao profano
Resenha   celebrações populares paulistas - do popular ao profanoResenha   celebrações populares paulistas - do popular ao profano
Resenha celebrações populares paulistas - do popular ao profanoCarlosEdMusical
 
Representação gráfica da forma musical
Representação gráfica da forma musicalRepresentação gráfica da forma musical
Representação gráfica da forma musicalCarlosEdMusical
 
Relato de atividade representação gráfica do som com filme fantasia
Relato de atividade   representação gráfica do som com filme fantasiaRelato de atividade   representação gráfica do som com filme fantasia
Relato de atividade representação gráfica do som com filme fantasiaCarlosEdMusical
 
Recnei música - quadro sinótico
Recnei   música - quadro sinóticoRecnei   música - quadro sinótico
Recnei música - quadro sinóticoCarlosEdMusical
 
Recnei movimento - quadro sinótico
Recnei   movimento - quadro sinóticoRecnei   movimento - quadro sinótico
Recnei movimento - quadro sinóticoCarlosEdMusical
 
Carlos r p lopes tcc - unesp 2009-v2
Carlos r p lopes   tcc - unesp 2009-v2Carlos r p lopes   tcc - unesp 2009-v2
Carlos r p lopes tcc - unesp 2009-v2CarlosEdMusical
 
Brito, teca a.música na educação infantil resenha
Brito, teca a.música na educação infantil   resenhaBrito, teca a.música na educação infantil   resenha
Brito, teca a.música na educação infantil resenhaCarlosEdMusical
 

Mais de CarlosEdMusical (8)

"Para uma educação sonora - 100 exercícios de audição e produção sonora" de M...
"Para uma educação sonora - 100 exercícios de audição e produção sonora" de M..."Para uma educação sonora - 100 exercícios de audição e produção sonora" de M...
"Para uma educação sonora - 100 exercícios de audição e produção sonora" de M...
 
Resenha celebrações populares paulistas - do popular ao profano
Resenha   celebrações populares paulistas - do popular ao profanoResenha   celebrações populares paulistas - do popular ao profano
Resenha celebrações populares paulistas - do popular ao profano
 
Representação gráfica da forma musical
Representação gráfica da forma musicalRepresentação gráfica da forma musical
Representação gráfica da forma musical
 
Relato de atividade representação gráfica do som com filme fantasia
Relato de atividade   representação gráfica do som com filme fantasiaRelato de atividade   representação gráfica do som com filme fantasia
Relato de atividade representação gráfica do som com filme fantasia
 
Recnei música - quadro sinótico
Recnei   música - quadro sinóticoRecnei   música - quadro sinótico
Recnei música - quadro sinótico
 
Recnei movimento - quadro sinótico
Recnei   movimento - quadro sinóticoRecnei   movimento - quadro sinótico
Recnei movimento - quadro sinótico
 
Carlos r p lopes tcc - unesp 2009-v2
Carlos r p lopes   tcc - unesp 2009-v2Carlos r p lopes   tcc - unesp 2009-v2
Carlos r p lopes tcc - unesp 2009-v2
 
Brito, teca a.música na educação infantil resenha
Brito, teca a.música na educação infantil   resenhaBrito, teca a.música na educação infantil   resenha
Brito, teca a.música na educação infantil resenha
 

Último

INTERTEXTUALIDADE atividade muito boa para
INTERTEXTUALIDADE   atividade muito boa paraINTERTEXTUALIDADE   atividade muito boa para
INTERTEXTUALIDADE atividade muito boa paraAndreaPassosMascaren
 
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...azulassessoria9
 
tensoes-etnicas-na-europa-template-1.pptx
tensoes-etnicas-na-europa-template-1.pptxtensoes-etnicas-na-europa-template-1.pptx
tensoes-etnicas-na-europa-template-1.pptxgia0123
 
Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM POLÍGON...
Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM  POLÍGON...Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM  POLÍGON...
Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM POLÍGON...marcelafinkler
 
apostila filosofia 1 ano 1s (1).pdf 1 ANO DO ENSINO MEDIO . CONCEITOSE CARAC...
apostila filosofia 1 ano  1s (1).pdf 1 ANO DO ENSINO MEDIO . CONCEITOSE CARAC...apostila filosofia 1 ano  1s (1).pdf 1 ANO DO ENSINO MEDIO . CONCEITOSE CARAC...
apostila filosofia 1 ano 1s (1).pdf 1 ANO DO ENSINO MEDIO . CONCEITOSE CARAC...SileideDaSilvaNascim
 
Pesquisa Ação René Barbier Livro acadêmico
Pesquisa Ação René Barbier Livro  acadêmicoPesquisa Ação René Barbier Livro  acadêmico
Pesquisa Ação René Barbier Livro acadêmicolourivalcaburite
 
Aula 67 e 68 Robótica 8º ano Experimentando variações da matriz de Led
Aula 67 e 68 Robótica 8º ano Experimentando variações da matriz de LedAula 67 e 68 Robótica 8º ano Experimentando variações da matriz de Led
Aula 67 e 68 Robótica 8º ano Experimentando variações da matriz de LedJaquelineBertagliaCe
 
MESTRES DA CULTURA DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
MESTRES DA CULTURA DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfMESTRES DA CULTURA DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
MESTRES DA CULTURA DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfprofesfrancleite
 
Slides Lição 06, Central Gospel, O Anticristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 06, Central Gospel, O Anticristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 06, Central Gospel, O Anticristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 06, Central Gospel, O Anticristo, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 2)
Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 2)Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 2)
Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 2)Centro Jacques Delors
 
República Velha (República da Espada e Oligárquica)-Sala de Aula.pdf
República Velha (República da Espada e Oligárquica)-Sala de Aula.pdfRepública Velha (República da Espada e Oligárquica)-Sala de Aula.pdf
República Velha (República da Espada e Oligárquica)-Sala de Aula.pdfLidianeLill2
 
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptxEducação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptxMarcosLemes28
 
Caderno de exercícios Revisão para o ENEM (1).pdf
Caderno de exercícios Revisão para o ENEM (1).pdfCaderno de exercícios Revisão para o ENEM (1).pdf
Caderno de exercícios Revisão para o ENEM (1).pdfJuliana Barbosa
 
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...andreiavys
 
Questões de Língua Portuguesa - gincana da LP
Questões de Língua Portuguesa - gincana da LPQuestões de Língua Portuguesa - gincana da LP
Questões de Língua Portuguesa - gincana da LPEli Gonçalves
 
Acessibilidade, inclusão e valorização da diversidade
Acessibilidade, inclusão e valorização da diversidadeAcessibilidade, inclusão e valorização da diversidade
Acessibilidade, inclusão e valorização da diversidadeLEONIDES PEREIRA DE SOUZA
 
Aprender as diferentes formas de classificar as habilidades motoras é de extr...
Aprender as diferentes formas de classificar as habilidades motoras é de extr...Aprender as diferentes formas de classificar as habilidades motoras é de extr...
Aprender as diferentes formas de classificar as habilidades motoras é de extr...azulassessoria9
 
aprendizagem significatica, teórico David Ausubel
aprendizagem significatica, teórico David Ausubelaprendizagem significatica, teórico David Ausubel
aprendizagem significatica, teórico David Ausubeladrianaguedesbatista
 
Falando de Física Quântica apresentação introd
Falando de Física Quântica apresentação introdFalando de Física Quântica apresentação introd
Falando de Física Quântica apresentação introdLeonardoDeOliveiraLu2
 
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...marcelafinkler
 

Último (20)

INTERTEXTUALIDADE atividade muito boa para
INTERTEXTUALIDADE   atividade muito boa paraINTERTEXTUALIDADE   atividade muito boa para
INTERTEXTUALIDADE atividade muito boa para
 
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
 
tensoes-etnicas-na-europa-template-1.pptx
tensoes-etnicas-na-europa-template-1.pptxtensoes-etnicas-na-europa-template-1.pptx
tensoes-etnicas-na-europa-template-1.pptx
 
Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM POLÍGON...
Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM  POLÍGON...Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM  POLÍGON...
Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM POLÍGON...
 
apostila filosofia 1 ano 1s (1).pdf 1 ANO DO ENSINO MEDIO . CONCEITOSE CARAC...
apostila filosofia 1 ano  1s (1).pdf 1 ANO DO ENSINO MEDIO . CONCEITOSE CARAC...apostila filosofia 1 ano  1s (1).pdf 1 ANO DO ENSINO MEDIO . CONCEITOSE CARAC...
apostila filosofia 1 ano 1s (1).pdf 1 ANO DO ENSINO MEDIO . CONCEITOSE CARAC...
 
Pesquisa Ação René Barbier Livro acadêmico
Pesquisa Ação René Barbier Livro  acadêmicoPesquisa Ação René Barbier Livro  acadêmico
Pesquisa Ação René Barbier Livro acadêmico
 
Aula 67 e 68 Robótica 8º ano Experimentando variações da matriz de Led
Aula 67 e 68 Robótica 8º ano Experimentando variações da matriz de LedAula 67 e 68 Robótica 8º ano Experimentando variações da matriz de Led
Aula 67 e 68 Robótica 8º ano Experimentando variações da matriz de Led
 
MESTRES DA CULTURA DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
MESTRES DA CULTURA DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfMESTRES DA CULTURA DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
MESTRES DA CULTURA DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
 
Slides Lição 06, Central Gospel, O Anticristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 06, Central Gospel, O Anticristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 06, Central Gospel, O Anticristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 06, Central Gospel, O Anticristo, 1Tr24.pptx
 
Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 2)
Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 2)Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 2)
Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 2)
 
República Velha (República da Espada e Oligárquica)-Sala de Aula.pdf
República Velha (República da Espada e Oligárquica)-Sala de Aula.pdfRepública Velha (República da Espada e Oligárquica)-Sala de Aula.pdf
República Velha (República da Espada e Oligárquica)-Sala de Aula.pdf
 
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptxEducação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
 
Caderno de exercícios Revisão para o ENEM (1).pdf
Caderno de exercícios Revisão para o ENEM (1).pdfCaderno de exercícios Revisão para o ENEM (1).pdf
Caderno de exercícios Revisão para o ENEM (1).pdf
 
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
 
Questões de Língua Portuguesa - gincana da LP
Questões de Língua Portuguesa - gincana da LPQuestões de Língua Portuguesa - gincana da LP
Questões de Língua Portuguesa - gincana da LP
 
Acessibilidade, inclusão e valorização da diversidade
Acessibilidade, inclusão e valorização da diversidadeAcessibilidade, inclusão e valorização da diversidade
Acessibilidade, inclusão e valorização da diversidade
 
Aprender as diferentes formas de classificar as habilidades motoras é de extr...
Aprender as diferentes formas de classificar as habilidades motoras é de extr...Aprender as diferentes formas de classificar as habilidades motoras é de extr...
Aprender as diferentes formas de classificar as habilidades motoras é de extr...
 
aprendizagem significatica, teórico David Ausubel
aprendizagem significatica, teórico David Ausubelaprendizagem significatica, teórico David Ausubel
aprendizagem significatica, teórico David Ausubel
 
Falando de Física Quântica apresentação introd
Falando de Física Quântica apresentação introdFalando de Física Quântica apresentação introd
Falando de Física Quântica apresentação introd
 
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
 

Música na terra paulista: da viola caipira à guitarra elétrica - Resenha

  • 1. Resenha do capítulo Música na terra paulista: da viola caipira à guitarra elétrica ( no 3° Vol. “Manifestações artísticas e celebrações populares no estado de São Paulo” da coleção Terra Paulista) de Alberto T. Ikeda por Carlos Roberto Prestes Lopes IKEDA, Alberto T. Música na terra paulista: da viola caipira À guitarra elétrica in Manifestações artísticas e celebrações populares no estado de São Paulo. São Paulo: Imprensa Oficial, 2004. ( Vol 3, coleção Terra Paulista) acesse o site do Terra Paulista clicando aqui
  • 2. - Resenha - 2 Música na terra paulista: da viola caipira à guitarra elétrica Alberto T. Ikeda Introdução Ao olhar para o panorama paulista, é possível identificar várias modalidades de música e manifestações culturais paulistas:  Música dos índios;  Música dos grupos negros;  Músicas populares diversas;  Músicas consideradas como folclóricas, das danças, folguedos e rituais tradicionais;  Música erudita de concerto Nesta introdução, o autor brevemente ressalta que mesmo identificando certo compositor ou personagem com alguma destas manifestações, muitas vezes ele participa de vários cenários, e que mesmo datando e indicando alguns fatos, as manifestações muitas vezes não têm data certa de começo ou fim, já que são parte de uma cultura viva, onde tendências e modalidades se misturam criando novas formas de manifestação. A música na Paulistânia Neste texto, porém, a busca por uma modalidade de música genuinamente paulista restringe a pesquisa à música popular de tradição oral acompanhada da viola caipira, que tem suas origens na formação histórica de São Paulo. Tendo se espalhado por uma vasta região denominada Paulistânia (que compreende o estado de São Paulo e regiões de Minas Gerais, Paraná, Mato Grosso, Mato grosso do Sul e Goiás), com o tempo esta música adquiriu o caráter singular de cada local, configurando diferentes expressões culturais. Não há a pretensão de adentrar nas músicas que influenciaram a caipira, mas sim relacioná-las e apontar algumas características. A música caipira teve início com as práticas musicais trazidas pelos portugueses, e foi aos poucos adquirindo traços da musicalidade indígena e posteriormente da música africana. Mesmo este processo tendo levado séculos, ele não foi pacífico nem natural, tendo recebido influências de interesses políticos e assim sendo usado como forma de impor formas de “ver o mundo”. Exemplos desse processo, o Cururu e a Catira são manifestações que se originaram da catequese dos jesuítas com os indígenas. Tendo recebido influências em vários momentos e por vários povos e interesses diferentes, a música caipira popularizou-se na década de 1920, com a chegada do rádio e as primeiras gravações. © Carlos Roberto Prestes Lopes - 2009
  • 3. - Resenha - 3 Música na terra paulista: da viola caipira à guitarra elétrica Alberto T. Ikeda A cultura e a música caipiras A expressão “caipira” neste artigo refere-se cultura de tradição paulista, e não tem nenhuma ligação com o aspecto pejorativo preconceituoso ligado a esta. A música caipira tem forte ligação com a utilidade dela, seja nas festas anuais, práticas religiosas, no trabalho e na vida, como elemento do cotidiano caipira, seja ele em momentos coletivos (muito mais encontrado) ou individuais. As festas mais encontradas em São Paulo são as do Divino e dos Santos Reis, as de São Benedito e Nossa Senhora do Rosário, e as festas juninas (dos santos de Junho). Dentre as músicas praticadas nestas festas, podemos encontrar principalmente “folguedos dramáticos, como a Congada, o Moçambique e o Caiapó”, “Danças como o Catira, o Cateretê, o Fandango, o Jongo, o Batuque, alguns tipos de samba e outras”. As músicas praticadas nas atividades de trabalho grupal têm a sua fórmula definida pela cantoria em duplas de quadras improvisadas, desafiando as outras duplas. Após a execução do trabalho, segue-se uma festa, onde podem ser encontradas as seguintes manifestações “o catira, a cana- verde, a ciranda, a dança do caranguejo e outras”, às quais também podem ser encontradas em diferentes festas profanas como as do carnaval e de cortejo de blocos. Há também os ofícios religiosos de tradição africana, que deram origem aos Sambas, Congadas e Moçambiques. Celebrações da memória As festas e manifestações populares podem ser entendidas como momentos de identificação coletiva e integração do grupo, onde a música é elemento que solidifica este sensação de pertencimento do grupo, portanto podemos ver estas práticas como reflexo e representação dos valores daquela comunidade. Há alguns ritmos que se configuraram como expressão destacada de suas festas e práticas, como o “cururu, o catira, o arrasta-pé (polca) e o xótis (xote)[...], a toada e a moda de viola[...e finalmente] o pagode caipira”, todos gêneros musicais que se foram associados com a indústria da música sertaneja. Da música caipira à música sertaneja Com o início de sua projeção por volta de 1910 através de diversas apresentações na capital paulista, a música caipira era apresentada juntamente com a “contação” de causos e outras formas de retratar a vida caipira. Após esta divulgação inicial, em 1929 foram gravados os © Carlos Roberto Prestes Lopes - 2009
  • 4. - Resenha - 4 Música na terra paulista: da viola caipira à guitarra elétrica Alberto T. Ikeda primeiros discos de música caipira, fazendo aparecer várias outras gravações, atraídas pelo sucesso comercial da pioneira Turma Caipira Cornélio Pires. Já em 1929, o sucesso atrai grandes gravadoras, divulgando a música caipira através de discos de distribuição nacional. E é através deste processo que a música caipira se desvincula de suas práticas, configurando-se agora como manifestação artístico-cultural para audição. A expressão sertaneja, aplicado antes à música regional nordestina e ao sertanejo chegado do interior, consagrou-se por volta de 1910 em parcerias entre nordestinos e caipiras. E foi se distanciando da cultura caipira, recebendo influências diversas e desconectada da sua função comunitária. Ritmos latino-americanos e a invasão dos caubóis A partir de 1940 é possível notar uma aceleração da modificação da música caipira (agora chamada sertaneja), através de inclusão ritmos brasileiros e estrangeiros, como a Polca Paraguaia, e ritmos mexicanos. Na década de 1960, a música caipira começou a receber influências norte-americana, do rock e da vida urbana. E com este ambiente é que a música caipira tomou proporções de sucesso nacional e internacional, com grandes vendagens das “duplas jovens” (como Chitãozinho e Xororó) Em 1980, outra onda de influência norte-americana atingiu a música caipira com a música e trejeitos country dos rodeios. A onda country A onda country norte-americana, surgida por volta de 1985 foi fortemente impulsionada pelo grande comércio que os rodeios, feiras agropecuárias e todo este universo geravam, mexendo principalmente com música, vestuário e dança. Na década de 1990, as “duplas sertanejas foram o mais importante segmento comercial da música popular brasileira”, já com a música totalmente distanciada de suas origens. A música sertaneja “de raiz” e os violeiros Como resposta a estas fortes influências e à descaracterização da música caipira, houve um movimento de resgate dos padrões autênticos da música local, ficando conhecida como música “de raiz”. Tem como seus grandes nomes a cantora Inezita Barroso, que apresenta o programa © Carlos Roberto Prestes Lopes - 2009
  • 5. - Resenha - 5 Música na terra paulista: da viola caipira à guitarra elétrica Alberto T. Ikeda “Viola, minha viola” desde 1980 na TV Cultura de São Paulo, e o compositor e contador de causos Rolando Boldrin. Este movimento ficou caracterizado pela revalorização da viola caipira, agora também como instrumento solista Considerações finais Ao procurar nas regiões “caipiras”, hoje em dia iremos encontrar como característica forte a música das “duplas jovens”, já desligada da vida e forma original. Se pegarmos as primeiras gravações de 1929 e as gravações atuais, encontraremos poucos elementos em comum. Mesmo podendo se modificar com o tempo, a música caipira original manteve-se pouco alterada, ainda ligada a suas práticas e manifestações culturais. “De qualquer modo, todas as vertentes se revelam fundamentalmente como fenômeno paulista e da região de sua influência histórica.” Tal fato pode confirmado pela procedência de seus atores da região paulistânia. © Carlos Roberto Prestes Lopes - 2009