SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 5
Baixar para ler offline
1
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS
DISCIPLINA: Noçoes de Arquitetura e Urbanismo
Professora: Simone Gonçalves Sales Assunção
Texto produzido pela Professora Ninfa de Melo Canedo
Goiânia uma cidade planejada que deve ser repensada.
Goiânia é a capital e maior cidade do estado de Goiás, e segunda cidade mais populosa do Centro-Oeste
do Brasil. Localiza-se no Planalto Central, 209 quilômetros a sudoeste da capital federal, Brasília.
A cidade possui cerca de 1,24 milhão de habitantes, sendo o 12º município mais populoso do Brasil. A
Região Metropolitana de Goiânia possui 2.007.868 habitantes, o que a torna a décima primeira região
metropolitana mais populosa do Brasil.
A 6 de julho, Pedro Ludovico baixou um decreto encarregando o urbanista Atílio Corrêia Lima,
representante da firma carioca P. Antunes Ribeiro e Cia, da elaboração do projeto, mediante o
pagamento de Cr$ 55.000,00. Formado na Suíça e na França, de onde acabara de voltar, o urbanista
Armando de Godoy assina em 1.935 o plano diretor da nova capital.
Um projeto estilo monumental, baseado nos mesmos princípios adotados em Versailles, Kalrsruhe e
Washington. O plano tinha como referência o projeto original da cidade, idealizado em 1.933, por outro
urbanista, Atílio Corrêia Lima, também autor do projeto de prédios importantes, como o Palácio das
Esmeraldas.
centro administrativo em construção na
Praça Cívica (foto de 1963)
Foi um grande falatório: desvario dos
modernistas planejarem uma cidade para 15
mil habitantes, quando a antiga capital, dois
séculos depois de fundada, contava com
apenas 9 mil moradores. Topografia,
zoneamento e sistema de tráfego são os
fatores que norteiam o arrojado projeto.
Goiânia foi planejada como uma cidade
radiocêntrica, cujo pólo de irradiação era uma
Praça, hoje denominada de Praça Cívica, onde
também se localizaria um centro
administrativo.
O seu traçado radiocêntrico, além de permitir
uma visibilidade maior e mais estratégica do
Palácio - pois as grandes comemorações cívicas
deveriam dar-se ali - facultaria, por intermédio
das avenidas ali iniciadas, todas com traçado
retilíneo, o acesso aos setores habitacionais e
comerciais.
2
Expansão urbana (1940-atualidade)
Av. Goiás, 1942
No plano urbanístico original, previu-se a divisão
de Goiânia em zonas e subzonas de atividades,
parques com a finalidade de preservar as matas
ciliares, zonas de esportes e divertimentos, zona
universitária, espaços de lazer e divertimento;
além disso, os prédios foram projetados de
acordo com a arquitetura Art Déco devendo
possuir fachadas limpas, retilíneas, funcionais e
claras.
Boa parte das primeiras edificações de grande
porte do centro de Goiânia foi construída no
estilo art déco, entre as décadas de 1940 e 1950,
e constituem um acervo significativo do ponto
de vista da história da arquitetura brasileira. Por
esta razão, em 2003, partes do núcleo central de
Goiânia - bem como do bairro de Campinas -
foram incorporadas oficialmente ao patrimônio
histórico e artístico nacional brasileiro.
Desde sua fundação, Goiânia tem sido alvo de
um grande crescimento demográfico e de uma
significativa expansão urbana. Em 1950, a cidade
já superava as expectativas demográficas da
época da sua construção, ultrapassando a cifra
dos 50.000 habitantes, o que já começou a
causar certo desconforto pelo excesso de
veículos e pessoas em suas ruas.
Com a transferência do Distrito Federal para
terras então pertencentes ao Estado de Goiás, a
inauguração de Brasília como capital federal e
distante apenas 180 km de Goiânia, a explosão
demográfica e a expansão urbana que até então
vinham ocorrendo foram tão impulsionadas que
se tornaram vertiginosas. Em 1980, a população
da cidade já era estimada em cerca de 700 mil
pessoas. Desde então, no geral, tanto o
crescimento demográfico quanto a expansão da
área urbana do município de Goiânia se têm
feito num ritmo mais lento que outrora.
Ainda assim, certas regiões do município,
nomeadamente as zonas Noroeste e Sudoeste,
apresentaram, entre os anos 1991-2000, taxas
de crescimento populacional anual bastante
expressivas (9% e 14,5%, respectivamente). O
resultado de tais processos vem sendo a
periferização do espaço urbano de Goiânia -
fenômeno para o qual têm contribuído também
os altíssimos índices de crescimento
populacional de alguns municípios da região
metropolitana.
É de se notar que a qualidade de vida e a
urbanização, planejada para a nova capital
estadual, foram prejudicadas pelo crescimento
demográfico e expansão urbana em razão do
que foi citado no parágrafo anterior. Os novos
bairros surgidos na periferia de Goiânia jamais
desfrutaram dos ideais urbanísticos e da
qualidade de vida projetada para seus
moradores, da mesma forma que as cidades
satélites de Brasília jamais gozaram dos ideais
urbanísticos de Oscar Niemeyer e Lúcio Costa.
Como conseqüência do crescimento
demográfico e urbano que se tornou
descontrolado, tanto devido ao rápido
crescimento econômico quanto a outros fatores,
dentre eles a transferência da capital federal e a
migração da zona rural para a urbana ocorrida
em todo o país, o trânsito de Goiânia ficou
seriamente prejudicado.
Evolução demográfica da cidade de Goiânia
3
Com a aprovação da Região Metropolitana de
Goiânia, através da lei complementar nº 027,
foi criada também a Região de
Desenvolvimento Integrado de Goiânia, na
forma de uma microrregião composta por sete
municípios: Bela Vista, Bonfinópolis, Braz
Abrantes, Caturaí, Inhumas, Nova Veneza e
Terezópolis de Goiás. Todos os parâmetros de
funcionamento e atribuições dessa região estão
em discussão pelo Governo e definidos em lei
ordinária.
A principal característica que diferencia a
Região Metropolitana de Goiânia da Região de
Desenvolvimento Integrado de Goiânia é
quanto às normas sobre uso e parcelamento do
solo: na área metropolitana essas questões
ficam sob a anuência prévia do Conselho de
Desenvolvimento da Região Metropolitana de
Goiânia, ou seja, do órgão metropolitano
gestor. Para isso foi criada na lei complementar
que normatiza a Região Metropolitana de
Goiânia a Câmara Temática para uso e
parcelamento do solo, que funciona em caráter
permanente, para analisar e estudar todas as
questões ligadas ao assunto, com participação
ativa da sociedade organizada.
Cresimento exagerado como consequência do êxodo rural ocorrido em todo o paìs
Uma leitura crítica do processo de urbanização brasileira permite identificar quatro fases: urbanização
suportável (até meados dos anos 60, quando as cidades ainda ofereciam qualidade de vida e havia
ampla oferta de postos de trabalho no setor industrial, na agricultura e no comércio); urbanização
problemática, nos anos 60-70, quando se intensifica o processo migratório, ocorrendo à inflexão rural-
urbano; urbanização caótica, no período 70-80, quando se constata uma queda brutal na qualidade de
vida da população que vivia nas médias e grandes cidades, apesar da generalização dos planos de
desenvolvimento; e, por fim, nos anos 90, urbanização explosiva, resultado da ausência de políticas
urbanas consistentes e duradouras nas fases anteriores, mas também de um novo estilo de vida urbana
adotado pelas classes altas e médias, que se materializa num processo crescente de fragmentação
social.
Por urbanização explosiva entende-se não só o crescimento acelerado e concentrado da população em
poucas cidades, mas as conseqüências que esse crescimento provoca nas estruturas urbanas,
4
deteriorando em escala crescente as condições de vida de uma parte significativa da população e
aumentando o fosso social. Percebe-se uma “involução” nas condições de vida nas grandes e médias
cidades brasileiras, que se agravam com a redução dos postos de trabalho e com o aumento da violência
e da criminalidade.
A ausência do planejamento científico, orientador de ações de curto, médio e longo prazo, facilitou a
ação da “mão invisível do mercado” que, por sua vez, produziu espaços segregados, tanto para os
pobres quanto para os ricos.
A mão invisível do mercado detonou a concepção de “cidade misturada”, distanciando cada vez mais o
pobre do rico, social e espacialmente. Como conseqüência, as médias e grandes cidades brasileiras têm-
se transformado em verdadeiras prisões domiciliares, na medida em que circular pelas ruas e avenidas,
freqüentar praças e jardins depois que o sol se põe exige coragem dos que se atrevem a espairecer.
De um lado, as classes média e alta, com todo o conforto que a modernidade lhes oferece, estão cada
vez mais se auto-segregando, se autoprotegendo atrás de muros altos, cercas elétricas, cães amestrados
e violentos, seguranças particulares. Ao construir verdadeiras fortalezas que 5 denomìno de “cidadelas
medievais modernas”, os chamados condomínios horizontais fechados, apartam-se da cidade.
Diante de tudo isso, lamentavelmente, ao planejamento não se tem permitido fazer nada no sentido de
reverter essa situação, porque a lógica do mercado, aliada com injunções políticas interesseiras, não
permitem. Nas décadas de 80 e 90 prevalece o “planejamento de projeto”, desarticulado, sem
concatenação com um projeto mais amplo. Esse tipo de planejamento enseja e revigora o “balcão de
negócio”, as relações de compadrio.
Goiânia foi planejada para ser uma cidade jardim, cuja proposta inicial permite uma perfeita convivência
entre o cidadão e o meio ambiente. Quando o homem é considerado como parte integrante da natureza
¾ e isto está subsumido na concepção original da capital do Estado de Goiás ¾ e por alguma forma esta
relação é alterada, a cidade devolve aos seus habitantes, às vezes em forma de solidão, às vezes em
forma de violência, as agressões que contra ela são praticadas. A cidade que é edificada para o carro,
dificilmente terá como prioridade o homem.
A cidade construída para o homem, jamais terá o carro como prioridade. Uma capital, como Goiânia,
concebida para uma convivência planejada e harmoniosa entre ambos, nunca aceitará impune, a
predominância de um sobre o outro. Felizmente, a atual administração municipal, dentro de um
processo de revitalização do Centro de Goiânia, toma algumas medidas para resgatar parte da história
arquitetônica da capital. Os ambulantes foram retirados da Avenida Goiás e nela foram construídos
jardins na tentativa de restaurar o cenário de Boulevard, além do que, segundo consta, também serão
plantadas 1.065 novas espécies nativas do cerrado. Isto já é um bom início.
É necessário que outras medidas continuem sendo tomadas para que Goiânia – uma cidade erigida sob
a égide de um batismo cultural, e construída para que os seus habitantes tivessem uma vida salubre,
próspera e feliz, possa permitir que todos tenham o direito de usufruir das condições ambientais e de
progresso planejados, fundamentos alegados para a mudança da antiga capital.
Apesar de ainda não ter decolado, parece existir a possibilidade de se pensar o país a médio e longo
prazo, ou seja, de se resgatar o planejamento estruturante, tanto para as cidades como para as áreas
metropolitanas e para a economia em geral.
Nesta perspectiva, espera-se que no plano estadual e municipal o planejamento de visão larga passe a
ser um instrumento necessário e indispensável para se alcançar objetivos concretos de justiça social, de
desenvolvimento sustentável.
Quem sabe o ar das cidades poderá ser mais respirável, e as cidades poderão ser portadoras de
esperança, porque os gestores públicos substituirão as medidas improvisadas e intempestivas por ações
de curto, médio e longo prazo, planejadas, pensadas, participadas.
5

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

REFORMAS EDUCATIVAS NO BRASIL: uma aproximação histórica
REFORMAS EDUCATIVAS NO BRASIL: uma aproximação histórica REFORMAS EDUCATIVAS NO BRASIL: uma aproximação histórica
REFORMAS EDUCATIVAS NO BRASIL: uma aproximação histórica Iasmin Marinho
 
Apresentação Modelagem MatemáTica Como Alternativa No Processo Ensino Apren...
Apresentação   Modelagem MatemáTica Como Alternativa No Processo Ensino Apren...Apresentação   Modelagem MatemáTica Como Alternativa No Processo Ensino Apren...
Apresentação Modelagem MatemáTica Como Alternativa No Processo Ensino Apren...waddle
 
Resenha: Residencia Bettega 1949
Resenha: Residencia Bettega 1949Resenha: Residencia Bettega 1949
Resenha: Residencia Bettega 1949IZIS PAIXÃO
 
13 de maio libertacao dos escravos interdisciplinar historia portugues
13 de maio libertacao dos escravos interdisciplinar historia portugues13 de maio libertacao dos escravos interdisciplinar historia portugues
13 de maio libertacao dos escravos interdisciplinar historia portuguesAtividades Diversas Cláudia
 
Curso vygotsky 20h
Curso vygotsky 20hCurso vygotsky 20h
Curso vygotsky 20hdeismachadoo
 
Apostila técnica projeto executivo
Apostila técnica   projeto executivoApostila técnica   projeto executivo
Apostila técnica projeto executivoRafael Andrade
 
História da alfabetização no Brasil - MORTATTI, MRL.(Org.)
História da alfabetização no Brasil - MORTATTI, MRL.(Org.)História da alfabetização no Brasil - MORTATTI, MRL.(Org.)
História da alfabetização no Brasil - MORTATTI, MRL.(Org.)Valéria Poubell
 
Ficha de leitura: O diabo dos números
Ficha de leitura: O diabo dos númerosFicha de leitura: O diabo dos números
Ficha de leitura: O diabo dos númerosDilson Gomes
 
Imagens Antigas de minha terra natal, Belo Horizonte, MG
Imagens Antigas de minha terra natal, Belo Horizonte, MGImagens Antigas de minha terra natal, Belo Horizonte, MG
Imagens Antigas de minha terra natal, Belo Horizonte, MGDanilo Simões
 
Casa Bettega - Villa Nova Artigas
Casa Bettega - Villa Nova ArtigasCasa Bettega - Villa Nova Artigas
Casa Bettega - Villa Nova ArtigasGeovanaAlvesA
 
Dinâmicas para a sala de aula
Dinâmicas para a sala de aulaDinâmicas para a sala de aula
Dinâmicas para a sala de aulaTeones Arch
 
tesouras de madeira
 tesouras de madeira tesouras de madeira
tesouras de madeiraricardojaru
 
Linha do Tempo - História
Linha do Tempo - HistóriaLinha do Tempo - História
Linha do Tempo - HistóriaCarson Souza
 
Apostila de concreto armado
Apostila de concreto armadoApostila de concreto armado
Apostila de concreto armadoAugusto Costa
 
A poética do espaço
A poética do espaçoA poética do espaço
A poética do espaçoCarlos Elson
 

Mais procurados (20)

REFORMAS EDUCATIVAS NO BRASIL: uma aproximação histórica
REFORMAS EDUCATIVAS NO BRASIL: uma aproximação histórica REFORMAS EDUCATIVAS NO BRASIL: uma aproximação histórica
REFORMAS EDUCATIVAS NO BRASIL: uma aproximação histórica
 
Apresentação Modelagem MatemáTica Como Alternativa No Processo Ensino Apren...
Apresentação   Modelagem MatemáTica Como Alternativa No Processo Ensino Apren...Apresentação   Modelagem MatemáTica Como Alternativa No Processo Ensino Apren...
Apresentação Modelagem MatemáTica Como Alternativa No Processo Ensino Apren...
 
Steel frame slide
Steel frame slideSteel frame slide
Steel frame slide
 
Resenha: Residencia Bettega 1949
Resenha: Residencia Bettega 1949Resenha: Residencia Bettega 1949
Resenha: Residencia Bettega 1949
 
13 de maio libertacao dos escravos interdisciplinar historia portugues
13 de maio libertacao dos escravos interdisciplinar historia portugues13 de maio libertacao dos escravos interdisciplinar historia portugues
13 de maio libertacao dos escravos interdisciplinar historia portugues
 
Curso vygotsky 20h
Curso vygotsky 20hCurso vygotsky 20h
Curso vygotsky 20h
 
Mobral
MobralMobral
Mobral
 
Arquitetura da cidade
Arquitetura da cidadeArquitetura da cidade
Arquitetura da cidade
 
Apostila técnica projeto executivo
Apostila técnica   projeto executivoApostila técnica   projeto executivo
Apostila técnica projeto executivo
 
História da alfabetização no Brasil - MORTATTI, MRL.(Org.)
História da alfabetização no Brasil - MORTATTI, MRL.(Org.)História da alfabetização no Brasil - MORTATTI, MRL.(Org.)
História da alfabetização no Brasil - MORTATTI, MRL.(Org.)
 
Madeira apostila 2012
Madeira   apostila 2012Madeira   apostila 2012
Madeira apostila 2012
 
Ficha de leitura: O diabo dos números
Ficha de leitura: O diabo dos númerosFicha de leitura: O diabo dos números
Ficha de leitura: O diabo dos números
 
Imagens Antigas de minha terra natal, Belo Horizonte, MG
Imagens Antigas de minha terra natal, Belo Horizonte, MGImagens Antigas de minha terra natal, Belo Horizonte, MG
Imagens Antigas de minha terra natal, Belo Horizonte, MG
 
Casa Bettega - Villa Nova Artigas
Casa Bettega - Villa Nova ArtigasCasa Bettega - Villa Nova Artigas
Casa Bettega - Villa Nova Artigas
 
Dinâmicas para a sala de aula
Dinâmicas para a sala de aulaDinâmicas para a sala de aula
Dinâmicas para a sala de aula
 
Catalogo predial esgoto
Catalogo predial esgotoCatalogo predial esgoto
Catalogo predial esgoto
 
tesouras de madeira
 tesouras de madeira tesouras de madeira
tesouras de madeira
 
Linha do Tempo - História
Linha do Tempo - HistóriaLinha do Tempo - História
Linha do Tempo - História
 
Apostila de concreto armado
Apostila de concreto armadoApostila de concreto armado
Apostila de concreto armado
 
A poética do espaço
A poética do espaçoA poética do espaço
A poética do espaço
 

Destaque

Apresentação Maison Autentique - Brookfield Goiânia
Apresentação Maison Autentique - Brookfield GoiâniaApresentação Maison Autentique - Brookfield Goiânia
Apresentação Maison Autentique - Brookfield GoiâniaRenato Serra
 
Geografia as cidades brasileiras
Geografia   as cidades brasileirasGeografia   as cidades brasileiras
Geografia as cidades brasileirasAndré Luiz Marques
 
Implantando um Centro de Serviços Compartilhados (CSC): do conceito à geração...
Implantando um Centro de Serviços Compartilhados (CSC): do conceito à geração...Implantando um Centro de Serviços Compartilhados (CSC): do conceito à geração...
Implantando um Centro de Serviços Compartilhados (CSC): do conceito à geração...Universidade Corporativa do Transporte
 
Cidade pequena media grande
Cidade pequena media grandeCidade pequena media grande
Cidade pequena media grandeRaquel Avila
 
Plano aula flávia
Plano aula fláviaPlano aula flávia
Plano aula fláviaCirla Amaral
 
Plano de Aula de Geografia para turma de 4º e 5º Ano - Ensino Fundamental | T...
Plano de Aula de Geografia para turma de 4º e 5º Ano - Ensino Fundamental | T...Plano de Aula de Geografia para turma de 4º e 5º Ano - Ensino Fundamental | T...
Plano de Aula de Geografia para turma de 4º e 5º Ano - Ensino Fundamental | T...Alcicleide Alexandre
 
A arte na pré história 6º ano
A arte na pré história 6º anoA arte na pré história 6º ano
A arte na pré história 6º anojosivaldopassos
 
Planejamento 4º ano
Planejamento 4º anoPlanejamento 4º ano
Planejamento 4º anosilvinha331
 

Destaque (9)

Apresentação Maison Autentique - Brookfield Goiânia
Apresentação Maison Autentique - Brookfield GoiâniaApresentação Maison Autentique - Brookfield Goiânia
Apresentação Maison Autentique - Brookfield Goiânia
 
Geografia as cidades brasileiras
Geografia   as cidades brasileirasGeografia   as cidades brasileiras
Geografia as cidades brasileiras
 
Implantando um Centro de Serviços Compartilhados (CSC): do conceito à geração...
Implantando um Centro de Serviços Compartilhados (CSC): do conceito à geração...Implantando um Centro de Serviços Compartilhados (CSC): do conceito à geração...
Implantando um Centro de Serviços Compartilhados (CSC): do conceito à geração...
 
Cidade pequena media grande
Cidade pequena media grandeCidade pequena media grande
Cidade pequena media grande
 
Arte rupestre 2 6o ano 2014
Arte rupestre 2   6o ano 2014Arte rupestre 2   6o ano 2014
Arte rupestre 2 6o ano 2014
 
Plano aula flávia
Plano aula fláviaPlano aula flávia
Plano aula flávia
 
Plano de Aula de Geografia para turma de 4º e 5º Ano - Ensino Fundamental | T...
Plano de Aula de Geografia para turma de 4º e 5º Ano - Ensino Fundamental | T...Plano de Aula de Geografia para turma de 4º e 5º Ano - Ensino Fundamental | T...
Plano de Aula de Geografia para turma de 4º e 5º Ano - Ensino Fundamental | T...
 
A arte na pré história 6º ano
A arte na pré história 6º anoA arte na pré história 6º ano
A arte na pré história 6º ano
 
Planejamento 4º ano
Planejamento 4º anoPlanejamento 4º ano
Planejamento 4º ano
 

Semelhante a Goiânia uma cidade planejada que deve ser repensada

3_Urbanização-no-Brasil1.pdf
3_Urbanização-no-Brasil1.pdf3_Urbanização-no-Brasil1.pdf
3_Urbanização-no-Brasil1.pdfAlexandre Azevedo
 
PLANEJAMENTO URBANO E O DIREITO A VIDA: Algumas provocações para o debate
PLANEJAMENTO URBANO E O DIREITO A VIDA: Algumas provocações para o debatePLANEJAMENTO URBANO E O DIREITO A VIDA: Algumas provocações para o debate
PLANEJAMENTO URBANO E O DIREITO A VIDA: Algumas provocações para o debateUFPB
 
Planejamento Urbano - Nível Federal
Planejamento Urbano - Nível FederalPlanejamento Urbano - Nível Federal
Planejamento Urbano - Nível FederalChawana Bastos
 
Curso para Gestores de Cidades Socialistas - Módulo 1 Aula 7
Curso para Gestores de Cidades Socialistas - Módulo 1 Aula 7Curso para Gestores de Cidades Socialistas - Módulo 1 Aula 7
Curso para Gestores de Cidades Socialistas - Módulo 1 Aula 7CETUR
 
Apostila arquitetura
Apostila arquiteturaApostila arquitetura
Apostila arquiteturaAna Cristina
 
Planejamento Urbano: Alcances e Limites
Planejamento Urbano: Alcances e LimitesPlanejamento Urbano: Alcances e Limites
Planejamento Urbano: Alcances e LimitesHelena Degreas
 
Projeto de legalização fundiária urbana
Projeto de legalização fundiária urbanaProjeto de legalização fundiária urbana
Projeto de legalização fundiária urbanachrystianlima
 
Eixo 2 programa de governo jhonatas50
Eixo 2 programa de governo jhonatas50Eixo 2 programa de governo jhonatas50
Eixo 2 programa de governo jhonatas50Donguto
 
Metodologia do trabalho social emprojeto habitacionais
Metodologia do trabalho social emprojeto habitacionaisMetodologia do trabalho social emprojeto habitacionais
Metodologia do trabalho social emprojeto habitacionaisJosie Rabelo
 
Aula 3 - A questão ambiental
Aula 3 - A questão ambientalAula 3 - A questão ambiental
Aula 3 - A questão ambientalMargarida MTG
 
Valorização do solo completo final setembro 2014
Valorização do solo completo  final setembro 2014Valorização do solo completo  final setembro 2014
Valorização do solo completo final setembro 2014Rogério Silveira
 
Urbanizacao
UrbanizacaoUrbanizacao
UrbanizacaoAlmir
 
Crescimento populacional brasileiro e o programa habitacional “minha casa, mi...
Crescimento populacional brasileiro e o programa habitacional “minha casa, mi...Crescimento populacional brasileiro e o programa habitacional “minha casa, mi...
Crescimento populacional brasileiro e o programa habitacional “minha casa, mi...Nilson Bertotto
 

Semelhante a Goiânia uma cidade planejada que deve ser repensada (20)

3_Urbanização-no-Brasil1.pdf
3_Urbanização-no-Brasil1.pdf3_Urbanização-no-Brasil1.pdf
3_Urbanização-no-Brasil1.pdf
 
PLANEJAMENTO URBANO E O DIREITO A VIDA: Algumas provocações para o debate
PLANEJAMENTO URBANO E O DIREITO A VIDA: Algumas provocações para o debatePLANEJAMENTO URBANO E O DIREITO A VIDA: Algumas provocações para o debate
PLANEJAMENTO URBANO E O DIREITO A VIDA: Algumas provocações para o debate
 
Planejamento Urbano - Nível Federal
Planejamento Urbano - Nível FederalPlanejamento Urbano - Nível Federal
Planejamento Urbano - Nível Federal
 
Boletim fnru 3
Boletim fnru   3Boletim fnru   3
Boletim fnru 3
 
Boletim fnru 3
Boletim fnru   3Boletim fnru   3
Boletim fnru 3
 
Boletim fnru 3
Boletim fnru   3Boletim fnru   3
Boletim fnru 3
 
História de goiânia
História de goiâniaHistória de goiânia
História de goiânia
 
Curso para Gestores de Cidades Socialistas - Módulo 1 Aula 7
Curso para Gestores de Cidades Socialistas - Módulo 1 Aula 7Curso para Gestores de Cidades Socialistas - Módulo 1 Aula 7
Curso para Gestores de Cidades Socialistas - Módulo 1 Aula 7
 
Apostila arquitetura
Apostila arquiteturaApostila arquitetura
Apostila arquitetura
 
Planejamento Urbano: Alcances e Limites
Planejamento Urbano: Alcances e LimitesPlanejamento Urbano: Alcances e Limites
Planejamento Urbano: Alcances e Limites
 
Projeto de legalização fundiária urbana
Projeto de legalização fundiária urbanaProjeto de legalização fundiária urbana
Projeto de legalização fundiária urbana
 
Eixo 2 programa de governo jhonatas50
Eixo 2 programa de governo jhonatas50Eixo 2 programa de governo jhonatas50
Eixo 2 programa de governo jhonatas50
 
Metodologia do trabalho social emprojeto habitacionais
Metodologia do trabalho social emprojeto habitacionaisMetodologia do trabalho social emprojeto habitacionais
Metodologia do trabalho social emprojeto habitacionais
 
Aula 3 - A questão ambiental
Aula 3 - A questão ambientalAula 3 - A questão ambiental
Aula 3 - A questão ambiental
 
Geografia – brasil rede urbana 01 – 2014
Geografia – brasil rede urbana 01 – 2014Geografia – brasil rede urbana 01 – 2014
Geografia – brasil rede urbana 01 – 2014
 
Valorização do solo completo final setembro 2014
Valorização do solo completo  final setembro 2014Valorização do solo completo  final setembro 2014
Valorização do solo completo final setembro 2014
 
Unidade 8 6º ano
Unidade 8   6º anoUnidade 8   6º ano
Unidade 8 6º ano
 
Cidades sustentáveis
Cidades sustentáveisCidades sustentáveis
Cidades sustentáveis
 
Urbanizacao
UrbanizacaoUrbanizacao
Urbanizacao
 
Crescimento populacional brasileiro e o programa habitacional “minha casa, mi...
Crescimento populacional brasileiro e o programa habitacional “minha casa, mi...Crescimento populacional brasileiro e o programa habitacional “minha casa, mi...
Crescimento populacional brasileiro e o programa habitacional “minha casa, mi...
 

Mais de Rodrigo Cuetiki Ribeiro

Mais de Rodrigo Cuetiki Ribeiro (6)

Plano diretor de goiânia 2007
Plano diretor de goiânia   2007Plano diretor de goiânia   2007
Plano diretor de goiânia 2007
 
História de goiânia
História de goiâniaHistória de goiânia
História de goiânia
 
Programa cidade sustentáveis
Programa cidade sustentáveisPrograma cidade sustentáveis
Programa cidade sustentáveis
 
Programa anicuns, Goiânia
Programa anicuns, GoiâniaPrograma anicuns, Goiânia
Programa anicuns, Goiânia
 
A história da engenharia em goiás
A história da engenharia em goiásA história da engenharia em goiás
A história da engenharia em goiás
 
1. plano diretor lei comp. 171
1. plano diretor   lei comp. 1711. plano diretor   lei comp. 171
1. plano diretor lei comp. 171
 

Último

Slides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptxSlides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptxMauricioOliveira258223
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividadeMary Alvarenga
 
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfReta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfWagnerCamposCEA
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdfLeloIurk1
 
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxSlides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamentalAntônia marta Silvestre da Silva
 
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...licinioBorges
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...IsabelPereira2010
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéisines09cachapa
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfHELENO FAVACHO
 
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdfLeloIurk1
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
ATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos Descritores
ATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos DescritoresATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos Descritores
ATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos DescritoresAnaCarinaKucharski1
 
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdfHistoria da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdfEmanuel Pio
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...Rosalina Simão Nunes
 
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdfplanejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdfmaurocesarpaesalmeid
 
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....LuizHenriquedeAlmeid6
 

Último (20)

Slides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptxSlides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptx
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
 
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfReta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
 
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxSlides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
 
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
 
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
 
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
ATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos Descritores
ATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos DescritoresATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos Descritores
ATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos Descritores
 
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIXAula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
 
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdfHistoria da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
 
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULACINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
 
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdfplanejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
 
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
 

Goiânia uma cidade planejada que deve ser repensada

  • 1. 1 PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS DISCIPLINA: Noçoes de Arquitetura e Urbanismo Professora: Simone Gonçalves Sales Assunção Texto produzido pela Professora Ninfa de Melo Canedo Goiânia uma cidade planejada que deve ser repensada. Goiânia é a capital e maior cidade do estado de Goiás, e segunda cidade mais populosa do Centro-Oeste do Brasil. Localiza-se no Planalto Central, 209 quilômetros a sudoeste da capital federal, Brasília. A cidade possui cerca de 1,24 milhão de habitantes, sendo o 12º município mais populoso do Brasil. A Região Metropolitana de Goiânia possui 2.007.868 habitantes, o que a torna a décima primeira região metropolitana mais populosa do Brasil. A 6 de julho, Pedro Ludovico baixou um decreto encarregando o urbanista Atílio Corrêia Lima, representante da firma carioca P. Antunes Ribeiro e Cia, da elaboração do projeto, mediante o pagamento de Cr$ 55.000,00. Formado na Suíça e na França, de onde acabara de voltar, o urbanista Armando de Godoy assina em 1.935 o plano diretor da nova capital. Um projeto estilo monumental, baseado nos mesmos princípios adotados em Versailles, Kalrsruhe e Washington. O plano tinha como referência o projeto original da cidade, idealizado em 1.933, por outro urbanista, Atílio Corrêia Lima, também autor do projeto de prédios importantes, como o Palácio das Esmeraldas. centro administrativo em construção na Praça Cívica (foto de 1963) Foi um grande falatório: desvario dos modernistas planejarem uma cidade para 15 mil habitantes, quando a antiga capital, dois séculos depois de fundada, contava com apenas 9 mil moradores. Topografia, zoneamento e sistema de tráfego são os fatores que norteiam o arrojado projeto. Goiânia foi planejada como uma cidade radiocêntrica, cujo pólo de irradiação era uma Praça, hoje denominada de Praça Cívica, onde também se localizaria um centro administrativo. O seu traçado radiocêntrico, além de permitir uma visibilidade maior e mais estratégica do Palácio - pois as grandes comemorações cívicas deveriam dar-se ali - facultaria, por intermédio das avenidas ali iniciadas, todas com traçado retilíneo, o acesso aos setores habitacionais e comerciais.
  • 2. 2 Expansão urbana (1940-atualidade) Av. Goiás, 1942 No plano urbanístico original, previu-se a divisão de Goiânia em zonas e subzonas de atividades, parques com a finalidade de preservar as matas ciliares, zonas de esportes e divertimentos, zona universitária, espaços de lazer e divertimento; além disso, os prédios foram projetados de acordo com a arquitetura Art Déco devendo possuir fachadas limpas, retilíneas, funcionais e claras. Boa parte das primeiras edificações de grande porte do centro de Goiânia foi construída no estilo art déco, entre as décadas de 1940 e 1950, e constituem um acervo significativo do ponto de vista da história da arquitetura brasileira. Por esta razão, em 2003, partes do núcleo central de Goiânia - bem como do bairro de Campinas - foram incorporadas oficialmente ao patrimônio histórico e artístico nacional brasileiro. Desde sua fundação, Goiânia tem sido alvo de um grande crescimento demográfico e de uma significativa expansão urbana. Em 1950, a cidade já superava as expectativas demográficas da época da sua construção, ultrapassando a cifra dos 50.000 habitantes, o que já começou a causar certo desconforto pelo excesso de veículos e pessoas em suas ruas. Com a transferência do Distrito Federal para terras então pertencentes ao Estado de Goiás, a inauguração de Brasília como capital federal e distante apenas 180 km de Goiânia, a explosão demográfica e a expansão urbana que até então vinham ocorrendo foram tão impulsionadas que se tornaram vertiginosas. Em 1980, a população da cidade já era estimada em cerca de 700 mil pessoas. Desde então, no geral, tanto o crescimento demográfico quanto a expansão da área urbana do município de Goiânia se têm feito num ritmo mais lento que outrora. Ainda assim, certas regiões do município, nomeadamente as zonas Noroeste e Sudoeste, apresentaram, entre os anos 1991-2000, taxas de crescimento populacional anual bastante expressivas (9% e 14,5%, respectivamente). O resultado de tais processos vem sendo a periferização do espaço urbano de Goiânia - fenômeno para o qual têm contribuído também os altíssimos índices de crescimento populacional de alguns municípios da região metropolitana. É de se notar que a qualidade de vida e a urbanização, planejada para a nova capital estadual, foram prejudicadas pelo crescimento demográfico e expansão urbana em razão do que foi citado no parágrafo anterior. Os novos bairros surgidos na periferia de Goiânia jamais desfrutaram dos ideais urbanísticos e da qualidade de vida projetada para seus moradores, da mesma forma que as cidades satélites de Brasília jamais gozaram dos ideais urbanísticos de Oscar Niemeyer e Lúcio Costa. Como conseqüência do crescimento demográfico e urbano que se tornou descontrolado, tanto devido ao rápido crescimento econômico quanto a outros fatores, dentre eles a transferência da capital federal e a migração da zona rural para a urbana ocorrida em todo o país, o trânsito de Goiânia ficou seriamente prejudicado. Evolução demográfica da cidade de Goiânia
  • 3. 3 Com a aprovação da Região Metropolitana de Goiânia, através da lei complementar nº 027, foi criada também a Região de Desenvolvimento Integrado de Goiânia, na forma de uma microrregião composta por sete municípios: Bela Vista, Bonfinópolis, Braz Abrantes, Caturaí, Inhumas, Nova Veneza e Terezópolis de Goiás. Todos os parâmetros de funcionamento e atribuições dessa região estão em discussão pelo Governo e definidos em lei ordinária. A principal característica que diferencia a Região Metropolitana de Goiânia da Região de Desenvolvimento Integrado de Goiânia é quanto às normas sobre uso e parcelamento do solo: na área metropolitana essas questões ficam sob a anuência prévia do Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Goiânia, ou seja, do órgão metropolitano gestor. Para isso foi criada na lei complementar que normatiza a Região Metropolitana de Goiânia a Câmara Temática para uso e parcelamento do solo, que funciona em caráter permanente, para analisar e estudar todas as questões ligadas ao assunto, com participação ativa da sociedade organizada. Cresimento exagerado como consequência do êxodo rural ocorrido em todo o paìs Uma leitura crítica do processo de urbanização brasileira permite identificar quatro fases: urbanização suportável (até meados dos anos 60, quando as cidades ainda ofereciam qualidade de vida e havia ampla oferta de postos de trabalho no setor industrial, na agricultura e no comércio); urbanização problemática, nos anos 60-70, quando se intensifica o processo migratório, ocorrendo à inflexão rural- urbano; urbanização caótica, no período 70-80, quando se constata uma queda brutal na qualidade de vida da população que vivia nas médias e grandes cidades, apesar da generalização dos planos de desenvolvimento; e, por fim, nos anos 90, urbanização explosiva, resultado da ausência de políticas urbanas consistentes e duradouras nas fases anteriores, mas também de um novo estilo de vida urbana adotado pelas classes altas e médias, que se materializa num processo crescente de fragmentação social. Por urbanização explosiva entende-se não só o crescimento acelerado e concentrado da população em poucas cidades, mas as conseqüências que esse crescimento provoca nas estruturas urbanas,
  • 4. 4 deteriorando em escala crescente as condições de vida de uma parte significativa da população e aumentando o fosso social. Percebe-se uma “involução” nas condições de vida nas grandes e médias cidades brasileiras, que se agravam com a redução dos postos de trabalho e com o aumento da violência e da criminalidade. A ausência do planejamento científico, orientador de ações de curto, médio e longo prazo, facilitou a ação da “mão invisível do mercado” que, por sua vez, produziu espaços segregados, tanto para os pobres quanto para os ricos. A mão invisível do mercado detonou a concepção de “cidade misturada”, distanciando cada vez mais o pobre do rico, social e espacialmente. Como conseqüência, as médias e grandes cidades brasileiras têm- se transformado em verdadeiras prisões domiciliares, na medida em que circular pelas ruas e avenidas, freqüentar praças e jardins depois que o sol se põe exige coragem dos que se atrevem a espairecer. De um lado, as classes média e alta, com todo o conforto que a modernidade lhes oferece, estão cada vez mais se auto-segregando, se autoprotegendo atrás de muros altos, cercas elétricas, cães amestrados e violentos, seguranças particulares. Ao construir verdadeiras fortalezas que 5 denomìno de “cidadelas medievais modernas”, os chamados condomínios horizontais fechados, apartam-se da cidade. Diante de tudo isso, lamentavelmente, ao planejamento não se tem permitido fazer nada no sentido de reverter essa situação, porque a lógica do mercado, aliada com injunções políticas interesseiras, não permitem. Nas décadas de 80 e 90 prevalece o “planejamento de projeto”, desarticulado, sem concatenação com um projeto mais amplo. Esse tipo de planejamento enseja e revigora o “balcão de negócio”, as relações de compadrio. Goiânia foi planejada para ser uma cidade jardim, cuja proposta inicial permite uma perfeita convivência entre o cidadão e o meio ambiente. Quando o homem é considerado como parte integrante da natureza ¾ e isto está subsumido na concepção original da capital do Estado de Goiás ¾ e por alguma forma esta relação é alterada, a cidade devolve aos seus habitantes, às vezes em forma de solidão, às vezes em forma de violência, as agressões que contra ela são praticadas. A cidade que é edificada para o carro, dificilmente terá como prioridade o homem. A cidade construída para o homem, jamais terá o carro como prioridade. Uma capital, como Goiânia, concebida para uma convivência planejada e harmoniosa entre ambos, nunca aceitará impune, a predominância de um sobre o outro. Felizmente, a atual administração municipal, dentro de um processo de revitalização do Centro de Goiânia, toma algumas medidas para resgatar parte da história arquitetônica da capital. Os ambulantes foram retirados da Avenida Goiás e nela foram construídos jardins na tentativa de restaurar o cenário de Boulevard, além do que, segundo consta, também serão plantadas 1.065 novas espécies nativas do cerrado. Isto já é um bom início. É necessário que outras medidas continuem sendo tomadas para que Goiânia – uma cidade erigida sob a égide de um batismo cultural, e construída para que os seus habitantes tivessem uma vida salubre, próspera e feliz, possa permitir que todos tenham o direito de usufruir das condições ambientais e de progresso planejados, fundamentos alegados para a mudança da antiga capital. Apesar de ainda não ter decolado, parece existir a possibilidade de se pensar o país a médio e longo prazo, ou seja, de se resgatar o planejamento estruturante, tanto para as cidades como para as áreas metropolitanas e para a economia em geral. Nesta perspectiva, espera-se que no plano estadual e municipal o planejamento de visão larga passe a ser um instrumento necessário e indispensável para se alcançar objetivos concretos de justiça social, de desenvolvimento sustentável. Quem sabe o ar das cidades poderá ser mais respirável, e as cidades poderão ser portadoras de esperança, porque os gestores públicos substituirão as medidas improvisadas e intempestivas por ações de curto, médio e longo prazo, planejadas, pensadas, participadas.
  • 5. 5