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teoria dos materiais 
Wagner Rezende 
2h semanais – 2° semestre 2014 
Faculdade de Artes Visuais / UFG 
Design de Ambientes
couro 
5a aula
Egito (3000 AC): encontraram-se pedaços de couro curtidos. 
China (1000 AC): a fabricação de objetos com couro já era comum. 
Babilônios, Hebreus e Gregos, entre outros povos já dominavam a técnica de produção de couro. 
Pérgamo (Bergama): desenvolveram-se os célebres “pergaminhos", usados na escrita e que eram feitos com peles de ovelha, cabra ou bezerro. 
Com o couro eram feitos, também, elmos, escudos, gibões e velas de navios. 
No Brasil, desde que a colonização se intensificou, os rebanhos se multiplicaram rapidamente. Os curtumes eram instalados facilmente e o couro era utilizado para fazer alforjes, surrões, bruacas, mochilas, roupas, chapéus, selas, arreios de montaria, cordas e muitas outras utilidades. 
A região de maior concentração de curtumes de ribeira (fase inicial do processo) é o centro-oeste do Brasil, devido a proximidade dos rebanhos. Em Portugal, é em Setúbal. Já os curtumes de couro semiacabado e acabado situam-se em sua maioria nas proximidades dos centros consumidores deste material, como as regiões calçadistas do Vale do Sinos no RS, além de Franca e Jaú, em SP.
Conforme definição da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), o couro é um material oriundo exclusivamente da pele animal, curtida por qualquer processo constituído essencialmente de derme. 
O couro constitui a pele do animal preservada da putrefação e apresenta uma textura extremamente rica de fibras colágenas, que deverão passar pelos diferentes estágios de transformação para se tornar flexível e macio. O couro pode ser definido como um subproduto animal que, após sofrer o processo de curtimento, não e mais passível de sofrer o ataque de micro-organismos decompositores. 
Representam muito mais do que a pura e simples cobertura externa de um animal. Constitui seu registro histórico, (pelos, defeitos que ali estão gravados, pelos riscos, arranhões e cicatrizes) e a própria matéria prima da indústria do couro.
couro
Cadeira de couro (Augusto Mandelli)
referências 
http://www.historicnewengland.org/collections-archives-exhibitions/online-exhibitions/wallpaper/history/1750.htm 
http://100t.com.br/conteudo.php?idpg=16 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Papel_de_parede 
http://www.rudzerhost.com/papel/recipapel.htm 
http://pt.slideshare.net/wagnerrezende/savedfiles?s_title=cronologia-del-papel&user_login=urielllanos9 
http://www.brewsterwallcovering.com/dm401-biblioteque-mural.aspx 
http://mundoestranho.abril.com.br/materia/como-e-feito-o-papel 
http://www.shigerubanarchitects.com/

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Teoria dos Materiais: Couro

  • 1. teoria dos materiais Wagner Rezende 2h semanais – 2° semestre 2014 Faculdade de Artes Visuais / UFG Design de Ambientes
  • 3.
  • 4.
  • 5. Egito (3000 AC): encontraram-se pedaços de couro curtidos. China (1000 AC): a fabricação de objetos com couro já era comum. Babilônios, Hebreus e Gregos, entre outros povos já dominavam a técnica de produção de couro. Pérgamo (Bergama): desenvolveram-se os célebres “pergaminhos", usados na escrita e que eram feitos com peles de ovelha, cabra ou bezerro. Com o couro eram feitos, também, elmos, escudos, gibões e velas de navios. No Brasil, desde que a colonização se intensificou, os rebanhos se multiplicaram rapidamente. Os curtumes eram instalados facilmente e o couro era utilizado para fazer alforjes, surrões, bruacas, mochilas, roupas, chapéus, selas, arreios de montaria, cordas e muitas outras utilidades. A região de maior concentração de curtumes de ribeira (fase inicial do processo) é o centro-oeste do Brasil, devido a proximidade dos rebanhos. Em Portugal, é em Setúbal. Já os curtumes de couro semiacabado e acabado situam-se em sua maioria nas proximidades dos centros consumidores deste material, como as regiões calçadistas do Vale do Sinos no RS, além de Franca e Jaú, em SP.
  • 6. Conforme definição da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), o couro é um material oriundo exclusivamente da pele animal, curtida por qualquer processo constituído essencialmente de derme. O couro constitui a pele do animal preservada da putrefação e apresenta uma textura extremamente rica de fibras colágenas, que deverão passar pelos diferentes estágios de transformação para se tornar flexível e macio. O couro pode ser definido como um subproduto animal que, após sofrer o processo de curtimento, não e mais passível de sofrer o ataque de micro-organismos decompositores. Representam muito mais do que a pura e simples cobertura externa de um animal. Constitui seu registro histórico, (pelos, defeitos que ali estão gravados, pelos riscos, arranhões e cicatrizes) e a própria matéria prima da indústria do couro.
  • 7.
  • 9.
  • 10.
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  • 20.
  • 21. Cadeira de couro (Augusto Mandelli)
  • 22.
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  • 24.
  • 25. referências http://www.historicnewengland.org/collections-archives-exhibitions/online-exhibitions/wallpaper/history/1750.htm http://100t.com.br/conteudo.php?idpg=16 http://pt.wikipedia.org/wiki/Papel_de_parede http://www.rudzerhost.com/papel/recipapel.htm http://pt.slideshare.net/wagnerrezende/savedfiles?s_title=cronologia-del-papel&user_login=urielllanos9 http://www.brewsterwallcovering.com/dm401-biblioteque-mural.aspx http://mundoestranho.abril.com.br/materia/como-e-feito-o-papel http://www.shigerubanarchitects.com/