Este trabalho apresenta um estudo de caso sobre a simulação computacional do desempenho energético de um edifício comercial localizado em São Paulo. Inicialmente, é realizada uma simulação da situação atual do edifício para diagnóstico de oportunidades de eficiência energética. Em seguida, é proposta e simulada uma versão do edifício com medidas de eficiência, como mudanças na envoltória e iluminação. Os resultados demonstram redução da carga térmica, melhoria no conforto térmico e economia de 23% no
Este documento apresenta uma monografia sobre a simulação computacional do desempenho energético de uma edificação comercial. O trabalho avalia o impacto de medidas de eficiência energética na redução do consumo de energia elétrica da edificação por meio de simulações no software EnergyPlus. Foram simulados três cenários: Edificação Referência, Edificação Proposta e Edificação Padrão de Mercado, variando parâmetros da envoltória, iluminação e sistemas de ar condicionado. Os resultados indicaram que a Edificação
Este documento discute a viabilidade da energia solar fotovoltaica em residências no Brasil. Ele apresenta um estudo de caso de uma instalação solar em uma casa em Mutum, Minas Gerais, demonstrando que o sistema pagaria o investimento inicial em 8 anos e traria economia significativa na conta de luz. O documento também discute os benefícios ambientais de se substituir fontes convencionais de energia por energia solar.
ANALISE DO CONSUMO ENERGETICO EM HIS VISANDO A ECONOMIA DE ENERGIA NAS EDIFIC...Anelise Morgan
O documento resume um estudo sobre o consumo energético em habitações de interesse social no município de Campos Borges. O estudo avaliou o consumo médio dessas residências, analisando os principais equipamentos e atividades responsáveis pelo gasto de energia. Foi observado que o uso de ar-condicionado e refrigeradores corresponde a 39% do consumo total, enquanto as demais atividades absorvem os 61% restantes. O estudo visa identificar formas de reduzir o gasto de energia nessas residências, apresentando ações
2024 State of Marketing Report – by HubspotMarius Sescu
https://www.hubspot.com/state-of-marketing
· Scaling relationships and proving ROI
· Social media is the place for search, sales, and service
· Authentic influencer partnerships fuel brand growth
· The strongest connections happen via call, click, chat, and camera.
· Time saved with AI leads to more creative work
· Seeking: A single source of truth
· TLDR; Get on social, try AI, and align your systems.
· More human marketing, powered by robots
ChatGPT is a revolutionary addition to the world since its introduction in 2022. A big shift in the sector of information gathering and processing happened because of this chatbot. What is the story of ChatGPT? How is the bot responding to prompts and generating contents? Swipe through these slides prepared by Expeed Software, a web development company regarding the development and technical intricacies of ChatGPT!
Product Design Trends in 2024 | Teenage EngineeringsPixeldarts
The realm of product design is a constantly changing environment where technology and style intersect. Every year introduces fresh challenges and exciting trends that mold the future of this captivating art form. In this piece, we delve into the significant trends set to influence the look and functionality of product design in the year 2024.
How Race, Age and Gender Shape Attitudes Towards Mental HealthThinkNow
Mental health has been in the news quite a bit lately. Dozens of U.S. states are currently suing Meta for contributing to the youth mental health crisis by inserting addictive features into their products, while the U.S. Surgeon General is touring the nation to bring awareness to the growing epidemic of loneliness and isolation. The country has endured periods of low national morale, such as in the 1970s when high inflation and the energy crisis worsened public sentiment following the Vietnam War. The current mood, however, feels different. Gallup recently reported that national mental health is at an all-time low, with few bright spots to lift spirits.
To better understand how Americans are feeling and their attitudes towards mental health in general, ThinkNow conducted a nationally representative quantitative survey of 1,500 respondents and found some interesting differences among ethnic, age and gender groups.
Technology
For example, 52% agree that technology and social media have a negative impact on mental health, but when broken out by race, 61% of Whites felt technology had a negative effect, and only 48% of Hispanics thought it did.
While technology has helped us keep in touch with friends and family in faraway places, it appears to have degraded our ability to connect in person. Staying connected online is a double-edged sword since the same news feed that brings us pictures of the grandkids and fluffy kittens also feeds us news about the wars in Israel and Ukraine, the dysfunction in Washington, the latest mass shooting and the climate crisis.
Hispanics may have a built-in defense against the isolation technology breeds, owing to their large, multigenerational households, strong social support systems, and tendency to use social media to stay connected with relatives abroad.
Age and Gender
When asked how individuals rate their mental health, men rate it higher than women by 11 percentage points, and Baby Boomers rank it highest at 83%, saying it’s good or excellent vs. 57% of Gen Z saying the same.
Gen Z spends the most amount of time on social media, so the notion that social media negatively affects mental health appears to be correlated. Unfortunately, Gen Z is also the generation that’s least comfortable discussing mental health concerns with healthcare professionals. Only 40% of them state they’re comfortable discussing their issues with a professional compared to 60% of Millennials and 65% of Boomers.
Race Affects Attitudes
As seen in previous research conducted by ThinkNow, Asian Americans lag other groups when it comes to awareness of mental health issues. Twenty-four percent of Asian Americans believe that having a mental health issue is a sign of weakness compared to the 16% average for all groups. Asians are also considerably less likely to be aware of mental health services in their communities (42% vs. 55%) and most likely to seek out information on social media (51% vs. 35%).
AI Trends in Creative Operations 2024 by Artwork Flow.pdfmarketingartwork
Creative operations teams expect increased AI use in 2024. Currently, over half of tasks are not AI-enabled, but this is expected to decrease in the coming year. ChatGPT is the most popular AI tool currently. Business leaders are more actively exploring AI benefits than individual contributors. Most respondents do not believe AI will impact workforce size in 2024. However, some inhibitions still exist around AI accuracy and lack of understanding. Creatives primarily want to use AI to save time on mundane tasks and boost productivity.
Este documento apresenta uma monografia sobre a simulação computacional do desempenho energético de uma edificação comercial. O trabalho avalia o impacto de medidas de eficiência energética na redução do consumo de energia elétrica da edificação por meio de simulações no software EnergyPlus. Foram simulados três cenários: Edificação Referência, Edificação Proposta e Edificação Padrão de Mercado, variando parâmetros da envoltória, iluminação e sistemas de ar condicionado. Os resultados indicaram que a Edificação
Este documento discute a viabilidade da energia solar fotovoltaica em residências no Brasil. Ele apresenta um estudo de caso de uma instalação solar em uma casa em Mutum, Minas Gerais, demonstrando que o sistema pagaria o investimento inicial em 8 anos e traria economia significativa na conta de luz. O documento também discute os benefícios ambientais de se substituir fontes convencionais de energia por energia solar.
ANALISE DO CONSUMO ENERGETICO EM HIS VISANDO A ECONOMIA DE ENERGIA NAS EDIFIC...Anelise Morgan
O documento resume um estudo sobre o consumo energético em habitações de interesse social no município de Campos Borges. O estudo avaliou o consumo médio dessas residências, analisando os principais equipamentos e atividades responsáveis pelo gasto de energia. Foi observado que o uso de ar-condicionado e refrigeradores corresponde a 39% do consumo total, enquanto as demais atividades absorvem os 61% restantes. O estudo visa identificar formas de reduzir o gasto de energia nessas residências, apresentando ações
2024 State of Marketing Report – by HubspotMarius Sescu
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ChatGPT is a revolutionary addition to the world since its introduction in 2022. A big shift in the sector of information gathering and processing happened because of this chatbot. What is the story of ChatGPT? How is the bot responding to prompts and generating contents? Swipe through these slides prepared by Expeed Software, a web development company regarding the development and technical intricacies of ChatGPT!
Product Design Trends in 2024 | Teenage EngineeringsPixeldarts
The realm of product design is a constantly changing environment where technology and style intersect. Every year introduces fresh challenges and exciting trends that mold the future of this captivating art form. In this piece, we delve into the significant trends set to influence the look and functionality of product design in the year 2024.
How Race, Age and Gender Shape Attitudes Towards Mental HealthThinkNow
Mental health has been in the news quite a bit lately. Dozens of U.S. states are currently suing Meta for contributing to the youth mental health crisis by inserting addictive features into their products, while the U.S. Surgeon General is touring the nation to bring awareness to the growing epidemic of loneliness and isolation. The country has endured periods of low national morale, such as in the 1970s when high inflation and the energy crisis worsened public sentiment following the Vietnam War. The current mood, however, feels different. Gallup recently reported that national mental health is at an all-time low, with few bright spots to lift spirits.
To better understand how Americans are feeling and their attitudes towards mental health in general, ThinkNow conducted a nationally representative quantitative survey of 1,500 respondents and found some interesting differences among ethnic, age and gender groups.
Technology
For example, 52% agree that technology and social media have a negative impact on mental health, but when broken out by race, 61% of Whites felt technology had a negative effect, and only 48% of Hispanics thought it did.
While technology has helped us keep in touch with friends and family in faraway places, it appears to have degraded our ability to connect in person. Staying connected online is a double-edged sword since the same news feed that brings us pictures of the grandkids and fluffy kittens also feeds us news about the wars in Israel and Ukraine, the dysfunction in Washington, the latest mass shooting and the climate crisis.
Hispanics may have a built-in defense against the isolation technology breeds, owing to their large, multigenerational households, strong social support systems, and tendency to use social media to stay connected with relatives abroad.
Age and Gender
When asked how individuals rate their mental health, men rate it higher than women by 11 percentage points, and Baby Boomers rank it highest at 83%, saying it’s good or excellent vs. 57% of Gen Z saying the same.
Gen Z spends the most amount of time on social media, so the notion that social media negatively affects mental health appears to be correlated. Unfortunately, Gen Z is also the generation that’s least comfortable discussing mental health concerns with healthcare professionals. Only 40% of them state they’re comfortable discussing their issues with a professional compared to 60% of Millennials and 65% of Boomers.
Race Affects Attitudes
As seen in previous research conducted by ThinkNow, Asian Americans lag other groups when it comes to awareness of mental health issues. Twenty-four percent of Asian Americans believe that having a mental health issue is a sign of weakness compared to the 16% average for all groups. Asians are also considerably less likely to be aware of mental health services in their communities (42% vs. 55%) and most likely to seek out information on social media (51% vs. 35%).
AI Trends in Creative Operations 2024 by Artwork Flow.pdfmarketingartwork
Creative operations teams expect increased AI use in 2024. Currently, over half of tasks are not AI-enabled, but this is expected to decrease in the coming year. ChatGPT is the most popular AI tool currently. Business leaders are more actively exploring AI benefits than individual contributors. Most respondents do not believe AI will impact workforce size in 2024. However, some inhibitions still exist around AI accuracy and lack of understanding. Creatives primarily want to use AI to save time on mundane tasks and boost productivity.
AE03 - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL INDÚSTRIA E TRANSFORMAÇÃO DIGITAL ...Consultoria Acadêmica
“O processo de inovação envolve a geração de ideias para desenvolver projetos que podem ser testados e implementados na empresa, nesse sentido, uma empresa pode escolher entre inovação aberta ou inovação fechada” (Carvalho, 2024, p.17).
CARVALHO, Maria Fernanda Francelin. Estudo contemporâneo e transversal: indústria e transformação digital. Florianópolis, SC: Arqué, 2024.
Com base no exposto e nos conteúdos estudados na disciplina, analise as afirmativas a seguir:
I - A inovação aberta envolve a colaboração com outras empresas ou parceiros externos para impulsionar ainovação.
II – A inovação aberta é o modelo tradicional, em que a empresa conduz todo o processo internamente,desde pesquisa e desenvolvimento até a comercialização do produto.
III – A inovação fechada é realizada inteiramente com recursos internos da empresa, garantindo o sigilo dasinformações e conhecimento exclusivo para uso interno.
IV – O processo que envolve a colaboração com profissionais de outras empresas, reunindo diversasperspectivas e conhecimentos, trata-se de inovação fechada.
É correto o que se afirma em:
ALTERNATIVAS
I e II, apenas.
I e III, apenas.
I, III e IV, apenas.
II, III e IV, apenas.
I, II, III e IV.
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54 99956-3050
Se você possui smartphone há mais de 10 anos, talvez não tenha percebido que, no início da onda da
instalação de aplicativos para celulares, quando era instalado um novo aplicativo, ele não perguntava se
podia ter acesso às suas fotos, e-mails, lista de contatos, localização, informações de outros aplicativos
instalados, etc. Isso não significa que agora todos pedem autorização de tudo, mas percebe-se que os
próprios sistemas operacionais (atualmente conhecidos como Android da Google ou IOS da Apple) têm
aumentado a camada de segurança quando algum aplicativo tenta acessar os seus dados, abrindo uma
janela e solicitando sua autorização.
CASTRO, Sílvio. Tecnologia. Formação Sociocultural e Ética II. Unicesumar: Maringá, 2024.
Considerando o exposto, analise as asserções a seguir e assinale a que descreve corretamente.
ALTERNATIVAS
I, apenas.
I e III, apenas.
II e IV, apenas.
II, III e IV, apenas.
I, II, III e IV.
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AE03 - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL ENGENHARIA DA SUSTENTABILIDADE UNIC...Consultoria Acadêmica
Os termos "sustentabilidade" e "desenvolvimento sustentável" só ganharam repercussão mundial com a realização da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (CNUMAD), conhecida como Rio 92. O encontro reuniu 179 representantes de países e estabeleceu de vez a pauta ambiental no cenário mundial. Outra mudança de paradigma foi a responsabilidade que os países desenvolvidos têm para um planeta mais sustentável, como planos de redução da emissão de poluentes e investimento de recursos para que os países pobres degradem menos. Atualmente, os termos
"sustentabilidade" e "desenvolvimento sustentável" fazem parte da agenda e do compromisso de todos os países e organizações que pensam no futuro e estão preocupados com a preservação da vida dos seres vivos.
Elaborado pelo professor, 2023.
Diante do contexto apresentado, assinale a alternativa correta sobre a definição de desenvolvimento sustentável:
ALTERNATIVAS
Desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento que não esgota os recursos para o futuro.
Desenvolvimento sustantável é o desenvolvimento que supre as necessidades momentâneas das pessoas.
Desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento incapaz de garantir o atendimento das necessidades da geração futura.
Desenvolvimento sustentável é um modelo de desenvolvimento econômico, social e político que esteja contraposto ao meio ambiente.
Desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da geração anterior, comprometendo a capacidade de atender às necessidades das futuras gerações.
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54 99956-3050
Os nanomateriais são materiais com dimensões na escala nanométrica, apresentando propriedades únicas devido ao seu tamanho reduzido. Eles são amplamente explorados em áreas como eletrônica, medicina e energia, promovendo avanços tecnológicos e aplicações inovadoras.
Sobre os nanomateriais, analise as afirmativas a seguir:
-6
I. Os nanomateriais são aqueles que estão na escala manométrica, ou seja, 10 do metro.
II. O Fumo negro é um exemplo de nanomaterial.
III. Os nanotubos de carbono e o grafeno são exemplos de nanomateriais, e possuem apenas carbono emsua composição.
IV. O fulereno é um exemplo de nanomaterial que possuí carbono e silício em sua composição.
É correto o que se afirma em:
ALTERNATIVAS
I e II, apenas.
I, II e III, apenas.
I, II e IV, apenas.
II, III e IV, apenas.
I, II, III e IV.
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Organizational culture includes values, norms, systems, symbols, language, assumptions, beliefs, and habits that influence employee behaviors and how people interpret those behaviors. It is important because culture can help or hinder a company's success. Some key aspects of Netflix's culture that help it achieve results include hiring smartly so every position has stars, focusing on attitude over just aptitude, and having a strict policy against peacocks, whiners, and jerks.
PEPSICO Presentation to CAGNY Conference Feb 2024Neil Kimberley
PepsiCo provided a safe harbor statement noting that any forward-looking statements are based on currently available information and are subject to risks and uncertainties. It also provided information on non-GAAP measures and directing readers to its website for disclosure and reconciliation. The document then discussed PepsiCo's business overview, including that it is a global beverage and convenient food company with iconic brands, $91 billion in net revenue in 2023, and nearly $14 billion in core operating profit. It operates through a divisional structure with a focus on local consumers.
Content Methodology: A Best Practices Report (Webinar)contently
This document provides an overview of content methodology best practices. It defines content methodology as establishing objectives, KPIs, and a culture of continuous learning and iteration. An effective methodology focuses on connecting with audiences, creating optimal content, and optimizing processes. It also discusses why a methodology is needed due to the competitive landscape, proliferation of channels, and opportunities for improvement. Components of an effective methodology include defining objectives and KPIs, audience analysis, identifying opportunities, and evaluating resources. The document concludes with recommendations around creating a content plan, testing and optimizing content over 90 days.
How to Prepare For a Successful Job Search for 2024Albert Qian
The document provides guidance on preparing a job search for 2024. It discusses the state of the job market, focusing on growth in AI and healthcare but also continued layoffs. It recommends figuring out what you want to do by researching interests and skills, then conducting informational interviews. The job search should involve building a personal brand on LinkedIn, actively applying to jobs, tailoring resumes and interviews, maintaining job hunting as a habit, and continuing self-improvement. Once hired, the document advises setting new goals and keeping skills and networking active in case of future opportunities.
A report by thenetworkone and Kurio.
The contributing experts and agencies are (in an alphabetical order): Sylwia Rytel, Social Media Supervisor, 180heartbeats + JUNG v MATT (PL), Sharlene Jenner, Vice President - Director of Engagement Strategy, Abelson Taylor (USA), Alex Casanovas, Digital Director, Atrevia (ES), Dora Beilin, Senior Social Strategist, Barrett Hoffher (USA), Min Seo, Campaign Director, Brand New Agency (KR), Deshé M. Gully, Associate Strategist, Day One Agency (USA), Francesca Trevisan, Strategist, Different (IT), Trevor Crossman, CX and Digital Transformation Director; Olivia Hussey, Strategic Planner; Simi Srinarula, Social Media Manager, The Hallway (AUS), James Hebbert, Managing Director, Hylink (CN / UK), Mundy Álvarez, Planning Director; Pedro Rojas, Social Media Manager; Pancho González, CCO, Inbrax (CH), Oana Oprea, Head of Digital Planning, Jam Session Agency (RO), Amy Bottrill, Social Account Director, Launch (UK), Gaby Arriaga, Founder, Leonardo1452 (MX), Shantesh S Row, Creative Director, Liwa (UAE), Rajesh Mehta, Chief Strategy Officer; Dhruv Gaur, Digital Planning Lead; Leonie Mergulhao, Account Supervisor - Social Media & PR, Medulla (IN), Aurelija Plioplytė, Head of Digital & Social, Not Perfect (LI), Daiana Khaidargaliyeva, Account Manager, Osaka Labs (UK / USA), Stefanie Söhnchen, Vice President Digital, PIABO Communications (DE), Elisabeth Winiartati, Managing Consultant, Head of Global Integrated Communications; Lydia Aprina, Account Manager, Integrated Marketing and Communications; Nita Prabowo, Account Manager, Integrated Marketing and Communications; Okhi, Web Developer, PNTR Group (ID), Kei Obusan, Insights Director; Daffi Ranandi, Insights Manager, Radarr (SG), Gautam Reghunath, Co-founder & CEO, Talented (IN), Donagh Humphreys, Head of Social and Digital Innovation, THINKHOUSE (IRE), Sarah Yim, Strategy Director, Zulu Alpha Kilo (CA).
Trends In Paid Search: Navigating The Digital Landscape In 2024Search Engine Journal
The search marketing landscape is evolving rapidly with new technologies, and professionals, like you, rely on innovative paid search strategies to meet changing demands.
It’s important that you’re ready to implement new strategies in 2024.
Check this out and learn the top trends in paid search advertising that are expected to gain traction, so you can drive higher ROI more efficiently in 2024.
You’ll learn:
- The latest trends in AI and automation, and what this means for an evolving paid search ecosystem.
- New developments in privacy and data regulation.
- Emerging ad formats that are expected to make an impact next year.
Watch Sreekant Lanka from iQuanti and Irina Klein from OneMain Financial as they dive into the future of paid search and explore the trends, strategies, and technologies that will shape the search marketing landscape.
If you’re looking to assess your paid search strategy and design an industry-aligned plan for 2024, then this webinar is for you.
5 Public speaking tips from TED - Visualized summarySpeakerHub
From their humble beginnings in 1984, TED has grown into the world’s most powerful amplifier for speakers and thought-leaders to share their ideas. They have over 2,400 filmed talks (not including the 30,000+ TEDx videos) freely available online, and have hosted over 17,500 events around the world.
With over one billion views in a year, it’s no wonder that so many speakers are looking to TED for ideas on how to share their message more effectively.
The article “5 Public-Speaking Tips TED Gives Its Speakers”, by Carmine Gallo for Forbes, gives speakers five practical ways to connect with their audience, and effectively share their ideas on stage.
Whether you are gearing up to get on a TED stage yourself, or just want to master the skills that so many of their speakers possess, these tips and quotes from Chris Anderson, the TED Talks Curator, will encourage you to make the most impactful impression on your audience.
See the full article and more summaries like this on SpeakerHub here: https://speakerhub.com/blog/5-presentation-tips-ted-gives-its-speakers
See the original article on Forbes here:
http://www.forbes.com/forbes/welcome/?toURL=http://www.forbes.com/sites/carminegallo/2016/05/06/5-public-speaking-tips-ted-gives-its-speakers/&refURL=&referrer=#5c07a8221d9b
ChatGPT and the Future of Work - Clark Boyd Clark Boyd
Everyone is in agreement that ChatGPT (and other generative AI tools) will shape the future of work. Yet there is little consensus on exactly how, when, and to what extent this technology will change our world.
Businesses that extract maximum value from ChatGPT will use it as a collaborative tool for everything from brainstorming to technical maintenance.
For individuals, now is the time to pinpoint the skills the future professional will need to thrive in the AI age.
Check out this presentation to understand what ChatGPT is, how it will shape the future of work, and how you can prepare to take advantage.
The document provides career advice for getting into the tech field, including:
- Doing projects and internships in college to build a portfolio.
- Learning about different roles and technologies through industry research.
- Contributing to open source projects to build experience and network.
- Developing a personal brand through a website and social media presence.
- Networking through events, communities, and finding a mentor.
- Practicing interviews through mock interviews and whiteboarding coding questions.
Google's Just Not That Into You: Understanding Core Updates & Search IntentLily Ray
1. Core updates from Google periodically change how its algorithms assess and rank websites and pages. This can impact rankings through shifts in user intent, site quality issues being caught up to, world events influencing queries, and overhauls to search like the E-A-T framework.
2. There are many possible user intents beyond just transactional, navigational and informational. Identifying intent shifts is important during core updates. Sites may need to optimize for new intents through different content types and sections.
3. Responding effectively to core updates requires analyzing "before and after" data to understand changes, identifying new intents or page types, and ensuring content matches appropriate intents across video, images, knowledge graphs and more.
A brief introduction to DataScience with explaining of the concepts, algorithms, machine learning, supervised and unsupervised learning, clustering, statistics, data preprocessing, real-world applications etc.
It's part of a Data Science Corner Campaign where I will be discussing the fundamentals of DataScience, AIML, Statistics etc.
Time Management & Productivity - Best PracticesVit Horky
Here's my presentation on by proven best practices how to manage your work time effectively and how to improve your productivity. It includes practical tips and how to use tools such as Slack, Google Apps, Hubspot, Google Calendar, Gmail and others.
The six step guide to practical project managementMindGenius
The six step guide to practical project management
If you think managing projects is too difficult, think again.
We’ve stripped back project management processes to the
basics – to make it quicker and easier, without sacrificing
the vital ingredients for success.
“If you’re looking for some real-world guidance, then The Six Step Guide to Practical Project Management will help.”
Dr Andrew Makar, Tactical Project Management
AE03 - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL INDÚSTRIA E TRANSFORMAÇÃO DIGITAL ...Consultoria Acadêmica
“O processo de inovação envolve a geração de ideias para desenvolver projetos que podem ser testados e implementados na empresa, nesse sentido, uma empresa pode escolher entre inovação aberta ou inovação fechada” (Carvalho, 2024, p.17).
CARVALHO, Maria Fernanda Francelin. Estudo contemporâneo e transversal: indústria e transformação digital. Florianópolis, SC: Arqué, 2024.
Com base no exposto e nos conteúdos estudados na disciplina, analise as afirmativas a seguir:
I - A inovação aberta envolve a colaboração com outras empresas ou parceiros externos para impulsionar ainovação.
II – A inovação aberta é o modelo tradicional, em que a empresa conduz todo o processo internamente,desde pesquisa e desenvolvimento até a comercialização do produto.
III – A inovação fechada é realizada inteiramente com recursos internos da empresa, garantindo o sigilo dasinformações e conhecimento exclusivo para uso interno.
IV – O processo que envolve a colaboração com profissionais de outras empresas, reunindo diversasperspectivas e conhecimentos, trata-se de inovação fechada.
É correto o que se afirma em:
ALTERNATIVAS
I e II, apenas.
I e III, apenas.
I, III e IV, apenas.
II, III e IV, apenas.
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Se você possui smartphone há mais de 10 anos, talvez não tenha percebido que, no início da onda da
instalação de aplicativos para celulares, quando era instalado um novo aplicativo, ele não perguntava se
podia ter acesso às suas fotos, e-mails, lista de contatos, localização, informações de outros aplicativos
instalados, etc. Isso não significa que agora todos pedem autorização de tudo, mas percebe-se que os
próprios sistemas operacionais (atualmente conhecidos como Android da Google ou IOS da Apple) têm
aumentado a camada de segurança quando algum aplicativo tenta acessar os seus dados, abrindo uma
janela e solicitando sua autorização.
CASTRO, Sílvio. Tecnologia. Formação Sociocultural e Ética II. Unicesumar: Maringá, 2024.
Considerando o exposto, analise as asserções a seguir e assinale a que descreve corretamente.
ALTERNATIVAS
I, apenas.
I e III, apenas.
II e IV, apenas.
II, III e IV, apenas.
I, II, III e IV.
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AE03 - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL ENGENHARIA DA SUSTENTABILIDADE UNIC...Consultoria Acadêmica
Os termos "sustentabilidade" e "desenvolvimento sustentável" só ganharam repercussão mundial com a realização da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (CNUMAD), conhecida como Rio 92. O encontro reuniu 179 representantes de países e estabeleceu de vez a pauta ambiental no cenário mundial. Outra mudança de paradigma foi a responsabilidade que os países desenvolvidos têm para um planeta mais sustentável, como planos de redução da emissão de poluentes e investimento de recursos para que os países pobres degradem menos. Atualmente, os termos
"sustentabilidade" e "desenvolvimento sustentável" fazem parte da agenda e do compromisso de todos os países e organizações que pensam no futuro e estão preocupados com a preservação da vida dos seres vivos.
Elaborado pelo professor, 2023.
Diante do contexto apresentado, assinale a alternativa correta sobre a definição de desenvolvimento sustentável:
ALTERNATIVAS
Desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento que não esgota os recursos para o futuro.
Desenvolvimento sustantável é o desenvolvimento que supre as necessidades momentâneas das pessoas.
Desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento incapaz de garantir o atendimento das necessidades da geração futura.
Desenvolvimento sustentável é um modelo de desenvolvimento econômico, social e político que esteja contraposto ao meio ambiente.
Desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da geração anterior, comprometendo a capacidade de atender às necessidades das futuras gerações.
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Os nanomateriais são materiais com dimensões na escala nanométrica, apresentando propriedades únicas devido ao seu tamanho reduzido. Eles são amplamente explorados em áreas como eletrônica, medicina e energia, promovendo avanços tecnológicos e aplicações inovadoras.
Sobre os nanomateriais, analise as afirmativas a seguir:
-6
I. Os nanomateriais são aqueles que estão na escala manométrica, ou seja, 10 do metro.
II. O Fumo negro é um exemplo de nanomaterial.
III. Os nanotubos de carbono e o grafeno são exemplos de nanomateriais, e possuem apenas carbono emsua composição.
IV. O fulereno é um exemplo de nanomaterial que possuí carbono e silício em sua composição.
É correto o que se afirma em:
ALTERNATIVAS
I e II, apenas.
I, II e III, apenas.
I, II e IV, apenas.
II, III e IV, apenas.
I, II, III e IV.
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Organizational culture includes values, norms, systems, symbols, language, assumptions, beliefs, and habits that influence employee behaviors and how people interpret those behaviors. It is important because culture can help or hinder a company's success. Some key aspects of Netflix's culture that help it achieve results include hiring smartly so every position has stars, focusing on attitude over just aptitude, and having a strict policy against peacocks, whiners, and jerks.
PEPSICO Presentation to CAGNY Conference Feb 2024Neil Kimberley
PepsiCo provided a safe harbor statement noting that any forward-looking statements are based on currently available information and are subject to risks and uncertainties. It also provided information on non-GAAP measures and directing readers to its website for disclosure and reconciliation. The document then discussed PepsiCo's business overview, including that it is a global beverage and convenient food company with iconic brands, $91 billion in net revenue in 2023, and nearly $14 billion in core operating profit. It operates through a divisional structure with a focus on local consumers.
Content Methodology: A Best Practices Report (Webinar)contently
This document provides an overview of content methodology best practices. It defines content methodology as establishing objectives, KPIs, and a culture of continuous learning and iteration. An effective methodology focuses on connecting with audiences, creating optimal content, and optimizing processes. It also discusses why a methodology is needed due to the competitive landscape, proliferation of channels, and opportunities for improvement. Components of an effective methodology include defining objectives and KPIs, audience analysis, identifying opportunities, and evaluating resources. The document concludes with recommendations around creating a content plan, testing and optimizing content over 90 days.
How to Prepare For a Successful Job Search for 2024Albert Qian
The document provides guidance on preparing a job search for 2024. It discusses the state of the job market, focusing on growth in AI and healthcare but also continued layoffs. It recommends figuring out what you want to do by researching interests and skills, then conducting informational interviews. The job search should involve building a personal brand on LinkedIn, actively applying to jobs, tailoring resumes and interviews, maintaining job hunting as a habit, and continuing self-improvement. Once hired, the document advises setting new goals and keeping skills and networking active in case of future opportunities.
A report by thenetworkone and Kurio.
The contributing experts and agencies are (in an alphabetical order): Sylwia Rytel, Social Media Supervisor, 180heartbeats + JUNG v MATT (PL), Sharlene Jenner, Vice President - Director of Engagement Strategy, Abelson Taylor (USA), Alex Casanovas, Digital Director, Atrevia (ES), Dora Beilin, Senior Social Strategist, Barrett Hoffher (USA), Min Seo, Campaign Director, Brand New Agency (KR), Deshé M. Gully, Associate Strategist, Day One Agency (USA), Francesca Trevisan, Strategist, Different (IT), Trevor Crossman, CX and Digital Transformation Director; Olivia Hussey, Strategic Planner; Simi Srinarula, Social Media Manager, The Hallway (AUS), James Hebbert, Managing Director, Hylink (CN / UK), Mundy Álvarez, Planning Director; Pedro Rojas, Social Media Manager; Pancho González, CCO, Inbrax (CH), Oana Oprea, Head of Digital Planning, Jam Session Agency (RO), Amy Bottrill, Social Account Director, Launch (UK), Gaby Arriaga, Founder, Leonardo1452 (MX), Shantesh S Row, Creative Director, Liwa (UAE), Rajesh Mehta, Chief Strategy Officer; Dhruv Gaur, Digital Planning Lead; Leonie Mergulhao, Account Supervisor - Social Media & PR, Medulla (IN), Aurelija Plioplytė, Head of Digital & Social, Not Perfect (LI), Daiana Khaidargaliyeva, Account Manager, Osaka Labs (UK / USA), Stefanie Söhnchen, Vice President Digital, PIABO Communications (DE), Elisabeth Winiartati, Managing Consultant, Head of Global Integrated Communications; Lydia Aprina, Account Manager, Integrated Marketing and Communications; Nita Prabowo, Account Manager, Integrated Marketing and Communications; Okhi, Web Developer, PNTR Group (ID), Kei Obusan, Insights Director; Daffi Ranandi, Insights Manager, Radarr (SG), Gautam Reghunath, Co-founder & CEO, Talented (IN), Donagh Humphreys, Head of Social and Digital Innovation, THINKHOUSE (IRE), Sarah Yim, Strategy Director, Zulu Alpha Kilo (CA).
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5 Public speaking tips from TED - Visualized summarySpeakerHub
From their humble beginnings in 1984, TED has grown into the world’s most powerful amplifier for speakers and thought-leaders to share their ideas. They have over 2,400 filmed talks (not including the 30,000+ TEDx videos) freely available online, and have hosted over 17,500 events around the world.
With over one billion views in a year, it’s no wonder that so many speakers are looking to TED for ideas on how to share their message more effectively.
The article “5 Public-Speaking Tips TED Gives Its Speakers”, by Carmine Gallo for Forbes, gives speakers five practical ways to connect with their audience, and effectively share their ideas on stage.
Whether you are gearing up to get on a TED stage yourself, or just want to master the skills that so many of their speakers possess, these tips and quotes from Chris Anderson, the TED Talks Curator, will encourage you to make the most impactful impression on your audience.
See the full article and more summaries like this on SpeakerHub here: https://speakerhub.com/blog/5-presentation-tips-ted-gives-its-speakers
See the original article on Forbes here:
http://www.forbes.com/forbes/welcome/?toURL=http://www.forbes.com/sites/carminegallo/2016/05/06/5-public-speaking-tips-ted-gives-its-speakers/&refURL=&referrer=#5c07a8221d9b
ChatGPT and the Future of Work - Clark Boyd Clark Boyd
Everyone is in agreement that ChatGPT (and other generative AI tools) will shape the future of work. Yet there is little consensus on exactly how, when, and to what extent this technology will change our world.
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For individuals, now is the time to pinpoint the skills the future professional will need to thrive in the AI age.
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Google's Just Not That Into You: Understanding Core Updates & Search IntentLily Ray
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2. There are many possible user intents beyond just transactional, navigational and informational. Identifying intent shifts is important during core updates. Sites may need to optimize for new intents through different content types and sections.
3. Responding effectively to core updates requires analyzing "before and after" data to understand changes, identifying new intents or page types, and ensuring content matches appropriate intents across video, images, knowledge graphs and more.
A brief introduction to DataScience with explaining of the concepts, algorithms, machine learning, supervised and unsupervised learning, clustering, statistics, data preprocessing, real-world applications etc.
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Time Management & Productivity - Best PracticesVit Horky
Here's my presentation on by proven best practices how to manage your work time effectively and how to improve your productivity. It includes practical tips and how to use tools such as Slack, Google Apps, Hubspot, Google Calendar, Gmail and others.
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Unlocking the Power of ChatGPT and AI in Testing - A Real-World Look, present...Applitools
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* ChatGPT and OpenAI belong to OpenAI, L.L.C.
The document discusses various AI tools from OpenAI like GPT-3 and DALL-E 2, as well as ChatGPT. It explores how search engines are using AI and things to consider around AI-generated content. Potential SEO uses of ChatGPT are also presented, such as generating content at scale, conducting topic research, and automating basic coding tasks. The document encourages further reading on using ChatGPT for SEO purposes.
More than Just Lines on a Map: Best Practices for U.S Bike Routes
This session highlights best practices and lessons learned for U.S. Bike Route System designation, as well as how and why these routes should be integrated into bicycle planning at the local and regional level.
Presenters:
Presenter: Kevin Luecke Toole Design Group
Co-Presenter: Virginia Sullivan Adventure Cycling Association
Ride the Storm: Navigating Through Unstable Periods / Katerina Rudko (Belka G...DevGAMM Conference
Has your project been caught in a storm of deadlines, clashing requirements, and the need to change course halfway through? If yes, then check out how the administration team navigated through all of this, relocating 160 people from 3 countries and opening 2 offices during the most turbulent time in the last 20 years. Belka Games’ Chief Administrative Officer, Katerina Rudko, will share universal approaches and life hacks that can help your project survive unstable periods when there seem to be too many tasks and a lack of time and people.
Ride the Storm: Navigating Through Unstable Periods / Katerina Rudko (Belka G...
PG_COELE_2016_2_06.pdf
1. UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ
CÂMPUS PONTA GROSSA
DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE ENGENHARIA ELETRÔNICA
CURSO DE ENGENHARIA ELETRÔNICA
FLÁVIA DE ANDRADE
ESTUDO DE CASO: SIMULAÇÃO COMPUTACIONAL DE
DESEMPENHO ENERGÉTICO DO EDIFÍCIO DA EMPRESA
MGD EFICIÊNCIA ENERGÉTICA
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
PONTA GROSSA
2016
2. FLÁVIA DE ANDRADE
ESTUDO DE CASO: SIMULAÇÃO COMPUTACIONAL DE
DESEMPENHO ENERGÉTICO DO EDIFÍCIO DA EMPRESA
MGD EFICIÊNCIA ENERGÉTICA
PONTA GROSSA
2016
Trabalho de Conclusão de Curso de graduação,
apresentado à disciplina de Trabalho de
Conclusão de Curso II, do Curso Superior em
Engenharia Eletrônica do Departamento
Acadêmico de Eletrônica – DAELE – da
Universidade Tecnológica Federal do Paraná–
UTFPR, como requisito parcial para obtenção
do título de Bacharel em Engenharia
Eletrônica.
Orientador: Prof. Eduardo Moletta
3. FOLHA DE APROVAÇÃO
ESTUDO DE CASO: SIMULAÇÃO COMPUTACIONAL DE DESEMPENHO
ENERGÉTICO DO EDIFÍCIO DA EMPRESA MGD EFICIÊNCIA ENERGÉTICA
Desenvolvido por:
FLÁVIA DE ANDRADE
Este trabalho de conclusão de curso foi apresentado em 18 de novembro de
2016, como requisito parcial para obtenção do título de Engenharia Eletrônica. Os
candidatos foram arguidos pela banca examinadora composta pelos professores
abaixo assinado. Após deliberação, a Banca Examinadora considerou o trabalho
aprovado.
Prof. Eduardo Moletta, Msc.
Professor Orientador
Prof. Jeferson José Lima, Msc.
Membro titular
Prof. Paulo Sérgio Parangaba Ignácio, Esp.
Membro titular
- A Folha de Aprovação assinada encontra-se arquivada na Secretaria Acadêmica -
Ministério da Educação
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Câmpus Ponta Grossa
DAELE – Departamento de Eletrônica
4. Dedico este trabalho com todo
carinho aos meus pais, irmãos e
ao meu namorado que me
incentivaram e que me deram total
apoio para a concretização de
mais essa etapa em minha vida.
5. AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente aos meus pais, Adão e Ermelinda, por todo amor e suporte ao
longo de todos os anos na universidade.
Agradeço aos meus irmãos, Vivian, Ellen e Felipe, pelo exemplo de dedicação e de
caráter e, também, por todos os conselhos e incentivos.
Agradeço ao meu incrível namorado, Mateus, por ter se tornado meu maior
companheiro, por acreditar tanto em mim e por me inspirar a querer ser cada vez melhor. Em
especial, por ter se dedicado à este projeto e me apoiado com tanto envolvimento.
Agradeço ao meu orientador, Professor Eduardo Moletta, pelo engajamento e
disposição em me auxiliar a elaborar este trabalho e, ainda, por toda instrução e conhecimento
compartilhado.
Agradeço a empresa MGD Eficiência Energética por tudo que tenho aprendido e
crescido no desenvolvimento de projetos na área de eficiência energética e pela colaboração
na aplicação deste estudo.
6. RESUMO
A demanda de energia mundial se encontra em tendência de crescimento acelerado devido ao
aumento da população e do consumo per capita. Grande parte dessa demanda se destina ao
uso em edificações, nos setores comercial, residencial e industrial, onde há diversas
oportunidades de melhoria. O estudo dessas melhorias, visando diminuir o consumo
energético mantendo a performance e o conforto das edificações, recebe o nome de eficiência
energética. Esse trabalho se propõe a estudar a aplicação de simulações computacionais do
desempenho térmico e energético de edificações, por meio do software EnergyPlus, em estudo
de caso para redução de consumo de energia elétrica de uma edificação comercial localizada
na região de São Paulo. A modelagem geométrica da envoltória da edificação foi realizada
com auxílio de outros softwares, em seguida carregada no EnergyPlus com dados
complementares para avaliação do conforto térmico do edifício e do consumo energético, este
último dividido em três sistemas: climatização, iluminação e demais equipamentos elétricos.
Realizou-se primeiramente a simulação da situação atual do edifício com o objetivo de
diagnóstico de oportunidades para reduzir consumo, e em seguida uma segunda simulação
implementando, em ambiente computacional, medidas de eficiência energética propostas. Os
resultados da situação atual da edificação demonstraram desequilíbrio nas cargas térmicas,
com ambientes atingindo temperaturas de até 35ºC no verão e 11ºC no inverno, sendo grande
parte dessa carga térmica devido a janelas do edifício – correspondente a 50% do total da
carga térmica da edificação. Com base nesse cenário foram propostas as seguintes medidas
passivas de eficiência energética: instalação de sombreamento nas janelas, diminuição da área
total de vidro e mudança do tipo de vidro utilizado, mudança da cor do telhado, adição de
camadas de gesso nas paredes e implantação de sistemas de controle e automação para a
iluminação. Dessa forma, foi possível demonstrar, pelos resultados da simulação, uma
redução da carga térmica das janelas para 28% do total da edificação, com queda de até 2,4 ºC
na temperatura média dos ambientes internos durante o verão e aumento de 1,7 ºC durante o
inverno. O consumo energético total foi reduzido em 23%, de aproximadamente 18,5 MWh
para 14,6 MWh anuais, impulsionado pela menor demanda dos sistemas de climatização, após
adequação do desempenho térmico, e do sistema de iluminação. É possível concluir que, por
meio de medidas simples e uso eficiente das ferramentas de simulação computacional, são
alcançados resultados expressivos na redução da utilização de energia elétrica em edificações,
trazendo benefícios econômicos e ambientais.
Palavras-chave: Eficiência Energética, Simulação Computacional Termo-energética,
Conforto Térmico, EnergyPlus, OpenStudio.
7. ABSTRACT
Energy demand worldwide presents an accelerated growth trend for the future due to rising
population numbers and per capita consumption. A large share of this demand is used in
building on commercial, residential and industrial sectors, where opportunities for
improvement are widely available. The field that studies these improvements, aiming to
reduce energy consumption while maintaining performance and comfort inside buildings, is
called energy efficiency. This paper intends to study the application of energy consumption
and thermal performance simulation software in buildings, using the open-source platform
EnergyPlus for a case study on a commercial building located in São Paulo, Brazil. The
geometrical modeling of the building envelope was developed with the aid of secondary
software, and was then used in EnergyPlus with additional data to evaluate thermal comfort
and electric energy consumption, divided in three systems: air conditioning, lighting and other
electrical devices. A first stimulation was developed to represent the current state of the
building with the objective to diagnose opportunities for energy saving, and then a second
simulation was completed with the implementation of proposed energy efficiency measures.
Results of the current situation of the building have shown that thermal loads were poorly
managed, with some building zones reaching up to 35 ºC during the summer and 11 ºC during
winter, and this was mainly due to the thermal load from windows, that represented about
50% of total thermal load of the building. Based on this scenario the following measures were
proposed: using shading structures on windows (brise-soleil), reducing the total area of glass
and changing the type of glass used, changing the color of the roof for a light color, adding a
plaster layer on walls and applying lighting systems controls. This way, the thermal load of
windows was reduced to 28% of the total load of the building, and interior zones have
experienced a drop of 2,4ºC in the average temperature during the summer and rise of 1,7 ºC
during the winter. Total energy consumption was reduced in 23%, from 18,5 MWh to 14,6
MWh yearly, associated with a lower energy demand from HVAC systems, after thermal
comfort was adequate, and from lighting systems. It's possible to conclude that the use of
simple energy efficiency measures and effective application of thermal energetic simulation
software results in relevant savings on electric energy consumption by buildings, introducing
benefits to society and the environment.
Keywords: Energy Efficiency, Thermal Energetic Simulation, Thermal Comfort, EnergyPlus,
OpenStudio.
8. LISTA DE FIGURAS
Figura 01 - Consumo Energético Mundial: Histórico e Projeções. ....................................... 10
Figura 02 – Mecanismo de Condução de Calor na Envoltória.............................................. 15
Figura 03 – Mecanismo de Condução de Calor na Envoltória.............................................. 15
Figura 04 – Mecanismo de Radiação de Calor na Envoltória. .............................................. 16
Figura 05 – Mecanismos de Troca de Calor Aplicados a Edificações................................... 17
Figura 06 – Zoneamento Bioclimático Brasileiro. ............................................................... 17
Figura 07 – Níveis de Iluminância definidos pela Norma Brasileira..................................... 19
Figura 08 – Ciclo de Refrigeração. ..................................................................................... 20
Figura 09 – Distribuição Média do Consumo de um Edifício por Uso Final. ........................ 21
Figura 10 – Diagrama do Uso das Ferramentas Computacionais para Simulação.................. 23
Figura 11 – Gerenciamento de Simulação por Módulos do EnergyPlus................................ 25
Figura 12 – Interface de Edição de Parâmetros - EnergyPlus. .............................................. 26
Figura 13 – Dimensões Avaliadas - Certificação LEED. ..................................................... 27
Figura 14 – Edifício MGD Eficiência Energética. ............................................................... 29
Figura 15 – Corte Transversal do Edifício. ......................................................................... 29
Figura 16 – Modelo Geométrico do Edifício Atual.............................................................. 31
Figura 17 – Modelo Geométrico do Edifício Proposto......................................................... 34
Figura 18 – Área de Vidro: Sistema Atual versus Proposto.................................................. 35
Figura 19 – Tipo de Vidro: Sistema Atual versus Proposto.................................................. 35
Figura 20 – Composição das Paredes: Sistema Atual versus Proposto.................................. 36
Figura 21 – Reflexão do Telhado - Edifício Proposto. ......................................................... 37
Figura 22 – Sombreamento: Brises Horizontais - Edifício Proposto. .................................... 37
Figura 23 – Sistema de Iluminação Natural - Edifício Proposto. .......................................... 38
Figura 24 – Mapa de Conforto Térmico - Edifício Atual: Verão. ......................................... 40
Figura 25 – Mapa de Conforto Térmico - Edifício Atual: Inverno........................................ 40
Figura 26 – Mapa de Carga Térmica - Edifício Atual. ......................................................... 41
Figura 27 – Mapa de Conforto Térmico - Edifício Proposto: Verão. .................................... 42
Figura 28 – Mapa de Conforto Térmico - Edifício Proposto: Inverno................................... 43
Figura 29 – Mapa de Carga Térmica - Edifício Proposto. .................................................... 43
Figura 30 – Mapa de Consumo Energético - Edifício Atual................................................. 45
Figura 31 – Mapa de Consumo Energético - Edifício Proposto. ........................................... 46
9. LISTA DE TABELAS
Tabela 01 – Informações de Cálculo.............................................................................. 30
Tabela 02 – Divisão de Zonas Térmica do Mode lo Geométrico. ............................... 31
Tabela 03 – Elementos Construtivos do Edifíc io - Edifíc io Atua l. ........................... 32
Tabela 04 – Propriedade Térmica dos Materia is - EdifícioAtua l............................... 32
Tabela 05 – Propriedade Térmica do Vidro - Edifíc io Atual...................................... 32
Tabela 06 – Sistema de Iluminação - Edifíc io Atua l. .................................................. 33
Tabela 07 – Relação de Medidas de Eficiênc ia Energética Propostas ....................... 33
Tabela 08 – Mapa de Carga Térmica Diária [W] - Edifício Atual. ................................ 41
Tabela 09 – Mapa de Carga Térmica Diária [W] - Edifício Proposto. ........................... 43
Tabela 10 – Consumo de Energia Anual - Edifício Atual. ............................................. 44
Tabela 11 – Consumo de Energia Anual - Edifício Proposto. ......................................... 45
10. LISTA DE SIGLAS
ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas
ANEEL Agência Nacional de Energia Elétrica
ASHRAE American Society of Heating, Refrigerating, and Air Conditioning
Engineers
AVAC Aquecimento, Ventilação e Ar Condicionado
CAD Computer Aided Design
COP Coeficiente de Performance
DOE Department of Energy
DPI Densidade de Potência Instalada
EIA Energy Information Administration
ESCO Energy Saving Company
GBCBrasil Green Building Council Brasil
IEA International Energy Agency
IEO International Energy Outlook
LED Light Emitting Diode
LEED Leadership in Energy and Environmental Design
NREL National Renewable Energy Laboratory
MEE Medida de Eficiência Energética
OECD Organization for Economic Cooperation and Development
USGBC United States Green Building Council
UTFPR Universidade Tecnológica Federal do Paraná
VRV Volume de Refrigerante Variável
11. SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO........................................................................................................10
1.1 APRESENTAÇÃO.............................................................................................. 10
1.2 JUSTIFICATIVA ................................................................................................ 11
1.3 OBJETIVOS ....................................................................................................... 11
1.3.1 Objetivo Geral ................................................................................................. 11
1.3.2 Objetivos Específicos ....................................................................................... 12
1.4 ESTRUTURA DO TRABALHO.......................................................................... 12
2. REFERENCIAL TEÓRICO....................................................................................13
2.1 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DE EDIFICAÇÕES ............................................... 13
2.1.1 Envoltória de Edificações ................................................................................. 13
2.1.2 Consumo Energético de Edificações: Usos Finais .............................................. 18
2.2 SIMULAÇÃO COMPUTACIONAL TERMO-ENERGÉTICA............................. 22
2.3 CERTIFICAÇÕES DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA .......................................... 26
3. METODOLOGIA.....................................................................................................28
3.1 APRESENTAÇÃO DA EDIFICAÇÃO................................................................ 28
3.1.1 Perfil do Empreendimento ................................................................................ 28
3.1.2 Descrição Geral do Edifício.............................................................................. 29
3.1.3 Informações de Cálculo Comuns entre as Edificações........................................ 29
3.2 EDIFICAÇÃO ATUAL....................................................................................... 30
3.2.1 Modelo Geométrico.......................................................................................... 30
3.2.2 Envoltória da Edificação................................................................................... 31
3.2.3 Sistema de Iluminação...................................................................................... 33
3.3 EDIFICAÇÃO PROPOSTA................................................................................. 33
3.3.1 Modelo Geométrico.......................................................................................... 34
3.3.2 Envoltória da Edificação................................................................................... 34
3.3.3 Sistema de Iluminação...................................................................................... 38
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES.............................................................................39
4.1 SIMULAÇÃO DE CONFORTO TÉRMICO ........................................................ 39
4.1.1 Edificação Atual............................................................................................... 39
4.1.2 Edificação Proposta com Medidas de Eficiência Energética ............................... 42
4.2 SIMULAÇÃO DE DESEMPENHO DE CONSUMO ENERGÉTICO................... 44
4.2.1 Edificação Atual............................................................................................... 44
4.2.2 Edificação Proposta com Medidas de Eficiência Energética ............................... 45
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................47
REFERÊNCIAS..............................................................................................................49
12. 10
1. INTRODUÇÃO
1.1 APRESENTAÇÃO
O desenvolvimento da humanidade sempre aliou-se ao aumento da demanda
energética mundial, e essa tendência pode ser observada em diversas previsões
populacionais e de consumo energético. Segundo estudo sobre Perspectivas da
População Mundial, publicado pela Organização das Nações Unidas, a população deve
crescer em 32% entre 2015 e 2050 (United Nations, 2015). Não obstante, em análise
similar, no último relatório divulgado pelo Departamento de Administração de
Informações Energéticas do governo norte-americano (2016), nota-se que o consumo
energético no mundo deve ter um crescimento de 48% próximo deste período, conforme
visualizado no gráfico a seguir:
Figura 01 - Consumo Energético Mundial: Histórico e Projeções.1
Fonte: International Energy Outlook 2016 (IEO, 2016).
Nesse contexto, é crescente em todo o mundo a preocupação em se otimizar o
consumo de energia, de modo a reduzir custos relacionados a seu fornecimento e
garantir capacidade de desenvolvimento das nações mantendo a qualidade de vida de
seus habitantes e de operação de seus sistemas. Para tanto, é fundamental o surgimento
de técnicas de avaliações sobre aspectos energéticos que possibilitem o
desenvolvimento e implantação de medidas de eficiência energética e minimização de
impactos econômicos e ambientais.
1
OECD_ Organization for Economic Cooperation and Development
13. 11
Dentre essas técnicas avaliações, destaca-se a realização de análises energéticas
em edifícios, sejam eles residenciais, comerciais ou industriais. De acordo com
estimativas da Agência Internacional de Energia, o uso de tecnologias mais avançadas e
políticas de eficiência energética nesse setor podem gerar uma economia de 29% do
consumo global de energia até 2050, correspondente ao consumo de edificações na
China, França, Alemanha, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos em um ano (IEA,
Building Energy Performance Metrics, 2015).
1.2 JUSTIFICATIVA
Considerando os problemas associados ao crescimento de demanda energética -
oferta limitada de energia e elevados custos relacionados - e tendo em vista que as
edificações são responsáveis por cerca de 35% do consumo da energia global, e que em
certas regiões - predominantemente onde são necessários sistemas de aquecimento e
refrigeração robustos - essa proporção pode ser ainda maior, chegando a 40% como na
Europa (Filippín, 2007), a aplicação de conceitos de eficiência energética em
edificações se faz fundamental. Assim, o presente trabalho busca apresentar medidas de
eficiência energética e de conservação de energia que proporcionem impacto
significativo na redução do consumo de energia de edificações.
1.3 OBJETIVOS
1.3.1 Objetivo Geral
O objetivo geral deste trabalho é apresentar um estudo de caso sobre a aplicação
de ferramentas de simulação do desempenho térmico e energético em um edifício
comercial de uma empresa atuante no ramo de eficiência energética - situada em São
Paulo - visando demonstrar o potencial dessa metodologia no diagnóstico energético e
na investigação de diversas alternativas de redução de consumo de energia e melhoria
de conforto térmico.
Para atingir esta finalidade, na avaliação de desempenho será realizada uma
análise sistemática, baseada em métodos consistentes capazes de produzir uma
14. 12
interpretação objetiva sobre o comportamento esperado dos sistemas de um edifício nas
condições de uso definidas.
1.3.2 Objetivos Específicos
Avaliar o desempenho energético, térmico e lumínico do edifício atual da
empresa MGD Eficiência Energética;
Analisar o impacto de medidas de eficiência energética referente ao conforto
térmico proporcionado e ao consumo de energia dos sistemas de iluminação e
climatização;
Comparar a situação do edifício atual em relação ao edifício proposto.
1.4 ESTRUTURA DO TRABALHO
Este trabalho é composto de cinco capítulos. O primeiro capítulo se destina a
introdução, sendo esta subdividida em apresentação, justificativa e objetivos, todos estes
tratados de forma sucinta.
O segundo capítulo fornece um embasamento teórico sobre eficiência energética
em edifícios e uma contextualização necessária para o entendimento das ferramentas
computacionais utilizadas no estudo.
O terceiro capítulo aborda a metodologia do trabalho, os parâmetros do edifício
atual, a relação de medidas de eficiência energética selecionadas e aplicação das
mesmas ao edifício proposto.
O quarto capítulo apresenta os resultados obtidos sobre o desempenho do
edifício atual e do edifício proposto em duas diferentes análises: uma de conforto
térmico e outra de consumo energético.
Finalmente, o quinto capítulo apresenta as conclusões mais relevantes obtidas
com este estudo e sugestões para trabalhos futuros.
15. 13
2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DE EDIFICAÇÕES
O conceito de eficiência energética é definido pela otimização na conversão de
uma energia primária em energia útil (Sola & Kovaleski, 2004). Desse modo, em
termos de edificações, uma construção se torna mais eficiente energeticamente que
outra quando proporciona as mesmas condições ambientais com um menor consumo de
energia (Lamberts, 2015). Outrossim, de acordo com Fernandes (2001) a eficiência
energética de edificações também pode ser avaliada pela sua performance em oferecer
conforto térmico e níveis de iluminação adequados e de qualidade aos seus usuários.
A análise de eficiência térmica e energética de um edifício é realizada
considerando diversos fatores, os quais se inter-relacionam e variam desde as condições
do clima local, dos componentes construtivos da edificação, de seus sistemas de
instalações até a administração e planos de manutenção da construção (Veloso & Elali,
2004). As seções a seguir visam apresentar os principais fatores que influenciam o
desempenho dos edifícios.
2.1.1 Envoltória de Edificações
A envoltória é entendida como a pele da edificação, ou seja, os planos de
fachadas e coberturas expostos da edificação que separam o ambiente interno do
ambiente externo. Seus materiais e elementos construtivos determinam como o edifício
responderá as condições climáticas externas (MMA, 2016).
Os itens abaixo identificam as principais características da envoltória: as
propriedades físicas dos elementos construtivos e o efeito de transferência de calor em
edificações, bem como a norma que rege o desempenho térmico de edificações no
Brasil.
a) Propriedades Físicas dos Elementos Construtivos
Para fins de avaliação de desempenho energético de edificações, as
características mais consideradas dos elementos construtivos são definidas, de acordo
com Incropera & DeWitt (2011), a seguir.
16. 14
Condutividade Térmica [W/mK]: representa a capacidade de conduzir
maior ou menor quantidade de calor por unidade de tempo. A condutividade
térmica de um material é proporcional à densidade do mesmo;
Transmitância Térmica [Fator U]: corresponde a capacidade de
transmissão calor de um material;
Fator Solar [SHGC – Solar Heat Gain Coefficiency]:refere-se a razão entre
a quantidade de energia solar que é transmitida através do elemento e o total
de energia que nele incide;
Transmitância a Radiância Visível [VLT – Visible Light Transmitance]:
constitui a razão entre a radiação solar no espectro visível que é transmitido
através de um elemento e o total nele incidente;
Densidade [kg/m3]: define-se como o quociente entre massa e volume de um
material;
Calor Específico [J/kgK]: representa a variação térmica de um elemento ao
receber determinada quantidade de calor;
Emissividade [ε]: corresponde à capacidade de emissão de energia por
radiação da superfície de um material.
b) Transferência de Calor em Edificações
Define-se como transferência de calor toda troca de energia térmica entre dois
corpos que se encontram em temperaturas distintas, sendo a direção do fluxo térmico
total sempre do corpo de maior temperatura para o de menor, ainda que haja emissão de
radiação térmica do corpo mais frio para o mais quente (Incropera & DeWitt, 2011).
A transferência de calor pode ocorrer por três mecanismos distintos: condução,
convecção e radiação, definidos conforme subseções a seguir.
Mecanismo de Condução
A condução ocorre entre sólidos que se encontram em contato físico, sendo
afetada pelo tipo de material de composição, geometria, espessura e diferença de
temperatura pela conhecida Lei de Fourier (Ordenes & Lamberts, 2008). A equação da
taxa de transferência de calor por condução para uma parede plana simples é obtida
conforme o esquema simplificado abaixo:
17. 15
Lei de Fourier
𝑞′′ = −𝑘
𝑇2 − 𝑇1
𝑒
Figura 02 – Mecanismo de Condução de Calor na Envoltória.
Fonte: Fundamentals of Heat and Mass Transfer (Incropera & DeWitt, 2011).
Onde, q” representa o fluxo de calor por unidade área [W/m2], k a condutividade
térmica do material [W/mK], e a espessura da parede [m] , e T1 e T2 as temperaturas
analisadas interna e externamente.
Mecanismo de Convecção
A transferência de calor por convecção se dá na presença de fluídos (líquidos ou gases)
com a movimentação ascendente de correntes quentes e descendente de correntes frias,
originadas na diferença de densidade observada pelos efeitos da dilatação térmica no
fluído (Incropera & DeWitt, 2011). A equação da taxa de transferência de calor por
convecção é obtida conforme o esquema simplificado abaixo:
Figura 03 – Mecanismo de Condução de Calor na Envoltória.
Fonte: Transferênciade Calor na Envolvente da Edificação (Ordenes & Lamberts, 2008).
Onde, q” representa o fluxo de calor por unidade área [W/m2], h o coeficiente de
convecção [W/m2K], e Ts a temperatura da superfície.
Mecanismo de Radiação
Por fim, o mecanismo de radiação térmica representa a emissão de ondas
eletromagnéticas pela matéria, não há necessidade de um meio, podendo ocorrer até
Lei de Newton
𝑞′′ = −ℎ 𝐴 (𝑇𝑠 − 𝑇∞)
18. 16
mesmo no vácuo. Na condição teórica de corpo negro a emissão de radiação é máxima,
porém todos os objetos emitem apenas uma fração desse total de energia de corpo negro
(Incropera & DeWitt, 2011). Essa fração é a chamada emissividade (ɛ) e o
equacionamento da transferência de calor
por radiação é descrito abaixo:
Figura04 – Mecanismode Radiação de Calor na Envoltória.
Fonte: Transferênciade Calor na Envolvente da Edificação(Ordenes & Lamberts, 2008)
Onde, q” representa o fluxo de calor por unidade área [W/m2], σ a constante de
Steffan-Boltzmann, ε a emissividade do material, e Ts a temperatura da superfície.
Durante a simulação de conforto térmico todos os mecanismos citados acima são
considerados para se determinar o fluxo de calor total entre o ambiente interno e
externo. Em função disso, o balanço energético da envoltória da edificação é
estabelecido como a diferença entre a energia que ingressa e que sai, devendo esta ser
igual à variação de energia no interior da envolvente, isto é, o balanço energético de um
edifício tem como base a primeira lei de termodinâmica, a lei de conservação de
energia.
A figura 5 a seguir apresenta todas as correntes internas de ar convectivas e a
carga térmica final resultante dos componentes da edificação, considerando a geração de
calor interna por equipamentos e pessoas, além das influências das condições externas
do ambiente.
Lei de Steffan-Boltzmann
𝑞′′ = σε 𝑇4𝑠
19. 17
Figura 05 – Mecanismos de Troca de Calor Aplicados a Edificações.
Fonte: Adaptado de Energia e Arquitetura (2016).
c) Norma de Desempenho Térmico de Edificações
No Brasil, o desempenho térmico de edificações é regido pela norma NBR
15220-3/2005, a qual apresenta diretrizes construtivas para zoneamento bioclimático do
país. Estas zonas bioclimáticas são divididas em oito conforme visualizado na figura
abaixo:
Figura 06 – Zoneamento Bioclimático Brasileiro.
Fonte: NBR 15220: Desempenho Térmico de Edificações (ABNT, 2005).
Para cada zona são definidos padrões de tamanho das aberturas para ventilação
(fração da área do piso), proteção das aberturas, vedação das paredes externas e
cobertura, e, ainda estratégias de condicionamento térmico passivo. O conforto térmico
determinado pela norma é uma faixa de 21 a 27 ºC para ambientes na zona bioclimática
20. 18
Z3, abrange o município de São Paulo onde se localiza o caso aqui estudado (NBR
15220, 2005).
2.1.2 Consumo Energético de Edificações: Usos Finais
O consumo de energia elétrica de um edifício é estudado pela subdivisão de
sistemas: iluminação, climatização e equipamentos elétricos. A tecnologia de cada um
desses sistemas vem sendo aperfeiçoada ao longo dos anos para diminuição do consumo
(aumento da eficiência), porém o número de aparelhos conectados à rede de
alimentação aumenta constantemente de maneira paralela. Os itens a seguir apresentam
os índices e propriedades de cada sistema.
a) Sistemas de Iluminação
As tecnologias de sistemas de iluminação artificial sofreram grandes avanços ao
longo do tempo. As lâmpadas incandescentes foram as primeiras a popularizar seu uso,
porém apresentavam grande perda de energia em efeitos térmicos (e por sua vez
constituíam uma fonte de calor indesejada em ambientes internos). As lâmpadas
fluorescentes também conquistaram uma parcela do mercado com maior vida útil e
menor consumo energético, porém ainda dividiam espaço com as incandescentes. E,
atualmente, o LED (Light Emitting Diode) tem sua aplicação tomando o espaço das
outras tecnologias pois possuem vida útil expressivamente maior e consumo energético
muito menor comparado às demais (Beltram, 2015).
Dentro das edificações, os sistemas de iluminação são responsáveis por
consumir cerca de 25% da energia elétrica conforme relatado pelo Departamento de
Energia dos EUA (2008). A otimização desses sistemas, portanto, representa grande
relevância a projetos de eficiência energética.
A seguir são apresentados conceitos e definições relacionados a sistemas de
iluminação, bem como a normatização de sistema de iluminação (NBR ISO 8995-1,
2013).
Fluxo luminoso [ϕ]: consiste na medida básica da quantidade de luz emitida
(radiação total) por uma fonte em sua tensão nominal de funcionamento, medido
em lúmen (lm);
21. 19
Eficiência luminosa [E]: avalia a quantidade de lúmens emitidos por uma
lâmpada para cada unidade de energia consumida, ou seja, o fluxo luminoso
gerado pela fonte dividido pela potência elétrica consumida, medido em lúmen
por watt (lm/W);
Iluminância [I]: analisa a incidência de fluxo luminoso em uma superfície,
adotando-se o valor médio devido a não uniformidade no direcionamento do
fluxo luminoso de uma fonte, medido em (lm/m2 ou lux).
Considerando estes conceitos, a norma NBR ISO 8995-1 (2013) determina
requisitos de iluminação em ambientes de trabalho. A norma se baseia no nível de
iluminância para cada ambiente e atividade, e também abrange outros aspectos como a
cor da iluminação (temperatura de cor) e o limite para efeitos como cintilação. A figura
a seguir apresenta os níveis de iluminância definidos pela Norma Brasileira.
Figura 07 – Níveis de Iluminância definidos pela Norma Brasileira.
Fonte: NBR ISO 8995-1 (ABNT, 2013).
b) Sistemas de Climatização
Os sistemas de climatização são responsáveis pela refrigeração e calefação de
ambientes e representam cerca de 33% do consumo de energia de uma edificação (DOE
- Department of Energy, 2008). Nesse sentido, medidas de eficiência energética
aplicadas a estes sistemas podem impactar relevantemente no consumo total de energia
elétrica neste setor.
Estes sistemas são conhecidos no Brasil pela sigla AVAC (Aquecimento,
Ventilação e Ar Condicionado) ou HVAC (do inglês, Heating, Ventilation and Air
22. 20
Conditioning). No contexto brasileiro trabalha-se com sistemas de refrigeração e
ventilação, sendo raros os casos de utilização de sistemas de aquecimento ou calefação.
Um ciclo de refrigeração atua promovendo o fluxo de calor na direção contrária,
transferindo energia térmica de uma região ou material de menor temperatura para outro
de maior temperatura, com consumo de energia externa (Beyer, 2011). Aparelhos de ar
condicionado atuam com a compressão de um fluido (gás) refrigerante, que é
posteriormente expandido e recebe calor do ambiente no processo de refrigeração
(França, s.d.). A figura a seguir apresenta o ciclo básico de refrigeração.
Figura 08 – Ciclo de Refrigeração.
Fonte: Simulação Computacional do Desempenho Energético de uma Edificação Comercial
(Beltram, 2015).
Nota-se que o ciclo de refrigeração atua por meio da transferência de calor da
unidade evaporadora para a condensadora. Na unidade evaporadora, o fluído de
refrigeração absorve o calor presente no ar do ambiente e evapora. Em seu estado
gasoso, o mesmo é sugado para o compressor com o propósito de ser comprimido a
vapor de alta pressão para dessa forma, passar no condensador, perder calor para o
ambiente externo e condensar. Nessa aplicação a válvula de expansão é usada para
expandir o fluído, completando o ciclo (Beltram, 2015).
A avaliação e dimensionamento de sistemas AVAC são complexas e diversas
metodologias são utilizadas. Uma das métricas mais importantes a ser avaliada é o
coeficiente de performance (PROCEL, Eficiência Energética em Sistemas de
Refrigeração Industrial e Comercial, 2005):
𝐶𝑂𝑃𝑅 =
𝑄
𝑃
Onde Q é o calor transferido no ciclo e P é a potência elétrica consumida.
23. 21
Tipos de Sistemas de Climatização
Existem diversas tecnologias para sistemas de refrigeração, variando de acordo
com o grau de investimento planejado e a capacidade total de atendimento. Os sistemas
mais comuns incorporam todos os componentes um em único aparelho, sendo
adequados para ambientes pequenos e conhecidos como ar condicionado de janela.
Splits, onde o condensador e o evaporador ficam separados, e Multisplits, no qual vários
evaporadores são acoplados a um único condensador central, são considerados mais
complexos e podem possuir controladores para operação em função de setpoints de um
termostato acoplado (PROCEL, Manual Prático de Ar Condicionado, 2011).
Atualmente, dentre os classificados como mais eficientes, tem-se o VRV
(Variable Refrigerant Volume), os quais possuem controle dinâmico, no qual o volume
de gás refrigerante comprimido é ajustado conforme o erro medido pelo controlador.
c) Equipamentos Elétricos
De acordo com PROCEL – Eletrobrás (2007), cerca de 31% do consumo de um
edifício é referente a equipamentos elétricos, como demonstra a figura 09 a seguir. Esse
fato pode ser explicado pela crescente quantidade de aparelhos eletrônicos que tem
surgido no mercado com o desenvolvimento de novos dispositivos e sua incorporação
nas atividades cotidianas, resultando, portanto, em um maior consumo de energia
elétrica na totalidade de um edifício.
Figura 09 – Distribuição Média do Consumo de um Edifício por Uso Final.
Fonte: Avaliação do Mercado de Eficiência Energética no Brasil: Pesquisa Setor Comercial
(Eletrobras, 2007).
24. 22
Como observado, tanto os equipamentos elétricos quanto os sistemas de
iluminação e climatização representam basicamente todo o consumo energético de um
edifício. Em função disso, a escolha destes sistemas apresenta grande influência no
desempenho de cada construção seja em relação ao seu comportamento térmico como
também ao seu consumo de energia.
Desse modo, com intenção de dimensionar tais sistemas com maior precisão e
avaliar a demanda em um edifício durante longos períodos, a simulação computacional
termo-energética tem sido bastante aplicada, se tornando uma importante ferramenta
para avaliação de soluções passivas e ativas que objetivam a obtenção de melhores
condições de conforto e consumo de energia otimizado.
A seção 2.2 a seguir propõe a apresentação do conceito de simulação
computacional termo-energética, bem como os principais softwares utilizados e suas
metodologias aplicadas.
2.2 SIMULAÇÃO COMPUTACIONAL TERMO-ENERGÉTICA
O uso de simulações computacionais é imprescindível para o cálculo de
indicadores de consumo de energia de edificações, pois permitem determinar o
comportamento térmico e energético das construções (Mendes, 2005). Por conta destes
recursos, foi desenvolvida nos EUA, uma série de ferramentas computacionais para os
cálculos de desempenho termo-energético, como DOE-2, Radiance e Energy Plus. Este
último diferenciado pelo grau de incorporação e metodologia de cálculos sobre a
temperatura do ar, iluminação, umidade, ventilação pelas aberturas, entre outros (Leite,
2016).
Basicamente, os softwares de simulação computacional se fundamentam em
uma série de informações de entrada fornecidas pelo usuário para realizar suas rotinas
de cálculo para balanço energético e fluxo térmico em cada superfície e componente do
edifício. Os itens a seguir identificam estes dados:
Envoltória do edifício: a modelagem de um edifício pode ser criada em módulos
de construção CAD (Computer Aided Design), ou através da inserção de dados
por sistema de coordenadas. Vale ressaltar que muitos softwares não possuem
módulo de construção CAD, porém realizam a importação de formatos de
arquivos de desenho tridimensional desenvolvidos em outras plataformas;
25. 23
Composição do edifício: a caracterização da construção é dada pelo
detalhamento e propriedades físicas dos materiais externos e internos utilizados
na construção, descritos segundo a norma NBR 15520-2/2005;
Informações de utilização: a descrição dos equipamentos utilizados em um
edifício e o perfil de ocupação são regidos pela norma NBR 15575/2013. A
modelagem dos sistemas de iluminação se refere à NBR ISO 8995-1/2013 e o
sistema de climatização à ASHRAE 90.1;
Condições externas: são inseridos arquivos externos com dados sobre o perfil
dos climas ambientais na região geográfica da edificação.
A metodologia mais utilizada e aceita pela comunidade acadêmica e conselhos
de eficiência energética para realização da simulação computacional é baseada no
conjunto de softwares SketchUp, OpenStudio e EnergyPlus, os quais possuem funções
variadas durante a simulação, ilustradas conforme o diagrama a seguir.
Figura 10 – Diagrama do Uso das Ferramentas Computacionais para Simulação.
Fonte: Simulação Computacional de Desempenho Energético de Edifícios (Leite, 2016).
a) SketchUp
Amplamente utilizado nas simulações termo-energéticas, o SketchUp é um
software desenvolvido originalmente pelo Google e atualmente pela Trimble para
desenho tridimensional de ambientes. Entre tantas outras plataformas de desenho CAD
disponíveis, a grande vantagem desse software é a facilidade na utilização de sua
26. 24
interface e a capacidade de suportar plug-ins desenvolvidos por terceiros, como é o caso
do OpenStudio que será utilizado nesse estudo (NREL, 2015).
Neste estudo de caso, o programa SketchUp foi utilizado para desenho da
envoltória do edifício e de todas as suas superfícies internas e externas, as quais foram
especificadas e convertidas no formato input data file (.idf) com o auxílio do
OpenStudio, para serem utilizadas pelo EnergyPlus na simulação de forma integrada do
edifício e de seus sistemas.
b) OpenStudio
O OpenStudio é um plugin de extensão, associado ao SketchUp, desenvolvido
pelo Departamento de Energia dos Estados Unidos de maneira open-source (código
aberto), podendo ser alterado e utilizado de maneira livre pelos seus usuários.
O programa tem como objetivo a preparação do modelo desenvolvido no
SketchUp para utilização no EnergyPlus, gerando um arquivo de informações a serem
carregadas no mesmo. Ainda que por meio do OpenStudio já seja possível realizar uma
simulação preliminar do desempenho térmico e consumo energético do edifício, a
precisão e capacidade de cálculo desse software é bem inferior ao EnergyPlus (NREL,
2015).
O OpenStudio, por meio da colaboração de desenvolvedores dedicados à causa
da sustentabilidade, conta hoje com uma vasta gama de funções, dentre elas:
1. Criação das características dos materiais aplicados na edificação;
2. Descrição das camadas para composição de superfícies;
3. Fragmentação das áreas por zonas térmicas (grupo de ambientes que combinam
o uso de um mesmo sistema de climatização);
4. Detalhamento das cargas elétricas da edificação: equipamentos e sistemas de
iluminação por zona;
5. Especificação do perfil de ocupação da construção por zona.
Com isso, é possível exportar as informações para o EnergyPlus e complementar
com modelos mais complexos de sistemas AVAC, por exemplo, para assim alcançar
resultados da performance energética do edifício de modo mais detalhado.
27. 25
c) EnergyPlus
Também desenvolvido pelo Departamento de Energia dos Estados Unidos, o
EnergyPlus foi criado com base em dois programas pioneiros na simulação termo-
energética de edifícios: BLAST (Building Loads Analysis and SystemThermodynamics)
e DOE-2, o primeiro focado em desempenho térmico e o segundo em consumo
energético da edificação (DOE, 2013).
Essencialmente, o EnergyPlus executa cálculos numéricos baseados nos
princípios fundamentais de balanço de massa e energia (1ª Lei da Termodinâmica) e
permite simulações integradas de cargas térmicas e sistemas em regime transiente. As
três partes principais da simulação - edifício, sistema e planta - são solucionadas
simultaneamente, o que proporciona resultados precisos de temperatura e predição de
conforto (Crawley, 2001). Para fornecer o perfil de consumo energético e temperatura
de uma edificação durante todo o ano, o EnergyPlus integra uma série de módulos de
cálculo para cada ambiente e superfície e, assim, realiza uma simulação completa do
balanço de massa e energia.
O programa EnergyPlus trabalha, basicamente, com três módulos: o gerenciador
de equilíbrio de calor entre superfícies, de aquecimento do ar e o de simulação dos
sistemas construtivos, conforme demonstra o diagrama a seguir.
Figura 11 – Gerenciamento de Simulação por Módulos do EnergyPlus.
Fonte: Simulação Computacional de uma Residência visando a Análise do Consumo Energético
(Schaedler, 2014).
28. 26
O gerenciador de equilíbrio de calor entre superfícies e o de aquecimento do ar
atua nos módulos de balanço térmico de superfícies e ar, como também como uma
interface entre o balanço térmico. Enquanto que, o gerenciador de simulação dos
sistemas construtivos encarrega-se da comunicação entre os cálculos de balanço térmico
e vários módulos e “circuitos” do sistema de condicionamento de ar (Crawley, 2005).
Para ilustrar o processo de simulação desenvolvido no programa EnergyPlus, a
figura 12 apresenta a interface de edição de parâmetros do EnergyPlus.
Figura 12 – Interface de Edição de Parâmetros - EnergyPlus.
Fonte: Autoria Própria.
A introdução de ferramentas de simulação computacional tem aumentado cada
vez mais em projetos de engenharia e na construção de novos empreendimentos, isso
ocorre devido a políticas públicas de incentivo à redução de consumo e ao uso de
tecnologia de eficiência energética, aliadas ao crescente poder de publicidade obtido
com certificações de conselhos do setor (Carlo, 2008). A seção a seguir apresenta uma
variedade de certificações que podem ser aplicadas a edificações correspondente ao
nível de desempenho de cada uma em relação a índices e modelos pré-estabelecido.
2.3 CERTIFICAÇÕES DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA
O mercado de edificações já conta com uma série de certificações destinadas a
comprovar o índice de sustentabilidade e eficiência energética empregada em um
empreendimento, entre elas estão: BREEAM, AQUA, HQE, DGNB, Selo Casa Azul,
29. 27
Selo Procel, PBE-Edifica, sendo as três últimas emitidas por organizações
governamentais brasileiras (MMA, 2016).
As certificações são aplicadas de acordo com a tipologia do edifício e variam de
acordo com as metodologias e normas técnicas utilizadas, de forma que certas
certificações são específicas para determinadas regiões.
Entre todas as certificações, a mais conhecida é o LEED, Leadership in Energy
and Environmental Design, que é utilizado em mais de 140 países. Essa certificação foi
desenvolvida pelo USGBC (United States Green Building Council), órgão não
governamental que incentiva a sustentabilidade em edifícios norte-americano. A
metodologia LEED, independente da edificação aplicada, segue o mesmo padrão: são
avaliadas as iniciativas e performance em uma série de dimensões relacionadas à
sustentabilidade, somando-se pontos (GBCBrasil – Certificações). O grau de
certificação - LEED Certificate, LEED Silver, Gold ou Platinum - são obtidos de acordo
com a quantidade de pontos alcançados. As dimensões abordadas pelo LEED definidas
pelo GBC Brasil conforme a figura a seguir.
Figura 13 – Dimensões Avaliadas - Certificação LEED.
Fonte: GBCBrasil Certificações (GBCBrasil, 2016).
30. 28
3. METODOLOGIA
A metodologia utilizada nesse trabalho consiste na realização de simulações
computacionais termo-energéticas para avaliação do impacto de medidas de eficiência
energética na melhoria do conforto térmico e na redução do consumo de uma edificação
comercial.
Em um primeiro momento será analisado a edificação atual conforme as
características de construção do empreendimento, seu projeto elétrico e arquitetônico.
Em um segundo momento será analisado a edificação proposta, baseada em uma
série de parâmetros e soluções passivas de eficiência energética.
3.1 APRESENTAÇÃO DA EDIFICAÇÃO
3.1.1 Perfil do Empreendimento
A empresa MGD Eficiência Energética Eireli está sediada à Rua Dona Ana
Pimentel, 157, Água Branca, 05002-040, São Paulo – SP.
A MGD é uma ESCO (Energy Saving Company), a qual atua com soluções de
eficiência energética há mais de 23 anos. Como objetivo a MGD busca oferecer às
empresas e à sociedade em geral, um serviço especializado em projetos de eficiência,
minimizando custos e maximizando os resultados.
A MGD possui uma ampla experiência em trabalhos já executados com projeto
de eficiência energética em sistemas de iluminação, refrigeração, compressão, moto
bombas, combustíveis, estação de tratamento, e outros. Entre os projetos já executados
pode-se citar a eficientização energética de: escolas, hospitais, indústrias, clinicas
médicas, rede de lojas e restaurantes, galpão de logística e distribuição, concessionárias
de energia, etc.
Não obstante, a MGD merece uma construção que realmente exemplifique tudo
que a atividade representa, dispondo de um espaço físico que estimule a redução de
consumo de energia e traga a sensação de bem-estar, promovendo saúde e melhoria na
qualidade de vida de seus ocupantes. A figura 14 apresenta uma foto da edificação em
estudo.
31. 29
3.1.2 Descrição Geral do Edifício
O prédio sede da empresa MGD totaliza cerca de 310 m2 e conta com três
pavimentos – distribuídos entre escritórios, sala de treinamento, cozinha e área de
escada, conforme ilustra a figura 15 a seguir.
Figura 15 – Corte Transversal do Edifício.
Fonte: Autoria Própria.
3.1.3 Informações de Cálculo Comuns entre as Edificações
Alguns parâmetros de entrada são comuns entre as edificações estudadas. Entre
esses parâmetros encontram-se a potência dos equipamentos, o sistema de climatização,
Figura 14 – Edifício MGD Eficiência Energética.
Fonte: Autoria Própria.
32. 30
a taxa de ocupação do edifício, o perfil de uso dos sistemas, e o arquivo climático
referente à localização do edifício. A tabela 01 a seguir apresenta estas informações.
Dados dos Sistemas Descrição
Equipamentos
Equipamento Quantidade Potência
Computador 14 150W
Geladeira 1 80W
Impressora 1 70W
Televisão 1 80W
Sistema de
Climatização
O sistema de ar condicionado do edifício é do tipo Split, e é
instalado apenas nos três de ambientes de escritório -
Concessionárias, Gerência e Financeiro.
Ocupação
A taxa de ocupação se dá de acordo com o quadro atual de
colaboradores da empresa – 12 funcionários – e com a
capacidade de cada sala, vide especificação abaixo.
05-Sala Concessionárias | 05-Sala Gerência | 02-Sala Financeiro
Programação de
Uso
O perfil de uso do edifício baseia-se no tempo de operação da
empresa. De segunda à sexta-feira, das 8:00 às 18:00 horas.
Arquivo Climático
O arquivo climático aplicado para a simulação do edifício é o
BRA_Sao.Paulo-Congonhas.837800_SWERA.epw.
Fonte: U.S. DOE (Department of Energy)
Tabela 01 – Informações de Cálculo.
Fonte: Autoria Própria.
3.2 EDIFICAÇÃO ATUAL
3.2.1 Modelo Geométrico
O modelo geométrico da edificação atual utilizado nas simulações foi
desenvolvido utilizando a ferramenta computacional SketchUp 15.3.331. A edificação
foi modelada respeitando a separação de zonas térmicas existentes no projeto, conforme
exigido pelo Apêndice G da ASHRAE 90.1.
A Figura 16 apresenta o modelo geométrico e a tabela 02 representa a divisão
estabelecida dos principais ambientes - zonas térmicas.
33. 31
Figura 16 – Modelo Geométrico do Edifício Atual.
Fonte: Autoria Própria.
Zona Térmica Área [m2
]
Cozinha 52,0
Sala Concessionárias 52,0
Sala Financeiro 52,0
Sala Gerência 52,0
Sala de Treinamento 52,0
Escada 31,2
Banheiro | 10 unidades 2,1
Tabela 02 – Divisão de Zonas Térmica do Modelo Geométrico.
Fonte: Autoria Própria.
3.2.2 Envoltória da Edificação
Para a envoltória da edificação atual, foram considerado os parâmetros dos
elementos construtivos de acordo com as especificações do projeto arquitetônico do
empreendimento. Os dados destes elementos foram inseridos na simulação por meio do
software Open Studio 1.8.0.
As tabelas 03, 04 e 05 a seguir apresentam a lista de materiais do edifício, assim
como suas camadas constituintes e respectivas propriedades térmicas.
.
34. 32
Elemento Construtivo Camada
Janela Vidro Comum
Parede Externa Textura, Bloco Cerâmico
Parede Interna Bloco Cerâmico
Piso Laje de Concreto, Argamassa, Cerâmica
Porta Externa Vidro Temperado
Porta Interna Madeira
Teto Concreto Textura, Laje de Concreto, Fibra Mineral
Teto Vidro Vidro Temperado
Teto Vidro e Fibra Vidro Temperado, Camada de Ar, Fibra Mineral
Tabela 03 – Elementos Construtivos do Edifício - Edifício Atual.
Fonte: Projeto Arquitetônico MGD Eficiência Energética.
Tabela 04 – Propriedade Térmica dos Materiais - EdifícioAtual.
Fonte: USP - Simulação Computacional de Desempenho Energético de Edifícios: Propriedades
Térmicas (Leite, 2016).
Tabela 05 – Propriedade Térmica do Vidro - Edifício Atual.
Fonte: USP - Simulação Computacional de Desempenho Energético de Edifícios: Propriedades
Térmicas (Leite, 2016).
Material
Espessura
[m]
Condutividade
Térmica
[W/mK]
Densidade
[kg/m³]
Calor
Específico
[J/kgK]
Absortância
Solar [α]
Emissividade
[ε]
Textura
Acrílica
0,010 0,400 1300 1000 0,700 0,850
Bloco
Cerâmico
0,100 0,900 1500 920 0,700 0,850
Argamassa 0,005 1,150 2000 1000 0,700 0,850
Cerâmica 0,005 0,900 1500 920 0,200 0,850
Laje de
Concreto
0,100 1,750 2300 1000 0,700 0,850
Madeira 0,025 0,150 500 1340 0,900 0,850
Fibra de
Mineral
0,013 0,055 300 760 0,700 0,850
Material Fator Solar
Transmitância
Térmica [W/m²K]
Vidro
Comum
0,860 5,780
Vidro
Temperado
0,500 5,600
35. 33
3.2.3 Sistema de Iluminação
Em sua totalidade, o sistema de iluminação atual possui tecnologia LED. A
tabela 06 a seguir apresenta a potência por ambiente dada em termos de Densidade de
Potência Instalada (DPI), em watts por metro quadrado [W/m2].
Ambiente DPI [W/m2
]
Cozinha 9,96
Escritório Concessionárias 9,96
Escritório Financeiro 9,96
Escritório Gerência 9,96
Sala de Treinamento 9,96
Escada 31,2
Banheiro | 10 unidades 10,7
Tabela 06 – Sistema de Iluminação - Edifício Atual.
Fonte: Autoria Própria.
3.3 EDIFICAÇÃO PROPOSTA
Com intenção de proporcionar redução de consumo energético e melhoria de
conforto térmico, no modelo da edificação proposta, uma série de medidas de eficiência
energética foi aplicada na concepção dos projetos de envoltória e iluminação,
relacionadas conforme a tabela a seguir.
Envoltória
Área de Vidro
Tipo de Vidro
Composição das Paredes
Cor do Telhado
Sombreamento
Iluminação
Controle e Automação
Iluminação Natural
Tabela 07 – Relação de Medidas de Eficiência Energética Propostas .
Fonte: Autoria Própria.
As próximas seções apresentam o modelo geométrico proposto, bem como as
medidas de eficiência energética aplicadas na simulação.
36. 34
3.3.1 Modelo Geométrico
Utilizando a base do modelo geométrico desenvolvido conforme descrito na
seção 3.2, configuraram-se os parâmetros dos novos elementos construtivos da
envoltória na ferramenta computacional SketchUp 15.3.331 em conjunto com o plugin
do Open Studio 1.8.0. A figura 17 a seguir ilustra a modelagem do edifício proposto.
Figura 17 – Modelo Geométrico do Edifício Proposto.
Fonte: Autoria Própria.
3.3.2 Envoltória da Edificação
Para a envoltória da edificação, os parâmetros dos elementos construtivos da
envoltória foram determinados baseando-se na Tabela 5.5-2 da ASHRAE 90.1,
conforme possibilidade de adaptação do sistema atual. Os itens a seguir apresentam os
parâmetros dos elementos construtivos da envoltória utilizados na edificação proposta.
a) Área de Vidro
No projeto atual o telhado que cobre as áreas da escada e da cozinha é
constituído de vidro o que penaliza significativamente o conforto térmico
proporcionado pela edificação. Estudou-se, portanto, a construção de laje de concreto
para acabamento destas áreas.
37. 35
A figura 18 a seguir ilustra a comparação do edifício atual com o proposto
referente à área de vidro do teto da escada.
Figura 18 – Área de Vidro: Sistema Atual versus Proposto.
Fonte: Autoria Própria.
a) Tipo de Vidro
A edificação atual possui aproximadamente 20% de área de janela. Em função
disso, é importante que a mesma apresente elementos construtivos com baixos índices
de ganho de calor, isto é, com baixa capacidade de transmissão de calor para o
ambiente.
A figura 19 a seguir, apresenta as propriedades térmicas do vidro do sistema
atual em comparação a do sistema proposto.
Figura 19 – Tipo de Vidro: Sistema Atual versus Proposto.
Fonte: Autoria Própria.
Nota-se que as propriedades térmicas do vidro proposto para a edificação
possuem menor coeficiente de ganho de calor e de fator U que o da edificação atual.
38. 36
Espera-se, assim, que a capacidade do vidro em transmitir calor para o ambiente por
radiação e por condução seja menor.
b) Composição das Paredes
Superfícies opacas também possuem um valor de fator U, e a indicação deste
coeficiente sobre a superfície de uma fachada determina a capacidade da edificação em
perder ou ganhar calor.
O edifício da empresa MGD apresenta em sua composição atual apenas a
camada de bloco cerâmico combinado a uma textura, constituindo assim um fator U de
2,6, conforme indicado na figura 20 a seguir.
Figura 20 – Composição das Paredes: Sistema Atual versus Proposto.
Fonte: Autoria Própria.
Tendo em vista que é possível atingir um melhor valor de fator U com a adição
de gesso às paredes internas e externas, foi considerado para o sistema proposto a
composição das paredes a partir da combinação de bloco cerâmico e gesso, com um
valor de fator U correspondente a 1,7. Desse modo, espera-se que o isolamento da
edificação seja superior, aumentando conforto térmico e reduzindo o consumo de
energia relacionado ao sistema de AVAC.
c) Cor do Telhado
O telhado transmite expressiva quantidade de calor a ambientes internos devido
ao calor que absorve da radiação solar. Coberturas escuras absorvem 80% do
calor externo, enquanto que às claras refletem até 90% da luz solar (Schmitz Feijó,
2016).
39. 37
A pintura do telhado na cor branca, aplicada na edificação proposta, visa
melhorar o desempenho térmico da construção, ao proporcionar a redução da
temperatura do telhado, devido à menor absorção externa da irradiação solar pelo teto.
A figura 21 a seguir representa a reflexão do telhado do edifício proposto.
Figura 21 – Reflexão do Telhado - Edifício Proposto.
Fonte: Autoria Própria.
d) Sombreamento
A aplicação de sombreamento em um edifício reduz a incidência de radiação
solar nos ambientes, proporciona conforto visual e térmico para os ocupantes e, ainda,
economia no uso de climatizadores. Por essa função, foi estudado a inclusão de brises
horizontais na fachada norte com fator de correção de 1.0, e nas fachadas sul e leste de
0.5, instalados conforme demonstrado na figura 22 a seguir.
Figura 22 – Sombreamento: Brises Horizontais - Edifício Proposto.
Fonte: Autoria Própria.
40. 38
3.3.3 Sistema de Iluminação
Para o sistema de iluminação, foi avaliada a implantação de duas medidas, a de
aplicação de sistemas de controle e automação, bem como a de aplicação um sistema de
controle iluminação natural.
a) Sistema de Controle e Automação
Para promover eficiência ao sistema de iluminação, foi estudado a integração de
recursos de controle e automação associados à iluminação. Em função disso, a fim de
proporcionar eficiência operacional e otimização da economia de energia, foram
aplicados à simulação: a instalação de sensores de presença para controle de iluminação
nas áreas de escada e banheiros, e o estabelecimento de set points para desligamento do
sistema de iluminação durante períodos de almoço dos colaboradores da empresa, e
após término do expediente.
b) Iluminação Natural
Também, com interesse de proporcionar eficiência ao sistema de iluminação, foi
projetado um sistema de integração da iluminação artificial à iluminação natural. Este
sistema de aproveitamento da iluminação natural foi realizado a partir da utilização de
sensores interligados ao sistema de iluminação, que ligam e dimerizam as luminárias
próximas às áreas de janela, reduzindo o consumo de energia.
A figura 23 a seguir ilustra o potencial de aproveitamento de iluminação natural
próximo a áreas de janela.
Figura 23 – Sistema de Iluminação Natural - Edifício Proposto.
Fonte: Autoria Própria.
41. 39
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
A fim de obter os resultados desejados foram realizadas duas diferentes
simulações no software EnergyPlus v.8.1. A primeira simulação foi baseada nos
parâmetros da Edificação Atual – apresentados na Seção 3.2.
A segunda simulação adicionou à anterior as medidas de eficiência energética
aplicadas à envoltória e ao sistema de iluminação da Edificação Proposta – apresentados
na Seção 3.3.
As duas simulações serão discutidas a seguir em duas diferentes análises, a
primeira avaliará cada simulação de acordo com o conforto térmico de cada ambiente, e
a segunda de acordo com o consumo energético do edifício.
4.1 SIMULAÇÃO DE CONFORTO TÉRMICO
Estudos de conforto térmico visam analisar as condições térmicas de um
ambiente com propósito de avaliar se este proporciona uma faixa de temperatura
adequada à ocupação humana e às atividades ali exercidas.
Dessa forma, para verificação de conforto térmico deste estudo, serão avaliadas
a seguir as temperaturas encontradas em cada zona de modo compará-las à faixa ideal
de conforto para edifícios comerciais, de 21 a 27ºC.
4.1.1 Edificação Atual
Em um primeiro momento, foram inseridas no software as propriedades e
condições atuais da edificação, conforme mencionado na metodologia acima, e a
simulação foi executada.
As figuras a seguir apresentam o mapa de conforto térmico gerado para os
principais ambientes do edifício em duas situações: em um dia típico de verão e outro
de inverno.
42. 40
Figura 24 – Mapa de Conforto Térmico - Edifício Atual: Verão.
Fonte: Autoria Própria.
Figura 25 – Mapa de Conforto Térmico - Edifício Atual: Inverno.
Fonte: Autoria Própria.
Como é possível verificar, o perfil térmico da zona bioclimática analisada (São
Paulo, Congonhas) é mais estável no período do inverno, ao passo que no verão tem-se
um pico intenso durante o início da tarde.
Nesta avaliação, os ambientes da Cozinha e da Escada demonstram estar mais
expostos às temperaturas externas, não atingindo os níveis necessários de conforto
térmico. Ambos os ambientes não contam com sistemas de climatização e possuem
21,0
23,0
25,0
27,0
29,0
31,0
33,0
35,0
37,0
1,00
2,00
3,00
4,00
5,00
6,00
7,00
8,00
9,00
10,00
11,00
12,00
13,00
14,00
15,00
16,00
17,00
18,00
19,00
20,00
21,00
22,00
23,00
24,00
Temperatura
[C]
Tempo [hora]
Temperatura Externa Cozinha
Escritório Concessionárias Escritório Finaceiro
Escritório Gerência Escada
Sala de Treinamento
5,0
7,0
9,0
11,0
13,0
15,0
17,0
19,0
21,0
1,00
2,00
3,00
4,00
5,00
6,00
7,00
8,00
9,00
10,00
11,00
12,00
13,00
14,00
15,00
16,00
17,00
18,00
19,00
20,00
21,00
22,00
23,00
24,00
Temperatura
[C]
Tempo [hora]
Temperatura Externa Cozinha
Escritório Concessionárias Escritório Finaceiro
Escritório Gerência Escada
Sala de Treinamento
43. 41
grandes áreas de vidro como cobertura o que prejudica significativamente o alcance de
índices adequados de temperatura.
Enquanto que, os ambientes de escritório, mesmo com ar condicionado,
apresentam temperaturas média elevadas, neste caso, principalmente devido a grande
concentração de pessoas e equipamentos no ambiente e, também, a relevante
representatividade de áreas de vidro.
A contribuição para carga térmica total das principais fontes presentes na
edificação também foi calculada conforme abaixo:
Pessoas Iluminação Equipamento
Elétrico
Janela
Verão 21.264,8 15.677,0 27.307,5 130.154,6
Inverno 21.264,8 15.677,0 27.307,5 0,0
Valor Médio 21.264,8 15.677,0 27.307,5 65.077,3
Tabela 08 – Mapa de Carga Térmica Diária [W] - Edifício Atual.
Fonte: Autoria Própria.
Figura 26 – Mapa de Carga Térmica - Edifício Atual.
Fonte: Autoria Própria.
É possível notar a elevada carga térmica das janelas no verão, correspondente a
66% do total no período, o que diminui o conforto térmico e aumenta o consumo
energético com refrigeração. A eficiência nessa troca térmica porém, pode ser
trabalhada por meio de medidas de eficiência energética com intenção de proporcionar
melhoria no equilíbrio térmico e reduzir o consumo do sistema de climatização. A
simulação computacional com tais medidas foi realizada e os resultados estão expostos
a seguir para comparação.
17%
12%
21%
50%
Pessoas
Iluminação
Equipamento
Elétrico
Janela
44. 42
4.1.2 Edificação Proposta com Medidas de Eficiência Energética
O desempenho térmico atual deste empreendimento demonstrou diversas
possibilidades de redução de consumo, dentre elas as maiores oportunidades de
melhoria se encontravam nas janelas do edifício. Para isso foram implementados brises
horizontais nas janelas e substituído os vidros das mesmas por um material com menor
coeficiente de ganho de calor. Ainda, foram alterados os vidros das portas externas pelo
mesmo material das novas janelas, bem como reduzido as áreas de vidro na construção
da cobertura, adicionado gesso as paredes e aplicado tinta de cor clara no telhado.
As figuras a seguir apresentam os resultados obtidos em relação ao conforto
térmico dos ambientes após a inclusão das medidas de eficiência energética detalhadas
na seção 3.3.
Figura 27 – Mapa de Conforto Térmico - Edifício Proposto: Verão.
Fonte: Autoria Própria.
21,0
23,0
25,0
27,0
29,0
31,0
33,0
1,00
2,00
3,00
4,00
5,00
6,00
7,00
8,00
9,00
10,00
11,00
12,00
13,00
14,00
15,00
16,00
17,00
18,00
19,00
20,00
21,00
22,00
23,00
24,00
Temperatura
[C]
Tempo [hora]
Temperatura Externa Cozinha
Escritório Concessionárias Escritório Finaceiro
Escritório Gerência Escada
Sala de Treinamento
45. 43
Figura 28 – Mapa de Conforto Térmico - Edifício Proposto: Inverno.
Fonte: Autoria Própria.
Em função das alterações mencionadas acima, pode-se observar nas figuras a
redução da temperatura média dos ambientes no verão e aumento no inverno, ficando
mais próximas ao conforto ideal.
O mesmo efeito é observado no cálculo da carga térmica total da janela da
edificação, que diminuiu cerca de 83 kW, redução de aproximadamente 64%.
Pessoas Iluminação Equipamento
Elétrico
Janela
Verão 21.264,8 12.633,1 27.307,5 47.432,1
Inverno 21.264,8 12.633,1 27.307,5 0,1
Valor Médio 21.264,8 12.633,1 27.307,5 23.716,1
Tabela 09 – Mapa de Carga Térmica Diária [W] - Edifício Proposto.
Fonte: Autoria Própria.
Figura 29 – Mapa de Carga Térmica - Edifício Proposto.
Fonte: Autoria Própria.
5,0
7,0
9,0
11,0
13,0
15,0
17,0
19,0
21,0
1,00
2,00
3,00
4,00
5,00
6,00
7,00
8,00
9,00
10,00
11,00
12,00
13,00
14,00
15,00
16,00
17,00
18,00
19,00
20,00
21,00
22,00
23,00
24,00
Temperatura
[C]
Tempo [hora]
Temperatura Externa Cozinha
Escritório Concessionárias Escritório Finaceiro
Escritório Gerência Escada
Sala de Treinamento
25%
15%
32%
28%
Pessoas
Iluminação
Equipamento
Elétrico
Janela
46. 44
Nota-se, também, a redução de carga térmica referente à iluminação, isto se deve
a implantação de sistemas de controle e automação neste uso final, os quais
proporcionaram redução de consumo e, consequentemente, redução de carga térmica do
sistema.
4.2 SIMULAÇÃO DE DESEMPENHO DE CONSUMO ENERGÉTICO
Reduções de consumo energético de edificações estão diretamente relacionadas
com a promoção do conforto térmico das mesmas. Este fato ocorre devido à diminuição
direta de custos relacionados à refrigeração quando se é aplicado medidas de eficiência
energética na envolvente do edifício objetivando promover equilíbrio térmico adequado
aos ambientes.
Assim, como será apresentado a seguir, é possível analisar o efeito da
eficientização dos sistemas de envoltória em relação à demanda de energia da edificação
proposta se comparada à edificação atual. Bem como, é possível identificar a redução de
demanda de energia referente aos sistemas de iluminação devido à implantação de
sistemas de controle conforme abordado na seção 3.3 deste trabalho.
4.2.1 Edificação Atual
De maneira similar ao realizado na análise do desempenho térmico, foram
elaboradas simulações para avaliação do consumo energético na condição atual e com
as modificações propostas. O estudo foi desenvolvido por tipo de usos finais, divididos
em: sistemas de iluminação, equipamentos elétricos e climatização.
Na tabela a seguir encontram-se os índices para a situação atual do edifício,
demonstrando a relevância de projetos que otimizem a eficiência do sistema de ar
condicionado e de iluminação.
Sistema Consumo
[kWh/ano]
Representatividade
Iluminação 4.091,7 22%
Equipamentos Elétricos 7.127,3 39%
Ar condicionado 7.280,0 39%
Total 18.499,0
Tabela 10 – Consumo de Energia Anual - Edifício Atual.
Fonte: Autoria Própria.
47. 45
Figura 30 – Mapa de Consumo Energético - Edifício Atual.
Fonte: Autoria Própria.
Observa-se que a proporção de consumo energético devido ao ar condicionado -
a qual geralmente representa mais da metade do consumo total de um edifício -
praticamente se iguala ao consumo dos equipamentos elétricos. Isto deve-se ao fato de
que, neste edifício, os sistemas de climatização estão instalados em apenas 50% da
edificação, portanto não impactam significativamente no consumo. Por outro lado, isto
não interfere no fato de que medidas relacionadas a climatização podem representar
potenciais oportunidades de redução de consumo, conforme pode-se verificar no item a
seguir.
4.2.2 Edificação Proposta com Medidas de Eficiência Energética
A partir da implantação das medidas propostas na seção 3.3, a tabela e gráfico a
seguir apresentam o consumo em kWh anual por sistema e a representatividade de cada
um em relação ao consumo total do edifício.
Sistema Consumo
[kWh/ano]
Representatividade
Iluminação 3.297,20 23%
Equipamentos Elétricos 7.127,30 49%
Ar Condicionado 4.140,99 28%
Total 14.565,50
Tabela 11 – Consumo de Energia Anual - Edifício Proposto.
Fonte: Autoria Própria.
22%
39%
39%
Iluminação
Equipamentos
Elétricos
Ar condicionado
48. 46
Figura 31 – Mapa de Consumo Energético - Edifício Proposto.
Fonte: Autoria Própria.
Percebe-se que o impacto do ar condicionado se tornou ainda menor devido à
implantação dos parâmetros de eficiência energética - efetivamente, este sistema
apresentou redução de 48% do seu consumo. Afirmando, assim, que o desempenho
energético de edificações responde diretamente à aplicação de medidas passivas que
visam conforto térmico.
Enquanto que, as medidas propostas de controle e automação do sistema de
iluminação, com implementação de sensores de presença e aproveitamento de
iluminação natural, ocasionaram também relevante redução de demanda de energia
elétrica, 24% no consumo por este uso final.
23%
49%
28%
Iluminação
Equipamentos
Elétricos
Ar
Condicionado
49. 47
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O objetivo deste projeto foi avaliar a performance energética, térmica e lumínica
do edifício da empresa MGD Eficiência Energética e, demonstrar através da utilização
de ferramentas computacionais a análise de oportunidades de redução de consumo e
aumento de conforto térmico. Visto a área de atuação do empreendimento estudado, o
espaço físico que representa a sede deste necessita ser extremamente funcional e
eficiente, além de inevitavelmente pela função que representa, para servir como
exemplo a seus clientes e parceiros.
A maior parte das edificações residenciais, comerciais e industriais possui uma
série de oportunidades para se tornarem mais eficientes energeticamente, e as
ferramentas computacionais EnergyPlus e SketchUp (com o plugin OpenStudio),
utilizadas nesse trabalho, se mostraram eficientes no diagnóstico e avaliação da
performance térmica e energética da edificação.
O diagnóstico da situação atual do prédio estudado permitiu identificar de forma
precisa diversas melhorias que foram analisadas no ambiente de simulação. Com os
resultados obtidos neste estudo, constata-se que a aplicação de medidas de eficiência
energética é capaz de reduzir significativamente o consumo de energia elétrica, bem
como aumentar consideravelmente o conforto térmico de um ambiente.
Durante as simulações, a temperatura dos ambientes internos durante o verão
caiu cerca de 2,4ºC e no inverno aumentou 1,7ºC, ficando mais próxima da faixa de
conforto ideal (21ºC a 27ºC). A carga térmica emitida pelas janelas, maior problema
identificado pela simulação diagnóstica, foi reduzida em 64%. Enquanto que, o
consumo energético total diminuiu em 23%, em grande parte impulsionado pela menor
necessidade de gastos com climatização após adequação do desempenho térmico, que
representou cerca de 80% do total de 3,9 MWh economizados.
Á caráter representativo, considerando o custo médio para instalação das
medidas propostas neste projeto estimado em R$ 35.900,00 e, considerando a tarifa
atual de energia elétrica do empreendimento analisado de R$ 0,53/kWh, o custo anual
referente à energia elétrica reduzirá de R$ 9.811,50 para R$ 7.719,71 após implantação
das medidas de eficiência energética, e o tempo de retorno do investimento (payback
simples) será de cerca de 16 anos.
50. 48
De modo geral, conclui-se que as simulações computacionais de eficiência
termo-energética já são uma técnica viável e eficaz, e que, portanto, devem ocupar
espaço cada vez maior no mercado de projetos elétricos e estruturais.
Como sugestão para estudos adicionais, podem ser elencados análises
financeiras de viabilidade econômica da aplicação de cada medida de eficiência
energética deste estudo. Assim como, podem ser considerados análises de aplicação de
medidas de cogeração de energia, como instalação de painéis fotovoltaicos integrados a
rede, e de eficiência no consumo de água, como em sistemas de armazenamento pluvial
e reuso da água, visto que estas medidas apresentam potencial significativo para estudos
de eficiência energética e que também podem ser analisadas no ambiente de simulação
computacional EnergyPlus.
51. 49
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