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O papel do centroavante em organização defensiva
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O PAPEL DO CENTROAVANTE EM
ORGANIZAÇÃO DEFENSIVA
Apresentação por Gabriel Ayroso
2. Marrocos, de Walid Regragui, apresentou um plano para classificar-se com linhas compactadas,
referências zonais e eternas vigilâncias para impedir qualquer progressão adversária. Essa tática
depende, essencialmente, de muita concentração e resistência para suportar as possíveis rupturas do
processo e que aja menor valor de caloria gasto para suportar os noventa minutos.
3. Para que a estratégia surtisse efeito, Regragui contou com o trabalho importantíssimo do atacante de centro
Youssef En-Nesyri para cortar qualquer linha de passe do volante, nesse caso, Sergio Busquets. O delantero esteve
em constante vigilância com o pivote para evitar que o espanhol tivesse espaço e, logo, tempo para receber e
jogar de frente à baliza adversária. Com isso, o jogo da Espanha se tornou mais previsível com passes laterais dos
zagueiros e poucas infiltrações na última linha.
4. Sempre no balanço defensivo, En-Nesyri manteve atento a circulação adversária fechando a diagonal do volante.
Com o corpo de maneira de fechar a linha de passe, mas não perdendo o contato visual com o portador da bola.
Isso faz com que a equipe adversária não tenha opções para progredir pelo corredor central.
En-Nesyri
Busquets
5. Não estando com o encaixe individual, o atacante protege sua zona sempre com o jogador adversário no campo
de visão para evitar que “a bola entre” e Busquets tenha espaço seja para conduzir, passar ou finalizar. Esse é um
dos pontos-chave para o sucesso: o alto nível de concentração sempre em constante vigilância do opositor
evitando o ataque rival e podendo ser efetivo na transição ofensiva.
6. Com as linhas compactadas e alto nível de concentração, mesmo que algum jogador do meio-campo (neste caso,
Ounahi) subisse pra pressionar e deixasse espaço nas costas, o atleta da Espanha, que dominasse a bola, não teria
opções de progredir, pois todas as opções já estavam com cobertura.
7. Ao recuperar a bola e partir para a transição, o centroavante tem o papel de empurrar a última linha para dois
cenários: seja para receber em profundidade ou para arrastar marcadores, assim, gerando mais espaços aos
companheiros. No caso de Marrocos, com o decorrer do tempo, as oportunidades de finalizar, porém o atacante
(Cheddira) não teve eficácia ao concluir.
Enquanto En-Nesyri empurra a linha de
defesa, os espaços surgem para o ponta
do outro lado receba com vantagem
Com o comportamento de atacar a
profundidade, o portador da bola no contra-
ataque tem muito mais espaço para atuar
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Apresentação por Gabriel Ayroso
Fotos oficiais do Getty Images
Imagens do jogo por Scoutear (Câmera tática)
Design dos indicadores por ESDRM