O documento resume uma fotografia que retrata o tráfego intenso na Avenida das Nações Unidas em São Paulo, com a ponte Octávio Frias de Oliveira e prédios comerciais ao fundo. A imagem busca capturar a vida na cidade e o isolamento dos indivíduos nos espaços públicos, à medida que as pessoas se comportam cada vez mais de forma individual em vez de social. O texto também discute como as dinâmicas metropolitanas tendem a humanizar a natureza através de construções que substituem o ambiente natural, de acordo com o autor
1. UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária
Escola de Comunicações e Artes
Programa de Especialização em Estética e Gestão da ModaEscola de
Exercício de Análise de Imagem
Prof. Me. Emerson Nascimento
Aluno: Cauê Braga Chianca
Disciplina: Fundamentos Estéticos da moda
São Paulo, 25 de Abril de 2013
2. Para a atividade proposta pelo docente, selecionou-se uma fotografia que retrata a vida
cotidiana do Paulistano. Optou-se por, aqui, ilustrar através do retrato na Avenida das Nações
Unidas (Marginal do Rio Pinheiros) à altura da ponte estaiada Octávio Frias de Oliveira, o tráfego
intenso na capital.
Tendo como elementos a própria ponte e os prédios comerciais da Avenida Engenheiro
Luiz Carlos Berrini, que são construções bem conhecidas da cidade.
O espaço aqui retratado busca apreender a reunião da materialidade e a vida que
a anima, que lhe é dada – evidentemente – pelas ralações sociais dos indivíduos que a
compõe.
Buscou-se retratar, também, como se dá o isolamento dos indivíduos no espaço
público, através de uma via repleta de automóveis e apenas um ou dois ônibus. O ‘animal
social’ de Aristóteles, cada vez se comporta individualmente, e os espaços públicos cada
vez mais são s extensão do espaço privado.
Esse comportamento vem sendo aplicado às dinâmicas na metrópole, como
explica SANTOS, (1996, p. 51):
No começo da história do homem, a configuração territorial é
simplesmente o conjunto dos complexos naturais. À medida que a
história vai fazendo-se, a configuração territorial é dada pelas obras dos
3. homens: estradas, plantações, casas, depósitos, portos, fábricas,
cidades, etc; verdadeiras próteses. Cria-se uma configuração territorial
que é cada vez mais o resultado de uma produção histórica e tende a
uma negação da natureza natural, substituindo-a por uma natureza
inteiramente humanizada.
REFERÊNCIAS
SANTOS, M. A Natureza do Espaço - técnica e tempo razão e emoção. São Paulo:
Hucitec, 2ª ed, 1997 [1996].