1. “E clamou Moisés ao Senhor, dizendo:
Que farei a este povo? daqui a pouco me
apedrejarão.” (Êxodo, 17:4)
Há circunstâncias nas quais sentimos a fraqueza da força humana. Aqui,
campeia a injustiça ferindo nossos corações com calúnias proferidas pelas pessoas
que mais amamos; acolá, o iceberg das vaidades alheias enregela nossas mais
puras esperanças; um tanto além, familiares nos acusam de omissos ou arbitrários;
e, não raro, dividimos nossas camas com o fiel retrato da profunda incompreensão.
Semelhante a Moisés diante do povo sedento, vemo-nos no deserto da
intolerância alheia. Os conduzidos por Moisés careciam de água. Nós outros
demandamos compreensão.
Banhe-se todos os dias na fonte viva da luz divina que goteja da oração.
Mergulha nesse poderoso manancial capaz de extrair água das pedras tendo por
testemunhas os anciões que, embora quase tudo soubessem, nunca imaginariam
possível molhar gargantas com água brotada do interior de uma rocha.
Deus é assim. Faz o inexplicável acontecer por amor aos seus filhos. Ciente
disso, se injustamente hoje o acusam entrega a Deus o teu louvor. Da mesma forma
que agiu o grande libertador, deposita nas mãos do Onipotente o teu clamor e as
tuas inquietações. E aguarda.
Um novo dia surgirá como resposta. E nesse dia a tua sede de justiça será
aplacada pelo inesgotável amor divino.
Toni