O documento descreve a publicação de artigos na revista Antena sobre a história do Rádio Clube Português nos anos 1960, com ênfase no apoio da estação aos nacionalistas de Franco na Guerra Civil Espanhola e na participação do fundador na cobertura do conflito.
Templates: Mapa da Empatia, Canvas da Proposta de Valor, Canvas do Modelo de ...Alessandro Almeida
Templates disponíveis para os participantes do minicurso 'Aplicando o Design Thinking para definir a proposta de valor e o modelo de negócios' (e também para outras pessoas interessadas no tema :)).
Minicurso apresentado na IV SETI (Semana de Tecnologia da Informação) da Universidade Federal de Lavras.
Assista a palestra no endereço https://www.youtube.com/watch?v=WFzHWBXJLzk
O documento apresenta um plano de negócios para a Gladius, uma empresa de cosméticos e higiene pessoal voltada para o público masculino. O plano descreve a visão, análise de mercado, produtos, concorrência, segmentação, marketing mix e planos de ação para o lançamento da empresa.
O documento discute empreendedorismo e apresenta três casos de empreendedores brasileiros que tiveram sucesso com seus negócios: (1) o fundador da Wizard que criou uma rede de escolas de idiomas, (2) o fundador da RI Happy que mudou o modelo de negócio de uma loja de brinquedos, e (3) um empreendedor que deu dicas sobre empreendedorismo.
O documento discute formas de construir times de alta performance através de técnicas como team building, team bonding, definição de regras de equipe e fluxo de trabalho. Apresenta benefícios como estabelecer um ambiente seguro e desafiador, promover a confiança entre membros e focar a equipe nos resultados.
This document provides the schedule for a conference on April 3rd and 4th. It lists the keynote speakers, session themes, panel discussions, and individual paper presentations happening each day, including titles and presenters. The sessions cover topics related to audiences, generations, media practices, and methodologies.
O documento descreve a história do Rádio Clube Português na década de 1930 baseada em artigos publicados na revista Antena entre 1965-1969. Inclui detalhes sobre o apoio da estação aos nacionalistas de Franco durante a Guerra Civil Espanhola, assim como sobre a programação e desenvolvimento da estação durante esse período.
1. O programa de rádio humorístico A Voz dos Ridículos estreou-se em 1945 e manteve-se no ar por 68 anos.
2. Composto por um grupo de amigos amadores, o programa teve de lidar com a censura do regime ditatorial, tendo o seu diretor ido justificar temas à polícia política.
3. Apesar das limitações, o programa foi muito popular junto do público do Porto, reunindo pais e filhos e permitindo a entrada de mulheres na segunda geração.
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Templates disponíveis para os participantes do minicurso 'Aplicando o Design Thinking para definir a proposta de valor e o modelo de negócios' (e também para outras pessoas interessadas no tema :)).
Minicurso apresentado na IV SETI (Semana de Tecnologia da Informação) da Universidade Federal de Lavras.
Assista a palestra no endereço https://www.youtube.com/watch?v=WFzHWBXJLzk
O documento apresenta um plano de negócios para a Gladius, uma empresa de cosméticos e higiene pessoal voltada para o público masculino. O plano descreve a visão, análise de mercado, produtos, concorrência, segmentação, marketing mix e planos de ação para o lançamento da empresa.
O documento discute empreendedorismo e apresenta três casos de empreendedores brasileiros que tiveram sucesso com seus negócios: (1) o fundador da Wizard que criou uma rede de escolas de idiomas, (2) o fundador da RI Happy que mudou o modelo de negócio de uma loja de brinquedos, e (3) um empreendedor que deu dicas sobre empreendedorismo.
O documento discute formas de construir times de alta performance através de técnicas como team building, team bonding, definição de regras de equipe e fluxo de trabalho. Apresenta benefícios como estabelecer um ambiente seguro e desafiador, promover a confiança entre membros e focar a equipe nos resultados.
This document provides the schedule for a conference on April 3rd and 4th. It lists the keynote speakers, session themes, panel discussions, and individual paper presentations happening each day, including titles and presenters. The sessions cover topics related to audiences, generations, media practices, and methodologies.
O documento descreve a história do Rádio Clube Português na década de 1930 baseada em artigos publicados na revista Antena entre 1965-1969. Inclui detalhes sobre o apoio da estação aos nacionalistas de Franco durante a Guerra Civil Espanhola, assim como sobre a programação e desenvolvimento da estação durante esse período.
1. O programa de rádio humorístico A Voz dos Ridículos estreou-se em 1945 e manteve-se no ar por 68 anos.
2. Composto por um grupo de amigos amadores, o programa teve de lidar com a censura do regime ditatorial, tendo o seu diretor ido justificar temas à polícia política.
3. Apesar das limitações, o programa foi muito popular junto do público do Porto, reunindo pais e filhos e permitindo a entrada de mulheres na segunda geração.
O documento resume a história da mídia no Brasil, focando no rádio e na televisão. Ele descreve a origem do rádio no século 19 com experimentos de cientistas, e seu uso inicial para comunicação naval. Também aborda o surgimento da televisão na primeira metade do século 20 e suas primeiras transmissões na Alemanha e Inglaterra na década de 1930.
A história do rádio no Brasil começou em 1896 com a patente de Marconi para a radiocomunicação. Em 1922, a primeira transmissão oficial ocorreu no Corcovado para comemorar a independência do Brasil. Roquete Pinto foi considerado o pai do rádio no Brasil por incentivar sua popularização no país.
O documento descreve as transformações no Rádio Clube Português em 1963, incluindo a emissão contínua 24 horas por dia e a programação autônoma da rede FM. Detalha vozes e programas populares da época como Talismã, Onda do Otimismo e os trabalhos de Francisco Igrejas Caeiro. Também discute os programas noturnos lançados por António Miguel como Meia-Noite e Sintonia 63.
Rádio em Portugal: tendências e grupos de comunicação na actualidadeRogério Santos
Este documento fornece um resumo da história e situação atual da rádio em Portugal. Descute a evolução da rádio desde as primeiras transmissões na década de 1920 até os grupos de comunicação modernos. Também aborda as audiências, mercado publicitário, e políticas governamentais relacionadas à rádio.
O documento descreve a história do rádio no Brasil desde sua implantação em 1919 até a década de 1970. Ele aborda a chegada dos primeiros aparelhos de rádio no país durante a Exposição Internacional do Rio de Janeiro em 1922, o surgimento das primeiras emissoras como a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro em 1923 e o processo de estruturação do rádio brasileiro entre 1932 e 1940, quando surgiram as primeiras regulamentações do setor e modelos de rádio educativo e comercial.
O documento descreve a história do rádio no Brasil desde 1890, destacando alguns marcos importantes como a primeira transmissão radiofônica em 1922, a criação da primeira estação de rádio brasileira em 1923 e o surgimento do conceito de rádio sociedade. Também menciona personalidades importantes como Chacrinha e Chico Anysio e eventos como a primeira transmissão esportiva em rede nacional em 1938.
Este boletim informativo contém:
1) Anúncios de exposições artísticas e eventos beneficentes
2) Resumo histórico do dia 26 de novembro
3) Artigos sobre a origem operativa da maçonaria e porque não inicia mulheres
4) Calendário maçônico do dia
O documento resume os principais eventos que levaram à implantação da República em Portugal no início do século 20, começando com a fundação do Partido Republicano Português em 1876 e terminando com a proclamação da República em 5 de outubro de 1910 após uma revolta falhada em 4 de outubro. A monarquia enfrentou crescente oposição republicana e uma grave crise econômica e social levou à queda do reinado de D. Carlos em 1908. Uma conspiração republicana e carbonária finalmente derrubou a
O documento descreve vários aspectos da história de Portugal durante a 1a República, incluindo a proclamação da República em 1910, as expedições portuguesas na África no século XIX, a Conferência de Berlim que dividiu o continente africano, os presidentes da República entre 1911 e 1926, e as reformas educativas e sociais implementadas durante este período.
O documento descreve vários aspectos da história de Portugal durante a 1a República, incluindo a proclamação da República em 1910, as expedições portuguesas na África no século XIX, a Conferência de Berlim que dividiu o continente africano, os presidentes da República entre 1911 e 1926, e as reformas educativas e sociais implementadas durante este período.
O documento descreve vários aspectos da história de Portugal durante a 1a República, incluindo a proclamação da República em 1910, as expedições portuguesas na África no século XIX, a Conferência de Berlim que dividiu o continente africano, os presidentes da República entre 1911 e 1926, e as reformas educativas e sociais implementadas durante este período.
Este documento descreve a história do rádio, desde as primeiras demonstrações teóricas de Maxwell e Hertz até o desenvolvimento da radiodifusão no Brasil e nos Estados Unidos no século XX. Destaca pioneiros como Marconi, Landell de Moura e Roquette Pinto e marcos como a primeira transmissão no Brasil em 1922 e o lançamento da Rádio Sociedade do Rio de Janeiro em 1923.
O documento descreve a queda da monarquia em Portugal e a implantação da república em 1910. Detalha as difíceis condições de vida sob a monarquia, o crescimento do Partido Republicano e os conflitos sobre territórios africanos que enfraqueceram o rei. Relata também a revolta republicana de 1891 no Porto, o regicídio de 1908 e a revolução de outubro de 1910 que derrubou a monarquia e estabeleceu a primeira república portuguesa.
O documento descreve a história de Portugal da Primeira República até a Ditadura Militar, incluindo a queda da monarquia em 1910 e a implantação do regime republicano. Aborda as dificuldades econômicas da época, a participação de Portugal na Primeira Guerra Mundial e a crise política e social da Primeira República.
O documento descreve a história da era do rádio no Brasil, começando com a primeira transmissão em 1922 durante as comemorações do Centenário da Independência e a inauguração das primeiras rádios brasileiras em 1923. A década de 1940 ficou conhecida como a Era de Ouro do Rádio Brasileiro com o surgimento do rádio jornalismo e das radionovelas. Na década de 1960 surgiram as rádios FM e em 1990 a BandNews foi a primeira emissora a transmitir via satélite.
O documento lista as alterações de nomes de ruas em Oeiras após a implantação da República em 1910, substituindo nomes da monarquia por heróis e datas da República. Algumas ruas foram renomeadas para homenagear importantes figuras republicanas como Henrique Lopes de Mendonça, co-autor do hino nacional, e Teófilo Braga, primeiro Presidente da República. A Câmara Municipal esclareceu que a mudança visava glorificar os heróis da República, não humilhar os antigos n
Trabalho de hístória- A Era Radio-Cintia e Viniciusshviana
O documento descreve a Era do Rádio no Brasil, que atingiu seu auge entre as décadas de 1940 e 1950. Detalha os principais marcos do início da transmissão de rádio no país na década de 1920 e o surgimento de ídolos e novelas de rádio populares a partir da década de 1940.
Este documento descreve a história da Primeira República Portuguesa entre 1910 e 1926, incluindo:
- A cronologia de eventos importantes durante este período;
- Os presidentes e primeiros-ministros da República;
- Algumas das principais conquistas e ideais da República, como os direitos das mulheres;
- Os símbolos nacionais da República, como a bandeira e o hino.
Rádio, cultura e política
caminharam juntos na construção da
identidade nacional brasileira. Desde o
seu início, o veículo serviu de expressão
às diferentes manifestações culturais do
país, principalmente através da música,
do esporte, e da informação. Mas
possibilitou também outros usos, como o
político e mais recentemente o religioso.
O rádio transformou-se no maior meio de
comunicação de massa de todos os
tempos e continua vivo nos dias de hoje,
apesar da competição com o cinema,
a televisão e a internet. É algo prático,
ligar o radinho e deixar que encha o
ambiente de música informação e
diversão enquanto trabalha, cozinha,
limpa, come, pedala, dirige, toma
banho, planta, navega na internet, etc.
O rádio é versátil. Instantâneo.
Eengenheiro gaúcho Roberto Landell de Moura testa a primeira
transmissão de fala por ondas
eletromagnéticas, sem fio. Graças a ele,
a Marinha brasileira realizou, em 01 de
março de 1905, diversos testes de
m e n s a g e n s t e l e g r á f i c a s n o
encouraçado Aquidaban. Todavia, o
Primeiro Mundo reconhece o cientista
Guglielmo Marconi como o "descobridor
do rádio". Marconi, natural de Bolonha,
Itália, realizou em 1895 testes de
transmissão de sinais sem fio pela
distância de 400 metros e depois pela
distância de dois quilômetros. Ele
também descobriu o princípio do
funcionamento da antena. Em 1896
Marconi adquiriu a patente da invenção
do rádio, enquanto Landell só
conseguiria obter para si a patente em
1900. Marconi, em 1899, concebeu a
radiotelegrafia através de uma
mensagem de socorro transmitida pelo
Atlântico. Nesse evento se populariza a
sigla S. O. S. - save our souls, "salvem
nossas almas" em português - mesmo
em países que não falam a língua
inglesa que concebeu a sigla.
This document discusses historical fiction television productions in Spain and Portugal between 2001-2012. It explores similarities and differences between the two countries' productions, as well as how they function as entertainment and strategies for shaping public memory. Specifically, it looks at how productions have portrayed the dictatorships of Francisco Franco in Spain and António de Oliveira Salazar in Portugal, providing new perspectives that challenged previous mythologies around the dictators' private lives. Overall, the document finds that while Spanish and Portuguese historical fiction share some traits, they also reflect each country's differentiated systems of collective memory.
O documento resume a história da mídia no Brasil, focando no rádio e na televisão. Ele descreve a origem do rádio no século 19 com experimentos de cientistas, e seu uso inicial para comunicação naval. Também aborda o surgimento da televisão na primeira metade do século 20 e suas primeiras transmissões na Alemanha e Inglaterra na década de 1930.
A história do rádio no Brasil começou em 1896 com a patente de Marconi para a radiocomunicação. Em 1922, a primeira transmissão oficial ocorreu no Corcovado para comemorar a independência do Brasil. Roquete Pinto foi considerado o pai do rádio no Brasil por incentivar sua popularização no país.
O documento descreve as transformações no Rádio Clube Português em 1963, incluindo a emissão contínua 24 horas por dia e a programação autônoma da rede FM. Detalha vozes e programas populares da época como Talismã, Onda do Otimismo e os trabalhos de Francisco Igrejas Caeiro. Também discute os programas noturnos lançados por António Miguel como Meia-Noite e Sintonia 63.
Rádio em Portugal: tendências e grupos de comunicação na actualidadeRogério Santos
Este documento fornece um resumo da história e situação atual da rádio em Portugal. Descute a evolução da rádio desde as primeiras transmissões na década de 1920 até os grupos de comunicação modernos. Também aborda as audiências, mercado publicitário, e políticas governamentais relacionadas à rádio.
O documento descreve a história do rádio no Brasil desde sua implantação em 1919 até a década de 1970. Ele aborda a chegada dos primeiros aparelhos de rádio no país durante a Exposição Internacional do Rio de Janeiro em 1922, o surgimento das primeiras emissoras como a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro em 1923 e o processo de estruturação do rádio brasileiro entre 1932 e 1940, quando surgiram as primeiras regulamentações do setor e modelos de rádio educativo e comercial.
O documento descreve a história do rádio no Brasil desde 1890, destacando alguns marcos importantes como a primeira transmissão radiofônica em 1922, a criação da primeira estação de rádio brasileira em 1923 e o surgimento do conceito de rádio sociedade. Também menciona personalidades importantes como Chacrinha e Chico Anysio e eventos como a primeira transmissão esportiva em rede nacional em 1938.
Este boletim informativo contém:
1) Anúncios de exposições artísticas e eventos beneficentes
2) Resumo histórico do dia 26 de novembro
3) Artigos sobre a origem operativa da maçonaria e porque não inicia mulheres
4) Calendário maçônico do dia
O documento resume os principais eventos que levaram à implantação da República em Portugal no início do século 20, começando com a fundação do Partido Republicano Português em 1876 e terminando com a proclamação da República em 5 de outubro de 1910 após uma revolta falhada em 4 de outubro. A monarquia enfrentou crescente oposição republicana e uma grave crise econômica e social levou à queda do reinado de D. Carlos em 1908. Uma conspiração republicana e carbonária finalmente derrubou a
O documento descreve vários aspectos da história de Portugal durante a 1a República, incluindo a proclamação da República em 1910, as expedições portuguesas na África no século XIX, a Conferência de Berlim que dividiu o continente africano, os presidentes da República entre 1911 e 1926, e as reformas educativas e sociais implementadas durante este período.
O documento descreve vários aspectos da história de Portugal durante a 1a República, incluindo a proclamação da República em 1910, as expedições portuguesas na África no século XIX, a Conferência de Berlim que dividiu o continente africano, os presidentes da República entre 1911 e 1926, e as reformas educativas e sociais implementadas durante este período.
O documento descreve vários aspectos da história de Portugal durante a 1a República, incluindo a proclamação da República em 1910, as expedições portuguesas na África no século XIX, a Conferência de Berlim que dividiu o continente africano, os presidentes da República entre 1911 e 1926, e as reformas educativas e sociais implementadas durante este período.
Este documento descreve a história do rádio, desde as primeiras demonstrações teóricas de Maxwell e Hertz até o desenvolvimento da radiodifusão no Brasil e nos Estados Unidos no século XX. Destaca pioneiros como Marconi, Landell de Moura e Roquette Pinto e marcos como a primeira transmissão no Brasil em 1922 e o lançamento da Rádio Sociedade do Rio de Janeiro em 1923.
O documento descreve a queda da monarquia em Portugal e a implantação da república em 1910. Detalha as difíceis condições de vida sob a monarquia, o crescimento do Partido Republicano e os conflitos sobre territórios africanos que enfraqueceram o rei. Relata também a revolta republicana de 1891 no Porto, o regicídio de 1908 e a revolução de outubro de 1910 que derrubou a monarquia e estabeleceu a primeira república portuguesa.
O documento descreve a história de Portugal da Primeira República até a Ditadura Militar, incluindo a queda da monarquia em 1910 e a implantação do regime republicano. Aborda as dificuldades econômicas da época, a participação de Portugal na Primeira Guerra Mundial e a crise política e social da Primeira República.
O documento descreve a história da era do rádio no Brasil, começando com a primeira transmissão em 1922 durante as comemorações do Centenário da Independência e a inauguração das primeiras rádios brasileiras em 1923. A década de 1940 ficou conhecida como a Era de Ouro do Rádio Brasileiro com o surgimento do rádio jornalismo e das radionovelas. Na década de 1960 surgiram as rádios FM e em 1990 a BandNews foi a primeira emissora a transmitir via satélite.
O documento lista as alterações de nomes de ruas em Oeiras após a implantação da República em 1910, substituindo nomes da monarquia por heróis e datas da República. Algumas ruas foram renomeadas para homenagear importantes figuras republicanas como Henrique Lopes de Mendonça, co-autor do hino nacional, e Teófilo Braga, primeiro Presidente da República. A Câmara Municipal esclareceu que a mudança visava glorificar os heróis da República, não humilhar os antigos n
Trabalho de hístória- A Era Radio-Cintia e Viniciusshviana
O documento descreve a Era do Rádio no Brasil, que atingiu seu auge entre as décadas de 1940 e 1950. Detalha os principais marcos do início da transmissão de rádio no país na década de 1920 e o surgimento de ídolos e novelas de rádio populares a partir da década de 1940.
Este documento descreve a história da Primeira República Portuguesa entre 1910 e 1926, incluindo:
- A cronologia de eventos importantes durante este período;
- Os presidentes e primeiros-ministros da República;
- Algumas das principais conquistas e ideais da República, como os direitos das mulheres;
- Os símbolos nacionais da República, como a bandeira e o hino.
Rádio, cultura e política
caminharam juntos na construção da
identidade nacional brasileira. Desde o
seu início, o veículo serviu de expressão
às diferentes manifestações culturais do
país, principalmente através da música,
do esporte, e da informação. Mas
possibilitou também outros usos, como o
político e mais recentemente o religioso.
O rádio transformou-se no maior meio de
comunicação de massa de todos os
tempos e continua vivo nos dias de hoje,
apesar da competição com o cinema,
a televisão e a internet. É algo prático,
ligar o radinho e deixar que encha o
ambiente de música informação e
diversão enquanto trabalha, cozinha,
limpa, come, pedala, dirige, toma
banho, planta, navega na internet, etc.
O rádio é versátil. Instantâneo.
Eengenheiro gaúcho Roberto Landell de Moura testa a primeira
transmissão de fala por ondas
eletromagnéticas, sem fio. Graças a ele,
a Marinha brasileira realizou, em 01 de
março de 1905, diversos testes de
m e n s a g e n s t e l e g r á f i c a s n o
encouraçado Aquidaban. Todavia, o
Primeiro Mundo reconhece o cientista
Guglielmo Marconi como o "descobridor
do rádio". Marconi, natural de Bolonha,
Itália, realizou em 1895 testes de
transmissão de sinais sem fio pela
distância de 400 metros e depois pela
distância de dois quilômetros. Ele
também descobriu o princípio do
funcionamento da antena. Em 1896
Marconi adquiriu a patente da invenção
do rádio, enquanto Landell só
conseguiria obter para si a patente em
1900. Marconi, em 1899, concebeu a
radiotelegrafia através de uma
mensagem de socorro transmitida pelo
Atlântico. Nesse evento se populariza a
sigla S. O. S. - save our souls, "salvem
nossas almas" em português - mesmo
em países que não falam a língua
inglesa que concebeu a sigla.
Semelhante a História do rádio clube português (20)
This document discusses historical fiction television productions in Spain and Portugal between 2001-2012. It explores similarities and differences between the two countries' productions, as well as how they function as entertainment and strategies for shaping public memory. Specifically, it looks at how productions have portrayed the dictatorships of Francisco Franco in Spain and António de Oliveira Salazar in Portugal, providing new perspectives that challenged previous mythologies around the dictators' private lives. Overall, the document finds that while Spanish and Portuguese historical fiction share some traits, they also reflect each country's differentiated systems of collective memory.
The document discusses the benefits of exercise for mental health. Regular physical activity can help reduce anxiety and depression and improve mood and cognitive functioning. Exercise causes chemical changes in the brain that may help protect against mental illness and improve symptoms.
1) O documento discute o fanzine punk português Cadáver Esquisito, publicado no Porto em 1986.
2) O Cadáver Esquisito ilustrava os valores DIY e anárquicos do punk através de técnicas gráficas coladas.
3) Apesar de curta duração, o fanzine foi importante para a cena punk no Porto e na compreensão histórica do movimento punk em Portugal.
Celestino de Anciães Felício - Plano de Radiodifusão de AngolaRogério Santos
O documento descreve o desenvolvimento da radiodifusão em Angola a partir da criação da Comissão Coordenadora do Plano de Radiodifusão de Angola em 1961, incluindo a elaboração de um plano geral, a instalação de emissores regionais e apoio a rádio-clubes.
O documento discute o programa de rádio "Página 1" que completou 50 anos em 2 de janeiro de 2018. O programa teve como primeiro locutor José Manuel Nunes e apresentava reportagens sobre política nacional e internacional. A música tema "Page One" foi criada pelos Pop Five Music Incorporated em 1969. Vários comentários discutem detalhes sobre a história do programa e da música.
Os media nos últimos 25 anos (Forum Estudante)Rogério Santos
1) O documento descreve as principais transformações nos media portugueses entre 1992-2017, incluindo a chegada da televisão privada, popularização da internet e surgimento de redes sociais, que levaram a novas formas de produção, distribuição e consumo de conteúdos.
2) Essas mudanças resultaram na fragmentação de audiências, maior precariedade laboral em media, e questões sobre independência e literacia mediática da população portuguesa.
3) O documento também discute o impacto das novas tecnolog
O documento resume um livro sobre a relação entre empresas e cultura, focando-se no teatro amador. Discutiu-se como grupos de teatro em empresas podem criar novos públicos para a cultura. O livro analisou quatro grupos de teatro em grandes empresas portuguesas para desenvolver um projeto noutra empresa. O projeto propunha a criação de um grupo de teatro sem fins lucrativos para promover a qualificação dos funcionários e incentivar a produção cultural.
Este documento resume os resultados de um inquérito realizado em 2009 sobre as publicações ligadas à Associação de Imprensa Cristã. O inquérito contou com 997 respostas válidas e traçou o perfil típico do leitor como sendo masculino, reformado, com educação universitária, residente principalmente no Norte de Portugal e com rendimentos familiares elevados. Os resultados também indicaram que os leitores atribuem maior importância a assuntos religiosos e culturais nas publicações, e menor interesse em publicidade e assuntos desportivos.
1. Os visitantes dos museus da Fundação Calouste Gulbenkian são maioritariamente mulheres e jovens, com mais de metade dos visitantes com idades até 34 anos.
2. As visitas de estudo organizadas são responsáveis por cerca de um quarto das visitas e contribuem para a acentuada "juvenilização" dos públicos.
3. Os visitantes do Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão tendem a ser mais jovens, instruídos e com maiores rendimentos do que os do Museu Calouste
O governo britânico alterou a lei para permitir que jovens atores filmassem Harry Potter durante o ano letivo, salvando o filme e beneficiando a indústria criativa britânica a longo prazo. O Reino Unido apoia as indústrias criativas através de políticas como redução de impostos para filmes, estágios para jovens e educação criativa.
The document outlines the schedule for the KISMIF Conference taking place from July 8-11, 2014 in Porto, Portugal. The conference includes multiple events each day, such as openings of exhibitions, lectures, panel discussions, and musical performances. Topics discussed over the course of the conference include DIY cultures, punk scenes, underground music genres, youth subcultures, and the relationship between music and identity.
Iii chd 2014 programa provisorio-provisional programRogério Santos
Este documento fornece o programa provisório do III Congresso de História e Desporto da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. O congresso irá explorar o tema do desporto em tempos de guerra através de painéis, conferências e apresentações sobre vários países e períodos históricos, como a Primeira Guerra Mundial, a Guerra Civil Espanhola e a Segunda Guerra Mundial.
Sports broadcasting on Portuguese radio began in the 1930s, focusing on soccer, cycling, and roller hockey competitions. Live sports commentary was a popular genre, with announcers providing play-by-play from the sidelines. In the late 1930s and 1940s, the national public broadcaster helped grow interest in broadcasting soccer matches, which were initially only summarized due to clubs' concerns about losing in-person fans. Announcers worked in difficult outdoor conditions to broadcast early matches live.
Last week the creative industries innovation centre released a report that fo...Rogério Santos
1) The term "cultural industries" emerged in the 1970s-80s to recognize culture as an economy, but it also recognized the complex mix of cultural and commercial values.
2) In the 1990s, the term shifted to "creative industries" to emphasize their economic importance and role in the knowledge economy. However, this made the sector boundaries more ambiguous by including software/computing.
3) The author argues that defining creativity too broadly, such as non-cultural problem solving, reduces culture to only its economic impacts. Culture is more than just being creative and involves collective meanings outside pure economic imperatives.
Last week the creative industries innovation centre released a report that fo...
História do rádio clube português
1. História do Rádio Clube Português (1)
Posted on 11/01/2012 by Rogério Santos
A revista Antena (1965-1969), propriedade do Rádio Clube Português (RCP), a estação
de rádio privada portuguesa mais importante na década de 1960, publicou em quase
vinte números a história da emissora, em especial as primeiras décadas. Maior ênfase
seria colocada na participação da estação quanto ao apoio aos sublevados de Francisco
Franco na guerra civil de Espanha (1936-1939), tomando nítido partido por um dos
lados do conflito. Essa história do RCP começaria no número 4, de 15 de abril de 1965,
de que aqui deixo reproduzidas as quatro páginas (pp. 41-44).
1
4. História do Rádio Clube Português (2)
Posted on 15/01/2012 by Rogério Santos
No número 5 de 1 de maio de 1965, a revista Antena publicava o segundo artigo sobre a
história do Rádio Clube Português. Os anos de 1934 e 1935 da vida da estação eram
analisados. A questão da publicidade (em 1934, as autoridades tinham proibido a
publicidade no RCP, assim como nas outras emissoras privadas, o que gerou um
movimento favorável às estações, com a criação de uma liga de associados do RCP,
voltando a emissora a ter publicidade nos seus programas no ano de 1936), a
inauguração do emissor em onda curta, a nova programação (que incluia reportagens
de eventos como o casamento real inglês) e espetáculos no estúdio da estação são os
principais elementos recordados no texto, que ocupa três páginas.
4
8. História do Rádio Clube Português (3)
Posted on 21/01/2012 by Rogério Santos
O número de 15 de maio de 1965 da revista Antena inseria o terceiro capítulo da
história do Rádio Clube Português. Dois assuntos tratados: a visita de Salazar à estação
e o incêndio que deflagrou nas instalações em 14 de setembro de 1935. A visita do
primeiro-ministro teve um tratamento específico, prova da relação próxima dos
responsáveis da estação com Salazar. Lê-se no texto: “Cerca das 10,30 desse dia [17 de
março de 1935], um automóvel estacionara junto ao portão do Clube. Alguém, metido
num fato preto, saira da viatura e, de mãos enfiadas nos bolsos, ficara alguns
momentos parado, olhando o edifício e a cerca. Os que se encontravam dentro do
edifício verificaram, com surpresa, tratar-se do sr. Prof. Dr. Oliveira Salazar. Houve
como que uma corrida aos telefones, a fim de chamar os directores da emissora que
mais perto residiam, pois nada fazia antever tal visita. A presença do ilustre Chefe do
Governo Português, nas instalações do Rádio Clube, foi breve mas minuciosa.
Inúmeros foram os esclarecimentos e prontamente dados. Nada ficou por ver. [...] a
visita terminou com esta dedicatória escrita pelo próprio Prof. Dr. Oliveira Salazar no
livro de honra do Clube: «O Estado deve aproveitar os ensinamentos da concorrência
particular»”.
A visita de Salazar precisa de ser contextualizada. Por um lado, a Emissora Nacional, a
estação do Estado, estava a emitir ainda experimentalmente. O presidente da comissão
instaladora da estação, António Joyce, seria substituído pelo capitão Henrique Galvão,
em junho de 1935. Salazar sabia já da necessidade de colocar um homem de grande
confiança no poder da Emissora Nacional (Galvão viria a rebelar-se contra ele em 1961
com o desvio do paquete Santa Maria; mas já antes havia dissidência, que passou pela
prisão de Galvão). Por outro lado, o Rádio Clube Português, liderado pelo capitão
Botelho Moniz, fazia a apologia do governo e do poder de Salazar, com um discurso
nacionalista e patriótico, através de conferências de propaganda nacional organizadas
pela própria estação durante 1935. Em 1936, Botelho Moniz participou em comícios
anticomunistas no Campo Pequeno (Lisboa) e Coliseu (Porto), apoiou a constituição da
Legião Portuguesa e envolveu-se na Guerra Civil de Espanha, dando notícias favoráveis
a Franco (ver Rogério Santos, 2005, As vozes da rádio, 1924-1939). Os capítulos 6, 7, 8,
9 (onde se relataria a destruição das instalações da Rádio causada pelo rebentamento
de uma bomba, relacionada com a sua ligação a um dos lados da guerra espanhola), 11,
13 e 14 da história da estação contariam alguns episódios desta relação com a Falange
espanhola.
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11. História do Rádio Clube Português (4)
Posted on 24/01/2012 by Rogério Santos
O incêndio nas instalações do Rádio Clube Português em 14 de setembro de 1935 levou
a uma onda de apoio, formando-se uma comissão pró-rádio. O texto do número 7, de 1
de junho de 1965, de Antena destacava quatro elementos na reanimação da estação.
Uma das atividades seria um espetáculo a 4 de novembro do mesmo ano, com um
concerto da Orquestra Sinfónica da Emissora Nacional e da Orquestra Aldrabófona de
Lisboa (que atuaria depois em emissões em direto do RCP). Depois, o número de sócios
do RCP atingia 7200, com apoios financeiros desses associados a somar a outros
donativos. Em terceiro lugar, CT1GL, designação do RCP, voltava a transmitir, a 26 de
novembro, dois anos depois da primeira emissão experimental. O texto não identifica a
“melodia fresca [que] saiu daqueles escombros, levando já uma nova alma”.
Finalmente, na assembleia geral de 9 de fevereiro de 1936 anunciavam-se duas boas
novas: um emissor de 30 kW e a permissão para voltar a ter publicidade na
programação. A visita de Salazar ao RCP em 17 de março de 1935 acelerara a resolução
de um problema surgido algum tempo antes. Como escrito acima, a Orquestra
Aldrabófona tocaria com frequência na rádio: formada por 26 músicos, “magros e
gordos, altos e baixos, morenos e rosados, carecas e com cabeleiras para todos os
gostos”, dirigida pelo maestro Aldrabowsky e com instrumentos como “um piano, dois
harmónios, umas quatro violas, outras tantas guitarras, um pífaro, vários berimbaus e o
resto constava, quase na totalidade, de harmónicas de boca”.
11
15. História do Rádio Clube Português (5)
Posted on 31/01/2012 by Rogério Santos
O quinto episódio da história do Rádio Clube Português apareceu no nº 8, de 15 de
Junho de 1965, da revista Antena. O texto repartiu-se em quatro elementos, cobrindo o
ano de 1936: orquestra radiofónica da estação, resolução do problema da publicidade,
novos colaboradores como Mary Tarrant (conhecida durante décadas apenas como
Mary), e campanha para o associado número dez mil. Numa altura em que a indústria
fonográfica ainda era pouco importante no nosso país, as estações de rádio criaram as
suas orquestras amadoras que apoiavam as emissões em direto tocando música
variada, ligeira e de dança, como se lê no texto.
A orquestra seria dirigida por Samuel Miguens, professor em Lourenço Marques (atual
Maputo, capital de Moçambique), após ensaios de dois meses. A orquestra tinha os
seguintes músicos: Elvira Borsatti, Irene Dinis, António Fernandes da Silva, António
Freire Garcia, Artur Esteves, Artur Santos, David Pio, Duarte Ferreira Pestana,
Joaquim da Costa Mendonça, José Semedo Velez, Luís Pereira e Mário Santos. Podia
crescer até mais sete músicos, professores como escreveu o autor do texto, caso as
necessidades das composições a tocar.
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18. História do Rádio Clube Português (6 a 8)
Posted on 16/02/2012 by Rogério Santos
A revista Antena de 1 e 15 de julho e 1 de agosto de 1965 continuou a publicar a história
do Rádio Clube Português (capítulos 6 a 8). São três textos que ilustram a participação
da estação ao lado das tropas de Francisco Franco na Guerra Civil de Espanha (19361939), em especial o seu fundador e presidente, capitão Jorge Botelho Moniz. O texto
explica a orientação política, embora a negando: “a Direção de Rádio Clube Português
resolveu, unanimente, aproveitar as circunstâncias para realizar a primeira experiência
internacional de uma grande reportagem radiofónica de interesse público. Nunca, até
então, a rádio tivera oportunidade de efetuar coisa semelhante”. Quem escreveu isto foi
o próprio Botelho Moniz, numa palestra lida aos microfones em 18 de julho de 1957, e
que o autor dos textos da história da emissora transcreveu e que se prolongou nos dois
episódios seguintes (que ficam aqui em conjunto). Botelho Moniz colocara-se, “quase
desde a primeira hora, ao lado das tropas nacionalistas”, com a estação a acompanhar
“a par e passo as suas progressões, os seus combates, os seus sacrifícios e os seus
triunfos”. A História fazia-se de um dos lados do combate.
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23. Posted on 26/02/2012 by Rogério Santos
O Rádio Clube Português sofreria um atentado à bomba na noite de 20 de janeiro de
1937. O envolvimento da estação na Guerra Civil de Espanha acarretava inimigos. O
emissor ficaria restabelecido no dia seguinte.
Nesse ano, continua o texto publicado na revista Antena, de 15 de Agosto de 1965,
realizou-se uma festa por iniciativa da Casa de Entre Douro e Minho dedicada à
Telefonia Sem Fios (TSF). Numa alocução proferida na altura, disse-se que a rádio era
“um poderosíssimo instrumento de expansão inteletual, cujo desenvolvimento constitui
índice no progresso de um país”. Participaram a totalidade ou quase totalidade das
estações de então: Emissora Nacional, Rádio Hertz, Rádio Renascença, Rádio Luso,
Rádio Peninsular, Rádio S. Mamede, Clube Radiofónico de Portugal, Rádio Condes,
Rádio Sonora, Rádio Hertziana, Rádio Graça, Rádio Colonial e Rádio Clube Português.
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26. História do Rádio Clube Português (10)
Posted on 26/03/2012 by Rogério Santos
Noticiário sobre automobilismo, espetáculos em direto de fados e guitarradas e de uma
cantora espanhola, recital de violino e piano – assim se diversificava a programação do
Rádio Clube Português em 1937 (Antena, 1 de setembro de 1965). Por outro lado, a
estação promovia subscrições, como durante as inundações no Ribatejo em abril desse
ano, e apelos para a campanha de dádiva de sangue. Além disso, as suas emissões
chegavam à Terra Nova onde labutavam navios bacalhoeiros portugueses.
História do Rádio Clube Português (11)
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27. Posted on 11/04/2012 by Rogério Santos
A revista Antena, propriedade do Rádio Clube Português, inseria o episódio 11 no seu
número de 15 de setembro de 1965. A história cristalizaria na década de 1930, período
de apoio a uma das fações da guerra em Espanha por parte dos dirigentes da estação.
Daí, o tom nacionalista dos textos e a exaltação de feitos na recordação de 1937, como
se pode retirar da leitura do texto abaixo reproduzido: manobras de outono por parte
do exército português, primeiro dia desportivo da mulher (com a participação de
equipas espanholas), apelo ao apoio às populações do país vizinho. Mas lembrar-se-iam
as emissões de quarta-feiras a cargo da orquestra da rádio sob o cuidado de Samuel
Miguens. Música ligeira e jazz eram dois tipos de música escutada na estação.
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28. História do Rádio Clube Português (12)
Posted on 12/04/2012 by Rogério Santos
A 1 de outubro de 1965, a revista Antena publicava o artigo 12º da história do Rádio
Clube Português, ainda dedicado a 1937. Desta vez, coube a honra à Orquestra Rádio,
dirigida por René Bohet, simultaneamente violinista e diretor da Orquestra do S. LuísCine. Bohet introduziu uma nota de jazz numa das músicas tocadas pela orquestra da
estação. Mas o artigo deu igual destaque a uma nova rubrica (fados e guitarradas), no
sentido de atrair ouvintes de estratos mais populares, e ao número de filiados na
estação, num total de 13500.
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29. História do Rádio Clube Português (13)
Posted on 25/05/2012 by Rogério Santos
A revista Antena, propriedade do Rádio Clube Português, editava no seu número 16,
correspondente a 15 de outubro de 1965, o capítulo 13 da história daquela estação. Os
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30. anos revisitados eram 1937 e 1938, aliás tema de capítulos anteriores. O envolvimento
direto na cobertura da guerra civil de Espanha por um dos lados dos contendores era
um tópico central do texto. O último parágrafo destacaria essa aposta, com a entrevista
feita e radiodifundida à fundadora de uma associação ligada aos falangistas (de Franco)
e o pano de fundo de apoio, a “consagração internacional do RCP”. Aumento dos sócios
da estação, entrada em funcionamento de um novo emissor de 30 kW e alargamento do
quadro de pessoal como resposta a uma nova estrutura de programas – eis os outros
elementos principais do artigo.
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32. História do Rádio Clube Português (14)
Posted on 22/06/2012 by Rogério Santos
1938 continuou no horizonte da história do Rádio Clube Português, no décimo quarto
capítulo publicado na revista Antena, de 1 de novembro de 1965. No final do primeiro
mês do ano, a Falange visitou o Rádio Clube, retribuindo o apoio político dado ao grupo
de Franco. O articulado é objetivo, sem margem para dúvidas: “Rádio Clube Português
ao tomar lugar no conflito espanhol fê-lo não ao serviço da Espanha, mas sim ao
serviço de Portugal”. O diretor da estação, o capitão na reserva Jorge Botelho Moniz,
disse, ao receber os espanhóis revoltosos: “Ganha a batalha da rádio, cabe agora a vez
aos soldados”. Na sua juventude, Moniz fora chefe de gabinete de Sidónio Pais, o
presidente da República rapidamente assassinado.
A programação da estação, então ainda a funcionar na Parede, muito antes de se mudar
para a rua de Sampaio e Pina, aqui em Lisboa, mereceu também destaque: a
transmissão de uma ópera, a Carmen de Bizet, a que se seguiram Os Palhaços, de
Ruggero Leoncavallo, e Rigoletto, de Giuseppe Verdi. Havia leitura prévia dos libretos.
Troupe Gounot e Orquestra Rádio também operavam nessa estética antiga, experiência
que mudaria depressa, com a introdução da música ligeira a partir do Centro de
Preparação de Artistas da Emissora Nacional, no final da década de 1940.
32
33. História do Rádio Clube Português (15)
Posted on 18/11/2012 by Rogério Santos
Como se fazia a atualização discográfica nas estações de rádio em finais da década de
1930? Por dois processos habituais: a compra de cópias por viajantes de avião a outros
33
34. países, incluindo os comissários de bordo dessas aeronaves; a aquisição em lojas da
especialidade em Lisboa e no Porto. O texto número 15 da história do Rádio Clube
Português (Antena, nº 18, 15 de novembro de 1965) pormenoriza orquestras (casos de
Paul Whiteman, Duke Ellington e outras) e radialistas, como Luís Aranda, como os
fornecedores de nova música.
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36. Em 1938, continua o mesmo artigo, começaram as palestras (programas de duração de
cinco minutos em média) de temas agrícolas, em especial a campanha do trigo, que o
governo de então promoveu, no sentido de aumentar a produção cerealífera até
abastecer na totalidade o consumo interno, o que nunca conseguiu. O artigo narra
ainda dois acontecimentos: a festa da jovem Mimi Extremadouro, artista dos
programas infantis, e o começo de um programa dominical sobre temas variados (arte,
literatura e desporto).
História do Rádio Clube Português (16)
Posted on 08/01/2013 by Rogério Santos
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38. O texto 16 da história do Rádio Clube Português, de 1 de Dezembro de 1965 (revista
Antena, propriedade daquela estação de rádio), manteve o foco no ano de 1938. Aí
foram destacados os programas religiosos, a transmissão de concerto de música de
câmara do Teatro da Trindade, feita por linha telefónica de Lisboa para a Parede, onde
estavam os estúdios da rádio, o teatro radiofónico com o entusiasmo de Manuel Lereno.
Uma referência grande no texto foi dada ao novo emissor de 30 kW (no texto,
quilovátios) da CT1GL, o indicativo de então de Rádio Clube Português. Lê-se no texto:
“a mais perfeita sob o ponto de vista técnico, a mais potente das emissoras peninsulares
e uma das mais potentes da Europa”. Custo: mil e duzentos contos, valor elevado se
atentarmos a que as rendas de casas em Lisboa andariam entre cem e cento e vinte
escudos, continua o texto. Os rendimentos da estação provinham das quotas dos seus
sócios (e também da publicidade, que a estação já tinha sido autorizada a fazer
publicidade).
História do Rádio Clube Português (17)
Posted on 15/01/2013 by Rogério Santos
No nº 20, de 22 de Dezembro de 1965, a revista Antena publicava o episódio 17 da
história do Rádio Clube Português. Se, no texto anterior, houve uma referência ligeira
ao teatro radiofónico, neste episódio a alusão ao teatro na rádio foi mais profunda.
Nele, enumeram-se os nomes de Ana Spranger, Meniche Lopes, Margarida Franco,
38
39. Artur Moura, Rui Furtado, Jaime Santos, António Cruz e Azevedo Moreira, dirigidos
por Manuel Lereno. O teatro radiofónico alcançava um número elevado de ouvintes,
mesmo que fosse transmitido a horas tardias.
Outro tópico do texto era o das empresas editoras de discos e o das lojas que os
comercializavam. Lê-se no texto: “oferecer aos ouvintes portugueses música de
Portugal não era coisa fácil”. Mas, de norte ao sul, o povo cantava e dançava um
repertório de música folclórica quase desconhecido dos outros, comenta o mesmo
texto. Ainda em 1938, um ano de fortes memórias para o autor destes episódios da
história da emissora, o carro de som fez gravações de música regional que animou,
durante algum tempo, os programas da estação.
O texto exalta a renovação desse tipo de música, com a formação de novos ranchos
folclóricos, como acção directa dos programas do Rádio Clube Português. Esta era,
contudo, uma emanação do poder político, com as campanhas do Secretariado
Nacional de Informação sob a direcção de António Ferro. No centenário, comemorado
em 1940, o esforço alargava-se à Emissora Nacional, de que se notabilizou Armando
Leça, já aqui lembrado.
História do Rádio Clube Português (18)
Posted on 21/03/2013 by Rogério Santos
No número 21 da revista Antena (1 de janeiro de 1966), era impresso o 18º capítulo da
história do Rádio Clube Português. Seria o último, pois durante o resto da existência da
publicação (até 15 de Outubro de 1968) nunca mais saiu aquela rubrica.
39
40. O Rádio Clube Português vivia o ano de 1938. Então, na vizinha Espanha, a guerra civil
estava a chegar ao fim, mas uma igualmente trágica guerra ia começar, agora
abrangendo a Europa toda. Mas, o autor do texto evitou referir-se ao acontecimento no
país ao lado, como o fez abundamente em anteriores episódios, e debruçou-se sobre as
questões económicas da estação.
40
41. Um défice de 48 contos seria inscrito no relatório de 1937, um valor muito elevado na
época (receitas: 398 contos; despesas: 446 contos).
Um novo emissor de 30 kW começava a trabalhar em Outubro de 1938 (1296 contos).
As emissões ainda não eram diárias, mas, pelo menos aos sábados, a voz da estação da
Parede atingia toda (ou quase toda) a Europa.
Um aspecto interessante: o arranque das retransmissões de música de dança de uma
sala do Casino do Estoril. Ali, diz o texto, actuava um pianista excepcional de jazz,
Jimmy Campbell. Na história da rádio em Portugal, pelo menos até ao começo da
década de 1960, era normal as estações transmitirem directamente música de dança de
salas-concerto.
41
42. Rádio Clube Português – quase cem programas de rádio em 1968
Posted on 10/02/2012 by Rogério Santos
Em três números sucessivos, no início de 1968, a revista Plateia mostrou as principais
caras da programação do Rádio Clube Português (para ler melhor, com ampliação,
clicar em cima das imagens). Na longa lista de programas, a maior parte deles deviamse a produtores independentes, que procuravam criar estilos característicos e ter
locutores próprios.
Alguns dos programas marcaram a história da rádio em Portugal: Onda do Otimismo,
Talismã, Diário do Ar, Jornal dos Espetáculos, Programa à Gô-Gô, Companheiros da
Alegria, Clube do Disco, Clube das Donas de Casa, Parodiantes de Lisboa, PBX,
Encontro no Ar. O que mais me marcou foi Em Órbita. Sonarte, Produções Gilberto
Cotta e Parodiantes de Lisboa eram alguns dos produtores dos programas do Rádio
Clube Português. Um dispositivo habitual da época, em especial nos programas de
ondas médias, era a existência de um par de locutores por emissão, habitualmente um
homem e uma mulher. Vários dos apresentadores, já desaparecidos, chegaram a
vedetas na televisão (RTP): Fialho Gouveia, Gomes Ferreira, Jorge Alves, Maria Helena
d’Eça Leal, Fernando Curado Ribeiro.
42
44. Teatro radiofónico em 1949
Posted on 29/04/2012 by Rogério Santos
Na véspera de Natal de 1949, a Rádio Peninsular (Lisboa) emitia um programa de
teatro radiofónico, de autoria de António Guedes de Amorim (1901-1979). Nascido na
Régua, passaria pelo Porto, como empregado do comércio, e estabelecer-se-ia em
Lisboa, como jornalista de O Século e O Século Ilustrado, romancista, nomeadamente
de Aldeia das Águias (1939, prémio Ricardo Malheiros da Academia das Ciências de
Lisboa) e Os Barcos descem o Rio (1945), e biógrafo, caso do livro Francisco de Assis,
Renovador da Humanidade (1960). As curtas biografias que encontrei referem-se à
obra literária de António Guedes de Amorim como tendo dois períodos, um com acento
neo-realista ou marxista, sobre a pobreza, a marginalidade e o real social e quotidiano
do submundo (Press.net do Douro), o outro com um pendor religioso, a partir de 1960.
Noite sem Pecado, emitido pela Rádio Peninsular, apresentou quatro personagens:
Maria Augusta, o filho Luís, a empregada Ricardina e a vizinha Piedade. Maria Augusta
estava doente (tuberculosa) e esperava notícias do marido ausente em África para onde
fora ganhar a vida mas já há muito que não enviava cartas. O autor mostra um quadro
de miséria, que nem o emprego do filho num banco consegue debelar. Não havia
44
45. dinheiro, Maria Augusta tinha dívidas na mercearia, no talho, etc., à empregada
(criada), que gastara todos os seus parcos bens na ajuda na casa, já se deviam alguns
meses de vencimento. Nessa véspera de Natal, Luís trazia cinco contos (cinco mil
escudos) que resultara de um engano em depósito feito por um antigo sócio do seu pai.
A mãe condenou o filho e obrigou-o a devolver o dinheiro. Quase em simultâneo, o
carteiro trazia uma carta do marido de Maria Augusta, com um cheque de dez contos e
a dizer que a sua vida profissional estava melhor.
Uma das estações dos Emissores Associados de Lisboa, a Rádio Peninsular, antecipavase à própria Emissora Nacional a emitir teatro radiofónico, que ensaiava nessa altura
As Pupilas do Senhor Reitor, de Júlio Dinis. No seu livro O Teatro Invisível (2006),
Eduardo Street refere-se a esta produção da Emissora Nacional como uma
superprodução. Se sabemos que a transmissão da Emissora foi um êxito, não nos
chegou uma informação tão precisa da transmissão da Rádio Peninsular. Mas
certamente que foi também um êxito, dado que a peça de António Guedes de Amorim
foi publicada na revista Rádio Nacional, propriedade da Emissora Nacional, nas
edições de 28 de janeiro e 4 e 18 de fevereiro de 1950. Não sei quem a interpretou, mas
imagino os sons: um violino a tocar Avé Maria, de Schubert, uma campainha da porta,
a tosse de Maria Augusta, o caminhar das personagens dentro do quarto onde
permanecia a doente.
A Rádio Peninsular tornar-se-ia uma emissora reputada a emitir em Lisboa. Em 1969, a
Casa da Imprensa atribuiria ao programa 1-8-0, de Aurélio Carlos Moreira e Paulo
Medeiros, da Rádio Peninsular, o prémio de melhor programa do ano. A estação, com
todas as estações dos Emissores Associados de Lisboa e também as estações dos
Emissores Norte Reunidos (Porto) e o Rádio Clube Português, desapareceria com a
nacionalização das rádios decidida politicamente em março de 1975.
45
51. Observação (colocada em 1 de maio de 2012, pelas 15:28): ainda antes de 1949, a
Emissora Nacional e as estações privadas passaram diálogos radiofónicos e folhetins
radiofónicos, que queriam dizer conversas a dois e episódios sucessivos de uma
história, respetivamente. A linguagem habitual na época não fazia uma distinção fina
de diálogo, de folhetim e, mesmo, de teatro radiofónico. A separação defendida no texto
acima dá conta de um novo estilo, de uma nova roupagem, de um novo significado do
conceito de teatro radiofónico, na sequência de Eduardo Street.
Maria Carlota Álvares da Guerra
Posted on 13/05/2012 by Rogério Santos
51
52. “O jornal era a maior parte da vida de meu pai” (Artur
Portela, filho de Artur Portela). “Houve quem se apaixonasse pela voz, outros pelo
olhar. Em todos os horários recebeu cartas de amor, ele que nos perdoe a
inconfidência” (Miriam Alves e Oriana Alves, filhas de Fernando Alves).
Jornalistas. Pais e Filhos, da editora Fronteira do Caos (2011), é um livro em que os
filhos jornalistas escrevem sobre os pais jornalistas, proposta simples para escrever um
livro. Contei 18 jornalistas retratados, que incluem João Alves da Costa, Manuel
Flórido, Silva Costa, Appio Sottomayor, Fialho de Oliveira, Amadeu José de Freitas, Rui
Cunha Viana, Nuno Brás e outros.
Fico com o relato de João Paulo Guerra, que eu me habituei a ler e ouvir, sobre a sua
mãe: Maria Carlota Álvares da Guerra (1921-2002), em texto intitulado “O Romance da
Tua Vida Ainda por Escrever” (pp. 33-39). Maria Carlota Álvares da Guerra – como
gostava que a chamassem, assim mesmo, pelo nome completo – era professora
primária (regente), divorciada, com dois filhos a criar (João Paulo e Maria do Céu, atriz
fundadora do teatro Barraca, aqui em Lisboa). O dinheiro era escasso, pelo que ela se
decidiu concorrer a um lugar de chefe de redação da Crónica Feminina (1956). Esta
revista não era sufragista nem feminista, escreve o autor-jornalista, mas pôs as
mulheres das classes populares a ler histórias, casos e segredos, ocupações e
consultórios por um preço baixo, um escudo e cinquenta centavos, o que a levou até aos
150 mil exemplares por edição semanal. Quando a Agência Portuguesa de Revistas
faliu, a jornalista viu-se desempregada sem qualquer indemnização.
Maria Carlota Álvares da Guerra passou também pela rádio, caso da Rádio Renascença,
com o programa Nova Vaga, e do Rádio Clube Português. O filho não escreve muito
sobre esta longa ligação, pelo que vale a pena tentarmos estabelecer uma curta
52
53. biografia dela, a partir de uma entrevista dada a Luís Garlito em 21 de março de 1995
(programa A Minha Amiga Rádio, Arquivo da RTP, AHC 2658):
“Resolvi fazer um programa na Rádio Renascença que se chamava A Hora da Mulher.
Era um programa semanal. Convidei o meu amigo Joaquim Pedro para fazer o
programa comigo. Tratava de tudo que se relacionava com a mulher. [...] Depois, a
minha saudosa amiga Bertha Rosa Limpo, que tinha uns produtos de beleza, no tempo
53
54. de O Livro do Pantagruel, convidou-me para fazer um apontamento na 23ª Hora. Aí é
que foi o grande boom. Eu fiz uma coisa muito bonita e ainda hoje penso que era muito
bonita. Escrevia um apontamento, dirigia em cada noite uma crónica a uma mulher que
eu tinha na cabeça, a uma senhora que estava em casa porque tinha torcido um pé e
estava muito aborrecida porque não sabia o que havia de fazer à vida e eu falava com
ela, uma senhora que tinha um filho em África onde andava aos tiros e que andava
muito triste, como também estive em dada altura, uma senhora que não tinha emprego.
Enfim, fiz um trabalho que ainda hoje acho que valeu a pena fazer. [...] Havia um
poema nesse livro [Toi et Moi, de Paul Géraldy] que me tocou particularmente. [...]
Saiu-me [o título] Quando os Corações se Encontram. As pessoas julgavam que eram
os corações dos namorados, mas eram os corações das pessoas umas com as outras. [...]
Foi título de livro e da crónica na 23ª Hora. O Joaquim Pedro arranjou um indicativo
musical que era um sonho, uma coisa do Mantovani, e ele fazia questão de anunciar o
título do apontamento, da crónica. Aquilo que foi para o ar teve um grande êxito.
Quando chegou ao fim do contrato, a Bertha Rosa Limpo quis recomeçar. Tive de fazer
mais crónicas e tive muito gosto e felicidade. Tornou-se um bocado difícil porque o
João Martins quis um apontamento para o programa dele, de manhã, que se chamou
Passo a Passo, Dia a Dia [...]. Tornava-se difícil fazer trinta crónicas mensais para a
23ª Hora mais trinta para o Passo a Passo, Dia a Dia. E depois veio o senhor Gilberto
Cotta, do Talismã, que também quis crónicas. Eu disse: não posso fazer mais do que
dia sim dia não, porque fico sem graça nenhuma”.
Maria Carlota Álvares da Guerra publicou as suas crónicas Quando os Corações se
Encontram (1965) e Lisboa Cada Dia (1967) e traduziu muitas obras, incluindo
Francesco Alberoni.
(recorte pertencente à revista Rádio e Televisão, 4 de maio de 1963)
A Força do Destino na Rádio Graça
Posted on 24/11/2012 by Rogério Santos
“Lembro-me de ir à loja de fazendas da minha avó materna e, por cima da sua máquina
de costura, onde fazia os arranjos necessários às peças de vestuário das clientes, haver
um calendário feito por ela, a lápis, com os nomes dos folhetins, as horas e os postos
que os emitiam. Este fenómeno começara em 1955, com a emissão de um folhetim na
Rádio Graça e Rádio Clube Português, que tinha por título A Força do Destino, mas que
ficou popularmente conhecido pelo folhetim da «coxinha» ou do Tide. O folhetim era
de origem sul-americana posteriormente adaptado à realidade portuguesa, por haver
54
55. falta de escritores nacionais que se dedicassem a este estilo. A linha da narrativa
passava pela história simples de Margarida, uma jovem «coxinha» que andava de
muletas, amorosa e triste, apaixonada pelo médico Humberto Figueirola, casado com
uma mulher má, de nome Raquel e prima de Margarida. No final, após inúmeras
peripécias, Raquel morre e Margarida casa com o médico, de quem tem uma filha,
contribuindo assim para a reabilitação de todas as «coxinhas» do país” (do blogue Cem
Palavras, texto que segue de muito perto o que escreveu Matos Maia no livro
Telefonia).
“LG (Luís Garlito): Como é que vocês começaram a fazer teatro na rádio?
“LSF (Lily Santos Frias): Era na Rádio Graça. Tínhamos a parte de teatro radiofónico.
Eu fiz vários teatros: eu fiz o Frei Luís de Sousa, também.
“RI (Ricardo Isidro): Nasceu um dia a ideia de se fazer teatro porque havia lá pessoas
capazes de fazer com um bocadinho de habilidade.
“LG: Aí a Lily Santos e o Ricardo Isidro eram uns jovens…
“RI: Protagonizámos quase sempre. Fizemos…
“LSF: Eu comecei a trabalhar na rádio tinha nove anos. Comecei a trabalhar… primeiro
recitava, depois comecei a cantar” (Entrevista com Lily Santos, Ricardo Isidro e Octávio
Frias, por Luís Garlito, em 28 de setembro de 1993, Arquivo da RTP AHD 14919).
55