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-- antonio frutuoso -- assessoria Ministério da Identidade e Casa da Juventude do Paraná
Diego não conhecia o mar.  O pai levou-o para que descobrisse o mar. Ele, o mar, estava do outro lado das dunas altas, esperando. Quando o menino e o pai enfim alcançaram aquelas alturas de areias, depois de muito caminhar, o mar estava na frente de seus olhos. E foi tanta a imensidão do mar, e tanto o seu fulgor, que o menino ficou mudo de beleza. E quando finalmente conseguiu falar,  tremendo, gaguejando, pediu ao pai: - Me ajuda a olhar! [Eduardo Galeano]
Nossa individualidade não está pronta. Durante nossa trajetória internalizamos um modo de ser humano. Um constante Devir – está para ser e já é.  A humanidade que se constitui em cada pessoa depende das escolhas que se faz ao longo da vida. Essas escolhas, por vezes são históricas e circunstanciais, por outras são escolhas “pensadas” e sistematizadas. O conjunto de nossas escolhas vai fazendo com que tenhamos uma certa visão do mundo, o que chamamos de concepção de mundo. A identidade do(a) Assessor(a)
Nesse sentido somos sujeitos  ao mesmo tempo que somos assujeitados pelo processo histórico-cultural. Estamos sempre respondendo a nossas escolhas, e nossas escolhas influenciam outras possíveis escolhas - nossas e de outras pessoas. Não há isolamento. O ser humano é ontologicamente um ser social. Alias, sua individualidade é composta de subjetividade e intersubjetividade.   Como ser relacional, nos constituímos e constituímos outros. As escolhas que fazemos nos constituem, constituem outros e constituem também o movimento processual. A identidade do(a) Assessor(a)
Em síntese : o movimento nos constitui e de igual forma, somos constituintes do movimento. Exemplo: ninguém nasce assessor da Pastoral, vai se constituindo assessor. O fato de ser assessor influencia na condição maior da assessoria, já que minha subjetividade é relacional com outras subjetividades. A minha individualidade configura outras individualidades...  A identidade do(a) Assessor(a)
QUESTÕES INICIAIS 1. Como cheguei até aqui (minha trajetória de vida, escolhas que fiz e escolhas que a vida e as circunstâncias foram fazendo por mim)? 2. Percebo-me como assessor? Que elementos me auxiliam a ter essa percepção e o que ainda me falta? A identidade do(a) Assessor(a)
QUEM DIZEM QUE SOU? Em Mt 16, 13-16 Jesus pergunta aos seus:  Quem dizem os homens que é o Filho do Homem? (...) E vocês quem dizem que eu sou?  Para o povo Jesus é um profeta. Para Pedro é o Messias, Filho de Deus. Para os jovens quem é o assessor?  E para nós, assessores, o que dizemos que somos? A identidade do(a) Assessor(a)
A identidade do(a) Assessor(a) Processo de Assessoria CRITÉRIOS: - militante da fé cristã; - entenda do processo de ed. na fé; - seja militante dessa instituição; - presença constante. Alguém que está no cotidiano da “coisa”
O(a) assessor(a) é uma pessoa chamada por Deus para exercer o ministério a serviço dos jovens, assumindo como  opção  pessoal, como  envio  da Igreja e como  aceitação  pelos jovens. O(a) assessor vive sua  missão  junto aos jovens, chamado a ser profeta, lendo os sinais da realidade juvenil para denunciar os sinais de morte a anunciar o Reino da Vida. Vive o ministério da  celebração , celebrando essa mesma realidade, oferecendo seu testemunho e assumindo com os jovens a realidade que se vive. Também vive o ministério  criador de comunidades  que crescem na fé. A identidade e Ministério
Nesse sentido, fundamenta sua prática em: Jesus Cristo, na ministerialidade da Igreja-serviço, sendo “chamado” pelo batismo a viver essa ministerialidade e na opção pelos jovens pobres (supérfluos e descartáveis).  A identidade e Ministério
A identidade e Ministério Processo de Assessoria EXIGÊNCIAS - mística; - pessoa de fé; - adultez psicológica; - pedagogo; - inserido socialmente.
Ministério que pede... ... amor aos jovens;  ...uma proposta de vida; ... presença;  ... colegialidade;  ... participação;  ... identidade.
- carisma; - experiência profunda de Deus: Mistério da assessoria ,[object Object],[object Object],[object Object]
QUESTÃO INSPIRADORA Somos chamados, como assessores(as) a sermos discípulos e missionários, a seguirmos e anunciarmos Jesus, aos jovens. A assessoria é um chamado, atendê-lo é uma opção pessoal. Sinto-me chamado à assessoria? Tenho consciência que essa adesão modifica meu ser? Quais os limites e dificuldades dessa opção? Discípulos e Missionários
Se as coisas são inatingíveis... ora!  Não é motivo para não querê-las... Que tristes os caminhos, se não fora a presença distante das estrelas! [Mário Quintana]

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  • 1. -- antonio frutuoso -- assessoria Ministério da Identidade e Casa da Juventude do Paraná
  • 2. Diego não conhecia o mar. O pai levou-o para que descobrisse o mar. Ele, o mar, estava do outro lado das dunas altas, esperando. Quando o menino e o pai enfim alcançaram aquelas alturas de areias, depois de muito caminhar, o mar estava na frente de seus olhos. E foi tanta a imensidão do mar, e tanto o seu fulgor, que o menino ficou mudo de beleza. E quando finalmente conseguiu falar, tremendo, gaguejando, pediu ao pai: - Me ajuda a olhar! [Eduardo Galeano]
  • 3. Nossa individualidade não está pronta. Durante nossa trajetória internalizamos um modo de ser humano. Um constante Devir – está para ser e já é. A humanidade que se constitui em cada pessoa depende das escolhas que se faz ao longo da vida. Essas escolhas, por vezes são históricas e circunstanciais, por outras são escolhas “pensadas” e sistematizadas. O conjunto de nossas escolhas vai fazendo com que tenhamos uma certa visão do mundo, o que chamamos de concepção de mundo. A identidade do(a) Assessor(a)
  • 4. Nesse sentido somos sujeitos ao mesmo tempo que somos assujeitados pelo processo histórico-cultural. Estamos sempre respondendo a nossas escolhas, e nossas escolhas influenciam outras possíveis escolhas - nossas e de outras pessoas. Não há isolamento. O ser humano é ontologicamente um ser social. Alias, sua individualidade é composta de subjetividade e intersubjetividade. Como ser relacional, nos constituímos e constituímos outros. As escolhas que fazemos nos constituem, constituem outros e constituem também o movimento processual. A identidade do(a) Assessor(a)
  • 5. Em síntese : o movimento nos constitui e de igual forma, somos constituintes do movimento. Exemplo: ninguém nasce assessor da Pastoral, vai se constituindo assessor. O fato de ser assessor influencia na condição maior da assessoria, já que minha subjetividade é relacional com outras subjetividades. A minha individualidade configura outras individualidades... A identidade do(a) Assessor(a)
  • 6. QUESTÕES INICIAIS 1. Como cheguei até aqui (minha trajetória de vida, escolhas que fiz e escolhas que a vida e as circunstâncias foram fazendo por mim)? 2. Percebo-me como assessor? Que elementos me auxiliam a ter essa percepção e o que ainda me falta? A identidade do(a) Assessor(a)
  • 7. QUEM DIZEM QUE SOU? Em Mt 16, 13-16 Jesus pergunta aos seus: Quem dizem os homens que é o Filho do Homem? (...) E vocês quem dizem que eu sou? Para o povo Jesus é um profeta. Para Pedro é o Messias, Filho de Deus. Para os jovens quem é o assessor? E para nós, assessores, o que dizemos que somos? A identidade do(a) Assessor(a)
  • 8. A identidade do(a) Assessor(a) Processo de Assessoria CRITÉRIOS: - militante da fé cristã; - entenda do processo de ed. na fé; - seja militante dessa instituição; - presença constante. Alguém que está no cotidiano da “coisa”
  • 9. O(a) assessor(a) é uma pessoa chamada por Deus para exercer o ministério a serviço dos jovens, assumindo como opção pessoal, como envio da Igreja e como aceitação pelos jovens. O(a) assessor vive sua missão junto aos jovens, chamado a ser profeta, lendo os sinais da realidade juvenil para denunciar os sinais de morte a anunciar o Reino da Vida. Vive o ministério da celebração , celebrando essa mesma realidade, oferecendo seu testemunho e assumindo com os jovens a realidade que se vive. Também vive o ministério criador de comunidades que crescem na fé. A identidade e Ministério
  • 10. Nesse sentido, fundamenta sua prática em: Jesus Cristo, na ministerialidade da Igreja-serviço, sendo “chamado” pelo batismo a viver essa ministerialidade e na opção pelos jovens pobres (supérfluos e descartáveis). A identidade e Ministério
  • 11. A identidade e Ministério Processo de Assessoria EXIGÊNCIAS - mística; - pessoa de fé; - adultez psicológica; - pedagogo; - inserido socialmente.
  • 12. Ministério que pede... ... amor aos jovens; ...uma proposta de vida; ... presença; ... colegialidade; ... participação; ... identidade.
  • 13.
  • 14. QUESTÃO INSPIRADORA Somos chamados, como assessores(as) a sermos discípulos e missionários, a seguirmos e anunciarmos Jesus, aos jovens. A assessoria é um chamado, atendê-lo é uma opção pessoal. Sinto-me chamado à assessoria? Tenho consciência que essa adesão modifica meu ser? Quais os limites e dificuldades dessa opção? Discípulos e Missionários
  • 15. Se as coisas são inatingíveis... ora! Não é motivo para não querê-las... Que tristes os caminhos, se não fora a presença distante das estrelas! [Mário Quintana]