SlideShare uma empresa Scribd logo
DISTROFIAS
CORNEANAS
MR2: Luana Braga
MÓDULO: Córnea
PRECEPTORAS: Dra. Natália Mesquita e
Manuela Tenório
Recife, 22 de fevereiro de 2022
Anatomia da córnea
3
Anatomia da córnea
4
ASPECTOS GERAIS
◊ Opacidades com características em comum:
◊ Bilaterais e simétricas
◊ Caráter não inflamatório
◊ Não associadas a vascularização
◊ Início na infância, com progressão lenta
◊ Sem associação com doença sistêmica
◊ Caráter hereditário geralmente
5
Characteristic corneal changes in various types of corneal dystrophy. (Courtesy of A. Bron, MD.
Goldberg M: Genetic and Metabolic Eye Disease, pp 283–285. Boston, Little, Brown & Co, 1974)
Distrofias da córnea
6
Na IC3D as distrofias foram classificadas em 4 categorias (2008):
◊ Categoria 1:
doença bem definida, com locus e gene conhecido
◊ Categoria 2:
doença bem definida, com locus conhecido e gene desconhecido
◊ Categoria 3:
doença bem definida, porém, com locus e gene desconhecidos
◊ Categoria 4:
doença com definição clínica pobre e com locus e gene
desconhecidos
Distrofias da córnea
7
‐ Distrofias Epiteliais
• Distrofia Epitelial de Meesmann
• Distrofia da Membrana Basal do Epitélio
• Distrofia Epitelial Gelatinosa em Gota
• Distrofia Epitelial de Lisch
‐ Distrofias Estromais TGFBI
• Distrofia de Reis-Bückler (CDB I)
• Distrofia de Thiel-Behnke (CDB II)
• Distrofia Lattice Tipo 1
• Distrofia Granular Tipo 1
• Distrofia Granular Tipo 2
‐ Distrofias Estromais
• Distrofia Macular
• Distrofia Schnyder
• Distrofia de Fleck
• Distrofia de François
‐ Distrofias Endoteliais
• Distrofia de Fuchs
• Distrofia polimorfa posterior
• Distrofia endotelial hereditária congênita (CHED)
Epiteliais e Subepiteliais
 Distrofia epitelial de Meesmann
◊ Hereditária juvenil
◊ Acomete 1ª década de vida
◊ AD
Gene KRT 3
Gene KRT 12
◊ Microcistos epiteliais na região
central e média periferia
(visualização em retroiluminação)
◊ Sintomas na 4 ª década de vida:
irregularidade da córnea =>
astigmatismo irregular
◊ Cistos podem romper => erosões
corneanas (dor, lacrimejamento e
fotofobia)
8
Distrofias epiteliais e subepiteliais
9
Distrofia epitelial de Meesmann
Bourges, J-L. "Corneal dystrophies." Journal francais d'ophtalmologie 40.6 (2017):
e177-e192.
10
Distrofia epitelial de Meesmann
 Microcistos epiteliais na
retroiluminação
Christopher Kirkpatrick MD eyerounds org Tem https :://eyerounds org/atlas/pages/Meesmann epithelial
corneal dystrophy/index htm
 Tratamento
◊ Erosões epiteliais podem ser tratadas com
lubrificação e lente de contato terapêutica
◊ Opacidades graves: ceratectomia superficial ou
ceratectomia fototerapêutica (PTK) - recidivas
são comuns
11
Distrofia epitelial de Meesmann
◊ Distrofia corneana mais
comum
◊ Mais frequente em ♀ (> 30
anos)
◊ Maioria assintomática
◊ Relacionado a processos
degenerativos ou traumas
◊ AD Gene TGFBI 5 q 31 gene
da ceratoepitelina
◊ Manchas acinzentadas
pseudocistos e linhas no
epitélio
◊ Aspecto de mapas pontos e
impressão digital
◊ Embaçamento visual (por
irregularidade da superfície)
e erosões epiteliais
recorrentes
12
Distrofias epiteliais e subepiteliais
 Distrofia da membrana basal do epitélio
((DISTROFIA DE COGAN OU MAP DOT FINGERPRINT)
13
Distrofia da membrana basal do epitélio
 Mapas e impressões digitais:
espessamento da membrana
basal
 Pontos: cistos epiteliais com
restos celulares
 Pobre adesão das células epiteiliais basais
Distrofia da membrana basal do epitélio
◊ Fases iniciais: LUB e colírios hiperosmóticos NaCl 5 ou
Dimetilpolisiloxane
◊ Erosão epitelial importante: LC
◊ Casos refratários:
14
 Tratamento
 micropuntura do estroma anterior (para
indução de fibrose)
 aplicação de Nd Yag laser
 ceratectomia fototerapêutica (PTK com
excimer laser)
SINDROME DE EROSÕES CORNEANAS RECORRENTES
◊ Perturbação da membrana basal epitelial resultando em adesão defeituosa e
quebras recorrentes da integridade do epitélio
◊ Causas:
– Trauma
– Distrofias
– DM
◊ Quadro clínico
– Dor, lacrimejamento, fotofobia e borramento visual ao acordar
– Micro-erosões: desconforto
– Macro-erosões: dolorosas
Kang, Eugene Yu-Chuan, et al. "Corneal sensitivity and tear function in recurrent corneal erosion syndrome." Investigative Ophthalmology & Visual Science 61.3 (2020): 21-21.
 Distrofia gelatinosa em gota
◊ Alterações 1-2ª década
◊ Mais frequente no
◊ AR gene TACSTD 2
◊ Protuberâncias esféricas em
faixa na região da fenda
palpebral
◊ Evoluem para aspecto
amarelado gelatinoso e com
neovascularização 16
Distrofias epiteliais e subepiteliais
 Depósitos amilóides subepiteliais e estromais com origem
na membrana basal do epitélio
 Distrofia gelatinosa em gota
17
Distrofias epiteliais e subepiteliais
 Distrofia Epitelial de LISCH
◊ AD, cromossomo X
◊ Pensar como se fosse variante
de Meesman
◊ Se em EV, causam BAV
◊ EE são incomuns
◊ Categoria 2
18
Distrofia Epitelial de LISCH
19
 Microcistos intraepiteliais mais condensados (que Meesman) e
formam imagem em espiral ou em faixa
https://eyepath.org.uk/atlas/lisch-corneal-dystrophy/
Distrofias da córnea
20
‐ Distrofias Epiteliais
• Distrofia Epitelial de Meesmann
• Distrofia da Membrana Basal do Epitélio
• Distrofia Epitelial Gelatinosa em Gota
• Distrofia Epitelial de Lisch
‐ Distrofias Estromais TGFBI
• Distrofia de Reis-Bückler (CDB I)
• Distrofia de Thiel-Behnke (CDB
• Distrofia Lattice Tipo 1
• Distrofia Granular Tipo 1
• Distrofia Granular Tipo 2
‐ Distrofias Estromais
• Distrofia Macular
• Distrofia Schnyder
• Distrofia de Fleck
• Distrofia de François
‐ Distrofias Endoteliais
• Distrofia de Fuchs
• Distrofia polimorfa posterior
• Distrofia endotelial hereditária congênita (CHED)
Distrofias Estromais TGFBI
 DISTROFIA DE REIS BÜCKLERS
◊ Início precoce, 1 ª década
de vida
◊ AD
Gene TGFBI, cr 5 q 31
◊ Opacidades geográficas
confluentes irregulares >>
na Bowman e estroma
anterior
◊ Progressão: cicatrização
da Bowman e
irregularidade da
superfície da córnea
◊ EER são comuns (↓
frequência com o
processo de fibrose)
◊ BAV pela cicatrização e
irregularidade da
superfície
21
Distrofias Estromais ligadas ao gene TGFBI
Distrofia de Reis-Bückler (CDB I)
22
 Interrupções ou ausência da Bowman - substituída por tecido conjuntivo fibroso com
depósitos granulares
 (coram em vermelho com o tricrômico de Masson: por ter depósitos hialinos)
DISTROFIA DE REIS BÜCKLERS
◊ Casos leves: LCT e LUB
◊ BAV importante: ceratectomia superficial, ceratectomia
fototerapêutica com excimer laser (PTK), transplante penetrante
de córnea.
◊ Recorrências são comuns após procedimentos cirúrgicos
23
 Tratamento
 DISTROFIA DE THIEL BEHNKE (HONEYCOMB)
◊ AD
Gene TGFBI
(cr 5 q 31 ou mutação no
cr 10 q 24)
◊ Opacidades reticulares em
favo de mel na camada de
Bowman
(inicialmente poupam a
córnea periférica)
◊ Podem progredir para
camadas profundas do
estroma
◊ DX dif com Reis Bücklers
(com microscopia confocal
ou anatomopatologia)
◊ EP podem ocorrer
◊ BAV por opacificação
acometendo EV
24
Distrofias Estromais ligadas ao gene TGFBI
DISTROFIA DE THIEL BEHNKE (HONEYCOMB OU BOWMAN TIPO 2)
25
 Bowman substituída por tecido fibrocelular com aspecto serrilhado
 Irregularidades epiteliais e ausências localizadas da membrana basal do epitélio
◊ EE: LCT e LUB
◊ PTK, ceratectomia superficial ou
transplante de córnea caso haja
redução visual importante
26
 Tratamento
DISTROFIA DE THIEL BEHNKE (HONEYCOMB)
Slit-lamp microscopy images of the left eye of a 57-year-old woman
with Thiel-Behnke corneal dystrophy before and 1 month after
undergoing phototherapeutic keratectomy surgery.
HIEDA, Osamu et al. Clinical outcomes of phototherapeutic keratectomy in eyes with Thiel-
Behnke corneal dystrophy. American Journal of Ophthalmology, v. 155, n. 1, p. 66-72. e1,
2013.
 Distrofia lattice
◊ Mais comum das estromais
corneanas
◊
◊ Divide se em 2 subtipos
◊ O subtipo I é AD e o subtipo III é AR
27
Distrofias Estromais ligadas ao gene TGFBI
 Distrofia lattice
◊ AD gene TGFBI (cromosso 5 q 31)
◊ Linhas refráteis, pontos
esbranquiçados e opacidade central
em na córnea anterior (poupa a
periferia)
◊ Início na 1ª década, linhas e
opacidades tornam se mais intensas,
na progressão => evolui com haze
◊ ER são frequentes e ↓↓ após os 30-
40 anos de idade pela fibrose 28
Distrofias Estromais ligadas ao gene TGFBI
TIPO I BIBER HAAD
DIMMER
 TIPO II (SÍNDROME DE MERETOJA)
(AMILOIDOSE FAMILIAR COM ALTERAÇÕES
CORNEANAS TIPO LATTICE)
◊ AD gene GSN
◊ 20- 30 a
◊ Linhas ↓↓ numerosas ↑↑ grosseiras e
distribuição radial a partir da periferia
◊ ER e BAV aos 60 a
◊ Lesões progredirem lentamente da periferia =>
centro
◊ Alterações sistêmicas: blefarocálase,
polineuropatia periférica amilóide, lábios
protrusos orelhas caídas, pele seca e pruriginosa
29
Distrofias Estromais ligadas ao gene TGFBI
◊ AR
◊ Linhas grosseiras, ER incomuns
◊ BAV tardia > 60 anos
◊ Depósitos amilóides >>> estroma anterior
◊ Os depósitos: ++ com Vermelho do Congo
◊ Tem coloração metacromática com o cristal
violeta
◊ Dicroísmo ou birrefringência com a luz
polarizada
30
Distrofias estromais
 TIPO III
Distrofia lattice
31
 Distrofia granular (GROENOUW I)
◊ É uma das das
mais comuns
◊ AD
Gene TGFBI crossomo
5 q 31
◊ Depósitos em flocos
de neve >>> no
estroma anterior
◊ Distribuição central
com áreas de córnea
clara entre as lesões
◊ EER
Subtipo I
 Surge na 1 ª década,
progressão lenta
 Podem aumentar,
coalescer e atingir outras
camadas
 BAV (> 4 ª década): ERR
32
Distrofias Estromais ligadas ao gene TGFBI
Subtipo II
 Surge na 2 ª década;
lesões ↓↓ numerosas e ER
são raras
 BAV por à opacificação em
EV
Distrofia granular
33
 Depósitos hialinos
 Coram em vermelho com o Tricrômico de Masson
Soh, Yu Qiang, et al. "Corneal dystrophies." Nature Reviews Disease Primers 6.1 (2020): 1-23.
 Distrofia de Avellino (GRANULAR TIPO 2)
◊ Combina:
distrofias granular
+ lattice
◊ Mais comum na
infância
◊ Gene TGFBI
◊ Presença de
opacidades em
flocos de neve no
estroma anterior
associadas a linhas
refráteis lattice mais
profundas
◊ BAV em avançados e
EE
35
Distrofias Estromais ligadas ao gene TGFBI
 Distrofia de Avellino (GRANULAR TIPO 2)
TRATAMENTO
◊ Ceratoplastia lamelar ou
penetrante (depende da
profundidade da lesão)
◊ PTK com excimer:
regularizar a superfície e
remover opacidades
superficiais (casos mais
leves)
36
Distrofias Estromais ligadas ao gene TGFBI
Distrofias da córnea
37
‐ Distrofias Epiteliais
• Distrofia Epitelial de Meesmann
• Distrofia da Membrana Basal do Epitélio
• Distrofia Epitelial Gelatinosa em Gota
• Distrofia Epitelial de Lish
‐ Distrofias Estromais TGFBI
• Distrofia de Reis-Bückler (CDB I)
• Distrofia de Thiel-Behnke (CDB II)
• Distrofia Lattice Tipo 1
• Distrofia Granular Tipo 1
• Distrofia Granular Tipo 2
‐ Distrofias Estromais
• Distrofia Macular
• Distrofia Schnyder
• Distrofia de Fleck
• Distrofia de François
• Distrofia Estromal Congênita
‐ Distrofias Endoteliais
• Distrofia de Fuchs
• Distrofia polimorfa posterior
• Distrofia endotelial hereditária congênita (CHED)
Distrofias Estromais
 Distrofia macular (GROENOUW II)
38
Distrofias estromais
◊ A mais rara e maior BAV
entre as três estromais
mais importantes
(granular, lattice e
macular)
◊ AR
gene CHST 6 (cromossomo 16 q
22)
◊ As opacidades na 1 ª
década
◊ Pontos branco
acinzentados difusos
(1º estroma anterior)
sem áreas de córnea
clara entre as
opacidades
◊ Progridem periferia =>>
estroma mais profundo
◊ ER são raras
◊ Associado a afinamento
corneano
◊ BAV precoce
 TIPO I
 ↓ queratan sulfato na
córnea, cartilagem e
soro; níveis normais de
dermatan sulfato
 TIPO II
 Níveis ↓ ↓ de queratan
e dermatan sulfato (30%
do normal)
Distrofia macular
39
 Depósitos de glicosaminoglicanos (mucopolissacarídeos ácidos) no retículo endoplasmático dos
ceratócitos e no espaço extracelular do estroma
 Os depósitos coram se com o Alcian Blue e com o ferro coloidal
40
“ 3 MACHEDDER GELATINOSOS ”
41
“ Marylin monroe
Always get
her men in los angeles city”
 Distrofia CRISTALINA DE SCHNYDER
42
Distrofias estromais
◊ AD, gene UBIAD 1 cromossomo 1 p 36
◊ 2 ª e 3 ª década: depósitos cristalinos
policromáticos em formato de anel na porção
anterior da córnea central
◊ Progressão lenta, BAV tardia
◊ Após os 40 anos: arco corneal lipóide denso e
faixa limbar de Vogt
◊ Pode existir associação sistêmica com Genu
Valgum e Hipercolesterolemia
Distrofia CRISTALINA DE SCHNYDER
43
 Depósitos de colesterol e fosfolípides
 Os depósitos coram-se com Sudan black e o Oil
Red O
Distrofia CRISTALINA DE SCHNYDER
44
Soh, Yu Qiang, et al. "Corneal dystrophies." Nature Reviews Disease Primers 6.1 (2020): 1-23.
DISTROFIA NEBULOSA DE FRANÇOIS GENÉTICA
45
Distrofias estromais
◊ AD, gene não identificado
◊ Pequenas áreas poligonais acinzentadas no
estroma profundo da córnea central
separadas por áreas de córnea clara
◊ AV não é afetada (normalmente)
 Desarranjo das lamelas de
colágeno
DISTROFIA NEBULOSA DE FRANÇOIS GENÉTICA
46
Distrofias estromais
Bourges, J-L. "Corneal dystrophies." Journal francais d'ophtalmologie 40.6 (2017): e177-e192.
DISTROFIA SALPICADA DE FLECK
47
Distrofias estromais
◊ AD, gene PIP 5 K 3 1
◊ Início precoce na infância; causa de
leucocoria
◊ Bilateral (pode ser assimétrica)
◊ Lesões brancas salpicadas em todo o
estroma e periferia
◊ Pode formar um anel com o centro
claro
◊ Geralmente não causam redução da
visão ou outros sintomas
◊ Pode ser unilateral ou bilateral e muito
assimétrica
◊ Não é distrofia progressiva
48
 Ceratócitos contém glicosaminoglicanos
(coram com Alcian Blue e Ferro coloidal)
 lípides (coram com Sudan black e Oil red
O)
DISTROFIA ESTROMAL CONGÊNITA
49
Distrofias estromais
◊ AD, gene DCN
◊ Rara
◊ Bilateral, presente ao nascimento, não
progressiva
◊ Opacidade simétrica difusa em flocos mais
sutil na periferia
◊ BAV e nistagmo estão comumente
presentes
Congenital hereditary endothelial dystrophy. The cornea shows a ground glass
appearance (A). Scanning electron microscopy (photo, collection of Prof. Gilles
Renard) demonstrates
an irregular endothelium, with at times multinucleated EC’s (arrowhead),
resting on an irregular, thickened Descemet’s membrane (arrow). (B;
arrowheads).
50
Distrofias
ESTROMAIS
Distrofias da córnea
51
‐ Distrofias Epiteliais
• Distrofia Epitelial de Meesmann
• Distrofia da Membrana Basal do Epitélio
• Distrofia Epitelial Gelatinosa em Gota
• Distrofia Epitelial de Lish
‐ Distrofias Estromais TGFBI
• Distrofia de Reis-Bückler (CDB I)
• Distrofia de Thiel-Behnke (CDB II)
• Distrofia Lattice Tipo 1
• Distrofia Granular Tipo 1
• Distrofia Granular Tipo 2
‐ Distrofias Estromais
• Distrofia Macular
• Distrofia Schnyder
• Distrofia de Fleck
• Distrofia de François
‐ Distrofias Endoteliais
• Distrofia de Fuchs
• Distrofia polimorfa posterior
• Distrofia endotelial hereditária congênita (CHED)
Epiteliais e
Endoteliais
 CORNEA GUTTATA
52
Distrofias endoteliais
◊ Sem padrão de herança
definido
◊ Excrescências na Descemet e
finos pigmentos na superfície
posterior (aspecto metal
batido)
◊ Excesso de produção de
colágeno pelo endotélio
◊ AV normal; risco aumentado de
descompensação corneana
 CORNEA GUTTATA
53
Distrofias endoteliais
 CORNEA GUTTATA
54
Distrofias endoteliais
 Distrofia de Fuchs
55
Distrofias endoteliais
◊ >> ♀ (4:1) após os 50ª
◊ AD
◊ Bilateral, assimétrica e
lentamente progressiva
◊ Sinal mais precoce: presença
de excrescência centrais da
membrana de Descemet
(guttata)
 Diminuição da contagem endotelial pleomorfismo e polimegatismo
 *RISCO: contagem endotelial inferior a 1 000 células e espessura corneana 650 µm
56
 Distrofia de Fuchs
57
Distrofias endoteliais
◊ Início: >> BAV pela manhã; acúmulo de ácido lático no estroma da córnea durante
o período noturno
◊ Avanço: descompensação, com edema estromal que progride para a superfície =>
bolhas ou microbolhas epiteliais
◊ Rotura das bolhas: EP + dor, fotofobia e lacrimejamento
◊ Progressão: fibrose subepitelial, com redução das crises de erosão e BAV
◊ Casos avançados: pannus neovascular
58
 Tratamento
59
Distrofia de Fuchs
◊ Fases iniciais: colírio hiperosmótico
(NaCl 5% 4x/dia e pomada noturna ou
dimetil)
◊ EE: LCT e LUB
◊ Casos avançados e sem indicação de
transplante:
◊ Transplante lamelar posterior (DMEK
ou DSAEK) : casos sem fibrose ou
opacidades estromais
◊ Transplante penetrante em casos
avançados
 micropuntura (acelerar fibrose
subepitelial e redução das crises de
erosão)
 Distrofia polimorfa posterior
60
Distrofias endoteliais
◊ Apresentação ao nascimento,
achado de exame
Aspecto do endotélio: epitélio com
múltiplas camadas microvilos,
desmossomos e tendências
proliferativas
◊ Corante de queratina: +++
◊ Descemet espessada
 Associações oculares: membranas irianas (20%),
sinequias, Sd Ice e Alport, glaucoma (15%)
61
Posterior polymorphous dystrophy. The endothelial-Descemet’s abnormalities are discrete (A) and
often asymptomatic. They may take on a vesiculated (arrows), cord-like, or placoid (B;
arrowheads) appearance.
Soh, Yu Qiang, et al. "Corneal dystrophies." Nature Reviews Disease Primers 6.1 (2020): 1-23.
Distrofia endotelial hereditária congênita (CHED)
FORMA AUTOSSÔMICA RECESSIVA
◊ Desde o nascimento
◊ Não progressiva
◊ Opacidade mais densa
◊ Nistagmo
◊ Prognóstico visual muito ruim (sem
reflexo de fixação)
62
FORMA AUTOSSÔMICA DOMINANTE
◊ Entre o 1 º e o 2 º ano de vida
◊ Rara, bilateral e simétrica
◊ Opacidade inicialmente mais leve
◊ Sem nistagmo
◊ Melhor prognóstico visual
◊ Opacidade corneana difusa, sem
intervalo lúcido
◊ Não inflamatória; >>> nas porções
mais profundas e de limbo-limbo
◊ A espessura corneana ↑↑↑ de 2 a 3
vezes
Distrofia endotelial
hereditária congênita (CHED)
63
Bolha epitelial (seta verde), edema estromal
importante (seta azul) e membrana de Descemet
espessada em criança com CHED
Dr Kabir Hossain Disponível em https :://eyewiki
aao org /File 3 ACHED_by_direct_focal_
illumination jpg
64
65
Distrofias
endoteliais
66
Soh, Yu Qiang, et al. "Corneal dystrophies." Nature Reviews Disease Primers 6.1 (2020): 1-23.
Soh, Yu Qiang, et al. "Corneal dystrophies." Nature Reviews Disease Primers 6.1 (2020): 1-23.
Soh, Yu Qiang, et al. "Corneal dystrophies." Nature Reviews Disease Primers 6.1 (2020): 1-23.
CERATOPATIA BOLHOSA
ASPECTOS GERAIS
◊ Edema corneano estromal,com bolhas epiteliais e
subepiteliais
◊ Secundário à perda de células e/ou alterações da
junção endotelial.
◊ Casos avançados: espessamento do estroma e
presença de fibrose subepitelial e vascularização
corneana.
◊ BAV por diminuição da transparência;
◊ Sensação de corpo estranho, lacrimejamento e dor
◊ Principais causas de transplante de córnea
ASPECTOS GERAIS
◊ A principal etiologia: perda de
células endoteliais (após cirurgia de
catarata e na distrofia endotelial de
Fuchs)
◊ Complicação pode afetar 1 a 2%
das cirurgias de catarata.
◊ Outras etiologias de CB:
◊ Fuchs, tumores de câmara anterior
como mixoma, alterações
congênitas, como microcórnea e
ice-síndrome, glaucomas agudo e
neovascular e endotelite herpética
ASPECTOS GERAIS
 ETIOPATOGENIA
◊ Após cx: diminuição do número e da
capacidade de sítios da bomba de
Na+,K+-ATPase endoteliais
◊ Fazem hidratação corneana e
conseqüente sua transparência.
◊ Perda da transparência corneana:
alterações em interações entre os
fatores de crescimento, matriz
extracelular e metaloproteínas
degradadoras da matriz
73
ASPECTOS GERAIS
 TRATAMENTO
◊ Inicio: agentes hipertônicos, LCT
◊ Tratamentos cirúrgicos: punções
estromais, membrana amniótica,
ceratectomia lamelar e outros
◊ Ceratotomia anular promove, pela
lesão do plexo nervoso corneano, ↓
da sensiblidade e melhora da dor
REFERÊNCIAS
 Série Oftalmologia Brasileira - Conselho Brasileiro de Oftalmologia - 3º Edição,
2013;
 Bourges, J-L. "Corneal dystrophies." Journal francais d'ophtalmologie 40.6
(2017): e177-e192.
 Soh, Yu Qiang, et al. "Corneal dystrophies." Nature Reviews Disease
Primers 6.1 (2020): 1-23.
 American Academy of Ophthalmology. (2021). 2020-2021 BCSC Section
External Disease and Cornea
 Bowling, B. and Kanski, J. (n.d.). Kanski's clinical ophthalmology. 8th Ed
75
76
OBRIGADA!
DÚVIDAS?
luanacobraga@gmail.com

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

keratoconus
keratoconuskeratoconus
keratoconus
أنس القاضي
 
Maculopatia Miopica
Maculopatia MiopicaMaculopatia Miopica
Maculopatia Miopica
Jose Roberto Brito Navarro
 
Spectralis oct normal anatomy & systematic interpretation.
Spectralis oct normal anatomy & systematic interpretation.Spectralis oct normal anatomy & systematic interpretation.
Spectralis oct normal anatomy & systematic interpretation.
oxfordshireloc
 
Approach to a case of disc oedema
Approach to a case of disc oedemaApproach to a case of disc oedema
Approach to a case of disc oedema
SOURAV SANTRA
 
Cristalino Úvea - Catarata e Uveíte
Cristalino  Úvea  - Catarata e UveíteCristalino  Úvea  - Catarata e Uveíte
Cristalino Úvea - Catarata e Uveíte
Michel Bittencourt
 
Retinitis pigmentosa and allied disorders
Retinitis pigmentosa and allied disordersRetinitis pigmentosa and allied disorders
Retinitis pigmentosa and allied disorders
Shruti Laddha
 
Degeneración macular relacionada con la edad, - Age related macular degenera...
Degeneración macular relacionada con la edad,  - Age related macular degenera...Degeneración macular relacionada con la edad,  - Age related macular degenera...
Degeneración macular relacionada con la edad, - Age related macular degenera...
Diego Alejandro Valera-Cornejo
 
Descolamento de retina
Descolamento de retinaDescolamento de retina
Descolamento de retina
phlordello
 
Retinal vein occlusion
Retinal vein occlusionRetinal vein occlusion
Retinal vein occlusion
Duleepa Baranage
 
Curso básico de topografia corneal
Curso básico de topografia cornealCurso básico de topografia corneal
Curso básico de topografia corneal
davicin1973
 
PENTACAM. Tomografía y topografía corneal. Olivia Rodríguez Quet
PENTACAM. Tomografía y topografía corneal. Olivia Rodríguez QuetPENTACAM. Tomografía y topografía corneal. Olivia Rodríguez Quet
PENTACAM. Tomografía y topografía corneal. Olivia Rodríguez Quet
oliviaRodrguezQuet
 
FEVR-familial exudative vitreoretinopathy.pptx
FEVR-familial exudative vitreoretinopathy.pptxFEVR-familial exudative vitreoretinopathy.pptx
FEVR-familial exudative vitreoretinopathy.pptx
OuzhanYT2
 
Manejo ortóptico de las heteroforias
Manejo ortóptico de las heteroforiasManejo ortóptico de las heteroforias
Manejo ortóptico de las heteroforias
pedro1030
 
Alteraciones perifericas de la retina
Alteraciones perifericas de la retinaAlteraciones perifericas de la retina
Alteraciones perifericas de la retina
Juan Carlos Rivera
 
Ovcr
OvcrOvcr
Diabetic retinopathy trials - Part 1
Diabetic retinopathy trials - Part 1Diabetic retinopathy trials - Part 1
Diabetic retinopathy trials - Part 1
Prem kumar
 
Gpex
GpexGpex
Ophthalmology Eponyms !
Ophthalmology Eponyms !Ophthalmology Eponyms !
Ophthalmology Eponyms !
Ahmed Alsherbeny
 
Estereopsis
EstereopsisEstereopsis
Corneal degenerations
Corneal degenerationsCorneal degenerations
Corneal degenerations
Akshay Nayak
 

Mais procurados (20)

keratoconus
keratoconuskeratoconus
keratoconus
 
Maculopatia Miopica
Maculopatia MiopicaMaculopatia Miopica
Maculopatia Miopica
 
Spectralis oct normal anatomy & systematic interpretation.
Spectralis oct normal anatomy & systematic interpretation.Spectralis oct normal anatomy & systematic interpretation.
Spectralis oct normal anatomy & systematic interpretation.
 
Approach to a case of disc oedema
Approach to a case of disc oedemaApproach to a case of disc oedema
Approach to a case of disc oedema
 
Cristalino Úvea - Catarata e Uveíte
Cristalino  Úvea  - Catarata e UveíteCristalino  Úvea  - Catarata e Uveíte
Cristalino Úvea - Catarata e Uveíte
 
Retinitis pigmentosa and allied disorders
Retinitis pigmentosa and allied disordersRetinitis pigmentosa and allied disorders
Retinitis pigmentosa and allied disorders
 
Degeneración macular relacionada con la edad, - Age related macular degenera...
Degeneración macular relacionada con la edad,  - Age related macular degenera...Degeneración macular relacionada con la edad,  - Age related macular degenera...
Degeneración macular relacionada con la edad, - Age related macular degenera...
 
Descolamento de retina
Descolamento de retinaDescolamento de retina
Descolamento de retina
 
Retinal vein occlusion
Retinal vein occlusionRetinal vein occlusion
Retinal vein occlusion
 
Curso básico de topografia corneal
Curso básico de topografia cornealCurso básico de topografia corneal
Curso básico de topografia corneal
 
PENTACAM. Tomografía y topografía corneal. Olivia Rodríguez Quet
PENTACAM. Tomografía y topografía corneal. Olivia Rodríguez QuetPENTACAM. Tomografía y topografía corneal. Olivia Rodríguez Quet
PENTACAM. Tomografía y topografía corneal. Olivia Rodríguez Quet
 
FEVR-familial exudative vitreoretinopathy.pptx
FEVR-familial exudative vitreoretinopathy.pptxFEVR-familial exudative vitreoretinopathy.pptx
FEVR-familial exudative vitreoretinopathy.pptx
 
Manejo ortóptico de las heteroforias
Manejo ortóptico de las heteroforiasManejo ortóptico de las heteroforias
Manejo ortóptico de las heteroforias
 
Alteraciones perifericas de la retina
Alteraciones perifericas de la retinaAlteraciones perifericas de la retina
Alteraciones perifericas de la retina
 
Ovcr
OvcrOvcr
Ovcr
 
Diabetic retinopathy trials - Part 1
Diabetic retinopathy trials - Part 1Diabetic retinopathy trials - Part 1
Diabetic retinopathy trials - Part 1
 
Gpex
GpexGpex
Gpex
 
Ophthalmology Eponyms !
Ophthalmology Eponyms !Ophthalmology Eponyms !
Ophthalmology Eponyms !
 
Estereopsis
EstereopsisEstereopsis
Estereopsis
 
Corneal degenerations
Corneal degenerationsCorneal degenerations
Corneal degenerations
 

Distrofias Corneanas

  • 1. DISTROFIAS CORNEANAS MR2: Luana Braga MÓDULO: Córnea PRECEPTORAS: Dra. Natália Mesquita e Manuela Tenório Recife, 22 de fevereiro de 2022
  • 2.
  • 5. ASPECTOS GERAIS ◊ Opacidades com características em comum: ◊ Bilaterais e simétricas ◊ Caráter não inflamatório ◊ Não associadas a vascularização ◊ Início na infância, com progressão lenta ◊ Sem associação com doença sistêmica ◊ Caráter hereditário geralmente 5 Characteristic corneal changes in various types of corneal dystrophy. (Courtesy of A. Bron, MD. Goldberg M: Genetic and Metabolic Eye Disease, pp 283–285. Boston, Little, Brown & Co, 1974)
  • 6. Distrofias da córnea 6 Na IC3D as distrofias foram classificadas em 4 categorias (2008): ◊ Categoria 1: doença bem definida, com locus e gene conhecido ◊ Categoria 2: doença bem definida, com locus conhecido e gene desconhecido ◊ Categoria 3: doença bem definida, porém, com locus e gene desconhecidos ◊ Categoria 4: doença com definição clínica pobre e com locus e gene desconhecidos
  • 7. Distrofias da córnea 7 ‐ Distrofias Epiteliais • Distrofia Epitelial de Meesmann • Distrofia da Membrana Basal do Epitélio • Distrofia Epitelial Gelatinosa em Gota • Distrofia Epitelial de Lisch ‐ Distrofias Estromais TGFBI • Distrofia de Reis-Bückler (CDB I) • Distrofia de Thiel-Behnke (CDB II) • Distrofia Lattice Tipo 1 • Distrofia Granular Tipo 1 • Distrofia Granular Tipo 2 ‐ Distrofias Estromais • Distrofia Macular • Distrofia Schnyder • Distrofia de Fleck • Distrofia de François ‐ Distrofias Endoteliais • Distrofia de Fuchs • Distrofia polimorfa posterior • Distrofia endotelial hereditária congênita (CHED) Epiteliais e Subepiteliais
  • 8.  Distrofia epitelial de Meesmann ◊ Hereditária juvenil ◊ Acomete 1ª década de vida ◊ AD Gene KRT 3 Gene KRT 12 ◊ Microcistos epiteliais na região central e média periferia (visualização em retroiluminação) ◊ Sintomas na 4 ª década de vida: irregularidade da córnea => astigmatismo irregular ◊ Cistos podem romper => erosões corneanas (dor, lacrimejamento e fotofobia) 8 Distrofias epiteliais e subepiteliais
  • 9. 9 Distrofia epitelial de Meesmann Bourges, J-L. "Corneal dystrophies." Journal francais d'ophtalmologie 40.6 (2017): e177-e192.
  • 10. 10 Distrofia epitelial de Meesmann  Microcistos epiteliais na retroiluminação Christopher Kirkpatrick MD eyerounds org Tem https :://eyerounds org/atlas/pages/Meesmann epithelial corneal dystrophy/index htm
  • 11.  Tratamento ◊ Erosões epiteliais podem ser tratadas com lubrificação e lente de contato terapêutica ◊ Opacidades graves: ceratectomia superficial ou ceratectomia fototerapêutica (PTK) - recidivas são comuns 11 Distrofia epitelial de Meesmann
  • 12. ◊ Distrofia corneana mais comum ◊ Mais frequente em ♀ (> 30 anos) ◊ Maioria assintomática ◊ Relacionado a processos degenerativos ou traumas ◊ AD Gene TGFBI 5 q 31 gene da ceratoepitelina ◊ Manchas acinzentadas pseudocistos e linhas no epitélio ◊ Aspecto de mapas pontos e impressão digital ◊ Embaçamento visual (por irregularidade da superfície) e erosões epiteliais recorrentes 12 Distrofias epiteliais e subepiteliais  Distrofia da membrana basal do epitélio ((DISTROFIA DE COGAN OU MAP DOT FINGERPRINT)
  • 13. 13 Distrofia da membrana basal do epitélio  Mapas e impressões digitais: espessamento da membrana basal  Pontos: cistos epiteliais com restos celulares  Pobre adesão das células epiteiliais basais
  • 14. Distrofia da membrana basal do epitélio ◊ Fases iniciais: LUB e colírios hiperosmóticos NaCl 5 ou Dimetilpolisiloxane ◊ Erosão epitelial importante: LC ◊ Casos refratários: 14  Tratamento  micropuntura do estroma anterior (para indução de fibrose)  aplicação de Nd Yag laser  ceratectomia fototerapêutica (PTK com excimer laser)
  • 15. SINDROME DE EROSÕES CORNEANAS RECORRENTES ◊ Perturbação da membrana basal epitelial resultando em adesão defeituosa e quebras recorrentes da integridade do epitélio ◊ Causas: – Trauma – Distrofias – DM ◊ Quadro clínico – Dor, lacrimejamento, fotofobia e borramento visual ao acordar – Micro-erosões: desconforto – Macro-erosões: dolorosas Kang, Eugene Yu-Chuan, et al. "Corneal sensitivity and tear function in recurrent corneal erosion syndrome." Investigative Ophthalmology & Visual Science 61.3 (2020): 21-21.
  • 16.  Distrofia gelatinosa em gota ◊ Alterações 1-2ª década ◊ Mais frequente no ◊ AR gene TACSTD 2 ◊ Protuberâncias esféricas em faixa na região da fenda palpebral ◊ Evoluem para aspecto amarelado gelatinoso e com neovascularização 16 Distrofias epiteliais e subepiteliais  Depósitos amilóides subepiteliais e estromais com origem na membrana basal do epitélio
  • 18. Distrofias epiteliais e subepiteliais  Distrofia Epitelial de LISCH ◊ AD, cromossomo X ◊ Pensar como se fosse variante de Meesman ◊ Se em EV, causam BAV ◊ EE são incomuns ◊ Categoria 2 18
  • 19. Distrofia Epitelial de LISCH 19  Microcistos intraepiteliais mais condensados (que Meesman) e formam imagem em espiral ou em faixa https://eyepath.org.uk/atlas/lisch-corneal-dystrophy/
  • 20. Distrofias da córnea 20 ‐ Distrofias Epiteliais • Distrofia Epitelial de Meesmann • Distrofia da Membrana Basal do Epitélio • Distrofia Epitelial Gelatinosa em Gota • Distrofia Epitelial de Lisch ‐ Distrofias Estromais TGFBI • Distrofia de Reis-Bückler (CDB I) • Distrofia de Thiel-Behnke (CDB • Distrofia Lattice Tipo 1 • Distrofia Granular Tipo 1 • Distrofia Granular Tipo 2 ‐ Distrofias Estromais • Distrofia Macular • Distrofia Schnyder • Distrofia de Fleck • Distrofia de François ‐ Distrofias Endoteliais • Distrofia de Fuchs • Distrofia polimorfa posterior • Distrofia endotelial hereditária congênita (CHED) Distrofias Estromais TGFBI
  • 21.  DISTROFIA DE REIS BÜCKLERS ◊ Início precoce, 1 ª década de vida ◊ AD Gene TGFBI, cr 5 q 31 ◊ Opacidades geográficas confluentes irregulares >> na Bowman e estroma anterior ◊ Progressão: cicatrização da Bowman e irregularidade da superfície da córnea ◊ EER são comuns (↓ frequência com o processo de fibrose) ◊ BAV pela cicatrização e irregularidade da superfície 21 Distrofias Estromais ligadas ao gene TGFBI
  • 22. Distrofia de Reis-Bückler (CDB I) 22  Interrupções ou ausência da Bowman - substituída por tecido conjuntivo fibroso com depósitos granulares  (coram em vermelho com o tricrômico de Masson: por ter depósitos hialinos)
  • 23. DISTROFIA DE REIS BÜCKLERS ◊ Casos leves: LCT e LUB ◊ BAV importante: ceratectomia superficial, ceratectomia fototerapêutica com excimer laser (PTK), transplante penetrante de córnea. ◊ Recorrências são comuns após procedimentos cirúrgicos 23  Tratamento
  • 24.  DISTROFIA DE THIEL BEHNKE (HONEYCOMB) ◊ AD Gene TGFBI (cr 5 q 31 ou mutação no cr 10 q 24) ◊ Opacidades reticulares em favo de mel na camada de Bowman (inicialmente poupam a córnea periférica) ◊ Podem progredir para camadas profundas do estroma ◊ DX dif com Reis Bücklers (com microscopia confocal ou anatomopatologia) ◊ EP podem ocorrer ◊ BAV por opacificação acometendo EV 24 Distrofias Estromais ligadas ao gene TGFBI
  • 25. DISTROFIA DE THIEL BEHNKE (HONEYCOMB OU BOWMAN TIPO 2) 25  Bowman substituída por tecido fibrocelular com aspecto serrilhado  Irregularidades epiteliais e ausências localizadas da membrana basal do epitélio
  • 26. ◊ EE: LCT e LUB ◊ PTK, ceratectomia superficial ou transplante de córnea caso haja redução visual importante 26  Tratamento DISTROFIA DE THIEL BEHNKE (HONEYCOMB) Slit-lamp microscopy images of the left eye of a 57-year-old woman with Thiel-Behnke corneal dystrophy before and 1 month after undergoing phototherapeutic keratectomy surgery. HIEDA, Osamu et al. Clinical outcomes of phototherapeutic keratectomy in eyes with Thiel- Behnke corneal dystrophy. American Journal of Ophthalmology, v. 155, n. 1, p. 66-72. e1, 2013.
  • 27.  Distrofia lattice ◊ Mais comum das estromais corneanas ◊ ◊ Divide se em 2 subtipos ◊ O subtipo I é AD e o subtipo III é AR 27 Distrofias Estromais ligadas ao gene TGFBI
  • 28.  Distrofia lattice ◊ AD gene TGFBI (cromosso 5 q 31) ◊ Linhas refráteis, pontos esbranquiçados e opacidade central em na córnea anterior (poupa a periferia) ◊ Início na 1ª década, linhas e opacidades tornam se mais intensas, na progressão => evolui com haze ◊ ER são frequentes e ↓↓ após os 30- 40 anos de idade pela fibrose 28 Distrofias Estromais ligadas ao gene TGFBI TIPO I BIBER HAAD DIMMER
  • 29.  TIPO II (SÍNDROME DE MERETOJA) (AMILOIDOSE FAMILIAR COM ALTERAÇÕES CORNEANAS TIPO LATTICE) ◊ AD gene GSN ◊ 20- 30 a ◊ Linhas ↓↓ numerosas ↑↑ grosseiras e distribuição radial a partir da periferia ◊ ER e BAV aos 60 a ◊ Lesões progredirem lentamente da periferia => centro ◊ Alterações sistêmicas: blefarocálase, polineuropatia periférica amilóide, lábios protrusos orelhas caídas, pele seca e pruriginosa 29 Distrofias Estromais ligadas ao gene TGFBI
  • 30. ◊ AR ◊ Linhas grosseiras, ER incomuns ◊ BAV tardia > 60 anos ◊ Depósitos amilóides >>> estroma anterior ◊ Os depósitos: ++ com Vermelho do Congo ◊ Tem coloração metacromática com o cristal violeta ◊ Dicroísmo ou birrefringência com a luz polarizada 30 Distrofias estromais  TIPO III
  • 32.  Distrofia granular (GROENOUW I) ◊ É uma das das mais comuns ◊ AD Gene TGFBI crossomo 5 q 31 ◊ Depósitos em flocos de neve >>> no estroma anterior ◊ Distribuição central com áreas de córnea clara entre as lesões ◊ EER Subtipo I  Surge na 1 ª década, progressão lenta  Podem aumentar, coalescer e atingir outras camadas  BAV (> 4 ª década): ERR 32 Distrofias Estromais ligadas ao gene TGFBI Subtipo II  Surge na 2 ª década; lesões ↓↓ numerosas e ER são raras  BAV por à opacificação em EV
  • 33. Distrofia granular 33  Depósitos hialinos  Coram em vermelho com o Tricrômico de Masson
  • 34. Soh, Yu Qiang, et al. "Corneal dystrophies." Nature Reviews Disease Primers 6.1 (2020): 1-23.
  • 35.  Distrofia de Avellino (GRANULAR TIPO 2) ◊ Combina: distrofias granular + lattice ◊ Mais comum na infância ◊ Gene TGFBI ◊ Presença de opacidades em flocos de neve no estroma anterior associadas a linhas refráteis lattice mais profundas ◊ BAV em avançados e EE 35 Distrofias Estromais ligadas ao gene TGFBI
  • 36.  Distrofia de Avellino (GRANULAR TIPO 2) TRATAMENTO ◊ Ceratoplastia lamelar ou penetrante (depende da profundidade da lesão) ◊ PTK com excimer: regularizar a superfície e remover opacidades superficiais (casos mais leves) 36 Distrofias Estromais ligadas ao gene TGFBI
  • 37. Distrofias da córnea 37 ‐ Distrofias Epiteliais • Distrofia Epitelial de Meesmann • Distrofia da Membrana Basal do Epitélio • Distrofia Epitelial Gelatinosa em Gota • Distrofia Epitelial de Lish ‐ Distrofias Estromais TGFBI • Distrofia de Reis-Bückler (CDB I) • Distrofia de Thiel-Behnke (CDB II) • Distrofia Lattice Tipo 1 • Distrofia Granular Tipo 1 • Distrofia Granular Tipo 2 ‐ Distrofias Estromais • Distrofia Macular • Distrofia Schnyder • Distrofia de Fleck • Distrofia de François • Distrofia Estromal Congênita ‐ Distrofias Endoteliais • Distrofia de Fuchs • Distrofia polimorfa posterior • Distrofia endotelial hereditária congênita (CHED) Distrofias Estromais
  • 38.  Distrofia macular (GROENOUW II) 38 Distrofias estromais ◊ A mais rara e maior BAV entre as três estromais mais importantes (granular, lattice e macular) ◊ AR gene CHST 6 (cromossomo 16 q 22) ◊ As opacidades na 1 ª década ◊ Pontos branco acinzentados difusos (1º estroma anterior) sem áreas de córnea clara entre as opacidades ◊ Progridem periferia =>> estroma mais profundo ◊ ER são raras ◊ Associado a afinamento corneano ◊ BAV precoce  TIPO I  ↓ queratan sulfato na córnea, cartilagem e soro; níveis normais de dermatan sulfato  TIPO II  Níveis ↓ ↓ de queratan e dermatan sulfato (30% do normal)
  • 39. Distrofia macular 39  Depósitos de glicosaminoglicanos (mucopolissacarídeos ácidos) no retículo endoplasmático dos ceratócitos e no espaço extracelular do estroma  Os depósitos coram se com o Alcian Blue e com o ferro coloidal
  • 40. 40 “ 3 MACHEDDER GELATINOSOS ”
  • 41. 41 “ Marylin monroe Always get her men in los angeles city”
  • 42.  Distrofia CRISTALINA DE SCHNYDER 42 Distrofias estromais ◊ AD, gene UBIAD 1 cromossomo 1 p 36 ◊ 2 ª e 3 ª década: depósitos cristalinos policromáticos em formato de anel na porção anterior da córnea central ◊ Progressão lenta, BAV tardia ◊ Após os 40 anos: arco corneal lipóide denso e faixa limbar de Vogt ◊ Pode existir associação sistêmica com Genu Valgum e Hipercolesterolemia
  • 43. Distrofia CRISTALINA DE SCHNYDER 43  Depósitos de colesterol e fosfolípides  Os depósitos coram-se com Sudan black e o Oil Red O
  • 44. Distrofia CRISTALINA DE SCHNYDER 44 Soh, Yu Qiang, et al. "Corneal dystrophies." Nature Reviews Disease Primers 6.1 (2020): 1-23.
  • 45. DISTROFIA NEBULOSA DE FRANÇOIS GENÉTICA 45 Distrofias estromais ◊ AD, gene não identificado ◊ Pequenas áreas poligonais acinzentadas no estroma profundo da córnea central separadas por áreas de córnea clara ◊ AV não é afetada (normalmente)  Desarranjo das lamelas de colágeno
  • 46. DISTROFIA NEBULOSA DE FRANÇOIS GENÉTICA 46 Distrofias estromais Bourges, J-L. "Corneal dystrophies." Journal francais d'ophtalmologie 40.6 (2017): e177-e192.
  • 47. DISTROFIA SALPICADA DE FLECK 47 Distrofias estromais ◊ AD, gene PIP 5 K 3 1 ◊ Início precoce na infância; causa de leucocoria ◊ Bilateral (pode ser assimétrica) ◊ Lesões brancas salpicadas em todo o estroma e periferia ◊ Pode formar um anel com o centro claro ◊ Geralmente não causam redução da visão ou outros sintomas ◊ Pode ser unilateral ou bilateral e muito assimétrica ◊ Não é distrofia progressiva
  • 48. 48  Ceratócitos contém glicosaminoglicanos (coram com Alcian Blue e Ferro coloidal)  lípides (coram com Sudan black e Oil red O)
  • 49. DISTROFIA ESTROMAL CONGÊNITA 49 Distrofias estromais ◊ AD, gene DCN ◊ Rara ◊ Bilateral, presente ao nascimento, não progressiva ◊ Opacidade simétrica difusa em flocos mais sutil na periferia ◊ BAV e nistagmo estão comumente presentes Congenital hereditary endothelial dystrophy. The cornea shows a ground glass appearance (A). Scanning electron microscopy (photo, collection of Prof. Gilles Renard) demonstrates an irregular endothelium, with at times multinucleated EC’s (arrowhead), resting on an irregular, thickened Descemet’s membrane (arrow). (B; arrowheads).
  • 51. Distrofias da córnea 51 ‐ Distrofias Epiteliais • Distrofia Epitelial de Meesmann • Distrofia da Membrana Basal do Epitélio • Distrofia Epitelial Gelatinosa em Gota • Distrofia Epitelial de Lish ‐ Distrofias Estromais TGFBI • Distrofia de Reis-Bückler (CDB I) • Distrofia de Thiel-Behnke (CDB II) • Distrofia Lattice Tipo 1 • Distrofia Granular Tipo 1 • Distrofia Granular Tipo 2 ‐ Distrofias Estromais • Distrofia Macular • Distrofia Schnyder • Distrofia de Fleck • Distrofia de François ‐ Distrofias Endoteliais • Distrofia de Fuchs • Distrofia polimorfa posterior • Distrofia endotelial hereditária congênita (CHED) Epiteliais e Endoteliais
  • 52.  CORNEA GUTTATA 52 Distrofias endoteliais ◊ Sem padrão de herança definido ◊ Excrescências na Descemet e finos pigmentos na superfície posterior (aspecto metal batido) ◊ Excesso de produção de colágeno pelo endotélio ◊ AV normal; risco aumentado de descompensação corneana
  • 55.  Distrofia de Fuchs 55 Distrofias endoteliais ◊ >> ♀ (4:1) após os 50ª ◊ AD ◊ Bilateral, assimétrica e lentamente progressiva ◊ Sinal mais precoce: presença de excrescência centrais da membrana de Descemet (guttata)  Diminuição da contagem endotelial pleomorfismo e polimegatismo  *RISCO: contagem endotelial inferior a 1 000 células e espessura corneana 650 µm
  • 56. 56
  • 57.  Distrofia de Fuchs 57 Distrofias endoteliais ◊ Início: >> BAV pela manhã; acúmulo de ácido lático no estroma da córnea durante o período noturno ◊ Avanço: descompensação, com edema estromal que progride para a superfície => bolhas ou microbolhas epiteliais ◊ Rotura das bolhas: EP + dor, fotofobia e lacrimejamento ◊ Progressão: fibrose subepitelial, com redução das crises de erosão e BAV ◊ Casos avançados: pannus neovascular
  • 58. 58
  • 59.  Tratamento 59 Distrofia de Fuchs ◊ Fases iniciais: colírio hiperosmótico (NaCl 5% 4x/dia e pomada noturna ou dimetil) ◊ EE: LCT e LUB ◊ Casos avançados e sem indicação de transplante: ◊ Transplante lamelar posterior (DMEK ou DSAEK) : casos sem fibrose ou opacidades estromais ◊ Transplante penetrante em casos avançados  micropuntura (acelerar fibrose subepitelial e redução das crises de erosão)
  • 60.  Distrofia polimorfa posterior 60 Distrofias endoteliais ◊ Apresentação ao nascimento, achado de exame Aspecto do endotélio: epitélio com múltiplas camadas microvilos, desmossomos e tendências proliferativas ◊ Corante de queratina: +++ ◊ Descemet espessada  Associações oculares: membranas irianas (20%), sinequias, Sd Ice e Alport, glaucoma (15%)
  • 61. 61 Posterior polymorphous dystrophy. The endothelial-Descemet’s abnormalities are discrete (A) and often asymptomatic. They may take on a vesiculated (arrows), cord-like, or placoid (B; arrowheads) appearance. Soh, Yu Qiang, et al. "Corneal dystrophies." Nature Reviews Disease Primers 6.1 (2020): 1-23.
  • 62. Distrofia endotelial hereditária congênita (CHED) FORMA AUTOSSÔMICA RECESSIVA ◊ Desde o nascimento ◊ Não progressiva ◊ Opacidade mais densa ◊ Nistagmo ◊ Prognóstico visual muito ruim (sem reflexo de fixação) 62 FORMA AUTOSSÔMICA DOMINANTE ◊ Entre o 1 º e o 2 º ano de vida ◊ Rara, bilateral e simétrica ◊ Opacidade inicialmente mais leve ◊ Sem nistagmo ◊ Melhor prognóstico visual ◊ Opacidade corneana difusa, sem intervalo lúcido ◊ Não inflamatória; >>> nas porções mais profundas e de limbo-limbo ◊ A espessura corneana ↑↑↑ de 2 a 3 vezes
  • 63. Distrofia endotelial hereditária congênita (CHED) 63 Bolha epitelial (seta verde), edema estromal importante (seta azul) e membrana de Descemet espessada em criança com CHED Dr Kabir Hossain Disponível em https :://eyewiki aao org /File 3 ACHED_by_direct_focal_ illumination jpg
  • 64. 64
  • 66. 66 Soh, Yu Qiang, et al. "Corneal dystrophies." Nature Reviews Disease Primers 6.1 (2020): 1-23.
  • 67. Soh, Yu Qiang, et al. "Corneal dystrophies." Nature Reviews Disease Primers 6.1 (2020): 1-23.
  • 68. Soh, Yu Qiang, et al. "Corneal dystrophies." Nature Reviews Disease Primers 6.1 (2020): 1-23.
  • 70. ASPECTOS GERAIS ◊ Edema corneano estromal,com bolhas epiteliais e subepiteliais ◊ Secundário à perda de células e/ou alterações da junção endotelial. ◊ Casos avançados: espessamento do estroma e presença de fibrose subepitelial e vascularização corneana. ◊ BAV por diminuição da transparência; ◊ Sensação de corpo estranho, lacrimejamento e dor ◊ Principais causas de transplante de córnea
  • 71. ASPECTOS GERAIS ◊ A principal etiologia: perda de células endoteliais (após cirurgia de catarata e na distrofia endotelial de Fuchs) ◊ Complicação pode afetar 1 a 2% das cirurgias de catarata. ◊ Outras etiologias de CB: ◊ Fuchs, tumores de câmara anterior como mixoma, alterações congênitas, como microcórnea e ice-síndrome, glaucomas agudo e neovascular e endotelite herpética
  • 72. ASPECTOS GERAIS  ETIOPATOGENIA ◊ Após cx: diminuição do número e da capacidade de sítios da bomba de Na+,K+-ATPase endoteliais ◊ Fazem hidratação corneana e conseqüente sua transparência. ◊ Perda da transparência corneana: alterações em interações entre os fatores de crescimento, matriz extracelular e metaloproteínas degradadoras da matriz
  • 73. 73
  • 74. ASPECTOS GERAIS  TRATAMENTO ◊ Inicio: agentes hipertônicos, LCT ◊ Tratamentos cirúrgicos: punções estromais, membrana amniótica, ceratectomia lamelar e outros ◊ Ceratotomia anular promove, pela lesão do plexo nervoso corneano, ↓ da sensiblidade e melhora da dor
  • 75. REFERÊNCIAS  Série Oftalmologia Brasileira - Conselho Brasileiro de Oftalmologia - 3º Edição, 2013;  Bourges, J-L. "Corneal dystrophies." Journal francais d'ophtalmologie 40.6 (2017): e177-e192.  Soh, Yu Qiang, et al. "Corneal dystrophies." Nature Reviews Disease Primers 6.1 (2020): 1-23.  American Academy of Ophthalmology. (2021). 2020-2021 BCSC Section External Disease and Cornea  Bowling, B. and Kanski, J. (n.d.). Kanski's clinical ophthalmology. 8th Ed 75

Notas do Editor

  1. Categoria 1
  2. Categoria 1
  3. PTK: ajuda na adesão entre as células epiteliais Criado em 1995 para tratar cicatrizes (mais superficiais/ anteriores) e EER através de fotoablação Bean, spot, retirada de tecido diferente do PRK (tratamento feito em espiral – tenta-se regularização da superfície, enquanto PRK alteração da curvatura)
  4. Mais leve e pessoas mais velhas
  5. Depósitos de amiloide na córnea (estriais em formato de rede)
  6. Ophthalmic imaging modalities. Granular corneal dystrophy type 1 (GCD1) imaged with broad- beam illumination (part a) and sclerotic- scatter illumination (part b). Anterior- segment optical coherence tomography of the same patient with GCD1 demonstrates that these deposits are located within the anterior corneal stroma (part c). In physiological conditions, in vivo specular microscopy shows that corneal endothelial cells are small and hexagonal (part d) in contrast to the slightly enlarged corneal endothelial cells that are separated by guttae (black spots) in a patient with Fuchs endothelial corneal dystrophy (FECD; part e). In vivo confocal microscopy of corneal endothelial cells and guttae in a patient with FECD (part f). Sclerotic- scatter illumination and imaging in a patient with FECD reveals areas of fibrosis and thickening within the deep stroma and/or Descemet membrane (part g). Scheimpflug densitometry imaging reveals areas of fibrosis and thickening in the deep stroma and Descemet membrane by the extensive backscatter originating from these two layers (part h).
  7. É epitelial estromal Alto índice de recorrência do botão transplantado
  8. Ideal transplante em fases e=sem fibrose pois transplante menos agressivo (DMEK, DSAEK)
  9. Bem posterioresna córnea (na membrana de Descemet) Células endoteliais se comportam como epiteliais Alterações endoteliais frequentemente assintomáticas
  10. A patient with a 3-year history of pseudophakic bullous keratopathy. (A) A slit-lamp photograph of the cornea showing dense scarring and neovascularization; (B) in the histological sections, obvious intense scarring, neovascularization and inflammatory cells can be observed