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Machado de Assis e oDom do Crime
“ Sou, como ele, um náufrago do tempo,  fantasma sem destino ou sem raiz.”  LUCCHESI, Marco. O Dom do Crime, pág. 13. Record – Rio de Janeiro: 2010 “ Vejo o leitor curioso a indagar quem sou ou quem fui. Digamos que me chamo Ninguém.”  LUCCHESI, Marco. O Dom do Crime, pág. 15. Record – Rio de Janeiro: 2010 “ Machado e meus contemporâneos não terão acesso a essas páginas. Vou depositá-las na arca do sigilo [...]. Quem há de se ofender com minhas palavras, quem há de me convocar para um duelo, depois de sopesar uma verdade cabem muitas dúvidas” LUCCHESI, Marco. O Dom do Crime, pág. 20. Record – Rio de Janeiro: 2010
“ Grassava uma epidemia de crimes passionais dentro do frágil coração do Império.”  LUCCHESI, Marco. O Dom do Crime, pág. 33. Record – Rio de Janeiro: 2010  “ Como reter um ponto imaterial, a densidade específica dos tempos idos para deixar as superfícies do agora e aderir a uma realidade transpassada por um alto coeficiente de solidão?” LUCCHESI, Marco. O Dom do Crime, pág. 21. Record – Rio de Janeiro: 2010 “ Não me casei. Vivo com Graziela, gata mal-humorada que me adotou. Não tive filhos e poucos amigos desapareceram.”  LUCCHESI, Marco. O Dom do Crime, pág. 11. Record – Rio de Janeiro: 2010
“ Se Capitolina fala  pelas cordas vocais de Bentinho, Helena emerge da trama de um folhetim, afogada na correnteza na retórica de mandarins.” LUCCHESI, Marco. O Dom do Crime, pág. 127. Record – Rio de Janeiro: 2010 “ Machado não aposta claramente na teoria dos sósias, que lhe pareceria um delírio típico de Quincas Borba, mas não deixa de sentir o impacto da caducidade das coisas.”  LUCCHESI, Marco. O Dom do Crime, pág. 111. Record – Rio de Janeiro: 2010 “ Os agregados são uma das muitas semelhanças  entre as famílias Silva e Santiago. Tudo começa a partir deles.[...] Parasitas. Hospedeiros.” LUCCHESI, Marco. O Dom do Crime, pág. 67. Record – Rio de Janeiro: 2010
“ Os agregados incitam a suspeita, alimentando-a, cada qual a seu modo, mas o resto não depende senão de Bentinho e Mariano.”  LUCCHESI, Marco. O Dom do Crime, pág. 69. Record – Rio de Janeiro: 2010 “ Que Helena Augusta trocasse palavras com o vizinho parece ponto pacífico para defesa. Seria essa uma simples insinuação, como se presume ter sido a de José Dias, com respeito a Capitu, ou acaso chegou a ocorrer um diálogo, inocente , entre os dois? Havia nisso algo que pudesse manchar a honra , até então ilibada de Helena Augusta?”  LUCCHESI, Marco. O Dom do Crime, pág. 75. Record – Rio de Janeiro: 2010
“ É o que se presume das duas histórias, que, ao fim ao cabo, se entrelaçam.”  LUCCHESI, Marco. O Dom do Crime, pág. 68. Record – Rio de Janeiro: 2010 “ Não percebo se o autor foi amigo ou inimigo de Machado. Cabem as duas hipóteses. Inclino-me pela segunda.”  LUCCHESI, Marco. O Dom do Crime, pág. 152. Record – Rio de Janeiro: 2010 “ A vida dos homens não se distinguia da vida dos insetos:   	   - Contentes de ostentar aos raios de sol seu magnífico esmalte de azul e ouro, brincam, folgam, gozam, morrem, sem curarem do futuro.”  LUCCHESI, Marco. O Dom do Crime, pág. 111. Record – Rio de Janeiro: 2010
“[aplausos vivos e prolongados abafam a voz do orador]” LUCCHESI, Marco. O Dom do Crime, pág. 108. Record – Rio de Janeiro: 2010

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  • 3. “ Grassava uma epidemia de crimes passionais dentro do frágil coração do Império.” LUCCHESI, Marco. O Dom do Crime, pág. 33. Record – Rio de Janeiro: 2010 “ Como reter um ponto imaterial, a densidade específica dos tempos idos para deixar as superfícies do agora e aderir a uma realidade transpassada por um alto coeficiente de solidão?” LUCCHESI, Marco. O Dom do Crime, pág. 21. Record – Rio de Janeiro: 2010 “ Não me casei. Vivo com Graziela, gata mal-humorada que me adotou. Não tive filhos e poucos amigos desapareceram.” LUCCHESI, Marco. O Dom do Crime, pág. 11. Record – Rio de Janeiro: 2010
  • 4. “ Se Capitolina fala pelas cordas vocais de Bentinho, Helena emerge da trama de um folhetim, afogada na correnteza na retórica de mandarins.” LUCCHESI, Marco. O Dom do Crime, pág. 127. Record – Rio de Janeiro: 2010 “ Machado não aposta claramente na teoria dos sósias, que lhe pareceria um delírio típico de Quincas Borba, mas não deixa de sentir o impacto da caducidade das coisas.” LUCCHESI, Marco. O Dom do Crime, pág. 111. Record – Rio de Janeiro: 2010 “ Os agregados são uma das muitas semelhanças entre as famílias Silva e Santiago. Tudo começa a partir deles.[...] Parasitas. Hospedeiros.” LUCCHESI, Marco. O Dom do Crime, pág. 67. Record – Rio de Janeiro: 2010
  • 5. “ Os agregados incitam a suspeita, alimentando-a, cada qual a seu modo, mas o resto não depende senão de Bentinho e Mariano.” LUCCHESI, Marco. O Dom do Crime, pág. 69. Record – Rio de Janeiro: 2010 “ Que Helena Augusta trocasse palavras com o vizinho parece ponto pacífico para defesa. Seria essa uma simples insinuação, como se presume ter sido a de José Dias, com respeito a Capitu, ou acaso chegou a ocorrer um diálogo, inocente , entre os dois? Havia nisso algo que pudesse manchar a honra , até então ilibada de Helena Augusta?” LUCCHESI, Marco. O Dom do Crime, pág. 75. Record – Rio de Janeiro: 2010
  • 6. “ É o que se presume das duas histórias, que, ao fim ao cabo, se entrelaçam.” LUCCHESI, Marco. O Dom do Crime, pág. 68. Record – Rio de Janeiro: 2010 “ Não percebo se o autor foi amigo ou inimigo de Machado. Cabem as duas hipóteses. Inclino-me pela segunda.” LUCCHESI, Marco. O Dom do Crime, pág. 152. Record – Rio de Janeiro: 2010 “ A vida dos homens não se distinguia da vida dos insetos: - Contentes de ostentar aos raios de sol seu magnífico esmalte de azul e ouro, brincam, folgam, gozam, morrem, sem curarem do futuro.” LUCCHESI, Marco. O Dom do Crime, pág. 111. Record – Rio de Janeiro: 2010
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