O documento descreve como Francisca e Jorge aproveitaram suas férias para realizar voluntariado em comunidades no Brasil, Senegal e Guiné-Bissau através da organização AMI. A AMI organiza "Aventuras Solidárias" onde voluntários viajam para ajudar na construção de infraestrutura e projetos comunitários. Os voluntários contribuem financeiramente e ajudam no local com acabamentos dos projetos.
1. 132 v 24 DE NOVEMBRO DE 2011
F
rancisca Nemésio, 54 anos, de-
sempregada, já embarcou em
três aventuras – foi ao Brasil,
ao Senegal e à Guiné-Bissau
ajudar a construir equipamentos para as
comunidades locais. Nas duas últimas,
cruzou-se com Jorge Lamego, 43 anos,
engenheiro de telecomunicações. São
dois voluntários que aproveitaram as fé-
rias para fazer algo em prol de uma cau-
sa. Foram em grupos organizados pela
AMI - Assistência Médica Internacio-
nal, que, em Portugal, é pioneira deste
tipo de viagens, também conhecidas por
volunturismo.
A AMI chama-lhes Aventuras Solidá-
rias e organiza várias viagens por ano.
Além das despesas logísticas, como o
O ‘volunturismo’
Há quem aproveite as férias para... trabalhar. O turismo solidário
tem cada vez mais oferta e mais adeptos
AÇÃO Imagem de uma
Aventura Solidária,
promovida pela AMI
‘Ao contrário do
turismo de massas,
prefiro ver menos
e melhor’
PORTUGAL
VIAGENS
avião, o alojamento ou a alimenta-
ção (com valores que variam entre
€1 380 e €1 695, conforme os destinos),
cada voluntário contribui, antecipa-
damente, com cerca de €500, para a
construção do equipamento, seja um
centro de costura para as mulheres
de uma aldeia senegalesa seja a recu-
peração de um mercado na Guiné-
-Bissau. Quando chegam ao destino, já
só têm de ajudar nos acabamentos.
«Jáviajeimuito,mascadavezmeinte-
ressamenosoturismodemassas,irpara
resorts – não gastaria dinheiro com isso.
Prefiro ver menos e melhor», afirma
Francisca, valorizando, ainda, a criação
de «laços muito fortes» entre o grupo de
voluntários.
PARA ENCHER AALMA
Não existem requisitos especiais para a
participação nestas atividades, apenas
vontade e disposição de abdicar do con-
forto do lar. «É preciso ter mente aber-
vv