O parque Trianon em São Paulo foi inaugurado em 1892 para servir como um refúgio de lazer para a aristocracia cafeeira. Projetado originalmente como um jardim inglês, atualmente preserva uma reserva remanescente da Mata Atlântica e abriga obras de arte como as estátuas do Fauno e Aretuza, além de ser ponto de recreação infantil e descanso no meio da Avenida Paulista.
1. Parque Trianon
O parque foi inaugurado em 3 de abril de 1892 e deve ter seu surgimento entendido no
contexto do processo de urbanização da cidade de São Paulo daquela época. No ano
anterior ocorrera a inauguração da Avenida Paulista. Naquela época, o ambiente cultural
da aristocracia cafeeira era dominado por influências do romantismo europeu do século
XIX e, dessa forma, o parque acabou ganhando ares de um jardim inglês, apesar de sua
exuberante vegetação tropical, remanescente da Mata Atlântica.
O responsável pelo projeto paisagístico
foi o francês Paul Villon, motivo pelo
qual o parque às vezes ser citado, nos
textos antigos, como Parque Villon. O
nome Trianon veio do fato de, naquele
tempo, existir no local onde hoje se
situa o Museu de Arte de São Paulo em
frente ao parque, um clube com o nome
Trianon, onde foi construído de (1911-
1914) o chamado belvedere com projeto
do arquiteto Ramos de Azevedo.
Por muitos anos ainda foi conhecido como parque da Avenida e era explorado pela
iniciativa privada, juntamente com o clube, servido de palco para muitas festas, bailes e
eventos culturais da alta sociedade que passou a morar na região da Paulista.
A partir de 1968, na gestão do prefeito Faria Lima, o parque passou por várias
mudanças que tiveram a assinatura do paisagista Burle Marx e do arquiteto Clóvis Olga.
E em data recente o parque foi tombado pelo CONDEPHAAT e pelo CONPRESP.
2. Atualmente o Parque Trianon possui em
seu interior, além da única reserva
remanescente de mata atlântica da
região, outros atrativos como a estátua
do Fauno de Vítor Brecheret, da
Aretuza, um viveiro de aves, fontes,
chafarizes, locais de recreação infantil,
sanitários públicos e centro
administrativo, tornando-se um refúgio
de lazer e descanso no meio da agitada
Avenida Paulista.
Estátua do Fauno – Victor Brecheret
Na mitologia grega, Aretuza era uma ninfa
do Peloponeso e da Sicília.
Acredita-se que era companheira de
Ártemis e, como sua protetora,
desdenhava os prazeres do amor. Foi
perseguida pelo Rio Alfeu e socorreu-se à
deusa que a transformou em fonte. Nessa
forma de águas jorrantes, percorreu
caminhos subterrâneos, até que chegou à
Siracusa, na ilha Ortígia, que é dedicada a
Ártemis – deusa da vida selvagem.
Estatua Aretuza – Francisco Leopoldo da Silva
Informações:
Endereço: Av. Paulista, esquina com a Rua Peixoto Gomide, - Cerqueira César
Telefone: (55 11) 3289-2160
Horário de funcionamento: das 6h às 18 hs.
Como chegar: Estação Metro Trianon/MASP.
Site: http://www.prefeitura.sp.gov.br
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