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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA “LUIZ DE QUEIROZ”
DEPARTAMENTO DE FITOPATOLOGIA E NEMATOLOGIA
Ricardo Feliciano dos Santos
Ana Laura Toledo Simões
Manoel Penachio Gonçalves
Silvia de Afonseca Lourenço
Lilian Amorim
ESALQ - Piracicaba
2020
GUIA DE DIAGNOSE PARA AULAS
PRÁTICAS DE FITOPATOLOGIA
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA “LUIZ DE QUEIROZ”
DEPARTAMENTO DE FITOPATOLOGIA E NEMATOLOGIA
ESALQ
Piracicaba – SP
2020
GUIA DE DIAGNOSE PARA AULAS
PRÁTICAS DE FITOPATOLOGIA
ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia
DOI: 10.11606/9786587391021
Ricardo Feliciano dos Santos
Ana Laura Toledo Simões
Manoel Penachio Gonçalves
Silvia de Afonseca Lourenço
Lilian Amorim
Copyright© 2020 - ESALQ - LFN
Universidade de São Paulo
Reitor – Prof. Vahan Agopyan
Vice-reitor – Prof. Antonio Carlos Hernandes
Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”
Diretor – Prof. Durval Dourado Neto
Vice-diretor – Prof. João Roberto Spotti Lopes
Departamento de Fitopatologia e Nematologia
Avenida Pádua Dias, 11
13418-900, Piracicaba, SP
www.lfn.esalq.usp.br
APRESENTAÇÃO
Este Guia foi elaborado em 2020, para auxiliar as aulas remotas sobre
diagnose de doenças de plantas. Nele, estão apresentados os sintomas e os
agentes causais dos principais grupos de doenças de plantas que ocorrem
nos estados do Sudeste do Brasil. A ordem em que os grupos de doenças de
plantas aparecem no Guia segue a cronologia das aulas de Fitopatologia,
ministradas na Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (ESALQ) da
Universidade de São Paulo (USP). Como introdução a cada grupo de doenças,
elaborou-se um breve texto sobre a importância daquele grupo, informações
sobre o ciclo de relações patógeno-hospedeiro e um mapa com a distribuição
mundial de uma das doenças típicas do grupo. O mapa foi elaborado com
base nas informações fornecidas pelo Centre for Agriculture and Bioscience
International (CABI). Um apêndice com as estruturas vegetativas e
reprodutivas dos principais gêneros de oomicetos e fungos patogênicos às
plantas está apresentado ao final deste Guia.
Esta publicação não tem a pretensão de apresentar a sintomatologia de
todas as doenças de plantas que ocorrem nas principais culturas do Sudeste
brasileiro, nem pode abordar cada doença em detalhes. Ela serve para
auxiliar o ensino da diagnose a alunos do curso de Engenharia Agronômica.
As imagens presentes neste Guia foram cedidas por um numeroso
grupo de colaboradores, sem os quais essa publicação não seria possível.
Dessa forma, gostaríamos de agradecer (em ordem alfabética) Aline Zavaglia,
Antonio F. Nogueira, Barbara Navarro, Danielle D. Martinha, Erley M. Reis,
Fabrício P. Gonçalves, Fernanda Y. D. Groppo, Flávia Rogério, Francisco O.
Tanaka, Geraldo J. Silva Jr., Isabela V. Primiano, Ivan H. Fischer, Jorge A. M.
Rezende, Juliana S. Baggio, Liliane D. Teixeira, Louise Larissa M. De-Mio,
Maisa Ciampi-Guillardi, Maria Cândida G. Gasparoto, Maria Heloisa D.
Moraes, Marise C. M. Parisi, Nelson S. Massola Jr., Paula S. Panosso, Renata R.
L. de Castro, Thais R. Boufleur, Thais D. Martins e Thiago A. Carraro.
ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas
SUMÁRIO
• Podridões de órgãos de reserva....................................1
• Tombamento de plântulas...........................................13
• Podridões radiculares..................................................17
• Murchas vasculares.....................................................23
• Manchas foliares.........................................................27
• Antracnoses.................................................................43
• Podridões florais......................................................... 51
• Míldios.........................................................................54
• Oídios..........................................................................59
• Ferrugens....................................................................66
• Carvões........................................................................82
• Galhas..........................................................................85
• Viroses.........................................................................87
• Molicutes e bactérias de floema.................................92
• Apêndice – Estruturas de oomicetos e fungos fitopatogênicos ................ 96
• Índice remissivo ........................................................103
Grupo de doença
ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas
Podridões de órgãos de reserva
Importância: podridões de órgãos de reserva causam redução na qualidade
dos órgãos de armazenamento, como frutos, sementes e tubérculos, entre
outros. As podridões podem ser aquosas (moles) ou secas (duras) e
frequentemente levam à destruição do órgão atacado, acarretando prejuízos
ao produtor, ao atacadista, ao varejista ou ao consumidor, a depender de
quando os sintomas se expressam. Os agentes causais das podridões incluem
bactérias, fungos e oomicetos. Devido à grande diversidade de agentes
causais, não há um ciclo de relações patógeno-hospedeiro típico dessas
doenças. De qualquer forma, alguns pontos em comum podem ser
destacados, como se segue.
Características do ciclo de relações patógeno-hospedeiro
Sobrevivência: estruturas de resistência, restos culturais, matéria orgânica do
solo e no hospedeiro
Disseminação: vento, chuva e por contato
Infecção: aberturas naturais, direta e ferimentos
Colonização: necrotrófica
ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 1
Bolor verde - Podridão de Penicillium
ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 2
Tangerina ponkan Laranja
Cereja Ameixa
Conidióforo
Conídios
Fiálide
Milho
Pinta preta – Guignardia (Phyllosticta)
ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 3
Goiaba
Laranja
Picnídio e conídios de
Phyllosticta
Conídios de Phyllosticta
Podridão de Aspergillus
ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 4
Cambuci
Grão de milho Colônia de
Aspergillus
em meio de
cultura
Podridão de Botrytis – Mofo cinzento
ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 5
Podridão de Cladosporium Pêssego
Morango
Conídios de
Cladosporium
Conidióforos e
conídios de Botrytis
Pêssego
Formação de
conidióforos
Podridão de Geotrichum
Rosáceas de caroço
Conídios de
Geotrichum
formados por
conidiogênese
tálica
Podridão de Fusarium
Beterraba
Colônia de Fusarium
em meio de cultura
ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 6
Podridão de fungos da família Botryosphaeriacaea
10 µm
10 µm
Colônias de Fusicoccum (A) e
de Neofusicoccum (B) isolados
de goiabas
Fusicoccum em goiabas
conídios
picnídio
Neofusicoccum em goiabas
A B
Fusicoccum
Neofusicoccum
Presença de cirros na
superfície dos frutos
ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 7
Podridão de Monilinia spp. em rosáceas
ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 8
Pera Pêssego Ameixa
Conídios em cadeia
Fruto mumificado
Aspecto de colônias
de Monilinia spp.
em meio de cultura
Podridão de Pectobacterium
Pimentão Batata
Berinjela Tomate
Cenoura
ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 9
1 µm
Representação de
talo bacteriano de
Pectobacterium –
Gram negativa
Podridão de Phytophthora
Tomate Abobrinha
Phytophthora
ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 10
Esporângios
Zoósporos
Podridão de Rhizopus
ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 11
Pêssego
Morango
Goiaba
Esporângios
Aplanósporos
Esporângios
Rizoides
ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 12
Podridão de Thielaviopsis Cenoura
Conídios
Aleuroconídios
Podridão de Sclerotium
Cebola
Batata Colônia de Sclerotium em meio
de cultura com formação de
escleródios esféricos
Tombamento de plântulas
Importância: o tombamento de plântulas, também conhecido como
damping-off, é doença importante em viveiros de mudas, onde pode causar
severos prejuízos, pela morte de plântulas em pré ou pós-emergência. Os
patógenos causadores dessa doença são habitantes do solo e infectam
tecidos jovens, em formação. São pouco especializados, mas apresentam
elevada capacidade de sobrevivência mesmo na ausência de hospedeiros.
Devido à grande diversidade de agentes causais, não há um ciclo de relações
patógeno-hospedeiro típico dessas doenças. De qualquer forma, alguns
pontos em comum podem ser destacados, como se segue.
Características do ciclo de relações patógeno-hospedeiro
Sobrevivência: estruturas de resistência, restos culturais e matéria orgânica
do solo
Disseminação: água de irrigação, ferramentas e sementes
Infecção: direta e ferimentos
Colonização: necrotrófica
ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 13
Tombamento de plântulas por Phytophthora
ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 14
Pimentão
Sintomas primários
no colo da plântula
Sintomas
secundários
(murcha) na parte
aérea das plântulas
Plântula sadia
Micélio cenocítico e
esporângio
ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 15
Tombamento de plântulas por Pythium
Plântulas de
pepino sadias
após semeadura
em solo
esterilizado
Tombamento de
plântulas de pepino
após semeadura em
solo contaminado
com Pythium
sadia
sintomas no colo
Tombamento de plântulas por Rhizoctonia
ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 16
Damping-off
em plântulas
de eucalipto
Hifa septada com
ramificação de 90o
Colônia de Rhizoctonia em meio de
cultura
Podridões radiculares
Importância: podridões radiculares comprometem a absorção de água e de
nutrientes, interferindo no desenvolvimento da planta. As plantas doentes
exibem sintomas primários nas raízes e/ou no colo e sintomas reflexos na
parte aérea. Caso a podridão radicular ocorra em plantas jovens, a parte
aérea pode ficar altamente comprometida, levando a planta à morte. Os
patógenos causadores dessas doenças são habitantes do solo e apresentam
elevada capacidade de sobrevivência, mesmo na ausência de hospedeiros.
Assim como para o tombamento de plântulas, as podridões radiculares
podem ser causadas por patógenos diversos. Algumas características comuns
do ciclo dessas doenças estão apresentadas abaixo.
Características do ciclo de relações patógeno-hospedeiro
Sobrevivência: estruturas de resistência, restos culturais e matéria orgânica
do solo
Disseminação: água de irrigação, ferramentas e sementes
Infecção: direta e ferimentos
Colonização: necrotrófica
ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 17
Podridão radicular por Colletotrichum
ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 18
Sintomas reflexos da podridão radicular em morangueiro
Podridão na coroa
do morangueiro por
C. nymphaeae
Colônia de C.
nymphaeae em
meio de cultura
Conídios de
C. nymphaeae
sadia doente
Podridão radicular por Phytophthora
ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 19
Sintomas
primários de
podridão
radicular em
mamoeiro
Sintomas
reflexos (murcha
e morte da parte
aérea) de
podridão
radicular em
pimentão
Pimentão
Micélio cenocítico e
esporângios
Podridão radicular por Pythium
ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 20
Sintomas reflexos (subdesenvolvimento da parte aérea) de
podridão radicular por Pythium em alface hidropônica
Esporângio (esquerda) e formação
de vesícula (direita) em Pythium
Sintomas da podridão radicular
Podridão radicular por Sclerotinia
ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 21
Podridão radicular por Sclerotium
Alface
Colônia de Sclerotium em meio de
cultura com escleródios esféricos
Colônia de Sclerotinia em meio de
cultura com escleródios
Cebola
Sintomas da podridão de colo
ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 22
Podridão radicular por Thielaviopsis
Conídios
Aleuroconídios
Sintomas de
podridão radicular.
Os sintomas
primários são:
necrose de raízes e
redução do sistema
radicular. Os
sintomas reflexos
são: redução no
tamanho e no
número de folhas
Conídios
Aleuroconídios
Alface
Doente Sadia
Murchas vasculares
Importância: murchas vasculares podem causar danos severos quando a
quantidade de inóculo é alta no solo. Nesses casos, além do prejuízo na safra,
os produtores devem abandonar o local, ou utilizar variedades resistentes,
pois a sobrevivência do inóculo costuma ser longa. As murchas vasculares são
doenças decorrentes da colonização dos vasos do xilema das plantas. Um
número restrito de patógenos causa estas doenças. Os mais frequentes são
fungos dos gêneros Fusarium e Verticillium e bactérias dos gêneros Ralstonia
e Leifsonia.
Características do ciclo de relações patógeno-hospedeiro
Sobrevivência: estruturas de resistência, restos culturais e matéria orgânica
do solo
Disseminação: água de irrigação, ferramentas, sementes e mudas
Infecção: direta e ferimentos
Colonização: necrotrófica
ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 23
Murcha de Fusarium
ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 24
Colônias de Fusarium solani f.sp
lycopersici em meio de cultura.
Face superior (A) e face inferior (B)
A B
Sintomas de murcha
em tomateiro
Macroconídios Microconídios
Macroconídios
Murcha de Ralstonia
ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 25
Tomateiro sadio
Plantas apresentando
sintomas de murcha
Murcha em fumo
“Corrida bacteriana” em
corte transversal de haste
de tomateiro
Murcha em plantação de batata
Murcha de Verticillium
ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 26
Berinjela
Colônia de Verticillium em
meio de cultura
Tomateiro
Escurecimento
dos vasos
condutores em
tomateiro
Manchas foliares
Importância: manchas foliares constituem-se no maior e mais diverso grupo de
doenças de plantas. Sua ocorrência reduz a taxa e a eficiência fotossintéticas,
resultando na redução do desenvolvimento vegetativo e reprodutivo das plantas,
redução no rendimento e na qualidade dos produtos. As manchas foliares são
caracterizadas por sintomas necróticos, que podem ser localizados ou
generalizados. Neste último caso, os sintomas são conhecidos como queima ou
crestamento foliar. Muitos patógenos causadores de manchas foliares também são
capazes de colonizar frutos, vagens e sementes. Muitas doenças desse grupo
exibem sintomas similares e a diagnose só é conclusiva a partir da observação dos
sinais dos patógenos. Os agentes causais são diversos, incluindo oomicetos,
fungos, bactérias e até mesmo nematoides.
Características do ciclo de relações patógeno-hospedeiro
Sobrevivência: estruturas de resistência, restos culturais, no hospedeiro e em
hospedeiros alternativos
Disseminação: vento, respingos de água, ferramentas e mudas
Infecção: direta e ferimentos
Colonização: necrotrófica e hemibiotrófica
ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 27
Manchas foliares causadas por
fungos
ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 28
Mancha de Alternaria - Alternariose
ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 29
Tangerina
Batata
Couve
Cebola
Mancha angular - Pseudocercospora
Feijoeiro Manchas
angulares
delimitadas
pelas nervuras
Mancha anelar – Leptosphaeria
Cana-de-açúcar
Pseudotécio, asco e
ascósporos de
Leptosphaeria
sacchari
ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 30
ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 31
Mancha de Bipolaris Conídios
Cana-de-açúcar
Milho
B. sacchari – mancha ocular B. stenospila – estria parda
ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 32
Mancha de Cladosporium - Verrugose
Mancha de Capnodium – Fumagina
Conídios de
Cladosporium
Maracujazeiro
Citros
Mancha de Botrytis
Conidióforos e
conídios de Botrytis
Quiabeiro
ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 33
Mancha de Cercosporidium - Cercosporiose
Amendoim Conídios
Conidióforos
Mancha de Cephaleurus - Mancha de alga
Esporangióforo
Esporângios Abacateiro
Mancha de Cercospora - Cercosporiose
ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 34
Beterraba Cafeeiro
Salsinha Cenoura
Conidióforos de
coloração marrom
Conídios
Cana-de-açúcar
Conídios
Mancha de Mycosphaerella
ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 35
Morangueiro
Mancha de Stemphylium
Tomateiro
Conídios
Mancha de Marssonina – Pinta preta
Roseira
Conídios
Conidióforo
Conídios
Conidióforos
Estruturas da fase
anamórfica do
patógeno (Ramularia)
Mancha de Septoria - Septoriose
ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 36
Tomateiro
Girassol
Massa de conídios (cirros)
sendo liberada de picnídios
Salsinha
Pequenos pontos
pretos, consistem
em frutificações
do patógeno
(picnídios)
Conídios de Septoria
Sigatoka da bananeira – Mycosphaerella
ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 37
Varíola do mamoeiro – Asperisporium
Manchas foliares causadas por
bactérias
ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 38
Cancro cítrico - Xanthomonas
ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 39
Mancha bacteriana - Acidovorax
Citros
Cancro cítrico associado ao
dano da larva minadora
Face superior
Face inferior
Lesões de
aspecto
eruptivo e
corticoso
Melancia
ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 40
Mancha bacteriana - Xanthomonas
Tomateiro
Tomateiro Brócolis
Pinta bacteriana - Pseudomonas
ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 41
Manchas arredondadas de coloração marrom-escura a
negra, que podem apresentar halos amarelados
Tomateiro
Rúcula
ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 42
Podridão negra das crucíferas - Xanthomonas
Couve
Penetração
através dos
hidatódios
nas
margens da
folha
Sintomas em estádio avançado
Antracnoses
Importância: antracnoses são doenças muito destrutivas, particularmente em
frutos tropicais, podendo causar prejuízos de até 100%, quando a incidência é
elevada. Além das plantas frutíferas, essas doenças ocorrem em grande número
de hospedeiros. As antracnoses causam manchas necróticas nas folhas, ramos,
frutos, vagens e sementes. Nos frutos, as lesões usualmente atingem a polpa,
depreciando o produto. Os dois gêneros mais importantes causadores de
antracnoses são Colletotrichum e Sphaceloma, fungos ascomicetos, cujos
conídios são formados no interior de acérvulos e recobertos por mucilagem
hidrossolúvel. Essa mucilagem protege os esporos e condicionam sua dispersão
por respingos de água. Essas doenças são prevalentes, portanto, em épocas
chuvosas.
Características do ciclo de relações patógeno-hospedeiro
Sobrevivência: estruturas de resistência, restos culturais, no hospedeiro e em
hospedeiros alternativos
Disseminação: água, mudas e sementes
Infecção: direta e ferimentos
Colonização: necrotrófica e hemibiotrófica
ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 43
Antracnose causada por Colletotrichum
ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 44
Abacate
Banana
Detalhes da
esporulação
Detalhes da
esporulação
Colletotrichum em
meio de cultura
Conídios de
Colletotrichum
Acérvulo e conídios de
Colletotrichum
Antracnose causada por Colletotrichum
ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 45
Goiaba
Detalhes da esporulação
Feijoeiro
Detalhes da lesão na nervura
Conídios (azul) e setas
(marrom) de C.
lindemuthianum
Antracnose causada por Colletotrichum
ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 46
Conídios de Colletotrichum sp.
Pêssego
Laranja
Oiti
Melancia
Antracnose causada por Colletotrichum
ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 47
Soja
Conídios (azul) e setas (marrom) de C.
truncatum
Acérvulo com setas e conídios de C.
truncatum
C. truncatum em
meio de cultura
Antracnose causada por Colletotrichum
ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 48
Solanáceas
Uva
Conídios de Colletotrichum
Podridão da uva madura
Antracnose causada por Sphaceloma
ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 49
Videira
Conídios de S. ampelinum
S. ampelinum
em meio
de cultura
Sphaceloma em citros - Verrugose
ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 50
Citros
Acérvulo e conídios de
Sphaceloma
Podridões Florais
Importância: podridões florais são particularmente importantes em culturas
ornamentais, frutíferas e em cereais, pois sua incidência tem consequências
diretas na produção. Via de regra, flores com podridões não produzem
frutos, mas quando o fazem, os frutos não têm valor comercial. Essas
doenças são provocadas por fungos e bactérias e seu controle é preventivo.
Vários patógenos que infectam flores, também são capazes de infectar os
frutos, de forma que para controlar esses patógenos são necessárias ações
que se iniciam na florada e perduram durante a frutificação.
Características do ciclo de relações patógeno-hospedeiro
Sobrevivência: estruturas de resistência, restos culturais, no hospedeiro e
hospedeiros alternativos
Disseminação: água, vento e sementes
Infecção: direta e ferimentos
Colonização: necrotrófica e hemibiotrófica
ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 51
Podridão de Botrytis
Alface
Podridão de Colletotrichum
Brócolis
Gérbera Morangueiro
Conidióforos e
conídios de
Botrytis
Citros Citros
Lesões nas pétalas de
laranjeira (ao lado) e cálices
florais retidos após a queda
dos frutos jovens (acima)
ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 52
Giberela - Fusarium
Alface
Podridão de Monilinia
Brócolis
Gérbera
Citros Citros
Macroconídios
Conídios em cadeia
Trigo
Pessegueiro Pessegueiro
ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 53
Míldios
Importância: míldios são doenças de parte aérea das plantas, de ocorrência
frequente em épocas de alta umidade e temperatura amena. Os sintomas ocorrem
na forma de manchas, cuja esporulação predomina na face abaxial das folhas, pois
os esporangióforos dos agentes causais emergem através dos estômatos. Na face
adaxial, formam-se manchas cloróticas nos locais correspondentes à esporulação,
as quais evoluem para a necrose. Em frutos jovens, os sintomas podem recobrir
sua superfície e provocar necrose. Essas doenças são causadas por oomicetos da
família Peronosporaceae e os gêneros mais importantes são: Plasmopara,
Peronospora, Pseudoperonospora, Sclerospora e Bremia. Os míldios causam
elevados prejuízos quando não controlados, como no caso do míldio da videira.
Neste Guia, devido à similaridade do agente causal, decidiu-se por incluir neste
tópico a “ferrugem branca”, que não é ferrugem, pois é provocada por um
oomiceto da família Albuginaceae.
Características do ciclo de relações patógeno-hospedeiro
Sobrevivência: estruturas de resistência e no hospedeiro
Disseminação: vento, respingos de chuva, ferramentas e mudas
Infecção: aberturas naturais
Colonização: biotrófica
ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 54
Míldio causado por Peronospora
ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 55
Cebolinha
Rúcula
Esporangióforos e
esporângios de P. parasitica
Esporangióforos e
esporângios de P.
destructor
Míldio causado por Plasmopara
ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 56
Esporangióforos com
esporângios sobre a
face abaxial de folhas
Videira
Míldio causado por Pseudoperonospora
ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 57
Abobrinha
Melancia
Esporangióforos e
esporângios de P. cubense
Míldio causado por Bremia
ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 58
Alface
Ferrugem branca causada por Albugo
Esporangióforos e esporângios
de Bremia
Rúcula
Esporângios de
Albugo
Detalhes da
esporulação de Albugo
Oídios
Importância: oídios incidem sobre ampla gama de espécies de plantas,
cultivadas ou não. Apesar de não levar a planta à morte, causam redução no
desenvolvimento e na produção do hospedeiro. Os sintomas ocorrem na
parte aérea das plantas, na forma de manchas brancas, pulverulentas,
isoladas ou não, podendo recobrir a superfície do órgão afetado. Os sintomas
ocorrem tanto na face abaxial quanto na face adaxial das folhas. Os oídios
são mais frequentes em épocas pouco chuvosas, pois as estruturas do
patógeno, externas à planta, são lavadas por chuvas volumosas. São também
muito frequentes em plantas em casa-de-vegetação. Essas doenças são
causadas por ascomicetos dos gêneros Oidiopsis, Oidium e Ovulariopsis.
Características do ciclo de relações patógeno-hospedeiro
Sobrevivência: estruturas de resistência e no hospedeiro
Disseminação: vento, respingos de água e mudas
Infecção: direta
Colonização: biotrófica
ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 59
Oídio causado por Oidiopsis
Pimentão
Esporulação de Oidiopsis
Doente Sadia
Conídios isolados
Conidióforo
Estômato
ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 60
Oídio causado por Oidium
Abobrinha
Detalhes da esporulação
de Oidium
Morango
Conídios em
cadeia
Conidióforo
ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 61
Oídio causado por Oidium
Resedá
Conídios de Oidium
Folhas sintomáticas Sadias
Salsinha
ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 62
Oídio causado por Oidium
Soja
Conídios e conidióforos de Oidium
Tomateiro
ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 63
Oídio causado por Oidium
Mangueira Detalhes da esporulação de
Oidium em inflorescências
Conídios e conidióforos de Oidium
ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 64
Oídio causado por Ovulariopsis
Amoreira
Detalhes da esporulação
de Ovulariopsis na face
inferior da folha
Conídios isolados
Conidióforo
ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 65
Ferrugens
Importância: ferrugens são doenças causadas por basidiomicetos da ordem
Pucciniales. De ampla distribuição geográfica, incidem sobre considerável gama de
hospedeiros, incluindo cereais, plantas leguminosas e frutíferas, dentre outros.
Nos surtos epidêmicos, causam prejuízos significativos às culturas, devido à
redução da área fotossintética, ou mesmo à depreciação da qualidade do produto,
como no caso da ferrugem das mirtáceas que exibem sintomas em frutos, além de
folhas e ramos. Os prejuízos dessa doença devem-se também aos custos do
controle preventivo, realizado com aplicação de fungicidas ou com o uso de
variedades resistentes. Desde o início do século XXI, várias ferrugens têm causado
preocupação em diversos países, seja pela disseminação pandêmica de várias
espécies, como Phakopsora pachyrhizi, ou pelo desenvolvimento de novas raças
virulentas, capazes de infectar variedades resistentes, como Puccinia graminis f.sp.
tritici.
Características do ciclo de relações patógeno-hospedeiro
Sobrevivência: estrutura de resistência, no hospedeiro e hospedeiro alternado
Disseminação: vento, chuva e mudas
Infecção: aberturas naturais (maioria) e direta (alguns gêneros)
Colonização: biotrófica
ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 66
ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 67
Ferrugem do álamo - Melampsora
Urediniósporos de M. medusae
Pústulas com urediniósporos
Plantas com desfolha causada por ferrugem Pústulas
Ferrugem do amendoim - Puccinia
ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 68
Urediniósporos de
P. arachidis
Ferrugem do alho e da cebola - Puccinia
Urediniósporos de P. alli
Pústula
Cebola
Pústula
Ferrugem do cafeeiro - Hemileia
ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 69
Face adaxial
Urediniósporos de H. vastatrix
Face abaxial
Ferrugem da cana-de-açúcar - Puccinia
ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 70
Ferrugem marrom
Ferrugem alaranjada
Urenidiniósporos de P. kuehnii
Resistente Suscetível Resistente
Urenidiniósporo de P.
melanocephala
Teliósporo
Pústulas
Ferrugem do feijoeiro - Uromyces
Face adaxial Face abaxial
Urediniósporos de U.
appendiculatus
Teliósporo
ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 71
Ferrugem da figueira - Cerotelium
Pústulas
Urediniósporos de C. fici
ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 72
Ferrugem da framboeseira - Pucciniastrum
ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 73
Urediniósporos de P.
americanum
Face adaxial
Face abaxial
Pústulas com urediniósporos
Ferrugem das mirtáceas - Austropuccinia
ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 74
Face abaxial
Goiabeira
Face adaxial Urediniósporos de A. psidii
Eucalipto
Teliósporo
Urediniósporo
Pústula
Pústula
ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 75
Jambeiro
Face adaxial
Ferrugem das mirtáceas - Austropuccinia
Jabuticabeira
Cerejeira do Rio Grande
Urediniósporo Teliósporo
Pústula
Jambeiro
Ferrugem do pessegueiro - Tranzschelia
ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 76
Face abaxial
Face adaxial
Urediniósporo Teliósporo
Urediniósporos
de T. discolor
Fruto com sintomas
de ferrugem
Pústulas
Ferrugem de plantas daninhas - Puccinia
ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 77
Falsa serralha
Trevo
Urediniósporos
Teliósporos de P.
emiliae
Pústulas
Pústulas na face abaxial da folha
Ferrugem de plantas ornamentais - Coleosporium
ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 78
Plumeria
Face abaxial
Face adaxial
Urediniósporos de C.
plumeriae
Pústulas na face abaxial da folha
Ferrugem da soja - Phakopsora
ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 79
Face abaxial
Face adaxial
Urediniósporo
Pústulas na face abaxial da folha
Urediniósporos de P. pachyrhizi
Ferrugem da videira - Neophysopella
ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 80
20 µm
Face abaxial Face adaxial
10 µm
Pústulas com urediniósporos
Urediniósporos de N. tropicalis
Ferrugem do trigo - Puccinia
ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 81
20 µm
Ferrugem do colmo – P. graminis f. sp. tritici
10 µm
Ferrugem da folha – P. triticina
Pústulas
Pústulas
Ferrugem da folha – P. triticina
Carvões
Importância: carvões são doenças com sintomas conspícuos e inequívocos.
Os sintomas causam modificação em grãos ou no meristema apical e
caracterizam-se pela produção de massas pulverulentas escuras nas áreas
afetadas. Estas massas são constituídas por estruturas reprodutivas
(teliósporos) do patógeno. Os carvões têm grande importância em plantas
monocotiledôneas, causando prejuízos severos em cereais, milho e cana-de-
açúcar. Essas doenças são causadas por basidiomicetos da ordem
Ustilaginales e os principais gêneros são Ustilago e Sporisorium. Os agentes
causais de carvões modificam o metabolismo de seus hospedeiros e
transformam órgãos da planta, como os grãos, em suas estruturas
reprodutivas, causando prejuízo direto na produção.
Características do ciclo de relações patógeno-hospedeiro
Sobrevivência: estruturas de resistência e no hospedeiro
Disseminação: vento, ferramentas, sementes e toletes
Infecção: direta e ferimentos
Colonização: biotrófica
ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 82
Teliósporos de S. scitamineum (à direita
teliósporo germinado)
Carvão da cana-de-açúcar - Sporisorium
“Chicote”, modificação do
meristema induzida pelo fungo,
característico dessa doença
“Chicote” em gema lateral ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 83
U. maydis em espiga de milho
Carvão do milho - Ustilago
Grãos modificados
com massa escura
de teliósporos no
seu interior
Teliósporos
Carvão do capim colonião
Teliósporos germinados
de U. maydis
ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 84
Galhas
Importância: galhas são deformações que ocorrem em raízes e ramos de
vegetais, decorrentes da hiperplasia e ou hipertrofia celular do hospedeiro,
incitada por patógenos. Neste caso, o nome do sintoma coincide com o nome
da doença. São doenças importantes, que provocam redução na produção do
hospedeiro. Os patógenos causadores de galhas são a bactéria
Agrobacterium tumefaciens, nematoides do gênero Meloidogyne e
Plasmodiophora brassicae. Mesmo apresentando grande diversidade de
agentes causais, essas doenças guardam algumas características comuns:
seus agentes causais são habitantes do solo e nenhum deles exibe
colonização necrotrófica.
Características do ciclo de relações patógeno-hospedeiro
Sobrevivência: estruturas de resistência e matéria orgânica do solo
Disseminação: água, ferramentas e mudas
Infecção: direta e ferimentos
Colonização: biotrófica
ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 85
Galha de Agrobacterium
Galha de Meloidogyne
Tomateiro
Alface
Galha de Plasmodiophora
Esporângio com
zoósporos de P.
brassicae
Brócolis
Tomateiro
ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 86
Viroses
Importância: fitoviroses são doenças de ampla distribuição geográfica, que
incidem sobre os mais variados hospedeiros. De modo geral, os danos
provocados pelos vírus são menores nas plantas arbóreas do que nas
arbustivas, mas há exceções como os citros. Os prejuízos estão diretamente
relacionados com a época de infecção, sendo de 100% quando plântulas ou
plantas jovens são infectadas. A maioria dos vírus de plantas distribui-se
sistemicamente no hospedeiro e os sintomas podem ocorrer em qualquer
órgão da planta. A diagnose de fitoviroses é difícil, pois vários vírus podem
causar sintomas semelhantes como mosaico. Além disso, por suas diminutas
dimensões, os vírus só são visíveis em microscopia eletrônica. Métodos
serológicos e moleculares são os mais indicados para a diagnose de
fitoviroses quando o sintoma for inespecífico.
Características do ciclo de relações patógeno-hospedeiro
Sobrevivência: vetores, no hospedeiro e hospedeiros alternativos
Disseminação: vetores, pólen, ferramentas, mudas e sementes
Infecção: aberturas naturais e ferimentos
Colonização: biotrófica
ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 87
Berinjela - Tospovirus
Abobrinha - Potyvirus
Mosaico
É o sintoma em que áreas cloróticas aparecem
intercaladas com áreas sadias (verde normal)
Almeirão - Tospovirus
ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 88
Cana-de-açúcar - Potyvirus
Mosaico
Fedegoso - Potexvirus
Doente Sadia
Mamoeiro - Potyvirus Melancia - Potyvirus
ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 89
Pimentão - Crinivirus
Mosaico
Tomateiro - Crinivirus
Trigo – Furovirus
ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 90
Tomate - Tospovirus
Anéis Sintomas na forma de anéis ou manchas anelares
em folhas e frutos
Malformação Mudança na forma de folhas, frutos e flores
devido à alteração estrutural de tecidos
Mamoeiro - Potyvirus
Abóbora cabotiá - Potyvirus
Sintomas em mamão
com Potyvirus
ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 91
Molicutes e bactérias de floema
Importância: molicutes incluem fitoplasmas e espiroplasmas, organismos
procariotos pertencentes ao Domínio Bacteria. A importância econômica das
doenças causadas por molicutes e por bactérias de floema é elevada em
diversas espécies cultivadas. Algumas doenças se tornaram famosas por
provocarem danos expressivos, tendo sido consideradas, inclusive, como
fatores limitantes para a produção destas espécies. Como exemplos de
doenças economicamente importantes causadas por fitoplasmas podem ser
citados o amarelecimento letal do coqueiro, o enfezamento do milho e o
superbrotamento da batata. Como exemplo de doença importante causada
por bactéria de floema temos o Huanglongbing, também conhecido como
greening dos citros.
Características do ciclo de relações patógeno-hospedeiro
Sobrevivência: vetores e no hospedeiro
Disseminação: vetores e mudas
Infecção: ferimentos
Colonização: biotrófica
ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 92
Coloração irregular da casca
do fruto
Huanglongbing dos citros – Ca. Liberibacter
Mosqueado (folhas) e assimetria (fruto)
Coloração amarelada das folhas em um
setor da planta
ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 93
Molicutes
Cigarrinhas - vetores
de fitoplasmas
Subdesenvolvimento,
encurtamento dos entre-
nós e clorose foliar
Milho
Enfezamento
em milho
Sadio Doente
ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 94
Fitoplasmas e espiroplasmas
Morangueiro
Sintomas de
filodia – reversão
de órgãos florais
em estruturas
vegetativas
ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 95
APÊNDICE
Estruturas de fungos e
oomicetos fitopatogênicos
ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 96
Estruturas de fungos e oomicetos fitopatogênicos
ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 97
Estruturas de fungos e oomicetos fitopatogênicos
ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 98
Estruturas de fungos e oomicetos fitopatogênicos
ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 99
Estruturas de fungos e oomicetos fitopatogênicos
ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 100
Estruturas de fungos e oomicetos fitopatogênicos
ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 101
Estruturas de fungos e oomicetos fitopatogênicos
ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 102
ÍNDICE REMISSIVO
A
Acidovorax, 39
Agrobacterium, 85-86
Albugo, 58, 97
Alternaria, 29, 99
Ascochyta, 99
Aspergillus, 4, 99
Asperisporium, 37, 99
Austropuccinia, 74-75
B
Basidiophora, 97
Bipolaris, 31, 99
Botryosphaeria, 7, 100
Botryotinia, 99
Botrytis, 5, 32, 52, 99
Bremia, 54, 58, 97
C
Calonectria, 100
Candidatus Liberibacter asiaticus, 92-93
Capnodium, 32
Cephaleurus, 33
Ceratocystis, 102
Cercospora, 34, 99
Cercosporidium, 33, 99
Cerotelium, 72, 98
Cladosporium, 5, 32, 99
Cochliobolus, 99-100
Coleosporium, 78, 98
Cordana, 100
Colletotrichum, 18, 43-48, 52, 100
Corynespora, 100
Crinivirus, 90
Curvularia, 100
Cylindrocladium, 100
D
Davidiella, 99
Diaporthe, 101
Diplocarpon, 100
Diplodia, 102
Didymella, 99, 101
Dreschelera, 99
E
Elsinoë, 102
Emericella, 99
Eurotium, 99
Eupenicillium, 101
Erysiphe, 59, 101
Exserohilum, 99
F
Furovirus, 90
Fusarium, 6, 23-24, 53, 100
Fusicoccum, 7, 100
G
Geotrichum, 6
Gibberella, 100
Glomerella, 100
Guignardia, 3, 101
H
Haematonectria, 100
Helminthosporium, 99
Hemileia, 69, 98
K
Khuskia, 101
L
Lasiodiplodia, 100
Leifsonia, 23
Leptosphaeria, 30
Leveillula, 101
Lewia, 99
M
Macrophomina, 100
Magnaporthe, 101
Marssonina, 25, 100
Melampsora, 67, 98
Meloidogyne, 85-86
Microsphaera, 101
Monilia, 100
Monilinia, 8, 51, 53, 100
Mycosphaerella, 27, 35, 37, 99, 101-102
Myrothecium, 100
N
Nectria, 102
Neofusicoccum, 7, 100
Neophysopella, 80
Nigrospora, 101
O
Oidiopsis, 59-60, 101
Oidium, 59, 61-64, 101
Ovulariopsis, 59, 65, 101
ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 103
ÍNDICE REMISSIVO
P
Pectobacterium, 9
Penicillium, 1-2, 101
Peronospora, 54-55, 97
Pestalotia, 101
Phakopsora, 66, 79, 98
Phoma, 101
Phomopsis, 101
Phyllactinia, 101
Phyllosticta, 3, 101
Phytophthora, 10, 14, 19, 97
Plasmodiophora, 85-86
Plasmopara, 54, 56, 97
Pleospora, 102
Podosphaera, 101
Potexvirus, 89
Potyvirus, 88-89, 91
Pseudocercospora, 30, 101
Pseudomonas, 41
Pseudoperonospora, 54, 57
Puccinia, 66, 68, 70, 77, 81, 98
Pucciniastrum, 73
Pyricularia, 101
Pythium, 15, 17, 20, 97
R
Ralstonia, 23, 25
Ramularia, 35, 101
Rhizoctonia, 13, 16, 102
Rhizopus, 11, 97
S
Sclerospora, 54, 97
Sclerotinia, 21, 102
Sclerotium, 12, 21, 102
Septoria, 36, 102
Sphaceloma, 43, 49-50, 102
Sphaerotheca, 101
Sporisorium, 82-83
Stemphylium, 35, 102
Stenocarpella, 102
T
Talaromyces, 101
Thanatephorus, 102
Thielaviopsis, 12, 22, 102
Tospovirus, 88, 91
Tranzschelia, 76, 98
Tubercularia, 102
U
Uncinula, 101
Uromyces, 71, 98
Ustilago, 82, 84
V
Verticillium, 23, 26, 102
X
Xanthomonas, 39-40, 42
ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 104

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Guia diagnose fitopatologia

  • 1. UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA “LUIZ DE QUEIROZ” DEPARTAMENTO DE FITOPATOLOGIA E NEMATOLOGIA Ricardo Feliciano dos Santos Ana Laura Toledo Simões Manoel Penachio Gonçalves Silvia de Afonseca Lourenço Lilian Amorim ESALQ - Piracicaba 2020 GUIA DE DIAGNOSE PARA AULAS PRÁTICAS DE FITOPATOLOGIA
  • 2. UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA “LUIZ DE QUEIROZ” DEPARTAMENTO DE FITOPATOLOGIA E NEMATOLOGIA ESALQ Piracicaba – SP 2020 GUIA DE DIAGNOSE PARA AULAS PRÁTICAS DE FITOPATOLOGIA ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia DOI: 10.11606/9786587391021 Ricardo Feliciano dos Santos Ana Laura Toledo Simões Manoel Penachio Gonçalves Silvia de Afonseca Lourenço Lilian Amorim
  • 3. Copyright© 2020 - ESALQ - LFN Universidade de São Paulo Reitor – Prof. Vahan Agopyan Vice-reitor – Prof. Antonio Carlos Hernandes Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” Diretor – Prof. Durval Dourado Neto Vice-diretor – Prof. João Roberto Spotti Lopes Departamento de Fitopatologia e Nematologia Avenida Pádua Dias, 11 13418-900, Piracicaba, SP www.lfn.esalq.usp.br
  • 4. APRESENTAÇÃO Este Guia foi elaborado em 2020, para auxiliar as aulas remotas sobre diagnose de doenças de plantas. Nele, estão apresentados os sintomas e os agentes causais dos principais grupos de doenças de plantas que ocorrem nos estados do Sudeste do Brasil. A ordem em que os grupos de doenças de plantas aparecem no Guia segue a cronologia das aulas de Fitopatologia, ministradas na Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (ESALQ) da Universidade de São Paulo (USP). Como introdução a cada grupo de doenças, elaborou-se um breve texto sobre a importância daquele grupo, informações sobre o ciclo de relações patógeno-hospedeiro e um mapa com a distribuição mundial de uma das doenças típicas do grupo. O mapa foi elaborado com base nas informações fornecidas pelo Centre for Agriculture and Bioscience International (CABI). Um apêndice com as estruturas vegetativas e reprodutivas dos principais gêneros de oomicetos e fungos patogênicos às plantas está apresentado ao final deste Guia. Esta publicação não tem a pretensão de apresentar a sintomatologia de todas as doenças de plantas que ocorrem nas principais culturas do Sudeste brasileiro, nem pode abordar cada doença em detalhes. Ela serve para auxiliar o ensino da diagnose a alunos do curso de Engenharia Agronômica. As imagens presentes neste Guia foram cedidas por um numeroso grupo de colaboradores, sem os quais essa publicação não seria possível. Dessa forma, gostaríamos de agradecer (em ordem alfabética) Aline Zavaglia, Antonio F. Nogueira, Barbara Navarro, Danielle D. Martinha, Erley M. Reis, Fabrício P. Gonçalves, Fernanda Y. D. Groppo, Flávia Rogério, Francisco O. Tanaka, Geraldo J. Silva Jr., Isabela V. Primiano, Ivan H. Fischer, Jorge A. M. Rezende, Juliana S. Baggio, Liliane D. Teixeira, Louise Larissa M. De-Mio, Maisa Ciampi-Guillardi, Maria Cândida G. Gasparoto, Maria Heloisa D. Moraes, Marise C. M. Parisi, Nelson S. Massola Jr., Paula S. Panosso, Renata R. L. de Castro, Thais R. Boufleur, Thais D. Martins e Thiago A. Carraro. ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas
  • 5. SUMÁRIO • Podridões de órgãos de reserva....................................1 • Tombamento de plântulas...........................................13 • Podridões radiculares..................................................17 • Murchas vasculares.....................................................23 • Manchas foliares.........................................................27 • Antracnoses.................................................................43 • Podridões florais......................................................... 51 • Míldios.........................................................................54 • Oídios..........................................................................59 • Ferrugens....................................................................66 • Carvões........................................................................82 • Galhas..........................................................................85 • Viroses.........................................................................87 • Molicutes e bactérias de floema.................................92 • Apêndice – Estruturas de oomicetos e fungos fitopatogênicos ................ 96 • Índice remissivo ........................................................103 Grupo de doença ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas
  • 6. Podridões de órgãos de reserva Importância: podridões de órgãos de reserva causam redução na qualidade dos órgãos de armazenamento, como frutos, sementes e tubérculos, entre outros. As podridões podem ser aquosas (moles) ou secas (duras) e frequentemente levam à destruição do órgão atacado, acarretando prejuízos ao produtor, ao atacadista, ao varejista ou ao consumidor, a depender de quando os sintomas se expressam. Os agentes causais das podridões incluem bactérias, fungos e oomicetos. Devido à grande diversidade de agentes causais, não há um ciclo de relações patógeno-hospedeiro típico dessas doenças. De qualquer forma, alguns pontos em comum podem ser destacados, como se segue. Características do ciclo de relações patógeno-hospedeiro Sobrevivência: estruturas de resistência, restos culturais, matéria orgânica do solo e no hospedeiro Disseminação: vento, chuva e por contato Infecção: aberturas naturais, direta e ferimentos Colonização: necrotrófica ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 1
  • 7. Bolor verde - Podridão de Penicillium ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 2 Tangerina ponkan Laranja Cereja Ameixa Conidióforo Conídios Fiálide Milho
  • 8. Pinta preta – Guignardia (Phyllosticta) ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 3 Goiaba Laranja Picnídio e conídios de Phyllosticta Conídios de Phyllosticta
  • 9. Podridão de Aspergillus ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 4 Cambuci Grão de milho Colônia de Aspergillus em meio de cultura
  • 10. Podridão de Botrytis – Mofo cinzento ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 5 Podridão de Cladosporium Pêssego Morango Conídios de Cladosporium Conidióforos e conídios de Botrytis Pêssego Formação de conidióforos
  • 11. Podridão de Geotrichum Rosáceas de caroço Conídios de Geotrichum formados por conidiogênese tálica Podridão de Fusarium Beterraba Colônia de Fusarium em meio de cultura ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 6
  • 12. Podridão de fungos da família Botryosphaeriacaea 10 µm 10 µm Colônias de Fusicoccum (A) e de Neofusicoccum (B) isolados de goiabas Fusicoccum em goiabas conídios picnídio Neofusicoccum em goiabas A B Fusicoccum Neofusicoccum Presença de cirros na superfície dos frutos ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 7
  • 13. Podridão de Monilinia spp. em rosáceas ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 8 Pera Pêssego Ameixa Conídios em cadeia Fruto mumificado Aspecto de colônias de Monilinia spp. em meio de cultura
  • 14. Podridão de Pectobacterium Pimentão Batata Berinjela Tomate Cenoura ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 9 1 µm Representação de talo bacteriano de Pectobacterium – Gram negativa
  • 15. Podridão de Phytophthora Tomate Abobrinha Phytophthora ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 10 Esporângios Zoósporos
  • 16. Podridão de Rhizopus ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 11 Pêssego Morango Goiaba Esporângios Aplanósporos Esporângios Rizoides
  • 17. ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 12 Podridão de Thielaviopsis Cenoura Conídios Aleuroconídios Podridão de Sclerotium Cebola Batata Colônia de Sclerotium em meio de cultura com formação de escleródios esféricos
  • 18. Tombamento de plântulas Importância: o tombamento de plântulas, também conhecido como damping-off, é doença importante em viveiros de mudas, onde pode causar severos prejuízos, pela morte de plântulas em pré ou pós-emergência. Os patógenos causadores dessa doença são habitantes do solo e infectam tecidos jovens, em formação. São pouco especializados, mas apresentam elevada capacidade de sobrevivência mesmo na ausência de hospedeiros. Devido à grande diversidade de agentes causais, não há um ciclo de relações patógeno-hospedeiro típico dessas doenças. De qualquer forma, alguns pontos em comum podem ser destacados, como se segue. Características do ciclo de relações patógeno-hospedeiro Sobrevivência: estruturas de resistência, restos culturais e matéria orgânica do solo Disseminação: água de irrigação, ferramentas e sementes Infecção: direta e ferimentos Colonização: necrotrófica ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 13
  • 19. Tombamento de plântulas por Phytophthora ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 14 Pimentão Sintomas primários no colo da plântula Sintomas secundários (murcha) na parte aérea das plântulas Plântula sadia Micélio cenocítico e esporângio
  • 20. ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 15 Tombamento de plântulas por Pythium Plântulas de pepino sadias após semeadura em solo esterilizado Tombamento de plântulas de pepino após semeadura em solo contaminado com Pythium sadia sintomas no colo
  • 21. Tombamento de plântulas por Rhizoctonia ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 16 Damping-off em plântulas de eucalipto Hifa septada com ramificação de 90o Colônia de Rhizoctonia em meio de cultura
  • 22. Podridões radiculares Importância: podridões radiculares comprometem a absorção de água e de nutrientes, interferindo no desenvolvimento da planta. As plantas doentes exibem sintomas primários nas raízes e/ou no colo e sintomas reflexos na parte aérea. Caso a podridão radicular ocorra em plantas jovens, a parte aérea pode ficar altamente comprometida, levando a planta à morte. Os patógenos causadores dessas doenças são habitantes do solo e apresentam elevada capacidade de sobrevivência, mesmo na ausência de hospedeiros. Assim como para o tombamento de plântulas, as podridões radiculares podem ser causadas por patógenos diversos. Algumas características comuns do ciclo dessas doenças estão apresentadas abaixo. Características do ciclo de relações patógeno-hospedeiro Sobrevivência: estruturas de resistência, restos culturais e matéria orgânica do solo Disseminação: água de irrigação, ferramentas e sementes Infecção: direta e ferimentos Colonização: necrotrófica ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 17
  • 23. Podridão radicular por Colletotrichum ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 18 Sintomas reflexos da podridão radicular em morangueiro Podridão na coroa do morangueiro por C. nymphaeae Colônia de C. nymphaeae em meio de cultura Conídios de C. nymphaeae
  • 24. sadia doente Podridão radicular por Phytophthora ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 19 Sintomas primários de podridão radicular em mamoeiro Sintomas reflexos (murcha e morte da parte aérea) de podridão radicular em pimentão Pimentão Micélio cenocítico e esporângios
  • 25. Podridão radicular por Pythium ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 20 Sintomas reflexos (subdesenvolvimento da parte aérea) de podridão radicular por Pythium em alface hidropônica Esporângio (esquerda) e formação de vesícula (direita) em Pythium Sintomas da podridão radicular
  • 26. Podridão radicular por Sclerotinia ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 21 Podridão radicular por Sclerotium Alface Colônia de Sclerotium em meio de cultura com escleródios esféricos Colônia de Sclerotinia em meio de cultura com escleródios Cebola Sintomas da podridão de colo
  • 27. ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 22 Podridão radicular por Thielaviopsis Conídios Aleuroconídios Sintomas de podridão radicular. Os sintomas primários são: necrose de raízes e redução do sistema radicular. Os sintomas reflexos são: redução no tamanho e no número de folhas Conídios Aleuroconídios Alface Doente Sadia
  • 28. Murchas vasculares Importância: murchas vasculares podem causar danos severos quando a quantidade de inóculo é alta no solo. Nesses casos, além do prejuízo na safra, os produtores devem abandonar o local, ou utilizar variedades resistentes, pois a sobrevivência do inóculo costuma ser longa. As murchas vasculares são doenças decorrentes da colonização dos vasos do xilema das plantas. Um número restrito de patógenos causa estas doenças. Os mais frequentes são fungos dos gêneros Fusarium e Verticillium e bactérias dos gêneros Ralstonia e Leifsonia. Características do ciclo de relações patógeno-hospedeiro Sobrevivência: estruturas de resistência, restos culturais e matéria orgânica do solo Disseminação: água de irrigação, ferramentas, sementes e mudas Infecção: direta e ferimentos Colonização: necrotrófica ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 23
  • 29. Murcha de Fusarium ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 24 Colônias de Fusarium solani f.sp lycopersici em meio de cultura. Face superior (A) e face inferior (B) A B Sintomas de murcha em tomateiro Macroconídios Microconídios Macroconídios
  • 30. Murcha de Ralstonia ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 25 Tomateiro sadio Plantas apresentando sintomas de murcha Murcha em fumo “Corrida bacteriana” em corte transversal de haste de tomateiro Murcha em plantação de batata
  • 31. Murcha de Verticillium ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 26 Berinjela Colônia de Verticillium em meio de cultura Tomateiro Escurecimento dos vasos condutores em tomateiro
  • 32. Manchas foliares Importância: manchas foliares constituem-se no maior e mais diverso grupo de doenças de plantas. Sua ocorrência reduz a taxa e a eficiência fotossintéticas, resultando na redução do desenvolvimento vegetativo e reprodutivo das plantas, redução no rendimento e na qualidade dos produtos. As manchas foliares são caracterizadas por sintomas necróticos, que podem ser localizados ou generalizados. Neste último caso, os sintomas são conhecidos como queima ou crestamento foliar. Muitos patógenos causadores de manchas foliares também são capazes de colonizar frutos, vagens e sementes. Muitas doenças desse grupo exibem sintomas similares e a diagnose só é conclusiva a partir da observação dos sinais dos patógenos. Os agentes causais são diversos, incluindo oomicetos, fungos, bactérias e até mesmo nematoides. Características do ciclo de relações patógeno-hospedeiro Sobrevivência: estruturas de resistência, restos culturais, no hospedeiro e em hospedeiros alternativos Disseminação: vento, respingos de água, ferramentas e mudas Infecção: direta e ferimentos Colonização: necrotrófica e hemibiotrófica ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 27
  • 33. Manchas foliares causadas por fungos ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 28
  • 34. Mancha de Alternaria - Alternariose ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 29 Tangerina Batata Couve Cebola
  • 35. Mancha angular - Pseudocercospora Feijoeiro Manchas angulares delimitadas pelas nervuras Mancha anelar – Leptosphaeria Cana-de-açúcar Pseudotécio, asco e ascósporos de Leptosphaeria sacchari ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 30
  • 36. ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 31 Mancha de Bipolaris Conídios Cana-de-açúcar Milho B. sacchari – mancha ocular B. stenospila – estria parda
  • 37. ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 32 Mancha de Cladosporium - Verrugose Mancha de Capnodium – Fumagina Conídios de Cladosporium Maracujazeiro Citros Mancha de Botrytis Conidióforos e conídios de Botrytis Quiabeiro
  • 38. ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 33 Mancha de Cercosporidium - Cercosporiose Amendoim Conídios Conidióforos Mancha de Cephaleurus - Mancha de alga Esporangióforo Esporângios Abacateiro
  • 39. Mancha de Cercospora - Cercosporiose ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 34 Beterraba Cafeeiro Salsinha Cenoura Conidióforos de coloração marrom Conídios Cana-de-açúcar Conídios
  • 40. Mancha de Mycosphaerella ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 35 Morangueiro Mancha de Stemphylium Tomateiro Conídios Mancha de Marssonina – Pinta preta Roseira Conídios Conidióforo Conídios Conidióforos Estruturas da fase anamórfica do patógeno (Ramularia)
  • 41. Mancha de Septoria - Septoriose ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 36 Tomateiro Girassol Massa de conídios (cirros) sendo liberada de picnídios Salsinha Pequenos pontos pretos, consistem em frutificações do patógeno (picnídios) Conídios de Septoria
  • 42. Sigatoka da bananeira – Mycosphaerella ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 37 Varíola do mamoeiro – Asperisporium
  • 43. Manchas foliares causadas por bactérias ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 38
  • 44. Cancro cítrico - Xanthomonas ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 39 Mancha bacteriana - Acidovorax Citros Cancro cítrico associado ao dano da larva minadora Face superior Face inferior Lesões de aspecto eruptivo e corticoso Melancia
  • 45. ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 40 Mancha bacteriana - Xanthomonas Tomateiro Tomateiro Brócolis
  • 46. Pinta bacteriana - Pseudomonas ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 41 Manchas arredondadas de coloração marrom-escura a negra, que podem apresentar halos amarelados Tomateiro Rúcula
  • 47. ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 42 Podridão negra das crucíferas - Xanthomonas Couve Penetração através dos hidatódios nas margens da folha Sintomas em estádio avançado
  • 48. Antracnoses Importância: antracnoses são doenças muito destrutivas, particularmente em frutos tropicais, podendo causar prejuízos de até 100%, quando a incidência é elevada. Além das plantas frutíferas, essas doenças ocorrem em grande número de hospedeiros. As antracnoses causam manchas necróticas nas folhas, ramos, frutos, vagens e sementes. Nos frutos, as lesões usualmente atingem a polpa, depreciando o produto. Os dois gêneros mais importantes causadores de antracnoses são Colletotrichum e Sphaceloma, fungos ascomicetos, cujos conídios são formados no interior de acérvulos e recobertos por mucilagem hidrossolúvel. Essa mucilagem protege os esporos e condicionam sua dispersão por respingos de água. Essas doenças são prevalentes, portanto, em épocas chuvosas. Características do ciclo de relações patógeno-hospedeiro Sobrevivência: estruturas de resistência, restos culturais, no hospedeiro e em hospedeiros alternativos Disseminação: água, mudas e sementes Infecção: direta e ferimentos Colonização: necrotrófica e hemibiotrófica ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 43
  • 49. Antracnose causada por Colletotrichum ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 44 Abacate Banana Detalhes da esporulação Detalhes da esporulação Colletotrichum em meio de cultura Conídios de Colletotrichum Acérvulo e conídios de Colletotrichum
  • 50. Antracnose causada por Colletotrichum ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 45 Goiaba Detalhes da esporulação Feijoeiro Detalhes da lesão na nervura Conídios (azul) e setas (marrom) de C. lindemuthianum
  • 51. Antracnose causada por Colletotrichum ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 46 Conídios de Colletotrichum sp. Pêssego Laranja Oiti Melancia
  • 52. Antracnose causada por Colletotrichum ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 47 Soja Conídios (azul) e setas (marrom) de C. truncatum Acérvulo com setas e conídios de C. truncatum C. truncatum em meio de cultura
  • 53. Antracnose causada por Colletotrichum ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 48 Solanáceas Uva Conídios de Colletotrichum Podridão da uva madura
  • 54. Antracnose causada por Sphaceloma ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 49 Videira Conídios de S. ampelinum S. ampelinum em meio de cultura
  • 55. Sphaceloma em citros - Verrugose ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 50 Citros Acérvulo e conídios de Sphaceloma
  • 56. Podridões Florais Importância: podridões florais são particularmente importantes em culturas ornamentais, frutíferas e em cereais, pois sua incidência tem consequências diretas na produção. Via de regra, flores com podridões não produzem frutos, mas quando o fazem, os frutos não têm valor comercial. Essas doenças são provocadas por fungos e bactérias e seu controle é preventivo. Vários patógenos que infectam flores, também são capazes de infectar os frutos, de forma que para controlar esses patógenos são necessárias ações que se iniciam na florada e perduram durante a frutificação. Características do ciclo de relações patógeno-hospedeiro Sobrevivência: estruturas de resistência, restos culturais, no hospedeiro e hospedeiros alternativos Disseminação: água, vento e sementes Infecção: direta e ferimentos Colonização: necrotrófica e hemibiotrófica ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 51
  • 57. Podridão de Botrytis Alface Podridão de Colletotrichum Brócolis Gérbera Morangueiro Conidióforos e conídios de Botrytis Citros Citros Lesões nas pétalas de laranjeira (ao lado) e cálices florais retidos após a queda dos frutos jovens (acima) ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 52
  • 58. Giberela - Fusarium Alface Podridão de Monilinia Brócolis Gérbera Citros Citros Macroconídios Conídios em cadeia Trigo Pessegueiro Pessegueiro ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 53
  • 59. Míldios Importância: míldios são doenças de parte aérea das plantas, de ocorrência frequente em épocas de alta umidade e temperatura amena. Os sintomas ocorrem na forma de manchas, cuja esporulação predomina na face abaxial das folhas, pois os esporangióforos dos agentes causais emergem através dos estômatos. Na face adaxial, formam-se manchas cloróticas nos locais correspondentes à esporulação, as quais evoluem para a necrose. Em frutos jovens, os sintomas podem recobrir sua superfície e provocar necrose. Essas doenças são causadas por oomicetos da família Peronosporaceae e os gêneros mais importantes são: Plasmopara, Peronospora, Pseudoperonospora, Sclerospora e Bremia. Os míldios causam elevados prejuízos quando não controlados, como no caso do míldio da videira. Neste Guia, devido à similaridade do agente causal, decidiu-se por incluir neste tópico a “ferrugem branca”, que não é ferrugem, pois é provocada por um oomiceto da família Albuginaceae. Características do ciclo de relações patógeno-hospedeiro Sobrevivência: estruturas de resistência e no hospedeiro Disseminação: vento, respingos de chuva, ferramentas e mudas Infecção: aberturas naturais Colonização: biotrófica ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 54
  • 60. Míldio causado por Peronospora ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 55 Cebolinha Rúcula Esporangióforos e esporângios de P. parasitica Esporangióforos e esporângios de P. destructor
  • 61. Míldio causado por Plasmopara ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 56 Esporangióforos com esporângios sobre a face abaxial de folhas Videira
  • 62. Míldio causado por Pseudoperonospora ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 57 Abobrinha Melancia Esporangióforos e esporângios de P. cubense
  • 63. Míldio causado por Bremia ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 58 Alface Ferrugem branca causada por Albugo Esporangióforos e esporângios de Bremia Rúcula Esporângios de Albugo Detalhes da esporulação de Albugo
  • 64. Oídios Importância: oídios incidem sobre ampla gama de espécies de plantas, cultivadas ou não. Apesar de não levar a planta à morte, causam redução no desenvolvimento e na produção do hospedeiro. Os sintomas ocorrem na parte aérea das plantas, na forma de manchas brancas, pulverulentas, isoladas ou não, podendo recobrir a superfície do órgão afetado. Os sintomas ocorrem tanto na face abaxial quanto na face adaxial das folhas. Os oídios são mais frequentes em épocas pouco chuvosas, pois as estruturas do patógeno, externas à planta, são lavadas por chuvas volumosas. São também muito frequentes em plantas em casa-de-vegetação. Essas doenças são causadas por ascomicetos dos gêneros Oidiopsis, Oidium e Ovulariopsis. Características do ciclo de relações patógeno-hospedeiro Sobrevivência: estruturas de resistência e no hospedeiro Disseminação: vento, respingos de água e mudas Infecção: direta Colonização: biotrófica ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 59
  • 65. Oídio causado por Oidiopsis Pimentão Esporulação de Oidiopsis Doente Sadia Conídios isolados Conidióforo Estômato ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 60
  • 66. Oídio causado por Oidium Abobrinha Detalhes da esporulação de Oidium Morango Conídios em cadeia Conidióforo ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 61
  • 67. Oídio causado por Oidium Resedá Conídios de Oidium Folhas sintomáticas Sadias Salsinha ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 62
  • 68. Oídio causado por Oidium Soja Conídios e conidióforos de Oidium Tomateiro ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 63
  • 69. Oídio causado por Oidium Mangueira Detalhes da esporulação de Oidium em inflorescências Conídios e conidióforos de Oidium ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 64
  • 70. Oídio causado por Ovulariopsis Amoreira Detalhes da esporulação de Ovulariopsis na face inferior da folha Conídios isolados Conidióforo ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 65
  • 71. Ferrugens Importância: ferrugens são doenças causadas por basidiomicetos da ordem Pucciniales. De ampla distribuição geográfica, incidem sobre considerável gama de hospedeiros, incluindo cereais, plantas leguminosas e frutíferas, dentre outros. Nos surtos epidêmicos, causam prejuízos significativos às culturas, devido à redução da área fotossintética, ou mesmo à depreciação da qualidade do produto, como no caso da ferrugem das mirtáceas que exibem sintomas em frutos, além de folhas e ramos. Os prejuízos dessa doença devem-se também aos custos do controle preventivo, realizado com aplicação de fungicidas ou com o uso de variedades resistentes. Desde o início do século XXI, várias ferrugens têm causado preocupação em diversos países, seja pela disseminação pandêmica de várias espécies, como Phakopsora pachyrhizi, ou pelo desenvolvimento de novas raças virulentas, capazes de infectar variedades resistentes, como Puccinia graminis f.sp. tritici. Características do ciclo de relações patógeno-hospedeiro Sobrevivência: estrutura de resistência, no hospedeiro e hospedeiro alternado Disseminação: vento, chuva e mudas Infecção: aberturas naturais (maioria) e direta (alguns gêneros) Colonização: biotrófica ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 66
  • 72. ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 67 Ferrugem do álamo - Melampsora Urediniósporos de M. medusae Pústulas com urediniósporos Plantas com desfolha causada por ferrugem Pústulas
  • 73. Ferrugem do amendoim - Puccinia ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 68 Urediniósporos de P. arachidis Ferrugem do alho e da cebola - Puccinia Urediniósporos de P. alli Pústula Cebola Pústula
  • 74. Ferrugem do cafeeiro - Hemileia ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 69 Face adaxial Urediniósporos de H. vastatrix Face abaxial
  • 75. Ferrugem da cana-de-açúcar - Puccinia ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 70 Ferrugem marrom Ferrugem alaranjada Urenidiniósporos de P. kuehnii Resistente Suscetível Resistente Urenidiniósporo de P. melanocephala Teliósporo Pústulas
  • 76. Ferrugem do feijoeiro - Uromyces Face adaxial Face abaxial Urediniósporos de U. appendiculatus Teliósporo ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 71
  • 77. Ferrugem da figueira - Cerotelium Pústulas Urediniósporos de C. fici ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 72
  • 78. Ferrugem da framboeseira - Pucciniastrum ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 73 Urediniósporos de P. americanum Face adaxial Face abaxial Pústulas com urediniósporos
  • 79. Ferrugem das mirtáceas - Austropuccinia ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 74 Face abaxial Goiabeira Face adaxial Urediniósporos de A. psidii Eucalipto Teliósporo Urediniósporo Pústula Pústula
  • 80. ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 75 Jambeiro Face adaxial Ferrugem das mirtáceas - Austropuccinia Jabuticabeira Cerejeira do Rio Grande Urediniósporo Teliósporo Pústula Jambeiro
  • 81. Ferrugem do pessegueiro - Tranzschelia ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 76 Face abaxial Face adaxial Urediniósporo Teliósporo Urediniósporos de T. discolor Fruto com sintomas de ferrugem Pústulas
  • 82. Ferrugem de plantas daninhas - Puccinia ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 77 Falsa serralha Trevo Urediniósporos Teliósporos de P. emiliae Pústulas Pústulas na face abaxial da folha
  • 83. Ferrugem de plantas ornamentais - Coleosporium ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 78 Plumeria Face abaxial Face adaxial Urediniósporos de C. plumeriae Pústulas na face abaxial da folha
  • 84. Ferrugem da soja - Phakopsora ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 79 Face abaxial Face adaxial Urediniósporo Pústulas na face abaxial da folha Urediniósporos de P. pachyrhizi
  • 85. Ferrugem da videira - Neophysopella ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 80 20 µm Face abaxial Face adaxial 10 µm Pústulas com urediniósporos Urediniósporos de N. tropicalis
  • 86. Ferrugem do trigo - Puccinia ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 81 20 µm Ferrugem do colmo – P. graminis f. sp. tritici 10 µm Ferrugem da folha – P. triticina Pústulas Pústulas Ferrugem da folha – P. triticina
  • 87. Carvões Importância: carvões são doenças com sintomas conspícuos e inequívocos. Os sintomas causam modificação em grãos ou no meristema apical e caracterizam-se pela produção de massas pulverulentas escuras nas áreas afetadas. Estas massas são constituídas por estruturas reprodutivas (teliósporos) do patógeno. Os carvões têm grande importância em plantas monocotiledôneas, causando prejuízos severos em cereais, milho e cana-de- açúcar. Essas doenças são causadas por basidiomicetos da ordem Ustilaginales e os principais gêneros são Ustilago e Sporisorium. Os agentes causais de carvões modificam o metabolismo de seus hospedeiros e transformam órgãos da planta, como os grãos, em suas estruturas reprodutivas, causando prejuízo direto na produção. Características do ciclo de relações patógeno-hospedeiro Sobrevivência: estruturas de resistência e no hospedeiro Disseminação: vento, ferramentas, sementes e toletes Infecção: direta e ferimentos Colonização: biotrófica ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 82
  • 88. Teliósporos de S. scitamineum (à direita teliósporo germinado) Carvão da cana-de-açúcar - Sporisorium “Chicote”, modificação do meristema induzida pelo fungo, característico dessa doença “Chicote” em gema lateral ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 83
  • 89. U. maydis em espiga de milho Carvão do milho - Ustilago Grãos modificados com massa escura de teliósporos no seu interior Teliósporos Carvão do capim colonião Teliósporos germinados de U. maydis ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 84
  • 90. Galhas Importância: galhas são deformações que ocorrem em raízes e ramos de vegetais, decorrentes da hiperplasia e ou hipertrofia celular do hospedeiro, incitada por patógenos. Neste caso, o nome do sintoma coincide com o nome da doença. São doenças importantes, que provocam redução na produção do hospedeiro. Os patógenos causadores de galhas são a bactéria Agrobacterium tumefaciens, nematoides do gênero Meloidogyne e Plasmodiophora brassicae. Mesmo apresentando grande diversidade de agentes causais, essas doenças guardam algumas características comuns: seus agentes causais são habitantes do solo e nenhum deles exibe colonização necrotrófica. Características do ciclo de relações patógeno-hospedeiro Sobrevivência: estruturas de resistência e matéria orgânica do solo Disseminação: água, ferramentas e mudas Infecção: direta e ferimentos Colonização: biotrófica ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 85
  • 91. Galha de Agrobacterium Galha de Meloidogyne Tomateiro Alface Galha de Plasmodiophora Esporângio com zoósporos de P. brassicae Brócolis Tomateiro ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 86
  • 92. Viroses Importância: fitoviroses são doenças de ampla distribuição geográfica, que incidem sobre os mais variados hospedeiros. De modo geral, os danos provocados pelos vírus são menores nas plantas arbóreas do que nas arbustivas, mas há exceções como os citros. Os prejuízos estão diretamente relacionados com a época de infecção, sendo de 100% quando plântulas ou plantas jovens são infectadas. A maioria dos vírus de plantas distribui-se sistemicamente no hospedeiro e os sintomas podem ocorrer em qualquer órgão da planta. A diagnose de fitoviroses é difícil, pois vários vírus podem causar sintomas semelhantes como mosaico. Além disso, por suas diminutas dimensões, os vírus só são visíveis em microscopia eletrônica. Métodos serológicos e moleculares são os mais indicados para a diagnose de fitoviroses quando o sintoma for inespecífico. Características do ciclo de relações patógeno-hospedeiro Sobrevivência: vetores, no hospedeiro e hospedeiros alternativos Disseminação: vetores, pólen, ferramentas, mudas e sementes Infecção: aberturas naturais e ferimentos Colonização: biotrófica ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 87
  • 93. Berinjela - Tospovirus Abobrinha - Potyvirus Mosaico É o sintoma em que áreas cloróticas aparecem intercaladas com áreas sadias (verde normal) Almeirão - Tospovirus ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 88
  • 94. Cana-de-açúcar - Potyvirus Mosaico Fedegoso - Potexvirus Doente Sadia Mamoeiro - Potyvirus Melancia - Potyvirus ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 89
  • 95. Pimentão - Crinivirus Mosaico Tomateiro - Crinivirus Trigo – Furovirus ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 90
  • 96. Tomate - Tospovirus Anéis Sintomas na forma de anéis ou manchas anelares em folhas e frutos Malformação Mudança na forma de folhas, frutos e flores devido à alteração estrutural de tecidos Mamoeiro - Potyvirus Abóbora cabotiá - Potyvirus Sintomas em mamão com Potyvirus ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 91
  • 97. Molicutes e bactérias de floema Importância: molicutes incluem fitoplasmas e espiroplasmas, organismos procariotos pertencentes ao Domínio Bacteria. A importância econômica das doenças causadas por molicutes e por bactérias de floema é elevada em diversas espécies cultivadas. Algumas doenças se tornaram famosas por provocarem danos expressivos, tendo sido consideradas, inclusive, como fatores limitantes para a produção destas espécies. Como exemplos de doenças economicamente importantes causadas por fitoplasmas podem ser citados o amarelecimento letal do coqueiro, o enfezamento do milho e o superbrotamento da batata. Como exemplo de doença importante causada por bactéria de floema temos o Huanglongbing, também conhecido como greening dos citros. Características do ciclo de relações patógeno-hospedeiro Sobrevivência: vetores e no hospedeiro Disseminação: vetores e mudas Infecção: ferimentos Colonização: biotrófica ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 92
  • 98. Coloração irregular da casca do fruto Huanglongbing dos citros – Ca. Liberibacter Mosqueado (folhas) e assimetria (fruto) Coloração amarelada das folhas em um setor da planta ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 93
  • 99. Molicutes Cigarrinhas - vetores de fitoplasmas Subdesenvolvimento, encurtamento dos entre- nós e clorose foliar Milho Enfezamento em milho Sadio Doente ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 94
  • 100. Fitoplasmas e espiroplasmas Morangueiro Sintomas de filodia – reversão de órgãos florais em estruturas vegetativas ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 95
  • 101. APÊNDICE Estruturas de fungos e oomicetos fitopatogênicos ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 96
  • 102. Estruturas de fungos e oomicetos fitopatogênicos ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 97
  • 103. Estruturas de fungos e oomicetos fitopatogênicos ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 98
  • 104. Estruturas de fungos e oomicetos fitopatogênicos ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 99
  • 105. Estruturas de fungos e oomicetos fitopatogênicos ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 100
  • 106. Estruturas de fungos e oomicetos fitopatogênicos ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 101
  • 107. Estruturas de fungos e oomicetos fitopatogênicos ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 102
  • 108. ÍNDICE REMISSIVO A Acidovorax, 39 Agrobacterium, 85-86 Albugo, 58, 97 Alternaria, 29, 99 Ascochyta, 99 Aspergillus, 4, 99 Asperisporium, 37, 99 Austropuccinia, 74-75 B Basidiophora, 97 Bipolaris, 31, 99 Botryosphaeria, 7, 100 Botryotinia, 99 Botrytis, 5, 32, 52, 99 Bremia, 54, 58, 97 C Calonectria, 100 Candidatus Liberibacter asiaticus, 92-93 Capnodium, 32 Cephaleurus, 33 Ceratocystis, 102 Cercospora, 34, 99 Cercosporidium, 33, 99 Cerotelium, 72, 98 Cladosporium, 5, 32, 99 Cochliobolus, 99-100 Coleosporium, 78, 98 Cordana, 100 Colletotrichum, 18, 43-48, 52, 100 Corynespora, 100 Crinivirus, 90 Curvularia, 100 Cylindrocladium, 100 D Davidiella, 99 Diaporthe, 101 Diplocarpon, 100 Diplodia, 102 Didymella, 99, 101 Dreschelera, 99 E Elsinoë, 102 Emericella, 99 Eurotium, 99 Eupenicillium, 101 Erysiphe, 59, 101 Exserohilum, 99 F Furovirus, 90 Fusarium, 6, 23-24, 53, 100 Fusicoccum, 7, 100 G Geotrichum, 6 Gibberella, 100 Glomerella, 100 Guignardia, 3, 101 H Haematonectria, 100 Helminthosporium, 99 Hemileia, 69, 98 K Khuskia, 101 L Lasiodiplodia, 100 Leifsonia, 23 Leptosphaeria, 30 Leveillula, 101 Lewia, 99 M Macrophomina, 100 Magnaporthe, 101 Marssonina, 25, 100 Melampsora, 67, 98 Meloidogyne, 85-86 Microsphaera, 101 Monilia, 100 Monilinia, 8, 51, 53, 100 Mycosphaerella, 27, 35, 37, 99, 101-102 Myrothecium, 100 N Nectria, 102 Neofusicoccum, 7, 100 Neophysopella, 80 Nigrospora, 101 O Oidiopsis, 59-60, 101 Oidium, 59, 61-64, 101 Ovulariopsis, 59, 65, 101 ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 103
  • 109. ÍNDICE REMISSIVO P Pectobacterium, 9 Penicillium, 1-2, 101 Peronospora, 54-55, 97 Pestalotia, 101 Phakopsora, 66, 79, 98 Phoma, 101 Phomopsis, 101 Phyllactinia, 101 Phyllosticta, 3, 101 Phytophthora, 10, 14, 19, 97 Plasmodiophora, 85-86 Plasmopara, 54, 56, 97 Pleospora, 102 Podosphaera, 101 Potexvirus, 89 Potyvirus, 88-89, 91 Pseudocercospora, 30, 101 Pseudomonas, 41 Pseudoperonospora, 54, 57 Puccinia, 66, 68, 70, 77, 81, 98 Pucciniastrum, 73 Pyricularia, 101 Pythium, 15, 17, 20, 97 R Ralstonia, 23, 25 Ramularia, 35, 101 Rhizoctonia, 13, 16, 102 Rhizopus, 11, 97 S Sclerospora, 54, 97 Sclerotinia, 21, 102 Sclerotium, 12, 21, 102 Septoria, 36, 102 Sphaceloma, 43, 49-50, 102 Sphaerotheca, 101 Sporisorium, 82-83 Stemphylium, 35, 102 Stenocarpella, 102 T Talaromyces, 101 Thanatephorus, 102 Thielaviopsis, 12, 22, 102 Tospovirus, 88, 91 Tranzschelia, 76, 98 Tubercularia, 102 U Uncinula, 101 Uromyces, 71, 98 Ustilago, 82, 84 V Verticillium, 23, 26, 102 X Xanthomonas, 39-40, 42 ESALQ /USP LFN 0424 – Fitopatologia: Guia de aulas práticas 104