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Aluno: André Fonseca e Garda
Sala: 1º jornalismo A
Ano: 2015
Melhor do que dizem
Após uma visita ao MASP e uma análise do que ocorre por lá, me dirigi ao metro
Trianon MASP para voltar para casa e percebi que algumas pessoas estavam
reclamando deste transporte público.
Algumas pessoas faziam reclamações: “ah, o metro sempre está cheio”, “as obras
sempre estão atrasadas”, entre outras, como lentidão, preço do bilhete, falta de
atendentes, dificuldade de embarcar no vagão preferencial, falta de destinos e muito
mais. Você pode pensar: “Nossa André, você ouviu tudo isso em um dia? ” Não,
algumas escutei, outras me lembrei que já vi em telejornais e pesquisei também.
Antes de qualquer coisa, temos que aceitar que o nosso metro tem várias falhas e
defeito, entretanto, tem vantagens em relação a outros lugares citados como referência,
como, por exemplo, os metros de Londres, Singapura e Nova Iorque.
Em primeiro lugar, quando se reclama da extensão desse trasporte, devemos considerar
metrô e trem (CPTM), pois os dois se integram e se um dos dois cobre certo caminho, o
outro buscará fazer algo diferente, para atender mais cidadãos.
Muitos dizem que Singapura tem metro por toda a cidade, no entanto poucos comparam
a cultura do país com a cidade de São Paulo. O tigre asiático vive uma cultura de
utilização de transportes públicos dificultando a utilização e a compra de carros. Já São
Paulo viveu sempre e foi impulsionado pela indústria automobilística.
Além disso, sampa tem um pouco mais do que o dobro da área, em metros quadrados,
do que o país asiático, o que dificulta a extensão do transporte público por toda a cidade.
Quando reclamam que o metro é cheio, trago uma triste notícia: ele sempre será cheio e
isso é muito bom. Quanto mais pessoa se transportando, mais pessoas estão indo
trabalhar e empregos estão sendo gerados.
Ainda em relação ao alto número de usuário, isso é uma das características de grandes
metrópoles. Em Tóquio, 6,8 milhões de pessoas usam o metro por dia e existem até
fiscais para empurrarem as pessoas para entrar no vagão. Já em Nova Iorque, cinco
milhões de pessoas utilizam diariamente esse transporte. São Paulo não é diferente,
conta com 4,6 milhões de usuários por dia.
Em relação ao alto preço da passagem, existem algumas questões. Em primeiro lugar, o
dinheiro é, ou pelo menos deveria ser utilizado para a manutenção das instalações. E,
voltando às comparações, em Londres e Nova Iorque as tarifas são mais caras, mesmo
se desconsiderarmos o câmbio e “fingirmos” que uma libra ou dólar é igual a um real.
Em termos de lentidão, o metro paulistano tem uma velocidade muito boa em relação a
outros lugares. Uma de suas falhas é não ter expressos, que agilizariam muitas viagens,
contudo, em relação a Nova Iorque e Londres o nosso metro é bem mais rápido.
Além de serem mais lentos, o metro inglês e o americano são velhos e o nova-iorquino
ainda é muito sujo, possuindo até ratos andando pelas instalações e falta um sistema de
climatização (ar condicionado). A nossa situação não é tão ruim, apesar de não termos a
mesma amplitude de áreas atendidas e extensão da malha ferroviária.
Outros problemas como falta de atendentes, dificuldade de entrar no vagão preferencial
e a questão dos abusos, principalmente com as mulheres, isso é um problema que tem
que ser resolvido e não tem comparações.
Entre as soluções temos medidas temporárias como o vagão rosa, a maior vigilância e,
como já vi, um sistema com grades, ou algo similar, para separar conseguir fazer essa
separação. Outra solução, que é a mais correta, é a educação das pessoas.
Em relação a falta de atendentes, este é um problema que podemos considerar falta de
organização, contudo podemos pensar que, pelo outro lado, não adianta ter alguém só
por ter e sem treinamento. Mesmo assim, não é uma desculpa para falta de contingente.
Por fim, os atrasos nas obras não têm nenhuma defesa. Existem problemas com
licitações, algumas estações prontas não são abertas porque a linha já superou o seu
tráfego antes de estar completa e ainda existe a incompetência do Governo.
Basicamente dá para notar que existem muitas falhas e problemas no metro brasileiro,
algumas críticas podem ser consideradas um pouco exageradas se compararmos com
outros países considerados referências, mesmo assim, é dever de quem cuida do
transporte público, seja o Governo ou o consórcio, buscar soluções para essas falhas
apontadas.
https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A3o_Paulo_(cidade)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Singapura
https://pt.wikipedia.org/wiki/Metr%C3%B4_de_T%C3%B3quio
https://pt.wikipedia.org/wiki/Metropolitano_de_Londres
https://pt.wikipedia.org/wiki/Metropolitano_de_Nova_Iorque
http://www.metro.sp.gov.br/metro/numeros-pesquisa/indicadores.aspx
https://pt.wikipedia.org/wiki/Metr%C3%B4_de_S%C3%A3o_Paulo
http://www.reclameaqui.com.br/indices/793/metro-de-sao-paulo/

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  • 1. Aluno: André Fonseca e Garda Sala: 1º jornalismo A Ano: 2015 Melhor do que dizem Após uma visita ao MASP e uma análise do que ocorre por lá, me dirigi ao metro Trianon MASP para voltar para casa e percebi que algumas pessoas estavam reclamando deste transporte público. Algumas pessoas faziam reclamações: “ah, o metro sempre está cheio”, “as obras sempre estão atrasadas”, entre outras, como lentidão, preço do bilhete, falta de atendentes, dificuldade de embarcar no vagão preferencial, falta de destinos e muito mais. Você pode pensar: “Nossa André, você ouviu tudo isso em um dia? ” Não, algumas escutei, outras me lembrei que já vi em telejornais e pesquisei também. Antes de qualquer coisa, temos que aceitar que o nosso metro tem várias falhas e defeito, entretanto, tem vantagens em relação a outros lugares citados como referência, como, por exemplo, os metros de Londres, Singapura e Nova Iorque. Em primeiro lugar, quando se reclama da extensão desse trasporte, devemos considerar metrô e trem (CPTM), pois os dois se integram e se um dos dois cobre certo caminho, o outro buscará fazer algo diferente, para atender mais cidadãos. Muitos dizem que Singapura tem metro por toda a cidade, no entanto poucos comparam a cultura do país com a cidade de São Paulo. O tigre asiático vive uma cultura de utilização de transportes públicos dificultando a utilização e a compra de carros. Já São Paulo viveu sempre e foi impulsionado pela indústria automobilística. Além disso, sampa tem um pouco mais do que o dobro da área, em metros quadrados, do que o país asiático, o que dificulta a extensão do transporte público por toda a cidade. Quando reclamam que o metro é cheio, trago uma triste notícia: ele sempre será cheio e isso é muito bom. Quanto mais pessoa se transportando, mais pessoas estão indo trabalhar e empregos estão sendo gerados. Ainda em relação ao alto número de usuário, isso é uma das características de grandes metrópoles. Em Tóquio, 6,8 milhões de pessoas usam o metro por dia e existem até
  • 2. fiscais para empurrarem as pessoas para entrar no vagão. Já em Nova Iorque, cinco milhões de pessoas utilizam diariamente esse transporte. São Paulo não é diferente, conta com 4,6 milhões de usuários por dia. Em relação ao alto preço da passagem, existem algumas questões. Em primeiro lugar, o dinheiro é, ou pelo menos deveria ser utilizado para a manutenção das instalações. E, voltando às comparações, em Londres e Nova Iorque as tarifas são mais caras, mesmo se desconsiderarmos o câmbio e “fingirmos” que uma libra ou dólar é igual a um real. Em termos de lentidão, o metro paulistano tem uma velocidade muito boa em relação a outros lugares. Uma de suas falhas é não ter expressos, que agilizariam muitas viagens, contudo, em relação a Nova Iorque e Londres o nosso metro é bem mais rápido. Além de serem mais lentos, o metro inglês e o americano são velhos e o nova-iorquino ainda é muito sujo, possuindo até ratos andando pelas instalações e falta um sistema de climatização (ar condicionado). A nossa situação não é tão ruim, apesar de não termos a mesma amplitude de áreas atendidas e extensão da malha ferroviária. Outros problemas como falta de atendentes, dificuldade de entrar no vagão preferencial e a questão dos abusos, principalmente com as mulheres, isso é um problema que tem que ser resolvido e não tem comparações. Entre as soluções temos medidas temporárias como o vagão rosa, a maior vigilância e, como já vi, um sistema com grades, ou algo similar, para separar conseguir fazer essa separação. Outra solução, que é a mais correta, é a educação das pessoas. Em relação a falta de atendentes, este é um problema que podemos considerar falta de organização, contudo podemos pensar que, pelo outro lado, não adianta ter alguém só por ter e sem treinamento. Mesmo assim, não é uma desculpa para falta de contingente. Por fim, os atrasos nas obras não têm nenhuma defesa. Existem problemas com licitações, algumas estações prontas não são abertas porque a linha já superou o seu tráfego antes de estar completa e ainda existe a incompetência do Governo. Basicamente dá para notar que existem muitas falhas e problemas no metro brasileiro, algumas críticas podem ser consideradas um pouco exageradas se compararmos com outros países considerados referências, mesmo assim, é dever de quem cuida do transporte público, seja o Governo ou o consórcio, buscar soluções para essas falhas apontadas.