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Nossa estagiária russa garante: além da vodca, do frio e dos castelos
mágicos, a cidade também tem ótimos restaurantes, baladas e brechós.
Ela fez um roteiro de lugares que não dá para perder Por Sasha Yakovleva
P
or muitos anos, a Rús-
sia esteve afastada
do resto do mundo.
Para chegar lá, era
necessário provar, com mil papéis,
que você não era um espião! Mas
hoje é bem diferente. O país está
com as portas abertas para os
turistas. Os brasileiros nem preci-
sam de visto para conhecer Mos-
cou – você pode entrar só com o
passaporte. A desvantagem é que
os preços subiram bastante. Para
cair nas melhores baladas e apro-
veitar os pratos típicos em bons
restaurantes, é bom juntar uma
grana antes. O ideal é ir durante a
primavera, que começa em março.
Também é bom aprender algumas
palavras essenciais em russo (veja
na página xxx) para se comunicar
com a população local. Na Rússia,
como no Brasil, pouca gente fala
bem inglês, mesmo quem trabalha
com turismo.
Destinos
moscou
comguia
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Cada uma das
cúpulas da Catedral
de São Basílio
abriga uma capela
2. Destinos
fotos:gettyimagesedivulgação
A Catedral de Cristo
Salvador é o principal
templo da Igreja
Ortodoxa Russa
Entrando no clima
A forma mais barata e confortável de se hospedar é
alugando um quarto no apartamento de algum russo
no centro, perto do metrô (faça isso pelo airbnb.com).
A cidade também tem albergues e hotéis bonitinhos
e bem localizados. O Bulgakov (bulgakovhotel.com),
que fica em uma das ruas mais velhas de lá, a Stary
Arbat, é lindo e antiguinho. Se ficar ali, aproveite para
ler um dos livros de Mikhail Bulgakov, que se passam
nessa região. Sua obra-prima é O Mestre e Margarida.
O quarto individual custa a partir de R$ 222 por dia.
Outro lugar legal é o albergue/galeria Fabrika (fabri-
ka-hostel.ru), em uma antiga fábrica de chocolate. É
um espaço cheio de arte, com ótimas festas e a me-
lhor vista da cidade! A diária para um casal é R$ 130.
Dicionário básico
de pronúncia
Oi, tudo bem?
Priviet, kak dielá?
Obrigada
Spaciba
Por favor
Pajálusta
Tchau
Paká
Quanto custa?
Skôliko stoit?
Eu não falo russo
Yaniegovoriyuporruski
Onde é (o banheiro)?
Guidê (tualiet)?
Socorro!
Pamaguitie!
A feirinha
do metrô
Izmailovskaya
é o paraíso das
matrioshkasMetrô com bar?
Não, é o restaurante
Metro Diner
A balada
em Moscou
tem jeito de
espetáculo
O Café Pushkin
serve pratos
típicos num
espaço lindo
Soho Rooms: vá
chique, mas pode
dançar no balcão!
Isso é passado
O comunismo ficou para trás, mas Moscou ainda pre-
serva muitos monumentos arquitetônicos da era soviéti-
ca. Passeie pelo museu a céu aberto Museon e pelas
estações de metrô Kievskaya, Ploschad Revolyutsii
e Biblioteka Imeni Lenina, que mantiveram a deco-
ração simbólica do período. Assista a um balé clássico
no famoso Teatro Bolshoi e veja arte no Museu de
Arte Moderna de Moscou, na galeria Tretyakov e no
Centro de Cultura Contemporânea Garage.Dêum
pulinhonosparquesIzmailovskyeCultura(ouGorki).
Esse último tem aulas de pintura ao ar livre, exposições e
shows. Quando for à Praça Vermelha, coma no Sto-
lovaya 57, um self-service com cardápio soviético. Fica
ao lado da Catedral de São Basílio, que parece feita
de doces. Outro passeio imperdível é pelo aterro do rio
Moscou, com vista para a Catedral de Cristo Salva-
dor e o Kremlin. De dia, vá de barco. À noite, ande a
pé pelas margens, passando por bares
e baladas. Mas escolha bem o que ves-
tir. A maioria dos lugares barra quem se
veste de forma muito casual!
vem com vodca
No prédio da antiga empresa soviética
de energia fica o bar Luch. Ele tem uma
galeria de arte e uma variedade absur-
da de coquetéis. Para uma experiência
mais rústica, vá comer pastel com vod-
ca em uma cheburechnaya (pastela-
ria).AmaisfamosaéadaRuaSolyanka.
Nas baladas chiques Premier Loun-
ge, Krysha Mira, Soho Rooms e
Denis Simachev, todos dançam até o
chão (e em cima do balcão). Já o Gipsy
Bar, o Arma 17, o Propaganda e o
Solyanka são mais descolados – toca
rock e não precisa ir de salto. Os drin-
ques na Rússia sempre vêm com um
show. A tequila bum (com água tônica)
é tomada enquanto o garçom toca um
sino. E o orgasm (de Cointreau e Bai-
leys) é decorado para lembrar um pênis
e deve ser tomado sem as mãos.
É de comer?
Mate a fome no tradicional restauran-
te Café Pushkin, que homenageia o
poeta Alexander Pushkin, símbolo do
país. Aberto 24 horas, ele serve blini s
ikroi (panquecas com caviar), pelmeni
(um tortellini de carne ou funghi) e se-
liodka (arenque salgado), entre outros
pratos. O Metro Diner tem formato
de um vagão, com placas, cadeiras e
janelinhas. Já o Kvartira 44 tem cara
de um apartamento típico russo. Mas o
lugar mais interessante é o V Temnote,
ondevocêalmoçaoujantanaescuridão
totaleescolheospratoscomaajudade
um garçom cego. Para a sobremesa, as
melhoresopçõessãoaconfeitariaCon-
versation, que serve um delicioso café
com picolé de chocolate dentro da xíca-
ra, e a casa de chá Bublik, propriedade
da it girl Kseniya Sobchak – a Paris Hil-
ton russa! Prove o chá russo servido no
samovar (um bule gigante de metal) ou
direto no pires (para esfriar mais rápido).
Para acompanhar, tem o bublik (pão sal-
gado em forma de rosquinha).
SE sobrar grana...
Esqueça as lojas de grandes marcas gringas
(caras demais) e vá aos brechós descolados,
onde há peças de estilistas famosos e da era
soviética. Os mais legais são o Second Friend
Store (metrô Bielorusskaya), o Freak Frak (Rua
Shablovka) e o Beyond Retro (na loja de depar-
tamentos Tsvetnoy). Para os suvenires, explore
a feirinha ao lado do metrô Izmailovskaya.
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