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Babilônios
      Originários dos povos amoritas que habitavam a região sul do deserto árabe,
os babilônios foram uma das civilizações que ocuparam a região mesopotâmica.
Promovendo a dominação dos acadianos, os amoritas realizaram um processo de
expansão territorial que alcançou várias cidades da Mesopotâmia. Em meados do
século XVIII a.C., o rei Hamurábi consolidou o Primeiro Império Babilônico.


       Durante o seu governo centralizador e autoritário, Hamurábi ergueu a cidade
de Babilônia, que se transformou em um dos mais importantes centros urbanos e
comerciais da Antigüidade. Além disso, Hamurábi foi responsável por um importante
conjunto de leis talhadas em um monumento de pedra conhecido como o Código de
Hamurábi ou Lei de Talião. Esse instrumento jurídico, de forma geral, determinava a
execução de penas que se igualassem aos prejuízos causados por algum delito, falha
ou                                    acidente.



        Mesmo consolidando esse conjunto de leis e conduzindo o crescimento e a
prosperidade do Império Babilônico, uma série de revoltas internas e a invasão dos
cassitas e hititas provocaram o esfacelamento do império babilônico em diferentes
reinos. No ano de 1300 a.C., os assírios foram responsáveis por subjugar todos os
reinos que outrora eram dominados pelos babilônicos.

       Somente no século VII a.C., a queda dos assírios mediante as investidas dos
caldeus e medos possibilitou o reavivamento do Império Babilônico. Durante o governo
de Nabucodonosor, a civilização babilônica viveu um período marcado por grandes
conquistas militares e a execução de diversas obras públicas. Foi nessa época que os
famosos Jardins Suspensos da Babilônia foram construídos, que figuram entre uma
das principais construções arquitetônicas do Mundo Antigo.

        Além disso, foi no governo de Nabucodonosor que os hebreus foram
escravizados pelos babilônios. Esse episódio é marcado dentro da cultura judaica
como o período do Cativeiro da Babilônia. Após a morte de Nabucodonosor, os persas
realizaram a invasão da Babilônia.




Sumérios
        A vida dos Sumérios era organizada em grandes cidades como, por exemplo,
as cidades de Ur, Eridu, Kish, Nippur, Lagash e Uruk. Tais cidades se organizavam
inicialmente em torno dos templos e das burocracias sacerdotais. Os territórios ao
redor das cidades eram irrigados por sistemas que funcionavam de acordo com os rios
próximos. Embarcações, veículos de rodas e fornos já eram utilizados. O cobre já era
fundido na Suméria desde por volta de 4000 anos antes de Cristo, e o bronze passou
a ser trabalhado não muito tempo depois. Os minérios, assim como os metais e as
pedras preciosas, foram obtidos através de embarcações de longo curso e também de
empreitadas por caravanas. O ferro passou a ser utilizado a partir de 200 anos antes
de Cristo. No entanto, o aprimoramento das técnicas de trabalho com o material se
deu com os Hititas, no período por volta de 1200 anos antes de Cristo, quando o
aprimoramento de tais técnicas passou a ser difundido.

        A região da Mesopotâmia foi governada durante cerca de 1800 anos por
acadianos, assírios e amoritas. Houve também governos intermediários dos mitanis,
hititas e cassitas: estes últimos tiveram provável origem indo-europeia, enquanto os
primeiros foram constituintes de povos semíticos de cultura derivada dos Sumérios.
Portanto, a organização política vigente era regida por estas dinastias reais, que
dominaram as regiões centrais e adjacentes à Mesopotâmia.

        O desenvolvimento científico na região mesopotâmica era bastante
desenvolvido: houve o início das ciências matemáticas, de largo uso prático para as
mais diversas atividades do homem daquele período. Havia também o conhecimento
sobre ervas benéficas, cujas propriedades medicinais eram aproveitadas para a cura
de diversos males de saúde da população. Desde este período, o homem também
parecia interessar-se pelos astros: a observação do céu passou a ser sistematizada
dentro das possibilidades científicas do período. Todo o conjunto de conhecimentos
adquiridos pelos homens da Mesopotâmia era registrado por escribas: os governantes
auxiliavam também na construção e manutenção de vastas "bibliotecas", onde os
registros científicos eram armazenados.

        A origem da religião está registrada nos escritos destes povos: na poesia épica
suméria, os deuses eram representados de maneira hierárquica. Os deuses eram
homenageados através de rituais sacrificiais. O lugar destes rituais era considerado
sagrado: erigiram-se para estes grandes templos. Talvez a religião tenha sido
inicialmente uma meio que supria a vontade de conhecimento do homem das causas
que deram origem ao mundo. Desta forma, os deuses destes povos eram seres
responsáveis individualmente por uma modalidade de força natural (por exemplo,
estes povos relacionavam os deuses aos elementos naturais como a terra, a água, o
céu, o fogo etc. Espelhando-se em seus deuses, o homem os concebia à sua
semelhança: os registros de pinturas e esculturas mostram deuses antropomórficos,
isto é, à semelhança de homens.




Os acadianos

         Grupos de nômades, vindos do deserto da Síria, começaram a penetrar nos
territórios ao norte das regiões sumerianas. Conhecidos como acadianos, dominaram
as cidades-estados da Suméria por volta de 2550 a.C. Um ponto fraco dos Sumérios,
foi as constantes guerras pelo poder da região. Isso abriu caminho para os acadianos
se fortalecerem.Comandados pelo rei Sargão I, as cidades sumérias foram
conquistadas, ele conseguiu unificar politicamente o centro e sul da Mesopotâmia,
dando origem ao primeiro império mesopotâmico, que expandiu desde o Golfo Pérsico
até o norte da Mesopotâmia. Infiltraram-se nas cidades-Estado sumérias, até
conquistar Kish. Estabeleceram Akad como cidade hegemônica e ampliaram seu
domínio sobre a Mesopotâmia meridional, Elam e parte da Ásia Menor, formando os
Estados de Isin, Larsa e Babilônia.

       Com essas expansões, Sargão I, tornou-se conhecido como "o soberano dos
quatro cantos da terra". Com a união desses povos (do império acadiano junto com a
cultura sumeriana), o resultado foi notado na escrita, com destaques para os registros
da nova língua, semítica, junto com caracteres cuneiforme.

         Na política, os acadianos criam um Estado centralizado e avançam na arte
militar. Desenvolvem a tática do deserto, com armamento leve, como o venábulo
(lança), e grande mobilidade. Na religião, politeísta, estabelecem novos deuses e
passam a divinizar também o rei. Construíram monumentais palácios ao lado dos
templos sumérios.

       Avançaram na arte militar, com tropas de grande mobilidade no deserto e
armamentos leves, como o venábulo (lança). Deram forma silábica à escrita
cuneiforme e transcreveram obras literárias sumérias.

      Assim como os Sumérios, as revoltas internas ajudaram a enfraquecer o
governo que em 2100 a.C., desapareceu após as invasões dos gutis, povos asiáticos
das montanhas da Armênia.




Caldeus
       Os caldeus eram povos semitas do sul da Mesopotâmia que habitavam na
margem oriental do rio Eufrates. Eles iniciaram seu domínio expansionista após a
invasão à cidade de Nínive, que era dominada pelos belicistas assírios, em 612 a.C.

       O monarca Nabopossalar, que comandou a insurreição, já fora governador de
uma província dominada por assírios e ordenou o ataque após perceber a maior
fraqueza desse povo: a administração.

       Por mais de um milênio (entre 2000 a.C. e 700 a.C.) os assírios conquistaram
um grande número de territórios mesopotâmicos, estendendo sua hegemonia para
além do Mar Mediterrâneo, englobando Chipre, Egito e Núbia. Em 625 a.C., o Primeiro
Império Babilônico, que fora erigido por acádios, dominou a cidade da Assíria,
aumentando a hegemonia da Babilônia – que desta vez tornou-se troféu dos assírios.



         Apesar de serem grandes estrategistas bélicos e simpatizantes da guerra, os
assírios eram fracos como governantes. Com toda a expansão da Babilônia, eles não
sabiam como fazer para unificar todo o território, o que suscitou em inúmeras revoltas
civis, facilitando a invasão do povo caldeu.

       A partir de então, surgia o Segundo Império Babilônico, erguido pelos caldeus.
Sete anos após a conquista, o imperador Nabopossalar faleceu, deixando o poder nas
mãos de seu filho Nabucodonosor, responsável pelas principais mudanças na
Mesopotâmia que caracterizaram a importância da cultura caldéia.

         Ambicioso pelo poder, Nabucodonosor investiu no exército para conquistar os
territórios do Egito e dos assírios em sua totalidade. Não satisfeito, expandiu a
hegemonia caldeia para Jerusalém, Fenícia e Arábia, que estavam mais
despreparados para as invasões. Ainda estavam sob seu domínio a Palestina, a Síria
e o Elam, tornando-o o mais poderoso rei do Oriente.
O reinado de Nabucodonosor durou 42 anos (604 a.C. – 562 a.C.) e tornou-se
o período mais áureo da Babilônia, principalmente com a construção das maravilhas
arquitetônicas como a Torre de Babel e os Jardins Suspensos. Mas também foi
impulsionado por violentas repressões contra os inimigos, como o “Cativeiro da
Babilônia”, que exigiu a deportação em massa dos judeus de Jerusalém para a
Mesopotâmia.

       Em 539 a.C., os persas, liderados por Ciro, o Grande, invadiram o território
mesopotâmico e dominaram completamente a Babilônia, pondo fim à hegemonia dos
caldeus.




Os assírios
      Como a maioria dos povos que reinaram no antigo Oriente Médio, os Assírios,
primeiramente um povo de camponeses e guerreiros rudes, tiveram a justiça
amplamente baseada no código promulgado no século XVIII a.C, pelo rei Hamurabi,
da Babilônia.
      A Assíria era essencialmente uma nação de servos que viviam presos à terra que
cultivavam; eles podiam ser vendidos juntamente com a propriedade. Deviam
obediência à vila mais próxima. Esta, por sua vez, estava presa à cidade pela
obrigação de pagar impostos, participar nos festivais religiosos e obedecer aos
mandatos administrativos. As cidades - dentre as quais as principais eram Assur,
Nínive, Erbil e Nimrod - estavam sob a autoridade do rei.
      O rei assírio possuía poder absoluto sobre todos as áreas do governo -
econômica, diplomática, política, militar e religiosa. Embora reconhecido como
humano, acreditava-se que fosse um enviado dos deuses, em especial Assur, a
divindade principal.
      A agressão militar era legitimada pela religião assíria: conquistar era a missão
divina dos reis. Além da característica de conquistadores, os assírios eram violentos e
costumavam vangloriar-se dos atos sangrentos, faziam do terror e da atrocidade
instrumentos de política externa.
      O fiho de Salmanasar I, Tukulti-Nunurta I, cujo reinado começou em 1244 a.C.,
expandiu o território dos assírios que à época já era de mais de 30 mil metros
quadrados, que iam dos contrafortes dos Zagros até o Eufrades. Tukulti-Nunurta I
escravizou e levou para Assur, presos com pesadas correntes de cobre no pescoço,
os reis de Nairi que comandavam as tribos que viviam nos Zagros, pois estas durante
muitos anos vinham atacando a fronteira nordestes da Assíria. Tempos depois esses
reis tiveram permissão para voltar para casa como vassalos.
      Quando o rei babilônico Kashtiliash resolveu atacar a Assíria, Tukulti-Nunurta
venceu o exército babilônico e capturou Kashtiliash.
      Quando mais tarde a Babilônia revoltou-se com êxito, acreditou-se nos altos
círculos assírios que os deuses pilhados anteriormente estavam demonstrando sua ira
contra as iniqüidades de Tukulti-Ninurta. E assim, de acordo com uma crônica, o rei
assírio, que "tinha colocado sua mão maldosa sobre a Babilônia", teve um triste fim:
seu filho e os nobres da Assíria, rebelaram-se contra ele e arrancaram-no do trono.
Aprisionaram-no e mataram-no com uma espada.
      No início do século IX a.C. os Assírios estavam em marcha para o oeste, levando
armas assírias ao Mediterrâneo pela primeira vez. O imperador era Assurnasirpal II
(885-860 a.C.) e este realizaria uma campanha tão terrível em violência que eclipsaria
os feitos sangrentos de seus antepassados.
       O próprio Assurnasirpal II vangloriava-se do grande morticínio entre os guerreiros
inimigos.
       A política de provocar o terror entre os povos subjugados era comum entre os
assírios e os episódios narrados por Assurnasirpal II dão uma idéia das formas de
morte, como pena, utilizadas pelo povo Assírio: como o empalamento que era um
suplício antigo que consistia em espetar o condenado em uma estaca, pelo ânus,
deixando-o assim até morrer; além da morte na fogueira, as mutilações e o
esfolamento; torturas mais tarde também utilizadas na Pérsia.
       Assurbanipal foi o último grande rei dos assírios. Durante o seu reinado (668 -
627 a.C.), a Assíria se tornou a primeira potência mundial. Seu império incluía a
Babilônia, a Pérsia, a Síria e o Egito.
       No fim do seu reinado, porém, ou logo depois, o poderio da Assíria desmoronou.
Uma década mais tarde o império caía em mãos de babilônios e persas.
       Assurbanipal era filho de Assaradão (ou Asarhaddão), este que morreu (669 a.C.)
tentando reconquistar Mênfis, a capital egípcia que havia se rebelado logo após ser
conquistada. Assurbanipal não fugiu a regra dos seus antecessores: as conquistas e o
crescimento das fronteiras da Assíria eram seus maiores objetivos, sempre realizados
de forma violenta, mas orgulhando-se das carnificinas.
       Após a morte de seu pai, o império assírio foi dividido, sendo que seu irmão
Chamás-Chum-Uquim reinaria sobre a Babilônia e Assurbanipal governaria o resto.
Assurbanipal reconquistou Mênfis e estendeu o domínio assírio para o sul do Egito,
até Tebas. Mas Chamás-Chum-Uquim, com ciúmes, por volta de 652 a.C. resolveu
atacar uma tropa de Assurbanipal, perto da Babilônia. Logo deflagrou-se uma guerra
civil, que só terminou depois de 3 anos de cerco na Babilônia.
       Como seus antepassados, Assurbanipal vangloriava-se de seus feitos
sangrentos. Após rechaçar uma rebelião na Babilônia, o monarca deixou registrada a
atitude punitiva severa que teve contra o inimigo.
       Apesar da ferocidade, o rei Assurbanipal seria lembrado como o estudioso que se
gabava de sua própria instrução, e que criou a grande biblioteca de Nínive com uma
coletânea com obras em caracteres cuneiformes, hoje responsável por muito do que
se sabe dos povos da Mesopotâmia. Durante o seu reinado, que durou cerca de
quarenta anos a técnica do baixo-relevo atingiu grandes proporções. As fachadas e as
salas dos palácios estavam, a perder de vista, cobertas de tapeçarias de pedra.
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES

Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas

Departamento de Matemática

Disciplina: História da Matemática

Professora: Grazziella Nuzzi

Acadêmico: Wagner Teixeira dos Reis




                         Povos Antigos




                                      Montes Claros/ MG

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Povos antigos

  • 1. Babilônios Originários dos povos amoritas que habitavam a região sul do deserto árabe, os babilônios foram uma das civilizações que ocuparam a região mesopotâmica. Promovendo a dominação dos acadianos, os amoritas realizaram um processo de expansão territorial que alcançou várias cidades da Mesopotâmia. Em meados do século XVIII a.C., o rei Hamurábi consolidou o Primeiro Império Babilônico. Durante o seu governo centralizador e autoritário, Hamurábi ergueu a cidade de Babilônia, que se transformou em um dos mais importantes centros urbanos e comerciais da Antigüidade. Além disso, Hamurábi foi responsável por um importante conjunto de leis talhadas em um monumento de pedra conhecido como o Código de Hamurábi ou Lei de Talião. Esse instrumento jurídico, de forma geral, determinava a execução de penas que se igualassem aos prejuízos causados por algum delito, falha ou acidente. Mesmo consolidando esse conjunto de leis e conduzindo o crescimento e a prosperidade do Império Babilônico, uma série de revoltas internas e a invasão dos cassitas e hititas provocaram o esfacelamento do império babilônico em diferentes reinos. No ano de 1300 a.C., os assírios foram responsáveis por subjugar todos os reinos que outrora eram dominados pelos babilônicos. Somente no século VII a.C., a queda dos assírios mediante as investidas dos caldeus e medos possibilitou o reavivamento do Império Babilônico. Durante o governo de Nabucodonosor, a civilização babilônica viveu um período marcado por grandes conquistas militares e a execução de diversas obras públicas. Foi nessa época que os famosos Jardins Suspensos da Babilônia foram construídos, que figuram entre uma das principais construções arquitetônicas do Mundo Antigo. Além disso, foi no governo de Nabucodonosor que os hebreus foram escravizados pelos babilônios. Esse episódio é marcado dentro da cultura judaica como o período do Cativeiro da Babilônia. Após a morte de Nabucodonosor, os persas realizaram a invasão da Babilônia. Sumérios A vida dos Sumérios era organizada em grandes cidades como, por exemplo, as cidades de Ur, Eridu, Kish, Nippur, Lagash e Uruk. Tais cidades se organizavam inicialmente em torno dos templos e das burocracias sacerdotais. Os territórios ao redor das cidades eram irrigados por sistemas que funcionavam de acordo com os rios próximos. Embarcações, veículos de rodas e fornos já eram utilizados. O cobre já era fundido na Suméria desde por volta de 4000 anos antes de Cristo, e o bronze passou a ser trabalhado não muito tempo depois. Os minérios, assim como os metais e as pedras preciosas, foram obtidos através de embarcações de longo curso e também de empreitadas por caravanas. O ferro passou a ser utilizado a partir de 200 anos antes
  • 2. de Cristo. No entanto, o aprimoramento das técnicas de trabalho com o material se deu com os Hititas, no período por volta de 1200 anos antes de Cristo, quando o aprimoramento de tais técnicas passou a ser difundido. A região da Mesopotâmia foi governada durante cerca de 1800 anos por acadianos, assírios e amoritas. Houve também governos intermediários dos mitanis, hititas e cassitas: estes últimos tiveram provável origem indo-europeia, enquanto os primeiros foram constituintes de povos semíticos de cultura derivada dos Sumérios. Portanto, a organização política vigente era regida por estas dinastias reais, que dominaram as regiões centrais e adjacentes à Mesopotâmia. O desenvolvimento científico na região mesopotâmica era bastante desenvolvido: houve o início das ciências matemáticas, de largo uso prático para as mais diversas atividades do homem daquele período. Havia também o conhecimento sobre ervas benéficas, cujas propriedades medicinais eram aproveitadas para a cura de diversos males de saúde da população. Desde este período, o homem também parecia interessar-se pelos astros: a observação do céu passou a ser sistematizada dentro das possibilidades científicas do período. Todo o conjunto de conhecimentos adquiridos pelos homens da Mesopotâmia era registrado por escribas: os governantes auxiliavam também na construção e manutenção de vastas "bibliotecas", onde os registros científicos eram armazenados. A origem da religião está registrada nos escritos destes povos: na poesia épica suméria, os deuses eram representados de maneira hierárquica. Os deuses eram homenageados através de rituais sacrificiais. O lugar destes rituais era considerado sagrado: erigiram-se para estes grandes templos. Talvez a religião tenha sido inicialmente uma meio que supria a vontade de conhecimento do homem das causas que deram origem ao mundo. Desta forma, os deuses destes povos eram seres responsáveis individualmente por uma modalidade de força natural (por exemplo, estes povos relacionavam os deuses aos elementos naturais como a terra, a água, o céu, o fogo etc. Espelhando-se em seus deuses, o homem os concebia à sua semelhança: os registros de pinturas e esculturas mostram deuses antropomórficos, isto é, à semelhança de homens. Os acadianos Grupos de nômades, vindos do deserto da Síria, começaram a penetrar nos territórios ao norte das regiões sumerianas. Conhecidos como acadianos, dominaram as cidades-estados da Suméria por volta de 2550 a.C. Um ponto fraco dos Sumérios, foi as constantes guerras pelo poder da região. Isso abriu caminho para os acadianos se fortalecerem.Comandados pelo rei Sargão I, as cidades sumérias foram conquistadas, ele conseguiu unificar politicamente o centro e sul da Mesopotâmia, dando origem ao primeiro império mesopotâmico, que expandiu desde o Golfo Pérsico até o norte da Mesopotâmia. Infiltraram-se nas cidades-Estado sumérias, até conquistar Kish. Estabeleceram Akad como cidade hegemônica e ampliaram seu domínio sobre a Mesopotâmia meridional, Elam e parte da Ásia Menor, formando os Estados de Isin, Larsa e Babilônia. Com essas expansões, Sargão I, tornou-se conhecido como "o soberano dos quatro cantos da terra". Com a união desses povos (do império acadiano junto com a
  • 3. cultura sumeriana), o resultado foi notado na escrita, com destaques para os registros da nova língua, semítica, junto com caracteres cuneiforme. Na política, os acadianos criam um Estado centralizado e avançam na arte militar. Desenvolvem a tática do deserto, com armamento leve, como o venábulo (lança), e grande mobilidade. Na religião, politeísta, estabelecem novos deuses e passam a divinizar também o rei. Construíram monumentais palácios ao lado dos templos sumérios. Avançaram na arte militar, com tropas de grande mobilidade no deserto e armamentos leves, como o venábulo (lança). Deram forma silábica à escrita cuneiforme e transcreveram obras literárias sumérias. Assim como os Sumérios, as revoltas internas ajudaram a enfraquecer o governo que em 2100 a.C., desapareceu após as invasões dos gutis, povos asiáticos das montanhas da Armênia. Caldeus Os caldeus eram povos semitas do sul da Mesopotâmia que habitavam na margem oriental do rio Eufrates. Eles iniciaram seu domínio expansionista após a invasão à cidade de Nínive, que era dominada pelos belicistas assírios, em 612 a.C. O monarca Nabopossalar, que comandou a insurreição, já fora governador de uma província dominada por assírios e ordenou o ataque após perceber a maior fraqueza desse povo: a administração. Por mais de um milênio (entre 2000 a.C. e 700 a.C.) os assírios conquistaram um grande número de territórios mesopotâmicos, estendendo sua hegemonia para além do Mar Mediterrâneo, englobando Chipre, Egito e Núbia. Em 625 a.C., o Primeiro Império Babilônico, que fora erigido por acádios, dominou a cidade da Assíria, aumentando a hegemonia da Babilônia – que desta vez tornou-se troféu dos assírios. Apesar de serem grandes estrategistas bélicos e simpatizantes da guerra, os assírios eram fracos como governantes. Com toda a expansão da Babilônia, eles não sabiam como fazer para unificar todo o território, o que suscitou em inúmeras revoltas civis, facilitando a invasão do povo caldeu. A partir de então, surgia o Segundo Império Babilônico, erguido pelos caldeus. Sete anos após a conquista, o imperador Nabopossalar faleceu, deixando o poder nas mãos de seu filho Nabucodonosor, responsável pelas principais mudanças na Mesopotâmia que caracterizaram a importância da cultura caldéia. Ambicioso pelo poder, Nabucodonosor investiu no exército para conquistar os territórios do Egito e dos assírios em sua totalidade. Não satisfeito, expandiu a hegemonia caldeia para Jerusalém, Fenícia e Arábia, que estavam mais despreparados para as invasões. Ainda estavam sob seu domínio a Palestina, a Síria e o Elam, tornando-o o mais poderoso rei do Oriente.
  • 4. O reinado de Nabucodonosor durou 42 anos (604 a.C. – 562 a.C.) e tornou-se o período mais áureo da Babilônia, principalmente com a construção das maravilhas arquitetônicas como a Torre de Babel e os Jardins Suspensos. Mas também foi impulsionado por violentas repressões contra os inimigos, como o “Cativeiro da Babilônia”, que exigiu a deportação em massa dos judeus de Jerusalém para a Mesopotâmia. Em 539 a.C., os persas, liderados por Ciro, o Grande, invadiram o território mesopotâmico e dominaram completamente a Babilônia, pondo fim à hegemonia dos caldeus. Os assírios Como a maioria dos povos que reinaram no antigo Oriente Médio, os Assírios, primeiramente um povo de camponeses e guerreiros rudes, tiveram a justiça amplamente baseada no código promulgado no século XVIII a.C, pelo rei Hamurabi, da Babilônia. A Assíria era essencialmente uma nação de servos que viviam presos à terra que cultivavam; eles podiam ser vendidos juntamente com a propriedade. Deviam obediência à vila mais próxima. Esta, por sua vez, estava presa à cidade pela obrigação de pagar impostos, participar nos festivais religiosos e obedecer aos mandatos administrativos. As cidades - dentre as quais as principais eram Assur, Nínive, Erbil e Nimrod - estavam sob a autoridade do rei. O rei assírio possuía poder absoluto sobre todos as áreas do governo - econômica, diplomática, política, militar e religiosa. Embora reconhecido como humano, acreditava-se que fosse um enviado dos deuses, em especial Assur, a divindade principal. A agressão militar era legitimada pela religião assíria: conquistar era a missão divina dos reis. Além da característica de conquistadores, os assírios eram violentos e costumavam vangloriar-se dos atos sangrentos, faziam do terror e da atrocidade instrumentos de política externa. O fiho de Salmanasar I, Tukulti-Nunurta I, cujo reinado começou em 1244 a.C., expandiu o território dos assírios que à época já era de mais de 30 mil metros quadrados, que iam dos contrafortes dos Zagros até o Eufrades. Tukulti-Nunurta I escravizou e levou para Assur, presos com pesadas correntes de cobre no pescoço, os reis de Nairi que comandavam as tribos que viviam nos Zagros, pois estas durante muitos anos vinham atacando a fronteira nordestes da Assíria. Tempos depois esses reis tiveram permissão para voltar para casa como vassalos. Quando o rei babilônico Kashtiliash resolveu atacar a Assíria, Tukulti-Nunurta venceu o exército babilônico e capturou Kashtiliash. Quando mais tarde a Babilônia revoltou-se com êxito, acreditou-se nos altos círculos assírios que os deuses pilhados anteriormente estavam demonstrando sua ira contra as iniqüidades de Tukulti-Ninurta. E assim, de acordo com uma crônica, o rei assírio, que "tinha colocado sua mão maldosa sobre a Babilônia", teve um triste fim: seu filho e os nobres da Assíria, rebelaram-se contra ele e arrancaram-no do trono. Aprisionaram-no e mataram-no com uma espada. No início do século IX a.C. os Assírios estavam em marcha para o oeste, levando armas assírias ao Mediterrâneo pela primeira vez. O imperador era Assurnasirpal II
  • 5. (885-860 a.C.) e este realizaria uma campanha tão terrível em violência que eclipsaria os feitos sangrentos de seus antepassados. O próprio Assurnasirpal II vangloriava-se do grande morticínio entre os guerreiros inimigos. A política de provocar o terror entre os povos subjugados era comum entre os assírios e os episódios narrados por Assurnasirpal II dão uma idéia das formas de morte, como pena, utilizadas pelo povo Assírio: como o empalamento que era um suplício antigo que consistia em espetar o condenado em uma estaca, pelo ânus, deixando-o assim até morrer; além da morte na fogueira, as mutilações e o esfolamento; torturas mais tarde também utilizadas na Pérsia. Assurbanipal foi o último grande rei dos assírios. Durante o seu reinado (668 - 627 a.C.), a Assíria se tornou a primeira potência mundial. Seu império incluía a Babilônia, a Pérsia, a Síria e o Egito. No fim do seu reinado, porém, ou logo depois, o poderio da Assíria desmoronou. Uma década mais tarde o império caía em mãos de babilônios e persas. Assurbanipal era filho de Assaradão (ou Asarhaddão), este que morreu (669 a.C.) tentando reconquistar Mênfis, a capital egípcia que havia se rebelado logo após ser conquistada. Assurbanipal não fugiu a regra dos seus antecessores: as conquistas e o crescimento das fronteiras da Assíria eram seus maiores objetivos, sempre realizados de forma violenta, mas orgulhando-se das carnificinas. Após a morte de seu pai, o império assírio foi dividido, sendo que seu irmão Chamás-Chum-Uquim reinaria sobre a Babilônia e Assurbanipal governaria o resto. Assurbanipal reconquistou Mênfis e estendeu o domínio assírio para o sul do Egito, até Tebas. Mas Chamás-Chum-Uquim, com ciúmes, por volta de 652 a.C. resolveu atacar uma tropa de Assurbanipal, perto da Babilônia. Logo deflagrou-se uma guerra civil, que só terminou depois de 3 anos de cerco na Babilônia. Como seus antepassados, Assurbanipal vangloriava-se de seus feitos sangrentos. Após rechaçar uma rebelião na Babilônia, o monarca deixou registrada a atitude punitiva severa que teve contra o inimigo. Apesar da ferocidade, o rei Assurbanipal seria lembrado como o estudioso que se gabava de sua própria instrução, e que criou a grande biblioteca de Nínive com uma coletânea com obras em caracteres cuneiformes, hoje responsável por muito do que se sabe dos povos da Mesopotâmia. Durante o seu reinado, que durou cerca de quarenta anos a técnica do baixo-relevo atingiu grandes proporções. As fachadas e as salas dos palácios estavam, a perder de vista, cobertas de tapeçarias de pedra.
  • 6. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas Departamento de Matemática Disciplina: História da Matemática Professora: Grazziella Nuzzi Acadêmico: Wagner Teixeira dos Reis Povos Antigos Montes Claros/ MG MARÇO/ 2012