O documento discute a história do couro, desde os primeiros registros no Egito Antigo até seu uso no Brasil colonial. Também define couro como um subproduto animal que, após o processo de curtimento, não é mais passível de decomposição e representa mais do que a cobertura externa de um animal.
5. Egito (3000 AC): encontraram-se pedaços de couro curtidos.
China (1000 AC): a fabricação de objetos com couro já era comum.
Babilônios, Hebreus e Gregos, entre outros povos já dominavam a técnica de produção de couro.
Pérgamo (Bergama): desenvolveram-se os célebres “pergaminhos", usados na escrita e que eram feitos com peles de ovelha, cabra ou bezerro.
Com o couro eram feitos, também, elmos, escudos, gibões e velas de navios.
No Brasil, desde que a colonização se intensificou, os rebanhos se multiplicaram rapidamente. Os curtumes eram instalados facilmente e o couro era utilizado para fazer alforjes, surrões, bruacas, mochilas, roupas, chapéus, selas, arreios de montaria, cordas e muitas outras utilidades.
A região de maior concentração de curtumes de ribeira (fase inicial do processo) é o centro-oeste do Brasil, devido a proximidade dos rebanhos. Em Portugal, é em Setúbal. Já os curtumes de couro semiacabado e acabado situam-se em sua maioria nas proximidades dos centros consumidores deste material, como as regiões calçadistas do Vale do Sinos no RS, além de Franca e Jaú, em SP.
6. Conforme definição da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), o couro é um material oriundo exclusivamente da pele animal, curtida por qualquer processo constituído essencialmente de derme.
O couro constitui a pele do animal preservada da putrefação e apresenta uma textura extremamente rica de fibras colágenas, que deverão passar pelos diferentes estágios de transformação para se tornar flexível e macio. O couro pode ser definido como um subproduto animal que, após sofrer o processo de curtimento, não e mais passível de sofrer o ataque de micro-organismos decompositores.
Representam muito mais do que a pura e simples cobertura externa de um animal. Constitui seu registro histórico, (pelos, defeitos que ali estão gravados, pelos riscos, arranhões e cicatrizes) e a própria matéria prima da indústria do couro.