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O grande Futebol Clube Porto

       Fundado em 1893 da cidade do Porto. É o clube com maior número de títulos do
futebol português, contabilizando 69 troféus, dos quais 7 internacionais. O principal
rival Benfica possui 68 títulos, com "apenas" dois troféus internacionais. É o único
clube português penta-campeão de futebol, duas vezes tetra-campeão e detentor de três
triplas. Possui o énea-campeonato em hóquei em patins e é o clube de futebol europeu
com mais títulos desde 1974/75. Se considerarmos todas as categorias de futebol
(sénior, júnior e juvenil), o FC Porto é, novamente, a equipa que mais títulos tem com
124 troféus. É, ainda, o primeiro clube português a terminar o campeonato nacional sem
derrotas no século XXI, feito que apenas tinha sido alcançado em 1972/1973 pelo
Benfica. O Porto detém, ainda, o recorde de maior distância para o segundo
classificado: 21 pontos para o Benfica em 2010/2011.




                  Primeiro símbolo do clube




                  Símbolo actual com a junção do brasão da cidade



       O clube foi fundado sob o nome Foot-ball Club do Porto no dia 28 de Setembro
de 1893 por António Nicolau d'Almeida, um comerciante de vinho do Porto que
descobriu o futebol nas suas viagens a Inglaterra. A fundação do Foot-ball Club do
Porto foi notícia nos jornais da época e o evento mais significativo desta primeira e
breve existência do clube foi uma partida contra o Club Lisbonense, com o alto
patrocínio do Rei D. Carlos, disputada no Porto no dia 2 de Março de 1894 e na qual
cada clube representou a sua cidade. Contudo, poucos dias depois da partida ouvir-se-ia
falar do FC Porto pela última vez no século XIX; António Nicolau d'Almeida acedeu ao
pedido da futura esposa, que considerava o futebol uma modalidade demasiado violenta,
e afastou-se do clube que entrou num período de letargia.
Os Primeiros Anos: Futebol Clube do Porto

       Doze anos depois, em 1906 José Monteiro da Costa regressou de Inglaterra,
fascinado pelo mesmo desporto que encantara o seu amigo há mais de uma década e
resolveu criar uma equipa de futebol. Foi então que António Nicolau d'Almeida lhe
falou do projecto que iniciara em 1893, e José Monteiro da Costa não hesitou. Membro
de uma associação denominada Grupo do Destino, sugeriu aos seus colegas que
embarcassem com ele na aventura, ao que a maioria acedeu. Terminava o Grupo do
Destino e renascia o FC Porto, em Agosto de 1906, assumindo desde logo uma faceta de
clube eclético, no qual se praticavam também atletismo, boxe, cricket, halterofilismo,
pólo aquático e natação.
       O seu primeiro campo, o Campo da Rua da Rainha (que data do ano de
refundação do clube), foi o primeiro campo relvado em Portugal. O FC Porto foi
pioneiro também na internacionalização: foi a primeira equipa portuguesa a receber um
conjunto estrangeiro (o Real Fortuna de Vigo, em 1907) e a primeira equipa a deslocar-
se ao estrangeiro (a Vigo, em 1908). O primeiro título oficial do palmarés portista surge
em 1912: é a Taça José Monteiro da Costa, o Campeonato do Norte de Portugal (de
futebol), criado em homenagem ao refundador do FC Porto.
       Ainda que forçada (pela construção de uma fábrica no espaço do antigo recinto), a
mudança para o Campo da Constituição em 1912 correspondeu a uma significativa
melhoria das instalações. Simultaneamente, o FC Porto crescia a nível desportivo, tendo
vencido a primeira prova de âmbito nacional na história do futebol português: o
Campeonato de Portugal de 1922. Nesse mesmo ano, o futebolista Simplício, também
artista gráfico, conjugou o antigo símbolo do FC Porto com as armas da cidade do
Porto, dando origem ao actual emblema do clube, datando da mesma altura o Hino do
FC Porto, com letra de Heitor Campos Monteiro e música do Maestro António
Figueiredo e Melo. O constante aumento do número de sócios e a introdução de novas
modalidades (ginástica em 1910, basquetebol e hóquei em campo em 1926, râguebi em
1928, andebol de onze em 1932 e ténis de mesa em 1937) contribuíam também para o
crescimento do clube.
       Em meados dos anos trinta, o FC Porto conhecia uma dimensão tal que o Campo
da Constituição já parecia pequeno demais - começaram então os planos para a
construção de um novo estádio. Como este demoraria década e meia a surgir, foi
necessário procurar uma solução temporária, passando o FC Porto a jogar alguns jogos
no campo emprestado do Sport Progresso (Amial) ou do Académico (Estádio do Lima).
       Em 1945 o FC Porto tinha cerca de 8 mil sócios e o alargamento a novas
modalidades prosseguia: bilhar e pesca desportiva em 1940, voleibol em 1943, ciclismo
em 1945, campismo em 1951 e hóquei em patins em 1955. Entretanto, a equipa de
futebol passava 15 anos sem títulos, entre 1941 e 1955; eram as outras modalidades,
nomeadamente o andebol de onze e o ciclismo, que se encarregavam de ir aumentando
o palmarés do clube. O futebol, porém, mesmo não vencendo competições oficiais, foi
responsável pela mais significativa adição à sala de troféus do FC Porto na altura: em
1948 venceu o Arsenal, considerada a melhor equipa do mundo, no Estádio do Lima.
Apesar de ter sido apenas um amigável, sócios e notáveis ofereceram ao clube um
troféu com mais de 300 quilos, 130 dos quais em prata maciça.



                          As décadas de 1950, 1960 e 1970

      O ansiado novo estádio foi inaugurado em 1952. Chamava-se Estádio do Futebol
Clube do Porto, mas ficou para a história como Estádio das Antas. Inicialmente apenas
um estádio, foi-se transformando ao longo dos anos num verdadeiro complexo
desportivo, com a construção de uma piscina, dois pavilhões e outras instalações
essenciais à prática das várias modalidades do clube.
      O bom período que permitiu a quebra do jejum em 1956 (e logo com uma
dobradinha, a primeira) e a conquista do título de 1959 foi sol de pouca dura para o
futebol portista: avizinhava-se novo período negro, desta vez de 18 épocas. Mais uma
vez, foram sobretudo o andebol (de onze e agora também de sete) e o ciclismo a trazer
alegrias aos adeptos. Nos anos 1960, a actividade foi alargada aos desportos
motorizados (em 1960) e ao xadrez (em 1967).
      Já no novo estádio, o FC Porto sofre a única derrota com clubes amadores, ao
perder na Vidigueira, com o clube da terra por 3-1 na época de 57/58. Miro autor dos 3
golos transfere-se posteriormente para o Salgueiros.
      O afastamento dos títulos no futebol seria quebrado em 1978 pelo treinador José
Maria Pedroto, "o Mestre", com Jorge Nuno Pinto da Costa como chefe do
departamento de futebol e Américo de Sá na presidência. No ano seguinte, uma nota
negativa: depois do ténis, do râguebi e do pólo aquático terem ficado pelo caminho, o
andebol de onze cessa a actividade no clube; foram 28 títulos nacionais em 40 edições
do campeonato, uma existência gloriosa de uma modalidade que praticamente não deixa
rasto em Portugal nos dias de hoje.
Presidência de Jorge Nuno Pinto da Costa




       Em 1982, Jorge Nuno Pinto da Costa sobe à presidência do FC Porto, marcando
uma viragem definitiva na história do clube. Em termos desportivos, o FC Porto
conquista nesse mesmo ano o seu primeiro título internacional: a Taça das Taças de
hóquei em patins. Dois anos depois, chega à final da mesma competição em futebol, que
perde contra a Juventus. O hóquei em patins, que até 1982 não contava com qualquer
título - nacional ou internacional - fez da Taça das Taças o primeiro passo de uma
caminhada rumo ao topo em Portugal e do Mundo. Volta a vencer a Taça das Taças em
1983, conquista um penta-campeonato entre 1982 e 1987 e sagra-se campeão da Europa
em 1986 e em 1990. No atletismo, Aurora Cunha soma títulos, sagrando-se tricampeã
do mundo de estrada (1984/85/86). Em 1987 veio a glória no futebol, com a vitória na
Taça dos Clubes Campeões Europeus (em Viena, contra o Bayern de Munique, com um




inesquecível golo de calcanhar de Rabah Madjer),                                    na
Taça Intercontinental (contra o Peñarol de Montevideu) e na Supertaça Europeia (contra
o Ajax). Também a nível interno o FC Porto começava a desenhar um domínio que se
prolonga até aos dias de hoje.
      Mas o crescimento do clube revelava-se também sob outras formas, como a
criação da Loja Azul (1983), da Revista Dragões (1985) e da secção de desporto
adaptado (1986), e ainda o rebaixamento do relvado do Estádio das Antas (1986),
aumentando significativamente a sua capacidade (o que já havia sucedido em 1976
aquando da construção das bancadas da maratona). Nessa altura o número de sócios já
ultrapassava os 50 mil. Contudo, outras duas modalidades são extintas nessa mesma
década - o ciclismo e o hóquei em campo, respectivamente em 1983 e 1989.
A Década de 1990

       A nível institucional, o clube sofreu fortes transformações nos anos 1990 com a
criação da FC Porto, Futebol, SAD e da FC Porto, Basquetebol, SAD, sociedades
comerciais que passaram a gerir o futebol e o basquetebol do clube, respectivamente.
Foram ainda criadas a PortoSeguro, a PortoComercial e a PortoMultimédia, embora em
termos desportivos mais três modalidades tenham sido abandonadas: voleibol (1991),
ténis de mesa (1995) e xadrez (1998).
       A Futebol Clube do Porto - Futebol, SAD (Sociedade Anónima Desportiva) foi
constituído a 5 de Agosto de 1997, sendo seus accionistas fundadores os seguintes:
         * Investiantas - Investimentos Desportivos, Lda: 99.997 acções (49.9985%);
         * FCP: 80.000 acções (40%);
         * Câmara Municipal do Porto: 20.000 acções (10%).
       O embrião desta nova sociedade desportiva emerge do Futebol Clube do Porto,
instituição de utilidade pública com mais de 100 anos de existência, que tem
caracterizado a sua existência pelo fomento da prática desportiva e pela participação em
competições das mais diversas modalidades.
       A criação da SAD sempre teve em vista a gestão única e exclusiva do futebol
profissional do Futebol Clube do Porto. As suas orientações estratégicas fundamentais
assentam na procura do sucesso desportivo de uma forma sustentada e a oferta ao
público de espectáculos desportivos de elevada qualidade, de forma a satisfazer os seus
adeptos e simpatizantes, a população da região em que se encontra implantado e a
população do país em geral. Desta forma, as diversas actividades relacionadas com o
futebol profissional terão mais e melhores condições para serem desenvolvidas com
sucesso.



                 O Penta-campeonato e o Pleno Nacional de 1999

      Os anos 1990 foram, também, de sucesso, sobretudo para a equipa de futebol, que
foi campeã oito vezes, cinco delas consecutivas (o histórico Penta, que nunca tinha sido
atingido no futebol português e que ainda é feito exclusivo do clube). O FC Porto esteve
também em evidência no hóquei em patins (inclusive a nível internacional,
conquistando duas Taças CERS), no basquetebol, na natação e no boxe. Em 1993, o
Conselho Cultural organizou vários eventos culturais a assinalar o centenário do FCP,
tendo sido editada uma medalha comemorativa numerada. Também se realizou um
Torneio Internacional de futebol no Estádio das Antas, com a vitória do FC Porto. Em
1995 o FC Porto ultrapassou a marca dos 100 mil sócios e no ano seguinte, pela
primeira vez, uma atleta do FC Porto conquistou uma medalha olímpica: Fernanda
Ribeiro venceu os 10 mil metros e trouxe o ouro de Atlanta (quatro anos depois traria o
bronze de Sydney). Em andebol, o FC Porto reconquistou em 1999 o título de campeão
nacional que fugia há 30 anos. Aliás, 1999, além de ter sido o ano do Penta, marcou
uma época perfeita para o clube que foi campeão nas quatro modalidades mais
importantes no panorama desportivo português: o futebol, o hóquei em patins, o
andebol e o basquetebol.



                                       Século XXI

      No início do século XXI, José Mourinho chegou às Antas depois de se ter
estreado, como treinador principal, no Sport Lisboa e Benfica e haver-se destacado no
União de Leiria. Foi com ele que Portugal, através da equipa de futebol do FC Porto,




regressou aos títulos internacionais, conquistando                               a Taça




UEFA em 2002/03 e                                  a Liga dos Campeões da UEFA de
2003-04 - época em que o FC Porto voltou a lograr o pleno nacional, sagrando-se
campeão nas quatro modalidades principais. No mesmo ano, já com Victor Fernandez, a
Taça Intercontinental seria acrescentada ao palmarés portista, eleito a melhor equipa da
Europa em 2003 e 2004
     Treinador Jesualdo Ferreira, que ganhou o Tri-Campeonato entre 2006/07 e
2008/09 e levou o FC Porto ao Tetra.
     Entretanto, em 2002 havia sido inaugurado o Centro de Treinos e Formação
Desportiva PortoGaia, pela Fundação PortoGaia (criada pelo FC Porto e pela Câmara
Municipal de Vila Nova de Gaia) e, em 2003, o Estádio do Dragão,
da responsabilidade de mais uma
empresa do grupo FC Porto, a PortoEstádio, e da autoria do arquitecto Manuel Salgado.
As modalidades que jogavam em casa emprestada desde que, em 2001, o Pavilhão
Américo de Sá e as piscinas do complexo das Antas foram demolidos, aguardavam
ainda pelo pavilhão, também da autoria de Manuel Salgado, que surgiu junto ao actual
estádio e tem o nome de Dragão Caixa, devido a um contrato de patrocínio celebrado
entre o clube e a Caixa Geral de Depósitos. O Presidente Pinto da Costa lançou a
primeira pedra deste novo pavilhão, precisamente no dia em que foi reconduzido para
mais um mandato à frente dos destinos do Clube e no dia em que o Porto se sagrou Bi-
Campeão Nacional de Futebol, num jogo em casa frente ao Desportivo das Aves.
Jesualdo Ferreira, treinador dos azuis e brancos, sagrou-se, assim, campeão nacional
pela primeira vez, à imagem do que tinha acontecido na temporada transacta com o
holandês Co Adriaanse.
      No ano de 2007/2008, o Porto consegue o tricampeonato. No ano seguinte, ganha
o campeonato e concretiza o Tetra, o 2º da história do clube (feito inédito em Portugal)
e Jesualdo Ferreira sagra-se o 1º treinador português a conseguir o tricampeonato. No
ano de 2009, é inaugurado o pavilhão gimnodesportivo "Dragão Caixa" e nesse
pavilhão ganha, no mesmo ano, o octocampeonato do hóquei em patins e o título
nacional no andebol.
      Na época 2009/2010, o clube ressente-se da saída de diversos jogadores para
grandes clubes da Europa e falha o seu segundo Penta-campeonato, ficando em terceiro
lugar, atrás de Braga e Benfica, que, com uma época de realce, foi campeão com Jorge
Jesus. Porém, nesta época o Porto não deixou de vencer troféus e conquistou a Taça de
Portugal.
Época 2010/2011

       Na época 2010/2011, já sob o comando de André Villas-Boas, o Porto volta aos
títulos e à sua soberania desde os anos 1980, vencendo o 25º Campeonato Nacional,
invicto, e desta vez em casa do seu maior rival, o Sport Lisboa e Benfica. Jogo esse que
ficou marcado pelo "apagão" de luzes e da ligação do sistema de rega no final do jogo,
tido como sinal de pouco fair-play por parte do adversário e inclusivamente criticado
pela polícia. Já neste mesmo ano, André Villas Boas havia ganho ao clube de Lisboa a
Supertaça Cândido Oliveira, somando mais um título ao longo palmarés do Futebol
Clube do Porto, e obtido, uma vitória histórica por 5-0 ao SL Benfica.
       A 20 de Abril de 2011, o Porto conseguiu uma reviravolta histórica nas meias-
finais da Taça de Portugal. Após perder por 2-0 em casa, o clube, contra todas as
expectativas da imprensa, ganhou no Estádio da Luz por 3-1, carimbando, assim, a
presença nas finais da Taça de Portugal, eliminando o SL Benfica dessa competição e
da Supertaça de Portugal e confirmando um feito memorável e inédito, ao mesmo
tempo que obteve o quarto triunfo em cinco jogos contra o Benfica nesta época.
       Ganhando ao Marítimo por 2-0 fora de casa, a 14 de Maio de 2011, o Porto
terminou o campeonato sem derrotas, apenas cedendo três empates contra equipas
diferentes, batendo, assim, todos os seus adversários no campeonato. Tal feito não era
conseguido desde 1972/1973, sendo, assim, um marco histórico para o futebol
português.[13] Para além de ter igualado este marco, o FC Porto tornou-se no campeão
nacional com maior distância para o segundo classificado - 21 pontos de distância para
o SL Benfica. O Porto teve ainda a melhor defesa, o melhor ataque e foi a única equipa
a marcar golos em todos os jogos do campeonato.
       A 18 de Maio de 2011 venceu o sétimo troféu internacional e quinto europeu, a




Liga Europa da UEFA de 2010-11,
sob o comando de André Villas-Boas, derrotando na final por 1-0 o SC Braga, no Aviva
Stadium em Dublin, naquela que foi a primeira final europeia entre duas equipas
portuguesas. Radamel Falcao, o autor do único golo, com assistência de Freddy Guarín,
também estabeleceu um novo recorde de maior número de golos na Liga Europa da
UEFA, com 17 golos em 14 partidas durante a campanha ("play-off" excluídos),
superando o recorde anterior de Jürgen Klinsmann. Noutro recorde, Villas-Boas tornou-
se no mais jovem treinador de sempre a ganhar uma prova europeia.
      Ao longo da sua caminhada europeia, o Porto eliminou adversários de peso como
o Villarreal CF, chegando a golear os espanhóis por 5-1, numa partida memorável em
que esteve a perder por 0-1 ao intervalo. Assim, o FC Porto reforçou a sua liderança no
plano nacional e, de maior relevo, no plano internacional, com 7 troféus contra 2 dos
rivais Benfica e Sporting.
       A fechar a época, a 22 de Maio de 2011, o Porto conquistou o quarto troféu da
época, com Villas-Boas a igualar o feito de Tomislav Ivic. Foi a Taça de Portugal, que
venceu com uma goleada de 6-2 sobre o Vitória de Guimarães. Com este troféu, o FC
Porto ultrapassou o Benfica em troféus oficiais (69 contra 68; Ver Também:
Comparação entre títulos de Porto e Benfica). Também foi a primeira vez que o Porto
ganhou três vezes consecutivas a Taça de Portugal.
       A época 2010/2011 marcou o ano em que o FC Porto ultrapassou o SL Benfica e
se tornou no clube com mais troféus oficiais de Portugal.

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O FC Porto, Maior Campeão Português

  • 1. O grande Futebol Clube Porto Fundado em 1893 da cidade do Porto. É o clube com maior número de títulos do futebol português, contabilizando 69 troféus, dos quais 7 internacionais. O principal rival Benfica possui 68 títulos, com "apenas" dois troféus internacionais. É o único clube português penta-campeão de futebol, duas vezes tetra-campeão e detentor de três triplas. Possui o énea-campeonato em hóquei em patins e é o clube de futebol europeu com mais títulos desde 1974/75. Se considerarmos todas as categorias de futebol (sénior, júnior e juvenil), o FC Porto é, novamente, a equipa que mais títulos tem com 124 troféus. É, ainda, o primeiro clube português a terminar o campeonato nacional sem derrotas no século XXI, feito que apenas tinha sido alcançado em 1972/1973 pelo Benfica. O Porto detém, ainda, o recorde de maior distância para o segundo classificado: 21 pontos para o Benfica em 2010/2011. Primeiro símbolo do clube Símbolo actual com a junção do brasão da cidade O clube foi fundado sob o nome Foot-ball Club do Porto no dia 28 de Setembro de 1893 por António Nicolau d'Almeida, um comerciante de vinho do Porto que descobriu o futebol nas suas viagens a Inglaterra. A fundação do Foot-ball Club do Porto foi notícia nos jornais da época e o evento mais significativo desta primeira e breve existência do clube foi uma partida contra o Club Lisbonense, com o alto patrocínio do Rei D. Carlos, disputada no Porto no dia 2 de Março de 1894 e na qual cada clube representou a sua cidade. Contudo, poucos dias depois da partida ouvir-se-ia falar do FC Porto pela última vez no século XIX; António Nicolau d'Almeida acedeu ao pedido da futura esposa, que considerava o futebol uma modalidade demasiado violenta, e afastou-se do clube que entrou num período de letargia.
  • 2. Os Primeiros Anos: Futebol Clube do Porto Doze anos depois, em 1906 José Monteiro da Costa regressou de Inglaterra, fascinado pelo mesmo desporto que encantara o seu amigo há mais de uma década e resolveu criar uma equipa de futebol. Foi então que António Nicolau d'Almeida lhe falou do projecto que iniciara em 1893, e José Monteiro da Costa não hesitou. Membro de uma associação denominada Grupo do Destino, sugeriu aos seus colegas que embarcassem com ele na aventura, ao que a maioria acedeu. Terminava o Grupo do Destino e renascia o FC Porto, em Agosto de 1906, assumindo desde logo uma faceta de clube eclético, no qual se praticavam também atletismo, boxe, cricket, halterofilismo, pólo aquático e natação. O seu primeiro campo, o Campo da Rua da Rainha (que data do ano de refundação do clube), foi o primeiro campo relvado em Portugal. O FC Porto foi pioneiro também na internacionalização: foi a primeira equipa portuguesa a receber um conjunto estrangeiro (o Real Fortuna de Vigo, em 1907) e a primeira equipa a deslocar- se ao estrangeiro (a Vigo, em 1908). O primeiro título oficial do palmarés portista surge em 1912: é a Taça José Monteiro da Costa, o Campeonato do Norte de Portugal (de futebol), criado em homenagem ao refundador do FC Porto. Ainda que forçada (pela construção de uma fábrica no espaço do antigo recinto), a mudança para o Campo da Constituição em 1912 correspondeu a uma significativa melhoria das instalações. Simultaneamente, o FC Porto crescia a nível desportivo, tendo vencido a primeira prova de âmbito nacional na história do futebol português: o Campeonato de Portugal de 1922. Nesse mesmo ano, o futebolista Simplício, também artista gráfico, conjugou o antigo símbolo do FC Porto com as armas da cidade do Porto, dando origem ao actual emblema do clube, datando da mesma altura o Hino do FC Porto, com letra de Heitor Campos Monteiro e música do Maestro António Figueiredo e Melo. O constante aumento do número de sócios e a introdução de novas modalidades (ginástica em 1910, basquetebol e hóquei em campo em 1926, râguebi em 1928, andebol de onze em 1932 e ténis de mesa em 1937) contribuíam também para o crescimento do clube. Em meados dos anos trinta, o FC Porto conhecia uma dimensão tal que o Campo da Constituição já parecia pequeno demais - começaram então os planos para a construção de um novo estádio. Como este demoraria década e meia a surgir, foi necessário procurar uma solução temporária, passando o FC Porto a jogar alguns jogos no campo emprestado do Sport Progresso (Amial) ou do Académico (Estádio do Lima). Em 1945 o FC Porto tinha cerca de 8 mil sócios e o alargamento a novas modalidades prosseguia: bilhar e pesca desportiva em 1940, voleibol em 1943, ciclismo em 1945, campismo em 1951 e hóquei em patins em 1955. Entretanto, a equipa de futebol passava 15 anos sem títulos, entre 1941 e 1955; eram as outras modalidades, nomeadamente o andebol de onze e o ciclismo, que se encarregavam de ir aumentando o palmarés do clube. O futebol, porém, mesmo não vencendo competições oficiais, foi responsável pela mais significativa adição à sala de troféus do FC Porto na altura: em
  • 3. 1948 venceu o Arsenal, considerada a melhor equipa do mundo, no Estádio do Lima. Apesar de ter sido apenas um amigável, sócios e notáveis ofereceram ao clube um troféu com mais de 300 quilos, 130 dos quais em prata maciça. As décadas de 1950, 1960 e 1970 O ansiado novo estádio foi inaugurado em 1952. Chamava-se Estádio do Futebol Clube do Porto, mas ficou para a história como Estádio das Antas. Inicialmente apenas um estádio, foi-se transformando ao longo dos anos num verdadeiro complexo desportivo, com a construção de uma piscina, dois pavilhões e outras instalações essenciais à prática das várias modalidades do clube. O bom período que permitiu a quebra do jejum em 1956 (e logo com uma dobradinha, a primeira) e a conquista do título de 1959 foi sol de pouca dura para o futebol portista: avizinhava-se novo período negro, desta vez de 18 épocas. Mais uma vez, foram sobretudo o andebol (de onze e agora também de sete) e o ciclismo a trazer alegrias aos adeptos. Nos anos 1960, a actividade foi alargada aos desportos motorizados (em 1960) e ao xadrez (em 1967). Já no novo estádio, o FC Porto sofre a única derrota com clubes amadores, ao perder na Vidigueira, com o clube da terra por 3-1 na época de 57/58. Miro autor dos 3 golos transfere-se posteriormente para o Salgueiros. O afastamento dos títulos no futebol seria quebrado em 1978 pelo treinador José Maria Pedroto, "o Mestre", com Jorge Nuno Pinto da Costa como chefe do departamento de futebol e Américo de Sá na presidência. No ano seguinte, uma nota negativa: depois do ténis, do râguebi e do pólo aquático terem ficado pelo caminho, o andebol de onze cessa a actividade no clube; foram 28 títulos nacionais em 40 edições do campeonato, uma existência gloriosa de uma modalidade que praticamente não deixa rasto em Portugal nos dias de hoje.
  • 4. Presidência de Jorge Nuno Pinto da Costa Em 1982, Jorge Nuno Pinto da Costa sobe à presidência do FC Porto, marcando uma viragem definitiva na história do clube. Em termos desportivos, o FC Porto conquista nesse mesmo ano o seu primeiro título internacional: a Taça das Taças de hóquei em patins. Dois anos depois, chega à final da mesma competição em futebol, que perde contra a Juventus. O hóquei em patins, que até 1982 não contava com qualquer título - nacional ou internacional - fez da Taça das Taças o primeiro passo de uma caminhada rumo ao topo em Portugal e do Mundo. Volta a vencer a Taça das Taças em 1983, conquista um penta-campeonato entre 1982 e 1987 e sagra-se campeão da Europa em 1986 e em 1990. No atletismo, Aurora Cunha soma títulos, sagrando-se tricampeã do mundo de estrada (1984/85/86). Em 1987 veio a glória no futebol, com a vitória na Taça dos Clubes Campeões Europeus (em Viena, contra o Bayern de Munique, com um inesquecível golo de calcanhar de Rabah Madjer), na Taça Intercontinental (contra o Peñarol de Montevideu) e na Supertaça Europeia (contra o Ajax). Também a nível interno o FC Porto começava a desenhar um domínio que se prolonga até aos dias de hoje. Mas o crescimento do clube revelava-se também sob outras formas, como a criação da Loja Azul (1983), da Revista Dragões (1985) e da secção de desporto adaptado (1986), e ainda o rebaixamento do relvado do Estádio das Antas (1986), aumentando significativamente a sua capacidade (o que já havia sucedido em 1976 aquando da construção das bancadas da maratona). Nessa altura o número de sócios já ultrapassava os 50 mil. Contudo, outras duas modalidades são extintas nessa mesma década - o ciclismo e o hóquei em campo, respectivamente em 1983 e 1989.
  • 5. A Década de 1990 A nível institucional, o clube sofreu fortes transformações nos anos 1990 com a criação da FC Porto, Futebol, SAD e da FC Porto, Basquetebol, SAD, sociedades comerciais que passaram a gerir o futebol e o basquetebol do clube, respectivamente. Foram ainda criadas a PortoSeguro, a PortoComercial e a PortoMultimédia, embora em termos desportivos mais três modalidades tenham sido abandonadas: voleibol (1991), ténis de mesa (1995) e xadrez (1998). A Futebol Clube do Porto - Futebol, SAD (Sociedade Anónima Desportiva) foi constituído a 5 de Agosto de 1997, sendo seus accionistas fundadores os seguintes: * Investiantas - Investimentos Desportivos, Lda: 99.997 acções (49.9985%); * FCP: 80.000 acções (40%); * Câmara Municipal do Porto: 20.000 acções (10%). O embrião desta nova sociedade desportiva emerge do Futebol Clube do Porto, instituição de utilidade pública com mais de 100 anos de existência, que tem caracterizado a sua existência pelo fomento da prática desportiva e pela participação em competições das mais diversas modalidades. A criação da SAD sempre teve em vista a gestão única e exclusiva do futebol profissional do Futebol Clube do Porto. As suas orientações estratégicas fundamentais assentam na procura do sucesso desportivo de uma forma sustentada e a oferta ao público de espectáculos desportivos de elevada qualidade, de forma a satisfazer os seus adeptos e simpatizantes, a população da região em que se encontra implantado e a população do país em geral. Desta forma, as diversas actividades relacionadas com o futebol profissional terão mais e melhores condições para serem desenvolvidas com sucesso. O Penta-campeonato e o Pleno Nacional de 1999 Os anos 1990 foram, também, de sucesso, sobretudo para a equipa de futebol, que foi campeã oito vezes, cinco delas consecutivas (o histórico Penta, que nunca tinha sido atingido no futebol português e que ainda é feito exclusivo do clube). O FC Porto esteve também em evidência no hóquei em patins (inclusive a nível internacional, conquistando duas Taças CERS), no basquetebol, na natação e no boxe. Em 1993, o Conselho Cultural organizou vários eventos culturais a assinalar o centenário do FCP, tendo sido editada uma medalha comemorativa numerada. Também se realizou um Torneio Internacional de futebol no Estádio das Antas, com a vitória do FC Porto. Em 1995 o FC Porto ultrapassou a marca dos 100 mil sócios e no ano seguinte, pela primeira vez, uma atleta do FC Porto conquistou uma medalha olímpica: Fernanda Ribeiro venceu os 10 mil metros e trouxe o ouro de Atlanta (quatro anos depois traria o bronze de Sydney). Em andebol, o FC Porto reconquistou em 1999 o título de campeão nacional que fugia há 30 anos. Aliás, 1999, além de ter sido o ano do Penta, marcou
  • 6. uma época perfeita para o clube que foi campeão nas quatro modalidades mais importantes no panorama desportivo português: o futebol, o hóquei em patins, o andebol e o basquetebol. Século XXI No início do século XXI, José Mourinho chegou às Antas depois de se ter estreado, como treinador principal, no Sport Lisboa e Benfica e haver-se destacado no União de Leiria. Foi com ele que Portugal, através da equipa de futebol do FC Porto, regressou aos títulos internacionais, conquistando a Taça UEFA em 2002/03 e a Liga dos Campeões da UEFA de 2003-04 - época em que o FC Porto voltou a lograr o pleno nacional, sagrando-se campeão nas quatro modalidades principais. No mesmo ano, já com Victor Fernandez, a Taça Intercontinental seria acrescentada ao palmarés portista, eleito a melhor equipa da Europa em 2003 e 2004 Treinador Jesualdo Ferreira, que ganhou o Tri-Campeonato entre 2006/07 e 2008/09 e levou o FC Porto ao Tetra. Entretanto, em 2002 havia sido inaugurado o Centro de Treinos e Formação Desportiva PortoGaia, pela Fundação PortoGaia (criada pelo FC Porto e pela Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia) e, em 2003, o Estádio do Dragão,
  • 7. da responsabilidade de mais uma empresa do grupo FC Porto, a PortoEstádio, e da autoria do arquitecto Manuel Salgado. As modalidades que jogavam em casa emprestada desde que, em 2001, o Pavilhão Américo de Sá e as piscinas do complexo das Antas foram demolidos, aguardavam ainda pelo pavilhão, também da autoria de Manuel Salgado, que surgiu junto ao actual estádio e tem o nome de Dragão Caixa, devido a um contrato de patrocínio celebrado entre o clube e a Caixa Geral de Depósitos. O Presidente Pinto da Costa lançou a primeira pedra deste novo pavilhão, precisamente no dia em que foi reconduzido para mais um mandato à frente dos destinos do Clube e no dia em que o Porto se sagrou Bi- Campeão Nacional de Futebol, num jogo em casa frente ao Desportivo das Aves. Jesualdo Ferreira, treinador dos azuis e brancos, sagrou-se, assim, campeão nacional pela primeira vez, à imagem do que tinha acontecido na temporada transacta com o holandês Co Adriaanse. No ano de 2007/2008, o Porto consegue o tricampeonato. No ano seguinte, ganha o campeonato e concretiza o Tetra, o 2º da história do clube (feito inédito em Portugal) e Jesualdo Ferreira sagra-se o 1º treinador português a conseguir o tricampeonato. No ano de 2009, é inaugurado o pavilhão gimnodesportivo "Dragão Caixa" e nesse pavilhão ganha, no mesmo ano, o octocampeonato do hóquei em patins e o título nacional no andebol. Na época 2009/2010, o clube ressente-se da saída de diversos jogadores para grandes clubes da Europa e falha o seu segundo Penta-campeonato, ficando em terceiro lugar, atrás de Braga e Benfica, que, com uma época de realce, foi campeão com Jorge Jesus. Porém, nesta época o Porto não deixou de vencer troféus e conquistou a Taça de Portugal.
  • 8. Época 2010/2011 Na época 2010/2011, já sob o comando de André Villas-Boas, o Porto volta aos títulos e à sua soberania desde os anos 1980, vencendo o 25º Campeonato Nacional, invicto, e desta vez em casa do seu maior rival, o Sport Lisboa e Benfica. Jogo esse que ficou marcado pelo "apagão" de luzes e da ligação do sistema de rega no final do jogo, tido como sinal de pouco fair-play por parte do adversário e inclusivamente criticado pela polícia. Já neste mesmo ano, André Villas Boas havia ganho ao clube de Lisboa a Supertaça Cândido Oliveira, somando mais um título ao longo palmarés do Futebol Clube do Porto, e obtido, uma vitória histórica por 5-0 ao SL Benfica. A 20 de Abril de 2011, o Porto conseguiu uma reviravolta histórica nas meias- finais da Taça de Portugal. Após perder por 2-0 em casa, o clube, contra todas as expectativas da imprensa, ganhou no Estádio da Luz por 3-1, carimbando, assim, a presença nas finais da Taça de Portugal, eliminando o SL Benfica dessa competição e da Supertaça de Portugal e confirmando um feito memorável e inédito, ao mesmo tempo que obteve o quarto triunfo em cinco jogos contra o Benfica nesta época. Ganhando ao Marítimo por 2-0 fora de casa, a 14 de Maio de 2011, o Porto terminou o campeonato sem derrotas, apenas cedendo três empates contra equipas diferentes, batendo, assim, todos os seus adversários no campeonato. Tal feito não era conseguido desde 1972/1973, sendo, assim, um marco histórico para o futebol português.[13] Para além de ter igualado este marco, o FC Porto tornou-se no campeão nacional com maior distância para o segundo classificado - 21 pontos de distância para o SL Benfica. O Porto teve ainda a melhor defesa, o melhor ataque e foi a única equipa a marcar golos em todos os jogos do campeonato. A 18 de Maio de 2011 venceu o sétimo troféu internacional e quinto europeu, a Liga Europa da UEFA de 2010-11, sob o comando de André Villas-Boas, derrotando na final por 1-0 o SC Braga, no Aviva Stadium em Dublin, naquela que foi a primeira final europeia entre duas equipas portuguesas. Radamel Falcao, o autor do único golo, com assistência de Freddy Guarín, também estabeleceu um novo recorde de maior número de golos na Liga Europa da UEFA, com 17 golos em 14 partidas durante a campanha ("play-off" excluídos), superando o recorde anterior de Jürgen Klinsmann. Noutro recorde, Villas-Boas tornou- se no mais jovem treinador de sempre a ganhar uma prova europeia. Ao longo da sua caminhada europeia, o Porto eliminou adversários de peso como o Villarreal CF, chegando a golear os espanhóis por 5-1, numa partida memorável em que esteve a perder por 0-1 ao intervalo. Assim, o FC Porto reforçou a sua liderança no
  • 9. plano nacional e, de maior relevo, no plano internacional, com 7 troféus contra 2 dos rivais Benfica e Sporting. A fechar a época, a 22 de Maio de 2011, o Porto conquistou o quarto troféu da época, com Villas-Boas a igualar o feito de Tomislav Ivic. Foi a Taça de Portugal, que venceu com uma goleada de 6-2 sobre o Vitória de Guimarães. Com este troféu, o FC Porto ultrapassou o Benfica em troféus oficiais (69 contra 68; Ver Também: Comparação entre títulos de Porto e Benfica). Também foi a primeira vez que o Porto ganhou três vezes consecutivas a Taça de Portugal. A época 2010/2011 marcou o ano em que o FC Porto ultrapassou o SL Benfica e se tornou no clube com mais troféus oficiais de Portugal.