Este estudo analisou o perfil hematológico de 20 jogadores de futebol de elite ao longo de um ano, encontrando valores estáveis nos marcadores hematológicos e de ferro, apesar da alta intensidade de treino e jogos. Algumas limitações incluíram a ausência do controle de variáveis como a transferrina e intensidade, e da falta de uma avaliação no final da temporada.

1. Diogo Santos Teixeira1,2
Diogo Ferreira3
Carlos Caetano3
Valter Pinheiro2
Fernando Santos4
Bruno Mendes3
Perfil hematológico dos jogadores de uma equipa de elite de futebol da
1ª liga portuguesa
1 Faculdade de Educação Física e Desporto – ULHT
2 Departamento de Ciências do Desporto – ISCE
3 Benfica Lab – SLB
4 IP Setúbal – IPS
diogo.sts.teixeira@gmail.com

2. § O futebol é um dos desportos mais populares em todo o
mundo, sendo praWcado por milhões de pessoas de todas as
nações, em vários níveis compeWWvos1
1 – Giuliano & Robertson (2004)
2 – Bangsbo, Mohr, & Krustrup, (2006)
3 – Beard (2001)
Enquadramento
§ No futebol de elite as equipas
treinam ao longo de toda a época
desporWva, realizando 5-6 sessões
de treino semanais2
§ A capacidade aeróbia de um indivíduo está dependente de
alguns processos biológicos como a captação, transporte e
consumo de oxigénio, nos quais o ferro, entre outros,
desempenha um papel fulcral3

3. § Atletas em períodos de treino intensivo podem apresentar
perdas aumentadas de ferro através do suor, urina, fezes e
hemólise intravascular4, 5 e 6
4 – Waller & Haymes (1996 )
5 – NachWgall, Nielsen, Fischer, Engelhardt & Gabbe (1996)
6 – Miller, Pate & Burgess (1988)
7 – Beard & Tobin (2000)
Enquadramento
§ Uma ingestão limitada de fontes
alimentares ricas em ferro e/ou
ingestão energéWca deficitária também
podem alterar negaWvamente o status
deste mineral7
§ Um status de ferro deficitário pode diminuir a função muscular
e a capacidade de trabalho, comprometendo as adaptações ao
treino e o rendimento desporWvo do atleta8-10
8 – Lukaski (2004)
9 – Peeling & Deakin (2015)
10 – Academy of NutriWon and DieteWcs (2016)

4. § Analisar a dinâmica hematológica dos jogadores de
uma equipa de elite de futebol da 1ª liga portuguesa ao
longo do período de 1 ano.
Obje0vo
Método – Tipo de estudo e amostra
§ Estudo-caso (1 ano)
§ Amostra consWtuída por 20 jogadores da equipa
principal de futebol do SL Benfica (2014/2015; M=26,1
anos, DP=5.0)

5. § Procedimentos
- Análises de composição corporal
> Balança BC-418 MA Tanita,
> Estadiómetro SECA 217
> Adipómetro calibrado Harpenden: antropometrista
ISAK nível 1; fórmula de 7 pregas ajustada a
futebolistas11
- Coleta sanguínea
> Amostras (8-10ml) colhidas através de punção
venosa periférica na fossa antecubital
> Citometria de fluxo (ADVIA 1800 e ADVIA Centaur)
Método – Instrumentos e procedimentos
11 – Withers, Craig, Bourdon & Norton (1987)

6. § Procedimentos de coleta
- Três períodos de coleta
> Julho de 2014
> Fevereiro de 2015
> Julho de 2015
§ Procedimentos estawsWcos
- Shapiro Wilk test
- Teste de Wilcoxon
- Teste de Friedman
- Análises post-hoc com ajustes de Bonferroni (i.e.,
0.05/3=0.017).
- p < 0.05
Método – Instrumentos e procedimentos

7. § Sem diferenças significaWvas entre momentos de avaliação
§ Valores dentro do esperado para atletas da modalidade
Resultados/Discussão
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
Peso (kg) IMC (Kg/m2) Massa Gorda
(%)
Pregas
Adiposas
(mm)
Jun/14
Jun/15
Gráfico 1 – Análise de Wilcoxon da composição corporal dos jogadores
no início das épocas 14/15 e 15/16

8. Resultados/Discussão
Gráfico 2 – Análise de Friedman dos valores hematológicos iniciais,
intermédios e de início da nova época
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Hemoglobina (g/dL)
Hematócrito (%)
Eritrócitos (n/L)
VGM (FL)
HGM (pg)
Jul/15
Fev/15
Jul/14
** p<.01; *** p<.001
***
**
***
**

9. Resultados/Discussão
Gráfico 3 – Análise de Friedman dos valores hematológicos iniciais,
intermédios e de início da nova época após ajuste de Bonferroni
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Hemoglobina (g/dL)
Hematócrito (%)
Eritrócitos (n/L)
VGM (FL)
HGM (pg)
Jul/15
Fev/15
Jul/14
Fase 1 e 3 (Z=-3.312, p=0.001)
Fase 2 e 3 (Z=-3.595, p<.001)
Fase 1 e 3 (Z=-3.101, p=0.002)
Fase 2 e 3 (Z=-3.547, p<.001)
Fase 1 e 3 (Z=-2.652, p=0.008)
Fase 2 e 3 (Z=-3.466, p=0.001)

10. § Apesar da diminuição dos valores ao longo da época, não se
verificaram diferenças significaWvas (todos p>.05)
Resultados/Discussão
Gráfico 4 – Análise de Friedman dos valores de ferro e ferriWna iniciais,
intermédios e de início da nova época
90
95
100
105
110
115
120
Ferro (μg/dL) FerriWna (μg/L)
Jul/14
Fev/15
Jul/15

11. § A estabilidade de indicadores hematológicos
apresenta-se como um fator determinante na
performance máxima de um atleta
§ Estabilização dos valores hematológicos do início até
metade da época desporWva
§ Dados sugerem a possibilidade da estabilização dos
valores de ferro e ferriWna em atletas de futebol,
independentemente da elevada intensidade e volume
de jogos
Conclusões

12. § Ausência do controlo da variável transferrina
§ Ausência de um momento de controlo no final
da época
§ Ausência do controlo da intensidade
Limitações

13. Diogo Santos Teixeira1,2
Diogo Ferreira3
Carlos Caetano3
Valter Pinheiro2
Fernando Santos4
Bruno Mendes3
Perfil hematológico dos jogadores de uma equipa de elite de futebol da
1ª liga portuguesa
1 Faculdade de Educação Física e Desporto – ULHT
2 Departamento de Ciências do Desporto – ISCE
3 Benfica Lab – SLB
4 IP Setúbal – IPS
diogo.sts.teixeira@gmail.com