Trabalho apresentado no curso de Formação em Arteterapia, do Espaço Marise Piloto, sobre as Funções Psicológicas, segundo Jung, com base no capítulo 5 do livro "Ensaios de Sobrevivência" (Daryl Sharp), intitulado "A realidade que conhecemos".
2. “A realidade que conhecemos”
Capítulo 5
Ensaios de Sobrevivência (Daryl Sharp)
Funções Psicológicas, segundo Jung
Espaço Marise Piloto
Formação em Arteterapia
Sônia Cristina Corrêa da Silva
Junho/2013
3. Objetivo
• Identificar os quatro pontos referentes às
funções psicológicas.
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4. O modo de ver o mundo
• Tudo que é psíquico é relativo, como a teoria
de Einstein sobre a relatividade na Física.
• Tudo que dizemos, pensamos ou fazemos é
colorido pelo nosso modo particular de ver o
mundo.
• Isso é a nossa tipologia.
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5. Azeitando a engrenagem
• As pessoas são diferentes.
• A tipologia de Jung é um
modo de colocar essas
diferenças numa certa
ordem.
• É útil para entender a si
mesmo.
• É uma dádiva de Deus nos
relacionamentos.
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6. O modelo de Jung
• É uma ferramenta de orientação psicológica, como
uma bússola que nos orienta no mundo físico.
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7. As funções psicológicas
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PENSAMENTO
SENTIMENTO
SENSAÇÃOINTUIÇÃO
8. Como uma bússola
“As quatro funções são um pouco como os quatro
pontos da bússola; elas são igualmente arbitrárias e
igualmente indispensáveis. Nada nos impede de alterar
os pontos cardeais, tantos graus quantos desejarmos
em uma ou outra direção, ou dar-lhes nomes
diferentes. Mas devo confessar uma coisa: por nada no
mundo eu dispensaria essa bússola em minhas viagens
de descoberta psicológica.”
C.G. Jung – Tipos Psicológicos
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9. As funções psicológicas
Sensação:
nos dá a perceber
que uma coisa
existe.
detalhes
* TATO
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Pensamento:
nos diz o que é a
coisa, dá-nos uma
descrição dela.
Ideias
* VISÃO
Sentimento:
nos diz que valor
tal coisa tem para
nós.
relacionamento
* AUDIÇÃO
* PALADAR
Intuição:
nos dá uma ideia
do que podemos
fazer com ela.
Possibilidades
* OLFATO
TERRA AR ÁGUA FOGO
10. Exemplo: se vou comprar uma casa
Sensação:
nos dá a perceber
que uma coisa
existe.
detalhes
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Pensamento:
nos diz o que é a
coisa, dá-nos uma
descrição dela.
ideias
Sentimento:
nos diz que valor
tal coisa tem para
nós.
relacionamento
Intuição:
nos dá uma ideia
do que podemos
fazer com ela.
possibilidades
• como é o
espaço, o que
precisa
consertar,
remodelar o
ambiente.
• se eu tenho o
dinheiro, como
me organizarei
financeira-
mente.
• eu imagino a
família reunida
na casa, as
pessoas
curtindo a casa.
• penso se serei
feliz nesse local,
se ele me inspira
coisas boas ou
não.
Fonte: Marise Piloto
11. A função principal
• Podemos virar o círculo de qualquer modo.
• Em geral a função principal ou superior, ou
seja, a mais desenvolvida que as demais, é
colocada no topo; e a oposta, na base.
• Função principal não quer dizer “melhor”, mas
aquela que você está mais propenso a utilizar.
• O ideal seria ter acesso consciente à função
apropriada a determinada situação.
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12. A função principal
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PS
ST
SSIT
IT
SS
STPS
SS
IT
STPS
13. Uso das funções
“Cada indivíduo utiliza de preferência sua função
principal, pois manejando-a consegue melhores
resultados na luta pela existência. (...) Uma segunda
função serve de auxiliar à principal, possuindo grau de
diferenciação maior ou menor. A terceira quase sempre
não vai além de um desenvolvimento rudimentar e a
quarta permanece, de ordinário, num estado mais ou
menos inconsciente. Por esse motivo é denominada
função inferior.”
Nise da Silveira – Jung, vida e obra
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14. A função inferior
• Oposta à função superior.
• Aquela em que temos maior fragilidade e vem à
tona quando agimos de modo instintivo.
• É aquela que nos dá mais trabalho.
• Quando negligenciada, exige ser reconhecida,
causa dor e pode ser projetada em outra pessoa.
• Está incluída na sombra.
• Reconhecê-la, aceitá-la, torná-la consciente, gera
uma nova vontade de viver.
• Pode detonar a crise da meia-idade.
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15. Qual é a minha função principal?
• Não é tarefa fácil identificar a função principal.
• Se tiver entrado num complexo, todas as
funções são distorcidas pela emoção:
– Se zangados , não pensamos ou vemos direito.
– Se felizes, colorimos o modo de perceber.
– Se aborrecidos, avaliamos mal o valor de algo para
nós.
– Se deprimidos, as possibilidades definham.
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16. Introversão e extroversão
• São modos completamente diferentes de
adaptar-se ao mundo. Uma descrição
supersimplificada seria:
– Introvertido: hesitante e reflexivo.
– Extrovertido: é aberto e saliente
• Em um estudo mais profundo analisam-se as
combinações dos 2 tipos com as 4 funções.
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17. Cada caso é um caso
• As pessoas são diferentes. A tipologia de Jung
é um modo de colocar essas diferenças numa
certa ordem.
• Jung alertou contra rotular as pessoas: seria
utilizar mal o modelo.
• O modelo é uma ferramenta, uma bússola.
• Nada substitui a reflexão prolongada.
• Ineficácia de testes de tipos comuns. Ex:
Indicador de Tipos Myers Briggs. Não era o que
Jung tinha em mente nos oito anos em que
escreveu Tipos Psicológicos.
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18. Usar o modelo perguntando-se:
• Naquela situação ou com aquela pessoa,
– Como foi que eu funcionei?
– Com que efeito?
– As minhas ações e expressões refletem de verdade meus
julgamentos (pensar e sentir) e as minhas percepções
(sensação e intuição)?
– Se não, por que não?
– Que complexos foram ativados em mim?
– Com que finalidade?
– Como e por que eu misturei as coisas?
– O que isso diz sobre minha psicologia?
– O que eu posso fazer a respeito?
– O que eu quero fazer a respeito?
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19. Consequências de conhecer a própria
sombra e incluí-la em sua vida
“Uma vez que o processo é desencadeado, é difícil
parar. Você pode nunca mais voltar a ser o que era, mas
o que perde de um lado recupera do outro. Você perde
um pouco daquilo que era, mas acrescenta uma
dimensão que não estava lá antes. Se era unilateral,
encontra um equilíbrio. Aprende a compreender
aqueles que funcionam de maneira diferente e assume
uma nova atitude em relação a si próprio.”
Daryl Sharp – Ensaios de Sobrevivência
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