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Fernanda Araujo dos Santos
Anatomia
Espermatogênese
Puberdade
Biotécnicas aplicadas
2
 Testículos e Escroto
 Posição e orientação
4
 Testículos e Escroto
 Função
5
 Epidídimo e ducto deferente
 Composição
 Função
▪ Maturação espermática
▪ Armazenamento
6
 Glândulas acessórias
 Vesículas seminais
 Próstata
 Bulbouretrais
▪ Rum., Suíno, Equino, Homem
 Uretrais
▪ Equino
7
Fornecem veículo líquido para
transporte dos espermatozoides;
Agentes químicos ao ejaculado. bu – bulbouretrais
cp - próstata
 Pênis e Prepúcio
 Corpo cavernoso
 Corpo esponjoso
 Uretra peniana
 Artéria central
 Fáscia profunda do pênis
8
 Trânsito espermático
9
 Conceito
 Sequência de eventos pelos quais se formam os gametas
masculinos, os espermatozoides, a partir de células germinativas
precursoras, as espermatogônias;
 Epitélio dos túbulos seminíferos.
11
12
 Fases
 Espermatocitogênese
▪ Espermatogônia: multiplicação
por mitose
▪ Espermatócito I: sofre meiose I
▪ Espermatócito II: resulta da
meiose I e sofre meiose II
▪ Espermátide: resulta da meiose II
e sofre um processo de
citodiferenciação.
13
 Fases
 Espermiogênese
▪ Espermatozoide: gameta
masculino que se forma pelo
processo de citodiferenciação da
espermátide;
14
 Fases
 Espermiogênese
▪ Condensação da cromatina;
▪ Formação do flagelo e do acrossomo;
▪ Perda de citoplasma;
▪ Reorganização das mitocôndrias;
 Espermiação
15
16
 Tipos de espermatozoides
17
 Células de Sertoli
 NÃO se dividem durante a vida sexual madura;
 Nº determina o tamanho do testículo e a magnitude da produção
espermática;
 Extremamente resistentes a condições adversas.
18
 Células de Sertoli
 Suporte: sustentação às células da linhagem espermatogênica;
 Suprimento Nutricional: troca de nutrientes e metabólitos;
 Fagocitose: durante a espermiogênese, o excesso de citoplasma
liberado é fagocitado e digerido pelas células de Sertoli;
 Secreção:
▪ Fluido testicular
▪ Fator inibidor dos ductos de Müller
▪ Inibina
19
 Células de Sertoli
 Proteção: barreira hematotesticular.
20
Junções de oclusão na parede
baso-lateral de células de
Sertoli adjacentes.
 Fatores que interferem na espermatogênese:
 Hormonais – hormônios hipotalâmicos e hipofisários;
 Temperatura;
 Deficiências nutricionais;
 Ação de agentes físicos (radiação), químicos (drogas), biológicos
(toxinas), etc.
21
 Duração
22
Espécie Tempo (dias)
Cachaço 34,4
Carneiro 49
Garanhão 48,8
Touro 54
Rato 51,6
Coelho 43,6
Macaco Rhesus 42
Homem 64
 Controle endócrino
 Ocorre em 3 níveis:
23
Hipotálamo
Hipófise
Gônadas
 Controle endócrino
 Hormônio liberador das gonadotrofina
(GnRH)
 Gonadotrofinas
▪ Hormônio Luteinizante (LH) ou Hormônio
Estimulante das Células Intersticiais (ICSH);
▪ Hormônio Folículo Estimulante (FSH)
 Testosterona
24
Hipotálamo
Hipófise
Testículo
25
26
27
Resumindo...
O hipotálamo secreta hormônio liberador das gonadotrofinas GnRH),
que estimula a secreção de LH e FSH da hipófise anterior.
O LH estimula as células intersticiais de Leydig a produzir
andrógenos, principalmente testosterona. Os andrógenos são
secretados para dentro da corrente sanguínea, onde provocam o
desenvolvimento das características sexuais secundárias do macho e o
desenvolvimento e a manutenção do trato reprodutivo masculino. Os
andrógenos suprimem a secreção de GnRH, LH e FSH por
retroalimentação negativa sobre a hipófise e o hipotálamo. A
testosterona também é secretada dentro do túbulo seminífero, onde é
necessária para a manutenção da espermatogênese.
28
Resumindo (cont.)...
O FSH interage com os receptores das células de Sertoli para a
produção da proteína carreadora de andrógenos (ABP), para a
conversão de testosterona em diidrotestosterina e estrogênio,
para a estimulação da espermatocitogênese, para complemento
da liberação de espermatozoides (espermiação) e secreção de
inibina. A inibina secretada dentro da corrente sanguínea tem
efeito de retroalimentação negativa sobre a secreção de FSH, mas
não sobre o LH.
30
Espécie Tempo
Cachaço 5-8 meses
Carneiro 6-8 meses
Garanhão 20-24 meses
Touro 12-14 meses
Rato 3-5 meses
Coelho 4-12 meses
Cão 10-12 meses
Gato 9 meses
Galo 4-6 meses
Homem 12-14 anos
IA
IATF
Criopreservação
FIV
ICSI
Xenotransplante
32
Médica Veterinária Fernanda Araujo dos Santos
Mestranda do Programa de Pós-graduação em Ciência Animal - UFERSA

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  • 3.
  • 4.  Testículos e Escroto  Posição e orientação 4
  • 5.  Testículos e Escroto  Função 5
  • 6.  Epidídimo e ducto deferente  Composição  Função ▪ Maturação espermática ▪ Armazenamento 6
  • 7.  Glândulas acessórias  Vesículas seminais  Próstata  Bulbouretrais ▪ Rum., Suíno, Equino, Homem  Uretrais ▪ Equino 7 Fornecem veículo líquido para transporte dos espermatozoides; Agentes químicos ao ejaculado. bu – bulbouretrais cp - próstata
  • 8.  Pênis e Prepúcio  Corpo cavernoso  Corpo esponjoso  Uretra peniana  Artéria central  Fáscia profunda do pênis 8
  • 10.
  • 11.  Conceito  Sequência de eventos pelos quais se formam os gametas masculinos, os espermatozoides, a partir de células germinativas precursoras, as espermatogônias;  Epitélio dos túbulos seminíferos. 11
  • 12. 12
  • 13.  Fases  Espermatocitogênese ▪ Espermatogônia: multiplicação por mitose ▪ Espermatócito I: sofre meiose I ▪ Espermatócito II: resulta da meiose I e sofre meiose II ▪ Espermátide: resulta da meiose II e sofre um processo de citodiferenciação. 13
  • 14.  Fases  Espermiogênese ▪ Espermatozoide: gameta masculino que se forma pelo processo de citodiferenciação da espermátide; 14
  • 15.  Fases  Espermiogênese ▪ Condensação da cromatina; ▪ Formação do flagelo e do acrossomo; ▪ Perda de citoplasma; ▪ Reorganização das mitocôndrias;  Espermiação 15
  • 16. 16
  • 17.  Tipos de espermatozoides 17
  • 18.  Células de Sertoli  NÃO se dividem durante a vida sexual madura;  Nº determina o tamanho do testículo e a magnitude da produção espermática;  Extremamente resistentes a condições adversas. 18
  • 19.  Células de Sertoli  Suporte: sustentação às células da linhagem espermatogênica;  Suprimento Nutricional: troca de nutrientes e metabólitos;  Fagocitose: durante a espermiogênese, o excesso de citoplasma liberado é fagocitado e digerido pelas células de Sertoli;  Secreção: ▪ Fluido testicular ▪ Fator inibidor dos ductos de Müller ▪ Inibina 19
  • 20.  Células de Sertoli  Proteção: barreira hematotesticular. 20 Junções de oclusão na parede baso-lateral de células de Sertoli adjacentes.
  • 21.  Fatores que interferem na espermatogênese:  Hormonais – hormônios hipotalâmicos e hipofisários;  Temperatura;  Deficiências nutricionais;  Ação de agentes físicos (radiação), químicos (drogas), biológicos (toxinas), etc. 21
  • 22.  Duração 22 Espécie Tempo (dias) Cachaço 34,4 Carneiro 49 Garanhão 48,8 Touro 54 Rato 51,6 Coelho 43,6 Macaco Rhesus 42 Homem 64
  • 23.  Controle endócrino  Ocorre em 3 níveis: 23 Hipotálamo Hipófise Gônadas
  • 24.  Controle endócrino  Hormônio liberador das gonadotrofina (GnRH)  Gonadotrofinas ▪ Hormônio Luteinizante (LH) ou Hormônio Estimulante das Células Intersticiais (ICSH); ▪ Hormônio Folículo Estimulante (FSH)  Testosterona 24 Hipotálamo Hipófise Testículo
  • 25. 25
  • 26. 26
  • 27. 27 Resumindo... O hipotálamo secreta hormônio liberador das gonadotrofinas GnRH), que estimula a secreção de LH e FSH da hipófise anterior. O LH estimula as células intersticiais de Leydig a produzir andrógenos, principalmente testosterona. Os andrógenos são secretados para dentro da corrente sanguínea, onde provocam o desenvolvimento das características sexuais secundárias do macho e o desenvolvimento e a manutenção do trato reprodutivo masculino. Os andrógenos suprimem a secreção de GnRH, LH e FSH por retroalimentação negativa sobre a hipófise e o hipotálamo. A testosterona também é secretada dentro do túbulo seminífero, onde é necessária para a manutenção da espermatogênese.
  • 28. 28 Resumindo (cont.)... O FSH interage com os receptores das células de Sertoli para a produção da proteína carreadora de andrógenos (ABP), para a conversão de testosterona em diidrotestosterina e estrogênio, para a estimulação da espermatocitogênese, para complemento da liberação de espermatozoides (espermiação) e secreção de inibina. A inibina secretada dentro da corrente sanguínea tem efeito de retroalimentação negativa sobre a secreção de FSH, mas não sobre o LH.
  • 29.
  • 30. 30 Espécie Tempo Cachaço 5-8 meses Carneiro 6-8 meses Garanhão 20-24 meses Touro 12-14 meses Rato 3-5 meses Coelho 4-12 meses Cão 10-12 meses Gato 9 meses Galo 4-6 meses Homem 12-14 anos
  • 31.
  • 33.
  • 34. Médica Veterinária Fernanda Araujo dos Santos Mestranda do Programa de Pós-graduação em Ciência Animal - UFERSA