O documento discute três figuras de pensamento: prosopopeia ou personificação (atribuir características humanas a seres inanimados), gradação ou clímax (sequência de palavras em ordem crescente ou decrescente dentro de uma ideia), e apóstrofe (interpelação enfática a alguém ou algo personificado). Exemplos de cada figura são fornecidos, assim como questões para identificar o uso ou não de gradação e prosopopeia.

1. FIGURAS DE PENSAMENTO
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2. PROSOPOPEIA OU PERSONIFICAÇÃO
• Atribuir a seres inanimados e irracionais características próprias do ser
humano.
• “Os sinos chamam para o amor”. (Mário Quintana)
• “As casas espiam os homens/Que correm atrás das mulheres.” (Carlos Drummond
de Andrade)

3. GRADAÇÃO OU CLÍMAX
• Utiliza uma sequência de palavras de maneira gradativa, dentro de uma mesma
ideia. A sequência é em ordem crescente (clímax) ou decrescente (anticlímax).
• "Ó não guardes, que a madura idade
te converta essa flor, essa beleza,
em terra, em cinzas, em pó, em sombra, em nada." (G. de Matos)
• Isso é igual em todo lugar: aqui, ali, na esquina, em outro país, do outro lado do
mundo.

4. APÓSTROFE
• Interpelação enfática a alguém (ou alguma coisa personificada).

5. (CESGRANRIO) Na frase "O fio da ideia cresceu, engrossou e partiu-se" ocorre
processo de gradação. Não há gradação em:
a) O carro arrancou, ganhou velocidade e capotou.
b) O avião decolou, ganhou altura e caiu.
c) O balão inflou, começou a subir e apagou.
d) A inspiração surgiu, tomou conta de sua mente e frustrou-se.
e) João pegou de um livro, ouviu um disco e saiu.

6. (UFPE) Assinale a alternativa em que o autor NÃO utiliza prosopopeia.
a) “A luminosidade sorria no ar: exatamente isto. Era um suspiro do mundo.”
(Clarice Lispector)
b) “As palavras não nascem amarradas, elas saltam, se beijam, se dissolvem…”
(Drummond)
c) “Quando essa não-palavra morde a isca, alguma coisa se escreveu.” (Clarice
Lispector)
d) “A poesia vai à esquina comprar jornal”. (Ferreira Gullar)
e) “Meu nome é Severino, Não tenho outro de pia”. (João Cabral de Melo Neto)